Desporto em força

Que bom! Um fim-de-semana cheio de Desporto e de pontos de interesse para mim. Começou ontem o Campeonato com o Sporting de Braga já a ganhar. Há a promessa de a Antena 1 acompanhar este ano mais jogos do que nos anos anteriores. Isso seria óptimo. Com a dispersão nos dias em que dão os jogos e com a falta de acompanhamento, fico baralhada. Na época passada houve jogos em que eu não soube dos horários e muito menos dos resultados. E ainda querem que o público acompanhe ainda mais a Liga que agora se chama Zon Sagres.

Nesta tarde de sábado sempre se acompanhou o jogo entre o Marítimo e o Vitória de Setúbal que se quedou por uma vitória forasteira do Setúbal no Estádio dos Barreiros. Um bom resultado, sem dúvida, para os pupilos de Manuel Fernandes.

Para a noite estava guardado um emocionante jogo entre o Sporting e o Paços de Ferreira. Paulo Sérgio regressou assim à Mata Real mas não foi muito feliz. Com jogadas de fino recorte, o filho de Agostinho Caetano- que ainda me lembro de ver jogar no Tirsense- deu imenso trabalho aos defesas do Sporting.

O Paços de Ferreira acabou por vencer com um golo pleno de oportunidade apontado pelo venezuelano Mário Rondon.

Na Volta a Portugal, David Blanco consolidou a sua quarta vitória na prova. Realizou-se um contra-relógio em Sintra que foi bastante emotivo. Não só houve a luta entre David Bernabeu e David Blanco pela vitória na Volta, como havia um ciclista da Rabobank que ainda poderia ter chegado à vitória da camisola da juventude. Sempre era um bom prémio para a primeira participação da Rabobank Continental na nossa competição velocipédica mais importante.

A lanterna vermelha já dificilmente poderia ser arrancada das mãos do Coen e, por isso, a Rabobank tinha de fazer algo mais nestas duas últimas etapas para que não andassem a dizer que a sua participação foi um fiasco. Ao longo dos últimos anos, aquela equipa tem tido a sorte de ter grandes ciclistas. Só que iguais àqueles não se fazem todos os dias. Era quase como no Futebol estarem a nascer Messis e Cristianos Ronaldos todos os dias. Houve, de facto, uma grande fornada de ciclistas e agora atravessa-se uma fase menos boa, como em tudo. Daqui não sairão Lars Boom’s, nem Kai Reus com fartura mas provavelmente sairão outros que, embora sem a mesma genialidade, serão grandes promessas. Ainda são muito jovens, pode ser que expludam mais tarde. Este Tom que está na luta pela conquista da camisola laranja parece ser um bom ciclista. Estando a lutar por esta classificação, foi o melhor da Rabobank. Todos tinham idade para lutar pelo prémio da Juventude. Esteve muito calor e isso para eles não foi nada bom. Fico sempre triste por ver a minha equipa a perder, neste caso os meus ciclistas tão atrás na classificação geral, mas também compreendo que foi como lançã-los à fogueira literalmente. Terão havido dias em que eles andaram com muito sacrifício e grandes dificuldades. Tudo isto vai fazer com que eles cresçam mais mas é difícil aguentar certas condições climatéricas.

Neste contra-relógio eles tentaram, de certa forma, redimir-se de tudo o que de menos bom foram obrigados a fazer. Vi aí uns dois ou três ciclistas nos lugares cimeiros da classificação daquela etapa. Sendo bons roladores, os holandeses são também grandes contra-relogistas. Ricardo Vilela acabou mesmo por perder a camisola laranja mas, para minha desilusão, ela não foi vestida pelo Tom. Houve um italiano da Lampre que acabou por arrebatar o título aos dois.

Sinceramente gostaria que ainda desse para um ciclista da Rabobank vencer a última etapa mas os homens da luta pela camisola dos pontos não vão dar hipóteses.