Thursday, January 31, 2013

“Vincent”- Don McLean (Música Com Memórias)



Noite. Preparava-me para me ir deitar quando ouvi na rádio esta música e fiquei algo emocionada. Já há muito que não a ouvia e ela fez-me recordar fragmentos de um passado não muito longínquo.

Lembro-me que em 2002 ou 2003 esta música costumava passar no Rádio clube Português muitas vezes. Tantas, que eu a cantava para o meu gato que se chamava…Van Gogh. Ele adorava que cantassem para ele.

Chamei Van Gogh ao gato porque ele andou largo tempo fora de casa e regressou com uma orelha cortada. Eu lembrei-me então de o chamar assim.

Quando fui para Mirando do Corvo, comecei a desenhar e a pintar. A Anabela começou-me a emprestar uns livros de biografias de pintores e comecei a interessar-me. Obviamente que o meu pintor favorito era Van Gogh. Adorava alguns dos seus quadros, a forma como ele pintava tudo o que via, a sua ousadia e o seu arrojo. Os quadros tinham o seu qu~e de fantástico, de misterioso, de cativante, não sei bem o que me prendia a eles.

A Anabela não conhecia esta música quando eu a trauteava nas sessões de pintura e eu um dia trouxe-lha. Ganhou aí um significado especial. Já não era só a canção que cantava para o meu gato, até porque o perdi, agora era algo mais profundo.

Quando em 2007 estive na Holanda, fomos a um museu onde tive a oportunidade de ver ao vivo o quadro original do Van Gogh de que mais gostava. Aquele em que ele retracta algumas pessoas no café. Este quadro que segue abaixo. Foi emocionante, um dos belos momentos que recordarei para sempre.





Wednesday, January 30, 2013

Livro a quarenta euros

Sonhei que fazia compras no Pingo Doce. Cheguei ao local onde normalmente se encontram os livros e vi as prateleiras vazias. Só um livro lá estava. Decidi levá-lo.

Era um livro que até era pequeno, tinha poucas páginas que ler e a sua capa era de um tom esverdeado.

Quando cheguei à caixa para o pagar, disseram-me que ele custava quarenta euros. Fiquei estupefacta. Quarenta euros este livro?!!! Mas porquê?!!!

Não trazendo dinheiro suficiente para adquirir uma obra tão cara, decidi voltar a colocar o livro de volta na prateleira e, ainda indignada, saí.

Concerto dos Rolling Stones sem direito a cerveja nem outras bebidas alcoólicas



















Sonhei que me tinham convidado para sair à noite para um evento que estava a ser anunciado amplamente na televisão.

A minha irmã iria e advertiu-me que ali não haveriam bebidas alcoólicas, nem mesmo cerveja. Os Rolling Stones actuariam nessa noite. Dariam dois concertos que prometiam ser bastante concorridos.

Procurava roupa para levar a esse evento mas não achava nada apropriado para a ocasião. E se levasse uma camisola com capuz azul e verde que tenho? De noite ninguém reparava.

Na televisão viam-se jovens com copos na mão. Com um olhar mais atento, reparei que eram copos de Coca-Cola.








Monday, January 28, 2013

O stresse de acordar cedo

É sempre a mesma coisa sempre que durmo na minha terra de domingo para segunda. O medo de que o despertador não toque a horas sobrepõe-se ao merecido descanso.

Foi mais outra noite em que acordei por várias vezes em sobressalto pensando que já era tarde, em que sonhava com o dia a raiar ou com o Sol já alto, sinal de que o telemóvel não despertou e eu me deixei ficar a dormir, perdendo o autocarro e não indo trabalhar. Desses sonhos sempre acordei em sobressalto. Voltava a adormecer e tudo recomeçava.

Peguei no sono no autocarro tentando aproveitar o tempo. Fui para um dos bancos de trás. A certa altura, não vendo ninguém à minha volta e não estando bem a reconhecer onde nos encontrávamos, fiquei quase em pânico.

Íamos perto de Coimbra. Totalmente acordada reconheci onde ia e vislumbrei outros passageiros mais à frente no autocarro. Foi audível o meu suspiro de alívio.



“Eu Sou A Lenda”(impressões pessoais)


E se um dia, um bacilo ou uma bactéria aniquilasse toda a Humanidade? E se os mortos regressassem dos seus túmulos para semear o terror nas ruas durante a noite, transformados em vampiros? E se apenas um Ser Humano sobrevivesse ao flagelo?

São estes os ingredientes principais desta fantástica história que deu origem a este livro. Um argumento tremendo que faria cada um de nós imaginar uma história diferente e repleta de peripécias. Aliás, este tema não é original e já foi amplamente abordado noutras obras.

Esta também é uma obra diferente sobre vampiros. Nada de lutas entre vampiros e outros seres mitológicos. Apenas a tentativa do único sobrevivente buscar explicação para o que se está a passar à sua volta, por que ficou só no Mundo, lutando contra todos, matando os seus amigos e familiares com estacas apenas para sobreviver.

Ao longo de toda a obra é-nos dado a conhecer o drama deste homem, a sua luta pela sobrevivência, a inversão de papéis ente os seres humanos e os vampiros que ninguém sabe se existem ou não.

Assiste-se ao surgimento de novas sociedades que não toleram o Ser Humano normal e que o vêem como uma aberração e uma ameaça. Para estes novos seres, o homem tornou-se exactamente uma lenda, tal como é o vampiro na nossa sociedade.

Para além desta história, este livro contempla ainda mais três pequenos contos. Num deles é contada a história de um boneco que uma mulher comprou numa loja e que possuía o espírito de um caçador que só pensava em matar. Isto é algo que gosto de ver abordado em contos de terror. Pega-se num objecto aparentemente inofensivo e dota-se de todo o poder maligno que possa existir. Esta é um pouco a ideia que está patente também na obra que mais gostei até hoje- “A Maldição De Duma Key” de Stepen King. Essa obra falava de uma aparentemente inofensiva figura de porcelana, aqui é um boneco de madeira que persegue a mulher que o comprou numa loja de antiguidades para a esfaquear. Desesperada, ela queima-o no forno mas o espírito apodera-se dela e o conto acaba com ela esperando a mãe com uma faca com intenção de satisfazer os instintos de matar.

Pelo texto principal e também por este conto, atribuo nota bastante positiva a esta obra.




Com a Feijoa às costas

Sonhei que percorria ruas e atalhos que não conhecia na minha terra. Estava espantada de haver tantos recantos e tantas ruas que nunca antes percorrera.

Cheguei perto da mercearia. Levava a Feijoa às minhas costas, com as unhas cravadas, assim como ela habitualmente costuma fazer. Ela já estava farta de ir assim mas eu segurava-a com força com medo que ela saltasse e se perdesse. Eu não tinha bem a certeza de que ela desse com o caminho de volta para casa.

Apanhei a descida da rua principal que vai dar a minha casa. Ainda pensei deixar ir a Feijoa mas tinha medo de arriscar mesmo ali. Segurei-a ainda mais até casa.

Wednesday, January 23, 2013

“Está tudo bem?”

Noite de Inverno. Longa e fria. Estas temperaturas baixas que depressa fazem congelar as mãos só me fazem sentir bem debaixo das cobertas a ouvir música no escuro.

Deitei-me cedo, então. Não admira que a noite tenha sido repleta de sonhos em que se organizavam actividades lúdicas variadas para deficientes visuais na eira de minha casa e eu dançava um tango ou lá o que era com um desconhecido que tinham arranjado para dançar comigo. É que eu não tinha par.

O sonho que, porém, recordo com mais nitidez é um dos sonhos típicos que tenho já desde criança- um daqueles sonhos com ambulâncias. Estava deitada na minha cama, na minha terra. Era madrugada e os estores estavam corridos até metade. Mesmo assim, reparei que o carro que estava prestes a parar junto de minha casa era uma ambulância.

Em pânico, corri para fora e fui ver o que se estava a passar. Os meus pais dormiam profundamente no seu quarto como se de nada se tivessem apercebido. Eu chamei-os e perguntei:
- “Está tudo bem?”

A minha mãe estranhou esta pergunta a uma hora tão tardia. Na rua a ambulância arrancava de ao pé da minha porta.

Acordei sobressaltada. Ainda faltava imenso para o despertador tocar, apesar de não me ter dado ao trabalho de ir ver as horas.

“Carta” – Toranja (Música Com Memórias)



Esta música faz-me lembrar o ano de 2004 e a minha passagem por Miranda do corvo.

Normalmente às sextas-feiras tinha o final de tarde livre, por isso aproveitava para fazer limpezas e arrumações ao quarto que partilhava com outra colega que era amputada. O compartimento tinha o quarto que era grande e tinha uma pequena casa de banho com um poliban.

Eu não faço nada sem música e, naturalmente, enquanto arrumava, varria e esfregava, colocava o velho rádio magenta a pilhas que era do meu pai, que ele comprou aos marroquinos, em cima do parapeito da janela e a uma altura de volume considerável. Normalmente ele estava sintonizado na RFM e, na altura, passava muito esta música. Eu cantava o seu refrão a plenos pulmões.

Houve uma ocasião nessas sessões de limpezas em que eu limpava a sanita com uma esponja, sem querer toquei no autoclismo e a esponja lá foi pelo cano abaixo. Que aselhice! Depois acho que encontrei outra nas arrumações onde também ia buscar os detergentes.

A maior dificuldade para mim é apanhar o lixo do chão com a pá. Ainda hoje tenho essa dificuldade nas lides domésticas. Nesse dia havia outra colega que limpava a cozinha e outras divisões do apartamento onde estávamos. Eu chamava-a para vir ajudar-me a recolher o lixo do chão.

Assim eram as loucas sextas-feiras de limpezas e arrumações em Miranda do Corvo.

Tuesday, January 22, 2013

“Astrologia E Guia Do Amor 2013” (impressões pessoais)




Nunca fui grande crente nos assuntos da Astrologia, mas estou sempre aberta a novos conhecimentos e novas formas de abordar o que nos rodeia.

Não deixo de aproveitar esta oportunidade em que se fala de Astrologia e de signos para relatar um episódio interessante da minha infância. Andava eu na escola primária e fartava-me de ouvir na rádio falar de signos. Mas o que raio era isso? Eu então julgava que cada pessoa escolhia o seu signo quando crescesse, tal como escolhia o partido político.

Certa noite, estávamos à lareira, eu, a minha irmã e o meu vizinho depois de cada um ter vindo da escola. A certa altura, falou-se de signos. Ele disse que era Aquário. Como ele é aí uns quatro anos mais velho que eu, pensei que ele já tinha idade para ter signo e manifestei o desejo de, quando fosse mais velha, escolher para mim o signo de Balança. Não sei, achava interessante o termo. Ele perguntou-me então quando é que eu fazia anos e eu disse que tinha nascido em 28 de Setembro. Então ele disse que eu era Balança mesmo. Foi uma coincidência engraçada.

Outra história envolvendo Astrologia teve a ver com uma colega que fazia um programa á noite na rádio em Oliveira do Bairro. Ela levava publicações como esta e lia-as em directo ao som de flauta de pan. Certa noite distraiu-se e deixou a via do microfone aberta e disse, pensando que ninguém a ouvia, que estava a ler aquilo mas que não acreditava numa palavra do que lia.

Sobre esta obra propriamente dita, este ano vou fazer uma experiencia nova, tal como fiz há dois anos com os sonhos depois de ler uma outra obra. Não irei colocar os pés na rua sem ler as previsões dos astros para o meu signo. Quero ver em que medida essas previsões são acertadas.

Este livro tem também algo que me dá jeito para complementar aqui com um manual de sonhos que já tenho há tempo. Tem as fases da Lua e em que dia calham. Dizem os entendidos que isso influencia os sonhos e a probabilidade que têm ou não de se realizarem na vida real.

Esta obra vai ficar por aqui para consulta constante ao longo deste ano. Em inícios de 2014 tirarei conclusões e depois divulgarei por aqui.


Monday, January 21, 2013

“Balada Da Rita” – Sérgio Godinho (Música Com Memórias)



Ontem estava eu a ouvir a Antena 1, onde passa quase sempre música nacional, quer seja mais recente, quer seja antiga como é o caso desta.

Se algum dia soube como se chamava este tema do Sérgio Godinho, esqueci por completo, assim como esqueci que ele existia, até que o ouvi na rádio e recordei que era mais um tema daqueles que eu cantava em criança com outra letra. Tinha a mania de fazer isso e normalmente não saía nada de jeito.

Neste caso, a letra que eu inventava tinha a ver com um cão abandonado que andava sempre com o meu primo e depois acabou por acompanhar a minha mãe aonde quer que ela fosse.

O cão era todo branco e tinha uma queimadura horrível que o deixava com as costas (ou com uma anca, não me lembro bem) em carne viva. Lembro-me que era o tempo das espigas de milho e das abóboras. O meu primo começou por procurar aqueles bichos dos costelos entre as espigas e levava para lá o cão.

Ladrões de milho e outros cereais sempre houve nas aldeias e na minha não era excepção. Falamos aí do ano de 1982 ou 83. Terá sido um episódio desses (ou pura e simplesmente terei inventado) que me inspirou a usar justamente esta música para lhe adulterar a letra. É que a letra que eu inventei falava de roubo de milho, abóboras e outros produtos hortícolas.

Só me lembro desta parte:
“Andam a roubar o milho, põe-te em guarda
Andam a roubar as abóboras, põe-te em guarda
Olha lá vem o cão branco, põe-te em guarda…”

Do resto da letra, se é que havia mais, não me lembro. Lembro-me que a minha mãe contou que foi até ao lugar um dia com esse cão atrás e alguém lhe deu um tiro.


Sunday, January 20, 2013

Ainda sob o signo do mau tempo








A caminhada deste Domingo iria ser feita com condições atmosféricas adversas. Isso já se sabia há alguns dias e preparei-me para enfrentar a chuva com roupa impermeável.

Também esperava encontrar lama nos trilhos e árvores caídas, tombadas pelo vento que soprou de forma incrivelmente forte nos últimos dias. Encontrámos muitas e foram elas que constituíram a maior dificuldade de um percurso que começou logo por ser feito a subir, para depois terminar de forma mais suave.

Fomos até Penacova, até à zona dos moinhos. Pensei que eram aí uns dois ou três e estavam dispersos. Afinal eram dezenas deles. Dizem que esses moinhos foram adaptados a turismo rural. É uma paisagem encantadora, sem dúvida, a que os moinhos proporcionam.

O melhor é vermos as melhores fotos desta caminhada. Pena foi o mau tempo.




Diferentes maneiras de não estar

Conforme se pode depreender depois de ler este texto, a noite foi tudo, menos tranquila.

Já não é a primeira vez que o meu subconsciente me vem incomodar com esta temática. A última vez foi há alguns meses atrás, estávamos ainda no Verão.

Primeiro sonhei que era de noite e estava no meu quarto, não sei em qual. Tocava na rádio uma Ária daquelas interpretadas por Pavarotti. Eu acompanhava-a cantando ainda mais alto que o tenor. Na minha companhia estavam Teka e um outro gato- também ele preto e branco- que eu não conhecia. Daí até o sonho se transformar foi um pequeno passo.

Cheguei a casa numa noite de Inverno e vi apenas a Teka em casa juntamente com o tal gato que já a acompanhava há pouco quando eu cantava. A minha mãe, com lágrimas nos olhos, começou por contar que o resto dos animais tinham morrido todos e que Chalana, com um tumor na barriga ao qual tinha sido operado, tinha poucas hipóteses de sobreviver.

Os animais tiveram os seguintes destinos:

ADIE- Foi empurrada na brincadeira pela janela por um rapaz da minha terra, terá caído mal, partido a coluna e morrido instantaneamente.

FEIJOA- terá levado com um objecto de ferro e, desde então, nunca mais foi vista. Algo de mau lhe terá acontecido, visto ela nunca falhar em casa.

LAIKA- Foi simplesmente atropelada na estrada num momento de distracção dos meus pais que a deixaram precipitar-se para a rua.

Imediatamente, olhando para o chão onde estavam a Teka e o outro gato, irrompi num choro incontido. O ambiente era desolador.

O meu pai surgiu vindo da rua, trazendo algo que não consegui identificar. Vinha pelo lado da cozinha em direcção à rua pela porta da sala. Comecei a ouvir barulho de líquido a cair no chão de tijoleira e logo a minha mãe, com voz chorosa e assustada, o repreendeu. O que ele ali levava era o Chalana que tinha acabado de morrer. O tumor ou lá o que era tinha rebentado e deitava líquido e sangue.

Acordei com o coração perto da boca literalmente. Demorei algum tempo a adormecer e, quando isso aconteceu, a temática foi retomada do ponto onde tinha ficado. É um facto interessante: acordamos dos sonhos bons e não os retomamos, acordamos dos pesadelos, podemos estar duas horas acordados e, ao adormecer de novo, o pesadelo é retomado.

A cena desoladora é a mesma. Muitas lagrimas, muitos gritos, muita dor. A minha vizinha irrompe pela porta da sala dizendo para a minha mãe:
- “Dizias que não sabias do teu gato e ele apareceu em minha casa.”

Olhei para o chão. Era a Feijoa que ali vinha, aparentemente sem uma beliscadela. Agarrei-a e ela imediatamente cravou as unhas compridas no meu pescoço, como sempre faz. Acordei com o toque do despertador do telemóvel.


Saturday, January 19, 2013

Um temporal daqueles

Estava previsto mau tempo, muito mau tempo, com alerta vermelho para grande parte do território nacional.

Por volta dás onze e meia da noite, rajadas de vento impressionantes fustigavam as janelas e arremessavam até objectos contra os vidros. Um garrafão de plástico dos grandes voava de cá para lá. Foi assim que adormeci, embalada pelo vento e pela chuva.

Acordei com rajadas de vento como nunca vi na vida. A chuva também caía com intensidade mas o vento é que impressionava. Puxei bastante pela memória para me lembrar da última vez que ouvi rajadas de vento desta envergadura. Os resultados do meu esforço mental foram nulos.

Liguei o rádio e o computador. Como a luz estava sempre a ser cortada, acabei por desligar tudo e me deitar na cama, apenas ouvindo os sons vindos do exterior, com a chuva e o vento a não darem tréguas.

Adormeci e só acordei por volta das quatro e meia. Tomei um duche rápido e desci para comer qualquer coisa no café.

Como o tempo não estava para saídas de casa, subi e fui arrumar as minhas coisas. Aquele meu armário precisava de ordem.


Thursday, January 17, 2013

O que faz mal à cabeça

Alguém já ouviu o anúncio na rádio ao suplemento alimental VitaMegas? Eu já tive a má sorte de ouvir tal coisa e garanto que não recomendo a quem é sensível ao ruído.

A repetição até à exaustão da mensagem “o que faz bem à cabeça, faz bem ao corpo” faz-me realmente muito mal à cabeça. Não suporto ouvir tal coisa. Tudo estremece no interior do meu crânio. É como quando alguém arrasta algo pelo chão, afia facas ou grita, tudo sons que eu não aguento ouvir.

Sinceramente, não estou a ver a finalidade disto. A menos que, com o mal que faz à cabeça ouvir aquilo, as pessoas corram à farmácia mais próxima comprar a tal poção mágica para ver se o equilíbrio perdido ao ouvirem o anúncio é restabelecido.

Francamente, como não estou perto do rádio na maioria das vezes, tapo os ouvidos. É que não consigo ouvir tal coisa. Faz-me imensa impressão.

Wednesday, January 16, 2013

Jamie Ching brilha na China

O neozelandês Jamie Ching foi surpreendentemente apurado para participar na prova de cem metros dos Campeonatos Continentais do Maxithlon, tendo-se quedado pelo décimo sexto posto com um novo recorde pessoal cifrado em 12.10.

Estes campeonatos destinados a atletas de África, Ásia e Oceânia decorreram na China e foi com grande surpresa que atleta e clube receberam a notícia da qualificação na passada sexta-feira.

“Não estava preparado para fazer as malas e viajar para a China” sublinhou o atleta à nossa reportagem no final da prova. “Estou radiante e vejo que todo o trabalho que tenho vindo a fazer tem dado resultados.”

O velocista de vinte e seis anos trocou a Nova Zelândia por Portugal e diz não se arrepender. “Encontrei aqui um povo acolhedor que me recebeu com carinho. O facto de ser o único estrangeiro no clube fez com que me tivesse de adaptar mais depressa e fizesse mais amigos. Todos os meus colegas falam Inglês e eu aprendi também a falar um pouco de Português com eles”.

A crise que Portugal atravessa não faz Jamie Ching arrepender-se de ter escolhido o nosso País para viver. “No Desporto esquecemos a crise, os problemas, as infelicidades, todos lutamos e trabalhamos para conseguir sempre alcançar o sucesso”.

Daqui para a frente, a internacionalização dará ao atleta outra responsabilidade e mais alento para conseguir estar presente noutras competições, talvez mesmo nuns Jogos Olímpico

Tráfego limitadíssimo

Adormeci quase instantaneamente. Para isso contribuiu uma descontraída sessão de leitura antes de dormir e a música calma que agora passa na M80 todas as noites.

Em termos de sonhos, lembro-me de estar numa paragem de autocarro à espera que passasse…o autocarro para a Póvoa. Eu não iria nele para lugar nenhum, apenas esperava a chegada de algumas pessoas que iriam povoar a casa antiga que ali se encontrava. Estava um dia de chuva e pouco luminoso.

Eu dei a volta a uma rotunda, atravessei a passadeira quando vi chegar o autocarro mas tive novamente de voltar para trás para apanhar outra passadeira e atravessar.

Cheguei àquela espécie de palácio e já toda a gente estava devidamente acomodada. Era quase noite e um amigo meu, envergando um pijama verde, via televisão na sala. Estava a dar um filme ou uma série.

Uma colega minha trabalhava agora como técnica de Oftalmologia. Verificava os auxiliares de visão, se era preciso adoptar outras soluções, se o material que tínhamos estava em condições e por aí fora. Aquilo e que foi uma grande mudança. Ela estava ali para no dia seguinte dar consultas aos deficientes visuais que estavam lá todos naquela casa.

Eu preparava-me. Limpava os meus óculos que teimavam em ficar cada vez mais sujos e riscados. Até um risco de tinta tinham que teimava em não sair. Era na lente do olho que não vê mas, mesmo assim, deveria ir tudo impecável.

Lia agora no meu quarto uma pequena publicação sobre a minha empresa (isto foi por ontem ter estado precisamente a passar os olhos numa). Esta publicação só tinha o dia-a-dia das minhas lojas e eu lia as curiosidades. Aparece a minha irmã no meu quarto a falar das novas condições de Internet que queriam impingir aos deficientes visuais.

Iríamos á consulta…com a minha colega no dia seguinte e estava em cima da mesa…um novo tarifário de Internet especialmente para deficientes visuais com tráfego limitadíssimo em troca de toda a comodidade e conforto a que, alegadamente, teríamos direito.

Eu batia na pequena publicação que estava a ler, repetindo com ar agastado, que não iria aceitar as novas condições de Internet que nem para navegar no Google deviam dar. Eu, que passo o tempo a ouvir música no Youtube quando não tenho nada para fazer a ter tráfego limitadíssimo? Isso é que era bom.

Acordei eram seis da manhã. O despertador ainda não tinha despertado. Sentia um pouco de frio mas aguentava-se bem. Estava outra vez a tentar pegar no sono quando o despertador tocou.

Tuesday, January 15, 2013

“JÁ VOU!”

Sempre que tenho de acordar cedo à segunda- feira para ir até Coimbra para iniciar mais uma semana de trabalho, a noite de sono é mais de alerta máximo do que de descanso. Não sei por que é que isso acontece mas são raras as noites como esta em que eu durmo profundamente e só acordo de manhã.

Às sextas-feiras, quando vou passar o fim-de-semana a casa, adormeço quase instantaneamente, de luzes ligadas, rádio com o volume mais para o alto do que para o baixo…Fazem barulho? Devem fazer. Eu é que não o oiço e acordo quando já é manhã. De domingo para segunda é uma desgraça.

Esta noite não foi excepção. Barulho, sonhos e um inexplicável medo de que o telemóvel não despertasse tiraram-me o descanso.

Foram estes condimentos que também prepararam os meus sonhos desta noite. Uns sonhos muito fragmentados.

Lembro-me de acordar na minha cama. Era já completamente de dia. Então o telemóvel não tinha despertado. O Sol já ia alto. Deviam ser umas oito e meia da manhã. Ai a minha vida! Afinal o telemóvel estava ligado quando lhe peguei. Não despertou porquê? Comecei a brincar com a câmara do telemóvel, com o zoom. Ao longe via uma estrada bem movimentada, árvores, o nascer do sol…estava um dia bonito e luminoso.

Acordei confusa. Ainda era de noite. Pela hora da chegada do padeiro, deviam ser umas quatro da manhã. Havia mais duas horas para dormir em paz e sossego mas o barulho era algum.

Não devia estar a dormir há muito tempo quando julguei estar acordada. Estava eu na minha cama, cabeça enterrada nas cobertas, quando a minha mãe me bate à porta e me chama. Eu grito-lhe:
- “JÁ VOU!”

Acordei com o meu próprio berro. Ninguém me tinha chamado e foi uma sorte ninguém ter acordado. Adormeci novamente.

Sonhei que tinha vindo uma estranha encomenda no correio vinda de Itália. Dizia: “Your mother is murdered”. Fiquei preocupada. Seria alguém que queria fazer mal à minha mãe? Quem era essa gente e como descobriu a minha morada? Pela Internet? Como?

Não escondia a minha preocupação, por mais que me dissessem que se tratava, provavelmente, de uma brincadeira. Eu estava mesmo angustiada.

Fui com a minha mãe a uma caminhada e não me afastei dela para nada poder acontecer. As pessoas que nos acompanhavam diziam para eu não ligar muito ao caso mas eu continuava preocupada. Nem tinha reparado que tínhamos descido a pique e agora íamos subir um morro enorme.

No final desse morro toda a gente parou. Havia violas e eu estava a experimentar a tocar mas tinha um problema: sou canhota e as violas tinham as cordas posicionadas para destros.

Acordei quando finalmente o telemóvel tocou. Estava extenuada. Estava ainda mais cansada do que naqueles dias em que não tenho mãos a medir com o trabalho.

Mariana e o Professor Lacerda, Bacelar ou lá como se chamava o homenzinho

Eu adoro sonhos destes! Não sei onde é que o meu subconsciente vai buscar estes personagens completamente desconhecidos. Onde se baseia para lhes esboçar os rostos, as silhuetas, as personalidades. Fico espantada e, quando acordo, fico a perguntar-me se tais personagens existem mesmo na realidade e se alguma vez me irei cruzar com eles na vida real.

Era já manhã e eu adormeci depois de um longo tempo de vigília. A noite fora agitada, mais uma vez, porque estava a chover e a Teka tem medo da chuva. Desata a miar que nem uma perdida e o sossego acaba-se.

No sonho propriamente dito, estava eu sentada num banco de madeira, daqueles compridos que levam muita gente num espaço interior onde nunca estive. Seria uma escola ou algo assim.

O local onde me encontrava dava para as casas de banho dos homens e das senhoras. Muita gente se encontrava ali. A minha irmã e outra pessoa que agora não me lembro quem era estavam ali comigo.

Estava, como nos meus velhos tempos de liceu, a observar quem passava para as casas de banho. Belo passatempo, este, sim senhor! O que é certo é que ocupei assim muito tempo livre que tinha no liceu. Naquele tempo não havia telemóveis, Internet ou outras coisas que hoje ocupariam esses tempos de ócio.

Vinha um homem do interior das casas de banho. Usava calças claras e uma camisa azul. Era de estatura baixa e era calvo. Parecia ser um homem bastante asseado com a sua pasta castanha de couro. Veio sentar-se ao pé de mim e começou a meter conversa. Não me estava a agradar a companhia. Eu não gosto muito de falar com desconhecidos e algo me dizia que aquele individuo vinha com algo na manga.

Começa ele:
-“Tens de dizer ao teu patrão que isto assim não pode ser! Não há papel na casa de banho.”

Eu ri-me e o homenzinho começou a chegar-se cada vez mais para mim. Eu já começava a magicar um texto para o meu blog em que aquele indivíduo era o personagem principal. Estava indecisa entre lhe chamar Professor Lacerda ou Professor Bacelar. E porquê, perguntam-me vocês. Lacerda era para rimar com merda e Bacelar era para rimar com cagar. Que chata e incómoda estava a ser aquela criatura com falinhas mansas e cada vez mais a chegar-se para mim.

De repente, a atenção do indivíduo foi despertada pela passagem de uma vistosa mulher na direcção das casas de banho. Tarado como era, o “Professor Lacerda”, “Professor Bacelar” ou lá como lhe queiram chamar, desapareceu novamente para o interior das casas de banho.

A mulher era alta, magra, de cabelos louros encaracolados e pelos ombros. Parecia saída de uma passerelle. Envergava uma mini-saia preta bem curta, collants pretas e uma camisola castanha. Falava com sotaque da Venezuela ou de outro país da América Latina. Era um regalo para os olhos, sobretudo de quem não se consegue segurar, como era o caso do homenzinho.

Alguém me disse que a mulher se chamava Mariana e era também professora. Olhei novamente para as portas de acesso às casas de banho. Um e outro estavam a demorar. Passado algum tempo, saíram do escuro interior das casas de banho juntos e em amena cavaqueira.

Acordei ainda a pensar onde foi o meu subconsciente buscar estes indivíduos completamente desconhecidos.

Saturday, January 12, 2013

“Sim, tu já aqui estiveste antes”

Mais uma sexta-feira, mais uma noite em que adormeço e acordo quando é quase manhã. Estava a chover, por isso Teka miava de forma estridente, não deixando ninguém dormir em paz e sossego.

Voltei a adormecer e sonhei com uma casa muito velha que era…uma loja. Ficava à esquina de uma rua. A casa não era amarela porque estava pintada dessa cor, era amarela porque as paredes tinham descarnado e tinham sido feitas mesmo com aquela areia amarela.

Por dentro era uma loja ultramoderna…onde só se vendiam livros. Imensos. Tinha lá ido com o meu chefe e estava admirada com o contraste do que o edifício era por dentro e era por fora. Estava mesmo embasbacada.

Reparando no meu espanto, o meu chefe disse-me, para me deixar ainda mais admirada, que eu já ali tinha estado há tempos. Não me lembrava quando. Fiquei confusa. Ele disse:
- “Foi numa ocasião em que aqui houve uma festa.”

Então o sonho voltou para trás no tempo. Notava-se que os acontecimentos remontavam a um tempo passado, a muitos anos para trás na história.

Ali me encontro a ler sinopses de livros. Havia muitos. Aquilo mais parecia uma livraria. A minha colega envergava um blusão vermelho e umas calças de treino pretas. O blusão era impermeável e tinha um capuz. Parecia saída de um campeonato de Atletismo ou algo assim, não de uma loja. Disse que queria falar comigo e pediu que a seguisse.

A alguns metros de distância, eu ia atrás dela. Passava por ali muita gente e eu ia sempre fixada no seu blusão vermelho para não a perder de vista. Já ia a fazer aquele trajecto há alguns minutos que pareciam uma eternidade, sempre desviando-me das outras pessoas, sempre com atenção aos movimento dela para não me perder, quando acordei com a cabeça enfiada debaixo das cobertas e de barriga para cima.

Thursday, January 10, 2013

Emoção e espectáculo

Antes de começar a falar sobre a Taça da Liga, permitam-me que dedique esta música ao Bruno César!



Benfica, Porto, Rio Ave e Sporting de Braga qualificaram-se esta quarta-feira para as meias- finais da Taça da Liga. O Glorioso jogará em Braga com os arsenalistas e o Porto receberá no Estádio do Dragão o Rio Ave.

Seguimos mais atentamente o jogo entre o Benfica e a Académica, o jogo entre os meus dois amores, por assim dizer.

O primeiro remate do desafio surgiu apenas com cerca de dezanove minutos de jogo e foi de Nolito a passe de André Gomes. Até aqui o jogo tem sido morno e mais disputado a meio-campo.

Provavelmente devido a lesão, Marcos Paulo sai e entra Wilson Eduardo na Briosa. Estamos com vinte e cinco minutos de jogo.

Que sorte agora o Ferreira não ter visto cartão amarelo! É que o Ola John já seguia embalado para o contra-ataque.

Lima ia marcando agora o primeiro golo do Benfica.

Bruno César de longe, por cima, sem perigo…

O Benfica joga agora para a nota artística com Aimar a brindar-nos com um dos seus excelentes números. Sai um monumental aplauso das bancadas que hoje até nem têm muita gente.

Lima aparece completamente isolado na área de rigor e não desperdiça. Está feito o primeiro golo do Glorioso.

Há ali uma perdida comprometedora que causa o golo de Makelelé para a Académica. Foi Bruno César quem deu este autêntico brinde. É com este empate a uma bola que se chega ao intervalo. Empatado também mas sem golos está o jogo em Olhão que opões o Olhanense muito desfalcado ao Moreirense que joga o apuramento na sua máxima força.

Bruno César tenta redimir-se do erro de há pouco rematando de longe.

É a Académica que chega ao segundo golo por intermédio de Carlos Saleiro.

Entretanto em Olhão, o Moreirense pode passar para a frente no marcador se a grande penalidade for convertida. Wagner tem esta responsabilidade. Ricardo- um especialista neste tipo de lances, tanto a defender, como a marcar, consegue deter a cobrança deste castigo máximo. Tudo na mesma.

Preparam-se para entrar Alan Kardec e Carlos Martins. Aposto nas saídas de Bruno César e Aimar. O Jogador Número Oito do Benfica está pior que péssimo hoje. Não está a jogar nada e, pior que isso, só anda a estorvar em campo. Aimar, esse, está sem ritmo competitivo ainda.

Acertei nas substituições. Estava bom de se ver. Não era preciso ser expert nisto.

GOOOOOOLOOOO ALAN KARDEC! Estava a ver que não! Ufa! Já se respira melhor.

Entretanto houveram substituições. Uma para cada lado. No Glorioso entrou Salvio para o lugar de Nolito e na Briosa está em campo Marinho rendendo Cissé.

O Benfica passa para a frente no marcador. Lima faz o terceiro golo do Glorioso, o seu segundo no jogo.

Por acumulação de amarelos, Ferreira é expulso.

Que cartão vai ver agora também Makelelé? Vai ver o amarelo.

Ola John remata por cima.

Lima- a jogar extremamente bem e a dar boas indicações para o jogo com o Porto no próximo Domingo- tem aqui uma magnífica jogada mas o guarda-redes da Académica segura.

Há um livre muito perigoso agora para o Benfica por o guarda-redes da Briosa segurar com as mãos um atraso propositado de um seu companheiro. Lima não converte este lance em golo. Seria o seu terceiro golo no jogo.

Saem cartões. Para quem? Acho que um foi para Keita. O outro terá sido para Carlos Martins que estava ao pé dele e estavam os dois a discutir.

Isolado, Lima falha mais um golo de forma escandalosa. Isso não lhe retira nada do excelente jogo que fez esta noite. O Benfica segue em frente na Taça da Liga ao vencer 3-2 a Académica. Em Olhão, o outro jogo do grupo terminou empatado a zero.

Antes de terminar, resta dar conta da vitória do Sporting por 1-0 ante o Paços de Ferreira no jogo de estreia de Jesualdo Ferreira com treinador principal. O golo foi marcado por Van Wolfswinkel nos instantes finais da partida.


Wednesday, January 09, 2013

Filmes de estranhas ocorrências

Adormeci quase depois de me ter deitado. Sentia algum frio mas estava cansada por me ter levantado um pouco mais cedo durante estes dois últimos dias.

Lembro-me de ter sonhado com um post que a minha prima tinha colocado no Facebook com uma música romântica brasileira e imagens de um acidente que pareceu ser grave. O vídeo era pouco claro porque havia sido filmado debaixo de chuva intensa que embaciava a câmara.

O vídeo foi visto várias vezes e nunca se percebeu quem tinha tido o acidente ou como foi. Apenas se via a azáfama dos paramédicos envergando vestes fluorescentes e os semáforos das viaturas a girar. São retiradas vítimas para as viaturas de emergência mas não se consegue distinguir seja o que for com nitidez. Acordei deste sonho em sobressalto.

Agora há uma festa qualquer na minha terra. É lançado um estranho fogo-de-artifício que ilumina o Céu. Vou para o pátio de minha casa observar o espectáculo e filmá-lo. Um dos foguetes cai em cima do telhado e provoca um estranho incêndio. Tudo isto estou também a filmar.

Também filmo os convidados de uma festa qualquer lá em casa. Subo a ladeira com o telemóvel em riste e filmo-os a todos junto à eira. Alguns seguem-me. Temos de andar mais depressa e todos eles chegam primeiro do que eu. Eu fico frustrada por estar uma lentidão mesmo. Qualquer velhote me passa à frente.

Há uma aula de Ginástica improvisada num sítio desconhecido. Colchões estão espalhados pelo chão. Sento-me num, embora me sinta abaixo de forma para fazer os exercícios. Começam a dizer que eu estou muito gorda e uma pessoa mais gorda do que eu é quem mo diz.

Estou a fazer elevações de costas muito custosamente quando o despertador toca.


Tuesday, January 08, 2013

Luzinhas por toda a parte

Era ainda noite cerrada quando coloquei os pés na rua em direcção à paragem onde apanharia o autocarro para os Covões. A vontade de ir até lá, como já sabeis, não era muita. Para dizer a verdade, até nem era nenhuma.

Não estava tanto frio como ontem. Menos mau. Naquele local costuma fazer um vento muito desagradável. Lembro – me de uma ocasião em que esperámos um autocarro para Mira ou não sei para onde e apanhámos com uma ventania bem fria. E mais era Verão.

Distinguir os autocarros da cidade de Coimbra dos autocarros que saíam da Rodoviária não era fácil. Estava-me a admirar e até me estava a fazer uma certa confusão ver tanto autocarro com o número dois e com tantas letras. Querem ver que mudaram as linhas dos autocarros e eu não sei de nada? A esta hora não é o catorze ou o vinte e dois que vai para os Covões.

Já ali estava há um bom bocado. O dia já estava a nascer e já dava para distinguir os autocarros melhor. Lá vinha a placa luminosa de um catorze. Não havia dúvidas. Finalmente ia para o quentinho. Já começava a sentir frio.

Sentei-me num banco da frente. Tinha de estar bem atenta. É que o autocarro trazia o dispositivo de informar as paragens desligado, o que era um problema para mim. Já tinha de estar mais atenta a referências. Vinha com uma soneira desgraçada. E se adormecesse?

Por acaso estive bem atenta e saí onde devia sair. Faltavam quatro minutos para as oito horas quando entrei no edifício das consultas externas. Ainda fui tirar uma senha quando vi que já chamavam números. Pensei que não era preciso tirar senha e realmente não era mesmo.

A Senhora Da Bata Laranja indicou-me que não precisava de me inscrever, bastava ir directamente ao bloco da Oftalmologia. Assim fiz. Mostrei o cartão e fui encaminhada para junto da porta habitual das consultas de Glaucoma.

Sentei-me nas cadeiras azuis que estavam quase vazias àquela hora. Somente ali estava uma outra senhora também para fazer campos visuais. Sentei-me ali e já estava a passar pelas brasas quando uma senhora de bata branca abriu uma porta de vidro perto de onde eu estava para ir a correr lá fora tirar o carro porque alguém queria estacionar por ali. Deixou a porta aberta e levei com um vento desagradavelmente frio na cara. Foi para acordar mas logo me deixei amolecer até o técnico dos campos visuais me chamar para fazer o exame.

Bem, agora temos de olhar para uma luzinha vermelha, dantes era um ponto negro. Agora a campainha que temos de tocar já não emite aquele som que faz lembrar uma corneta, emite um bip mais de acordo com as novas tecnologias.

O exame consiste então em ter o olhar fixo no pontinho vermelho sem o desviarmos e carregar na campainha sempre que virmos as luzinhas que vão surgindo. Devido ao meu problema, torna-se extremamente difícil manter o olho fixo em algo sem o mexer. Tentar manter o olho quieto causa um cansaço incrível e já o sentia pesado. Até me parecia que já via luzinhas a mais do que aquelas que estavam a ser colocadas. Até parecia mais do que uma.

Iria despachar-me bem cedo. Se tivesse a sorte de apanhar um autocarro imediatamente, ainda chegaria ao trabalho antes das dez.

Saía eu para a rua quando avistei um autocarro a arrancar. Ora bolas! Logo vi a minha vida a andar para trás. Iria ficar ali longo tempo na paragem à espera que passasse o próximo.

Por acaso vinha lá um catorze, o mesmo que me tinha trazido. Sentei-me por acaso no mesmo lugar e cheguei ao trabalho antes das dez horas, como eu queria.

Que casamento, aquele!

Sonhei que tinha chegado, finalmente, o dia do casamento da minha irmã. Estava um bonito dia de Primavera com um Céu azul e um Sol bem luminoso. O movimento de carros era impressionante nas imediações de minha casa.

Lembrei-me que da última vez que vi tal movimento na rua tinha sido no funeral do meu vizinho. Desta vez o clima era de festa.

Eu não sabia o que vestir. Não tinha tido tempo de comprar roupa nova e andava a ver o que tinha para aquela ocasião especial. Não tinha nada. Como iria eu ao casamento da minha própria irmã?

Acabei por encontrar umas calças muito foleiras que nunca vi na vida. À falta de outras, lá as enfiei e apareci assim na rua onde havia uma barraca com uma mesa muito generosa de comida e bebida. Eu perguntei:
- “Mas o banquete não era no restaurante? Assim ninguém vai ter fome.”

Depois cada um foi tomar café ao local que mais lhe apeteceu. Eu optei por ir a um Pingo Doce onde fiquei admirada por ver uma colega a tirar café. É que não a imaginava tão pequena. As bicas eram tiradas muito curtas , os pacotes de açúcar eram maiores do que o habitual e, mesmo sem pedir, foi apresentado bagaço em copos de vidro verde.

O despertador do telemóvel tocou meia hora mais cedo porque havia que meter pés ao caminho para os Covões onde iria fazer campos visuais.




Monday, January 07, 2013

Lágrimas

Quando se juntam dois acontecimentos nefastos num só sonho, o resultado só poderá ser um enorme alívio por acordar sossegadamente debaixo das cobertas e constatar que tudo está normal.

Sonhei que a minha irmã havia morrido assim subitamente e que o seu velório era na sala de jantar. Toda a família estava em choque e a incredulidade dominava os sentimentos de todos pela perda inesperada. Ainda custava a acreditar que pudesse acontecer uma coisa dessas.

A angústia e o desassossego ainda estavam para começar. Na minha hora de almoço, numa esplanada na Praça da República, tinha um encontro marcado com quatro sócios de uma rádio para onde tinha enviado uma candidatura para fazer um programa. Estava muito esperançada no sucesso desta reunião. Seria o reavivar do maior dos meus sonhos, senão mesmo aquele que dá sentido à minha vida desde tenra idade. Ainda não desisti dele.

O tempo estava nublado e estávamos sentados a conversar. Os quatro sócios começaram a dizer mal do meu trabalho e mencionaram o meu passado, o tempo em que ninguém me dava verdadeiramente uma oportunidade de demonstrar o que eu sei fazer.

Humilhando-me e magoando-me assim em público, os indivíduos negaram-me a possibilidade de voltar a fazer rádio- o que eu tanto queria e que me foi brutalmente arrancado em 2004, quando finalmente estava a realizar o meu sonho pelo qual tanto lutei. Infelizmente a minha vida é assim. Tenho uma tremenda falta de sorte e desta vez foi o agravamento da doença e a reviravolta na minha vida que a ela se seguiu que ditaram o fim do meu sonho. Não a relutância em acreditaram nas minhas capacidades ou a falta de transporte como dantes acontecera.

Gostaria de fazer rádio, em part time, sem cobrar nada, apenas pelo prazer de realizar o meu sonho. Naquela época, estava de rastos devido aos problemas que me assolavam. Entrava ali para dentro para gravar os programas e outro brilho se notava nos meus olhos. Muita gente mo disse nessa altura. Era verdade. Eu sinto um prazer enorme em fazer rádio. A par do Desporto, foi uma das coisas que me custou deixar. Sem essas duas coisas, ainda hoje sinto que parte de mim se desmoronou e nunca mais se restituirá, mesmo que eu tenha agora sucesso e que consiga outros voos, nada me trará de volta essas duas coisas que perdi e que eram a minha razão de viver.

Lembro-me de uma ocasião, dias antes de ser operada aos olhos pela primeira vez, em que estava lavada em lágrimas. Entrei para o estúdio e saí de lá como se nada fosse. Esqueci por completo os problemas que me afligiam e que não eram nada poucos. Havia o medo e o risco de cegar totalmente.

Talvez por se estar a repetir (ou por eu estar a sentir que se está a repetir) a mesma história, com realização dos campos visuais, adiamento da consulta de Glaucoma para o mesmo intervalo de dias de 2004, o meu subconsciente vem agora buscar isto para me lembrar, como se fosse possível eu esquecer, que nunca posso dizer que estou bem, que estou feliz, que finalmente me estou a realizar, que tudo me corre lindamente mas que, num ápice, posso voltar a passar por tudo isto de novo. Naquela altura, quando tudo aconteceu, tudo me estava a correr bem, tal como agora ou mais ainda.

Se me volta a acontecer a mesma coisa, não sei se me restarão forças suficientes para me reerguer, para continuar. Não foi fácil continuar depois do que aconteceu. Ainda hoje não me conformo com o Destino que me trocou as voltas quando estava a ter tudo o que merecia de bom que a vida me pudesse dar. Estes sonhos lembram-me que tudo se perdeu e que para melhor as coisas não caminham.

Estava desolada no meu sonho. As lágrimas toldavam-me a visão. Os sócios riam-se de mim. Voltei para trás ainda para lhes explicar que não me tinham de dar salário, que não me importava de trabalhar de graça. Apenas queria ter o prazer de fazer um programa durante algumas horas. Nem assim. Afastaram-se a troçarem da minha cara.

Olhei para o relógio. Já eram três da tarde. Ainda me senti pior. Já deveria ter regressado ao trabalho há uma hora. Ainda demoraria cerca de quinze minutos a chegar. Tudo isto para quê?


A reunião

Adormeci assim que me deitei. Fora um dia bem cansativo e extenuante. Apesar de a semana ter sido mais curta, foi isso mesmo que originou que tivesse mais trabalho nos dias que se seguiram.

Qual não foi o meu espanto quando acordei…ao som do meu despertador habitual que, como já deveis saber, está sempre a despertar para as seis e meia. É que nem dei conta de ter adormecido. Nem coloquei as gotas nos olhos, nem tomei os comprimidos. Estava mesmo cansada e no outro dia nem me iria levantar tarde.

O rádio estava sintonizado na M80 e, àquela hora, passa música de expressão portuguesa. Ainda demorei algum tempo a adormecer novamente mas estava no quentinho e não me apetecia levantar. Dali a uma hora teria mesmo de enfrentar o frio.

Passo rapidamente da vigília para o sono. Há uma cortina formigante que atravessa esses dois mundos e eu salto de um para o outro. No mundo da vigília estou com a cabeça enterrada debaixo das cobertas a ouvir música e no mundo do subconsciente, embora lúcido, há uma sala relativamente pequena onde estou com colegas meus e onde estão a ser projectados diapositivos.

Há duas filas de mesas como numa pequena sala de aulas com umas cadeiras castanhas. E lá está ela novamente…a dormir. É incrível! Mas por que será que sempre sonho com essa nossa colega adormecida em qualquer lado? Depois do autocarro a caminho de Compostela há dias, eis que agora dorme debruçada numa mesa, na fila contrária à onde me encontro.

Bem, ninguém está a prestar atenção à reunião. Está tudo a falar, tudo virado para trás, cochicha-se, segreda-se…

Chegou-se ao cúmulo de se irem buscar taças de sopa fumegante. Daquelas taças de inox como há nas cantinas da escola. Uma para cada um.

Passo momentaneamente para o lado de cá. O formigueiro invade-me. É sinal de que posso controlar os acontecimentos. Tenho consciência disso mas apenas consigo ir de novo até à sala das reuniões onde tudo se encontra na mesma. Está tudo a comer sopa…menos a nossa amiga que come do sono, digamos assim.

Agora acende-se uma fogueira noutro local. Um senhor que eu não conheço e que se chama Nuno está-me a elogiar. Não se cansa de mostrar a sua felicidade perante o meu sucesso e remata:

- “Estiveste muito bem ontem!”

Bem, eram horas de acabar com toda aquela loucura e ir para o frio da rua.


Friday, January 04, 2013

“No More Lonely Nights”- Paul McCartney (Música Com Memórias)



Este título vem mesmo a propósito para o episódio que vou relatar e que remonta à minha infância.

Quando somos crianças, penso que não sentimos com nitidez quando estamos bem ou quando estamos mal. Se não nos doer nada, já estamos bem. É complicado percebermos algo que se está a passar fora da esfera física.

Houve, porém, um Sábado em que acordei completamente abaixo de forma e sem saber o que tinha ou o que sentia. Agora, na idade adulta, vejo que normalmente isso acontece-me a cada mudança de fuso horário ou de estação. Na altura isso já acontecia e eu não me apercebia tao bem como me apercebo hoje.

Sentia-me completamente doente sem saber a razão. Lembro-me de ter passado esta música algures e de eu ir até á mercearia da minha terra com ela na cabeça. Já tinha caído a noite e eu estava morta por chegar a cada. Um sentimento estranho invadia-me.

Não sei se me sentia triste ou doente. Se calhar as duas coisas. Lembro-me de ter acordado no dia seguinte completamente refeita.

Thursday, January 03, 2013

Akórdu Hortógraphiku

Parece que ninguém se está a entender quanto ao novo acordo ortográfico que entrará em vigor aqui em Portugal daqui a dois anos.

Segundo as últimas noticias, o Brasil adiou em um ano a introdução obrigatória das novas regras de escrita que tantas dores de cabeça estão a dar a quem tem de ler e escrever todos os dias.

Mas afinal, que ideia foi esta de alterar assim sem mais nem menos a forma de escrevermos? Por que não foram consultados os cidadãos antes de se partir para a assinatura de um acordo que só vem assassinar a nossa língua? Se o Brasil (país aparentemente mais beneficiado com as alterações ortográficas) já questiona o acordo, por que teimam em nos impingir a nós aqui em Portugal o novo acordo?

Eu sou uma velha do Restelo que não gosta de mudanças muito bruscas e radicais como estas que agora se verificam na escrita mas, ao ler algo já escrito à luz do novo acordo ortográfico, fico com um sentimento estranho. É como se de repente Portugal já não tivesse identidade própria. É como se perdêssemos até a nossa Língua Materna.

Até que me digam o contrário, escreverei como sempre escrevi. Afinal de contas, que ideia é esta de escrever “fato” em vez de “facto”, se continuamos a dizer “facto” e não “fato”? Não percebo e parece que não é para perceber.

Dói só de olhar para algo escrito á luz do novo acordo. Então será que, de repente, virámos todos uns analfabetos que escrevem tudo com erros? Teremos de regressar à primeira classe para aprendermos de novo a escrever?

A esmagadora maioria das pessoas que conheço estão contra o novo acordo ortográfico e admitem, tal como eu, continuar a escrever como sempre escreveram. Até que nos chamem ignorantes e analfabetos.

Vamos a ver se Portugal e os outros países que assinaram este acordo da discórdia param um pouco para reflectir, tal como parece ter feito o Brasil. Talvez o melhor mesmo seja rasgar o acordo e continuar tudo como dantes, cada um escrevendo na sua variante de Português.

Wednesday, January 02, 2013

2012

Uma vez que o Mundo não acabou, cá estou eu para narrar as minhas aventuras e peripécias que marcaram 2012.

Este foi um ano bem positivo para mim. Em termos laborais, o ano correu-me extremamente bem e, quando tal acontece, só posso encarar o ano que agora começa com mais optimismo e motivação para continuar tudo a correr ainda melhor.

Dois acontecimentos importantes marcam o meu ano pela positiva. Primeiro começamos com a minha integração na ADETOCO para realizarmos caminhadas. É uma forma saudável de conviver, sair um pouco da rotina, conhecer locais diferentes e, ao mesmo tempo, estar em contacto com a Natureza.

Foram muitas as aventuras e peripécias vividas nas caminhadas e as maravilhosas fotos que consegui tornaram-se uma mais-valia para este meu humilde espaço.

O outro acontecimento de grande destaque foi a experiência única e inesquecível de acampar com um grupo de escuteiros. É este, aliás, o grande momento vivido por mim em 2012. Foi simplesmente fantástico!

Quanto às leituras, o melhor livro que li neste ano que passou foi “As Profecias De Nostradamus” de Mario Reading. Tratou-se de um livro bastante interessante que me deu a oportunidade de aprender alguma coisa, ao mesmo tempo que me deixava levar pelo enredo da história que era, já de si, bem interessante.


Quanto ao post do ano de 2012, talvez escolha o que escrevi depois da leitura do livro “No Ver Está A Diferença”. É um post que está muito longo mas que diz algo sobre mim e o meu Mundo, o nosso Mundo, o Mundo sem visão ou com visão insuficiente.

Sonhos marcantes em 2012? Foram muitos, mas não tantos como no ano de 2011. O meu subconsciente andou pouco produtivo em matéria de sonhos dignos de aqui serem narrados, ou seja, sonhos com um fio condutor interessante para serem narrados como uma história. Neles morri sem me ter apercebido, vivi peripécias conjuntas em viagens com amigos e colegas, voei, deixei navegar a minha semi-inconsciência à deriva…A melhor peripécia onírica vivida neste ano que passou foi a narrada em “Top Kilimanjaru”. Uma loucura mesmo onde o limite era mesmo a imaginação.

Para terminar, nem só de factos positivos se fez este ano que passou. Também se registaram alguns factos negativos, especialmente no último mês. As perdas de amigos, familiares e animais de estimação deixam sempre as suas marcas.

De todos estes acontecimentos, destaco a perda de um homem que muito deu à causa dos deficientes visuais e que nos deixou de uma forma tão trágica. O Dr. José Adelino Guerra será sempre por nós lembrado por tudo o que fez por nós e pelo excelente Ser Humano que era.

Perspectivas para o ano que agora começa? Que pelo menos seja um ano igual ao que passou, na hipotética impossibilidade de vir a ser melhor.

Para começar, irei ter logo uma prova de força no dia 8 de Janeiro que encaro com alguma apreensão. É esta a minha sina, a minha maldita sina, que me impede de viver a minha vida de uma forma normal. Se estou feliz e as coisas me correm muito bem como estão a correr, penso sempre que essa felicidade pode ser abalada, tal como o foi há uns anos atrás, por complicações inerentes ao problema que carrego desde que fui gerada. Viver com essa ameaça não é fácil, acreditem.

Desde aquele terrível ano de 2004, quando tudo desabou sobre a minha cabeça, que não faço campos visuais (exame oftalmológico que serve para verificar se o campo visual se está a estreitar ou não). Irei fazer este exame novamente na próxima terça-feira. Depois terei uma consulta. Se já encaro as consultas com grande apreensão, imaginem agora com campos visuais, cuja recordação de os fazer remonta aos tempos mais tenebrosos da minha vida?

É isso agora que me está a impedir de viver a minha felicidade, o meu momento mais positivo na plenitude. Vamos ver se nada acontece desta vez.

Boas entradas em 2013

À semelhança do que aconteceu no Natal, também a Passagem de Ano decorreu no seio do lar na companhia da família.

Umas apetitosas amêijoas abriram as hostilidades no que ao jantar dizia respeito. Seguiu-se frango, chanfana (coisa de que não gosto) e sobremesas variadas.

A confraternização marcou grande parte da noite. Toda a gente estava unida, feliz e com saúde.

Hoje as festividades continuaram em casa de uns primos nosso do Luso. O meu primo teve umas más entradas em 2013, uma vez que se encontrava doente mas talvez o resto do ano lhe corra muito melhor. Já me aconteceu começar muitíssimo bem um ano e acabá-lo pessimamente também por motivos de saúde.

Já estou farta de ver comida, especialmente sobremesas, à minha frente. Quando chegar a Coimbra amanhã, andarei a pão e água para desintoxicar. Bem, só não faço isso porque tenho de ter força para trabalhar e dar o meu melhor, senão era isso mesmo que me apetecia fazer.