Tuesday, September 07, 2010

“Um Homem Com Sorte” (impressões pessoais)



Depois de um ligeiro interregno nas minhas leituras, regresso em força com uma obra que me fascinou.

“Um Homem Com Sorte” de Nicholas Sparks conta a história de um soldado americano que participou nas acções militares no Iraque e que escapou ileso de forma misteriosa a situações de perigo iminente para a sua vida. Toda a gente se interrogava de onde vinha o mistério da sorte que tinha. O segredo estava numa foto que ele achou enquanto fazia a sua corrida matinal. Na foto estava representada Elizabeth Green, professora, divorciada e mãe de um filho.

Elizabeth ou Beth havia dado aquela foto ao seu irmão que também estava a participar na guerra. O soldado perdeu a foto e morreu atingido de forma involuntária por fogo amigo.

Logan, o protagonista, viaja a pé do Colorado até à terra de Elizabeth para a poder ver pessoalmente e alegadamente cobrar a dívida que o amigo Victor achava que ele tinha para com ela. Como companheiro de viagem, o antigo militar tem apenas o seu cão Zeus.

A primeira pessoa que Logan encontra quando chega à terra de Elizabeth é curiosamente o ex-marido dela- um homem perverso e bastante ciumento. Apesar de estar separado de Elizabeth há algum tempo, Keith nutria por ela um sentimento doentio de posse e fazia de tudo para afastar dela todos os seus pretendentes através de ameaças e intimidações.

Logan passou a trabalhar no canil da família de Elizabeth e a ganhar a simpatia de todos, principalmente de Ben que detestava o seu pai Keith. Durante todo aquele tempo, Logan ocultou de todos a razão por que percorreu todos aqueles quilómetros. Acaba por se apaixonar por Elizabeth e ambos têm de conviver com o jogo rasteiro de Keith que continua a engendrar estratagemas para os separar.

Ao longo desse processo, Keith vai ficando cada vez mais obcecado por Elizabeth e tenciona possuí-la sob todos os meios, mesmo os mais ilícitos. Começa a beber cada vez mais, faz vigilância apertada à sua ex-mulher e torna-se um ser cada vez mais rude.

É ele quem conta à mãe do seu filho que Logan tem uma foto dela e lhe ocultou esse facto por se sentir obcecado de forma doentia pela imagem dela. Na verdade estaria a ver-se ao espelho, como se costuma dizer. O obcecado era ele e não o seu oponente. Entretanto Logan já deu a foto a Ben, filho de Elizabeth por pressentir que ele corria perigo ao se refugiar numa casa construída sobre as águas de um riacho prestes a transbordar.

Elizabeth discute com Logan e termina tudo com ele mas acabam por se reconciliar quando Ben conta à mãe a história que Logan lhe contou sobre a foto.

Quando Elizabeth vai a casa de Logan reconciliar-se com este, Keith observa-os de longe e fica enraivecido por o casal retomar a felicidade. Espera Elizabeth sair e segue-a de carro até casa. Logan fica intrigado ao verificar que há duas marcas de pneus desenhadas na lama e corre até casa de Elizabeth o mais que pode, apesar do temporal que alastra cada vez mais.

Keith está em casa da ex-mulher a usar de toda a violência e ameaçando retirar-lhe a custódia de Ben. O filho ouve o pai dizer que vai ficar com ele e sai porta fora ignorando o tempo horrível que faz.

Logan não chega a tempo de encontrar os dois que saíram para a rua à procura do filho. Este vai, como sempre, para a casa da árvore que agora está prestes a ser arrastada pela fúria da corrente das águas. Elizabeth magoa-se num pé e Keith ampara-a. Esquece por momentos as hostilidades e empenha-se em salvar o filho.

Do outro lado da pequena ponte, Logan também tenta de tudo para salvar Ben de ir na enxurrada. As estruturas da casa estão a ceder e há pouco tempo para agir. Keith entretanto é arrastado violentamente contra a ponte. Ben vai a nado, o cão de Logan também já está na água e é ele quem acaba por salvar o miúdo. Do outro lado Logan não consegue salvar Keith que morre assim afogado no riacho.

E tudo acaba bem. Elizabeth escusava de ter tanta pena do ex-marido que era um malvado para ela e para o filho. Na verdade esse indivíduo era do piorio e não merecia que se vertesse nem uma lágrima por ele.

Refira-se a título de curiosidade que, na ânsia de chegar ao final da história, pus-me a ler e perdi o autocarro. Tive de esperar o próximo, que remédio!

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