Monday, May 30, 2011

Excluídos, revoltados e esperançosos

Pode-se dizer que sonhei com muita coisa mas inicio a narrativa a partir do momento em que algo faz sentido.

A acção passa-se numa escola, alegadamente nos Estados Unidos, onde um grupo heterogéneo de alunos causava dores de cabeça aos professores que nem aulas conseguiam dar em condições devido ao mau comportamento dessa turma dentro da sala de aula.

Estava em minha casa. Já era de noite e estava junto ao microondas na cozinha a ouvir a minha mãe a queixar-se que não se sentia bem ultimamente. Um senhor da minha terra apareceu á porta para comprar ovos ou algo assim. Eu assistia ao diálogo dos dois do lugar que mencionei há pouco.

O senhor disse à minha mãe que a sua esposa também não andava lá muito bem-disposta mas o seu mal-estar devia-se a problemas digestivos, ao contrário dos sintomas da minha mãe que provavelmente tinham a ver com a diabetes.

E como é que tudo isto encaixa no tal sentido que eu disse que o sonho tinha? É simples. Enquanto a minha mãe conversava lá fora sobre os seus problemas, a televisão mantinha-se ligada na sala. De referir que me encontrava na cozinha junto ao microondas. Ouvia a conversa que vinha da rua e ouvia o que era transmitido pela televisão.

A programação em todos os canais havia sido interrompida abruptamente para se passar a um programa de informação especial a dar conta de um atentado iminente que prometia fazer ainda mais estrago do que o 11 de Setembro. Desta vez não eram os fundamentalistas islâmicos que estavam por detrás, por isso desconhecia-se o que estava para vir.

O caos estava a ser orquestrado por aquele grupo de há pouco que estava desordeiramente na sala de aulas. A ele juntaram-se pessoas de todo o Mundo. Eram pessoas que, de alguma maneira, se sentiam excluídas e abandonadas pela sociedade. Era uma espécie de revolta dos oprimidos.

Pela televisão podiam-se ver deficientes (alguns eram mesmo tetraplégicos), pessoas com dependência de drogas e álcool, pessoas com sexualidade alternativa e muitos outros que se sentiam, de certa forma, abandonados e esquecidos por uma sociedade que os condena em vez de os ajudar.

Na televisão falava o meu antigo professor de Tecnologias da Informação a pretexto de um encontro internacional de tecnologias inovadoras ao serviço das pessoas portadoras de deficiência.

Enquanto aquelas pessoas que ingeriam venenos corrosivos saíam por aí a contaminar tudo, novas esperanças surgiam para algumas delas.

Depois da pequena entrevista do meu antigo professor, passou-se a uma reportagem em que a protagonista era uma menina chamada Paula, que era cega de nascença e que ia experimentar uma das novas maravilhas tecnológicas ao dispor de pessoas com necessidades especiais. Tratava-se de uns óculos que tinham a aparência de umas vendas semelhantes às que dão nas viagens de avião de longo curso. Aquela maravilha tecnológica era a esperança para os cegos congénitos como a Paula.

A menina estava feliz por já poder jogar à bola e andar de bicicleta como qualquer criança. Vendo isto, eu estava revoltada porque não tive oportunidade de experimentar aqueles óculos milagrosos. Já estou habituada aos eventuais falhanços de presumíveis revoluções tecnológicas por o nosso problema não ser simplesmente nos olhos.

Um rapaz paraplégico da minha terra foi convidado também a experimentar qualquer coisa que lhe devolvesse a locomoção.

Falava neste evento lá em casa. Era de manhã e eu observava o Léo em cima da gaiola dos pássaros.

Perguntei à minha mãe pelos cães que estavam presos, uma vez que a casa estava povoada de miniaturas do meu cão. A minha mãe respondeu-me, imagine-se, que os cães estavam fechados num curral à espera que o veterinário os viesse apanhar. Ora apanhados já estavam eles.

Para finalizar esta viagem pelas peripécias oníricas, encontro-me numa paragem de autocarro onde está alguém às voltas com um dossier. Já não é a primeira vez que sonho que estou ali e com adereços escolares mas não sei onde fica isso. Provavelmente não fica em lado nenhum. Tentei ajudar a pessoa mas acabei por lhe estragar o dossier e a pessoa ficou extremamente zangada comigo.

Acordei. A correria continuou e voltei a perder o autocarro. Vim de comboio, que até me consolei e tive ainda de recorrer a um táxi e gastar assim dinheiro.

Cheguei a casa e o cãozito que a minha mãe tinha achado da outra vez estava fechado no terraço. Deve ter sido a antecipar esse acontecimento que sonhei com cães

Correria desenfreada para nada

É assim a vida dos pobres! Quando me quero despachar, eis que surge algo para me prender mais um pouco e me atrasar irremediavelmente para apanhar o transporte.

Ainda corri o mais que pude depois de ter trocado de roupa mas não consegui apanhar a camioneta. Não se pense que abrandei o passo. É que ainda me dirigi a toda a pressa para a estação para ver se ainda conseguia apanhar o comboio.

Quando passei pela banca dos livros, estava já a planear dar lá uma espreitadela se acaso perdesse o comboio. Agora não se podia parar.

Quando cheguei à estação também me foi dito que o próximo comboio era só dali a uma hora. Lá tive eu de voltar para trás, desta vez a passo normal.

Quando passei novamente pela banca dos livros ela estava já a fechar as portas. Ora bolas! Corri tanto para nada.

A sorte estava a Norte

É com grande tristeza que dou conta neste post do desmoronar do sonho de muitos benfiquistas que como eu gostariam de ver o Glorioso, mais uma vez, a medir forças com os tripeiros na final da Liga Europa.

Depois de na semana passada termos ganho apenas por 2-1, já pressentia que o Braga iria fazer algo e não era impossível eles vencerem em sua casa, tal como hoje se veio a verificar.

Notou-se desde os instantes iniciais que os minhotos vinham com garra, com virilidade, a toda a brida. Estávamos com dois minutos e já Sílvio via cartão amarelo por falta dura sobre Gaitan. Temeu-se que o jogador argentino não continuasse em jogo e o lance trouxe à minha memória o lance que provavelmente estragou todas as aspirações do Benfica em conquistar títulos- a entrada de um jogador do PSV sobre Salvio que estava a ser o nosso melhor jogador.

Enquanto Luisão tira a bola a Mossoró que se preparava para fazer o golo, em Espanha o Porto é sujeito a uma pressão tremenda por parte da equipa do Villarreal que tenta mudar o rumo da eliminatória, se é que isso ainda é possível.

O Braga parece estar melhor em jogo do que o Benfica. Estando em desvantagem na eliminatória, cabe a eles assumirem as despesas atacantes da partida. Lima tem mais um remate sem perigo.

Artur aplica-se a defender um livre lateral cobrado exemplarmente por Carlos Martins. Enquanto isso, o Villarreal chega ao golo. Estávamos com dezassete minutos da primeira parte.

Em Braga, para nosso grande desgosto, o marcador também se altera um minuto depois de se ter alterado do lado de lá da fronteira. O autor do golo foi Custódio que correspondeu de cabeça a um canto marcado por Hugo Viana.

Rodriguez lesiona-se. É provável que André Villas-Boas seja obrigado a mexer na equipa.

Sílvio do Braga remata à baliza do Glorioso com perigo mas o remate sai um pouco ao lado. A substituição para o Porto é consumada com o colombiano James Rodriguez a entrar para o lugar do uruguaio Cristian Rodriguez que se lesionou.

Em desvantagem na eliminatória, Benfica e Villarreal lutam por mudar o rumo dos acontecimentos.

O Porto marca um golo a sensivelmente cinco minutos do intervalo que abala com todas as esperanças do Villarreal em poder ainda alterar o rumo a eliminatória. O autor do golo foi Hulk que antes tinha tentado através de um livre que saiu sem perigo.

Que azar agora para o Glorioso! Se esta bola entrava...mas foi ao poste rematada por Saviola.

Nas duas partidas o momento é de os dois guarda-redes brilharem. Artur sai bem a um remate cruzado do Glorioso e o guarda-redes do Villarreal opõe-se categoricamente a mais uma jogada individual de Hulk. Já agora Helton também brilha e volta a negar o golo a jogadores da equipa espanhola.

Assinale-se a entrada de Jara para o Glorioso. É a nossa esperança de alterar ainda o rumo da eliminatória. Força Jara! Estamos contigo!

O livre marcado por Lima sai muito por cima da baliza e Maxi Pereira vê cartão amarelo por protestos e falhará o jogo da final, caso o Benfica ainda marque o golo que nos dê o passaporte para esse jogo.

Enquanto Jara já remata à baliza minhota, regista-se mais uma lesão nas hostes portistas. Desta vez é Fernando quem parece padecer de uma lesão impeditiva de continuar em campo e que pode ser grave.

Gaitan de cabeça????!!!! Essa é uma situação rara. Aconteceu depois de mais um remate perigoso dos bracarenses. Já que estamos em final de época e já se prepara a próxima, deixo aqui uma sugestão para o presidente do nosso clube quando pensar em reforçar a equipa. Tem de procurar um jogador com o jogo de cabeça de Cardozo e a agilidade de pés de Gaitan. Seria um jogador brutal, acreditem! Por falar em Cardozo, ele está a jogar?!!!!

Falando nele, acaba de marcar um livre e de enviar a bola para a bancada. Não está mesmo a fazer nada em campo, este artista, que parece que só joga alguma coisa quando acorda bem-disposto ou quando é ameaçado, insultado e criticado.

Seguem-se momentos de perigo nas duas partidas. Primeiro é Artur que sai aos pés de Coentrão, o Villarreal marca dois golos quase de seguida e Gaitan vê o guarda-redes do Braga negar-lhe o golo.

É agora a vez de Roberto brilhar também. Primeiro defende um remate de longe de Hugo Viana e depois opõe-se a uma investida de Custódio.

Que nervos! A bola ronda perigosamente a baliza do Braga mas teima em não entrar.

As partidas chegam ao fim. Porto e Braga estão na final da Liga Europa e o Benfica volta a morrer na parai esta época.

Horas mesmo extraordinárias

É o meu terceiro dia de trabalho e é também o mais longo.

Saía às seis da tarde mas por pouco não fiquei esquecida a dormir lá em cima no meu gabinete.

Estive ali a trabalhar até ao fecho da loja, isto é, até às nove horas da noite. Era noite cerrada quando coloquei os meus belos sapatos pretos de camurça na rua e me dirigi para casa onde o filho da minha senhoria mostrou a sua estranheza por só àquela hora ter chegado.

Mas o que motivou toda esta situação? É simples. A minha consciência ordenou que colocasse as pessoas de todas as lojas nas datas previstas para as consultas para começar a notificar as lojas no dia seguinte.

Tinha de ficar tudo pronto para começar a contactar as lojas nos próximos dois dias para despachar estas pessoas o quanto antes.

Sunday, May 29, 2011

Criatividade em torno dos patos



Preparemo-nos então para mais uma emocionante viagem ao reino do absurdo, do impossível e do inacreditável.

A aventura começa quando recebo um mail de uma amiga minha e antiga colega de curso a dar-me a conhecer uma espécie de concurso no qual se tinha de filmar algo interessante e imaginativo para depois ser apresentado.

Mas o que iria eu filmar para participar no dito concurso? Conjecturava sobre esse assunto enquanto assistia pela televisão a um jogo do Glorioso em que Roberto estava a fazer uma exibição pior que péssima. Aves, é isso mesmo!

A juntar à analogia dos erros de Roberto com frangos ou perus, ouvia os patos em minha casa a fazer barulhos esquisitos. Era já noitinha mas era uma boa ideia fazer algo sobre eles. Pelo menos era original. Ninguém certamente se apresentaria nesse evento com algo sobre patos.

Ainda não tinha a ideia que eu queria. Podia filmar patos, sim senhor, mas precisava de algo mais. Bem, com uns efeitos especiais, aquele pato a fazer aquele barulho poderia tornar-se verde às riscas ou de qualquer outra cor anormal num pato.

Olhei e vi os excrementos dos próprios patos no chão, então tive uma ideia ainda melhor do que lhes mudar a cor. A ideia é um pouco nojenta mas não se pode negar a sua extrema originalidade. Fazer construções com essa matéria seria uma ideia brutal.

Na lareira da casa de forno, com o lume a crepitar, expus o que ia fazer à minha mãe que logo começou a contar histórias que eu nunca tinha ouvido sobre uma familiar nossa de quem nunca tinha ouvido falar que também tinham como tema os excrementos de pato.

Agora o sonho situa-me à porta da sala que dá para o meu quarto, mas do lado de dentro. É um final de tarde. Perguntava por um cão preto da minha vizinha e logo a minha mãe me informou que esse cão tinha morrido atropelado uma noite destas.

Agora dou por mim num local estranho onde estão vendedores ambulantes a vender essencialmente roupa. Um vendedor, aparentemente marroquino, queria-me a toda a força persuadir a comprar casacos ou camisas aos quadradinhos. Eu recusei e comecei a vasculhar outras tendas.

Subi um pouco a rua atrás da restante multidão mas logo voltei para baixo tacteando o chão com os pés, pois aquele sítio era-me estranho e havia ali imensa confusão de pessoas.

Encontrei umas vendedoras que já se preparavam para arrumar. Estava a anoitecer e a feira estava a terminar. As vendedoras eram ciganas e expunham montes de calções. Eu não gostava de nenhuns por não serem apenas de uma só cor.

De referir que lhes acabei por desarrumar tudo, por não levar nada e entretanto o despertador também tocou pondo fim a toda aquela noite de extremo disparate onírico.

Messi e mais dez

Tal como já se esperava, o Barcelona segue em frente para a final da Liga dos Campeões onde, possivelmente, irá encontrar pela frente o Manchester United.

Este jogo disputado em Barcelona, ao qual Mourinho assistiu do hotel onde a equipa se instalou, saldou-se por um empate a uma bola.

Começamos a narrativa com o registo de algo extremamente invulgar. Pelo menos é a primeira vez que vejo Kaká a ser admoestado com um cartão amarelo por entrar violentamente sobre um adversário. Estranhíssimo! Ele, que está habituado a sofrer dessas faltas, não a cometê-las.

O árbitro levantou novamente o cartão amarelo com cerca de quinze minutos de jogo para o exibir a Ricardo Carvalho por travar Messi.

Sérgio remata perigosamente à baliza do Real Madrid depois de um canto conquistado por Messi.

Novamente Messi é travado por Ricardo Carvalho que teve muita sorte em o árbitro não lhe exibir o segundo cartão amarelo.

Messi proporciona uma enorme defesa a Casillas. Dois grandes jogadores a brilhar neste lance!

O jogador argentino agora remata para fora. Ele que esteve no seu melhor, se é que ainda há o melhor de Messi depois do patamar quase inatingível por outro jogador à face da Terra que ele próprio implementou como limite.

Realce para dois remates de jogadores do Barcelona, que não de Messi. Um foi de David Villa e foi defendido categoricamente por Casillas e o outro foi de Pedro e foi para fora.

Messi remata novamente depois de uma bela jogada colectiva do Barcelona. Casillas volta a negar o golo ao Jogador Número Dez do Barcelona.

Nova falta de Ricardo Carvalho sobre Messi e novo esquecimento por parte do árbitro de lhe mostrar o segundo cartão amarelo e lhe apontar o caminho do balneário. E depois vem Mourinho para a sala de imprensa tecer duras críticas a toda a gente e a ninguém simplesmente porque os seus jogadores não têm forma de impedir legalmente Messi de prosseguir com as suas jogadas perigosas.

O intervalo chega com uma igualdade a zero no marcador. A segunda parte promete animar.

A bola chega a entrar na baliza do Barcelona mas foi assinalada falta ofensiva. Este lance acabou por suscitar muita polémica, não só por ser muito duvidoso mas porque no seguimento da jogada o Barcelona acabaria por marcar. Estávamos com cinquenta e três minutos de jogo quando Pedro marca o golo do Barcelona. O Real Madrid via assim a final da Liga dos Campeões a fugir.

Messi continua a ser duramente travado por jogadores do Real Madrid. Cristiano Ronaldo também cometeu falta sobre aquele que é o seu principal rival na luta pelo título de melhor jogador do Mundo.

Aos sessenta e quatro minutos, o Real Madrid chega ao empate. Depois de um remate ao poste de Di Maria, Marcelo na recarga faz um golo que já nada vem alterar em termos de desfecho da eliminatória.

Na marcação de um livre, Messi remata à figura de Casillas.

O jogo ainda conheceu o regresso do francês Abidal depois de ter sido submetido a uma intervenção cirúrgica para remover um tumor no fígado. Os adeptos receberam o jogador do Barcelona de braços abertos e sob fortes aplausos.

O meu amigo Afellay ainda entrou em campo mas o árbitro logo apitou. Fez lembrar certo jogador russo num jogo contra o Sporting aqui há uns anos. E eu que ainda queria ver o estrago que o jogador holandês ia fazer ali juntamente com o Messi que esteve endiabrado hoje.

Segue em frente o Barcelona para a final da Liga Milionária.

Desta vez foi a valer

Finalmente, e à enésima tentativa, mudei de armas e bagagens para novo local de trabalho onde irei desempenhar funções de maior envergadura e responsabilidade.

Boa, irei a partir de agora usar uma linguagem cuidada para redigir textos no meu ilustre blog. Não se assustem, não irei fazer isso porque toda a gente fugiria para ler blogs da concorrência que serão seguramente menos interessantes e onde não se narram as partidas dos sonhos, nem se vão desenterrar coisas que não lembram a ninguém.

Pelo contrário, sossegue quem gosta de ler coisas completamente estranhas. A maior seriedade do meu trabalho irá fazer com que eu me vingue no blog em termos de ajavardar um pouco. Preparem-se porque isto vai baixar consideravelmente de nível e não se espantem se alguma vez recorrer ao calão ou ao vernáculo. Ah, queiram desculpar se um dia eu partir para o insulto gratuito. É uma forma de extravasar o meu ego que tive de segurar ao longo de oito horas laborais.

Bem, seja então o que Deus quiser em termos de textos. Prometo apenas que irei actualizar o blog um pouco mais.

Falando de trabalho propriamente dito, pois é esse que permite ter dinheiro para pagar a Internet e, por conseguinte, tratar dos afazeres deste meu humilde espaço, devo dizer que comecei com a tentativa de elaboração de uma agenda onde irei marcar as consultas de Medicina do Trabalho.

Como referi há uns textos atrás, toda a base do meu trabalho assentará na elaboração de ficheiros Excel e, para me dificultar mais a vida, o sistema operativo que é o Windows XP Professional está todo em Inglês. De uma coisa eu me livrei- de trabalhar com o Excel 2010 ou coisa que o valha. Se já me vejo e desejo com um Word Starter do meu computador que está em Português, imagine-se com um Excel que me é de todo mais estranho do que um Word.

Estava eu às voltas com as formatações, ajudada por um colega meu, quando acederam remotamente ao meu computador. Não fui a tempo de gravar o que estava a fazer e perdi tudo o que tinha feito numa manhã. Fiquei pior que estragada! Tanto trabalhinho que tive com aquilo e foi tudo à vida. Lá tenho eu de compensar o prejuízo.

Escusado será dizer que passei o resto do dia às voltas com a elaboração desse ficheiro que tem de ser acabado o mais rapidamente possível para depois se avançar para a marcação de exames médicos.

Estava bastante cansada quando cheguei a casa. Eram sete horas e eu já a passar por sono. Que estafa de dia!

Necessidades de sossego

Era o meu primeiro dia de trabalho e era natural que a ansiedade me causasse alguns ligeiros problemas digestivos.

Os sonhos reflectiram essa realidade e por isso o meu subconsciente brindou-me com uma viagem ao mundo do desassossego e do incómodo que deve ser uma pessoa ser incomodada na casa de banho quando está aflita.

Primeiramente havia sonhado que o despertador do meu telemóvel havia tocado. Olhei através das fendas dos estores e constatei com estranheza que estava completamente de dia. Presumia-se que fossem apenas seis da manhã.

Verifiquei o mostrador do cronómetro que me serve de relógio e que, na realidade, está sempre a despertar às seis e meia. Eram oito e quarenta da manhã. E agora? Como é que o despertador descontrolou assim e como é que ninguém me chamou mais cedo? Estava já com uns nervos...De referir ainda que a minha irmã dormia na mesma cama e também acordou algo ensonada com o toque tardio do despertador do telemóvel.

Agora vem a parte mais embaraçosa. Se isto realmente me acontecesse mesmo, acho que cavava uma cova bem funda algures e não sairia de lá durante muito tempo, tal seria a vergonha. Realmente qualquer um está sujeito a passar por um embaraço desta envergadura. Como eu costumo dizer, são coisas da Natureza.

Fui para uma representação onírica da ACAPO onde havia um evento qualquer que causava imensa confusão e enormes alterações no espaço a ponto de ele estar irreconhecível.

Fui para o meu quarto que por milagre onírico se transformou numa espaçosa casa de banho. Nessa casa de banho havia tralha para todos os gostos, desde garrafões de lixívia a roupa. O espaço também não primava pela privacidade e o sossego. Sendo um local de arrumações, era natural que uma pessoa viesse a ser incomodada a qualquer instante em que se encontrasse calmamente sentada no trono a ocupar-se das chamadas coisas da Natureza. Era mesmo constrangedor, acreditem!

Estava mesmo...como dizer...aflita mas, sempre que me preparava para defecar, eis que sempre aparecia alguém que muito inoportunamente me perturbava. Foi assim até acordar.

Jogo típico de final de época

Benfica e Olhanense empataram a uma bola em Olhão num jogo que já nada significava para o Benfica.

Um empate dava aos algarvios e a mais uma mão cheia de equipas a garantia de manutenção na Superliga da próxima época.

Jara voltou a fazer o gosto ao pé. Para a próxima época, o meu jogador favorito do Glorioso prometerá ser o melhor marcador do Campeonato.

Foi nos minutos finais que o recém entrado Djalmir apontou o golo do empate do Olhanense e acabou por encher de alegria os adeptos da sua equipa e de algumas equipas rivais que se livraram assim de um cenário remoto mas matematicamente possível de ainda poderem ser despromovidas.

“Fúria Divina” (impressões pessoais)



Depois de muito ter ouvido falar desta e de outras obras de José Rodrigues dos Santos, eis que aproveitei o facto de possuir esta obra para a ler.

À partida, a extensão deste livro desencorajava-me a lê-lo assim nos dias de trabalho mas a experiência recente diz-me também que estes livros maiores ainda são mais interessantes e por vezes lêem-se mais depressa do que livros mais pequenos, com letras mais pequenas e histórias menos interessantes. Recordo que demorei apenas um mês a ler os livros da saga “Luz E Escuridão” que são, cada um deles, da mesma grossura deste.

Querem mesmo saber quanto tempo demorei eu a ler esta obra? Uma semana. Estou a falar a sério. Demorei apenas uma semana a ler este livro.

Em primeiro lugar, tive mais tempo para a leitura por estar de férias e porque me era impossível dactilografar alguns textos devido às fortes trovoadas que se têm abatido sobre a região. Em segundo lugar, a obra despoletou em mim grande interesse e por isso era um prazer continuar a ler sem parar.

Está bom de ver que faço um balanço positivo desta leitura e ela acabou por ser agradável e interessante.

Está de parabéns José Rodrigues dos Santos ao ficcionar uma história que poderá muito bem acontecer um dia, ao enquadrá-la no contexto dos nossos dias e ao nos dar as bases para melhor compreendermos o comportamento dos fundamentalistas islâmicos.

Tudo o que foi escrito neste livro sobre os fundamentalistas islâmicos já eu sabia de forma superficial. O que eu desconhecia eram as passagens do Alcorão que os guiam espiritualmente e os incentivam a cometer todos esses actos horrendos que temos vindo a assistir na última década.

A estrutura do livro está muito bem conseguida. Ao mesmo tempo que se aborda a investigação dos factos, da construção da bomba atómica por parte de um fundamentalista islâmico, é contada a história do protagonista. Isso é uma estratégia muito boa para prender o leitor e comigo resultou na perfeição.

Em suma, adorei ler esta obra. O prazer da leitura e o conhecimento estiveram de mãos dadas. Pode~se dizer que o enriquecimento cultural no final da leitura foi imenso.

P.S: Um dia depois da leitura desta obra, o Mundo recebeu a notícia da captura e morte de Osama Bin Ladem no Paquistão por tropas americanas.

O quarto dos marroquinos

Este é um sonho deveras curioso. Provavelmente a origem vem do livro que eu ando a ler.

Sonhei que fomos a uma excursão. No final da tarde, já no regresso, parámos para a habitual merenda mas eu e a minha mãe resolvemos ficar dentro do autocarro.

A ala masculina do grupo estava a demorar uma eternidade a regressar e foi por isso que nós saímos à procura deles. Provavelmente ainda estavam a fazer o tradicional raide pelas tascas, tão do agrado aqui do pessoal das redondezas.

Seguimos na direcção de onde ouvimos o inconfundível som de animadas vozes masculinas. O espaço era aberto. Era uma espécie de adega ao ar livre, com aqueles buracos onde se costumam enfiar as garrafas deitadas na horizontal. Ali, em vez de garrafas, estavam garrafões daqueles de cinco litros. Alguns deles estavam sem rolha e sujos de vinho tinto, sinal de que tinham sido despejados recentemente. O odor a vinho fresco era extremamente forte.

Estávamos nós a apreciar o local quando um jovem marroquino se abeirou de nós e nos pediu ajuda para socorrer um amigo que estava bastante doente na cama. Provavelmente seriam imigrantes ilegais e sem meios de viverem com dignidade.

Seguimos o jovem por uma ruela estreita, escura e onde quase não dava para passarem duas pessoas lado a lado. O caminho também era um pouco sinuoso.

Entrámos numa espécie de barraca sem porta e apenas com uma divisão que era o quarto deles. Tratava-se de uma divisão escura, minúscula, a abarrotar de tralha e onde grassava a completa desordem.

Só ao canto de uma parede é que se vislumbrava um colchão onde parecia estar alguém deitado com os olhos fechados e imóvel. Alguém que parecia estar bastante debilitado.

Acordei.

Wednesday, May 25, 2011

Storm, April, 29 2011



This is my viddeo about the storm. The rain was so strong and almost came in.

Final portuguesa, com certeza

Porto e Benfica estão em vantagem para alcançarem a final da Liga Europa a decorrer em Dublin no próximo dia 18 de Maio.

Depois de ter sofrido um golo nos instantes iniciais, o Porto acabou por cilindrar o Villarreal por 5-1. Destaque para Falcao que voltou a mostrar a sua veia goleadora.

O Benfica já teve mais dificuldades e apenas venceu o Braga por 2-1. Tudo se irá decidir na próxima semana na cidade dos arcebispos.

Desculpas de mau pagador por não ter um Messi



O Barcelona venceu o Real Madrid por 0-2 em jogo escaldante, com casos, emoção e bom Futebol.

Este clássico da Liga Espanhola, agora transferido para a Liga dos Campeões, foi vivido com grande intensidade e jogadas de perigo de parte a parte durante a primeira parte.

Ao intervalo já se registavam incidentes que resultaram na expulsão do guarda-redes suplente do Barcelona. Não iria ser o único a lhe ver apontado o caminho dos balneários. A segunda parte seria fértil em emoções à flor da pele.

Mourinho já devia estar farto de saber que Pepe é um jogador muito impetuoso, a quem os árbitros dão pouca tolerância, com o argumento de proteger o espectáculo e os bons jogadores desses outros jogadores que estão ali só para destruir tudo o que de bonito eles tentam construir.

Agastado com a expulsão de Pepe, Mourinho fez notar o seu desagrado de forma mais intensa e o árbitro indicou-lhe imediatamente o caminho da bancada.

A partir daí, assistiu-se a um jogo totalmente diferente. Liberto das garras de Pepe, e com a companhia de Afellay, Messi abriu o livro e marcou dois belíssimos golos com que o Barcelona venceu o seu eterno rival.

No final do encontro, José Mourinho disparou em todas as direcções e interrogou-se sobre tudo e mais alguma coisa. Só lhe faltou perguntar porque é que o Real Madrid não lhe conseguia um jogador igual ao Messi. É simples. Messi é único.

Se houvesse medalha para o último

Decorreu esta quarta-feira o Campeonato da Europa de juniores do Maxithlon. Nesta prova que decorreu no País Basco estivemos representados com três atletas que conseguiram uma prestação modesta.

A primeira a entrar em acção foi a saltadora Carlota Semedo que não foi além de um vigésimo e penúltimo lugar com uma modesta marca de 6.55 no Triplo Salto. A atleta atribui esta má prestação ao cansaço de ter competido no Sábado também porque a colega que poderia substituí-la se encontrava doente. A vencedora desta prova foi a suíça Ghislaine Wuthrich com 7.98 metros-um centímetro atrás da portuguesa Luzia Aleixo que alcançou a prata.

Aquém da sua marca pessoal esteve também Ernesto Botas nos 1500 metros, tendo conseguido apenas o décimo nono tempo com 4.39.63. Apesar de ainda terem ficado cinco atletas atrás dele, o nosso atleta atribui esta menor prestação a um erro táctico que o impulsionou logo para a frente nos primeiros instantes da corrida. A falta de experiencia tem destas coisas. Refira-se que a medalha de ouro foi para um atleta italiano de nome Amos Di Cecco que conseguiu apenas mais cerca de catorze segundos do que o nosso atleta. O equilíbrio dominou esta prova.

Gustavo Osório participava nos 3000 metros obstáculos e nos 800 metros. Ainda por cima as provas eram seguidas, tendo apenas a prova dos 3000 metros obstáculos feminina para descansar. Só assim se justifica o último lugar nos 800 metros. Mas vamos por partes. A prova de obstáculos até correu bem ao nosso atleta, tendo conseguido um brilhante décimo segundo lugar de entre vinte e dois atletas, apesar de não ter melhorado a sua marca pessoal. A prova foi dominada por dois atletas alemães do princípio ao fim. Eles conseguiram as duas medalhas dos lugares mais altos do pódio.

Pior correram os 800 metros para Gustavo Osório em virtude do desgaste sofrido na prova anterior e do pouco tempo que teve para recuperar. Ele que até é especialista nesta distância. Gustavo ainda pensou desistir porque os últimos instantes foram feitos debaixo de extremo cansaço mas concluiu a prova, apesar de último classificado com uma mara de 2.20.31. Tal como aconteceu na prova anterior, o pódio desta também foi ocupado por dois atletas alemães e um italiano, com a vitória a sorrir a um alemão, a prata ao italiano e o bronze a outro alemão. Pelos vistos, Itália e Alemanha dominam o meio-fundo masculino europeu.

Para o ano haverá um Mundial. Depositamos esperança no apuramento da fundista Lúcia Bulhão que não esteve presente por pouco nesta prova, no saltador Jaime Cerqueira que tem de rodar e não fazer só salto com vara, nos velocistas Marília Brandão e Hilário Aguiar e talvez no fundista Severino Montenegro, apesar de ainda ser muito jovem para estas próximas competições. Depois pode ser que surja alguém ainda das captações que tão bom resultado têm dado por aqui. São atletas com dezassete anos que já não recebem treino de academia e surgem assim do nada. Foi o caso este ano do Gustavo Osório.

Às voltas com o Excel

Estava um belo dia de sol. Apetecia dar uma longa caminhada mas infelizmente tinha muito que fazer.

Tal como prometi, iria dar uma revisão ao Excel. Vai ser uma ferramenta fundamental nas minhas novas funções. Digamos mesmo que vai ser a base do meu trabalho. E eu que já me esqueci de grande parte do que aprendi sobre essa aplicação!

Segundo parece, vou trabalhar quase de certeza com uma das últimas versões- o que só vai complicar a vida- mas não há-de ser nada.

Por aqui tenho o Excel 2003, julgo eu. Sempre dá uma ajuda. Resolvi criar um ficheiro sobre os meus atletas do Maxithlon, todas as suas características e habilidades para depois poder treinar os filtros. Eu até sabia trabalhar com isso mas esqueci-me.

E lá me entretive durante todo o dia. Uma tarde esplêndida lá fora e eu cá dentro a relembrar algumas das funcionalidades do Excel que me vão ser úteis. Anoiteceu e eu ainda a fazer experiências.

Quando lá chegar também vai haver outro obstáculo. Provavelmente os programas e aplicações estarão em Inglês.

Feliz e divertida Páscoa

Por aqui a Páscoa é à segunda-feira. O Domingo para nós é um dia normalíssimo.

Ao contrário dos últimos dias, esta segunda-feira acordou com sol e as temperaturas anteviam-se agradáveis.

Levantei-me tarde e já não deu para ir à missa na capela da aldeia. Vesti-me e fiquei a aguardar pela visita pascal. Este ano o meu vizinho é mordomo do Senhor e por isso é ele quem transportará a Cruz.

Ainda nada estava preparado em casa quando soou a campainha a anunciar a chegada da visita pascal. A minha mãe ordenou que se fosse primeiro a casa do meu vizinho. Como ele era mordomo, teria de haver uma paragem mais longa para a comitiva petiscar alguma coisa. Faz parte da tradição ser assim.

Também eu fui beijar a Cruz a casa dos meus vizinhos e esperei a comitiva já em minha casa.

A campainha soou com um barulho estridente que inflamava o ar. Era o meu vizinho que a transportava. Beijámos a Cruz e preparámo-nos para o faustoso almoço de Páscoa que estava previsto.

Estariam presentes muitos familiares e um casal amigo da minha irmã. A mesa estava posta na sala.

Quando os convidados começaram a chegar, a ideia de se transferir o jantar para a eira, aproveitando o agradável dia que estava, ganhou peso.

A ideia de se almoçar no exterior foi-se tornando mais sólida mas estava algum sol que batia fortemente numa das pontas das mesas que imediatamente foram carregadas por toda a gente e transferidas para a eira.

Estava criado o mote para a animação que se seguiu. Para se proteger a parte da mesa exposta ao sol, houve que deitar mão a todos os guarda-sóis e guarda-chuvas que havia lá por casa. Na passada quinta-feira, lembrando-me que podia apanhar chuva pelo caminho, comprei um enorme guarda-chuva com motivos de xadrez numa loja de chineses. A minha mãe logo começou a discutir porque não havia necessidade de comprar mais um chapéu tendo eu tantos. Mas eu esqueço-me deles. Isto de andar de cá para lá e de lá para cá tem dessas coisas. Então não é que esse chapéu veio a ser útil no almoço? Já por lá havia um parecido em casa. Faltava um chapéu para terminar a protecção da mesa e eu lembrei-me de vir buscar esse. Foi de extrema utilidade.

E segurar os chapéus lá em cima? Isso é que foi uma aventura! Ao fim de longo tempo a tentar fixar os chapéus, o almoço lá se iniciou.

Do menu constava canja de galinha, cozido à portuguesa e, como não podia deixar de ser, leitão à Bairrada. Depois houve inúmeras sobremesas, café e muita bebida. A animação reinou durante o almoço com a minha tia a merecer quase a totalidade das atenções. Sendo a mais velha e o único elemento vivo dos irmãos da minha avó, é natural que todos os mimos e manifestações de carinho vão para ela.

Os chapéus foram caindo um a um por cima dos convidados. Um deles caiu por cima de mim e um dos guarda-sóis acabou por esbarrar com o meu primo Miguel. O curioso é que os chapéus começaram a cair justamente quando a sombra ocupava já toda a mesa. Não eram mais precisos, logo se mandaram cá para baixo a pedir que os fechassem e os deixassem voltar aos seus tranquilos aposentos.

Toda a gente estava contente e satisfeita por tudo ter corrido bem. Um grande dia, este passado em família.

Tuesday, May 24, 2011

Procurava outra e achei esta



É a minha sina! Do que eu ando à procura raramente acho mas acabo sempre por encontrar algo que já procurei antes ou que já não me lembrava que tinha.

Neste caso achei aquilo que não contava que existia- uma música espectacular que passei o dia inteiro a ouvir.

Recuperar atraso do blog



Com os afazeres laborais e a natural falta de tempo, é natural que o blog sofra um atraso considerável. É esse atraso que estou a tentar recuperar nestes dias que estou mais folgada.

Num Domingo em que não há Futebol, há que aproveitar para pegar no caderno de rascunho, ir para o escritório- onde descansa o velho computador com a bonita idade de nove anos- e começar a desenvolver os tópicos rascunhados na encadernação que até é rosa-choque desta vez.

Conto até ao fim da semana ter o blog o mais actualizado possível. Leva um atraso de quase um mês. É uma vergonha mas o trabalho e a pouca disponibilidade a isso obrigam.

O tremendo disparate de Luisão

Em jogo disputado no Estádio Cidade de Coimbra, o Benfica conquistou pela terceira vez consecutiva a Taça da Liga ao vencer o Paços de Ferreira por 2-1.

Com a hegemonia do Glorioso nesta prova que já leva quatro edições (a primeira foi arrebatada pelo Vitória de Setúbal) há quem diga em jeito de piada que esta competição foi criada para o Benfica ganhar alguma coisa. Isso são esses invejosos dos lagartos a falar porque eles ainda devem estar á espera que seja criada uma competição para eles também, já que nem a Taça da Liga vencem. Tal competição teria de ter umas regras bem curiosas. Para começar, só equipas com camisolas verdes e brancas com riscas horizontais poderiam participar. No Futebol profissional só estou a ver o Sporting da Covilhã e a Naval mas a Naval já joga mais com uma camisola amarela. Se alargarmos a competição ao Futebol não profissional existem imensas colectividades que imitam o Sporting na cor das camisolas. Aí poderia vencer. E mesmo assim não sei se era certa a vitória do Sporting.

Voltando ao jogo...ou melhor...iniciando um pequeno resumo do que se passou em Coimbra, o Benfica apontou o primeiro golo bem cedo por intermédio de Jara.

Em desvantagem, a equipa do Paços de Ferreira partiu em busca do prejuízo mas Moreira (titular neste jogo) negou sempre o golo aos pacenses.

O árbitro assinalou uma grande penalidade contra o Benfica. Chamado a converter, Manuel José permitiu a defesa a Moreira. De regresso à baliza, o carismático guarda-redes do Glorioso mostrou a Jorge Jesus que é muito melhor do que o Roberto e o Júlio César juntos a defender a mesma baliza, se acaso isso fosse alguma vez possível num jogo. Foi um erro contratar Roberto e foi um erro não apostar em Moreira. O resultado seria outro com o guardião português na baliza.

Javi Garcia foi o autor do segundo golo do Glorioso. Foi com este resultado que se alcançou o intervalo.

O Paços de Ferreira encarou de forma enérgica os momentos iniciais da segunda parte. A pressão foi tanta que mesmo os jogadores mais experientes do Glorioso provavelmente se viram acossados, sentiram as pernas a tremer, um leve desconforto na barriga e provavelmente a bexiga a encher. A pressão foi tanta que o cérebro de Luisão parece ter parado completamente. Só assim se justifica o golo na própria baliza que o capitão do Glorioso cedeu assim de mão beijada à equipa adversária. Mas o que deu ao Jogador Numero Quatro do Benfica? O que passou por aquela lustrosa careca?

Estando o capitão de equipa completamente perdido, os colegas passaram também a demostrar toda essa intranquilidade. Foi o melhor período do Paços de Ferira que ainda ameaçou a baliza de Moreira por umas poucas de vezes e foi nessa altura que o guarda-redes do Benfica demonstrou que tinha condições de ser titular nesta equipa sem sombra de dúvida.

Jorge Jesus tem de reflectir sobre as opções que tomou para a baliza do Glorioso esta época e tem também de dizer aos jogadores que não poderão jogar com tanta displicência contra o Braga na próxima quinta-feira. Se jogarem assim estão tramados e lá se vai a conquista da Liga Europa.

A sorte do Benfica foi a quebra física dos jogadores do Paços de Ferreira que, naturalmente, não aguentaram o ritmo frenético que impuseram nos instantes iniciais da segunda parte. Se assim não fosse, o Benfica sujeitava-se a sofrer dissabores.

Mais uma Taça da Liga levantada pelos jogadores do Glorioso. Todo o plantel rejubilou com esta conquista. Até os lesionados fizeram questão de estar presentes no palanque. Salvio, operado a uma fractura no dedo do pé, apresentou-se mesmo em canadianas. Ele que tanta falta nos tem feito.

Quinta-feira as emoções estão de regresso e as preocupações também. O Braga é só um pouquinho mais difícil do que o Paços de Ferreira. Só isso.

Monday, May 23, 2011

“A Balada Do Subúrbio” (impressões pessoais)



A nossa viagem literária leva-nos agora aos subúrbios de Lisboa com José Vegar. Trata-se de uma espécie de romance policial à portuguesa em que é fielmente relatada a criminalidade suburbana, a burocracia excessiva no nosso país e a promiscuidade dos autarcas nacionais.

Sanches é um antigo funcionário dos serviços secretos que ainda nutre uma paixão pela investigação. Para manter vivo esse bichinho, alugou um gabinete dos fundos numa pastelaria e é ali que trabalha. Um dia recebe a visita de um americano que o coloca a par do antiamericanismo que se tem vindo a verificar na periferia de Lisboa.

O americano contrata os serviços de Sanches, este coloca-se em campo para investigar o que se passa. Ao longo do seu périplo pelo bairro, Sanches vai esbarrando com o excesso de zelo e com questões burocráticas absurdas que são, no fundo, situações normais na realidade portuguesa. Há quem diga que não evoluímos por causa de todos estes pormenores absolutamente desnecessários.

No jornal Sanches depara-se com o estranho afastamento da jornalista Maria Oliveira da redacção do jornal local- ela que se debruçava sobre a criminalidade juvenil no bairro. O estranho encerramento da McDonald’s do bairro também deixou o nosso detective intrigado.

Usando um pretexto inventado pelo seu cliente americano que consistia na parceria entre uma instituição americana de recuperação de jovens delinquentes e a do bairro que apresentasse melhores resultados, o detective deslocou-se à autarquia e teve conhecimento do fiasco que era o projecto camarário e que consistia em desprogramar os jovens, tirar-lhes todas as suas referências sociais e culturais para que eles se libertem das más influências.

Quando Maria Oliveira contactou Sanches, deu-lhe a conhecer a história de um antigo delinquente de nome Kamikaze e depois deu a conhecer o projecto desenvolvido por este para dar aos jovens alternativas para o futuro. Era, portanto, um programa concorrente do da autarquia e era o eleito dos jovens. Ali eles podiam dar azo à sua veia artística, compor música, escrever, praticar Desporto e muito mais. O único contratempo prendia-se com o facto de o projecto ser financiado pela produção e venda de pastilhas de ecstazy.

Tal como aconteceu com a autarquia, Sanches apresentou a Kamikaze a sua instituição fictícia que estava disposta a financiar o projecto. Kamikaze aceitou mas foi assassinado algumas horas depois, alegadamente num ajuste de contas devido ao tráfico de droga.

Na verdade não foi isso que aconteceu. O jovem africano terá sido morto por polícias que já estavam de conluio com a autarquia por causa da concorrência dos projectos de integração dos jovens.

Sanches descobriu essas relações pouco éticas que a autarquia mantinha. Os mesmos polícias que eliminaram Kamikaze foram os mesmos que irromperam pelo McDonald’s e ordenaram o seu encerramento a mando da autarquia que enviou uma familiar de um dos autarcas para armar um escândalo sobre a qualidade da comida da cadeia de fast food americana.

Ainda falta muito a qualquer escritor português para conseguir um romance policial com acção e suspense como os escritos pelos autores internacionais. Muito fraquinho mesmo. Pode-se dizer que é o típico romance policial português.

O escritor português com algum potencial em matéria de acção, suspense e conquista do leitor do princípio ao fim de um livro é este que agora passo a ler de seguida. Será a primeira obra de José Rodrigues dos Santos que irei ler mas a crítica em relação a esta obra é muito positiva, o enquadramento histórico e político também serve para tornar esta obra interessante. A seguir vou ler o livro “Fúria Divina”.

No País Basco sem objectivos

Mais três juniores do nosso clube no Maxithlon atingiram mínimos para o Campeonato Europeu de Atletismo do Maxithlon que se disputa na próxima quarta-feira, dia 27 de Abril, no País Basco.

Os jovens Ernesto Botas (1500 metros), Gustavo Osório (3000 metros obstáculos e 800 metros) E Carlota Semedo (triplo salto) são os nossos heróis. A decepção foi Lúcia Bulhão. A nossa fundista não se qualificou por muito pouco mesmo mas ainda tem mais um ano de júnior para se qualificar, se bem que seja um pouco mais difícil por se tratar de Mundial e não de Europeu.

Ernesto Botas e Gustavo Osório são dois excelentes meio-fundistas. O terceiro dos nossos jovens do meio-fundo -Bento Cadete- chegou também a estar nos lugares de qualificação mas não conseguiu melhorar mais a sua marca. Especialista em 1500 metros, Ernesto Botas irá apenas dar o seu melhor e não se preocupar com as medalhas.

Para as outras duas provas do meio-fundo qualificou-se Gustavo Osório. Captado apenas esta época, com muito pouco tempo de prática de Atletismo, este atleta de dezassete anos conseguiu apuramento para os 800 metros (a sua prova favorita) e 3000 obstáculos- prova que normalmente é feita nas competições nacionais por Bento Cadete. Como houve a preocupação de trocar estes três jovens de prova ao longo da época, o Gustavo conseguiu obter melhor marca do que o seu colega que aparentemente é especialista neste evento.

O mesmo se passa com a única menina apurada. Carlota Semedo é a primeira atleta das chamadas disciplinas técnicas a conseguir mínimos. Os resultados exigidos nos saltos e nos lançamentos são muito rigorosos mas Carlota Semedo, graças a uma ocasião em que se aventurou no triplo salto, conseguiu apurar-se para essa prova. Normalmente essa prova é atribuída a Eduarda Castelo nas provas nacionais, cabendo à Carlota o salto em comprimento. Foi surpreendente o apuramento desta atleta para esta prova e por isso não se está à espera de grandes resultados.

A não perder na próxima quarta-feira a prestação dos nossos atletas no Europeu de Juniores a decorrer então no País Basco.

Falso alarme

Afinal não foi ainda hoje que iniciei o meu trabalho. Tinha de ser! À sorte que eu tenho...

Parece que houve um problema com o acesso aos dados do computador e a formação que estava prevista acabou por ser ministrada de forma alternativa.

As primeiras impressões são positivas. Estando minimamnte familiarizada com as tarefas que vou desempenhar, até vai ser um trabalho interessante. A responsabilidade vai ser maior, estou ciente disso, mas de tudo irei fazer para dar o meu melhor.

Como vou usar muito o Excel, irei relembrar um pouco essa aplicação que já está esquecida porque eu, sendo uma pessoa que só escreve texto corrido, naturalmente não a utilizo muito.

Ainda entrei em pânico com a eventualidade de voltar para onde eu estava no dia seguinte. Eu, que tinha combinado ir para casa nesse mesmo dia para não apanhar os feriados e a confusão que as anunciadas greves de transportes podem causar.

Um pouco caídas do Céu, surgiram umas férias inesperadas de uma semana que já me irão dar para passar a Páscoa descansada, para relembrar um pouco de Excel e para actualizar o blog.

Porcaria de sonho

Iria ser um dia muito importante na minha vida. Seria oficialmente o primeiro dia de trabalho nas novas funções. Os sonhos tiveram, forçosamente, de reflectir essa realidade.

Lembro-me de ter acordado sobressaltada a meio da noite mas não me lembro do que motivou tal situação.

Vamos passar a descrever a desordem, a sujidade, a imundice que grassava num local que em nada se assemelhava a algo que eu na realidade conheço. Era ali que iria trabalhar e uma adjunta do meu antigo local de trabalho acompanhava-me nesta espécie de visita guiada para conhecer os cantos a uma casa que não primava pelo brio e pelo asseio.

À medida que o espeço me era apresentado, pude constatar que as colegas tinham deixado tudo sujo, tudo gorduroso, tudo desarrumado, água no chão...

O talho que devia estar limpo e asseado apresentava uma água ensanguentada no chão. Ao contrário do descrito no pesadelo “Estrada sangrenta” ali era mais água do que sangue. Era o resultado da lavagem de carne ou dos utensílios para o seu manejamento. Tal como no pesadelo do acidente, também ali sentia aquela água a molhar os meus pés. Que significará este pormenor que já me surge em dois sonhos?

A adjunta do meu antigo local de trabalho conduziu-me através de umas portas rolantes até um espaço no exterior do edifício. Depois entrámos novamente por outra porta e fomos dar a um espaço que parecia ser uma cantina de um infantário. Havia banquinhos de plástico muito pequenos e coloridos, próprios para as crianças muito pequenas se sentarem. Também ali a limpeza não era palavra de ordem. A arrumação também não.

Tudo ali estava pegajoso, desarrumado e molhado. Nem havia um local limpo onde uma pessoa pudesse apoiar-se ou mesmo sentar-se. Uma porcaria.

Acordei algo intrigada mas a ânsia de me preparar para este novo desafio falou mais alto.

O Porto está a jogar muito

Quando se pensava que o Benfica tinha presença garantida na final da Taça de Portugal, fruto da vitória por 0-2 no Estádio do Dragão, o Porto conseguiu inverter a situação de forma espantosa.

Como benfiquista tenho de admitir que o Porto está de, facto, a fazer grandes exibições e a conseguir excelentes resultados de forma irrepreensível. Apesar de um ou outro benefício por qualquer erro de arbitragem, não sãos os homens do apito que devem ser responsáveis pelas excelentes prestações de João Moutinho, Hulk ou Falcao. Cada um destes jogadores marcou o seu tão merecido golo.

André Villas-Boas pediu aos jogadores para se transcenderem neste jogo e eles assim fizeram. Aquela segunda parte dos nortenhos é algo simplesmente espectacular. Só mesmo o querer e a luta dos portistas proporcionaram uma reviravolta quase milagrosa. A julgar pelo relato que me chegava através da rádio, o Porto encheu as medidas no Estádio da Luz e merece inteiramente estar na final da Taça de Portugal.

O Benfica ainda apontou um golo por intermédio de Cardozo mas os três golos marcados fora pelo Porto foram decisivos.

Refira-se que em Espanha o Real Madrid conquistou a Taça do Rei ao vencer o Barcelona por 1-0. O golo foi apontado por Cristiano Ronaldo.

Foi mesmo o último dia de trabalho

Partia para esta quarta-feira com a incerteza a assolar-me o espírito. Estava em causa passar uma Páscoa tranquila na companhia dos meus familiares e amigos ou viver o sobressalto de ficar a trabalhar na sexta e no sábado e deparar-me com mais uma greve dos comboios e sujeitar-me a nem sequer poder ir para casa.

Estava algo nervosa e deprimida por causa dessa questão. Malditas greves dos comboios! Esta gente anda a fazer greves a mais e só prejudica quem não tem culpa. Concordo com quem diz que as greves dos transportes e da saúde vão contra a Constituição por estarem a violar os direitos dos cidadãos. Se viesse uma lei a proibir a greve dos transportes eu fazia uma festa!

Foi a meio da manhã que recebi o telefonema que me encheu de esperança. Iria iniciar as minhas novas funções no dia seguinte e assim poderia ir para casa no autocarro sossegada da vida e assim passar quatro dias em casa sem me preocupar mais com as deslocações.

Este foi, portanto, o meu último dia de trabalho. Há agora que fazer um balanço. No geral, a experiência foi positiva. Preocupei-me sempre em dar o meu melhor e até em tentar fazer o impossível. Tenho a consciência de que só não fiz mais porque não pude.

De negativo guardo, em primeiro lugar, a fraca acessibilidade em termos de transportes que é um entrave a qualquer pessoa que não tenha veículo próprio. Na minha opinião, se querem continuar com o protocolo de integração para deficientes visuais- que eu acho muito bem que continuem- ou têm de ali colocar pessoas que tenham familiares que as levem e tragam, ou não pode ser ali. É muito difícil arranjar autocarros para flexibilizar o horário.

Outro aspecto negativo prendeu-se com a incompreensão e falta de tolerância que algumas pessoas demonstraram e que sempre vinha ao de cima quando se sentiam pressionadas. Tal pressão e tais angústias sempre eram descontadas em cima de mim e foram muitos os dias em que saí magoada com coisas que ouvi por acaso ou que me disseram. Isto é um mal geral do povo português, infelizmente, e não é só do local de trabalho. Há pessoas que são mais abertas à diferença e há outras que simplesmente espelham os comportamentos da sociedade em que estão inseridas.

De positivo guardo a camaradagem com algumas poucas colegas. Sou uma pessoa difícil de integrar e ali senti mais dificuldade por conviver com pessoas com interesses completamente diferentes dos meus. Mesmo assim deu para conviver com algumas colegas que me compreenderam melhor e não deixaram de me apoiar quando as coisas estiveram difíceis.

Peço desculpa por alguma coisa que terá corrido menos bem e desejo a todos votos de boa sorte.

Foi um prazer!

Wednesday, May 11, 2011

Matando e roubando pelas crédito do popozinho pago

É sempre um prazer regressarmos ao Texas. Já lá estivemos pelo menos umas duas vezes e foram duas experiências enriquecedoras. Pode-se mesmo dizer que não somos as mesmas pessoas sempre que de lá voltamos depois de mais um memorável apontamento de reportagem.

Ouvi dizer assim por alto que a nova coqueluche das televisões americanas era um concurso em que participavam pessoas com problemas para saldar as prestações do carro. Mediante respostas certas a uma série de perguntas, o cidadão de bolsos vazios (não é só cá em Portugal que os bolsos estão pelas ruas da amargura), têm automaticamente o que resta do carro pago.

No Texas (estado com umas leis muito próprias relacionadas com armas) assiste-se a uma variante desse concurso. Para se ver aquele carro pago, basicamente tem de se roubar outro e semear o pânico pelas ruas.

Fomos espreitar. Tinha de ser! Damos connosco numa rua onde há grande aparato. Um aglomerado anormal de gente junta-se em redor de um edifício. A polícia está presente e as televisões também responderam à chamada com grande pompa e circunstância.

Vemos um senhor engravatado a empunhar um microfone a abordar uma mulher de meia-idade. É Sue Johnson, quarenta e dois anos, desempregada, divorciada e mãe de quatro filhos. Para além de ficar sem o seu carro, também corre o risco de ver a casa esvaziada dos seus bens ou mesmo de ficar sem a própria casa porque deixou de ter condições de poder pagar os créditos que contraiu no tempo em que ainda era casada e em que trabalhava.

O apresentador abeira-se da “concorrente” com um capuz negro nas mãos e uma arma. Pergunta à concorrente se está preparada para o desafio das ruas. Á sua espera está uma potente moto que vai ser usada por Sue no roubo por esticão que vai efectuar. E é se não quer ficar sem o carro que tanta falta lhe faz, quanto mais não seja para ir ao McDonald’s mais perto de sua casa que fica a cerca de quinhentos metros.

Visivelmente nervosa, Sue coloca o capuz e o capacete, experimenta o motor da moto com duas ruidosas arrancadas e desaparece ao dobrar da esquina. Imediatamente atrás segue um carro de exteriores que tudo vai filmar. O concurso está a ser transmitido vinte e quatro horas por dia num canal da TV Cabo lá do sítio e pode ser visto por quem acha piada a essa espécie de concursos.

Através de um ecrã colocado nas imediações do mesmo edifício onde inicialmente nos encontrávamos, podemos ver a moto negra a deslizar a grande velocidade demasiado junto aos passeios. Há pessoas que se arredam à sua passagem. Sue espera a oportunidade de cometer roubo por esticão.

Dez minutos depois, Sue consegue surripiar uma carteira a uma de duas amigas que se passeavam calmamente pelo passeio. Imediatamente coreu para a zona do concurso para mostrar o resultado do seu assalto. A carteira não tinha dinheiro, apenas um cartão de crédito que não tinha código.

Sue deixou a moto e resolveu partir a pé de arma na mão. Lá partiu na direcção oposta à que tomou quando partiu de mota. De arma em riste e gorro enfiado na cabeça, a concorrente aproveitou as características de uma rua cheia de esquinas e recantos escondidos para se ocultar á espera das suas vítimas. Um idoso passou junto dela com uma bolsa que Sue lhe arrancou sem dó nem piedade. Quando a vítima tentou reagir, a concorrente empunhou a arma e ele logo recuou.

Sempre de arma em riste, Sue entregou ao apresentador o resultado dos seus assaltos. Para além da bolsa, havia duas carteiras de senhora e uma mala com um computador portátil. Foi o suficiente para ver a dívida do carro saldada.

Passemos para o concorrente Andy Childs que vai assaltar um banco e fazer reféns quantas pessoas lá estiverem dentro. Andy é um jovem de vinte e oito anos que tem ainda de pagar os estudos superiores que se encontra a frequentar. O seu fanatismo por automóveis de alta cilindrada levou-o a adquirir um carro desportivo de marca. Agora vê-se e deseja-se para cumprir as prestações da viatura. A possibilidade de vir a ficar sem a sua bomba amarela leva-o a fazer de tudo. O desespero é tanto que o levou a inscrever-se neste concurso. Estará disposto a matar só para continuar a passear pelas ruas no seu vistoso popó.

A Andy também é entregue uma arma, desta vez uma metralhadora, e um capuz. Ele só tem de se dirigir ao banco de cara tapada, empunhando a arma e tem de assaltar. Há uma dependência bancária a cem metros dali. O concorrente vai a pé. Pelas portas envidraçadas do edifício dá para ver que se encontra ali muita gente. Talvez não seja necessário fazer reféns mas o montante da dívida obriga ao rigor da prova. Há que fazer reféns e ponto final.

Sem experiência no ramo do crime e com um nervoso miudinho que já lhe afecta o aparelho digestivo, Andy acaba de transpor timidamente as portas envidraçadas do banco. Por ironia, trata-se da mesma instituição que lhe concedeu o crédito para o carro. Não sei se alguém pensou nisso ou se foi mero acaso.

Já se ouvem gritos histéricos vindos da direcção do banco. Já há pessoas debaixo das mesas e funcionários debaixo dos balcões. Homens de gravata em desalinho tentam colocar enormes malas negras em cima dos balcões. O concorrente empunha a arma. Há uma velhinha já desmaiada no chão. Ele arrasta-a e encosta o cano da arma ao seu pescoço. Já se ouve ao longe o murmúrio dos carros da Polícia.

Ouvindo a Polícia a aproximar-se, o concorrente ameaça matar toda a gente se acaso as forças da ordem irromperem pelas instalações do banco adentro. A Polícia entra. O assaltante pega na arma e começa a disparar indiscriminadamente. Há mortos e feridos. Perto de duas dezenas de pessoas foram atingidas. A televisão entra e a Polícia vai-se embora quando lhe dizem que se trata de um concurso. Para além de pagarem o carro ao concorrente, ainda lhe oferecem outro melhor ainda pela bravura e impiedade demostradas durante o assalto.

Hal Baxter é outro dos concorrentes desta série a que assistimos. Tendo ficado desempregado devido a uma inesperada doença que lhe prolongou a baixa por mais de um ano, este viúvo de quarenta anos ainda se encontra a pagar o carro que foi destruído no acidente que vitimou a sua esposa há cerca de cinco anos. Para complicar as coisas, o concorrente ainda ficou com a filha pequena para cuidar. Conta com a ajuda dos pais e dos sogros mas eles recusam-se a pagar o carro.

A Hal é entregue uma arma branca e um capuz negro. A faca é enorme e de lâmina afiada. Intimida qualquer um. O desafio de Hal e simples; tem de ir ao outro lado da rua, ao parque de estacionamento e roubar um carro. Se o método for por carjacking, o concorrente sairá com um carro novo, uma vez que nem tem viatura própria. Desloca-se em transportes públicos, a pé e de bicicleta.

O parque está vazio de pessoas e apenas estão lá dois veículos estacionados- um encarnado e um cinzento. Nenhum tem as portas abertas. Há que esperar que cheguem os donos ou esperar que mais alguém ali venha estacionar.

Está a chegar uma carrinha branca de uma empresa. O concorrente pergunta aos responsáveis do concurso se aquela carrinha serve. Eles respondem afirmativamente. Com ar ameaçador, o concorrente abeira-se do condutor da carrinha que pertence a uma empresa de materiais de construção. Mandando o condutor ir para o banco do passageiro e tapando-lhe a boca com uma mordaça, Hal conduz a carrinha freneticamente em direcção a um descampado onde abandona a vítima e segue para junto da equipa do concurso. Foi um bom trabalho. Hal acaba de ganhar um carrito para as suas deslocações e fica com as dividas do antigo pagas.

De referir que o condutor da carrinha teve de apanhar três autocarros para voltar até ao lugar onde foi assaltado. A carrinha estava a uns metros dali junto à equipa de televisão.

E assim terminou a nossa reportagem que visou cobrir as filmagens de uma emissão do concurso que faz furor e ,ao mesmo tempo, semeia o pânico pelas ruas do Texas. Para o dia seguinte estava marcada mais uma ronda em que uma senhora aí com uns sessenta anos iria assediar um homem muito rico para conseguir dinheiro, um jovem iria burlar a primeira pessoa que encontrasse na rua e uma psicóloga iria hipnotizar um indivíduo, conseguindo tudo o que quer dele, inclusive o código do cartão de crédito. A não perder!

Nós é que não podíamos perder o avião e, com muita pena nossa, não pudemos assistir também à gravação destes episódios com bastante potencial para prender o telespectador.

Sunday, May 08, 2011

Aposentos

Do pouco que me lembro dos sonhos, há a realçar a presença de um gato preto fechado num dos currais de palha por suspeita de envenenamento.

Agora esta parte do sonho é bastante curiosa e parece ir de encontro ao que acima referi. Encontrei uma caneca de alumínio com água quente e água fria, sem que se misturassem. Era um indício da presença de alguma substância estranha. Alguém envenenava as coisas. Não era história.

Uma amiga minha que eu não me recordo já quem era queria ficar com o meu quarto, uma vez que me vinha embora, mas primeiro queria ver as observações nas facturas. Isso na realidade não existe.

A mim havia a apontar o facto de ouvir música alta de madrugada. As observações feitas a outras pessoas e contidas num livro com cópias de facturas iam de idas abusivas à casa de banho, ao gasto excessivo de água, até á presença de estranhos nos seus aposentos.

A minha amiga fazia questão de tirar fotocópias desses documentos para estudar posteriormente mas não era minha intenção ficar com nada disso.

Agora estou no meu quarto lá em casa. Pelos buracos do estore fechado da janela dá para ver o trabalho hercúleo da minha mãe e do meu vizinho para fazerem parar um trânsito infernal constituído por camiões e autocarros, na sua maioria.

Teka tinha atravessado a estrada sem que nenhum veículo a atropelasse. Agora a minha mãe e o meu vizinho esperavam-na mas ela não obedecia ao chamamento.

De referir que o gato preto que mencionei no início do sonho se chamava…Jara.

Pequenos fragmentos

Mais um post a descrever aquilo que a minha memória conseguiu reter quando acordei.

Lembro-me de um programa televisivo que dava por volta das sete da tarde. O programa era sobre Futebol. Os seus apresentadores eram jovens e divertidos e abordavam todos os assuntos de uma forma bastante curiosa.

Não menos divertido é Herman José que no meu sonho aparece…no meu quarto. Imaginem só, leitores que me seguem, que o humorista até me tinha oferecido umas cuecas de renda. Mau!

As cuecas eram cor-de-rosa. Devem ser parecidas com umas que me calharam na troca de prendas do jantar de Natal do meu local de trabalho. Parece que eu as tinha perdido. Era o mais certo! Ao valor que eu dou a esse tipo de coisas, o mais certo é arrumar como recordação mas esquecer-me do sítio onde as guardei.

Herman José achou as cuecas que me tinha oferecido. Estavam no meu quarto juntamente com inúmeras canetas.

Agora sonhei que o meu rádio se tinha partido todo. Apesar de estar reduzido a pequenos fragmentos, tocava na mesma. O chão do meu quarto estava coberto de pequenas peças do rádio e de canetas partidas. As mesmas de há pouco?

Sonho meu que se preze não pode passar sem uma alusão ás imediações de minha casa. Era quase noite quando vinha a correr desde casa da minha vizinha até minha casa, sempre a fugir de ver os faróis de um carro que se aproximava. O carro acabou por parar à porta da minha vizinha a perguntar se era ali que morava uma colega minha de trabalho. Aqui para nós, obviamente que não era.

O carro andou um pouco mais para a frente até parar também à minha porta. De dentro a minha mãe perguntou o que se estava a passar e eu expliquei-lhe que aquelas pessoas procuravam alguém que, obviamente, não morava nas imediações.

Depois desta louca noite de sonhos, havia que encarar mais um louco dia de trabalho.

Sente-se o tempo a mudar

Saturday, May 07, 2011

Benfica e Porto apenas cumprem serviços mínimos

Com a classificação na Supeerliga há muito decidida, Benfica e Porto continuam a gerir esforços. Esta semana não há Liga Europa mas há a segunda-mão da meia-final da Taça de Portugal ainda para discutir.

Na Luz, o Benfica voltou a apresentar a equipa de reservas que tem vindo a apresentar nas últimas jornadas. A primeira parte foi muito fraca. Apenas Carlos Martins alvejava a baliza dos aveirenses. O nulo registado ao intervalo era por demais justo.

A segunda parte foi mais movimentada. Afinal não é só o Cardozo que começa a fazer algo de jeito quando é insultado. Isso também funciona com Sidnei. Não deixou de ter piada. O central brasileiro tinha perdido uma bola de forma infantil. Os adeptos no Estádio da Luz já ensaiavam um coro de assobios dirigidos a ele, eu preparava-me para o insultar também...e eis que, poucos segundos depois, ele foi lá acima para apontar o primeiro golo do Glorioso. Imediatamente os adeptos guardaram a assobiadela que se começava a ouvir timidamente e eu tive de engolir os insultos.

Eu jamais insulto o jogador que marcou o segundo golo do Benfica- o Jara. Se ele faz algo menos bom, imediatamente arranjo desculpas que passam por ele estar cansado, por não estar a jogar no seu lugar de origem, por ainda ser jovem e não estar ainda adaptado...

Para que é que os jornalistas da TVI falaram antes do tempo do facto de ser a primeira vez que esta defesa de reservas do Glorioso terminou um jogo sem sofrer golos? É que o jogo ainda não tinha acabado e, assim vindo do nada, surgiu o golo do Beira-Mar. Foi um belo golo fruto de um remate de longe. O seu autor é que mal o festejou, provavelmente a lamentar não estar com a camisola encarnada do seu clube de origem vestida. Ele é jogador do Benfica. Naturalmente gostaria de marcar um golo semelhante naquele estádio cheio de gente e ser aplaudido de pé. Assim sendo, limitou-se a pedir desculpas ao “seu ” público que o compreendeu e ainda esboçou um aplauso perante a atitude sensata do jovem africano. Talvez num futuro próximo possa regressar ao Benfica e marcar um golo ainda mais bonito.

Mais para a noite estava marcado para o Estádio do Dragão um clássico sem o sal e a pimenta das grandes decisões. Só o Sporting está ainda a lutar por algo e inaugurou o marcador através de um remate de longe de André Santos. Apesar de a bola ainda ter desviado em Matias, o golo é atribuído ao jogador português.

O Porto chegou ao empate através do inevitável Falcao que consegue um golo de cabeça. O intervalo chega com um empate a uma bola.

Registe-se a lesão de Helton que poderá ser impeditiva de alinhar frente ao Benfica na próxima quarta-feira. O lance resultou de um choque do guarda-redes brasileiro com o seu companheiro Guarin.

Falcao ainda aponta mais um golo antes de dar lugar a Walter. Visivelmente mais magro, o avançado brasileiro marca o terceiro golo dos portistas.

Nos instantes finais da partida, Matias ainda consegue reduzir a desvantagem para o 3-2 final.

As lesões na cabeça e o Beira-Mar



Estava eu a escrever uns textos e, ao mesmo tempo, estava a ouvir a tarde desportiva na Antena 1. A certa altura chegou-me o relato inflamado por parte do jornalista da rádio que o guarda-redes do Liverpool estava gravemente lesionado e estava a ser entubado pelos socorristas.

Os jornalistas exageram muito ao relatar as coisas. Provavelmente estavam-lhe a colocar um daqueles dispositivos para ele não enrolar a língua, que é a primeira coisa que alguém faz quando fica inanimado. Explicaram-me isso durante a formação dos voluntários para o Euro 2004.

Minutos depois, o jornalista informa que o jogo está há muito interrompido e que a situação é arrepiante, com um jogador de campo do Liverpool (vendo bem, já não era o guarda-redes) ainda a ser socorrido dentro do relvado. Sendo um jogador de campo, para haver uma grande demora na assistência, a situação só pode ser grave. Segundo as leis do jogo, apenas o guarda-redes pode ser assistido dentro do terreno de jogo porque o jogo não pode iniciar sem a sua presença. Um jogador de campo só pode ser assistido no relvado caso se verifique uma situação de risco de vida iminente que impeça o jogador de ser retirado do local onde está. Tratando-se de um jogador de campo e não do guarda-redes (o jornalista da Antena 1 terá depreendido numa primeira fase que era o guarda-redes pela demora em reatar o jogo), a situação era grave mesmo.

Só quando o jogador foi finalmente estabilizado e retirado de campo é que o jornalista o identificou como sendo o defesa Jamie Carragher que abandonava o campo com um colar cervical. Nada mais soube sobre esse assunto. Após longa interrupção, o jogo foi reatado.

Chegou a hora de ver o jogo entre o Benfica e o Beira-Mar na televisão. O Beira-Mar! Relembrando o que se passou naquela tarde e o ambiente que se gerou, lembrei-me de uma tarde, escassos meses após a morte de Fehér, em que o guarda-redes do Beira-Mar Paulo Sérgio chocou com um colega de equipa, salvo erro, quando saiu da baliza para defender uma bola. Paulo Sérgio caiu mal e foi prontamente assistido por um colega de equipa, um central que estava por perto e que era checo, salvo erro. Até nem sei se foi com esse jogador que o guarda-redes chocou. Não me consigo lembrar do nome desse jogador mas parece que tinha alguma formação em socorrismo. Antes de os bombeiros se abeirarem da vítima, já o colega lhe prestava os primeiros socorros. A situação era tão grave, que a ambulância teve de entrar no relvado para recolher o guarda-redes aveirense.

Estava a ouvir o relato do jogo pela Aveiro FM. As recordações da dramática noite de Guimarães ainda pairavam na memória colectiva. O jogo já estava nos descontos quando se deu o incidente. A rádio aveirense assinalava os instantes finais do jogo sempre com a mesma música instrumental. Naquela tarde, aquela música parecia uma marcha fúnebre. Eu lembro-me perfeitamente disso. A voz embargada dos repórteres da rádio ajudava a compor o cenário.

Mais tarde vi as dramáticas imagens na televisão. A forma arrepiante como Paulo Sérgio caiu no relvado, o pronto socorro do seu companheiro, os socorristas a acorrerem para o local onde ele estava, a chamada da ambulância ao relvado, a retirada do jogador para o seu interior, o acompanhamento de perto feito pelo primeiro socorrista (o colega de equipa) que não o abandonou até ele entrar na ambulância e parecia estar a ser felicitado pelos bombeiros...

Paulo Sérgio continuou a jogar normalmente depois dessa tarde de Sábado. Provavelmente foi a pronta assistência do seu colega que lhe salvou a vida. Ele esteve sempre presente durante todo o processo de socorro do companheiro, aí se vê a matéria de que é feito um Ser Humano. Se a memória não me falha, esse jogador saiu em litígio com o Beira-Mar numa altura em que o clube aveirense estava em dificuldades.

Este foi o incidente mais grave que envolveu jogadores do Beira-Mar mas está longe de ser caso isolado. Outra situação mediática foi protagonizada pelo jogador argentino Maurício Levato num jogo no velho Estádio das Antas realizado a 23 de Fevereiro de 2003. Depois de chocar de cabeça com o central portista Ricardo Costa, o jogador da equipa aveirense caiu já inanimado na relva. Imediatamente se percebe que a lesão é grave, dada a imobilidade do jogador que ainda recupera os sentidos e ainda se tenta levantar dali, provavelmente semiconsciente. É notória a forma quase convulsa como o consegue. Também demoraram a transportar aquele jogador para fora das quatro linhas. Assim não dava mesmo. Tal só aconteceu, alegadamente, depois de o jogador perder novamente os sentidos.

Transportado ao hospital, nada de grave se confirmou para o jogador do Beira-Mar que alinhou sem problemas no jogo seguinte frente à Académica.

Ainda num jogo contra o Porto, salvo erro em Aveiro, o central do Beira-Mar Lobão teve de abandonar o jogo depois de, se a memória não me atraiçoa, chocar com um guarda-redes, penso que com o da própria equipa que era o francês Palatsi.

Dias depois, exibindo um colar cervical, Lobão deu uma entrevista aos jornais desportivos em que afirmava não se lembrar de nada do que acontecer. Em jeito de brincadeira, o brasileiro até usou a expressão “depois apagaram a luz”.

Recuemos mais ainda no tempo, até uma bela tarde de Domingo em que, num jogo com o Vitória de Setúbal, parece que o Beira-Mar teve de fazer três substituições forçadas (ou ainda não havia três substituições?). Já foi há tanto tempo que já não sei contar bem como foi. Penso que os dois centrais do Beira-Mar que eram Hugo Costa e Dinis chocaram ambos de cabeça e foram ambos parar ao hospital. Tenho uma ideia que o guarda-redes do Beira-Mar (Tó Ferreira) também se lesionou. Também não sei se foi no mesmo lance, se foi num lance em que saiu aos pés de um jogador do Vitória de Setúbal. De dois jogadores que saíram lesionados tenho a certeza. Mais tarde na televisão, sossegaram os amigos e familiares dos jogadores aveirenses lesionados, assegurando que eles se encontravam bem.

E está assim encerrada mais uma viagem pelas minhas memórias futebolísticas em que jogadores do Beira-Mar (que era o adversário de hoje do Glorioso) viveram situações embaraçosas e perigosas para a sua integridade em campo.

O jogador do Liverpool que originou esta minha viagem a estes momentos também não sofreu nada de grave. Foi mais o aparato do que outra coisa.