
Depois de um ligeiro interregno nas minhas leituras, regresso em força com uma obra que me fascinou.
“Um Homem Com Sorte” de Nicholas Sparks conta a história de um soldado americano que participou nas acções militares no Iraque e que escapou ileso de forma misteriosa a situações de perigo iminente para a sua vida. Toda a gente se interrogava de onde vinha o mistério da sorte que tinha. O segredo estava numa foto que ele achou enquanto fazia a sua corrida matinal. Na foto estava representada Elizabeth Green, professora, divorciada e mãe de um filho.
Elizabeth ou Beth havia dado aquela foto ao seu irmão que também estava a participar na guerra. O soldado perdeu a foto e morreu atingido de forma involuntária por fogo amigo.
Logan, o protagonista, viaja a pé do Colorado até à terra de Elizabeth para a poder ver pessoalmente e alegadamente cobrar a dívida que o amigo Victor achava que ele tinha para com ela. Como companheiro de viagem, o antigo militar tem apenas o seu cão Zeus.
A primeira pessoa que Logan encontra quando chega à terra de Elizabeth é curiosamente o ex-marido dela- um homem perverso e bastante ciumento. Apesar de estar separado de Elizabeth há algum tempo, Keith nutria por ela um sentimento doentio de posse e fazia de tudo para afastar dela todos os seus pretendentes através de ameaças e intimidações.
Logan passou a trabalhar no canil da família de Elizabeth e a ganhar a simpatia de todos, principalmente de Ben que detestava o seu pai Keith. Durante todo aquele tempo, Logan ocultou de todos a razão por que percorreu todos aqueles quilómetros. Acaba por se apaixonar por Elizabeth e ambos têm de conviver com o jogo rasteiro de Keith que continua a engendrar estratagemas para os separar.
Ao longo desse processo, Keith vai ficando cada vez mais obcecado por Elizabeth e tenciona possuí-la sob todos os meios, mesmo os mais ilícitos. Começa a beber cada vez mais, faz vigilância apertada à sua ex-mulher e torna-se um ser cada vez mais rude.
É ele quem conta à mãe do seu filho que Logan tem uma foto dela e lhe ocultou esse facto por se sentir obcecado de forma doentia pela imagem dela. Na verdade estaria a ver-se ao espelho, como se costuma dizer. O obcecado era ele e não o seu oponente. Entretanto Logan já deu a foto a Ben, filho de Elizabeth por pressentir que ele corria perigo ao se refugiar numa casa construída sobre as águas de um riacho prestes a transbordar.
Elizabeth discute com Logan e termina tudo com ele mas acabam por se reconciliar quando Ben conta à mãe a história que Logan lhe contou sobre a foto.
Quando Elizabeth vai a casa de Logan reconciliar-se com este, Keith observa-os de longe e fica enraivecido por o casal retomar a felicidade. Espera Elizabeth sair e segue-a de carro até casa. Logan fica intrigado ao verificar que há duas marcas de pneus desenhadas na lama e corre até casa de Elizabeth o mais que pode, apesar do temporal que alastra cada vez mais.
Keith está em casa da ex-mulher a usar de toda a violência e ameaçando retirar-lhe a custódia de Ben. O filho ouve o pai dizer que vai ficar com ele e sai porta fora ignorando o tempo horrível que faz.
Logan não chega a tempo de encontrar os dois que saíram para a rua à procura do filho. Este vai, como sempre, para a casa da árvore que agora está prestes a ser arrastada pela fúria da corrente das águas. Elizabeth magoa-se num pé e Keith ampara-a. Esquece por momentos as hostilidades e empenha-se em salvar o filho.
Do outro lado da pequena ponte, Logan também tenta de tudo para salvar Ben de ir na enxurrada. As estruturas da casa estão a ceder e há pouco tempo para agir. Keith entretanto é arrastado violentamente contra a ponte. Ben vai a nado, o cão de Logan também já está na água e é ele quem acaba por salvar o miúdo. Do outro lado Logan não consegue salvar Keith que morre assim afogado no riacho.
E tudo acaba bem. Elizabeth escusava de ter tanta pena do ex-marido que era um malvado para ela e para o filho. Na verdade esse indivíduo era do piorio e não merecia que se vertesse nem uma lágrima por ele.
Refira-se a título de curiosidade que, na ânsia de chegar ao final da história, pus-me a ler e perdi o autocarro. Tive de esperar o próximo, que remédio!
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