Tuesday, February 26, 2013

“Endgame”- R.E.M (Música Com Memórias)






Agora a M80 tem uma grelha de programação brutal. Todas as madrugadas de Domingo para Segunda-feira há um álbum inteiro para ouvir. Esta semana a escolha recaiu no álbum “Out Of Time” dos R.E.M..

Achei que era uma forma de saber finalmente como se chamava esta música que tanto destoa do resto do álbum. É uma música estranha, sem letra, logo não se consegue adivinhar o título. A ideia era procurar um CD que lá tinha em casa mas também não tinha os nomes das músicas. A Ana Moreira só disse o nome da primeira de cada lado. Lá fiquei sem saber como se chamava isto. Depois lembrei-me que existe o Google e que já no outro dia me vali desse precioso auxílio para saber como se chamava o tema dos Chicago que apresentei na edição anterior desta rubrica que faz parte do meu blog.

E lá fui eu procurar o alinhamento do álbum à Wikipédia e encontrei o que andava a procurar.

Mais uma vez, a história desta música remonta às longas tardes da Radio. Da Emissora Voz da Bairrada. Ao tempo em que não havia playlists no computador e cada um pegava no disco de vinil que lhe aparecesse e apontava a faixa que lhe desse na real gana passar. Foram tempos maravilhosos em que a minha imaginação vagueava. Como era bom ser adolescente e sonhar sem limites!

Bem, por incrível que pareça, esta música passava imensas vezes nos programas da tarde. Não me lembro até se a minha amiga Cristina (que tanto gostava de passar música que nem ao diabo lembrava, tal como eu) tinha a ver com isso. Sinceramente não me lembro mas era uma das músicas que mais passava deste álbum.

Era estranho ouvir isto. Parecia a banda sonora daquelas minhas divagações. Hoje é com saudade que relembro esses momentos de fantasia e imaginação que eram tão típicos dos meus anos de adolescência.


Friday, February 22, 2013

Gloriosa jornada europeia

O Benfica qualificou-se brilhantemente para os oitavos de final da Liga Europa ao derrotar o Bayer Leverkusen no Estádio da Luz por 2-1 depois de na primeira mão ter vencido na Alemanha por 0-1. O Bordéus é o adversário que se segue.

Bastava empatar a zero para o Glorioso seguir em frente na prova mas sabia-se que a equipa alemã iria vender cara a derrota. Assim, Artur praticamente iniciou o jogo a desviar uma bola perigosa mas havia vários alemães fora de jogo.

Não há dúvidas nenhumas de que Enzo Perez entrou de forma impetuosa ao tornozelo de Castro. Até lhe rompeu a meia.

Os alemães causam o pânico na área de Artur. Já fervilho de nervos. Isto hoje vai ser duro!

O guarda-redes do Bayer Leverkusen tem agora de se aplicar perante um cabeceamento do pequeno Gaitan que terá surpreendido toda a gente que pensava que aquele cruzamento iria para a cabeça de Cardozo.

Se Cardozo não possuísse os seus famosos pés de chumbo, já estávamos a ganhar. O cruzamento foi de Melgarejo.

Bender vê cartão amarelo por travar Gaitan em falta. O livre já é perigoso.

O Bayer Leverkusen volta a criar perigo. Artur volta a estar em bom plano.

Já e a segunda bola rematada por jogadores do Bayer Leverkusen que vai ao poste.

Mesmo em cima do apito do árbitro para o final da primeira parte, Carbajal vê o cartão amarelo por ter chutado a bola para longe e com força desmedida. O nulo no marcador é um resultado que serve os objectivos do Glorioso.

A bola ainda entrou na baliza do Benfica mas felizmente havia fora de jogo. Que susto.

Carlos Martins já se queixa e imediatamente Salvio entra para o substituir.

Sai cartão amarelo para Enzo Perez que hoje anda muito caceteiro e muito quezilento. Terá dormido mal, não lhe terá corrido bem o dia e os adversários é que pagam.

GOOOOOLOOOOOO OLA JOHN! Vê o cartão amarelo por tirar a camisola nos festejos mas valeu a pena. É um golo monumental.

Rolfes tenta o golo e Artur aplica-se com uma defesa monstruosa. Agora também há fora de jogo.

O que é que se passa ali com aquelas substituições dos alemães? Então? Ih que confusão! Até parece que estão a ganhar.

Com perigo, Salvio remata por cima. O cruzamento é de Ola John que esteve grande parte do jogo a dormir do lado direito do ataque do Glorioso e acordou quando passou para a esquerda depois da entrada de Salvio.

O Bayer Leverkusen chega ao golo. Foi o Jogador Número Nove que o apontou. Há que ter cuidado agora. Se eles marcam o segundo, passam.

Não durou muito, a inquietação dos corações benfiquistas. Escassos minutos depois, Matic faz o segundo golo. A assistência é de…Artur que assiste Lima. O brasileiro de quem se fala que se pode naturalizar e jogar por Portugal cruzou para Matic fazer o golo.

Mais outra brilhante jogada colectiva do Glorioso mas Salvio falha.

Matic vai ficar de fora do próximo jogo europeu por ter visto aqui um cartão amarelo. Ola John sai nos instantes finais do jogo para o aplauso que certamente o Estádio da Luz lhe vai oferecer.

O jogo termina em festa com a passagem do Glorioso à próxima fase da Liga Europa onde vai defrontar o Bordéus. Foi uma bela segunda parte com emoção, golos e momentos fantásticos.




Thursday, February 21, 2013

Louco Facebook




Há sonhos que tenho mais frequentemente do que outros, sem que para isso encontre uma explicação lógica durante o tempo que passo em vigília. De entre os temas mais comuns nos meus sonhos encontra-se a Informática.

Frequentemente sonho com avarias estranhas em computadores, com perdas de dados e com páginas, aplicações e jogos que normalmente utilizo a terem comportamentos incríveis ou alterações das quais eu discordo e que não são muito práticas. Foi este o caso deste sonho.

Acordei, devia estar o despertador quase a tocar. Chovia imenso na rua, conseguia ouvir isso e ouvia vozes a berrar que eram quase seis e meia. Eu pensei que não tinha colocado o telemóvel a despertar. Parecia que já estava a dormir há uma eternidade. Pudera! Com sonhos com esta intensidade…

Posso ter sonhado com muitas coisas loucas mas esta parte é a que destaco. Fui para o Facebook uma tarde em que tinha algum tempo livre, como faço sempre que se verificam essas condições. Comecei a achar estranho ter mais de cem pedidos de amizade, inúmeras mensagens e…apenas uma ou duas notificações, quando isso é normalmente o que me aparece em maior número.

Carregando nas notificações, lia-se que uma página (não uma pessoa) deixou de ser minha amiga. Nos pedidos de amizade essa página voltava a pedir que desse o ok. Aparecia muita gente estranha a pedir-me amizade. Todos tinham em comum o facto de serem de Coimbra.

Entrei mesmo no meu perfil e aí fiquei completamente embasbacada com as alterações. As fotos em que eu estava identificada já eram mais de mil. De onde terá vindo tanta foto? No mapa estavam umas duas ou três. Tudo trocado, portanto. As fotos não se viam. Enfim…

Tinha de sair da Internet porque ia dar um jogo do Porto na televisão. Antes de sair, choveram-me imensos pedidos de amizade em simultâneo. Mas o que vinha a ser isto? Conhecia algumas pessoas, outras pertenciam apenas e só ao mundo dos jogos virtuais e outras nem sequer conhecia de lado nenhum. Ora essa!

O melhor mesmo era sair dali para fora e…acordar do disparate pegado que estava a ser este sonho.

“O Estranho Caso De Benjamin Button” (impressões pessoais)



Este foi mais um livro que me deu imenso prazer em ler. Esta obra está dividida em vários contos, todos eles com o seu encanto e maravilhosamente fantásticos.

O conto mais conhecido desta obra – aquele que lhe dá nome- é uma história incrível, tendo por base algo que eu sempre gosto de ver desenvolvido- o contrário da ordem natural estabelecida. Neste caso, o normal é nascer-se um bebé e ir envelhecendo à medida que os anos por nós vão passando. E se acontecesse um dia o inverso? Como seria? Como viveria essa pessoa? A partir daí, simplesmente foi deixar a imaginação correr livremente, sem limites, com rédea solta.

O conto que abre esta obra também tem um argumento muito forte. Trata-se de um conto da esfera do fantástico por excelência, quase um conto de fadas clássico mas com algumas nuances. Também terá, no meu entender, partido de uma ideia simples que foi desenvolvida recorrendo à imaginação ilimitada do autor. Neste caso, talvez a pergunta tenha sido esta: e se houvesse alguém mais rico do que os homens mais ricos que se conhecem?

Em suma, foi uma obra que me deu grande prazer em ler, que realmente me fez dar uma escapadela ao mundo da fantasia, esquecendo o quotidiano por uns momentos. Recomendo vivamente a quem queira relaxar.

Estes livros desta colecção têm sido bem interessantes, na medida em que, na sua maioria, não são mais do que uma compilação de contos, com o propósito de neles se incluir o conto que deu origem ao filme. Depois surpreendo-me com histórias paralelas que são tão ou mais interessantes do que o conto em que alguém pegou para adaptar ao cinema.

Continuamos quase no mesmo registo. Recuemos no tempo e vamos ler algo que é pura diversão. Estou de volta às obras que me incutiram desde pequena o gosto insaciável pela leitura.


Wednesday, February 20, 2013

O porco vai ao café




Não sei precisar como tudo começou. Sei que, num local desconhecido, junto ao mar, eu e o meu pai achámos um porco de tamanho médio que surgiu assim das águas.

Irrequieto como aliás são todos os porcos, este recusou-se a vir connosco para um café. O meu pai arranjou uma espécie de atrelado com uma corda e lá seguimos para comer alguma coisa.

Fomos a um café e eu tomei uma bica que parecia papas. O porco devorou bolos e tudo quanto lhe puseram à frente.

Estava-me a apetecer comer algo especifico e fui a outro café. O meu pai entrou novamente com o porco que voltou a comer imenso, especialmente bolos. Eu não encontrava nada que satisfizesse as minhas necessidades.

Pensei em ir comprar uns pacotes de bolachas, manteiga e ir fazer um bolo de bolacha. Lembro-me uma vez de ter feito um.

Eu, o meu pai e o porco lá seguimos e fomos ter com a minha irmã que se preparava para o casamento.

Acordei. Não sei que horas eram. O despertador ainda não tinha tocado e terá ainda demorado algum tempo a tocar, pois virei-me para o outro lado e voltei a adormecer.


Moutinho – a estrela que mais brilhou

O Porto venceu o Málaga no Estádio do Dragão por 1-0 e encara a segunda mão no dia 13 de Março com grande optimismo. O golo solitário foi apontado por João Moutinho que foi considerado o melhor jogador em campo.

O Porto começou desde logo a rematar desde o início. O primeiro remate pertence ao russo Izmailov.

Este equipamento do Málaga é muito bonito. É fora do habitual. Penso que nunca vi nenhum igual.

O Porto cria perigo agora por Otamendi.

Fernando quase chegava a tempo de empurrar a bola para o fundo da baliza do Málaga.

Reclamou-se uma grande penalidade que eventualmente Antunes terá cometido sobre Varela.

O Porto está mais perigoso agora.

João Moutinho tenta a sorte de longe e o argentino da careca lustrosa defende.

Sai uma marcação manhosa e algo traiçoeira de um livre por parte de João Moutinho. Nunca se sabe o perigo real que estes lances podem vir a causar na equipa adversária.

Sergio Sanchez tira a bola positivamente a Jackson Martinez quando este já se preparava para fazer o golo.

Helton faz mais um dos seus números perante Roque Santa Cruz. Felizmente para o Porto, não houve consequências graves desta vez.

De pé esquerdo, Danilo remata para fora.

Na sequência de uma jogada individual, Izmailov remata ao lado.

O nulo no marcador é o resultado que se verifica ao intervalo num jogo quase de sentido único.

Quase era golo para o Porto. Foi Izmailov.

Júlio Batista está farto de distribuir fruta neste jogo. Não sei como ainda não viu o cartão amarelo. Até sei. É porque o árbitro é inglês. Entretanto houve mais um remate de Danilo.

Antunes rasteira Danilo. Nada é assinalado. Tudo isto porque o árbitro é inglês.

Há agora o golo do Porto. Foi Moutinho. Foi uma bela jogada. Estamos com cinquenta e seis minutos de jogo.

Entretanto Varela sai para dar o seu lugar a James Rodriguez.

Iturra (antigo jogador da União de Leiria) vê o cartão amarelo por falta sobre Atsu que já seguia para a frente a velocidade vertiginosa.

Há ali alguma confusão na área defendida pela equipa espanhola. Acho que foi Fernando quem rematou.

João Moutinho encontra-se caído por terra devido a uma entrada dura de Camacho.

O Porto ronda com perigo a baliza do Málaga.

Jornalista da TVI algo entusiasmado:
- “Lá vai a equipa do BAYERN para o ataque…”

Com isto o jogo terminou com um importante triunfo para o Porto que mantém intactas as hipóteses de prosseguir na Liga dos Campeões e continuar a pontuar para o ranking de Portugal.

Monday, February 18, 2013

Mais outra caminhada debaixo de chuva



É incrível! Durante toda a semana está um tempo agradável com sol e temperaturas amenas, chega-se ao Domingo e eis que começa a chover.

Saímos da cidade e já estava a chover mas a chuva foi-se intensificando à medida que fomos prosseguindo.

Esta caminhada, apesar da chuva, não ofereceu grande dificuldade para mim, apenas tivemos de passar num trilho que tinha umas pedras que, por estarem molhadas, escorregavam e todo o cuidado era pouco para não ir parar ao chão.

Também existia já bastante lama que também provocou aqui e ali algumas escorregadelas.

Assim que cheguei a casa, tratei logo de ir para debaixo de água quente e de vestir roupa seca. Depois houve que descansar até de noite, sempre ouvindo as incidências do Desporto.

Estava-se mesmo bem debaixo das cobertas depois de todo o frio já ter passado.

Saturday, February 16, 2013

Tragédias

Mais uma noite em que adormeci e acordei lá pela madrugada depois de sonhar com algumas tragédias de dimensão variada que só têm lugar em sonho.

Talvez tenha sido a queda de um meteorito na Rússia que levou o meu subconsciente a me presentear com algo de estranho que terá acontecido algures em Portugal. Todos os bombeiros e equipas de emergência estavam a dirigir-se para la. Ouvi as notícias no meu quarto e de luz acesa. Nunca cheguei a saber que tipo de tragédia aconteceu mas o aparato e o impacto eram evidentes. Pairava um clima estranho no ar.

Era de madrugada e encontrava-me a dormir no meu quarto lá de casa. Isto remonta a um tempo em que a janela do meu quarto ainda dava para a rua. Agora dá para a sala. Feijoa atroava a noite com uns gritos lancinantes. Parecia que estava a ser atacada por um animal feroz. O melhor era lá ir ver.

Fui busca-la à rua e trouxe-a para dentro. Ela parecia mais magra e tinha o pêlo a cair. Estava num péssimo estado. Ronronou e calou-se assim que lhe peguei. Parecia estar bem.

Na manhã do dia seguinte, constatámos que o mal da Feijoa era o cio. Talvez não tenha apanhado a pilula.

Acordei em sobressalto. Muitas horas de sono restavam ainda pela frente.


Thursday, February 14, 2013

“Along Comes A Woman”- Chicago (Música Com Memorias)



Passei anos a interrogar-me como se chamava este tema e quem o interpretava. Estas questões existenciais são extensíveis a muitos outros temas que fazem parte da minha vida, das minhas memórias, da minha infância e que eu não consigo achar por falta de informação.

Achei este por acaso. Não chegaria lá se andasse à procura, com toda a certeza. Estava a ouvir temas dos Chicago no Youtube e apareceu-me o CD dos êxitos da banda que fora liderada por Peter Cetera. Como sempre acontece quando encontro um álbum completo, andei para a frente para ver que músicas tinha e então achei esta. O primeiro passo estava dado. Esta música é dos Chicago. Faltava o título mas agora era mais fácil.

Indo ao Google e escrevendo o nome do CD, era dado o alinhamento das músicas. E assim consegui toda a informação de que necessitava para escrever esta pequena história.

Isto passa-se em 1989 ou 1990. O meu pai tinha uma cassete de música brejeira que eu desgravei colocando fita-cola nos cantos. Essa cassete era usada vezes sem conta para eu e a minha irmã gravarmos as nossas tropelias. Ouvíamos, riamo-nos, voltávamos a gravar outra coisa, e assim aquela cassete já tinha centenas de gravações em cima.

Uma tarde, já não me lembro como foi, terei apontado a cassete parra gravar a próxima música que passasse na rádio que estávamos a ouvir e que, naquela altura, não podia ser outra que não a Emissora Voz da Bairrada. A música que tocou foi esta. Nunca a tinha ouvido e adorei-a. Ela não ficou no início da cassete, ficou aí a meio. A partir daí, para não apagar a música, as gravações das nossas tropelias começavam a seguir a esta música. Era eu que mexia na cassete, portanto não havia hipóteses de se apagar este achado que ouvia vezes sem conta.

Depois gravei algo nessa mesma cassete que me saiu tão bem, que não sei como fiz. Mais uma parte que não era para apagar. Do outro lado da cassete gravei o “Las Vegas” dos Deacon Blue. Funcionava quase como um single com uma música de cada lado. Resumindo: ficámos com um espaço reduzidíssimo para as nossas tropelias.

Certo dia, a fita dessa cassete partiu e enrolou. Fiquei destroçada. Já não iria ouvir estas duas músicas. Penso que ainda a tenho guardada, ou tinha, apesar da fita partida.

Agora com as novas tecnologias, posso ouvir novamente ambas as músicas. Quanto às nossas gravações desse tempo, perderam-se para sempre.

Um jogo daqueles a que vale a pena assistir

Havia a promessa de um grande espectáculo de Futebol e essa promessa não foi quebrada. Num magnífico espectáculo, Real Madrid e Manchester United empataram a um golo. Cristiano Ronaldo foi o autor do golo da equipa treinada por José Mourinho.

O jogo inicia bem agitado com o Real Madrid a dominar e a ter alguns remates perigosos.

Fábio Coentrão quase marcava.

Aos vinte minutos, e completamente contra a corrente do jogo, o Manchester United chega ao golo por intermédio de Welbeck.

Belo remate de Di Maria para De Gea defender.

Na cobrança de um livre a castigar uma falta sobre si próprio, Ronaldo remata contra a barreira. A bola vem novamente ter com ele e o segundo remate é perigosíssimo.

Cristiano Ronaldo faz o empate através de um golo de cabeça. Estávamos com sensivelmente meia hora de jogo.

Por pouco não era o segundo golo do Manchester United. Que sorte agora! E o perigo ainda não passou.

Ozil tem agora um grande remate. Ainda é canto.

Rafael vê o cartão amarelo por falta sobre Ozil. Ronaldo vai marcar o livre?

Ronaldo tem um potente remate que vai por cima. A cruzamento de Fábio Coenntrão, Ronaldo remata ao lado.

O empate a um golo é o resultado exibido no marcador do Santiago Bernabéu em tempo de descanso. Esperemos que a segunda parte nos proporcione um espectáculo tão bom como o desta primeira parte. Nem se dá pelos minutos a passar quando o jogo é de qualidade como este.

De pé esquerdo, Cristiano Ronaldo remata para mais uma defesa de De Gea.

Agora é Di Maria que remata ao lado.

A bola vai ao poste da baliza do Manchester United…ou foi De Gea que defendeu? Foi mesmo o guarda-redes espanhol a defender o remate de Fábio Coentrão.

Por duas vezes o Manchester United podia ter chegado ao golo.

Mais um remate perigoso do Real Madrid que De Gea defende novamente.

De livre, Cristiano Ronaldo remata um pouco por cima.

Sai agora carão amarelo para Valencia por falta dura sobre Sergio Ramos.

Diego Lopez ainda nega o golo a um jogador do Manchester United. O resultado acaba por ser justo, pena não ter havido mais golos. Este excelente espectáculo merecia-os.

Wednesday, February 13, 2013

“Million Dollar Baby” (impressões pessoais)



Já tinha ouvido falar do filme aí por volta de 2004 ou 2005. Lembro-me que na altura houve publicações que entrevistaram pugilistas femininas portuguesas.

Na verdade, este é apenas um dos contos que faz parte desta obra escrita por Toole. Há ainda mais uma série de contos, todos eles relacionados com o Boxe e todos eles impregnados de um certo dramatismo. Neste último ponto, no que ao dramatismo diz respeito, destaco o conto que dá nome ao livro e que deu origem ao filme mas, se eu fosse realizadora de cinema, até pegava no último e mais longo conto desta obra. Em termos de emoção e carga dramática, penso que ambos os contos estão equiparados. No ultimo talvez haja mais acção.

O Boxe é um desporto que ate gosto de ver mas que jamais seria o meu desporto de eleição para praticar. Ficar-me-ia por dar uns socos num saco para aliviar o stresse e nada mais. Esta obra leva-nos até ao mais profundo do universo do Boxe e de tudo o que um lutador tem de passar para lograr vencer um combate. Aqui são abordados métodos de treino propriamente ditos, o que se tem de fazer antes de um combate importante (a azáfama de ter o peso ideal na altura certa), o que acontece durante um combate, tratamento das lesões provocadas pelos golpes dos adversários, cuidados a ter depois…em suma, trata-se de uma obra muito rica que ensina a quem não está por dentro do Boxe, o que realmente é o Boxe.

Há um traço em comum a todas as histórias: em todas ou quase todas, o protagonista é branco e já foi pugilista. Umas vezes é treinador, noutras faz parte do staff de combate. Não deixa de ser curioso.

Para além de nos mostrar como se vive no mundo do Boxe, também nos dá conta de um certo clima de animosidade racial entre brancos e negros, mais patente no último conto e que contribui para o seu desfecho. Este clima de tensão está igualmente presente em muitas das obras que já li de autores americanos.

Em suma, foi uma boa leitura, bastante positiva e didáctica, pois havia muita coisa do Boxe que eu desconhecia. Recomendo vivamente a quem gosta de Desporto em geral, particularmente a quem é amante ou pretende praticar estes desportos de combate.

Monday, February 11, 2013

“Quem vos mandou ir lá para o fundo?”

Foi bem cedo que iniciei mais uma saga de mais uma das minhas sempre indesejadas idas aos Covões.

Nesta manhã fria, estive pouco tempo à espera de um Catorze que me levasse ao meu destino. E incrível o facto de sempre não ter senhas quando necessito de andar de autocarro. Lá tive de pagar bilhete e teria também de tirar outro à vinda para ca.

Dentro do autocarro estava quente e já me vinha a dar a moleza. O autocarro trazia o dispositivo de anunciar as paragens ligado desta vez. Sempre era uma ajuda para não adormecer ou me distrair.

Saí mesmo pela porta da frente. Sentei-me numa das cadeiras da consulta externa e já estava a pegar no sono quando os balcões abriram. Já planeava começar a discutir caso tivesse de pagar taxas moderadoras mesmo sendo portadora de Certidão Multiusos. Comecei por ensaiar o protesto mas tudo acabou bem e não paguei.

Sentada numa das cadeiras estava uma senhora aflita com problemas digestivos dos excessos que cometera na véspera. Esta gente sabe que tem de vir para longe às consulta e põe-se a comer iguarias pesadas que nem alarves? Estava em bom sítio, isso estava.

Dirigi-me ao sítio do costume, junto aos consultórios que eu já conheço de cor. Sempre fui para ali e não para a sala de espera. Nunca ninguém me havia dito nada.

Estava eu sentada junto aos consultórios quando ouvi um estrondo. A televisão tinha avariado e faziam esforços inglórios para a colocar a funcionar minimamente.

Andava uma auxiliar de farda azul e um casaco da mesma cor, mas de uma tonalidade mais escura, a berrar por mim na sala de espera. Eu berrei também de onde eu estava, anunciando que já estava à porta da consulta. Ela não ouviu e continuava a chamar-me aos gritos. Eu gritei ainda mais alto. Cheguei mesmo a colocar o braço no ar mas ela estava à entrada e não viu. Ela começou (ainda no mesmo registo) a chamar outras duas pessoas. Por incrível que pareça, respondeu-lhe uma senhora que ela não tinha chamado e que estava sentada também junto aos consultórios. A auxiliar pensou que fosse eu e perguntou:

- Quem a mandou vir para aí para o fundo? A sala de espera é aqui!

A senhora disse que a tinham mandado esperar ali. A auxiliar perguntou-lhe o nome (ainda pensava que estava a falar para quem tinha chamado antes e que era eu). Ela disse que se chamava Arlete. Ela começou-me a chamar novamente. Eu respondi. Chamou as outras duas pessoas que estavam lá mais para o fundo. Ao ver que se estava a esganiçar e que toda a gente estava junto aos consultórios, a auxiliar de azul ficou agastada e continuou a perguntar:
- Quem vos mandou para aí?

Um coro variado de vozes respondeu no mesmo tom, que tinha sido lá fora. A mulher de azul regressou à sala de espera e continuou a chamar mais alguém.

Fui a primeira a ser chamada para a consulta. Despachei-me cedo. A pressão ocular não estava alta.

Algo me intriga entretanto. Volto lá para Novembro mas agora tenho de fazer campos visuais antes de cada consulta.

Partidas de Carnaval do meu subconsciente

Que trapalhada esta! Vamos a ver se a gente se entende, o que é difícil.

Sonhei que saímos de Coimbra, saliente-se, de autocarro para mais uma caminhada. Estava a amanhecer e uma parte do Céu estava de uma tonalidade rosa a anunciar o nascer do dia enquanto que outra ainda se mantinha escura.

Andámos alguns quilómetros até chegarmos…a Caneças. Percorremos mais umas ruas, passámos perto da Rodoviária de Coimbra e chegámos…a Famões. Eu não conhecia aquelas ruas e as pessoas que estavam comigo também não. Repare-se, nós passámos por detrás da paragem onde se apanha o Catorze, contornámos uma rotunda e metêmo-nos por umas ruelas. Como foi possível termos andado tanto. Já era quase dia entretanto.

Um edifício enorme e cinzento dominava a paisagem. Toda a gente gritou em coro que aquilo era…o hospital de Famões. Não sabia que lá havia um. Não deve haver se calhar.

Chegámos ao nosso destino. O autocarro deixou-nos à entrada de um trilho completamente enlameado. Estava mesmo impraticável, escorregadio e pegajoso. Situava-se…perto de Condeixa. Ainda se conseguem lembrar de onde estávamos? Outra coisa, onde já se viu o autocarro nos deixar mesmo à entrada dos trilhos? Não queríamos mais nada? Não?

Percorríamos uma zona de pinhal. Eu ficava sempre para trás. Já ia cansada. Nos sonhos de corrida ou de caminhada, eu fico sempre para trás, com as pernas presas e a ofegar.

Acabei a caminhada muito atrás e um amigo meu já se encontrava à minha espera. No banco de trás seguiam o meu vizinho e o filho que entretanto tinham ido não sei para onde. Nós esperámos por eles.

O nosso destino foi uma rádio onde trabalhava uma colega minha que por acaso não tem nada a ver com esse universo. Ela fazia um programa de música portuguesa (a mesma que passava na M80 enquanto eu sonhava). Ela deve-me ter visto e logo falou em mim em directo. Chamei-lhe Cristina mas ela não se chama assim. Devo-a ter confundido com alguém.

Eu queria-lhe fazer umas perguntas muito indiscretas porque circulava a informação de que ela havia tido um caso…com uma baleia marinha, como se houvessem baleias terrestres. Eu achei a história muito interessante e queria escrever algo sobre ela. Daria um belo conto ou mesmo um livro inteiro.

Acordei e centrei-me na música que passava na radio. Já chegava de tanto disparate.

Feijoa reclama atenção

Dizem os especialistas que não há nada melhor do que um gato para aliviar o stresse. Eu acredito nisso. Assim que chego a casa, procuro uma das minhas gatas para matar as saudades do seu pêlo sedoso e do seu ronronar (contando que essa gata não seja a Adie).

A minha favorita para aliviar toda a tensão acumulada ao longo de duas semanas sem tocar num gato é a Feijoa. Ela retribui com juros todas as festas que se lhe fazem. Anseio por a encontrar em casa para lhe tocar no dorso e sentir o crescente ronronar de satisfação que ela emite.

No Sábado perdi mais de uma hora só com ela. Veio ter comigo querendo que eu lhe desse atenção e carinhos. Eu não me fiz rogada. De vez em quando parava só para a ouvir miar e reclamar por mais.

Na rua o Sol estava quente mas começava a escassear na eira. Feijoa saiu pela porta da sala e foi-se colocar junto ao portão que dá para a rua. Temendo que ela atravessasse a estrada e fosse apanhar sol para a vinha do outro lado da rua, trouxe-a de volta para dentro e coloquei-a junto à janela do quintal do lado de dentro onde estava bem agradável.

Feijoa deitou-se no parapeito da janela a aproveitar o sol. Estava-me a meter impressão o facto de ela estar deitada em cima das calhas frias e desconfortáveis dos estores.

Olhei para o sofá onde estava uma manta dobrada para o meu pai aquecer os pés de noite enquanto vê televisão. Peguei nela dobrada assim como estava e coloquei em cima do parapeito da janela. Feijoa logo se enroscou ali ao sol.

Fui para dentro. Ela deve ter ali estado toda a tarde no bem bom.

Cinco cêntimos

Pois é, estamos a viver uma das maiores- se não mesmo a maior- crise de sempre em Portugal. Daqui a mais não ganhamos para as despesas diárias.

Subiu tudo, desde a água, passando pelo gás e a electricidade, as telecomunicações e até mesmo os alimentos. A inflação está insuportável mesmo.

Dizia eu que tudo estava a subir mas tenho de emendar. Quase tudo está a subir. Encontrar algum bem que tenha baixado o seu preço é um milagre mas…os milagres por vezes também existem.

Todos os dias, antes de ir trabalhar, passo pelo mesmo café para tomar a bica para me manter acordada durante a manhã. O café naquele estabelecimento custava sessenta cêntimos. Custava, digo bem. Agora só custa…cinquenta e cinco cêntimos. Por incrível que pareça, o café baixou cinco cêntimos, imagine-se!

Isto pode não ser grande coisa mas façamos as contas: poupando cinco cêntimos durante os cinco dias úteis de trabalho, no final da semana poupam-se logo vinte e cinco cêntimos.

Grão a grão, enche a galinha o papo!

Thursday, February 07, 2013

Desconcentradíssimos

Num jogo de preparação que decorreu em Guimarães, Portugal perdeu de forma inesperada e algo displicente com o Equador por 2-3. É o quarto resultado menos positivo da Selecção De Todos Nós que havia perdido com a Rússia anteriormente e havia empatado com a Irlanda do Norte e com o Gabão.

Este jogo começou de forma bem movimentada, logo com ataque perigoso de Portugal a que o guarda-redes equatoriano se teve de aplicar a fundo, ficando magoado. Na resposta, os latino-americanos chegam mesmo ao golo por intermédio de Castillo. A defesa meteu água e foi Valencia e não Castillo a fazer o golo.

Depois de um canto a favor de Portugal, o guarda-redes do Equador volta a estar em bom plano.

Ronaldo remata sem perigo, à figura do guarda-redes do Equador.

E o homem do boné defende-as todas mesmo! Mais uma oportuna intervenção do guarda-redes do Equador que até joga no Barcelona…lá do burgo.

Eduardo, titular esta noite, nega o golo a Caicedo que regressa a Portugal para se redimir, digo eu. Ele que não jogou mesmo nada enquanto esteve no Sporting.

Na sequência de um livre a castigar uma falta sobre si, Ronaldo remata muito por cima, na direcção da bancada. Escassos instantes depois, CR7 faz levantar o Estádio D. Afonso Henriques com um grande golo. É o empate.

Já foi exibido um cartão amarelo a um jogador do Equador.

Reclama-se agora grande penalidade em Guimarães sobre Postiga. Nada é assinalado.

João Pereira desentende-se com um equatoriano e ambos recebem cartões amarelos como recompensa.

Sai mais um remate fraco de Ronaldo para o guarda-redes do Equador defender com facilidade. Este lance ocorre mesmo em cima do apito para o final da primeira parte. Toda a gente vai para os balneários com o marcador a registar um empate a um golo.

Coentrão tem um remate no início da segunda parte que proporciona mais uma defesa ao guarda-redes do Equador.

Reclama-se uma mão na bola em plena área de rigor. É apenas assinalado um canto a favor de Portugal.

O guarda-redes do Equador voltou a demorar a repor a bola em jogo e viu o cartão amarelo.

Finalmente é golo de Portugal! Estamos com sensivelmente uma hora de jogo e foi Postiga a marcar.

Foi golo?!!! Numa altura em que se tinham processado alterações na Selecção De Todos Nós, o Equador chega então ao golo. Foi mais uma desconcentração da defesa portuguesa. Nem me tinha apercebido que tinha sido golo. O jogo volta a estar empatado.

Caicedo vê cartão amarelo por falta sobre Luís Neto que se estreia hoje com as cores de Portugal.

Há golo de Caicedo para o Equador. Foi uma bela jogada que terminou com um remate forte e bem colocado de um jogador que foi uma nódoa enquanto alinhou no Sporting. Nem parece o mesmo hoje. Infelizmente para nós.

Desde que entrou, Custodio tem sido brindado com um coro medonho de assobios por parte do público de Guimarães que não lhe perdoa ter-se mudado para o Sporting de Braga..

Agora foi mesmo azar. A bola vai à barra da baliza do Equador.

Fábio Coentrão vê agora um cartão amarelo juntamente com o jogador do Equador com quem se desentendeu.

Há agora uma perdida incrível…para o Equador. Este golo seria o quarto. Seria um escândalo, uma vergonha…

Foi melhor o jogo acabar logo a seguir. Havia o risco de Portugal ainda sofrer mais um golo. Há muito trabalho a fazer até Março, até aos jogos a doer. As desconcentrações na defesa foram ridículas. Nem parecia um jogo de profissionais com lances tão inacreditáveis. Afinal o segundo golo do Equador até foi apontado mesmo por João Pereira.

De referir ainda que a selecção sub-21 também jogou hoje em Rio Maior e empatou a zero com a Eslovénia.


Wednesday, February 06, 2013

“Rapariga Com Brinco De Pérola” (impressões pessoais)


A leitura desta obra levou-me de volta à cidade mais bonita que alguma vez visitei – Delft. Foi lá que sempre viveu o pintor Vermeer com a sua família.

Tracy Chevalier pega numa das mais notáveis pinturas de Vermeer e escreve esta historia, pondo a própria protagonista do quadro a contar a sua historia, a falar dos sentimentos secretos que nutria pelo pintor, a relatar as peripécias diárias com os restantes elementos da família….

Quando estive na Holanda em 2007, pude ver alguns quadros de Vermeer em alguns museus. Não me lembro de ter visto este que dá nome a este livro. Havia alguns auto-retratos do pintor enquanto jovem, enquanto velho, as paisagens de Delft pintadas de que a protagonista falava e também havia algumas passagens mitológicas ou bíblicas. No caso dos quadros que representam os barcos nos canais, lembro-me perfeitamente deles. Estão mesmo na cidade de Delft.

Um local de que muito se fala nesta obra é a estrela de oito pontas que é muito famosa. Também me lembro de ter ali estado com os meus colegas. Se procurar bem, nós temos até ali fotos.

A beleza da cidade de Delft é inimaginável. Penso que não dá para expressar por palavras, só mesmo vendo com os próprios olhos e sair de lá mais rico de cores e de beleza. Ninguém ficará indiferente às belas paisagens que se deparam diante dos olhos dos turistas. Um dia, gostaria de lá ir de novo. Foi uma cidade que muito me marcou e foi também ali que cumpri a minha promessa de visitar uma igreja e ali rezar como forma de agradecer estar na Holanda como sempre sonhei- promessa essa feita no dia mais nebuloso da minha vida, naquele dia em que senti que tudo me fugia.

Sobre a obra propriamente dita, está muito bem imaginada. A forma como a escritora pegou num quadro e o transformou em livro. Também é valorizado por se tratar de um romance de época e é sempre fascinante lermos e viajarmos no tempo para ver como era a vida dos nossod antepassados. Não pude deixar de notar um comportamento da personagem que me deixou a reflectir. Naquela altura, mostrar o cabelo era o mesmo que estar nua? Quem mostrasse o cabelo era considerada uma meretriz ou algo assim? Não deixa de ser curioso.

Nota bastante positiva para esta obra, a ideia está boa, a narração dos usos e costumes da época está excelente e a forma como está escrita também está fácil de ler e compreender.

Recomendo vivamente este livro a quem se interessa pela cultura, pelas viagens, pela Pintura e pelos usos e costumes de épocas mais remotas.




Tuesday, February 05, 2013

Manhã bem agradável para se andar na rua









O Domingo estava soalheiro e nem estava muito frio. As condições estavam ideais para se fazer a caminhada.

Fui ter perto do Choupal de táxi, apesar de ser perto, porque tenho medo de passar ali naquela ponte e, acima de tudo, de atravessar a estrada.

Reunimo-nos no Choupal para assistir à tomada de posse dos novos órgãos sociais da ADETOCO antes de iniciarmos a caminhada. Antes ainda houve lugar a algumas fotos de grupo.

A caminhada fez-se mais em estrada mas nem por isso constituiu grande facilidade devido ao facto de o terreno ser muito acidentado. Havia enormes subidas em alcatrão e grande porção de terreno a descer. Eu por acaso adoro fazer subidas, por mais duras que sejam.

Estava um belo dia, por mim estaria mais tempo a caminhar. Estava-se mesmo bem na rua.




Friday, February 01, 2013

Perto duma caixa Multibanco

Partilho com todos os seguidores do meu blog mais uma história que se passou hoje de manhã comigo e que exemplifica bem o quão específico é o mundo da Deficiência Visual e a forma mais correcta de lidar.

Normalmente eu evito levantar dinheiro na rua por ser perigoso, especialmente nesta altura de crise em que a criminalidade aumenta à medida que aumentam as necessidades da população. Opto sempre por levantar dinheiro dentro de um edifício que possua caixas Multibanco. Sempre me sinto mais segura.

Na esmagadora maioria das vezes, opto por levantar dinheiro nas caixas do meu próprio local de trabalho que as possui. Assim evito de sair novamente à rua e correr o risco de ser assaltada por alguém que possa estar à minha espera sem que eu tenha reparado.

É início do mês e levantava eu dinheiro como faço todos os dias. Comecei por ir a uma caixa que não estava a funcionar e, assim que a outra ficou desocupada, lá fui levantar dinheiro. Estava com um pouco de pressa porque se aproximavam as nove da manhã- hora de entrar.

Estava muito concentrada a levantar dinheiro quando sinto aproximar uma sombra negra por detrás de mim. Sentia-lhe a presença. Estava de tal maneira perto, que me deixou completamente assustada.

Uma voz de mulher perguntou-me se eu precisava de ajuda e, incomodada com aquela presença tão próxima, eu respondi que apenas queria que ela se afastasse de mim. Fui brusca com ela mas tal se deve a um mecanismo de defesa que alguns de nos desenvolvemos para nos defendermos dos perigos. Já aconteceu ouvir circular no nosso meio historias de deficientes visuais que aceitaram ajuda de desconhecidos para lhes carregar computadores e outros objectos de valor e eles desaparecem com eles. Outros oferecem-se para os acompanhar a casa e ficam assim a saber onde eles moram para assaltarem (sempre dá menos trabalho do que perseguir um normovisual até casa, correndo o risco de serem vistos), outros ainda oferecem-se para os ajudar a levantar dinheiro ou fazer compras e ficam com o cartão. Eu pelo menos funciono assim- se não identifico a pessoa, ela abordou-me com alguma intençao. Já tem acontecido pessoas conhecidas passarem por mim na rua, falarem-me, eu não as reconhecer e começar a apresar o passo como se fosse a fugir. Não é por mal que faço isso. É apenas para evitar abordagens de desconhecidos que possam molestar ou roubar os nossos pertences.

Aqui nem foi bem isso que aconteceu. De facto eu não conhecia a senhora e reagi daquela maneira porque estava cheia de medo. Ela aproximou-se de mais. Quando me perguntou se eu precisava de ajuda, quase que me gelou o sangue de susto. Tão simples como isto.

Quando me afastei, ela foi dizendo que não me queria roubar ou tirar o código do cartão, pois até trabalha no tribunal. Eu pedi-lhe desculpa e expliquei-lhe, como estou agora a explicar aqui, que ela não pode agir assim com as pessoas deficientes visuais que estão concentradas na sua tarefa que sempre desemprenharam e, de repente, sentem que alguém está por detrás. É inicio do mês, por certo andará muita gente a rondar as caixas Multibanco, muita gente com más intenções. Ao ver alguém ali tão perto, pensei logo o pior. Ainda para mais, eu não conheço a senhora de lado nenhum. Mesmo que fosse uma colega minha a abordar-me assim, reagiria da mesma maneira.

Serve isto para alertar os cidadãos normovisuais para terem algum cuidado da forma como abordam um deficiente visual. Chegar assim por detrás obviamente que não é a solução. Como as pessoas normovisuais não lidam connosco todos os dias, não sabem como agir e nos abordar, daí surgirem estes episódios embaraçosos que nós partilhamos com todos como forma de dar a conhecer o nosso mundo, como lidamos, como reagimos sem estímulos visuais ou com os parcos estímulos visuais que temos, como é o meu caso.

Ah outra coisa muito importante, por acaso esta senhora que hoje me abordou não me tocou ou me agarrou. Isso então seria o pior que podia ter feito. Sujeitava-se a que reagisse e a afastasse bruscamente como acto instintivo de defesa. Isso então nunca se deve fazer.


"Will You Still Love Me Tomorrow"

Esta é uma das músicas que gosto de ouvir, independentemente de ter mil e uma versões. Seja quem for que já cantou esta música, eu paro sempre para a ouvir. É daquelas que não se estraga com os anos ou com as muitas versões que lhe fazem. apresento aqui alguns exemplos:

Posso até estar errada mas penso que esta é mesmo a original e a minha favorita:



Depois lembro-me de conhecer a versão da Laura Branighan. Está simplesmente fabulosa e dá para ver a versatilidade de géneros a que esta canção se adapta.



Mesmo a etilzada voz de Amy Winehouse faz maravilhas com esta música:



Aparecem por aqui muitas mais. Algumas vou ouvir pela primeira vez e partilhar com vocês aqui.

Esta é muito interessante. Atenção! Vai de encontro ao que eu disse há pouco sobre esta música se adaptar a vários géneros diferentes. aqui está a prova!




Também conheço esta afinal:



Bryan Ferry também a cantou:



Se original era a que eu coloquei em cima e não era uma balada, a posterior transformação do tema em balada pegou:



este também está um pouco afastado do ritmo original. É mais soul penso eu.



Agora encontrei algo de interessante: alguém se lembrou de fazer isto que estou a fazer hoje, criando uma lista no Youtube. Vou aqui colocar o link mas não prometo que isto vai ficar bem.

http://www.youtube.com/watch?v=37YVRdlRsfc&list=PL1A6B3FA807FBBBF2