Wednesday, May 29, 2013

“Olha O Passarinho”- Terra A Terra (Música Com Memórias)



Estou sem palavras. Andava eu à procura de qualquer versão deste tema popular do Alentejo e vim justamente encontrar aquela que primeiro conheci e que há mais de vinte anos não ouvia. Aliás, eu pensava que esta era mesmo a versão original, se é que isso existe num tema tradicional.

Estamos em 1989. A minha avó tinha falecido há escassos meses e, apesar de o tempo estar melhor que nos dias de hoje, andava um pouco em baixo.

Para complicar um pouco as coisas, poucas estações de rádio estavam abertas. As rádios locais haviam fechado em finais de Dezembro e só tínhamos as rádios nacionais para ouvir.

Uma das rádios que mais ouvia era a Rádio Comercial que na altura tinha pouco ou mesmo nada a ver como a Rádio Comercial que todos conhecemos nos dias de hoje. Para terem uma ideia, este tema que hoje trago passava lá por volta dessas dez da noite. Não me lembro do nome do programa mas passava a seguir a um programa de discos pedidos chamado “Peça Que A Gente Passa”. Praticamente só se pedia música portuguesa. Naquele tempo não havia música pimba e o Emanuel até atendia artisticamente pelo nome de Américo Monteiro. No dia em que o Tony de Matos faleceu, os ouvintes só pediam temas dele. Eu lembro-me. Nesse dia estava no auge da minha tristeza e do meu desassossego interior. Lembro-me que este tema também passou nessa noite que ficou tão para trás no tempo.

Eu adorava ouvir esta música. Alegrava-me um pouco, não sei porquê. Um dia acordei de manhã depois de uma das raras noites em que dormi alguma coisa com esta música na cabeça. Depois nunca mais a ouvi até há pouco.

Foi uma grande surpresa ter encontrado isto logo à primeira, quando qualquer uma versão me servia. Estou completamente extasiada com tamanha proeza e por ter recuperado estes fragmentos da minha vida.


Feira do Livro (um antro de perdição de grandes dimensões)

Terminada que foi mais uma laboriosa jornada de trabalho, era hora de visitar a Feira do Livro 2013 que está a decorrer no Parque Verde do Mondego.

O que fazer quando a oferta de livros é imensa? Para mal dos meus pecados, tenho de seleccionar o que quero. O problema é ser difícil escolher, no meio de tanta variedade, o que realmente quero.

Para o ano já sei o que devo fazer, amealharei durante o ano inteiro para depois, quando abrir este antro de perdição (que é como eu chamo a qualquer local onde se vendam livros) poder comprar quantos livros de interesse me apareceram à frente.

Nem só de livros vive esse evento. Também se vendem iguarias e está também a decorrer uma feira de artesanato. Passa-se uma tarde agradável por lá.

Não sei ainda se vou lá voltar. Talvez Sábado, se estiver bom tempo como apregoam os meteorologistas.

Tuesday, May 28, 2013

“O Padre Negro” (impressões pessoais)



Viajemos agora até à Inglaterra de inícios do século vinte. Uma aldeia vive aterrorizada devido à aparição de um padre que terá sido assassinado há uns séculos atrás. Depois também há a permanente busca por um tesouro que ninguém sabe se existe ou não na realidade.

Edgar Wallace traz-nos um enredo que, à primeira vista, teria vários vilões e só duas personagens do lado dos bons – Dick e Leslie. Com o decorrer da história não será bem assim. Eu julgava que Arthur era um homem sem escrúpulos, um advogado cheio de dívidas, que gastou o dinheiro dos outros até ao último centavo nas apostas de cavalos e tudo perdeu. Seria capaz de vender a irmã ao homem que lhe acenasse com dinheiro para reparar as suas faltas.

Gilder e Mary tinham ar de conspiradores e de pessoas pouco confiáveis. Afinal Gilder apenas ama excessivamente Leslie mas ela ama verdadeiramente Dick que é o segundo filho de uma família aristocrata inglesa. Parece que no Reino Unido, naquela época, o primeiro filho era o único que herdava os bens dos pais e por isso Arthur desaprovava o romance de sua irmã Leslie com Dick.

No final dão-se uma série de acontecimentos estranhos com assassinatos, desaparecimentos misteriosos e o rapto de Leslie. Fica-se a saber que, tal como em todas as obras, só existe um vilão. Os outros eram só para baralhar.

No meu entender, esta história acaba por ser mais interessante à medida que se aproxima do fim. Durante mais de metade do livro nada se passou de relevante, a não ser o drama de Arthur de conseguir dinheiro para saldar as suas inúmeras dívidas. Dava a sensação de que os personagens se andavam a tramar uns aos outros. A intriga estava no máximo.

Gostei desta obra, embora tenha-a achado um pouco maçadora algumas vezes. O desenlace acaba por ser bem conseguido e isso faz com que eu a considere muito boa.

Já me encontro a ler uma obra escrita pelo nosso mais conceituado escritor contemporâneo. José Saramago pega num dos heterónimos de outro grande nome da literatura nacional e dá-lhe vida. “O Ano Da Morte De Ricardo Reis” é o livro que já me encontro a ler.

Thursday, May 23, 2013

U.S.S.R. – Eddy Huntington (Música Com Memórias)



Estava eu a ouvir música antiga, quando de repente passou este tema. Imediatamente a minha mente recuou até finais dos anos oitenta, aos arraiais da festa lá na terrinha.

Numa ocasião, o grupo que estava a animar o arraial tocava este tema muito bem. Toda a gente estava entretida a dançar. Como sempre, eu estava junto ao palco. A certa altura, a luz foi abaixo e, naturalmente, foi uma grande confusão.

Para ajudar à festa, um miúdo da minha terra que deveria ter aí uns quatro anos, entretinha-se a picar as pessoas com qualquer objecto. Nem imaginam a confusão que era ali às escuras!

A minha mãe apanhou-o. Lembro-me que ele usava uns calções de ganga e uma camisa de manga curta aos quadrados verdes e pretos. Alguém depois lhe tirou o que ele trazia para picar as pessoas na escuridão.

A luz no arraial estava sempre a faltar nessa noite. Foi realmente uma santa pândega.

Desde essa altura, sempre que ouço esta música, não me esqueço desse episódio dos meus tempos de infância.

Wednesday, May 22, 2013

“O Diabo” (impressões pessoais)



Para além de apreciar livros cheios de acção, de vez em quando também gosto de ler algumas obras como esta que nos leva numa viagem desde os tempos mais remotos até aos dias de hoje para nos apresentar como o Diabo foi sendo visto ao longo dos tempos.

A existência ou não desta entidade está envolta em controvérsia, tal como está a existência ou não de Deus. Serão duas entidades opostas, uma ligada ao Bem e outra ligada ao Mal e não existirão uma sem a outra.

Esta obra acaba por ser interessante porque nos leva até à época da caça às bruxas e nos dá a conhecer alguns mitos bem antigos dos quais nunca ouvimos falar. Eu gosto sempre de saber estas coisas.

Se eu acredito realmente que o Diabo existe? Nunca pensei sobre isso mas acho que já todos sabemos que o Ser Humano tem a sua personalidade e isso pouco tem a ver com Deus ou com o Diabo. Terá a ver com factores do mundo exterior ao próprio Homem ou com alguma perturbação mental. Apesar de ter grande curiosidade pelo sobrenatural e essa temática me fascinar bastante, não acredito piamente em demónios e em espíritos. Sei que existem algumas coisas para as quais não há explicação mas deve, certamente, haver alguma e não está na existência de espíritos ou do Diabo.

A nota que dou a esta obra é bastante positiva. A sua leitura foi bastante interessante e bastante enriquecedora sob o ponto de vista cultural.

Por falar em Diabo, em satanismo e outras coisas relacionadas com essa temática, penso que não nos vamos afastar muito dela. Vamos ler uma oba chamada “O Padre Negro”.

Boas sensações desde o começo




A caminhada neste fim-de-semana prometia ser de grande dificuldade, com o terreno muito acidentado e o mau tempo a ajudar.

Saímos de Coimbra bem cedo rumo ao Fundão onde havia a festa da cereja, apesar de as cerejas estarem ainda verdes.

Já chegámos ao nosso destino com algum atraso mas logo nos pusemos a andar e a enfrentar as agruras do terreno que só tinha subidas ou descidas. A temperatura estava agradável e eu sentia-me mesmo bem respirando aqueles ares do campo.

Ninguém pôde colher cerejas para as provar, estão ainda bastante verdes. À porta de uma casa, um senhor já de certa idade estendia-nos uma caixa com cerejas secas. Nunca tinha visto. Disse que eu podia encher as algibeiras mas eu apenas tirei um punhado delas e fui comendo. Mais à frente havia uma carrinha de abastecimento com água fresca e laranjas que também eram uma maravilha.

Logo de seguida, a parte mais difícil do percurso chegou. Enfrentámo-la com grande animação. Éramos muitos e vindos de partes tão distintas como Coimbra, Cartaxo ou Fundão (os que conheciam o terreno). Eu senti-me muito bem nestas subidas, apesar de serem duras.

Encontrei o meu próprio grupo que ia sensivelmente a meio. Muita gente estava mais à frente e também havia muita gente que tinha ficado para trás. Por ali seguimos a conversar e, sem darmos por ela, galgávamos quilómetros e aproximávamo-nos do final com alguma rapidez.

No final houve um almoço composto por arroz à valenciana, pudim, papas de milho e cerejas, claro está.

Foi uma caminhada agradável. Não choveu, não estava tanto frio como o que eu pensava encontrar e deu para recarregar baterias com os ares da Serra da Gardunha.

Tuesday, May 21, 2013

Festival Eurovisão 2013

Nem Bonnie Tyler, nem Cezar. A grande vencedora do Festival Eurovisão deste ano é esta. Apesar de não ser uma das minhas favoritas (naturalmente queria que ganhasse a Bonnie Tyler) esta vitoria está bem atribuída.



Podia ter ganho a Finlândia e isso eu não queria. Nutro pela representante finlandesa a mesma raiva que nutro pela Madonna. Certamente ela ficaria muito contente por ler isto. Digamos que é alguém que se arma muito. Ficou num merecido vigésimo quarto lugar.



Ficou em vigésimo lugar a música que para mim era a mais bonita do Festival. Era a canção da Estónia. Talvez o mal desta canção tenha sido o facto de não ter sido cantada em Inglês. Era excelente!



Cantar numa língua perceptível a todos fez a diferença ente a Estónia e a Rússia que levava uma música quase do mesmo calibre. Ficou merecidamente em quinto lugar.



Falo agora da Alemanha. Tal como fez o Reino Unido ao apresentar a conhecidíssima e aclamada Bonnie Tyler, também a Alemanha apresentou uma banda que também já galgou fronteiras. Não é isso que está em causa. O que se passa aqui é que este grupo é especialista em converter baladas que todos nós conhecemos para Disco. Não fazem nada de raiz e aqui aconteceu. Inspiraram-se e muito em Loreen a pensar que iam a algum lado. Ficaram-se pelo vigésimo primeiro lugar, que foi por causa das coisas. Para a nossa comentadora que meteu água, digo só que esta banda tem muitos sucessos Disco mas que a música “Rythm Of The Night” não é um deles. Essa música era cantada por Corona. Para passar isto à prática, apresento aqui a música que os Cascada levaram ao Festival Eurovisão e algumas das músicas que toda a gente conhece e que eles fizeram as suas versões. Os alemães sempre na frente!











As músicas em que eu apostava para vencerem desfilaram uma a seguir à outra. A Roménia ficou em décimo terceiro lugar e Bonnie Tyler ficou num imerecido décimo nono lugar. É estanho mas isto acontece ano após ano. O Reino Unido quase sempre leva cantores que nada têm a provar e ficam sempre lá para trás. E este ano não havia na final canções de países da Antiga Jugoslávia. Mesmo os países de Leste agora votam nos nórdicos. Mesmo na senda da música da actualidade, surgem jovens do Norte da Europa. É algo novo e isso viu-se até mais no ano passado do que este ano.





A seguir à lendária Bonnie Tyler actuou o bem verdinho representante da casa que começou logo a fraquejar aos primeiros aplausos que a plateia esboçou. Isso valeu-lhe ficar mal classificado. Se ele tem participado nas semifinais, não teria sido traído assim pelos nervos.



Depois de todas as canções terem desfilado, começaram as votações e cedo se percebeu que a luta entre a Dinamarca e o Azerbaijão ia ser árdua. Bem, primeiro ainda apanhei um susto porque vi muitos países a dar altas pontuações àquela que eu chamava “música da tasca” que era a música da Grécia que é extremamente parecida com uma que temos cá no burgo. Pelo menos a ideia é a mesma. Ora reparem!





Quando ainda faltavam cinco países para votar, a nossa comentadora julgou que, uma vez que estava encontrada a vencedora, já não era necessário os cinco países que faltavam votarem, imagine-se! Quer-se dizer: no ano em que nós organizarmos o Festival (aí para 2100) se uma canção for com um avanço considerável para a segunda classificada, acabam as votações e vamos todos à nossa vidinha, que amanhã é dia de praia. As pontuações que faltavam podiam não mexer com o primeiro lugar…mas podiam mexer com o último. Ninguém gosta de ficar nessa posição e este ano quem a ocupou foi a Irlanda. Sinceramente não percebi. Havia lá músicas piores e já falei aqui de uma que também, diga-se de passagem, não andou muito longe dos últimos lugares.



Ah, sabem quem ficou em penúltimo, já agora? Foi a Espanha. Pois é, sem nós, os Espanhóis não são nada na Eurovisão. Se, aos oito pontos com que ficaram fossem juntados os doze que eram garantidos que lhes daríamos se estivéssemos a participar, já chegava e bastava para ultrapassar a Finlândia, para tirar a mania àquela criatura que pensa que é muito boa. Quando eu oiço portugueses a queixarem-se que os países de Leste votam uns nos outros, que os países nórdicos votam uns nos outros e por aí fora, não deixo de me rir. São sempre os belos doze pontos atribuídos a nuestros hermanos.



E foi assim o festival Eurovisão deste ano. Para o ano estaremos na Dinamarca, e não no Azerbaijão, apesar da azia do seu Presidente que quer agora que os votos sejam recontados.






Monday, May 20, 2013

“O Alibi Perfeito” (impressões pessoais)



Esta é a segunda obra que leio da escritora norte-americana Patricia Highsmith. Há uns anos atrás li também “O Talentoso Senhor Riply”.

Esta obra é uma colecção de desconcertantes contos policiais que começam com ideias sombrias que levam a que se cometam os mais engenhosos crimes. O lado mais desonesto e os pensamentos mais tenebrosos dos personagens acabam por cativar o leitor em cada um dos pequenos contos.

Recomendo especialmente que leiam o ultimo conto que se chama “Maquinações” - um título muito feliz mesmo. Resta saber se a escritora escreveu o conto antes ou depois de lhe dar o título. Eu normalmente gosto de escrever a partir de um título que me vai surgindo mas conheço quem escreva primeiro o livro ou o conto e só depois pense no título. Este conto está muito bom mesmo. Tanto os personagens se andaram a estudar mutuamente para ver quem acabaria em primeiro com o parceiro, que ironicamente foram acabar no mesmo sítio. Simplesmente genial!

Por tudo isto e muito mais, dou nota bastante positiva a esta obra. É preciso ter grande inteligência, criatividade e imaginação para conceder histórias tão simples e, ao mesmo tempo, tão complexas.

Um pouco de cultura e de história nunca fez mal a ninguém e eu gosto de aprender mais sobre os mais variados temas. Desta vez vou-me debruçar sobre a história do Diabo ao longo dos tempos.

Friday, May 17, 2013

Festival Eurovisão da Canção 2013 (segunda semifinal)



Bem, depois de ouvir isto, não há palavras para falar de todo o resto e mesmo os dedos se turvam para teclar seja o que for. Acho que nunca ouvi coisa igual.

Vou tentar dizer mais qualquer coisa sobre esta semifinal que, na minha opinião (tirando este senhor romeno) foi mais fraca do que a primeira. Dá a sensação de que juntaram as baladas todas na primeira semifinal e os temas mais mexidos nesta. Estava a ser muito difícil achar uma música de que gostasse mesmo muito, tal como aconteceu na passada terça-feira.

A canção de Malta terá sido uma das que mais gostei. Passou à final.



Temos a Bulgária que nos vem com repetentes que já haviam participado em 2007. Fui espreitar e reavivar a memória, embora tivesse uma ideia da sua participação anterior. Dizem que esta não foi a primeira escolha dos búlgaros porque foram reclamados direitos de autor na primeira música escolhida. Assim olhando para esta, acho-a demasiado parecida com uma que ouço às vezes na rádio mas que não sei o título. As semelhanças são imensas.





Gostei igualmente das participações de San Marino, Geórgia e Suíça. Destas, só a Geórgia passou. De referir que os países do Norte da Europa estão todos na final e não há nenhum país oriundo da Antiga Jugoslávia na final. Deve ser inédito!









Este ano não houveram músicas assim espampanantes, talvez a Grécia nos traga a canção mais original. Com esta crise, que mais resta aos Gregos que não seja beber.



Sábado cá estarei eu a ver o Festival. O meu favoritismo iria naturalmente para Bonnie Tyler, visto ser uma cantora de que gosto mas este senhor romeno é capaz de não dar hipóteses a ninguém, tal como fez a Loreen no ano passado, que nem a canção forte que era a da Rússia teve hipóteses. Vamos ver no que isto dá mas agora aposto numa vitória da Roménia. Não é todos os dias que se encontra alguém assim.

Thursday, May 16, 2013

Malditos descontos

Sinceramente, não tenho palavras para descrever como me senti e como ainda agora me estou a sentir ao ver tudo se voltar a repetir no espaço de poucos dias. Mais uma vez morremos na praia e deitámos tudo a perder nos descontos quando Ivanovic efectuou aquele cabeceamento vitorioso. Hoje a ansiedade e os seus efeitos tomam conta de mim avassaladoramente. Ainda me custa a acreditar nisto.

Era grande a espectativa para o jogo. A ansiedade aumentou à medida que se aproximava a hora do apito inicial. Lembro-me muito vagamente da última final disputada pelo Glorioso. Este jogo iria ser um dos mais importantes a que iria assistir.

Tirei poucos apontamentos desta vez, apenas fiquei a assistir ao jogo deliciada. O Glorioso estava a fazer uma boa exibição e estava a vulgarizar positivamente o Campeão Europeu. Aqui ficam alguns dos lances com que vibrei.

As hostilidades em termos de remates foram abertas por Cardozo que rematou por cima.

Garay lesiona-se num lance com Ramires e deve sair. Jardel já aquece e deve entrar daqui a nada.

Enzo Perez seguia a toda a brida para o ataque. Óscar travou-o em falta e viu o cartão amarelo.

Este já é o enésimo remate de Gaitan. Hoje não está a acertar.

Temos agora uma espectacular defesa de Artur a remate espantoso de Lampard.

Garay que entretanto recuperou da lesão (ainda bem) vê o cartão amarelo à beira do intervalo por falta sobre Óscar. Na cobrança do livre, Lampard remata por cima.

O intervalo chega com um nulo no marcador e com o orgulho de adeptos como eu a sair mais engrandecido porque os nossos jogadores estão a fazer um belo jogo e estão a lutar enormemente por este troféu.

Se Ivanovic não tem cortado, não sei não.

A bola entra na baliza do Chelsea mas a bandeirola do auxiliar já estava levantada.

Salvio remata com perigo a cruzamento de Gaitan.

Torres faz o golo do Chelsea. Não o merecíamos.

Luisão vê agora o cartão amarelo por falta sobre Torres.

Há grande penalidade agora para nós por mão do Jogador Número Vinte E Oito do Chelsea. Nem quero ver este lance. Tapo os olhos. Deve ser Cardozo a tentar converter. GOOOOOOOOOLOOOOO!

Agora é que Garay está mesmo lesionado. Não dá mesmo para continuar. Tem de entrar Jardel e Jorge Jesus queima assim uma substituição.

Que bomba de Cardozo e que excelente defesa também do guarda-redes do Chelsea!

Agora há a tradicional bola à trave da baliza de Artur. O remate hoje foi de Lampard.

Lima remata ao lado.

E acontece aquilo de que tinha medo. Ao minuto noventa e tal, Ivanovic marca de cabeça após um canto. O que fazer? Perder assim é horrível. Não merecemos isto. Ainda reagimos mas volta a ser tarde. O Chelsea festeja, os nosso jogadores estão desolados, tal como todos nós.

Resta-nos a consolação e o orgulho nos nosso jogadores que deram tudo hoje para que o resultado fosse outro. Melhor jogador do Glorioso para mim hoje? Enzo Perez, pelo que lutou e pelo tudo que deu hoje em campo, disputando cada lance como se fosse o mais importante da sua vida. Notou-se bem o empenho com que recuperava cada bola.

Resta-nos ainda ganhar ao Moreirense e esperar que o Porto escorregue ante o Paços de Ferreira, nem que seja ao minuto noventa e tal. Ainda temos a Taça de Portugal ante o Vitória de Guimarães.

No final do jogo e no rescaldo desta noite triste para todos, começou-se a questionar o trabalho de Jorge Jesus. Eu acho que o treinador deve continuar. Já há muitos anos que não vejo o Glorioso jogar com a garra e a alegria com que hoje joga. Está bem que inventa um pouco por vezes mas devolveu-nos a alegria de ver o nosso clube jogar bonito e ao ataque. Acho que deve renovar o quanto antes porque o nosso rival está à espreita para o roubar.

A vida prossegue e vamos digerir isto nos próximos dias, embora seja um pouco complicado.

Wednesday, May 15, 2013

Festival Eurovisão da Canção 2013 (primeira semifinal)

Este ano, uma vez que Portugal não participa no Festival Eurovisão, terei de fazer serão duas noites em vez de uma só para não perder pitada das canções concorrentes.

A primeira semifinal decorreu esta noite e, na minha opinião, os dez países que passaram à final do próximo Sábado foram mesmo os que tinham de passar. Nada de surpresas desagradáveis.

O Festival deste ano parece-me de excelente qualidade. Já no ano passado tivemos ali grandes canções e, sobretudo, grandes intérpretes. A Rússia terá levado a canção mais original e conseguiu o segundo lugar.

Este ano as canções parecem muito sóbrias e mais viradas para as baladas ou para o pop comercial que ouvimos todos os dias na rádio. Dinamarca, Irlanda e Bélgica apostaram nesse registo e passaram á final com naturalidade.



Também predominam as baladas. Nesta semifinal ouviram-se algumas e quase todos os seus intérpretes passaram também à final. Mesmo a Moldávia, que traz sempre grandes aberrações ao Festival, este ano optou por uma balada e pelo puro talento da sua intérprete. Vamos a ver se é uma aposta ganha!



A música que mais se afastou das demais foi a do Montenegro. Naturalmente não passou. Era mesmo a que eu não queria que passasse. Aliás, foi uma noite horrível para os países que compunham a Antiga Jugoslávia. Estiveram a concurso a Croácia, o Montenegro e a Sérvia e nenhum alcançou a final. Resta aguardar o que fazem a Bósnia e a Macedónia na próxima quinta-feira. Se não passarem, vai ser uma final inédita, sem as repúblicas dos Balcãs.



Termino com a canção que foi a minha favorita. Aquela canção em quem votaria se pudesse votar. Foi logo a segunda canção a concurso nesta semifinal. Curiosamente é uma canção cantada na língua materna e não em Inglês mas é uma canção que me enche as medidas. É a canção da Estónia e também está na final do próximo Sábado.



Quinta-feira acompanharei a outra semifinal e trarei para aqui para este espaço também as minhas impressões.


Tuesday, May 14, 2013

“Quantas Madrugadas tem A Noite” (impressões pessoais)





Esta é mais uma incursão minha pela literatura que se faz nas antigas colónias portuguesas no ultramar. Neste fui até Angola, depois de ter ido até Moçambique através da literatura há escassos meses atrás.

Esta obra é muito semelhante à do escritor moçambicano, na medida em que também é narrada uma história algo fantástica. A diferença tem a ver com o narrador. Nesta obra, o narrador encontra-se num bar a beber com alguém que encontrou e conta a história da sua própria alegada morte e todas as peripécias que viveu enquanto esteve morto. O individuo que se encontra a beber com ele (e a pagar as bebidas para ouvir a história) pode ser qualquer um de nós, que está a ler o livro.

Ao ler esta obra (e também a outra) constato que há um certo colorido que os africanos empregam nas suas narrativas, um certo encanto que prende o leitor, embora por vezes tendam a divagar como aqui aconteceu.

Esta obra está repleta de episódios engraçados. Destaco aquele que mais me fez rir. Estavam em casa da KotaDasAbelhas a decidirem o que fazer com AdolfoDido que alegadamente estava morto. Ligaram o rádio, depois colocaram mais alto, a vizinhança veio, fez-se mais barulho, veio mais gente e…começaram a dançar. Aquilo era um velório aparentemente. Teve piada.

Tal como aconteceu com o livro de Moçambique, também este estava repleto de termos africanos. Pelo contexto cheguei lá, outros termos já estão enraizados na Língua Portuguesa e já nos são, hoje em dia, bem familiares.

Em suma, dou nota positiva a esta obra, apesar de não ter aquele encanto de um romance policial ou de suspense.

Por falar em romances policiais, vou ler “O Alibi Perfeito” de Patrícia Highsmith. Esta já não e a primeira obra desta escritora que vou ler. Salvo erro, foi ela também que escreveu “O Talentoso Senhor Ripley” que li há uns anitos atrás.

Monday, May 13, 2013

Percorrendo caminhos romanos até ao Rabaçal






O dia estava espectacular e a temperatura estava mesmo de feição para mais uma caminhada que, mais uma vez, eu julgava mais difícil do que realmente foi.

A partir de Alcabideche seguimos até ao Rabaçal com paragem numa localidade chamada Zambujal para ouvirmos as explicações sobre o Caminho de Santiago que depois seguimos até ao Rabaçal onde nos esperavam os apetitosos queijos para provarmos.

A caminhada não me ofereceu qualquer tipo de dificuldade desta vez. Andei quase sempre com o grupo da frente por o percurso ser maioritariamente feito em estrada e em terra batida. Ia tão distraída à frente a seguir outras companheiras, que todas tivemos de voltar para trás, a certa altura. Foi da maneira que andámos mais! Só houve ali e acolá uma pequena extensão de terreno com pedras soltas. Nada mais.

Foram tiradas também fotos maravilhosas que passo a expor também aqui neste post.

Sunday, May 12, 2013

(In)decisões

Vamos a ver o que se decide hoje e o que não se decide nesta tarde.

Quem desce? Quem vai à Liga Europa? Conseguirá o Paços de Ferreira ir à Liga dos Campeões? E…haverá campeão já hoje?

Começou o jogo em Alvalade onde estarão em discussão as grandes decisões. Embora seja difícil, o Sporting ainda sonha com a Liga Europa e o Olhanense tem de se salvar da descida de divisão.

O Vitória de Setúbal abre as hostilidades da jornada em termos de golos por Bruninho. A manter-se a vencer, a equipa sadina fica livre da descida de divisão, enquanto que o Moreirense é cada vez mais último.

O Moreirense empata em Setúbal por Pablo Olivera. Tudo volta ao ponto de partia. Afinal o jogo é em Moreira de Cónegos.

Danilo Dias marca golo para o Marítimo frente ao Vitória de Guimarães e Rodriguez para o Rio Ave ante o Gil Vicente. Isto é mau para o Sporting.

De canto directo, o Beira-Mar marca com a ajuda do vento frente ao Estoril e sai da zona de despromoção. O Olhanense cai par a zona perigosa e o Sporting acalenta esperanças de chegar ainda à Liga Europa. Foi Dani a marcar este golo. Quem de momento detém a posição da Liga Europa com esta conjugação de resultados é o Rio Ave.

O Estoril empata o jogo por Licá. Tudo volta à situação de antes do golo do Beira-Mar.

Com a conjugação de resultados que se verifica à beira do intervalo, Vitória de Setúbal e Académica ficariam, desde já, livres da descida.

Há golo de Manuel José para o Paços de Ferreira em Coimbra. Apesar deste resultado, a Briosa ainda fica livre da despromoção.

Há golo do Moreirense. Este resultado não deixa o Vitória de Setúbal fora da zona da descida. Foi Vinícius a apontar o golo.

Atenção! Há grande penalidade em Coimbra a favor da Académica. A grande penalidade é convertida por Edinho.

É golo do Sporting apontado por Capel. Este golo ainda faz sonhar o Sporting com a Liga Europa.

Há golo de Keita em Braga. O Paços de Ferreira assim e terceiro e vai à Liga dos Campeões. Há novo golo do Nacional apontado por João Aurélio. E o Nacional da Madeira marca novo golo por Mateus. Foram três golos em apenas três minutos pelos três jogadores que saíram do banco. Eu não queria que isto acontecesse mas o Paços de Ferreira vai apenas e só cumprir calendário na próxima jornada frente ao Porto.

O golo do Rio Ave há pouco baralhou as contas da Liga Europa e da descida de divisão.

Atenção ao golo do Estoril! O vento voltou a fazer das suas mais uma vez. Sporting, Marítimo e Nacional podem dizer adeus à Liga Europa. O Rio Ave irá lutar com o Estoril ainda na última jornada pela vaga que ainda resta.

Acabam os jogos. Ainda grassa a confusão na zona de descida, com Vitória de Setúbal, Gil Vicente, Olhanense, Beira-Mar e Moreirense a tentarem escapar. Estoril e Rio Ave lutarão pela Liga Europa e quanto ao título…veremos mais daqui a pouco.

Começam os nervos! O nulo favorece o Glorioso à partida.

GOOOOOOOLOOOO LIMA! A vitória até seria muito melhor que o empate. Arrumaria isto e iríamos festejar.

Mas o Porto empata por Varela. Tudo volta ao empate que favorece o Glorioso. O jogo está equilibrado.

Não se devia ir para a segunda parte. Se o jogo terminasse assim, o Benfica ainda entraria na última jornada na frente.

Entramos na compensação com o empate. Vamos lá!

Oh não! Golo do Porto mesmo no fim. Que grande balde de água fria. É como se nos tirassem um tapete de debaixo dos pés. Não há tempo para recuperar. É mesmo mau um golo mesmo nos instantes finais. O jogo foi equilibrado até mas o Porto teve a sorte de apontar este golo. Que fazer agora?

Pinto da Costa hoje está mais talhado para atacar António Mexia, presidente da EDP. Diz ele que, enquanto for presidente, não haverá mais negócios com a EDP. Bem, a partir da próxima época o Porto, em vez de iluminação artificial no seu estádio, jogará á luz de archotes. Será mais romântico. Isto deveu-se ao facto de António Mexia desejar a vitória do Glorioso para que os Portugueses fiquem mais felizes e com mais força para suportar a crise.

Quem também esteve muito bem foi Enzo Perez quando disse que o treinador dos tripeiros se devia preocupar mais com a equipa dele e deixar a dos outros. Realmente já irrita, o treinador do Porto, sempre a dar bicadas ao Benfica. Até mete nervos! Haja alguém que esteja atento ao que esse senhor diz sempre que se desloca a um local onde haja microfones! Só de ouvir a sua voz que não tenho adjectivos para descrever, fico logo cheia de vontade de esmurrar alguém.

E assim foi uma noite repleta de emoções em que a tristeza e a desilusão dominam o meu estado de espirito. Tiro o cachecol da cabeça, dispo a camisola do Glorioso e guardo tudo para usar novamente na próxima quarta-feira. Aí vai ser outro final de tarde de sofrimento. Esperamos trazer a Liga Europa para cá!

Atracção para cães

Final de tarde. Preparativos para mais um fim-de-semana depois de uma árdua semana de trabalho. Fora um dia de sol e temperaturas agradáveis mas só agora teria oportunidade de usufruir destas condições indo para a rua caminhar um pouco para descomprimir.

Ia eu muito descansada e muito distraída pela Baixa quando sinto alguma coisa a agarrar-me as pernas. Gelei de susto. Olhei de repente e tentei repelir o que quer que fosse. Era um simpático cãozinho que a dona pedia que estivesse quieto. Trazia-o a passear pelas ruelas.

Poucos metros mais à frente, uns jovens traziam um cão maior do que o primeiro também preso por uma trela. O cão foi ao meu encontro também. Fui caminhando ainda a reflectir sobre o que os cães veriam em mim para virem todos se meter comigo.

Ainda veio um terceiro cão preso também por uma trela ter comigo quando já vinha a fazer o caminho de regresso a casa.

Estive mesmo entregue à bicharada.

Thursday, May 09, 2013

Queria ir à feira mas…

Como se já não bastassem os dilemas e as questões que enfrentamos no nosso quotidiano, eis que o nosso subconsciente ainda nos coloca durante a noite dilemas ainda mais complicados, quando deveríamos estar a descansar os neurónios para enfrentar outro árduo dia.

Foi isso que me aconteceu numa noite em que até nem dormi tão mal como à partida pensava. Sempre que leio imediatamente antes de me deitar, normalmente adormeço melhor.

Sonhei que por acaso encontrava-me no mesmo sítio do sonho de ontem, na sala de jantar de minha casa. A Feira da Moita de arromba seria no Sábado seguinte mas eu não viria nesse fim-de-semana para casa. Como fazer isto? Não queria perder a feira mas também não queria perder a caminhada. Estava mesmo difícil.

Acordei ainda a pensar nas incidências do sonho e assim estive até adormecer e resolver em parte o problema de estar numa data de sítios ao mesmo tempo. Nada melhor do que um sonho lúcido em que eu só ouvia aqui em Coimbra as notícias e as músicas que me interessavam, fazia os meus contactos do trabalho e…falava com cães. Isto para além de ser noite e dia ao mesmo tempo e de estar em casa dos meus pais e aqui ao mesmo tempo.

Acordei destas loucuras um pouco antes do toque dos despertadores.

Wednesday, May 08, 2013

Uma ambulância…para a minha avó

Este é um sonho recorrente. Não é dos mais recorrentes que tenho mas, de vez em quando, a minha avó que já faleceu há vinte e quatro anos, está perto de perder a vida ou perdeu mesmo a vida uma segunda vez.

Desta vez estamos todos em casa reunidos num final de tarde animado. Haveria um banquete lá em casa e estava a família e amigos na sala.

Estava lá para dentro quando ouvi gritar na sala. A porta estava fechada mas, da cozinha, ouvia as conversas dos presentes que tentavam acalmar a minha avó enquanto ordenavam aos elementos do INEM…que ainda não podiam entrar, imagine-se!

Com um encontrão na porta da sala, eu entrei para ver o que se passava e logo comecei a discutir com toda a gente por a porta que dá para a eira também estar fechada e a ambulância estar a aguardar à porta enquanto que a vítima estava a sofrer um ataque cardíaco.

Apresei-me de imediato a abrir a porta e a gritar para fora para que os paramédicos entrassem imediatamente. Não havia mais tempo a perder. Envergando roupas escuras, a minha avó ainda se contorcia contra o sofá que se encontra junto à janela. Eu chorava, enquanto que toda a gente aparentava uma calma e uma frieza que me estava a meter impressão e me estavam a enervar imenso.

Acordei. Já estava o dia a nascer. Virei-me para o outro lado e voltei a adormecer por breves instantes até ser hora de os despertadores tocarem.

“Chegou A Tua Hora” (impressões pessoais)



Este é um verdadeiro romance policial. Enquanto que o criminoso atacava em força, as autoridades competentes para protegerem a sociedade daquele e de outros criminosos envolviam-se ambas em jogos amorosos.

Ao ler esta obra escrita pela norte-americana Karen Rose, fica-se com uma péssima impressão das autoridades competentes do sistema de segurança e do sistema social dos Estados Unidos. Basicamente, o que eu percebo e a conclusão que tiro daqui é que foi possível aquele jovem moldar a sua personalidade, alimentar os seus traumas e adquirir conhecimentos pouco convencionais para uma vida ordeira em sociedade porque, pura e simplesmente, o Estado falhou.

Como o Estado não dá resposta a situações familiares de risco que podem causar danos aos jovens, todos os dias monstros como este atormentam as ruas e os lares norte-americanos. Muito bem!

Os jovens são retirados das suas famílias disfuncionais, são colocados em locais onde por vezes os tratam ainda pior e, muitas das vezes, quando os jovens já são uns delinquentezinhos, vão para um local como este que é descrito na obra. Um local que mais parecia um ninho de víboras. Foi para ali que o vilão desta obra foi dar aulas tranquilamente e espalhar o terror pelas imediações.

Quanto ao desenlace desta história, desconfiei desde bem cedo daquele indivíduo. Penso que foi na altura que ele matou o psicólogo do centro de detenção juvenil. Depois há uma situação engraçada. Se a Polícia estava na escola para investigar toda a gente, por que carga de água é que justamente aquele indivíduo abandonou as instalações? A partir daí não houve mais dúvidas. Era uma questão agora de a Polícia o apanhar, o que era difícil.

Esta obra só não tem também nota máxima devido às imensas quebras com o romance que se estava a desenrolar ente os dois investigadores. Isso deixava-me a ansiar pela passagem da trama para o lado do assassino, que ali havia acção e passava-se mesmo alguma coisa. De resto, este livro consegue prender o leitor e foi também uma boa história.

Da agitação de Chicago, viajamos em termos literários até Angola. “Quantas Madrugadas Tem A Noite” é o nome da obra que já me encontro a ler.

Tuesday, May 07, 2013

Caminhada junto ao Douro (algumas fotos)

Um dia bem passado junto ao Douro

A jornada de caminhada para este Domingo ocorreria junto ao rio Douro. Iríamos caminhar sempre junto ao rio, de Gaia até ao Porto.

O tempo estava agradável e convidava toda a gente para aproveitar e passar o dia ao ar livre a andar, a correr, a andar de bicicleta ou…a dar uma saltada até à praia.

As ruas de Gaia e do Porto estavam repletas de gente que exibia o seu ar mais feliz na companhia de familiares ou amigos. A oferta de actividades ao ar livre era imensa. As ruas enchiam-se por isso de cores vivas.

Chegámos à Foz. A caminhada estava a ser agradável. Estava deliciada com as belas paisagens que fui vendo ao longo do percurso. Na praia já havia banhistas que não quiseram deixar de aproveitar este Domingo bem agradável. Estranhei aquelas praias. Nunca antes tinha visto praias com areia amarela e tantas rochas. A areia amarela e o azul do Mar e do Céu davam um toque muito especial à paisagem.

Entrámos no parque da cidade para almoçarmos ao ar livre junto a um lago. Como é agradável estar em contacto com a Natureza!

Regressámos a Gaia, desta vez para nos divertirmos um pouco. Alguns de nós fizemos uma viagem de barco pelo Douro. Foi o coroar de um dia extremamente agradável e muitíssimo bem passado.

Laranjas e limões



Mais outra noite em que sonhei com coisas bem variadas. Lembro-me de ter ido de comboio para Viseu, imagine-se.

Mas a parte que eu mais recordo desta intensa e nem sempre bem dormida noite é a caminhada que se fez por um local onde eu por acaso até costumo andar.

Eu e uma desconhecida percorríamos essa estrada mas ela resolveu cortar por um sítio por onde eu ainda não tinha ido. Havia um carreiro de terra batida e, dos dois lados do caminho havia imensas laranjeiras e limoeiros a abarrotar de citrinos. Estavam mesmo ali, ´à mão de semear mas nem uma mochila trazia para os recolher.

Acordei. A caminhada nesse Domingo até seria pela estrada.


A Adie errada

De entre muita coisa que sonhei num dia em que estive mais tempo a dormir, destaco este pequeno episódio onírico.

Certo dia, a minha irmã decidiu levar a Adie para viver com ela. Preparou tudo e apanhou a gata para transportar até sua casa.

Mais lá para a tarde, eu e os meus pais constatámos que ela levou outra gata igualzinha à Adie mas que não era a Adie. Essa ainda por lá andava pela eira e pelo quintal. Ela havia levado um gato mais manso, embora da mesma cor.

Friday, May 03, 2013

Um casamento e dois funerais

Esta é mais uma história gastronómica do meu subconsciente. Era já de dia e o despertador ainda não tinha tocado quando acordei algo desolada por faltarem as bebidas na mesa.

A história conta-se em poucas palavras. Numa adega ou num barracão algures na minha terra tinha havido um farto banquete de um casamento não sei de quem. A aldeia em peso tinha sido convidada.

Comia-se bem, à partida bebia-se ainda melhor e conversava-se o quanto baste. Estava a anoitecer e as pessoas tiveram de sair todas para se deslocarem à Moita onde haviam…dois funerais de duas pessoas que haviam falecido na véspera.

Olhei pela porta e vi que já estava a escurecer. Mas que raio de ideia era aquela de dois funerais àquela hora? As cerimónias estavam agendadas para as sete e meia da tarde, imagine-se. Só mesmo em sonhos. Apesar de ser Verão, já começava a anoitecer.

Já bem bebidos, alguns convivas saíram da festa e as mesas ficaram vazias e depenadas de comida e sobretudo de bebida. Ainda havia lá uns restos de pizza, uns salgados e mais alguma coisa que aproveitei mas nada havia de jeito para beber. Garrafas de toda a espécie de bebidas estavam vazias ou quase. Eu esvaziava o último gole de algumas garrafas de sumo e de água. Claro que não tocava nas de vinho ou de champanhe. As de cerveja eram das pequenas e nem uma gota para amostra continham. Havia-as às centenas em cima das toalhas de papel que cobriam a mesa. Todas estavam vazias.


Procurava mais bebidas mas já toda a gente havia saído. O melhor foi mesmo acordar.



Sofrimento e loucura

O Benfica está na final da Liga Europa e irá jogar com o Chelsea no próximo dia 15 de Maio em Amsterdão. Para trás ficam noventa minutos de loucura e de sofrimento que passo a narrar.

Respondendo aos apelos de Jorge Jesus, o Estádio da Luz encheu e o ambiente estava espectacular. Teria adorado estar ali. Seria um momento único. Uma festa bonita.

Começa o jogo. Os nervos já se apoderam de mim. Sinto um certo formigueiro a percorrer-me o corpo.

Salvio começa o jogo a rematar. O guarda-redes turco segura.

Cardozo remata. O guarda-redes do Fenerbahce não tem problemas em defender.

Lima joga a bola com a mão. Que pena! A jogada era muito boa.

Está o Kuyt no chão. ,Ele que se levante!

GOOOOOOOOLOOOOO GAITAN! É o delírio. Estamos apenas com dez minutos de jogo. O sangue ferve. Só falta um golo e ainda só estamos com dez minutos de jogo.

Agora a equipa francesa de arbitragem assinala uma grande penalidade a favor do Fenerbahce por alegada mão de Garay na área. Antes havia um fora de jogo de Sow que ninguém viu. Kuyt converte. É um balde de água gelada para nós. Temos agora de apontar dois golos mas acreditamos que é possível.

Maxi Pereira remata muito por cima.

Artur defende um remate de Sow.

Maxi Pereira vê o cartão amarelo por derrubar em falta o Jogador Número Quarenta E Oito do Fenerbahce. Este cartão afasta-o da final.

Há mais um remate de Sow ao lado.

O Jogador Número Dezasseis do Fenerbahce vê o cartão amarelo e também não jogará a final. Aqui para nós, já não irá jogar de qualquer jeito.

Cardozo com perigo. Ai se ela entrava!

Enzo Perez vê cartão amarelo. Escusado dizer que foi por protestos. Houve um lance duvidoso, pois houve, mas o Jogador Número Trinta E Cinco do Benfica tinha mesmo de protestar. Admiração era se isso não acontecia. Irra!

GOOOOOOOLOOOOOOO CARDOZO! Ele merece este golo hoje pelo que tem feito. Vamos acreditar que estamos na final! Falta só um golito e esperamos que a equipa de arbitragem francesa não volte a inventar e a sonegar-nos grandes penalidades.

Salvio remata e o guarda-redes turco defende a dois tempos.

Agora o perigo ronda as imediações da baliza de Artur.

Matic também com algum perigo.

Ali o relvado parece um campo de batalha com vários jogadores caídos. Um é Dirk Kuyt, outro é o Enzo e há mais uns quantos. Kuyt parece ter sido o que se lesionou mais seriamente, pelo menos é o que se queixa com mais visibilidade. Terá levado sem querer com o pé do Enzo Perez nas costas, na zona dos rins que dói imenso.

Há substituição para a equipa turca mas não é o Kuyt que vai sair. É outro jogador que anda ali a coxear visivelmente.


E assim algo atribulado que o jogo vai para intervalo com o Glorioso SLB a vencer por 2-1 e a fazer ainda sonhar os adeptos.

Cardozo já começa por rematar ao lado.

Agora há alguma apreensão no Estádio da Luz. Num lance completamente casual com Gaitan, o Jogador Número Setenta E Sete do Fenerbahce cai completamente inconsciente no relvado e tem de ser retirado em maca e com todo o cuidado directo ao hospital. Esperemos sinceramente que nada de grave aconteça com este jogador que é aplaudido de pé por todo o Estádio da Luz num gesto muito bonito de todo o público. Infelizmente ele não está em condições de apreciar este emocionante gesto. Apesar de não ser um jogador impetuoso (longe disso) Gaitan tem algum azar em lances destes. Estou-me a lembrar de há umas épocas atrás da forma como também saiu de campo o guarda-redes do Estugarda, também num jogo da Liga Europa e também num lance completamente fortuito do Jogador Número Vinte do Glorioso. Se a memória não me falha, também no Campeonato cá do burgo, Gaitan teve um lance destes com alguém que eu não me lembro quem foi mas tenho uma vaga ideia que foi alguém do Vitória de Setúbal.

CARDOZO!!!!!!! GOOOOOOOOOLOOOLOOO! Que maravilha! Vamos ver se aguentamos isto até final.

O livre era perigoso para os turcos mas o Jogador Número Oitenta E Oito do Fenerbahce encarregou-se de atirar a bola quase para fora do estádio. Obrigadinha, amigo!

Artur defende uma bola perigosa rematada pelo Jogador Número Nove do Fenerbahce. Há que ter agora calma e defender este resultado com garra.

Há claramente uma mão na bola do Jogador Número Quatro do Fenerbahce. Fica claramente mais uma grande penalidade por assinalar mas não importa. Depois de angustiantes momentos finais em que um golo do adversário podia deitar tudo a perder, vencemos por 3-1 e seguimos rumo a Amsterdão onde encontraremos o Chelsea. Vencer a final talvez seja difícil mas estamos lá e isso já e motivo de orgulho e de felicidade.


Wednesday, May 01, 2013

Tarde para o impossível

Apesar de ter vencido em casa o Borussia Dortmund por 2-0, o Real Madrid foi naturalmente afastado da final da Liga dos Campeões, atendendo aos 4-1 sofridos na Alemanha. A reacção da equipa de Mourinho foi muito tardia, os golos foram marcados já depois dos oitenta minutos e faltou um golo apenas para aquilo que se julgava de antemão impossível.

O Real Madrid teria de fazer pela vida e começou a carregar sofregamente desde o inicio da partida.

Higuain começou por rematar com perigo mas o guarda-redes alemão defendeu.

O Real Madrid continua a carregar com sufoco. Tem de marcar três golos e não sofrer nenhum.

Cristiano Ronaldo para fora. Só dá Real Madrid.

O lance protagonizado por Sergio Ramos era muito perigosos mas já havia fora de jogo.

Lewandowski já faz saber que está em campo mas Cristiano Ronaldo logo responde com o guarda-redes do Borussia Dortmund em destaque.

Ozil ao lado. Mais uma oportunidade falhada.

O primeiro cartão amarelo do jogo vai para Fábio Coentrão por falta sobre Lewandowski.

O Jogador Número Oito do Borussia Dortmund trava um contra-ataque perigoso e vê o cartão amarelo também.

Bender também vê o cartão amarelo. O livre marcado por Ronaldo que resultou desta falta saiu muito mal.

O nulo verifica-se ao intervalo. Só restam quarenta e cinco minutos ao Real Madrid para marcar três golos. Impossível não é mais admitamos que é difícil apenas.

O Borussia Dortmund começa bem a segunda parte, com Lewandowski a rematar à barra.

Diego Lopez nega o golo ao Borussia Dortmund. Na resposta, Benzema ganha um canto para o Real Madrid.

Há um remate de Cristiano Ronaldo sem pértigo e para fora.

Kaká remata agora ao lado.

Depois de tantas intervenções impetuosas ao longo do jogo, Sergio Ramos só agora vê o cartão amarelo. O livre é perigoso.

A sensivelmente dez minutos do fim, já a contar com a eventual compensação, Benzema faz o golo para o Real Madrid. Vamos ver se ainda há tempo para marcar mais dois.

Agora o guarda-redes do Borussia Dortmund tem de se aplicar face ao caudal ofensivo dos pupilos de José Mourinho.

Agora há novo golo para o Real Madrid da autoria de Sergio Ramos. É a loucura no Santiago Bernabeu. Faltam três minutos para o final mais o tempo de compensação.

Agora o Jogador Número Seis do Borussia Dortmund está sobre o relvado para quebrar o ritmo do jogo. Afinal está mesmo lesionado, o Bender.

Sergio Ramos ainda remata ao lado na sequência de um canto mas não há tempo para mais. A equipa de Mourinho despede-se assim da Liga dos Campeações que pode ter duas equipas alemãs. Para já tem o Borussia Dortmund mas pode ter ainda o Bayern de Munique. Também será quase impossível ao Barcelona marcar cinco golos para almejar a final da Champions.


“Coração Independente”(impressões pessoais)













Como não podia deixar de ser, este post tem de começar com música. Com alguns dos fados mais marcantes precisamente do autor deste livro que, perante uma situação de perigo de vida iminente, se dignou a partilhar connosco as suas memórias.

Recordo-me de João Braga há uns anos (em 1999 ou 2000) num espectáculo de comemoração de mais um aniversário da ACAPO. No intervalo de cada fado, João Braga contagiava a plateia composta maioritariamente por deficientes visuais com o seu bom humor e as suas piadas.

Também conheço João Braga dos “Grandes Adeptos” da Antena 1 ainda do tempo em que o programa passava na primeira hora da tarde de Desporto ao Domingo. Eu nunca perco esse programa.

À partida, quem lê este livro, fica a pensar que o fadista só se relaciona com gente mais da classe nobre e com nome na sociedade portuguesa mas depois recordo os momentos que citei lá em cima e acho que João Braga é um homem simples, que contagia com o seu humor e boa disposição.

Quando se está num hospital, independentemente do risco de vida que se corre e do sofrimento que a enfermidade nos inflige, não sei porquê, é um local onde passa por nós a retrospectiva das nossas vidas. Comigo também acontecia. Talvez esse fenómeno se fique a dever à descompressão dos nossos sentidos, ao sentimento de conforto e segurança que um local como aquele oferece, o ambiente em si…

A leitura desta obra foi positiva, atendendo ao bom humor e ao talento para contar historias de João Braga. Apenas como facto menos positivo destaco a repetição exaustiva de nomes de pessoas que o iam visitar. Isso foi um travão na narrativa mas não impediu de lhe dar todo o interesse.

Por falar em narrativas interessantes, vou agora passar os olhos e a mente por mais um romance policial de uma autora da qual ainda não li nada. Estou a ler “Chegou A Tua Hora” de Karen Rose.








Iremos dar a volta a isto

A visita do Glorioso a Istambul saldou-se pela primeira derrota esta época para a Liga Europa. Este desaire pela margem mínima é, no entanto, recuperável para o jogo em casa na próxima quinta-feira. Vamos ter fé!

Surpreendentemente, Aimar foi titular, apesar da nítida falta de ritmo devido ao longo tempo sem jogar. Devido, segundo Jorge Jesus no final do encontro, a alguma fadiga, Gaitan ficou no banco, entrando na segunda parte para o lugar de Aimar. Como Enzo Perez estava castigado por acumulação de amarelos, André Gomes ocupou o seu lugar no meio-campo e Jardel substituir Luisão que foi substituído por lesão nos instantes finais do dérbi.

A Toupeira Dum Raio vai ter a vida facilitada neste jogo. Apesar de o clube turco equipar com uma camisola listada de amarelo e negro, os números são do tamanho de um boi.

O Fenerbahce já cria perigo. Maxi Pereira cede canto.

Aimar- a grande surpresa de Jorge Jesus para este encontro- remata ao lado.

Ia sendo golo dos turcos.

Que perigo! A bola vai à barra da baliza de Artur.

O primeiro cartão amarelo deste desafio é exibido a André Gomes.

Aimar faz falta sobre Raul Meireles e vê também o cartão amarelo.

Agora o árbitro sérvio exibe o cartão amarelo ao Jogador Numero Dezasseis do Fenerbahce por ter apontado o livre sem o árbitro ter apitado a dar autorização.

Maxi Pereira vê também um cartão amarelo. Por este anda, daqui a nada há cartão amarelo para toda a gente.

Há grande penalidade para a equipa turca por derrube de Ola John ao Jogador Número Setenta E Sete do Fenerbahce. O Jogador Número Quinze do Glorioso SLB vê o cartão amarelo e fica impedido de jogar na próxima quinta-feira. A grande penalidade vai ao poste apontada e falhada pelo Jogador Número Dezasseis do Fenerbahce.

O nulo regista-se no marcador ao intervalo. O jogador que falhou a grande penalidade está inconsolável.

Artur já faz uma grande defesa e a segunda parte ainda mal começou.

Agora foi Raul Meireles com um daqueles remates típicos dele que permite a defesa de Artur.

Sai um cartão amarelo agora para o Jogador Número Cinco do Fenerbahce.

O nosso amigo Kuyt remata ao poste.

Cardozo remata de longe para o guarda-redes turco defender sem perigo.

Gaitan remata ao lado. A bola ainda bateu no poste.

Raul Meireles parece ter-se lesionado sozinho ao tentar rematar. Normalmente este tipo de lesões são meio caminho andado para uma substituição.

O Jogador Número Dois do Fenerbahce aponta o golo da sua equipa.

Webo vê cartão amarelo por ter prosseguido o lance depois de o árbitro ter interrompido o jogo para assinalar fora de jogo. Também não jogará na Luz.

Na próxima quinta-feira haverá mais. Vou acreditar que o Glorioso irá dar a volta a este resultado desfavorável.