Thursday, February 28, 2008

Noite das bruxas em Paris

O Benfica tinha uma difícil deslocação a Paris para defrontar o PSG. É certo que a equipa onde alinha Pauleta já não é o mesmo colosso europeu de há anos atrás mas todo o cuidado é pouco.

Logo antes de o jogo se iniciar, o azar bateu à porta das hostes benfiquistas. Devido a problemas de saúde, Katsouranis ficou impedido de jogar. Era só o começo de uma noite em que de tudo iria acontecer ao Glorioso. Como irão ver, o grego acabaria por fazer imensa falta. Foi mesmo muito azar!

O polivalente campeão da Europa em 2004 foi substituído por João Coimbra que foi lançado a titular logo num jogo desta importância. Mas isto ainda não é tudo.

Mal começa o jogo e Pauleta já é travado em falta. Inclusive fica sem uma das botas.

Esta partida joga-se com uma bola amarela. Eu mal a vejo. Vai ser difícil para mim seguir esta partida mas vou tentar dar o meu melhor. Para a próxima sugiro que arranjem uma mesmo da cor da relva. Aí até os jogadores se vão atrapalhar.

O Benfica estava por cima no jogo. Tudo parecia estar a correr bem. Derlei só não marca porque um adversário corta o lance. Pouco tempo depois, os emigrantes portugueses que assistem ao jogo vibram com o golo de Simão.

Definitivamente o azar andava a rondar o estádio da equipa francesa. Luisão senta-se no relvado. Era o começo dos momentos difíceis. O central brasileiro acaba mesmo por sair. Não há outro remédio senão lançar o jovem brasileiro David Luiz. Refira-se que já lá estava João Coimbra- outro jogador sem experiência em competições europeias. Se Katsouranis não tivesse adoecido isto não acontecia. João Coimbra não estaria a jogar e David Luiz não entraria. O grego iria recuar para central, caso estivesse em campo.

Começou o descalabro da defesa do Glorioso! Derlei foi obrigado a trabalhos defensivos. É tão grande a sua apetência pela baliza que o luso-brasileiro ia marcando na baliza errada. Ai Derlei se te enganas!

Outro jogador que também tem a baliza sempre no pensamento é Pauleta que aproveitou a tremideira na defesa benfiquista para empatar o jogo. Tudo começou a correr mal.

E lá foi mais um golo sofrido pelo Benfica ainda antes do intervalo. Isto promete para a segunda parte. Eu nem me quero lembrar!

Surge um primeiro diagnóstico à lesão de Luisão. O defesa brasileiro poderá ter contraído uma lesão grave. É o que eu digo: andam as bruxas por aí na noite parisiense só a prejudicar o Benfica. Que mais irá acontecer neste jogo tão incrível?

Mas nem se pense que era só o Benfica a ter azar. O Jogador Número Vinte e Dois do PSG saiu em maca do relvado. O jogador francês tinha mesmo o joelho fora do sítio. Uma lesão impressionante e aparentemente muito grave. Esse jogador arranjou essa mazela ao tentar rasteirar David Luiz que ia para o ataque. Não acertou no jovem brasileiro e acabou por se arrumar a si próprio.

David Luiz teve um lance aparatoso na área dos franceses. No final do jogo teve de se deslocar a um hospital para avaliar se havia mazelas mais profundas a nível craniano. Foi recomendado repouso ao jogador do Benfica que, ainda por cima, se estreava com a camisola encarnada.

O Benfica perdeu o jogo por 2-1. Nada está perdido nesta eliminatória. A segunda mão é no Estádio da Luz. Seguramente com mais sorte. Não me lembro de acontecerem tantas peripécias num só jogo. Foi demais!

Foi uma noite algo agitada com sonhos estúpidos como sempre. Desta vez, o meu primo que se encontra com uma doença terminal no Lar da Moita tinha morrido no mesmo dia da morte do outro meu primo que morreu no hospital da Figueira da Foz.

Viajávamos numa carrinha rumo a Coimbra. A carrinha despistou-se mas ninguém se aleijou.

Um colega meu na ACAPO tinha montes de CD’s, mas todos estavam muito partidos e riscados. Ele tinha um álbum que tinha uma música que eu queria muito arranjar, só que não sei como se chama nem quem canta.

Para acabar em beleza, estava numa aula em que fui chamada ao quadro. Estava a fazer os exercícios que me foram pedidos quando as caliças e as cuecas me caíram de repente. Estava tão envergonhada que nem sabia onde havia de me meter. A solução foi acordar.

Diz o calendário que o dia 8 de Março é o Dia Internacional da Mulher. Eu acho isso uma treta. Penso que todos os dias devem ser dias da mulher e não é só uma vez por ano que se discute e se reflecte sobre as desigualdades entre homens e mulheres. A luta deve ser todos os dias e não só num.

O Dia Internacional da Mulher foi comemorado com Sol radiante. Um autêntico dia de Primavera.

Na Piscina uns meninos jogavam ping-pong. Depois ainda houve um outro aluno que aterrou no chão mesmo de joelhos.

Na cantina havia daquela sopa que eu detesto à base de alho francês. Apesar de não ter comido a sopa, acabei por me atrasar um pouco.

Para a parte da tarde estariam agendados alguns momentos que fogem à monótona. Quatro pessoas (dois casais) queriam aproveitar a promoção das duas e meia às três e um quarto. Vieram cidíssimo porque uma das componentes do grupo tinha dito aos outros que a promoção começava às duas. Como ainda era cedo, eu já ia a tirar senhas de estudantes. Eles não queriam aquelas senhas porque vieram justamente para aproveitar o desconto. Então acabámos por assistir à incrível cena dos três a discutir com a colega que lhes tinha dito que a promoção começava às duas horas. Acabaram por ir ajustar contas para a rua. Com tudo isto acabou por passar o tempo e eles acabaram por entrar mais tarde.

Há um estudante que nunca traz dinheiro certo para pagar a senha. Ora paga com notas grandes, ora paga com moedas pequenas. Desta vez trazia uma nota de...cinquenta euros. Depois lá encontrou outra nota de dez euros e mesmo assim foi uma complicação para lhe arranjar troco.

Conclui a leitura do livro “O Anel- A Herança do Último Templário” de Jorge Molist. Foi um livro bem interessante com suspense e acção quase até final. A situação está muito bem imaginada e a história é muito interessante.

Como acabei cedo a leitura do livro e nem estava assim tanto movimento, aproveitei para estudar um pouco.

Tentei fotografar dois cães que fugiram. Não fui treinar porque se fazia tarde depois para acompanhar o jogo do Benfica. Fui à papelaria. Vão sair mis três livros desta colecção de livros bem interessantes que tenho andado a ler ultimamente.

Acabei por ir à ACAPO. À entrada estava uma mochila de um colega meu. Estava ele e mais duas colegas. Acabámos por ficar ali na conversa.

Depois do jogo do Glorioso, o Braga jogava também com os ingleses do Tottenham. Ao intervalo registava-se um nulo. Havia um duelo particular entre o guarda-redes Paulo Santos e o avançado búlgaro Berbatov. A segunda parte iria ser diferente.

Os ingleses adiantam-se no marcador por intermédio de Robbie Keane.

Quase à meia hora de jogo da segunda parte, o Tottenham marca o segundo golo.

O Braga é feliz na obtenção do seu golo. Após defesa do guarda-redes do Tottenham a um pénalti cometido sobre Diego, Paulo Jorge acaba por ter êxito na recarga.

Pouco tempo depois, Zé Carlos empata o jogo mas os ingleses acabam por fazer o terceiro golo novamente por Robbie Keane. O lance é um tanto ou quanto duvidoso. Vamos ver o que faz a equipa portuguesa em Inglaterra.

O Azerbeijão e o Kazaquistão realizaram jogos particulares com os seus vizinhos e venceram. Estas duas selecções fazem parte do grupo de Portugal para o apuramento para o Euro 2008 a realizar na Áustria e na Suíça.

Situação do dia:
A casa de banho lá de cima tem duas portas. Fui lá e vi que a porta de dentro estava encostada e pensei que a casa de banho estava ocupada. Fiquei à espera do lado de fora. Estava a achar muita demora e resolvi ir lá uma segunda vez. Empurrei a porta devagar e constatei que ninguém estava lá. Se eu lá não ia, bem podia esperar.

Bacorada do dia:
“Você alguma vez teve uma mulher a dizer que a tinha traído.” (Isto foi perguntado a uma colega minha.)

Frango difícil de digerir



Não se falava mesmo de outra coisa. O majestoso frango de Helton mereceu as mais variadas reacções. Laurentino Dias, Presidente da Liga, não deixou de lamentar a forma como o Porto se viu arredado da Liga dos Campeões.

Estava uma manhã com Sol e algumas nuvens.

Fui para a ACAPO ver as novidades no meu mail, só que ele andava com a mesma lua de no outro dia. Não o consegui abrir.

A caminho do trabalho ainda tive tempo de tirar umas fotos a um cão que depois se queria meter à estrada. Vi umas nuvens negras no Céu a ameaçar chuva e arrependi-me de não ter trazido guarda-chuva.

A tarde foi de normalidade. Houve muitos estrangeiros a fazerem cartões. Aliás, isto é um dia mais que normal em que nada se passa.

A aula foi dedicada a alguns exercícios que servirão de revisão para o teste de daqui a uma semana.

O jogo entre o Inter e o Valência terminou com incidentes pouco agradáveis entre jogadores das duas equipas. A UEFA deve punir severamente os responsáveis pela desordem. Consta mesmo que Luís Figo terá sido agredido por um jogador do Valência e que daí se acendeu o rastilho para a confusão.

Bacorada do dia:
“Então o fim-de-semana foi bom?!!!” (já era quarta-feira)

Frango para Mourinho



Depois de um empate a uma bola no Estádio do Dragão, o Porto deslocava-se ao terreno do Chelsea para a segunda-mão de uma emocionante eliminatória da Liga dos Campeões..

As coisas começaram a sorrir quando Ricardo Quaresma colocou o Porto em vantagem ainda na primeira parte. Os adeptos ingleses começaram a apupar a equipa e, para não ouvir a reacção vinda das bancadas, José Mourinho regressou aos balneários ainda antes de o árbitro mandar toda a gente para intervalo.

A história do jogo virou completamente na segunda parte. Tudo começou num incrível frango oferecido por Helton. Foi um lance lamentável do guarda-redes menos batido da Europa.

Os dois clubes voltariam a estar empatados. 1-1 neste jogo e também o mesmo resultado no jogo da primeira-mão. Já se esperava um prolongamento quando o Chelsea marcou o segundo golo por intermédio de Ballack. O Porto diz adeus ao sonho europeu e cura agora os efeitos da indigestão causada pelo enorme frango de Helton.

Estava realmente cansada. Não me lembro da última vez em que consegui dormir tão bem. Foi por isso mesmo que acordei bem-humorada e cheia de energia para enfrentar mais um dia de azáfama.

Quando saí de casa, o tempo apresentava-se bastante encoberto e com ameaça iminente de chuva. Eram cerca de nove e meia quando a chuva começou a cair com grande intensidade. Chovia copiosamente, como se comprova por esta foto.

A manhã de trabalho decorreu de forma normal. O pior era sair para almoço. Parece que quando está tempo de chuva fica tudo mais confuso. Começa por haver mais trânsito nas ruas e os autocarros andam sempre atrasados. Foi isso que aconteceu para me complicar a vida. O autocarro chegou atrasado e eu já tive de complicar o que era fácil.

Quando já estou irremediavelmente atrasada de tudo me acontece. Devia estar uma enorme fila de alunos na cantina para almoçar. Resta dizer que partiram mais um copo. Já tinha saudades! Não me ri porque já estava nervosa por ir chegar atrasada. Eu detesto isso!

Se não estivesse a chover de forma torrencial, teria deixado o guarda-chuva na cantina de certeza. Já estava atrasada e ainda tive de voltar para trás. Que nervos!

Realmente há gente para tudo. É incrível como há pessoas que complicam, inventam, fazem cada coisa...um jovem veio pela primeira vez à Piscina. Dissemos-lhe que tinha de entrar na porta azul. Vimos pela câmara que ele andou às voltas para achar a dita porta azul que até é fácil de achar. Só lá há uma. Finalmente ele entrou na porta azul mas...passado um bocado veia atrás pedir para lhe trocarmos a chave porque o cacifo não abria. Eu já tinha visto esse filme uma vez, mas agora vimos o “artista” a entrar pela porta que devia. A não ser que estivesse a tentar abrir um dos cacifos azuis dos corredores ou o cacifo tivesse avariado de repente. Logo atrás dele vieram avisar que afinal ele estava a tentar abrir o cacifo no...balneário feminino. Como ele consegui dar a volta ainda está para se saber. Às vezes acontecem cenas destas mesmo cómicas para animar o pessoal.

O trânsito estava caótico na cidade por causa do mau tempo. No autocarro já se reclamava da demora porque havia gente que ainda tinha de apanhar outros transportes e não chegaria a tempo.

Quando cheguei a casa os gatos logo entraram. Estava eu a comer qualquer coisa quando ouvi um enorme estrondo vindo da sala. Tinha sido o gato que tinha deitado abaixo e partido uma moldura. A minha senhoria estava furiosa com eles e deitou-os à rua.

Depois do jogo em que o Porto foi eliminado pelo Chelsea de José Mourinho, ainda estive largo tempo a falar com uma amiga minha.

Acabei por adormecer com a televisão ligada. Quando a apaguei passavam memórias da RTP.

Situação do dia:
Num lance fortuito, Paulo Assunção acabou por magoar o seu colega Fucile. O uruguaio teve de sair de campo a sangrar abundantemente.

Bacorada do dia:
Riquardo” (Maneira trapalhona de dizer “Ricardo”)

Comecei bem a semana

É o que eu digo! Quando eu já estou bem atrasada, eis que surge mais alguma coisa para ainda me atrasar mais.

Já em Anadia a camioneta se havia atrasado imenso. Eu pensei que a greve da passada sexta-feira tinha-se prolongado ou que, simplesmente, a camioneta havia avariado no caminho. Nem me digam uma coisa dessas! Isso já aconteceu algumas vezes e foi muito desagradável. Felizmente nunca aconteceu desde que eu estou a fazer o estágio e Deus queira que não aconteça.

Quando avistei ao longe a camioneta suspirei de alívio. Não foi desta que a camioneta avariou algures para os lados de Albergaria ou de Águeda. Tudo bem, mas o atraso já vai ser algum.

Já estava atrasada, mas tinha de arranjar maneira de ficar mais ainda. Toupeira dum Raio! Estava uma manhã de Sol radiante e algum frio. O Sol na paragem batia nos vidros dos autocarros e eu tinha dificuldade em ver os números.

Vi um 2 num autocarro e tratei logo de me enfiar nele. Saliente-se, mais uma vez, que já estava atrasada. Tinha imensa pressa, já estava nervosa e já esperava há algum tempo pelo autocarro. Pensando ter apanhado o 29, enfiei-me no 27.

Assim que entrei no autocarro, tive uma sensação estranha. Para já, o autocarro vinha mais vazio. Depois parte dos passageiros eram crianças que saíram mais adiante. Nada das pessoas velhas e doentes que têm consultas marcadas para as nove horas nos HUC. Nada da selva habitual em que o 29 se transforma todos os dias de manhã. Mas que raio!

Constatei que o autocarro não tinha ido dar a volta à Loja do Cidadão. Foi a direito. Mau!

Fiquei à espera. O autocarro seguiu a sua trajectória normal. Ao contrário do 29 que enche até mais não poder em cada paragem, aquele ia ficando mais vazio.

Com um pé atrás cheguei à Praça da República. Toda a gente saiu, menos eu. Foi então que o motorista me perguntou se eu não saía. Aquele autocarro só ia até ali. Depois iria recolher. Era o 27.

Não tive outro remédio senão percorrer o que faltava até Celas a pé. Era para aquecer. A manhã estava algo fria.

E lá fui eu por ali acima. Que remédio! Bem feita! Se a distracção fosse música...

Antes disso e ainda em casa: Mong e Léo voltaram a medir forças. Eles que haviam desaparecido naquela manhã.

Tive de me deslocar à farmácia que fica perto. Aproveitei a minha pausa para ir buscar um fraco de gotas que me estava a fazer falta. Incrivelmente, deparei-me com uma cena a puxar o insólito. Uma das farmacêuticas, alegadamente, estava a sentir-se mal. Logo num local onde há remédio para tudo.
Quando regressei, deu-me a sensação de haver um qualquer aparato na recepção da Piscina. Nada se passava de anormal.

Ainda bem que ultimamente tem aparecido muita gente da parte da tarde par nadar. Não tivemos mãos a medir com a quantidade de gente que frequentou as instalações. Assim é que se quer. Estou bem contente por vir imensa gente nadar.

Duas jovens perguntaram-me o que era necessário para se frequentar a Piscina. Julgando que elas se iam inscrever, logo lhes adiantei que necessitavam de atestado médico. Elas acabaram por se ir embora. O meu colega chamou-as para trás e disse que elas podiam entrar desta vez e entregar a declaração médica para a próxima. Acabaram por entrar com senhas.

Tivemos uma aula de Holandês diferente do habitual. Uma professora belga vinda de Antuérpia- salvo erro- que até estava lesionada deu-nos uma aula muito interessante sobre a época dos descobrimentos, as relações entre Portugal e a Flandres e o domínio do território indiano. Para isso recorreu a filmes e um livro muito curioso. Esse livro era acompanhado de umas gravuras muito engraçadas que vinham à parte. Essas gravuras representavam a ideia que os holandeses tinham da vida no Oriente. Contavam-lhes as coisas e os artistas colocavam a sua fértil imaginação a trabalhar a todo o vapor. Para alguns deles havia por lá uma espécie de cavalos que eram...azuis e as pessoas nativas desses territórios longínquos eram equiparadas a extraterrestres. Adorei aquela aula. Foi interessantíssima!

Cheguei a casa e mais nada de registo se passou. Estava extremamente cansada. Havia que descansar.

Situação do dia:
Como referi no início deste texto, acabei por fazer parte do percurso para a Piscina a pé. Quando cheguei ao local de trabalho senti um arrepio porque tive a sensação que a minha colega estava de mangas cavadas. E estava imenso frio. Só depois é que a Toupeira Dum Raio verificou que aquilo era uma camisola de malha da cor da pele.

Bacorada do dia:
“Altruísmo é ser autoritário.” (Conheço outra versão em que a ave rara diz que “ser altruísta é ser autónomo”.)

Wednesday, February 27, 2008

Sporting com dez e Leiria com doze

Para a noite desse domingo futebolístico estava guardado um jogo emocionante. Pelo menos emoções à flor da pele não faltaram.

Em Leiria o Sporting poderá já ter dito adeus ao título ao empatar a zero com a equipa local naquele que foi um jogo polémico.

Brasileiros, argentinos, enfim...uma mistura explosiva para condimentar um jogo em que o árbitro não foi isento apenas por casualidade.

Liedson envolveu-se com o também brasileiro Rossato e foi expulso. Ainda estávamos na primeira parte de um jogo que chegou ao intervalo com um resultado nulo.

Paulo Bento estava furioso com a equipa de arbitragem liderada por Paulo Costa. E ainda não tinha visto nada! Eu imaginava a cor da gravata dele: vermelha, bem carregadinha. A cor do sangue quente e das emoções fortes.

Era a noite de Paulo Costa- esse polivalente jogador do Leiria que mostrou como se cortava um lance de golo certo para o Sporting. O árbitro do Porto deu o corpo à bola num lance que não deve ter caído nada bem a Paulo Bento.

Na outra área, o juiz da partida quase parecia um avançado da União de Leiria. O Futebol tem destes caprichos.

Isto fez-me lembrar um outro jogo aí em 94 que, curiosamente também teve a União de Leiria como protagonista. Dessa vez o adversário era o Salgueiros.

Nessa noite a chuva caiu bem forte e acordou-me. Também ainda tinha de ir para a Internet. Havia muito trabalhinho para ser feito no blog.

Apesar do cansaço, cumpri com as minhas obrigações e coloquei os textos disponíveis para serem lidos. Alguns deram-me imenso trabalho.

Escusado será dizer que me deitei por volta das oito da manhã. Enquanto retemperava forças, fartei-me de sonhar com o meu trabalho. Aliás, a minha caneta já lá estava pronta para me receber e para apontar no caderninho azul todas as incidências de mais uma semana.

No Futebol, a Académica deslocou-se ao arquipélago da Madeira e foi goleada por 4-0. O Beira-Mar recebeu em casa a Naval e foi também derrotado por 1-3. E porque é que a equipa da Figueira da Foz- que nem tem estado a fazer uma grande época- conseguiu esse resultado. É simples: o seu “abono de família” está de volta. Nei esteve lesionado durante este tempo todo e regressou logo com dois golos. Resumindo e concluindo: a Naval é uma equipa dependente de Nei.

E assim começa mais uma semana. O Futebol vai preencher grande parte dos nossos dias.

Bacorada do dia:
“Sim...não..está correcto...” (Vá! Decida-se!)

Os homens que regressaram do frio

Há cerca de um ano atrás, o que estava a dar era ir jogar para o Dinamo de Moscovo. Alguns dos melhores futebolistas nacionais trocaram o campeonato cá do burgo pelo frio gélido da Rússia.

O dinheiro pesou nas suas decisões e os dirigentes do Dinamo nutriam um grande interesse em contar com os vice-campeões da Europa de 2004 nas suas fileiras. O Dinamo de Moscovo tinha mais jogadores portugueses no seu plantel que algumas equipas da Superliga. Era espantoso!

Grandes jogadores como Derlei, Maniche, Luís Loureiro, Nuno ou Danny renderam-se ao encanto do Futebol Russo. Outros jovens como Cícero, Tiago ou Jorge Ribeiro também quiseram progredir nas suas carreiras num campeonato mais longínquo.

Mais de um ano volvido, o filão lusitano do Dinamo de Moscovo regressa a casa. Porque o dinheiro não é tudo, e a adaptação provavelmente estava a ser difícil, os nossos jogadores abandonam o frio que lhes dificultava a vida e voltam a desenvolver o seu Futebol em campos com temperaturas mais amenas.

Derlei foi uma grande surpresa quando saiu do Porto- onde era um dos melhores jogadores. Aparentemente foi transferido para os russos depois de se ter demorado de férias no País Tropical onde nasceu. Uma lesão grave fez com que o “Ninja” não se afirmasse em terras frias.

E se a sua partida foi uma surpresa, mais surpreendente ainda foi o seu regresso para o...Benfica. É contra a minha vontade que esse quezilento e indisciplinado jogador veste a camisola encarnada do Glorioso, mas até pode ser que ele venha ajudar. Para começar fez das suas no jogo de estreia contra o Boavista e levou um processo sumaríssimo- coisa que não existia ou não lhe era aplicada enquanto ele vestiu uma camisola mais em tons de azul e branco.

Desesperado à procura de pontos que permitam abandonar os últimos lugares da classificação, o Desportivo das Aves reforçou-se fazendo regressar alguns dos emigrantes do Futebol Português. Para além de Moreira que há alguns anos alinhava no Campeonato Belga, o clube nortenho apostou nos regressos de Nuno e de Jorge Ribeiro. Ambos os jogadores deixam o Dinamos de Moscovo.

Luís Loureiro reforça o Estrela da Amadora e Frechaut vê no Sporting de Braga o melhor clube para a progressão na sua carreira.

Mas nem todos os lusitanos que representaram o Dinamo de Moscovo regressam à Pátria Mãe. Costinha e Maniche- que foram fundamentais nas conquistas gloriosas do Porto e da Selecção Nacional optam por prosseguir a sua caminhada futebolística a Ocidente, mas em campeonatos com maior prestígio e visibilidade.

Estava uma manhã algo nublada. Não havia chuva, nem frio. Foi um dia de todos os reencontros. Na praça de Anadia encontrei a mãe de uma colega minha junto às tendas de roupa barata. Depois preparava-me para ir a pé, mas apanhei boleia de uma senhora que eu já não me lembrava que existia. Era uma funcionária da Escola Secundária de Anadia que eu, naturalmente, não via há anos.

Os gatos lá em casa continuam com as suas peripécias. Mong ultimamente tem andado muito manso e caseiro. Nem parece o mesmo. Parece que andou em sessões de reabilitação.

Pus mãos à obra no que diz respeito aos textos. Logo é altura de ir para a Internet e há que colocar os textos no blog. E então não é que a minha caneta deve ter ficado na Piscina a passar o fim-de-semana. Não lhe apeteceu vir para casa comigo!

No dia do seu aniversário, há que dar os parabéns ao meu amigo e antigo colega de turma Paulo Adriano. Já há muito que não falava com o actual jogador do Guimarães.

Ouvi um barulho no meu quarto. Alguma coisa andava por lá. Era o gato Léo.

Porto e Benfica jogaram nesta noite de sábado e venceram os seus adversários pelo mesmo resultado. O Porto venceu o Braga por 1-0 e o Glorioso venceu outra agremiação desportiva que veste também de encarnado e branco: o Desportivo das Aves. O golo do Benfica foi marcado por Nuno Gomes num jogo que fica para a história por ter havido uma chuva de cartões.

As emoções futebolísticas prosseguem amanhã. Aguardem!

Situação do dia:
Há uma padeira que costuma entregar o pão porta a porta. Aos sábados costuma passar perto de nossa casa e fazer-se anunciar com a buzina. Temos de nos despachar antes que ela pense que não queremos pão e se vá embora. Estava eu atrapalhada a tentar abrir uma das portas com as minhas chaves. Costumo trazer muitas. Então não é que estava a demorar em acertar com a chave daquela porta! Eu que me queria despachar. Como se costuma dizer: “a pressa é inimiga da perfeição” e “cadelas apressadas parem os cachorros cegos”.

Bacorada do dia:
“Bebeu uma água que se costuma beber quando se faz exame aos rins e estava aflita.” (Que eu saiba, acho que isso é uma água de comer.)

Greve?!!!

Estava marcada para esta sexta-feira uma greve que iria afectar o normal funcionamento dos transportes em Coimbra. Eu nem sabia o que fazer. Teria que arriscar e ir a pé para o trabalho. Tinha de ser assim. Já lá vai o tempo em que eu ficava em casa por causa da greve dos transportes. Agora tenho outras prioridades. Uma delas é agarrar esta oportunidade que tenho para trabalhar e mostrar as minhas reais capacidades. Talvez não volte a ter nenhuma tão depressa.

Já saí de casa mais cedo para esperar na paragem por algum autocarro. Se eu visse que não estava ninguém ali à espera do transporte, metia pés ao caminho. A manhã estava cinzenta e sem chuva.

O autocarro chegou quase imediatamente quando eu cheguei. Já ontem havia acontecido o mesmo. Ando a ter sorte. Estava ultrapassada a primeira etapa. Tinha transporte para ir trabalhar. Que bom!

Depois de uma manhã calma, havia que apanhar novamente o transporte para a ESEC onde costumo almoçar. Também não houve problemas. O autocarro chegou a tempo e horas.

No bar da escola havia um agradável aroma a alfazema ou lá como se chama aquilo. A botânica não é o meu forte.

Acabei por chegar cedo ao trabalho. Incrivelmente, em dia de greve consigo adiantar-me ainda mais que nos dias em que os autocarros circulam normalmente. É espantoso! Sou tentada a dizer que a greve foi mesmo aos atrasos dos transportes. Dessas greves eu agradeço. Mas era melhor não fazer muita festa, pois ainda tinha de ir para casa. Aí, se não houvesse autocarros, metia-me ao caminho. Se não chegasse mais cedo, chegaria mais tarde. Ao trabalho é que eu detesto chegar atrasada.

A minha mãe tinha ido ontem a uma consulta de Oftalmologia nos Covões. Os médicos disseram que ela também já tem glaucoma. Isso é inevitável e todas nós já esperamos esse inferno dessa doença horrível que me tirou tudo o que eu tinha de bom e mais alguma coisa. Essa doença maldita que acabou com a minha carreira desportiva e com o meu futuro.

Que bela tarde de trabalho! Deveria ser sempre assim. E então havia greve dos autocarros! Foi, provavelmente, uma das maiores afluências de público que vi frequentar a Piscina desde que eu lá estou. Estava toda contente. Assim é que eu gosto!

Pois é, foi à saída do trabalho que pela primeira vez senti os efeitos desta greve. Aí, como não tinha hora para chegar, arriscaria a ir a pé. Iria perder o treino mas...Esperava e desesperava na paragem a abarrotar de gente que esperava os autocarros atrasados. Ia a preparar-me para meter pés ao caminho quando o autocarro apareceu.

Por causa deste atraso, o treino foi mais ligeiro. Consistiu em vinte minutos de corrida e os restantes quarenta de ginástica e alongamentos.

Só hoje reparei que a televisão do meu quarto já liga e desliga no botão. Antes tinha de desligar a televisão da corrente porque o botão estava avariado. Hoje já dá para ligar e desligar normalmente.

Tinha de esperar pela Gala do Benfica. Queria muito ver aquela cerimónia que contava com a presença dos meus ídolos- os “Gato Fedorento”. Ia ser imperdível. Para matar o tempo, nada melhor do que escrever alguns textos.

Deitei-me tardíssimo por causa da Gala do Glorioso. Foi uma festa muito bonita. A última a que Manuel Bento assistiu.

Situação do dia:
Quando cheguei à escola, iam no corredor dois professores em amena cavaqueira. Iam à minha frente a andar a passo lento. Não podia passar. Tinha de ir ao ritmo deles. E eu que ando sempre com pressa! A professora parecia-me a minha antiga professora de Matemática mas não tinha a certeza se era ela ou não.

Bacorada do dia:
“Eu também me rio de mim própria quando dou com a cabeça nos semáforos.” (É preciso ser-se mesmo muito alta para chegar aos semáforos...)

As mil e uma caras de um só dia

Hoje vou aqui abrir uma pequena excepção quanto à estrutura dos textos deste blog e vou – digamos assim- voltar às origens. Aliás, penso que o próximo texto também irá ser assim.

Quem quiser voltar um pouco atrás e recordar os primeiros textos deste meu humilde e fiel espaço, verá que eles seguiam a ordem cronológica precisa dos acontecimentos diários. Com o tempo é que eu optei por dar destaque a qualquer coisa que se passava ou que eu achava interessante para desenvolver, relatando só depois a rotina diária.

Pois bem, este texto tem precisamente como tema o que se passou em termos climatéricos ao longo deste dia que inicia mais um mês.

O primeiro dia do mês em que começa a Primavera amanheceu, precisamente, com uma bela manhã primaveril com muito Sol e um espectacular Céu azul. Lindo dia! Mas não iria estar assim por muito tempo.

Cheguei cedíssimo ao trabalho. Tive a sorte de ter chegado à paragem ao mesmo tempo que o autocarro. Que pontaria! Foi mesmo sorte.

Ora bem, ninguém iria imaginar que o tempo começasse a nublar de repente e o esplêndido dia de Primavera se viesse a transformar num dia de chuva. Estamos em Março, saliente-se.

Passado pouco tempo, assistíamos ao monumental fenómeno de estar o Céu bastante escuro e o Sol brilhar com intensidade. Que loucura!

O Sol voltaria a brilhar com bastante intensidade. Por essa altura, grassava uma discussão na Piscina. Houve alguém que não se descalçou no balneário e vieram fazer barulho para a rua. Se todos cumprissem as regras, este tipo de coisas já não acontecia.

No autocarro houve uma idosa que ia caindo. Por falar em autocarros, parece que amanhã vai haver greve. Vai ser um dia de cão. Eu nem me quero lembrar.

Finalmente, a tarde foi de Sol e tempo agradável. O ambiente esteve mais calmo. Parece que ia a tirar as chaves a uma senhora porque pensava que eram para guardar no cacifo. Eu sou incrível. Nada mais se passou.

O treino decorreu também sem incidentes. Consistiu e meia hora de corrida com três acelerações de três minutos. Isto deu dez voltas na pista seis, mais um pouco até ao placard amarelo. Se bem me recordo, esse ponto de referência fica a mais de meio da pista. Portanto foi um bom treino. As provas estão aí não tarda! É bom que me comece a preparar bem.

Finalmente em casa! Abro a porta. A gata entra. Eu assusto-me com a presença dela.

O Futebol Português está de luto e a família benfiquista está chocada com a morte súbita esta madrugada de Manuel Bento. O antigo guarda-redes do Glorioso foi encontrado morto em sua casa, vítima de qualquer doença cardíaca. Ainda ontem a antiga glória assistiu à cerimónia dos 102 anos do Benfica. A morte é assim. Resta desejar Paz à sua alma e honrar a sua memória que bem o merece.

Situação do dia:
Regressava a casa num autocarro cheio de gente. Como tive oportunidade de referir neste texto, o tempo anda muito instável. Ora chove, ora faz frio, ora está Sol, ora faz calor...O organismo dos seres humanos não aguenta tais indefinições e as gripes acabam por atacar. No autocarro assistia-se a um impressionante concerto de...tosse. Começava alguém a tossir num ponto do autocarro. Imediatamente um coro continuava a sinfonia. Estava a achar aquilo bastante engraçado! Estava a ser um verdadeiro espectáculo! Quando o autocarro estava parado em Tovim, a pessoa que ia a comandar a “orquestra” ainda espetou um monumental espirro. Ninguém a acompanhou. Os outros continuaram a tossir e ela também.

Bacorada do dia:
Vacelinovic” (Assim estava escrito no diário “As Beiras”. Por pouco não era outra coisa...)

Monday, February 25, 2008

Aniversário atribulado



No calendário normal estamos a 28 de Fevereiro de 2007, mas no calendário onírico parece que andamos sete meses adiantados. Pelo menos a julgar pela data em que se passa este rocambolesco sonho.

Pois bem, estamos aqui a 28 de Setembro de dois mil e...não sei. É o dia do meu aniversário, mas as coisas não vão correr lá muito bem, como irão ver.

Comecei por fazer uma coisa que é normal eu fazer: arrancar a pele dos dedos até fazer sangue. Porém, nesse dia exagerei e rasguei mesmo o dedo. Nunca tal me tinha acontecido. As pessoas viam o sangue e perguntavam o que se tinha passado. Com o ar mais natural deste mundo, ia dizendo que nada se passava e continuava na minha. Tenho aqui apontado que isto se deveu a uma qualquer cena da novela “Paixões Proibidas” que o meu subconsciente captou e transformou nestas cenas de faca e alguidar, digamos assim.

Viajei para Inglaterra, não sei a que propósito vinha isto. Também é só um sonho, mas para Inglaterra?!!! Passava por um local onde as ruas eram bastante estreitas, com casas muito baixas que se amontoavam umas em cima das outras. Tudo aquilo era bastante estranho! Naquela rua era raro passar um carro. Toda a gente andava a pé. Eu sempre fui dizendo para quem me quisesse ouvir que aquela rua era ideal para se dar uma corrida.

Mas que estava eu a fazer no dia dos meus anos em terras de Sua Majestade? Bem, parece que ia assistir a uma palestra sobre...José Mourinho, o Chelsea e outro clube estranhíssimo. Aliás, todo o sonho é estranhíssimo! Esperem!

Passo a descrever a criatura estranha que apresentava a palestra: tinha a barriga toda aberta com os órgãos de fora. Notava-se que estavam todos a trabalhar. Nem parecia alguém deste planeta. Usava a roupa com os botões todos desapertados, claro está!

Escrevia num quadro preto estranhos caracteres indecifráveis. Eu não entendia nada daquilo. Havia um elaborado sistema informático que se destinava à apresentação do material, mas tinha avariado, daí o humanóide recorrer ao método mais tradicional. Toda a gente estava farta de o ouvir.

A nossa viagem de regresso parece que se efectuou no mesmo dia. Ia a passar num sítio cheio de lama e bastante escorregadio. Caí e levantei-me várias vezes. Estava a ver que não saía dali.

O meu estanho sonho conheceu nova paragem. Desta vez passou por um cenário menos estranho: o Estádio Cidade de Coimbra. Lá um colega meu tinha feito um excelente resultado nos 1500 metros. Esse mesmo colega ontem tinha estado a falar em provas e a queixar-se do cheiro a comida retardada que se fazia sentir não sei onde.

O sonho termina com a festa do meu aniversário. Pois não havia aniversário sem festa, principalmente depois de todas as peripécias. Parece que ela decorreu em Coimbra. Entre os convidados estava presente o filho do meu vizinho que era ainda mais pequeno do que na realidade é.

E está assim descrito mais um sonho estúpido e bem estranho. Passemos à realidade que encontrei depois de bem acordada.

Parece que não cantei o Hino Nacional. Acho que é melhor ser ao deitar.

Não estava frio, apenas estava uma manhã com alguma chuva.

E queixava-me eu que as coisas nos autocarros têm andado muito sossegadas ultimamente. Pois agora regressa a rebaldaria. Ia eu a dormir tão bem, embalada pela música quando o raças da vizinha de cima- que tinha também de vir no mesmo autocarro que eu- me perguntou se eu ia a dormir. Eu apanhei um valente susto.

Foi já no regresso que de tudo aconteceu. Parece que até me ouviram dizer que tinha saudades da rebaldaria nos autocarros. Muitas são as pessoas que colocam as senhas ao contrário nas máquinas e queixam-se que as máquinas não funcionam ou coisa assim. Há ainda pessoal que pensa que quando compra uma senha ao condutor ela não tem de passar pela máquina. Quando o condutor lhes diz que a senha deve ser picada, ficam espantadas e sempre vão dizendo que não sabiam.

Mas esta merece o prémio de lamechice pegada dentro dos autocarros. A criatura alegou que a máquina avariada do autocarro 4 lhe estragou a senha. O condutor fez o que devia fazer nestas situações: rubricou a senha e disse à ave rara que não poderia voltar a viajar com aquela senha. Teria de se deslocar a um posto de venda dos SMTUC para lhe darem uma nova senha ou as viagens que faltavam. Até parece que ofenderam a mulherzinha! Começou a disparatar com o condutor dizendo que não tinha disponibilidade para se deslocar a qualquer lugar para resolver o problema da senha e que não tinha culpa da máquina do outro autocarro lhe ter estragado a senha. O condutor disse-lhe que quem lhe deveria ter rubricado a senha era o condutor do 4. Assim já se evitava toda aquela cena.

A discussão aqueceu e a mulher disse:
- “Já ando tão doente, tenho tanto problemas lá em casa...”
Tadinha! Que pena! Estou tão emocionada! Quem discute assim vende saúde.

O tempo abriu. A instabilidade climatérica é normal nesta época do ano. Se calhar é por isso que certas pessoas andam irritadas e ainda irritam os outros.

Da tarde de trabalho não há assim nada a registar. Só houve uma rapariga que pagou uma senha com moedas pequenas. Deve ter sido uma complicação! O movimento esteve normal.

Afinal- e com muita pena minha- Karyaka sempre regressa à Rússia. Ele que é um dos meus jogadores preferidos do Benfica. Estou a falar a sério. Pena não ter tido a sorte do seu lado. Pode ser que um dia regresse e seja mais feliz. Vou esperar que sim.

A aula continuou a ser dedicada ao adjectivo e às peças de mobiliário de casa.

Em Alvalade, Sporting e Académica jogavam para a Taça de Portugal. Liedson e o Sporting começaram bem cedo a desenhar o triunfo. A defesa da Briosa tremia por todos os lados. Era um autêntico passador. Manuel Machado cometeu um erro tremendo ao alinhar com três centrais. Ainda bem que o Destino do jogo o obrigou a emendar a táctica suicida e masoquista que permitia a Liedson fazer o que bem lhe apetecia.

E Litos acabou por se lesionar à maneira de não poder continuar em jogo. Foi preciso isto para haver mexidas e para a Briosa começar a assentar. Vítor Vinha entrou para o lugar do experiente central da Académica.

Vítor Vinha acabaria por ser expulso já no decorrer da segunda parte após um lance mais duro sobre João Moutinho. Antes, o mesmo jogador efectuou um remate bem perigoso para a balia do Sporting.

Incrivelmente, a Académica acabou por chegar ao golo quando ficou reduzida a dez unidades. Quem marcou foi Dame já no final do jogo.

Estava cansadíssima. Era hora de dormir. Amanhã há mais peripécias, seguramente.

Situação do dia:
Tinha o telemóvel a carregar enquanto ouvia música às escuras. Estava distraidíssima a ouvir uma bonita música dos Broa de Mel. Até saltei de susto quando o telemóvel apitou e acendeu as luzes. Sinal que já estava carregado.

Bacorada do dia:
“Estou a olhar para os comprimidos da Lurdes.” (Eram gotas.)

Teatro para cegos



Vi no noticiário da SIC que um grupo de invisuais de Braga, salvo erro, criaram um grupo de teatro e vão encenando algumas peças.

Parte das peças que representam são da autoria dos vários elementos do grupo ou adaptações por eles feitas de obras literárias ou outro tipo de textos. Isto levou-me a pensar que a via artística, especialmente o teatro, é uma boa saída profissional para uma população nem sempre compreendida pela sociedade.

O teatro é um veículo privilegiado para os cidadãos portadores de deficiência visual se exprimirem e mostrarem à sociedade em geral que são pessoas criativas e dinâmicas, capazes de desempenhar as suas tarefas e vencer todas as barreiras que surgem no caminho.

Portugal ainda é um país com muitos preconceitos em relação a quem é diferente. Muitas vezes temos de provar às pessoas que somos seres capazes como os outros e, quando conseguimos alguma coisa, olham-nos como se fôssemos extraterrestres ou algo que eles nunca viram.

No mercado de trabalho, perante a possibilidade de empregarem alguém diferente, as empresas tendem a fazer um bicho-de-sete-cabeças quando surge a oportunidade de nos dar um emprego. Resta, portanto, através de alguns exemplos como este que surge de Braga, dar uma lição de competência, confiança e capacidade à sociedade.

Ao verem o trabalho desenvolvido pelos nossos companheiros de Braga, as pessoas irão ver em nós seres humanos motivados, criativos, capazes de agarrar qualquer oportunidade. Basta confiarem em nós e darem-nos a oportunidade de mostrar aquilo que sabemos e podemos fazer. Somos seres humanos que temos tudo o que os outros podem ter, apenas nos falta a visão. Complicado executar qualquer actividade sem visão ou com visão reduzida? Há sempre uma forma de se adaptar as coisas às necessidades. O Ser Humano consegue adaptar-se a qualquer adversidade. A falta de visão é colmatada com a adaptação dos outros sentidos, de modo a conseguirmos fazer qualquer coisa da mesma maneira que as pessoas ditas normais.

Por vezes são os próprios cegos ou amblíopes que se fecham um pouco na concha da sua fatalidade e se tornam seres incapazes, carregados de vícios maus e que se acomodam em casa. Realmente há dessas pessoas que não querem saber de dinamizar uma associação como a ACAPO.

São essas pessoas e os escassos meios económicos que fazem com que, por exemplo, aqui em Coimbra não se crie um grupo de teatro, de música ou de dança. Eu já disse que gostava de participar em tudo o que fossem projectos que contribuíssem para dinamizar a nossa associação. Só que as pessoas preferem comer e beber, estar refasteladas em casa em vez de saírem à rua e mostrarem ao Mundo aquilo que sabem fazer.

Eu fico triste com a atitude de algumas pessoas aqui dentro. Já disse o que gostaria que aqui se fizesse, mas a maioria não está para aí virada. Dizem que não há dinheiro. Antes de não haver dinheiro, há a falta de vontade, o sedentarismo, o corpo roliço que já pesa a alguns.

Claro que gostaria de participar num grupo de teatro. Adoro escrever e talvez veja na escrita criativa o meu futuro. Gostava de um dia viver disto que estou a fazer agora. Já não tenho a culpa que as coisas aqui não vão para a frente. Se um dia a criação de um grupo de teatro fosse uma realidade, iria participar. Não tenho grande jeito para representar, mas para escrever contem comigo.

Quem me dera que as pessoas aqui fossem tão dinâmicas como são em Braga!

O dia acordou com bastante nevoeiro e algum frio. E ontem que esteve um dia tão bonito! Aos poucos o Sol apareceu, mas o Céu continuava de um cinzento carregado.

Como sabem, eu sou muito distraída. Ia a olhar para uma colega e ia caindo nos degraus que dão acesso ao gabinete do Náutico. Logo me lembrei de uma cena que se passou no Campeonato do Mudo de Ginástica Acrobática em que, por exemplo, toda a delegação da Polónia tropeçou num mesmo degrau.

E já me estou a admirar de nos autocarros não se passar nada. Eles que costumam ser palco de muitos episódios engraçados que aqui costumo contar. Isto não é normal!

Concluí a leitura do livro “A Regra De Quatro” de Ian Caldwell e Dustin Thompson. Este livro, apesar de interessante, termina com várias indefinições. Por exemplo, não se chegou a encontrar o estudante que fazia a tese sobre aquele livro problemático e bastante complicado depois do incêndio no clube. Também o livro foi acabar de forma descabida, digo eu.

Mais interessante vai ser o livro que eu vou passar a ler agora. Como já sei o que se vai passar, estou em condições de dizer que este livro é interessantíssimo: mais um sobre Templários.

Não sei porque carga de água inventei o Dia de Todos os Demónios. Já que há o Dia de Todos os Santos...Um óptimo tema para aprofundar num dia em que não se passe mesmo nada.

Quanto ao que se passou nesta tarde de trabalho, há a realçar o aparecimento da chave 31 que agora está a ser reparada. Houve pouco movimento. Também à terça-feira é normal isso acontecer.

Ainda bem que ontem deixei ficar o guarda-chuva. È que a ameaça de chuva é para ter em conta. E eu que tenho de ir treinar também!

Antes de treinar, ainda tive de carregar o passe e proceder à entrega dos documentos que fui buscar o outro dia (ver texto “Toupeira na Loja do Cidadão”). Com tudo isto, acabei por me atrasar e o treino já teve de ser feito de outra maneira.

O treino consistiu em apenas cinco voltas na pista 6 em 14.07.59 minutos. Depois ainda fiz alguma ginástica. Às vezes também são precisos estes treinos mais curtos. Este teve apenas 40 minutos de duração. Já se fazia tarde, as aves de rapina andavam pelo Estádio.

Estava uma noite sem frio. Antes de me deitar, reparei que havia uma folha de papel já muito envelhecida pelo tempo na parede do meu quarto. (ver foto) Como foi possível só agora ter reparado na sua existência? Fui ver o que dizia. Era, nada mais, nada menos que a letra do Hino Nacional. Agora antes de me deitar (será melhor fazer isso, talvez, ao acordar) irei trautear o Hino Nacional.

Situação do dia:
À saída da escola, tive de passar pelo corredor mesmo quando se procedia à reposição de produtos nas máquinas automáticas. A Toupeira Dum Raio teve de fazer das suas e espetar com uma peça da máquina que estava encostada ao aquário no chão.

Bacorada do dia:
“Se não conhecemos os desconhecidos, quanto mais os conhecidos.” (Acho que era ao contrário.)



Fecho de jornada

Para a noite desta atribulada segunda-feira estavam marcados três jogos onde se poderia definir muita coisa no que diz respeito aos lugares que dão acesso às competições europeias. Benfica, Paços de Ferreira, Marítimo, Leiria e Braga entravam em campo. Iria ser uma noite em cheio para fecho de jornada.

No Estádio dos Barreiros, dois candidatos à Europa mediam forças. Os madeirenses mandaram em casa e venceram a União de Leiria por 2-1.

Semelhante resultado se registou em Braga. Num jogo em que houve grandes penalidades e alguma polémica, os minhotos derrotaram o Estrela da Amadora e, beneficiando da derrota da União de Leiria com o Marítimo, recuperaram o lugar de acesso às competições europeias.

Mas o destaque vai, naturalmente, para o jogo que envolve o Glorioso com o Paços de Ferreira. Um jogo que em certos momentos se tornou imprevisível.

O Benfica adianta-se no marcador com um golo de Simão obtido na transformação de um livre.

O Benfica dilata o marcador com um golo de Nuno Gomes que quebra assim um longo jejum. A turma pacense reage e começa a criar jogada bem perigosas para a baliza de Quim.

O central Geraldo envia uma potente ameixa à baliza do Glorioso. Adivinhavam-se tempos difíceis. A poucos minutos do intervalo, Fahel concretiza mesmo as ameaças do Paços de Ferreira em golo. Foi com 1-2 no marcador que se chegou ao intervalo.

Não se afiguravam tempos fáceis para as águias. O Paços de Ferreira não é um adversário fácil em casa e o Benfica desacelerou um pouco na parte final dos primeiros 45 minutos. Veremos com que atitude entram na segunda parte.

E o Benfica chega ao terceiro golo para tranquilidade dos adeptos que já roíam as unhas e transpiravam por quantos poros tinha a pele. Simão Sabrosa bisou e colou-se ao portista Hélder Postiga como melhor marcador da Superliga.

Para o Paços de Ferreira, resta a consolação de o Leiria ter perdido para continuar na luta por um lugar europeu.

Ah! Esqueci-me de dizer, o Braga agora também tem um avançado polaco. Foi ele que conseguiu duas grandes penalidades. A Briosa que se cuide, que ainda tem de receber a turma arsenalista.

Futebol à parte, é a altura de fazermos o resumo daquilo que foi um belo dia de Sol e Céu azul que começou bem cedo. Não sei bem porquê. Parece que sonhei com porcos, imagine-se.

Consta também que me assustei por causa de uma porta. Foi para acordar melhor. Aliás, as peripécias iriam ser muitas.

Queria lavar os dentes mas não sabia da escova. Terá caído para algures. Quando eu me quero despachar, tem sempre de acontecer alguma coisa.

Andava muito quezilenta nessa manhã. O chiar de uma simples porta incomodava-me profundamente. Há dias assim...

A minha manhã de trabalho não teve nada que se pudesse registar, a julgar pela falta de apontamentos que tenho. Nos autocarros também não se terá passado mesmo nada. Mas esperem que isto vai aquecer!

Na cantina retomou-se o ritmo normal. Toda a gente regressou às aulas após a época de frequências. Retomou-se a confusão e o atraso. Ainda para mais, a torneira do bar ainda continua avariada. Lá tenho eu de ir lavar as mãos a outro lado!

Estava um belo dia de Primavera! O Céu tinha um azul cintilante e o Sol brilhava esplendorosamente. Eu andava pela rua em busca de uma foto de um autocarro para servir de legenda a um texto. Tive a ideia de imaginar como seria um diário escrito por um dos veículos amarelos e brancos que percorrem a cidade de Coimbra, caso eles agissem e pensassem como nós. O texto irá ficar engraçado.

Assim que chego à Piscina para mais uma tarde de trabalho, vou ouvindo as notícias. A actualidade desportiva merece, naturalmente, uma atenção especial da minha parte. Parece que a jornada futebolística em Inglaterra ficou marcada por um escaldante derbi da cidade de Londres. Arsenal e Chelsea defrontaram-se e o resultado foi uma batalha campal bem à maneira da América do Sul. Foi porradinha da boa. Mourinho, claro que também deve ter molhado a sopa. Conhecemo-lo bem. Oh sim!

Bem conhecidas são também as trafulhices de Vale e Azevedo. Todos os dias o antigo presidente do Glorioso é notícia e sempre por processos em que ele é arguido por cometer irregularidades e fraudes atrás umas das outras. Desta vez o processo remonta ao longínquo ano de 1993 e tem a ver com assuntos relacionados com...cortiça.

A chave 31 do cacifo feminino foi encontrada partida aos bocados. É incrível! Apareceram só as pegas, mas nem sinal da chave. Todos os recantos foram passados a pente fino e nada de a chave aparecer. Deve estar perdida algures.

Às vezes basta alguém não falar a nossa língua para haver uns pequenos desentendimentos. Uma estudante húngara não me disse que tinha cartão. Eu tirei uma senha. Por sorte, veio a mãe de um menino e acabou por ficar com essa senha. Foi logo pouco tempo depois e ficou resolvido aquele que foi um grande gato.

De resto a tarde correu dentro da normalidade. Nem esteve bom nem mau.

A aula foi dedicada à Gramática. Os pronomes e os adjectivos mereceram destaque.

Tal como acontece todas as segundas-feiras em que eu venho com a tralha às costas, no fim da aula é um problema para arrumar as coisas como eu as tinha.

A professora chamou-me caracol. À primeira não percebi. Depois ela explicou que era por eu andar com a casa às costas. Por falar em animais, já sei como se diz toupeira em Holandês. Até é uma palavra que todos conhecem. Toupeira em Holandês é, nada mais, nada menos que...de mol.

E lá fui eu com a casa às costas, caminhando o mais depressa que podia. Esperava-me uma emocionante noite de Futebol.

Situação do dia:
Os computadores da nossa sala de aula andavam mesmo loucos. O computador onde eu estava deu para mudar de cores. O fundo do ambiente de trabalho era azul e passava para verde. Havia ainda outros dois computadores que faziam um barulho infernal.

Bacorada do dia:
“Hélder Conduto com uma visão pouco vista.” (É a chamada visão privilegiada com olhos de lince)

Os inconfundíveis

Foi uma semana em cheio para as cores laranja e azul da Rabobank. Poderão não ter vencido a Volta ao Algarve que foi para o italiano Alessandro Pettachi mas estiveram irrepreensíveis em terras espanholas.

A Volta a Andaluzia teve como vencedor o nosso ciclista Oscar Freire que parece estar em muito boa forma. Refira-se que o tri-campeão do Mundo ainda deu uma das etapas a vencer de bandeja ao Max.

Mas na Volta à Califórnia acontece de tudo. E a toupeira sou eu! Reza a crónica que os americanos confundiram os nossos ciclistas todos e deram mal as classificações. Greame Brown é extremamente fácil de confundir com o- imagine-se- Bram De Groot que tem uma forma de andar na estrada que se reconhece a milhas.

Bem, o belga Tom Steels acusa Bram De Groot (Greame Brown) de ser o culpado de uma queda que aconteceu no final da primeira etapa que o sprinter australiano da Rabobank venceu. O quezilento ciclista belga tece duras críticas ao nosso ciclista. A ver se ele se rala!

Parece que foi mesmo por causa dessa monumental salganhada que se confundiram os ciclistas da Rabobank. Os americanos em parte têm razão. Quem costuma ser o ás das quedas é o “Bramito de Zevenhoven” que eles confundiram com o australiano Greame Brown. Tom Steels é que não se enganou. Se bem o conheço, se ele tivesse ficado em condições, teria enfiado uma tareia ao nosso ciclista. Estava bem a ver! Assim, contenta-se em tecer duras críticas e mandar vir contra o atleta laranja e azul de uma cama do hospital. Belga dum raio! Quando cai (e não são tão poucas as vezes como isso) a culpa nunca é dele. Foi o colega da frente, foi o colega de trás, foi Fulano, foi Sicrano...Que mau feitio!

A Volta à Califórnia começou com um prólogo antes dessa etapa tão confusa. A Rabobank foi sétima com o colombiano Maurício Ardilla em plano de evidência.

Nesta prova realizada nos states pode-se ver o italiano Ivan Basso a trabalhar em prol do ex-Rabobank Levi Leipheimer- forte candidato a vencer esta prova. Se não me falha a memória, foi ele quem venceu o ano passado.

Assim vai o atribulado Mundo do Ciclismo. O Carnaval já passou e, pelos vistos, há ciclistas da Rabobank fáceis de confundir. Ainda por cima o Bramito!!! Se fosse outro...

O tempo esteve algo instável. Consta que até choveu. Nada que incomodasse num dia de Domingo normal em que se passa grande parte do dia a ouvir os relatos de Futebol.

Mong anda muito manso e muito caseiro. Antes de me ir deitar, avistei-o a dormir profundamente

O Porto foi ao terreno do Beira-Mar golear por 0-5. Estão mesmo imparáveis, o raça dos tripeiros! Postiga é o melhor marcador da Superliga e Helton é o guarda-redes menos batido da Europa.

Para a equipa aveirense, dois destaques. Um vai para o facto de o jogador sérvio Borko Veselinovic (há quem lhe chame outra coisa) alinhar com a camisola número...40. onde é que eu vi um jogador a alinhar com tal número?

O outro destaque vai para o facto de os bilhetes terem sido colocados a preços acessíveis a todas as bolsas para que mais gente pudesse assistir ao jogo. Aliás, são as gentes afectas ao emblema aveirense que sempre protestam de cada vez que a equipa adversária coloca os bilhetes a preços exorbitantes.

E assim se carregaram baterias para uma semana sem grandes motivos de interesse. Pouca coisa se iria passar.

Bacorada do dia:
“Rui Lima, excelente a tricotar...” (Se calhar poderia ter mais sucesso na confecção dos cachecóis do clube.)

Saturday, February 23, 2008

Alérgicos a polacos

A Académica foi derrotada em casa pelo Boavista por 0-2. Até aqui, tudo normal, não fosse o facto de já lá irem oito pontos que a Briosa perde por culpa...dos polacos das equipas adversárias.

É que quem marcou os golos do Boavista foram, justamente, os dois polacos (Grzelak e Kazmierczak). Na primeira-mão, os dois golos do Boavista foram ambos marcados por Grzelak. O jogo ficou empatado a duas bolas. Mas ainda há mais;

Em Outubro, numa altura em que eu até estava lá a estagiar, a Briosa deslocou-se a Leiria e perdeu por 2-0. O jogo foi um desastre para as cores negras da Briosa. Mas sabem quem marcou os dois golos da União de Leiria? Outro polaco: Bartosz Slusarski.

Parece que a Académica, por este andar, ainda vai perder mais três pontos quando receber a União de Leiria. Isto se o maldito polaco jogar. Definitivamente há uma malapata com a Académica e com os compatriotas do Papa João Paulo II. É curioso e incrível ao mesmo tempo. Parece que tal enguiço só vai passar quando a Briosa contratar também um polaco para tirar pontos aos adversários.

Não foi só nos golos que os polacos do Boavista fizeram estragos. Sem intenção, num lance fortuito, Kazmierczak caiu com o seu enorme corpo em cima do pé de Pavlovic. O nosso médio sérvio poderá ter sofrido uma lesão complicada. Esperemos que não.

A manhã de mais um Sábado em que eu tinha de ir de fim-de-semana era escura, mas sem chuva. Tive sorte! Ia a chegar à paragem quando avistei o meu pai. Evitei assim ir a pé. Que bom!

Estava eu a escrever alguns textos para o blog e tive de me deslocar dentro de casa para ir buscar qualquer coisa. Ouvi um barulho bem característico. Era o som emitido pelo meu primo na tentativa de falar. O quê?!!! Ele estava ali?!!! Agora é que a coisa ia aquecer! Ia haver molho! Será que o meu pai não o tivesse visto?!!!!

Refira-se que os meus pais andam zangados com a minha madrinha por causa de assuntos relacionados com a morte do irmão dele em Dezembro do ano passado. O meu pai protestou que o meu primo também não entrava aqui em casa. Ele está cá dentro. Quem o terá trazido?!!! E agora?!!!

Não se passou nada. O meu pai acabou por receber bem o meu primo. Devia estar com os copos quando disse isso. A minha madrinha é que nem à porta vem buscar o meu primo. Disse para ele ir andando a pé que depois logo o apanhava. Não sei que mal é que lhe fizeram, nem eu tenho nada a ver com isto. Aliás, já me começo a passar com esta porcaria! Estou farta!

Mais nada se passou naquele dia de Sábado. Continuei a escrever alguns textos e nada mais.

Situação do dia:
Dizem que dá azar, mas às vezes acontece. Virei azeite de um prato.

Bacorada do dia:
“Isso é um check-in para o corpo.” (Check-up. Um check-in faz-se quando se está para viajar de avião.)

Friday, February 22, 2008

Para que lado fica Ceira?


Sinceramente, às vezes tenho cada uma! Passo-me mesmo, pára-me o cérebro. Só pode. Sou mesmo naba!

Antes de contar mais uma das minhas gaffes históricas- com direito a tema principal do texto e tudo- resta dar uma explicação para ficarem a saber o quão imperdoável é este lapso.

Em 2004, estive seis meses a viver em Miranda do Corvo. Deslocava-me para lá de automotora, na maior parte das vezes. Apanhava o referido transporte em frente ao Estádio Cidade de Coimbra e o pequeno comboio vinha do lado de lá do rio Mondego.

Ceira era, salvo erro, a terceira paragem a contar de quem saía de Coimbra. Só que, se a distracção às vezes pagasse imposto, nem uns trocados tinha para o café.

Houve alguém naquela tarde que ligou para a Piscina a perguntar se a Escola Primária de Ceira estava ali a ter aulas. Vá lá! Eu disse que não e que não conhecia tal instituição. Ainda perguntei a uma colega minha (que por acaso é desses lados) se ela conhecia a referida escola. Ela disse que os alunos tinham Natação nas Piscinas da Solum. Foi então que a sapiente e pensadora cabeça colocou a hipótese de as aulas dos alunos de Ceira serem na Piscina da Pedrulha por ser mais perto. Pensei eu por momentos que Ceira ficasse ali perto. Provavelmente confundi com Eiras ou com Taveiro.

A minha colega fez o reparo e só assim é que eu raciocinei que Ceira fica, realmente, mais perto da Solum.

Sou demais!

A chuva iria ser uma constante. Logo que me deitei começou a chover para me embalar. Eu adoro que chova quando estou na cama. É uma sensação de aconchego, de bem-estar. Não sei.

Consta que foi uma noite repleta de sonhos de teor variado. Sonhei com o telemóvel, mas de um ano para o outro é impossível lembrar-me porque carga de água sonhei eu com isso.

Quando eu ia a sair de casa, estava a chover copiosamente. Tinha mesmo que ir. Nem que houvesse uma enxurrada. Eu queria lá saber!

A Piscina voltou a encerrar novamente. Nada se passou, portanto, para contar.

No autocarro havia um cheiro esquisito. Não se parecia com nada do que eu conhecia. Era mesmo esquisito. Provavelmente era o resultado de vários aromas misturados. Para além do cheiro a vários perfumes, naftalina, suor e mais alguma coisa, àquela hora as pessoas costumam levar sopa, frango e outras iguarias par o almoço.

Consta que andava o verdadeiro cúmulo da distracção. Para além do lapso que serve de tema principal a este texto, ainda coloquei uma senha no caixote do lixo sem levantar a tampa e coloquei qualquer coisa em cima de um cartão. Obviamente que depois não o achava e a confusão era muita.

Já sei, penso eu, porque é que e andava tão distraída: ia a pensar no jogo do Spartak de Moscovo e na hipótese de o Artem Dzuba ter jogado ou não. Essa é que foi.

O tempo continuava fusco. Não chovia. Se calhar a chuva estava a acumular-se para a hora da saída ou para quando eu quisesse treinar. Estava bem a ver.

O movimento esteve normal, houve muita gente a entrar já perto das cinco da tarde.

Voltou a ameaçar chover (ver foto) quando eu ia a sair. Tal não se concretizou. Ainda bem!

E não choveu durante o treino. Apenas caíram uns pingos. Nada que impedisse que o treino decorresse com normalidade. Apesar da ausência de cerca de uma semana, poucos foram os estragos. Estou na mesma e consegui fazer meia hora de corrida com duas acelerações de cinco minutos sem diminuir a distância percorrida. Foram dez voltas e quase meia. De referir que as primeiras três voltas foram feitas ainda com luz natural. Os dias começam a estar maiores e o frio começa também a ser menos.

Eu penso que o Sporting empatou com o Desportivo das Aves a zero. Adormeci e nem cheguei a saber como ficou o jogo.

Situação do dia:
Não ganhei para o susto quando ia a fechar a caixa registadora e o auscultador do telefone se pendurou. Fiquei mesmo aflita. Devo ter pensado que parti o auscultador ou que cortei o fio do telefone.

Bacorada do dia:
“Queria uma carteira...” (Uma chave)

Wednesday, February 06, 2008

Noite Europeia das antigas

Há muito que não assistia a dois encontros europeus de equipas portuguesas televisionados no mesmo dia. Desde que há TV Cabo que tal não acontece. E que saudades tinha eu das grandes noites europeias passadas em frente da televisão a acompanhar ao pormenor tudo o que se passava.

Estava feliz. Assistir assim a dois jogos ia ser um espectáculo! Comecei bem cedo a preparar-me para esses grandes momentos. Pensava, obviamente, no que se iria passar na Roménia. Cheguei mesmo a imaginar Lobont a preparar a sua majestosa exibição contra o Glorioso de forma meticulosa, metódica e bastante ponderada.

Ao longo de uma semana, o guarda-redes do Dínamo de Bucareste não fez mais nada senão aperfeiçoar a sua forma de defender contra um clube como o Benfica onde- pelos vistos- meio mundo de guarda-redes deseja jogar.

Lobont correu tudo para arranjar vídeos de jogos do nosso campeonato em que os guarda-redes adversários do Glorioso fizeram o jogo da sua vida. Visionou vezes sem conta a monumental defesa que Diego executou na passada jornada e meteu na cabeça que haveria de fazer uma ainda mais espectacular.

Não fez mais nada senão treinar para isso. Fora do campo continuava a sua pesquisa sobre jogos em que os guarda-redes trancaram a baliza a sete chaves e de tudo fizeram para dar nas vistas contra o Benfica. O jogo Benfica-Boavista foi visionado vezes sem conta. Quando alguém disse a Lobont que William já tinha 39 anos, o “artista” então mentalizou-se de que tinha de fazer algo que nunca mais fosse esquecido tão depressa em termos de exibição de um guarda-redes.

Nem dormia! Nos poucos momentos em que se deixava passar pelas brasas debruçado em cima de uma mesa, o guarda-redes romeno sonhava com defesas que jamais outro guarda-redes no Mundo executou. Eram ameixas de Petit, cantos directos de Simão, remates à queima de Nuno Gomes...a tudo Lobont respondia com intervenções de outra galáxia. Acordava desiludido porque tudo não havia passado de um sonho. Andava que não se podia aturar mesmo!

Mas era bem feita que ele, por qualquer motivo, não pudesse jogar. Ora espera...uma gripe daquelas que não dá mesmo hipótese. Daquelas agudas em que a pessoa aterra em três tempos. Era ele a contar armar-se, fazer o jogo da sua vida contra o Glorioso e não poder jogar por estar com mais de quarenta graus de febre e bastante mal. Assistiria ao jogo na cama, grogue de febre, mais para lá que para cá. Delirando e vendo as suas magníficas defesas a remates de fora da área de Petit e Simão. No fim o jogo que ele viu iria ser muito diferente do que a maioria das pessoas viu. O Dínamo de Bucareste devia ganhar aí por muitos e ele era convertido a herói por ter defendido tudo e mais alguma coisa. Nem que para isso tivesse de ir com a cabeça onde Nuno Gomes ia com os pés- tal como aconteceu no jogo da primeira-mão.

Outra solução para o pessoal se livrar daquele guarda-redes era meter-lhe qualquer coisa na comida ou na bebida. Dar-lhe o chá do Tapie, por exemplo. Ou o remediozinho que fazia adormecer os adversários da União de Leiria há uns anos atrás quando pernoitavam numa certa unidade hoteleira da Marinha Grande.

Outra solução radical, se eu lá estivesse, era fechar o romeno à chave numa qualquer divisão do Estádio. Aquele recinto desportivo por acaso não terá uma cave escura ou uma masmorra? Eu e os livros sobre Templários que ando a ler muito.

Agora a sério, penso que vai ser uma grande noite e as equipas nacionais têm todas as condições de seguir em frente na prova. Vamos ver...

E eis que chega o momento de começar a grande noite europeia. Na Roménia começa o Glorioso.

Que mau! O Dínamo de Bucareste já marca. Oh não! Foi um jogador chamado Munteanu que marcou este golo. Vamos a ver se o Glorioso reage...

E Lobont já começou o festival! Continua a impedir que o Benfica marque. Vai ser difícil!

Na sequência de um canto, o Benfica empata o jogo com um golo de Anderson de cabeça. Já está melhor.

Mais um canto. Lobont ainda defende o remate de Simão, mas já é impotente para defender a cabeçada de Katsouranis para o fundo da baliza. 1-2 já vence o Benfica.

Foi com esse resultado que o jogo terminou. O Benfica passa à próxima fase em que, segundo a conjugação de resultados, vai apanhar o PSG onde joga o sempre temível Pauleta.

No final do jogo, Lobont parece que trocou de camisola com Karagounis. Ele que trazia uma camisola verde sempre por fora dos calções. Finalmente conseguiu uma camisola do Glorioso. Se é que no jogo da primeira-mão não tivesse trocado com outro jogador.

As atenções viram-se agora para Parma onde o Sporting de Braga discute também um lugar na próxima eliminatória da Taça UEFA. Por tudo o que tem feito, o conjunto minhoto merece passar.

O Parma já não é mais aquela equipa que aterrorizava meia Europa no início dos anos 90. Vi um dia os jogadores do Guimarães fazerem uma festa por terem ganho ao todo poderoso Parma. Quem os visse, ficaria a pensar que haviam vencido a própria Taça UEFA. Na altura foi um escândalo o Parma ter sido eliminado por uma equipa portuguesa.

Hoje a realidade é outra. O Futebol Italiano caiu em desgraça por causa de escândalos sucessivos e os clubes foram à falência. O Parma sofreu bastante com isso. Olho para a equipa actual e não encontro nenhum nome sonante. Muitos nomes desconhecidos e até cómicos, como tive oportunidade de referir no texto da passada semana. Uma sombra do que foi.

Ao intervalo o jogo termina tal como começou. O Braga leva a água ao seu moinho e impõe o seu ritmo algo pastoso.

No Parma, o jogador Número Dezoito era um quebra-cabeças. Era o único a quebrar a monotonia. Já me metia nervos!

Estava em campo o veterano Fernando Couto. Foi o central português que causou perigo ao enviar uma das suas fortes ameixas à barra. Noutros tempos Couto tinha mais pontaria. Não posso deixar de recordar com alguns sorrisos um lance ocorrido durante um jogo entre o Parma e Juventus (se não me falha a memória). Fernando Couto aliviou a bola com um enorme balão. Ao descer, o esférico foi cair redondo em cima da parte da cabeça do árbitro que não tinha cabelo. O homenzinho caiu redondo no relvado e passou um mau bocado. Ponderou-se mesmo substituí-lo por um dos seus auxiliares. Vejam lá! Com tanta gente no campo, a bola foi justamente acertar no árbitro. Parecia teleguiada! Foi dos lances mais hilariantes que vi no Futebol.

E o Braga chega ao golo já no final. Diego é o seu autor. Um golo que carimba o passaporte para os arsenalistas passarem à fase seguinte.

Com este resultado, fica selada uma semana em cheio para as equipas portuguesas. Ontem o Porto conseguiu um espectacular empate contra o todo-poderoso Chelsea de José Mourinho. Hoje Benfica e Braga vencem e seguem em frente. O Futebol Nacional está de parabéns!

Ainda na Taça UEFA, não sei como ficou o Spartak de Moscovo- equipa que gostaria de seguir com atenção. É lá que joga o nosso amigo Artem Dzuba. A propósito: será que ele jogou?

Nem só de Futebol foi preenchido este dia. Outras coisas se passaram. O telemóvel andava a pedir para ser carregado. Eu tive medo que ele não despertasse por não ter bateria. Afinal despertou. Eu e o medo de não acordar a tempo de chegar a horas ao trabalho.

Estava Sol, mas também estava muito frio. O que se passou de relevante na manhã de trabalho fica para narrar mais adiante.

Da parte da tarde a Piscina esteve encerrada durante algum tempo e nada se passou.

Resumindo e concluindo: dia calmo, tranquilo...

Situação do dia:
Eu sou incrível! Sempre que faço uma coisa bem feita, embandeiro em arco e logo faço disparate a seguir. Carreguei um cartão pela primeira vez no meu estágio. Estava tudo bem e eu fiquei tão contente por ter conseguido que me esqueci de tirar o recibo.

Bacorada do dia:
“E FALHA MUSSOLLINI!!!” (Não se assustem! Ele não está de volta. É só Muslimovic- um inofensivo jogador do Parma.)

Casa arrumada no regresso às aulas

No final de tarde do dia 21 de Fevereiro teve início mais um semestre do Curso de Holandês. O objectivo passa, obviamente, por estudar, trabalhar bastante, de modo a alcançar uma nota semelhante à do primeiro semestre. Recorde-se que consegui um 18.

Gostaria de trabalhar para um dia poder candidatar-me a qualquer curso que se possa tirar na Holanda. Visitar aquele país continua a ser importante para mim. Como nada se consegue sem sacrifício, quero dar continuidade ao trabalho que desempenhei no primeiro semestre e tentar as melhores notas que puder.

Começámos com uma unidade que trata de tudo o que precisamos saber sobre a habitação. Os tipos de habitação e as divisões da casa foram abordadas no arranque das aulas. Agora há que estudar.

Estava a dormir tão bem que nem ouvi o telemóvel a despertar. Só à terceira tentativa é que o consegui ouvir e levantar-me. Estava a sonhar com russos (provavelmente com o Artem Dzuba), com textos complicados para serem traduzidos e com ruas atulhadas de carros.

A banda sonora para essa manhã de quarta-feira (dia em que eu faço as coisas com mais calma) foi um CD com músicas mais antigas dos Bee Gees. Como o CD tinha poucas músicas e as poucas que tinha eram de curta duração, passei o CD três vezes antes de me aprontar para sair de casa.

Mal coloquei os pés na rua, logo via a azelhice de algumas pessoas. Um automóvel passou a passadeira em diagonal. Que espectáculo!

Em termos de condições climatéricas, o Sol brilhava e o Céu apresentava-se bastante azulinho. Eu nem me lembro se ainda cheguei a ir à Piscina da parte da manhã. Apenas tenho registo das incidências da parte da tarde.

Hilariantes continuam a ser as peripécias vividas nos autocarros amarelos, especialmente no 7. Após um movimento mais brusco do autocarro, o saco das compras de uma senhora virou-se e parte do seu conteúdo ficou espalhada pelo corredor.

Já à saída, a pasta azul e volumosa de uma estudante caiu com estrondo no passeio. Ela e as acompanhantes riam a bandeiras despregadas.

A minha tarde de trabalho decorreu dentro da normalidade. Apenas a registar uma situação algo curiosa: um senhor veio às instalações da Piscina perguntar por...uma casa mortuária.

Depois da aula, segui o mais depressa que pude para casa. Havia jogo grande a contar para a Liga dos Campeões. Não sei se os gatos me esperavam quando cheguei. Hoje não levava o saco das compras. Eles fogem a sete pés de mim sempre que ouvem as rodas do saco das compras a roçar no chão.

Porto e Chelsea empatavam a um golo quando comecei a acompanhar a partida. Foi com esse resultado aliás que se chegaria ao intervalo.

No regresso de José Mourinho ao Estádio do Dragão, o Porto marcou primeiro por Raul Meireles. Shevchenko acabaria por empatar o jogo alguns minutos depois.

Num jogo espectacular (nem outra coisa se poderia esperar de duas excelentes equipas) Mourinho esteve igual a si próprio. Não colocou um jogador em campo (já não me recordo quem) simplesmente por demorar a despir o fato de treino. Isto fez-me recordar um episódio também protagonizado pelo “Special One” enquanto treinador do Glorioso. Questionado sobre a mudança de planos de fazer entrar Sabry, Mourinho justificou-se com o tempo que o jogador egípcio demorou a...atar as botas. Cerca de oito minutos! A partir dessa altura, sempre que um atleta que treinava em Coimbra demorava a trocar de calçado, era logo chamado de Sabry pelos companheiros. No Benfica ou no Chelsea, a atitude de Mourinho é sempre a mesma.

A segunda parte continuo a ser espectacular. Apesar disso, o resultado não se alterou. O jogo terminou conforme chegou ao intervalo: empatado a uma bola.

Ameaçava chover. Por essa razão tive de ir apanhar a roupa à pressa antes que se molhasse.

Para adormecer voltei a colocar em andamento o mesmo CD que tinha da parte da manhã. Era a quarta vez que aquele CD tocava.

Situação do dia:
Toupeira dum raio! Basta estar algum tempo sem ir a um local para já extraviar no caminho. A entrada da Faculdade de Letras tem muitas portas, mas só uma é que abre. Então não é que eu teimei em me enfiar por uma das portas que não abria! Eu sou demais!

Bacorada do dia:
Repórter da RTP:
- “Petr Cech e Marek Cech quando nasceram ainda eram do mesmo país.”
Luís Freitas Lobo:
- “O Mundo do Futebol dá muita volta!” (Não foi, certamente, por causa do Futebol que a República Checa e a Eslováquia se desintegraram.)

Tuesday, February 05, 2008

Mascarada de trabalhadora

Depois do dia que tive ontem, não me preocupei em acordar cedo. Afinal de contas, era dia de Carnaval e a Piscina estava encerrada. Não me ralei se acordava antes ou depois do meio-dia.

Consta que sonhei com o meu Bramito de Zevenhoven no Algarve. Pois a Volta ao Algarve começa amanhã ou depois. Resumindo e concluindo, estava muito bem a dormir. O Carnaval pouco me dizia.

Curiosamente, apetecia-me trabalhar em casa- o que é uma raridade. Eu detesto serviços domésticos! É Carnaval, ninguém leva a mal.

Estava a chover imenso. Isso não impediu que eu lavasse quanta roupa lá havia em casa e a estendesse com a chuva a molhar-me.

Depois- não sei se foi por causa do computador- deu-me (imagine-se) para fazer uma arrumação profunda ao meu quarto. Revirei tudo mesmo. Nada ficou por revistar. Eu hem?

Depois de deixar o meu quarto a brilhar, fui à Worten. A chuva tinha dado lugar ao Sol e os foliões regressaram às ruas com os seus fatos coloridos. Eles estavam mesmo por todo o lado. Nas lojas viam-se muito.

E lá fui gastar mais dinheiro. Comprei uma catrefada de CD’s, como é habitual fazer sempre que vou a tal sítio.

De regresso, avistei um aglomerado de gente junto a uma das portas do Estádio Cidade de Coimbra. A razão daquele aparato todo era uma senhora que não se sentia lá muito bem. Como não estava ali a fazer nada, retomei o meu caminho.

No caminho para casa encontrei outra colega da ACAPO. Estivemos a conversar junto à porta de minha casa até anoitecer. Até de mulher linguareira que fala na vida dos outros me disfarcei!

E o tempo acabou por me faltar para fazer uma cópia de segurança do material do computador. Ainda tinha de ir ao Pingo Doce buscar algo para comer. Enquanto gravava os DVD’s de segurança, ia ouvindo algumas das minhas novas aquisições no meu rádio. É curioso porque eu pensava que alguns CD’s traziam certas músicas e não traziam, enquanto que outros vinham com músicas com que nem sonhava contar. Estou-me a lembrar de um CD antigo do Toto Cotugno que eu achei e que tinha a canção com que o cantor italiano venceu o Festival Eurovisão em 1990. Excelente! Eu adoro essa música!

E assim se passou este feriado que serviu para recarregar baterias para mais um dia de trabalho e de regresso às aulas de Holandês.

Situação do dia:
É incrível o que encontramos quando andamos a arrumar algo. Em cima do armário da roupa encontrei...uma carteira. Pena não ter dinheiro! Isso deu o mote para a minha senhoria ir procurar outras coisas para me dar para levar lá para casa. Faltava uma fronha. Corri tudo um dia por ela. Acabei por a encontrar debaixo dos meus livros.

Bacorada do dia:
“O computador é como viver.” (Lindo!!!!)

Preocupação

Como habitualmente acontece todas as segundas-feiras, levantei-me às seis da manhã para me preparar para ir para Coimbra. Ainda por cima era véspera de Carnaval. Se tivesse aulas na ACAPO não ia. Ali, como eu adoro o que faço, não é sacrifício nenhum ir trabalhar.

No entanto, aquela manhã começaria agitada. Preparava-me para tomar banho. Do quarto dos meus pais ouvi a minha mãe suspirar com ar de quem não se sente bem. Ela veio para fora pouco depois dizendo que se sentia mal disposta.

Fui tomar banho. Quando regressei ao meu quarto a minha mãe vomitava na casa de banho e dizia que sentia tonturas também. Logo fiquei preocupada. Como ela é diabética e tem a tensão arterial elevada espera-se o pior.

Teimosa, a minha mãe começou com a ladainha do costume. Dizia que não queria ir para o hospital, a menos que estivesse para morrer. Já não é a primeira vez que isto acontece. O ano passado eu e o meu pai vivemos uma noite de pesadelo precisamente por ela estar assim com esses sintomas e se recusar a ir ao médico. Depois ainda teima em ir para as terras e para os pinhais com tonturas. Por sorte que andava lá um senhor a fazer umas obras e ela não foi para muito longe.

Só sei que passei a noite acordada. De vez em quando espreitava para o quarto dos meus pais a ver se tudo estava tranquilo. Só me fui deitar quase quando eles se levantaram. Com aquela ansiedade não conseguia parar.

Agora era diferente. Tinha de ir para Coimbra. Tinha de ir trabalhar. O meu pai tinha de me ir levar à paragem e ela tinha de ficar sozinha assim. O meu pai sempre foi dizendo que aquilo era “figadeira”. Eu só me lembrava de no passado sábado ela ter dito que a vida estava no fim a propósito de o meu pai lhe ter comprado uma prenda do Dia dos Namorados pela primeira vez.

Ainda em casa implorei ao meu pai que não deixasse ir a minha mãe para as terras ou para os pinhais. Podia acontecer alguma coisa. Ordenei-lhe ainda para a levar ao médico nem que fosse à força. Antes de ele seguir novamente para casa, voltei-lhe a repetir as mesmas coisas.

Tinha voltado a chover no preciso momento em que eu me preparava para ir embora. Desta vez não liguei. Estava preocupada demais. Antes de sair ainda fiquei presa no portão da eira pela alça da mochila. Preocupações maiores dominavam o meu espírito: a saúde da minha mãe.

Nem sentia o frio da manhã que havia entretanto regressado. Não sentia nada. Nem adormeci na camioneta, como habitualmente acontece.

O movimento na Piscina foi pouco. Isso ainda me fazia pensar cada vez mais no que se estaria a passar lá por casa. Se eu me distraísse a atender as pessoas, pensaria menos e não me incomodaria tanto.

Nem almocei como devia. Estava morta por chegar junto da paragem para ligar para casa. Até contei os passos um a um e andei o mais depressa que pude. Por um lado estava morta por ligar para casa, por outro tinha medo que algo tivesse acontecido.

Para meu descanso, quem me atendeu foi mesmo a minha mãe. Foi um peso que me tiraram das costas. Disse sentir-se melhor e tudo não passava de uma crise de vesícula. Ontem havia atacado no bacalhau, na cebola e nos ovos.

Foi com outra cara que entrei no autocarro e enfrentei uma tarde de trabalho onde tive de tirar muitas senhas. O movimento estava quase normal, apesar de ser véspera de Carnaval.

Quando saí do trabalho já sabia onde tinha de ir: buscar o meu computador. Estava a chover bastante. E eu que não o queria molhar!

Enquanto ouvia o relato do jogo entre o Belenenses e a Académica, ia afinando a máquina. Foi uma tourada para lhe instalar o Bluetooth! Quase desisti. Só ao fim de muita insistência é que consegui finalmente colocar tudo em ordem e passar todas as fotos para o computador.

A Académica foi ao Restelo arrecadar três pontos preciosos na luta pela permanência. Consta que Costinha colaborou ao dar um frango valente. O resultado do jogo foi Belenenses 1- Académica 2.

O dia acabou de forma completamente oposta à forma como começou. Até adormecer estive a ouvir um CD de música calma. Merecia depois daquilo que passei. Iria ter tempo suficiente para descansar de todas estas emoções fortes.

Situação do dia:
No bar da ESEC serviram-me o café com duas colheres.

Bacorada do dia:
“Vocês tiraram-me a ponta da língua.” (Que pena não lhe termos tirado a língua toda!)

A malapata do azarado Traksel

Realmente, se há sorte e azar no Desporto, há atletas com mais sorte ou mais azar do que outros. Nesse capítulo o ciclista holandês Bobbie Traksel ultimamente tem conhecido o que de mais amargo tem o Desporto.

Tal como acontece com muitos jovens gerados na equipa de formação da Rabobank, este atleta foi apontado com sendo um daqueles com um futuro brilhante pela frente.

Ainda bastante jovem ingressou na equipa principal e chegou mesmo a fazer alguns bons resultados. Por ali permaneceu até 2005. Curiosamente foi desde que saiu da Rabobank que Bobbie Traksel começou a ter azar.

Em 2006 uma arreliadora lesão afastou-o pela quase totalidade da época. De regresso esta temporada, o ciclista holandês realizava algumas provas de preparação em pista. Nova infelicidade lhe bateu á porta. Caiu e lesionou-se gravemente e arrisca perder grande parte da época velocipédica.

Na actual equipa da Rabobank os atletas estão em grande. Na Volta a Maiorca Oscar Freire e Thomas Dekker venceram as etapas 2 e 3 da competição.

Sven Nijs e o Campeão do Mundo de Ciclocrosse Erwin Verwecken passam do piso lamacento para a pista. É uma forma de se prepararem para novos desafios.

No entanto, nem tudo corre bem no Mundo do Ciclismo. A Discovery vai deixar de ser Discovery. O patrocinador pondera retirar o patrocínio à antiga equipa de Lance Armstrong devido ao clima de desconfiança que grassa na modalidade pelos quase diários casos de doping. Esta é uma notícia para acompanhar com atenção.

A Internet nessa noite estava sempre a ir abaixo. Tomara a banda larga para nada disso acontecer. Assim já podia ser mais rápida a captar as notícias. È que se demora muito só para abrir uma simples página de notícias. Chego até a adormecer.

Quando me fui deitar- já o dia ia alto- constatei que o Senhor Mong dormia com...o Senhor Léo e a Dona Feijoa. Deve estar algum santo para cair do altar abaixo! De certeza.

Tal como acontece a cada domingo, nada se passa. Se não fosse o Futebol nada haveria mesmo para contar. O Benfica venceu o Nacional na Choupana por 2-0 com dois golos de Miccoli. Destaque para o guarda-redes Diego que parece ter feito uma defesa memorável. E assim o suíço passou a ser mais um daqueles que incham contra o Glorioso. Por falar nisso...lembrei-me que se joga na Roménia a segunda mão da Taça UEFA e na baliza do Dínamo de Bucareste mora alguém que também usa disso. Oxalá não possa jogar por qualquer motivo!

No final da noite, a União de Leiria venceu o Braga por 1-0. Golo daquele jogador polaco de que eu gosto muito.

Aliás, como irão ver, toda a semana será marcada por muito Futebol e algumas aventuras já habituais.

Situação do dia:
A filha do meu vizinho andava a brincar com uma bola. A certa altura tropeçou na própria bola e caiu no chão fazendo um barulho muito esquisito.

Bacorada do dia:
“Com calma sou capaz de chegar à agressividade.” (Nós também já notámos isso.)

As tropelias do Mong



É por demais conhecido o temperamento do gato Mong. Ele dispensa apresentações para quem habitualmente lê os textos deste humilde blog.

Na passada semana a minha mãe contou que o gato negro de uma figa tinha fugido a caminho do lugar. Exibindo orgulhosamente uns ferimentos numa orelha, Mong lá foi em busca de mais confusão e desacato.

Lutar só com o Léo não dá prestigio a um gato que gosta de ser temido e respeitado pelos outro gatos. Se for espalhar todo o seu mau feitio e toda a sua maldade pelo lugar inteiro passa a ser um gato famoso. O terror das ruas.

Agora é muito raro Mong colocar as suas quatro patas negras e bem afiadas dentro de casa. Passam-se dias que nem se lhe vê o rasto. Sabe-se que ele esteve presente porque as suas marcas estão bem visíveis no corpo de Léo.

Passei a noite a sonhar com gatos. Isto ainda pelo que contam da vida de vagabundo que o Mong leva actualmente. Aliás, na véspera de eu ir de fim-de-semana tenho de sonhar sempre com gatos. Como não sei o que se passa com eles, a ansiedade faz com que sonhe que as mais diversas desgraças aconteceram.

O tempo estava tão instável como na véspera. Afinal de contas estamos em Fevereiro- mês propício a este tipo de condições climatéricas.

Já estava combinado que eu, a minha irmã, o Zé e a sua família iríamos ao Dolce Vita para comprar o meu computador portátil. Vai-me fazer jeito para as aulas e (porque não?) para “actualizar” o blog que anda muito atrasado no tempo.

Na Vobis havia computadores com fartura e a preços atractivos. Eu não queria um computador muito caro. Apenas queria um computador que servisse as minhas necessidades. Acabei por me decidir por um HP muito em conta. E enfim, já tenho computador em Coimbra. Agora fica lá para se dar um jeito. Segunda-feira já vou trabalhar com ele.

Eu não me lembro bem, nem tenho aqui apontado mas julgo que foi o meu vizinho que me veio buscar à paragem do autocarro. Julgo que foi nesse dia que ele até tinha um CD do Leonardo a tocar.

A minha mãe cozeu a broa e, como sempre acontece, resolveu oferecer uma a uma senhora já de uma certa idade que costuma ajudar a minha mãe nos trabalhos do campo. Estava até uma noite agradável.

A senhora veio ao portão. Apesar de já estar escuro, ainda havia pedreiros a trabalhar numa obra ao lado. O teor da conversa da minha mãe com a referida senhora não era lá muito recomendável. Elas falavam de pessoas cancerosas que morreram ou que já estavam a vegetar sem nada que se pudesse fazer por elas.

Metemo-nos novamente ao caminho. Estava a saber bem respirar aquele ar campestre de início de noite. Ia tão distraída que até poderia te caído quando coloquei um pé em falso.

Passámos junto à casa onde viveram aquele búlgaros de que falei num dos meus textos anteriores (ver texto “Foi Lúcia que o levou para o Céu”). A nostalgia tomou conta de mim ao recordá-los. Deixavam sempre a luz da entrada acesa para guardar a casa. Agora a escuridão pesa e torna aquele ambiente mais lúgubre e aterrador. Ninguém ali vive agora.

De regresso a casa, encontrámos um clima de boa disposição tendo como protagonistas o meu pai e o meu vizinho. Comiam carne asada na brasa e regavam-na com vinho proveniente de um garrafão que sempre está debaixo da mesa.

A minha mãe alegou que a vida dela devia estar no fim. Motivo: só neste ano é que o meu pai se lembrou de lhe oferecer algo no dia de S.Valentim. Ecoou uma gargalhada geral. Eu nem queria acreditar! A gargalhada ainda foi maior quando acabámos de ouvir a justificação do meu pai. Com toda a frontalidade e simplicidade que se lhe reconhece e com uns copitos a mais ele disse e passo a citar:
- “Estava na loja, vi os outros gajos a comprarem prendas para oferecer às mulheres e resolvi comprar também qualquer coisa.”
Aposto em como o coro de gargalhadas se ouviu no lugar.

À noite havia um jogo de Futebol entre o Paços de Ferreira e o Sporting. O resultado foi um empate a uma bola. Esqueci-me de apontar o nome do autor do golo dos lagartos. O golo do Paços de Ferreira foi apontado por Cristiano. Lembro-me que foi um excelente golo sem hipóteses de defesa para Ricardo.

Nesse jogo o árbitro Pedro Proença teve de interromper o desafio por alegadamente o seu equipamento de comunicação com a restante equipa de arbitragem não estar a funcionar.

Ainda neste jogo, Emerson do Paços de Ferreira entrou em campo em cima do apito final do árbitro. Uma situação que me trouxe à memória uma aguda lembrança do nosso amigo russo Artem Dzuba que se tornou muito conhecido, muito citado e muito sonhado também por essa mesma razão.

Situação do dia:
Ia eu e a minha mãe à noitinha pela rua. As luzes dos postes já estavam ligadas. Desprevenida, uma coruja encandeou-se com a luz e ficou atrapalhadíssima. Quase nos caía em cima. Esta situação trouxe-nos à memória uma outra passada no mesmo local, mas alguns metros à frente. A minha prima andava na escola preparatória e o horário tinha mudado. Era ainda um pouco escuro. Estava a amanhecer quando estávamos à espera da camioneta. Uma coruja ia recolher mas já estava claridade demais para ela andar na rua. Atrapalhada, ela voou baixo e deu com as suas garras na cabeça da minha prima que começou a emitir uns gritos histéricos que acordaram as pessoas que viviam nas redondezas.

Bacorada do dia:
“Eu de negativo não tenho nada. Sou bom de mais.” (Frase proferida por um homem que tinha todos os defeitos e mais alguns. Enumerar todos os seus defeitos corresponderia simplesmente ao texto mais longo alguma vez publicado neste blog. Com um bocado de sorte, o compêndio dos defeitos e pecados desta criatura seria mais volumoso que uma lista telefónica.)

Quem mandou puxar o lustro ao passeio?


Como ontem começou a chover muito e eu não trazia guarda-chuva, tive de adiar a matrícula logo para o último dia. È sempre assim.

Pedia para sair uma hora mais cedo e lá meti pés ao caminho. De referir que eram cerca de onze da manhã e ainda não estava a chover.

E lá ia eu a percorrer um caminho que costumo fazer de noite sem incidentes. É bom que se saliente isto! Tanta vez que por ali passei de noite e nada aconteceu. De dia é o que passo a contar. É incrível!

Ia eu a passar perto da Praça da República, num local onde há um desnível no passeio por causa das raízes de umas árvores que lá há. Com a chuva que tem caído nestes últimos dias até parece que foi puxado o lustro ao passeio. Aquilo escorregava mesmo.

Ia a andar tão bem quando de repente dei por mim a deslizar pelo chão fora. Fui cair quase junto aos pés de umas raparigas que iam a passar e que me perguntaram com ar preocupado se me tinha magoado. Ainda grogue e sem saber o que aconteceu respondi que não e segui o meu caminho.

Consta que acordei a rir nesse dia, mas não me lembro por que foi. Não estava frio de manhã, apenas um vento forte dava a entender que a chuva ainda não se tinha ido embora. Previa-se mais um dia feiinho!

Depois de me ir matricular, fui a pé para a cantina. Por pouco que não apanhei o medonho temporal que se abateu sobre Coimbra quando eu estava a almoçar. Era chuva, vento forte, relâmpagos bem luminosos e trovões que quase faziam estremecer tudo e mais alguma coisa. Com medo, as crianças que costumam comer na cantina gritavam como se o Mundo estivesse para acabar.

Tenho aqui nas minhas notas- que agora leio quase um ano depois- que ia um gajo muito bom no autocarro à minha frente. Só que não me consigo lembrar de como era ele para o descrever. Devia ter feito aqui uma descrição.

Cheguei à Piscina e prestei novamente atenção à actualidade, principalmente à desportiva. È incrível como Pinto da Costa todos os dias é anunciado como arguido de um processo diferente. Desta vez está a ser investigada uma alegada fraude num jogo entre o Beira-Mar e o Porto. Não sei em que época foi isso. Terá sido ainda aquele jogo em que o antigo guarda-redes dos aveirenses Acácio alegou naquele mítico programa da SIC “Os Donos da Bola” ter transportado uma mala com dinheiro oferecido pelos portistas? Ah! Agora lembrei-me que esse dinheiro era para dar aos jogadores do Beira-Mar caso eles vencessem o Benfica. Esse é, portanto, outro jogo mais recente.

Parece que tenho de vir trabalhar munida de uma calculadora para não me enganar a fazer contas. Já se sabe que a Matemática é o meu ponto fraco. Quando há muita gente a entrar com senhas, e sem dinheiro trocado, eu meto sempre água. Segunda-feira hei-de trazer a minha calculadora para não prejudicar ninguém.

Estamos a atravessar uma época de Carnaval que pouco ou nada me diz. Só vejo que é Carnaval por ver os desfiles das crianças das várias escolas que saem à rua. Vestidas a rigor, as crianças assumem uma outra identidade de um personagem dos desenhos animados que admiram. Vão felizes a cantar pela rua. Quando eu andava na escola primária também era assim. Lembro-me de num ano ir vestida de um empresário, executivo ou lá o que era aquilo. Envergava um fato azul e uma gravata. Só me consigo lembrar desse ano.

O treino não foi assim muito bem aproveitado devido ao mau tempo que se fez sentir em Coimbra da parte da tarde. Mesmo assim, consegui cronometrar as cinco voltas dadas à pista. O registo que eu tenho é de 15.23.28m. Continuo um espectáculo. Nada mais se fez além de alongamentos e alguma ginástica.

No Futebol, o Porto esmagou a Naval ao aplicar-lhes uma derrota por 4-0. Eu adormeci e não cheguei a saber ao certo como havia ficado o jogo. Parece que tive de perguntar.

Talvez tenha sonhado com um computador portátil que iria adquirir no dia seguinte. E se eu pensava que isso iria resolver o problema da falta de actualização do blog, enganei-me redondamente.

Situação do dia:
O motorista de uma instituição não deve ter ganho para o susto. Depois de ter transportado as crianças e a auxiliar à Piscina, o senhor seguiu o seu caminho normal. Foi quando, de um dos bancos traseiros, ouviu perguntar se ainda demorava muito a chegar à Piscina. Surpreendido, incrédulo e talvez assustado, o motorista não teve outro remédio senão voltar para trás e entregar o menino que adormeceu no caminho. Foi demais! Só queria ter visto a cara dele quando o miúdo lhe perguntou se faltava muito para chegar.

Bacorada do dia:
“Tenho uma Úrsula no estômago.” (Falta o Jorge Tadeu no fígado.)