Wednesday, February 29, 2012

Faltaram os golos no primeiro jogo do novo estádio

Portugal empatou em Varsóvia a zero com a selecção da Polónia num jogo particular que serviu para inaugurar o novo estádio que servirá como palco de abertura do próximo Euro 2012. O principal responsável por não haver golos foi Rui Patrício que se pautou como o melhor jogador em campo.

Antes de o jogo se iniciar, houve lugar a uma sentida homenagem ao antigo jogador português Jaime Graça que ontem faleceu.

A bola mal se vê. É de uma tonalidade esverdeada como o relvado. Vai ser muito complicado hoje para mim seguir as jogadas.

O primeiro remate do jogo pertence a Nani logo aos quatro minutos para defesa do guarda-redes polaco. Hugo Almeida também remata mas para fora. Portugal começa ao ataque neste jogo.

A Polónia chega pela primeira vez à área de Portugal mas sem perigo. Aos treze minutos de jogo, a Polónia ensaia outro remate à baliza portuguesa com algum perigo.

Já é o segundo remate de Nani neste jogo. Tal como aconteceu na sua primeira tentativa, saiu praticamente à figura do guarda-redes polaco. E ainda mais um. Já é o terceiro e novamente para o guarda-redes segurar. Este duelo promete!

Lesionado, Fábio Coentrão pede substituição. Nelson do Bétis de Sevilha prepara-se rapidamente para o render.

Os repórteres da RTP 1 estavam justamente a gabar a cordialidade e o fair play entre as duas equipas quando surgiu por acaso um desentendimento entre vários jogadores. Quem mandou falar? Por acaso o sururu foi rapidamente sanado.

Na sequência de um livre a castigar uma falta cometida sobre ele próprio, Cristiano Ronaldo remata ao lado.

O jogo até está interessante, tem lances perigosos de parte a parte mas faltam verdadeiros lances para golo.

Agora está estendido no chão o Jogador Número Dez da Polónia.

Finalmente um lance de perigo digno de registo. E é da autoria de Cristiano Ronaldo.

Moutinho agora é travado pelo Jogador Número Oito da Polónia. Tratou-se, portanto, de um duelo de oitos.

Ai que sorte agora para nós! Bruno Alves deixou ir um avançado polaco na direcção da baliza. Do que nos livrámos! Que sorte mesmo! Rui Patrício afinal ainda defendeu.

A Polónia agora mostra as garras a escassos instantes do intervalo.

Nani remata já em cima do apito do árbitro para o final da primeira parte. Regista-se o nulo no marcador.

Na segunda parte entra Manuel Fernandes para o lugar de João Moutinho que tem de ser poupado para o embate com o Glorioso na próxima sexta-feira.

É mostrado um cartão amarelo a Miguel Veloso apesar de o jogo ser amigável.

O Jogador Número Dez da Polónia remata à baliza de Portugal com algum perigo. Ainda do mesmo jogador foi um remate que Rui Patrício foi obrigado a defender para canto.

Hugo Almeida é substituído por Postiga e Pepe cede o seu lugar a Rolando. Cristiano Ronaldo também sai e entra Ricardo Quaresma.

Mal entrou, Quaresma tirou logo um cruzamento bem venenoso para a baliza polaca. Afinal foi Nani a cruzar e não Quaresma.

Outra vez o Jogador Número Dez da Polónia no chão. A relva e nova, deve estar fofinha.

Olhem só quem vai entrar! Nelson Oliveira. Aí vai ele para o lugar de Nani.

Olhem só quem vai sair na equipa da Polónia! Nem me tinha apercebido que ele estava a jogar. Na passada quinta-feira contra o Sporting ele já envergava a camisola catorze, só que era verde. Ele travou um emocionante duelo com Carrillo.

Entretanto, Rui Patrício nega mais uma oportunidade de golo aos polacos. Outra vez. A Polónia agora carrega nestes instantes finais.

Há um livre perigoso para a Polónia. O Jogador Número Dezoito marca o livre mas Rui Patrício não tem problemas em o defender.

O jogo chega ao fim com um empate a zero no marcador. Ainda não foi desta que se viram golos no novo estádio. Foi um bom teste para Portugal que até fez um jogo interessante. Houve algumas falhas defensivas, nomeadamente de Bruno Alves e Rui Patrício provou que dificilmente lhe conseguirão roubar o posto de guarda-redes titular da Selecção de Todos Nós.

" TT Para Quem não Vê" (fotos)







Um dia memorável

Estava previsto um evento de grande envergadura para os sócios e utentes da ACAPO proporcionado em Coimbra pelo piloto de todo-o-terreno Nuno Matos que levaria cada um de nós a viver as emoções de viajar no interior de um carro de competição.

Aguardava este evento com expectativa. De facto era algo interessante e único nas nossas vidas. Uma oportunidade que não temos todos os dias. À partida, o sucesso deste dia estava garantido.

Também houve uma outra vertente deste Domingo que me agradou muito. Encontrei velhos amigos que não via há muito. Alguns não me lembrava lá muito bem deles. Para citar um exemplo: lembram-se de uma das minhas primeiras aventuras que relatei neste blog? Aquela viagem a Lisboa para fazer testes para ingressar no curso de Fisioterapia da ONCE? Para avivar a memória, basta ir ao arquivo de Março de 2006. Nessa altura o blog ainda não estava desactualizado. Nesse dia relatei que fui até á estação com um colega de Braga que encontrei e que vinha acompanhado pelo pai. Apesar de me ter esquecido desse episódio, imediatamente o relembrei ao rever esse meu amigo que se deslocou da cidade dos arcebispos de propósito para o evento.

Depois reencontrei o meu amigo e colega do Atletismo Carlos Lopes que não via há precisamente sete anos. Desde aquele dia em que anunciei para os meus colegas ouvirem que era com muita pena e muita mágoa que me retirava do Desporto.

O terceiro encontro teve como protagonista uma antiga colega nos cursos da ACAPO. Ela não se lembrava de mim inicialmente mas eu conheci-a a milhas. Na altura ela havia desistido mas agora retomou a formação.

Também ali tinha os meus amigos habituais com quem sempre converso e brinco. Também não os vejo todos os dias. O mal dos deficientes visuais é a pouca frequência com que se encontram. Devido às limitações de transportes, nunca podemos combinar encontros entre todos e aproveitamos estes eventos sociais em que estamos todos juntos para nos encontrarmos.

Partimos para o trilho onde o carro do piloto Nuno Matos nos transportaria para as emoções únicas do Desporto Automóvel. Eu fui uma das últimas. Fui observando as reacções dos que partiram na frente. Toda a gente vinha maravilhada.

Finalmente chegou a minha vez. De forma algo atribulada, entrei para o carro e o meu telemóvel caiu-me do bolso da camisola.

O carro arrancou a alta velocidade. Fui sempre com os olhos postos no caminho para viver o momento ao máximo. Com as duas mãos a agarrar o acento do carro, os pés levantados por não chegarem ao chão, a sensação foi brutal. Indescritível mesmo. Cada pedaço de terra desaparecia numa fracção de segundos do nosso campo visual. As curvas eram percorridas a uma velocidade estonteante. Foi mesmo fantástico.

Toda a gente contava o que sentiu. Era uma experiência nova para todos nós. Fomos almoçar todos. O almoço serviu para todos podermos confraternizar um pouco mais. O piloto Nuno Matos ficou connosco e a ACAPO não deixou de lhe agradecer e de lhe oferecer umas lembranças.

Era altura das despedidas. Cada um de nós agora partiria para o seu destino.

Foi um dia memorável para relembrar mais tarde. Há muito que não tinha um dia assim repleto de emoções e reencontros. Nem nos meus melhores sonhos.

Tenda de roupa usada

O cenário é algures numa praia onírica à beira-mar. Quase não havia areia naquela praia. Tínhamos o Mar e, logo a seguir, havia uma espécie de feira onde se vendia de tudo.

Uma das tendas que lá havia vendia roupa usada, alguma ainda não tinha sido lavada. Como trazia pouca roupa para trocar, fui ali escolher umas calças de ganga já muito gastas e que me pareciam ser bastante curtas. O que interessava era que me servissem na cintura. Achava que sim e vesti-as. Ainda me ficavam um pouco largas, para além de se confirmar que me estavam curtas mas sempre passariam por corsários.

Mais fácil foi escolher uma t-shirt. Havia lá muitas do meu agrado mas acabei por escolher uma azul. Era com essa roupa improvisada que me apresentava fora da zona balnear, apesar de não estar lá muito limpa e de não fazer ideia de onde veio a roupa. Era mesmo para desenrascar.

Tuesday, February 28, 2012

“Cristiano Ronaldo- Sonhos Realizados” (impressões pessoais)



Tal como prometi, acabei de ler a biografia de Cristiano Ronaldo escrita pelo jornalista espanhol Enrique Ortego.

Nesta obra o autor dá-nos a conhecer melhor um dos melhores futebolistas do Mundo através sobretudo de fotos e da opinião que diferentes personalidades ligadas ao Futebol têm de Cristiano Ronaldo.

Um aspecto salta à vista e todos são unânimes em o citar: Cristiano Ronaldo trabalha imenso nos treinos com vista a atingir a perfeição. Não poucas vezes fica depois de os colegas já se terem ido embora do treino para aperfeiçoar as suas jogadas de fino recorte. Se calhar será aí que está a grande diferença entre ele e Messi. Enquanto o talento de Messi está no sangue, Cristiano consegue-o com o trabalho aturado que desenvolve em solitário depois dos treinos dos colegas.

Depois de ler este livro, continuo a preferir Messi a Ronaldo pela sua forma de estar na vida e no Desporto. Muitas vezes eu acho Cristiano Ronaldo arrogante e vaidoso. Anda sempre vestido com tudo o que é bom e exibe esse luxo e essa opulência pelas ruas onde passa. Relaciona-se agora com gente fina e anda em altas festas. Talvez por ser mais bonito, isso também o empurre mais para esse estilo de vida.

Em suma, ouve-se falar mais da vida social de Ronaldo fora dos relvados do que da de Messi. Se bem me recordo, nunca ouvi ou li notícias de Messi que não fossem relacionadas com Futebol que é o que interessa.

Dentro de campo são dois jogadores diferentes mas eu prefiro aquele perfume inato de habilidade futebolística que Messi tem. Por mais que me acusem de ser anti-patriota.

De seguida volto a uma temática que me é muito querida- a temática dos vampiros. Começo a ler outra obra sobre esses seres sobrenaturais.

Saturday, February 25, 2012

Queria privacidade mas não tinha nenhuma

Este é mais um sonho que relata as minhas aventuras e peripécias numa casa de banho. Esta casa de banho tinha várias entradas e, por essa razão, não tinha privacidade absolutamente nenhuma.

Essa casa de banho fazia parte de um local desconhecido onde eu estava e que era frequentado por muita gente naquela tarde. Realizava-se ali uma festa ou qualquer outro evento social de grande envergadura.

Amigos chegados, colegas e desconhecidos estavam ali presentes e, a certa altura, toda a gente ia sair para a rua para assistir a uma procissão ou algo desse género.

Como me apetecia ir à casa de banho e estava lá sempre imensa gente nas imediações, resolvi ficar por ali e deixar que todos fossem embora para poder estar ali à vontade na casa de banho.

A entrada da casa de banho era composta por duas portas duplas de vidro transparente. Quando julgava que estava ali sozinha e estava tudo sossegado, logo aparecia alguém que também tinha ficado para o mesmo fim. Eu logo recuava, deixava passar a pessoa e voltava a esperar que ninguém ali estivesse para entrar.

Tentei então fechar a porta por dentro mas ela não fechava lá muito bem. Que vida a minha! Ao fim de muitas tentativas, lá a consegui fechar. Agora sim, estava ali sossegada e não havia hipótese nenhuma de ninguém entrar. Mas…

Alguém incrivelmente conseguiu abrir a porta e já me estava a chatear batendo à porta do lado de fora. Oh não!

Tomei uma decisão radical. Fui fechar as duas portas de vidro que separavam o átrio da zona das casas de banho. Agora sim, estava sossegada. Ninguém me iria incomodar.

Enganei-me. Conseguiram abrir as portas. Já lá estava uma multidão no pequeno cubículo mal iluminado onde estavam as duas casas de banho minúsculas com velhas portas castanhas de madeira com ferrolhos enferrujados que mal fechavam.

Estavam ali fora umas dez pessoas, homens e mulheres, mal cabiam todas ali. Que vida a minha!

As pessoas que depois chegaram da rua começaram-me a chatear porque lhes fechei a porta da casa de banho por dentro antes de elas saírem para a rua e uma colega nossa estava-se a sentir mal. Estava bastante indisposta e saiu assim para a rua. Contaram que a tiveram de transportar ao colo durante o percurso. Se eu não tivesse fechado a porta, ficava a dormir no chão da casa de banho, não?

Agora o sonho passa-se no meu quarto…ou no quarto da minha irmã lá em casa. Acordo a meio da note. Está tudo escuro. O rádio está a sussurrar irritantemente. Nem me havia apercebido de que o havia deixado ligado. Não entendia nada do que algumas vozes femininas estavam a dizer. Pareciam falar Chinês ou Japonês. Queria desligar o rádio mas tinha preguiça de o fazer. Deixei-o estar.

Acordei já no meu quarto real. O rádio não estava ligado e ainda faltava uma hora para o despertador tocar.

Resultados iguais mas sortes diferentes

Depois de ontem o Porto ter sido eliminado pelo Manchester City, torcemos hoje pelo Sporting e pelo Braga para que continuem em frente na Liga Europa.

Ai o Sporting é que está a jogar de branco? E foi com esta equipa que sonhei há tempos, eram exactamente estas camisolas verdes.

Enquanto eu divago aqui um pouco, Schaars vê cartão amarelo. Do livre nada resulta.

Há um lance perigoso do Sporting. O remate final parece pertencer a Carrillo.

Ljuboja quase causou o pânico na área do Sporting. Parece que os centrais do Sporting são o Rodriguez e o Polga- uma dupla bem consistente, sim senhor.

Valeu de muito demorarem tanto tempo a marcar o livre! Para Matias Fernández fazer esta beleza de remate…

Na Turquia o Braga faz pela vida. Chegam notícias de uma jogada de perigo protagonizada por Ruben Amorim.

GOOOOOLOOOO do Braga. O autor foi Lima aos vinte e cinco minutos. Ainda é possível.

Insua agora chuta a bola…para um espectador na bancada apanhar. Há agora uma defesa complicada do guarda-redes do Legia de Varsóvia.

O Braga continua a atacar na Turquia. Enquanto Hugo Viana tenta o remate, Hugo Almeida entra ainda com trinta e quatro minutos de jogo.

Em Alvalade sai um cartão amarelo para o Jogador Número Catorze do Legia por falta sobre Carrillo. O Jogador Número Dezoito do Sporting seria curiosamente o próximo cliente do cartão amarelo.

Quim responde com uma espectacular defesa a remate de Manuel Fernandes. Os dois jogos chegam ao intervalo com um nulo em Alvalade entre o Sporting e o Legia e o Braga a vencer em Istambul o Besiktas por 0-1. Se os jogos terminassem agora, o Sporting seguiria em frente e o Braga seria eliminado. Vamos então torcer pelos arsenalistas!

A baliza do Legia esteve agora em apuros. Quase fazia autogolo, o guarda-redes da equipa polaca.

Por protestos, o Jogador Número Trinta e Um do Legia viu amarelo. Queria grande penalidade.

Entretanto em Istambul, Lima quase marcava novamente. O jogo está bom na Turquia com jogadas de perigo de parte a parte.

Sai cartão amarelo agora para o Ljuboja. Entretanto há mais um emocionante despique entre Carrillo e o amigo que arranjou hoje- o Jogador Número Catorze do Legia de Varsóvia.

Depois deste corte, Carrillo fica sentado no relvado Entretanto no Legia sai o Jogador Número Vinte e Cinco, um jogador com um nome tão impronunciável que estavam dois repórteres da Antena Um a tentar dizer mas não conseguiram.

Entretanto os dois peruanos do Sporting- Carrillo e Rodriguez- saem lesionados.

Paulo Sérgio da Antena Um:
- “Vi agora pelas imagens da SIC e Rodriguez sentou-se claramente no chão. Não sei se há selecção do Peru agora, senão o homem vai e joga.”

Estava bem a adivinhar que Izmailov seria o próximo a lesionar-se. Estava a recuar demais, a defender muito, a correr mais do que mandam as suas parcas condições físicas. Então Sá Pinto não sabe que este jogador tem de ser tratado com pinças, tal é a sua fragilidade? Esqueceram-se de lhe dizer.

Para quem foi agora o cartão amarelo? Para o João Pereira? Foi pois. Do livre nada resultou e afinal o cartão até foi para Anderson Polga.

Agora é Rui Patrício sentado no chão. E o Sporting já esgotou as substituições.

Wolfswinkel de cabeça cria perigo mas estava fora de jogo. O golo do Sporting surge pouco depois marcado por Matias Fernandez. O sporting segue em frente e vai defrontar o Manchéster City. A jogar como está hoje, arrisca-se a levar uma enxurrada de golos ainda pior do que a que levou há uns anos nas duas eliminatórias disputadas com o Bayern de Munique. Se o Porto levou, o Sporting muito mais levará.

Carriço ainda vê amarelo. Rui Patrício também ainda defende um remate perigoso de um jogador do Legia.

É erguido bem alto pelo árbitro um cartão amarelo para o Jogador Número Dois do Legia de Varsóvia.

Enquanto Ljuboja remata em Alvalade, o jogo termina em Istambul com a vitória do Braga por 0-1 que infelizmente não chegou para seguir em frente.

Capel ainda vê um cartão amarelo mas o jogo chega ao fim e o Sporting segue em frente na prova. Tem de melhorar muito se quer enfrentar o Manchester City. A jogar assim arrisca-se a sofrer uma humilhação de todo o tamanho.

Lá por casa

Como já não vou a casa há duas semanas (e nem vou tão depressa) começo a ter este tipo de sonhos.

Curiosamente, o cenário deste sonho é…a sala de minha casa. Estava lá sentada quando o meu telemóvel tocou. Era a minha mãe muito chorosa e desesperada.

Por entre falhas de rede que quase não davam para perceber o teor da mensagem, ela ia contando aquilo que me pareciam ser más notícias.

Há mais de duas semanas que o meu pai não saía da cama e estava cada vez pior, recusando-se a sair de casa para ir ao médico. Afinal era algo mais do que uma simples gripe.

A minha mãe também me contou que um rapaz chamado Diamantino que passava à nossa porta todos os dias, tinha morrido de repente. Nem quis acreditar porque ainda há dias o tinha visto e ele aparentava ter um ar saudável e bem disposto.

Encontro-me agora no terraço de minha casa, junto a uma arca que na realidade lá existe com roupas velhas. Empunhava um pequeno gravador ligado, não sei a que propósito. Quando eu era adolescente é que adorava levar gravadores ligados para todo o lado para gravar disparates.

Um pequeno rato negro trepou pelas mangas da minha camisola acima e ameaçava morder-me e arranhar-me. Eu bem gritava a plenos pulmões pelas minhas gatas, para me virem acudir, mas nenhuma se atrevia a apanhá-lo. Ele continuava a ameaçar de dentes afiados e penso mesmo que me chegou a morder.

Acordei. De rato nem sinal.

A videochamada

Ainda agora me estou a rir com esta amálgama pegada de disparates que foi este sonho que tive numa noite em que acordava rigorosamente de duas em duas horas.

Era mais um dia normal de trabalho em que eu estava normalmente no meu gabinete como sempre estou. O meu telemóvel tocou como sempre costuma tocar mas, desta vez, de forma incrível, eu estava a ver através do ecrã quem me estava a ligar. Essa era boa!

A chamada provinha até de uma loja pequena e tinha sido feita pelo adjunto dessa loja que aproveitou para me ir apresentando um a um todos os colegas. A imagem tinha uma qualidade impressionante.

Toda a gente se encontrava presente num amplo armazém que eu não imaginava que uma loja tão pequena possuísse. Para além dos habituais camiões que habitualmente descarregam a mercadoria, também ali havia…autocarros. Aquilo quase parecia a Rodoviária de Coimbra.

Bem-humorado e sorridente, o meu colega ia-me apresentando todas as incríveis instalações daquela loja. Num amplo e bem iluminado corredor, crianças brincavam alegremente com brinquedos coloridos. Então aquela loja tinha uma creche ou um ATL? Estava mesmo muito à frente.

O tempo foi passando. O meu interlocutor e os colegas desculparam-se da desarrumação que havia no escritório e culpavam por esse facto uma colega que ali não estava por ter entrado de baixa. Mais à frente no sonho a versão já era outra. Ela veio abrir mas foi para casa, tendo o meu colega que me ligava sido chamado à pressa para a substituir, por isso estava tão sentido com ela. Ainda mais à frente no sonho, ela simplesmente tinha ido de férias para o Brasil. Vidinha boa!

Aquela chamada já devia estar a durar horas. Não sei precisar em que altura do sonho me juntei aos meus interlocutores mas penso que no corredor das crianças já os acompanhava.

Queria trabalhar, fazer outras coisas, mas continuava ali a falar com os colegas. Aquele era um mundo maravilhoso. Dava a impressão que eles tinham avançado aí uns vinte ou trinta anos no tempo. O jovem colega, no meu sonho, já exibia uns charmosos cabelos grisalhos à José Mourinho.

Acordei de toda aquela loucura eram cinco e trinta e dois da madrugada. Pensei em apontar o sonho imediatamente mas achei que ele era tão memorável para não me lembrar dele mais tarde.

Assim aconteceu. Pouco ou nada dormi durante a hora que ainda faltava para o despertador tocar.

Por acaso ninguém me ligou dessa loja, antes me contactaram por mail e foi a colega que não participou no sonho. Faltou constantemente a luz no meu gabinete devido a problemas de fusíveis que foram logo resolvidos.

Friday, February 24, 2012

“Psicopata Americano” (impressões pessoais)



Apresento-vos uma obra desconcertante que me foi emprestada por um amigo e que aproveitei para ler. O escritor é americano e chama-se Bret Easton Ellis. Até à data nunca tinha ouvido falar dele.

Esta obra é uma sátira a uma classe social que dominou a América nos anos oitenta. Eles eram jovens bem sucedidos e ricos que levavam uma vida de luxos e excessos e eram conhecidos como yuppies. Eram de tal forma estilizados que era difícil distingui-los. Vestiam-se da mesma maneira, não se afastando muito das suas normas e costumes, usavam o mesmo penteado, frequentavam os mesmos restaurantes e discotecas (quase sempre as mais chiques ou que tinham acabado de abrir) e consumiam os mesmos produtos de luxo.

Neste livro é ridicularizado esse comportamento a ponto de o escritor partir da ideia de que, se acaso um deles fosse um assassino em série, facilmente sairia impune porque não haveria como o identificar para o condenar. E dessa ideia nasce esta obra que combina a comédia dos usos e costumes de uma classe social com o terror puro através dos crimes hediondos que o personagem comete.

Patrick é um jovem bem sucedido nos negócios e na exigente vida de Wall Street. À partida, nada o distingue dos outros yuppies com quem se relaciona, no entanto, Patrick é um tipo muito estranho que vê morte e terror em tudo, até na comida. Os seus instintos assassinos levam-no muitas vezes a deixar os seus amigos para ir procurar alguém para matar. Os seus alvos preferenciais são mulheres que leva para casa, se envolve com elas e depois as mata de forma hedionda durante ou depois do acto sexual. Digamos que ele tem um fetiche pela morte e pela mutilação. Acaba com a vida de prostitutas e também com a de raparigas da sua classe que encontra nos lugares chiques que frequenta.

Muitas vezes nota-se que o protagonista tenta proteger as raparigas que lhe são mais chegadas dos seus próprios instintos assassinos. Ele nunca chega a assassinar a Evelyn, a Courtney ou a Jean. Foge sempre delas quando o seu instinto de morte se apodera dele.

Tirando os crimes em série que comete, as mutilações, o espectáculo de morte a que gosta de assistir, Patrick gosta de treinar no ginásio e de ver o programa da Paty Winters que deve ser uma espécie de programa da Fátima Lopes. Digamos que nessa altura já havia esse formato de programas nos Estados Unidos e só em finais dos anos noventa, com a chegada da SIC e da TVI é que chegou ao nosso País.

Nesta obra ressalvo a forma como a história nos é contada que nos permite ter uma ideia bem aprofundada do mundo de Patrick, dos seus instintos, dos seus sentimentos (ou da falta deles) e das suas aspirações. Esta história é-nos contada sob a forma de um diário narrado pelo próprio protagonista que vai ao minucioso ponto de descrever o que cada uma das pessoas com quem se encontra está a usar (refere as marcas todas) e não deixa ficar para trás o que de mais sombrio lhe passa pela cabeça. Estou seriamente a pensar fazer um diário do mesmo género quando tiver o blog actualizado. Seria engraçado. Ao ler este livro, lembrei-me muito desta música por causa das referências às marcas.



De referir que houve um capítulo neste livro em que o protagonista fazia uma reflecção e tecia as suas impressões pessoais sobre a carreira de Whitney Houston. Curiosamente a leitura desse capítulo coincidiu com a data da sua morte. Eu não sabia o nome deste tema e, graças a esta obra, fiquei a saber.



O que eu achei mais engraçado neste livro? O facto de, mesmo entre eles próprios se confundirem uns com os outros, tal é o padrão de comportamento entre os yuppies. Marcavam mesas em restaurantes de luxo no nome uns dos outros e isso permitiu muitas vezes a Patrick levar as suas vítimas a jantar em restaurantes chiques com mesa marcada no nome de outro companheiro que ficaria com as culpas do crime mas que se viria a provar estar noutro local naquele dia.

Esta leitura alimentou em mim uma certa inspiração. Parto do mesmo pressuposto do autor. Alguém imaginaria um homem com um emprego sério em Wall Street a esquartejar e a mutilar pessoas depois de as torturar até à morte? Eu diverti-me a imaginar, por exemplo uma avozinha, dona de casa, que mal consegue arrastar as pernas a sair pela calada da noite e a semear o horror pelas ruas empunhando objectos do quotidiano usados com a finalidade de cortar, mutilar, torturar, matar. Fui mais longe. Imaginei gente conhecida com uma vida normal, um emprego, uma família, pessoas pacatas, algumas até um pouco desajeitadas a cometerem crimes do mais hediondo que há. Imaginei uma dessas pessoas com uma faca na mão e imaginei-a a usar essa faca a matar a primeira pessoa que encontrasse. Com um bocado de sorte, ainda usaria o lado errado da faca para degolar a vítima. Não deixei de me rir com a ideia.


Vamos mudar um pouco de género literário mas o personagem da obra que vou ler não será muito diferente do Patrick em termos de gosto pelo que é caro e luxuoso, pelos prazeres da vida. Tirando o facto de ter um instinto assassino, em tudo se parece com este personagem. Aliás, como reagiria a comunidade internacional se acaso se lançasse o boato de que Cristiano Ronaldo se levantava pela calada da noite e saía por aí a espalhar o terror? Acho que haveria gente que não se importava mesmo nada de ser morta por ele, digo eu. Penso nisto. Imediatamente me começo a rir. Terror só nas imediações das balizas adversárias.

O Jogador Número Três do CSKA

Num frio relvado sintético em Moscovo, o Real Madrid não foi além de um empate perante o CSKA de Moscovo. O golo de Ronaldo não chegou para evitar outro resultado que não fosse o empate a uma bola conseguido pela equipa russa nos últimos segundos de jogo. O marcador do golo foi o jogador com quem engraçámos durante a partida.

Estamos com escassos minutos de jogo e já Ronaldo é travado em falta pelos adversários.

Sai agora um remate perigoso do CSKA na direcção da baliza de Casillas.

Olha o Pepe no chão! Isto é que é assunto! Ele, que normalmente deixa os adversários assim estendidos no chão a contorcerem-se de dor. Não é nada de grave. Ele já se levantou.

Depois de um remate, Benzema contrai o que me parece ser uma lesão muscular que o impede de continuar em campo. É substituído por Higuain.

Já ali há sururu. Vamos a ver no que dá. Em nada. Nem cartões foram mostrados. Incrivelmente.

Há golo de Cristiano Ronaldo quase à beira da passagem da meia hora de jogo.

Ronaldo sofre falta do Jogador Número Quatro do CSKA. Na cobrança do livre, a bola não passa da barreira.

Ronaldo queixa-se agora porque choca com o temível Jogador Numero Três do CSKA. Lembram-se daqueles desentendimentos que houve há pouco? Ele era o protagonista-mor deles e deveria ter visto um cartão, digo eu. Deixem-me adivinhar por que joga ele com a camisola três! Porque o Pepe também joga com esse número e deve ser o grande ídolo dele. Aposto em como no final do jogo irão trocar as camisolas. Isto se ambos acabarem o jogo e não forem expulsos.

Aldonin ainda remata à baliza do Real Madrid já em tempo de compensação mas o resultado não se altera. O golo de Cristiano Ronaldo faz a diferença no marcador quando o intervalo chega.

Sai agora um cartão amarelo para Xabi Alonso por falta sobre o Jogador Número Dezoito do CSKA.

Ronaldo cruza e Callejon falha. Escassos minutos depois, o mesmo jogador volta a falhar.

De livre, Ronaldo remata por cima depois de mais uma das faltas durinhas do Jogador Número Três do CSKA.

Musa remata à baliza de Casillas mas sem perigo. Entretanto sai novo remate por cima de Ronaldo do outro lado do campo.

E só agora é que o nosso amigo que arranjámos hoje- o Jogador Número Três do CSKA- Vê o cartão amarelo. À enésima falta e depois de ter espalhado todo o seu charme de caceteiro e desordeiro.

Agora é Sérgio Ramos a ver o cartão amarelo por protestos. Fábio Coentrão também estava a protestar.

Mais uma tentativa de Cristiano Ronaldo para marcar o segundo golo do Real Madrid. Entretanto outro jogador português do Real Madrid – Fábio Coentrão- vê amarelo por falta sobre Oliseh.

Sai um remate de Honda que entretanto já se encontra em campo a que Casillas se opõe com uma magnífica defesa.

Sai mais um remate de Cristiano Ronaldo ao lado mas estava fora de jogo.

Já nos derradeiros segundos do jogo, o CSKA chega ao golo do empate por Oliseh, me parece a mim. Ah, quem marcou o golo do CSKA foi o nosso amigo- o Jogador Numero Três do CSKA. Como se não bastassem as nódoas negras que distribuiu pelos pupilos de Mourinho, ainda marcou um golo nos instantes finais de jogo. Esse é que Mourinho deveria agredir e insultar mas não se atreve sequer a aproximar-se dele, antes que leve uma cabeçada.

Há boas hipóteses de o Real Madrid passar à eliminatória seguinte. O golo marcado fora e o facto de jogar em casa podem ser decisivos.

Wednesday, February 22, 2012

Descascando laranjas

Toupeira Dum Raio! Que pegou em duas laranjas e as descascou para o saco das provisões em vez de as descascar para o saco do lixo!

Caminhada 19-02-2012


















O Mondego sempre presente

Já aqui foi referido que dormi pouco nessa noite mas, à hora combinada, lá estava eu pronta e ansiosa por botar os pés na estrada para mais uma caminhada. Desta vez iríamos até Penacova.

Todos nós levámos roupas mais leves mas estava bastante frio em frente à Rodoviária.

Quando chegámos a Penacova, o tempo estava algo nublado e fazia ainda algum frio mas, a pouco e pouco, o Sol foi abrindo e tornou esta jornada maravilhosa.

O percurso não foi tão exigente como o anterior. Caminhámos muito em estrada e num trilho de terra batida sem granes incidentes ou obstáculos. Estava mesmo a saber bem, ainda para mais com aquelas belas paisagens proporcionadas pela presença do Mondego a acompanhar-nos.

Vale a pena ver as fotos que se seguem. Elas falam por si e foi difícil fazer uma selecção das melhores para aqui colocar. Estavam todas maravilhosas.

Banida do Maxithlon

Apesar de não ter dormido lá muito bem, ainda deu tempo para ter este sonho algo intrigante que me deixou ainda mais nervosa do que estava. Quando acordei, suspirei de alívio por tudo aquilo não ter passado de um sonho.

Sonhei que estava em frente do computador e discutia com alguém ao mesmo tempo. Não sei como, imediatamente, tinha no ecrã um aviso de uma multa avultada. Motivo? Desrespeito pelas boas práticas e bons costumes com recurso a ofensas verbais graves.

Imediatamente a minha conta do Maxithlon ficou com saldo negativo suficiente para ma encerrarem. Fui retirada da minha conta e, quando tentei fazer login novamente, já não consegui. Fiquei desesperada.

Estava bastante triste. Tanto trabalho investido para tudo acabar assim. Teria de começar tudo de novo e esperar aí umas sete semanas para criar uma nova conta começada do Zero.

Ainda bem que acordei, até porque também estava a sonhar com muitas coisas relacionadas com o trabalho. Foi uma note para esquecer. Ainda bem que ia descarregar toda a minha fúria na estrada e nos trilhos que seriam percorridos, a ver se acalmava.

Telefonema a umas horas jeitosas

Não sei dizer exactamente que horas eram mas sei que eram mais de duas da manhã porque já tinha acabado o Flash Dance na M80.

O meu telemóvel tocou com aquele toque não personalizado para números que não conheço. Saltei da cama como uma mola, com uma espécie de um choque eléctrico a percorrer o corpo e com o coração nas mãos. O que se teria passado para me estarem a ligar a uma hora daquelas?

Atendi com as mãos trémulas a agarrar desajeitadamente o telemóvel. Do outro lado atendeu uma voz masculina que sussurrava e, perante os meus gritos de “quem fala?” foi adiantando que fizesse pouco barulho, que estava a falar da casa de banho e não queria que ninguém ouvisse. Insisti.

Ele disse que se era o Pedro e eu perguntei o que se passava porque imediatamente me lembrei que fosse o meu vizinho e que se tivesse passado alguma coisa. Ainda estava algures entre a vigília e o sono.

Quando ele me chamou “tia” é que eu o informei que estava a ligar para o número errado e que não eram horas de acordar assim as pessoas. Ele pediu-me mil desculpas e desligou exclamando:
- “Ai que vergonha! Peço imensa desculpa por a ter acordado!”

Foi o suficiente para não dormir nada de jeito nessa noite. Tinha de me levantar bem cedo para a caminhada.

Do Sul até ao Norte

Como me levantei bastante tarde, tive preguiça de apontar este sonho e alguns dos pormenores perderam-se.

Recordo que estávamos em amena cavaqueira a falar sobre visita a localidades portuguesas. Em casa, dizia à minha irmã que nunca tinha ido a Benavente e ela, com muita mágoa, dizia que adoraria visitar Gaia.

Duvido muito que ela, na realidade, nunca tenha ido a tal sítio. Ela, que tanto caminha para aqueles lados.

Disse-lhe que já lá tinha ido pelo menos duas vezes. Isso é verdade mesmo.

Resolvemos ir até lá. Havia uma estação de comboios e, nos arredores, havia restaurantes, supermercados e vendedores ambulantes.

Havia tendas onde se vendia roupa. O que lá se vendia mais eram blusões vermelhos mas eram muito cheios de enfeites e eu não gostava de nenhum.

Acordei na altura em que parece que finalmente tinha achado um blusão vermelho de que gostava.

Regressam as emoções da Liga Europa

Depois do empate a dois do Sporting em Varsóvia que lhe abre boas perspectivas de passagem à eliminatória seguinte, vamos ver o que faz o Porto em casa frente ao todo poderoso Manchester City.

Rolando, de cabeça já cria imenso perigo. Mourinho também remata ao lado da baliza defendida por Joe Hart.

Danilo pode ter-se lesionado com alguma gravidade ao fazer um corte de carrinho arriscado que lhe pode valer um cartão amarelo. Deitado na maca, Danilo vê então o cartão amarelo.

Mangala entra a toda a pressa para o lugar do lesionado Danilo enquanto que o Manchester City cria perigo.

Nasri cria perigo mas Helton defende. Entretanto Yaya Touré vê o cartão amarelo.

Hulk agora reclama uma grande penalidade por uma alegada falta de Kompany.

Aos vinte e sete minutos, Varela inaugura o marcador. O cruzamento é de Hulk. Entretanto Helton faz uma magnífica defesa a remate de Balotelli mas o avançado apareceu em posição irregular.

Agora Moutinho também se queixa do joelho depois de um lance que protagonizou com Nasri.

Mais um lance de perigo a rondar a baliza de Helton. Faltou mostrar um cartão amarelo a Alvaro Pereira por ter jogado a bola com a mão. David Silva marca o livre resultante dessa infracção mas Helton defende.

O intervalo chega com a vantagem parcial do Porto contra o Manchester City por 1-0.

Parece que foi Richards que rematou ao poste.

Alvaro Pereira vê agora o cartão amarelo e fica de fora no jogo da segunda mão. E depois de ver aquele cartão, o jogador uruguaio do Porto faz agora um autogolo que dá o empate ao Manchester City.

Kompany vê cartão amarelo por falta sobre Hulk. O livre apontado pelo Jogador Número Doze do Porto fica na barreira mas o árbitro entendeu que Nigel De Jong saiu antecipadamente e exibiu-lhe o cartão amarelo. Nova tentativa de Hulk na marcação deste livre para defesa de Joe Hart para canto.

Sai mais um cartão amarelo para outro jogador do Manchester City. O árbitro turco mostra assim três cartões amarelos aos jogadores da equipa inglesa em três minutos. Onde é que eu já vi uma coisa destas?

E sai ainda mais um cartão para Nasri. Fora do campo, Balotelli, que entretanto fora substituído, vai dando o seu habitual espectáculo. É um pratinho, este jogador italiano.

Aguero, que deve ter entrado a substituir Balotelli, faz agora o segundo golo do Manchester City.

Mangala também sai lesionado para a entrada do belga Defour. Maicon regressa novamente ao centro da defesa onde começou o jogo. Ele que com a saída de Danilo e a entrada de Mangala havia passado para a lateral direita.

Ainda há tempo de Richards ver amarelo por falta sobre James. É um livre perigoso mas o jogo termina sem que o Porto tenha tido capacidade para alterar o resultado de 1-2 a favor da equipa inglesa com que termina a partida.

Camisa algo encardida



Como me visto muito cedo e quase às escuras, não reparei que a camisa aos quadrados bem quentinha que vesti estava suja. Como se sujou assim?

Só quando cheguei ao trabalho é que reparei que ela assim estava. Também é em tons de cinzento. Com pouca luz é difícil de reparar, ainda por cima quando eu sou uma Toupeira Dum Raio.

Ainda pensei em ir a uma loja de chineses comprar uma camisola à hora de almoço mas não estava para gastar dinheiro. A solução foi andar sempre com o casaco vestido. Também estava muito frio, diga-se de passagem.

Tuesday, February 21, 2012

Por que estava eu tão irritada?

Foi uma note de sonhos com um denominador comum; andei sempre com os nervos à flor da pele, sempre chateada, sempre irritada, a resmungar com toda a gente, a elevar a voz…

No primeiro desses sonhos, parece que não tinha nada que vestir em casa. Realmente é quase verdade mas sempre tenho alguma coisa. No sonho pensava que tinha lá roupa mas enfiaram-ma para algures e não aparecia. Como eu fiquei fula por a minha roupa não aparecer! A esganar as goelas virada à minha irmã que também barafustava bastante comigo. Para complicar ainda mais as coisas, os meus pais ainda acudiam pela minha irmã, o que me deixava ainda mais irritada.

Depois ainda sonhei com cabritos a saltar pela casa e que também me irritavam profundamente.

Por último, comecei a barafustar com a minha mãe porque queria que ela fosse à mercearia da terra arranjar umas caricas numeradas que davam um prémio qualquer relacionado com o Benfica.

Irra, que estava mesmo insuportável! Fujam, se acaso me apanharem assim na vida real!

Whitney Houston

Só soube hoje de manhã que esta grande cantora que cresci a ouvir nos deixou mas a sua voz permanecerá imortal para quem gostava de ouvir as sua baladas como eu. Em jeito de homenagem escolho a minha canção favorita e um tema já gravado na fase de decadência da cantora mas que seria também uma excelente balada cantada com a voz que Whitney tivera noutros tempos. Nem a reconheci neste tema.Que descanse em Paz!



Saturday, February 18, 2012

Frio como o tempo

Ao longo destes dias, pouco ou nada de relevante se tem passado. O Sporting não ganha, o Porto e o Benfica goleiam, o tempo está tão frio que nem apetece fazer nada…a não ser ficar debaixo das cobertas e pouco mais há a relatar.

Ah, e sonhei que não me deixavam fazer rádio.

Wando

Fiquei hoje a saber ouvido a rádio que o cantor brasileiro Wando faleceu vítima de morte súbita. Em jeito de homenagem, deixo aqui duas canções deste artista. A primeira é a primeira música que me lembro de ter ouvido na rádio e a segunda e uma bela canção que ficou conhecida por fazer parte da banda sonora da novela Roque Santeiro.



Pagar e bufar

Agora, que se estão a acabar também as regalias para os mais poderosos, há que arranjar dinheiro a todo o custo para manter os seus elevados vícios.

Agora o Governo inventou que todos os deficientes têm de desembolsar cinquenta euros para renovarem a certidão multiusos. Isto é uma roubalheira!

Tenho de faltar ao trabalho, perder o subsídio de alimentação, deixar tudo por fazer e que é muito, provavelmente tenho de sair mais tarde e deixar de descansar ou de fazer outras coisas. Isto sem contar com o dinheiro que fui gastar para casa em transportes. Bem feitas as contas, foram mais que os cinquenta euros que tive de pagar à entrada antes que me arrependesse e fugisse.

Graças a Deus ainda trabalho, com menor ou maior dificuldade mas trabalho imenso para conseguir cinquenta euros que vão parar aos cofres do Estado para depois serem gastos nas jantaradas e nos luxos dos políticos ou para financiarem o rendimento mínimo de alguém do calibre do individuo que vou descrever ainda no decorrer deste meu post de indignação legítima.

Venho eu de péssimo humor de Águeda por ter vindo de propósito renovar um documento que deveria ser vitalício e ainda por cima ter de pagar. E se eu não tivesse meios para desembolsar cinquenta euros?

Fico na estação de Mogofores onde tenho de esperar mais de uma hora pelo comboio. Que nervos! E eu com tanto que fazer, que ninguém faz o meu trabalho. Só prejuízo.

Como se não bastasse a longa espera ao frio, com fome e ralada para chegar ao trabalho, ainda tenho de aturar um bêbado que se passeia junto aos caminhos de ferro. Tresandava a vinho e ainda me veio chatear.

Ah, trazia a carteira com algum dinheiro que exibiu. Anda o Estado a tirar dinheiro a quem trabalha honestamente como eu para alimentar o vício do álcool a indivíduos como este que têm bom corpo para trabalhar.

O indivíduo andava quase de gatas em cima dos carris. E se vinha um comboio? Comecei a ouvir um barulho sem que a instalação sonora da estação tivesse anunciado a passagem de qualquer comboio. E não é que era mesmo um comboio? Ainda olhei para a linha a ver se o bêbado lá estava. Por acaso estava do outro lado a falar alto sozinho ou a moer o espírito a mais alguém. Vidinha boa!

Finalmente o comboio chegou. Depois de ter ido almoçar, lá fui trabalhar a umas tardias quatro da tarde. Tinha ainda muito que fazer e por lá fiquei até às sete e meia da tarde.

Estava mesmo cansada, chateada, aborrecida, nervosa, sei lá…

Friday, February 17, 2012

Ligaram a televisão de madrugada e estavam a ver um filme





Tive de me deslocar até casa para no outro dia estar em Águeda para renovar a certidão multiusos. Estava bastante frio, como sempre, e enfiei-me na cama bem cedo. Também estava algo cansada.

Eram aí umas duas da madrugada quando comecei a ouvir berros vindos da sala. A televisão estava ligada. Mas quem estaria a ver televisão a uma hora destas? Há muito que os meus pais estavam na cama e a minha irmã também. Que raio!

Tinha ouvido, minutos antes, o som de uma das gatas a raspar na areia. Terá depois passado por cima da mesa, colocado as patas em cima do comando e ligado a televisão.

Abri a porta da sala muito devagar. Estava a dar um filme de acção. Acendi a luz. Quando olhei para o sofá, constatei que a Teka estava deitada no sofá a olhar para a televisão como se estivesse a prestar atenção ao filme. Do outro lado, sentada numa cadeira, Feijoa miou. Fui chamar a minha mãe para ver o que elas andavam a fazer.

Claro que apaguei a televisão, ate porque estava a gastar electricidade e eram horas de dormir. Além disso, se o filme estava a passar na televisão àquela hora, não era de certeza um filme recomendado para a reputação das minhas gatas.

Wednesday, February 15, 2012

“Os Três Anjos”

De entre uma dor nas costas que me deu quando estava deitada e me demorou no sentido de voltar a adormecer e o telemóvel que, às quatro da madrugada, se lembrou de me informar que tinha mensagens novas por ler (pulei de susto), sonhei com imensas coisas das quais só lembro mesmo a parte final.

Num local desconhecido, estávamos reunidos a ultimar os preparativos para uma excursão de dois dias a algures.

No local onde nos encontrávamos havia uma pequena exposição com algumas poucas obras de Arte. Eram quadros, esculturas, desenhos, cerâmica…De entre todos aqueles objectos, havia um quadro que me disseram ser bastante famoso e ser uma honra estar ali exposto. Esse quadro era da autoria de um artista dos Balcãs que também ali estava.

Volto a frisar, que isto é muito importante, era uma honra ter ali exposto tão ilustre quadro. Mas…se de facto o era, ao menos tivessem posto a obra numa posição destacada onde toda a gente a pudesse ver, não por detrás de outros objectos. Sim, porque nos sonhos parece que as coisas quando estão em destaque estão lá no fundo ou por detrás de quinquilharias e esculturas de péssima qualidade, tal como estava este quadro. Isso é que era um destaque!

Ora vamos cá então descrever a obra! O quadro intitulava-se “Os Três Anjos”. Quando todos os objectos foram arredados da frente do quadro, quando eu e os meus colegas nos queixámos que não o conseguíamos encontrar, ficou à mostra um pequeno desenho quase infantil pintado sobre um fundo laranja. Nele estavam representadas três figuras angelicais que pareciam saídas dos desenhos animados com os cabelos louros, pintadas em perspectiva de retracto. As figuras tocavam longas flautas de pan.

Toda a gente que ali estava presente ficou admirada e algo desiludida pelas pequenas dimensões de uma obra que fora apresentada com altas credenciais. Mal se via e os outros objectos realçavam ainda mais a sua pequenez e insignificância.

Digerido este desapontamento colectivo, continuámos a discutir pormenores do nosso passeio. Estavam ali praticamente todas as pessoas que comigo se cruzaram na passada segunda-feira. Era por esses elementos que era constituído o grupo. Tudo pessoas que existem na vida real.

Agora discutia-se qual era o champanhe melhor para se levar. Eu fui dizendo a uma colega que era o da Bairrada, indubitavelmente.

O despertador tocou. Eram horas de acordar e saltar de debaixo das cobertas para o frio.

Tuesday, February 14, 2012

Estou por aqui de frio

Sinceramente, já me começa a irritar tanto frio. Não se pode fazer nada, praticamente é chegar do trabalho e meter-me debaixo das cobertas porque rapidamente os pês me arrefecem e, com os pés frios, não consigo descansar.

Mas o que se passou nestes dias para além de estar a tiritar de frio e a praguejar contra ele? Nada de especial aconteceu.

A única coisa de que há registo é da passagem da Académica à final da Taça. De resto, mais nada se passou.

05-02-2012











Primeira caminhada

As temperaturas baixas não me intimidaram nem me demoveram de participar na caminhada em grupo por Castelo Viegas.

Estava ansiosa para que chegasse finalmente este dia para poder estar ao ar livre, em contacto com a Natureza, a confraternizar, a ver novas caras e, acima de tudo, a descomprimir da rotina de uma árdua semana de trabalho como tive.

Percorremos locais maravilhosos, andámos por trilhos, por matas, por quintas, por laranjais. Tudo isto me encheu de prazer e de uma energia renovada para enfrentar mais uma semana de intenso trabalho e com frio intenso.

Para mim as longas caminhadas não constituem problema. Estou habituada a fazê-las e com bastante carga às costas. Lamento agora não ter tanta disponibilidade. Quando começar a ser de dia às seis da tarde, quando aquecer mais o tempo e quando tiver os fins-de-semana que irei passar a casa mais livres, irei fazer longas caminhadas como fazia antes de começar a trabalhar. Neste Verão também caminhei pela cidade mas não é a mesma coisa que caminhar no campo.

No final desta caminhada, houve sopa quente com bastante carne que soube muito bem a quem tinha fome e frio.

Em Coimbra fazia um frio insuportável quando chegámos. Troquei de roupa e enfiei-me debaixo das cobertas para aquecer. Estava gelada. Estava ali tão bem, que até nem me levantei para ver o jogo do Glorioso na televisão, vejam lá. Não me estava a apetecer voltar a colocar os pés no frio depois de ter tido tanto trabalho a aquecê-los.

A próxima caminhada já está marcada para o próximo dia 19 de Fevereiro. Mal posso esperar. Enquanto isso, há que curar estas bolhas nos pés provocadas pelos sapatos novos de caminhada.

No próximo post colocarei as fotos que tirei com o telemóvel. Tirei imensas mas só vou colocar as minhas favoritas.

Monday, February 13, 2012

Coisas que sô se passam em sonhos

Nesta noite sonhei com muita coisa mas recordo com mais nitidez o episódio do encontro que não se viria a verificar entre mim e uma velha amiga que já não vejo há imensos anos.

Ela acabou por não comparecer ao encontro que eu aguardava com grande entusiasmo e expectativa, enviando uma amiga em seu lugar. A amiga disse-me que a minha velha amiga não me iria reencontrar porque, pura e simplesmente, não queria saber de mim ou da minha irmã para nada. Fiquei completamente destroçada.

Cheguei a casa um dia e reparei que as grades e os portões tinham sido pintados de vermelho e amarelo. Nem soube o que dizer, apenas disse que a casa ficava um tanto ou quanto esquisita assim. Realmente assim era.

Também me lembro de sonhar com fichas médicas e algo relacionado com o trabalho.

Despesas

Depois de ter ficado a dormir até bastante tarde, meti pés ao caminho até lá acima ao Dolce Vita.

Claro que aproveitei para ir à SportZone para comprar umas sapatilhas especiais para a caminhada de amanhã. Depois andei a dar uma vista de olhos em algo de que gostasse e que estivesse em saldos. Comprei três camisolas às riscas para vestir na Primavera.

Desci um nível e fui à Box mas parece que lá havia menos livros do que das outras vezes. Não havia lá mesmo nada de jeito. Mesmo assim acabei por comprar dois livros.

Como vinha com sede, ainda entrei no Jumbo para comprar uma garrafa de água.

Sou uma gastadora.

Friday, February 10, 2012

Sonhos de uma noite de Inverno

Estava uma noite bem fria. Por essa razão, meti-me debaixo das cobertas bem cedo, quase logo depois de ter saído do trabalho.

De entre muitas coisas que sonhei nesta noite, destaco um episódio onírico bastante apropriado para esta realidade que temos agora de temperaturas baixas.

Sonhei que folheava um jornal e via as temperaturas para os próximos dias. Nos próximos dois dias, as temperaturas atingiriam valores bastante negativos, nunca antes vistos em Portugal. Lá para meio da semana, os termómetros subiriam vertiginosamente até uns insuportáveis quarenta e quatro graus nada apropriados para esta época do ano.

Adoro estes sonhos que têm como tema as condições climatéricas e os fenómenos atmosféricos raros. Aqui tenho mais um para juntar à extensa colecção que inclui um sonho completamente contrário a este que eu tive em pleno Verão. Ah, e lembro-me de ter sonhado que haveria pouca ou nenhuma precipitação em 2012. Até à data, esta profecia está a cumprir-se.

Wednesday, February 08, 2012

O caderno

Foi uma noite em que até dormi bastante bem, talvez por ter sido um dia de trabalho bastante intenso que me deixou bastante cansada. De facto, não me posso gabar de ter muitas noites assim bem dormidas sem uma única interrupção em que acendo o candeeiro e vejo as horas. Isso esta note não aconteceu.

Dos inúmeros sonos que tive, destaco esta história que recordo mais intensamente. Tinha comprado um daqueles cadernos normais A4 pretos para apontar as minhas aventuras e desventuras para depois serem dadas a conhecer no meu blog. Deixei o caderno em casa quando lá fui passar o fim-de-semana.

Quando regressei a casa no fim-de-semana seguinte, fiquei furiosa porque o caderno aparecia rabiscado em todas as folhas. Para me irritar, a minha irmã resolveu encher todas as folhas do meu caderno novo com rabiscos e desenhos daqueles que fazia quando era criança. Daqueles do calibre dos que fez numa caixa de sapatos…que eram para devolver à loja na Moita. Quando me lembro disso, não posso deixar de me rir. Ela pensava que estava a desenhar nas caixas dos sapatos que eram para ficar para nós e desenhou nas caixas dos sapatos que eram para devolver. Ainda hoje veijo a cara da minha mãe na loja com as duas caixas de sapatos, cada uma com uma boneca em tons de laranja e preto.

Desta vez não achei a mais pequena piada às “obras de arte” e nem lhe perguntei o que é que ela queria como castigo. Os dois pés e as duas mãos trabalhavam intensamente para a punir por ter bulido com o meu caderno novo. Estava realmente furiosa, enraivecida, fora de mim, possessa mesmo.

Lembro-me ainda de sonhar que uns fios eléctricos me perseguiam por a corrente eléctrica os atrair até mim. Nem com a minha imaginação a trabalhar a quinhentos por cento me lembraria de tal coisa para um texto de terror daqueles que gosto de escrever mas agradeço ao meu subconsciente pela dica.

Fugia desesperadamente dos fios que ameaçavam electrocutar-me, fechei-me a toda a pressa na casa de banho mas mesmo assim eles passaram por debaixo da porta. Onde me enfiar? Para onde fugir agora? Estava encurralada.

Mais tarde apercebi-me de que esses mesmos dois fios estavam entranhados no rabo de um pequeno gato preto. Enchi-me de coragem e arranquei-lhos de um só esticão. Nunca mais me importunaram.

Acordei apenas e só quando o despertador tocou.

Tuesday, February 07, 2012

O homem das calças azuis e o homem da camisola verde

Sonhei que esperava transporte numa mal iluminada estação da Rodoviária ou de comboios. Um indivíduo que não primava pelo esmero em termos de higiene pessoal e que aparentava estar bastante embriagado abordou-me com propostas obscenas.

Eu ferrei-lhe um pontapé na canela da perna direita Ele continuou a chatear-me e eu fui-lhe à cara com um directo bem no meio daquele nariz bem sujo. Ele deixou-me em paz, foi tentar a sorte noutro lado mas voltaram-lhe a bater.

O homem que vestia umas velhas calças azuis de fato de treino quase a caírem-lhe aos pés de tão largo que já estava aquele elástico foi, finalmente, capturado por uma imensa multidão que lhe deu uma monumental tareia.

A outra parte de que me lembro nesta noite de sonhos tem como tema central um jogo de Futebol em que o Sporting jogava para as competições europeias….com o Panathinaikos da Grécia que também veste de verde. Não sei onde fui eu buscar isto.

O ambiente nas bancadas estava animado. Adeptos sportinguistas faziam a hola, apesar de o jogo ser fora. O que aconteceu a seguir, só mesmo em sonhos pode acontecer…e mais não sei…às invenções em termos de arbitragem que andam por aí, não seria de admirar uma coisa destas.

O árbitro dirigiu-se às bancadas onde se estava pura e simplesmente a festejar. Nem insultos estavam a ser dirigidos fosse a quem fosse. Fazia-se a hola, entoavam-se cânticos e mais nada. Isso vale cartão amarelo? Bem, se já há a estupidez de se mostrar cartão amarelo por se festejar um golo tirando a camisola ou saltando as bancadas, qualquer dia teremos cartões amarelos do calibre deste mostrado a um jogador que tinha ficado de fora da convocatória na bancada misturado com os adeptos da sua equipa a vibrar com o jogo tal como eles.

Toda a gente ficou embasbacada por o árbitro ter tido o trabalho de se dirigir à bancada e ter mostrado o cartão amarelo. Nunca antes se tinha visto tal coisa. Segundo as novas regras, podiam-se mostrar cartões a jogadores que estivessem nas bancadas a assistir a jogos. Essa era boa! Quando não se jogasse, não se ia então ao estádio ver o jogo da sua equipa. Ficava-se no sofá de pantufinhas calçadas a assistir ao jogo pela televisão. Isto enquanto não inventam um meio tecnológico que permita aos árbitros vislumbrarem quantos nomes o jogador sentado no sofá de sua casa lhes chama e não carregarem num botão com a cor amarela ou vermelha. Dado o conservadorismo dos dirigentes do Futebol Mundial, isso nunca iria acontecer, estejam descansados.

O jogador…do Sporting que tinha visto o insólito cartão amarelo foi…o Kaz (por onde anda esse jogador? A última vez que soube dele, alinhava no Vitória de setúbal que, por acaso também equipa de verde). Ele estava algo diferente, agora que era suplente do Sporting. Já não usava o cabelo tão curto.

Foi um sonho bem engraçado e bem estúpido. Aquela de se mostrarem cartões amarelos a jogadores nas bancadas partiu tudo.

Varela marcou dois golos mas o Feirense perdeu o jogo

Em Santa Maria da Feira, o Benfica venceu o Feirense com alguma dificuldade por 1-2.

Figura do jogo? Fernando Varela que neste encontro alinhou como central. Um jogador que está nos três golos que se marquem num jogo só pode ser mesmo o homem do jogo. Primeiro marcou contra o Glorioso e colocou a sua equipa em vantagem. Na baliza contrária, o mesmo jogador marcou o primeiro golo do Benfica na própria baliza. Para terminar em beleza, Varela fez uma falta para grande penalidade sobre Nolito, salvo erro. Cardozo, que esta época até tem andado a falhar menos grandes penalidades que nas épocas anteriores, converteu-a no segundo golo.

Este jogo fica marcado pelas reduzidas dimensões do relvado do campo do Feirense que não permitiam ao Glorioso explanar as suas habituais jogadas de fino recorte técnico. Foi com alguma dificuldade e alguma sorte que aconteceu esta vitória tangencial.

No dia seguinte, o Porto viria a ser derrotado sem apelo nem agravo pelo Gil Vicente por 3-1 e deixou fugir o Benfica. Ninguém nos pára!

Monday, February 06, 2012

Maus marinheiros

Sonhei com imensas peripécias nesta noite mais fria do que as anteriores. A noite terá sido tão agitada, que nem um cobertor estava preso ao fundo da cama de manhã quando acordei. Talvez esse facto nem se deva à intensidade dos sonhos. Estava uma noite muito fria e eu tentava puxar a roupa mais para cima, de modo a cobrir até a cara para me proteger do frio.

Começo a descrever este sonho a partir do momento em que entram em cena uns incrivelmente grossos e estranhos balões verdes. Fiz um esforço tremendo para encher um mas lá consegui. Afinal de contas, toda a gente gaba o meu fôlego para encher balões. Apesar das dificuldades, lá o consegui encher e andava a brincar com ele e com a gata da minha irmã na cozinha de minha casa.

A gata espetou uma unha no balão e, devido à sua espessura, começou a esvaziar muito lentamente. Recordo-me vagamente de estar a tentar filmar estas brincadeiras com o telemóvel.

Encontramo-nos agora num recinto com muitas semelhanças com a Estação de Coimbra mas sem linhas. Realizava-se ali uma espécie de festa que tinha como objectivo exaltar tudo quanto fosse português. Havia palanques montados onde se cantava sobretudo o fado e se exaltavam os nossos gloriosos feitos aquando dos Descobrimentos.

Chegados do Alto Mar, ancoravam imensos barcos e navios naquele porto onírico. Os tripulantes, envergando roupas civis, iam saindo dos seus barcos. Eram homens de todas as idades. Havia indivíduos para cima dos setenta anos e havia jovens que mal tinham completado dezoito anos.

A minha irmã acompanhava-me na visita a este evento. Não sei se ali estava mais alguém naquele final de tarde chuvoso que prometia ser animado. O fado cantado com alma por uma voz feminina ecoava por todo o recinto. O chão estava molhado e escorregadio devido à chuva intensa que terá caído ao longo de todo aquele dia.

Dos barcos continuavam a sair os marinheiros, ilustres descendentes dos heróis da nossa História (com marinheiros como estes, Vasco da Gama daria cambalhotas no túmulo e cobria a caveira de vergonha). A maioria deles aparentava um estado deplorável de embriaguez, não usava a farda da Marinha, dizia palavrões e obscenidades a cada duas palavras, e, como se tudo isso não bastasse, os modernos marinheiros lusitanos ainda escarravam e vomitavam descaradamente no recinto que já de si estava escorregadio e se começava a encher de gente.

Vimos um jovem de estatura média e aí com uns vinte anos de idade, envergando umas calças de ganga e uma camisola castanha, que vomitava copiosamente no chão. A minha irmã puxou-me para que nos afastássemos dali mas, do outro lado, havia dois indivíduos a fazer a mesma coisa ou pior.

Virámo-nos novamente para o lado onde se encontrava o jovem marinheiro a dar azo ao seu enjoo. Era incrível como a mesma pessoa se encontrava ali há já longos minutos sempre a vomitar. A minha irmã exclamou:
- “Irra, que ele vomita David, vomita Golias…”
Mas onde fui eu ou o meu subconsciente buscar isto? Nunca tal ouvi!

Arredámo-nos. O recinto já estava uma lástima, uma porcaria, um nojo. Já nem sabíamos onde colocar os pés.

Lembro-me também de ter sonhado com carne e com peixe já em muito mau estado e com uma chamada de telemóvel que até estava a ser interessante mas acabou-se a bateria. Penso que isso até foi antes dos balões porque já não tinha bateria para filmar as tropelias com os balões. Agora lembro-me.

Refira-se que, enquanto eu aponto este sonho no meu caderno de apontamentos, mesmo a propósito, toca na rádio a música que tinha pensado para banda sonora deste sonho e que não poderia ser outra que não esta dos Sitiados.

Por que carga de água sonho eu tanto com marroquinos?

Foi uma noite de sono interrompida por volta das cinco menos um quarto da madrugada quando acordei sobressaltada devido a uma lancinante dor do lado direito da minha cabeça que durou escassos minutos.

Nessa altura já levava muito para contar em termos de sonhos. Ora vejam!

Sonhei que a minha irmã tinha ido para um local exótico, cheio de areia, onde chovia uma chuva morna, onde havia festa e comida abundante. Esse local exótico foi identificado pelo meu subconsciente como sendo Marrocos.

Certa vez desloquei-me até lá para visitar a minha irmã. A areia estava toda suja de restos de comida e espinhas de peixe que nos picavam e se entranhavam nos nossos pés descalços.

Comia-se uma piza com excelente aspecto. E eu que ainda não tinha comido e estava bastante esfomeada! Deram-me um pedaço daquela piza mas, como sabiam que eu não me contentava só com aquela ração de combate, deram-me outro pedaço ainda maior para o caminho antes de me ir embora. Refira-se que estava a chover mas fazia imenso calor.

Na rádio passava um programa em que estava em destaque a vida de um jogador marroquino que tinha sido…professor de Filosofia. Até podia ser o Faouzi. Começo a depreender que sonho com marroquinos depois de ver um jogo do Guimarães. Será, se não estou em erro, a única equipa portuguesa que conta no seu plantel jogadores dessas paragens. E logo dois.

Agora encontro-me numa espécie de centro comercial num local não identificado. Era cá em Portugal. Comprei marcadores para desenhar e, incrivelmente, havia lá à venda lápis de cor desaparelhados das caixas, usados, de diferentes marcas e calibres, com os bicos partidos ou por afiar e…alguns deles estavam mesmo afiados nas duas extremidades. Quando eu andava na escola primária, para me armar em engraçadinha, tinha o hábito de fazer isso. Assim, se um bico se partia ou não estava afiado, tinha ainda a outra ponta para escrever.

Ali também havia imensos livros que me poderiam interessar.

Através de uma rede social, tinha entretanto chegado a notícia da morte de uma jovem de nome Guida que morava na minha terra. Na realidade, não há lá ninguém com esse nome. Onde raio fui buscar isto? Foram chegando fotos da sua última homenagem em que estudantes de Coimbra estavam rigorosamente trajados com as suas capas negras e os seus emblemas.

Tinha de ir. Tinha de estar no trabalho às duas em ponto. A minha irmã queria-me acompanhar até ao local onde iria apanhar transporte mas eu sempre fui dizendo que sabia onde era.

Fiquei extremamente transtornada por saber que apenas tinha transporte às quatro horas da tarde. De nada valeu termos corrido a toda a pressa a pensar que tínhamos transporte à uma da tarde.

Como eu estava zangada por não ir trabalhar a horas! Como odeio atrasos! Felizmente tudo não passava de um sonho e o despertador tocou. Não chegaria ao trabalho atrasada.

Thursday, February 02, 2012

“O Amante Do Vulcão” (impressões pessoais)





Esta é mais uma incursão por romances clássicos da literatura mundial. Desta vez faço uma viagem até á época da Revolução Francesa e aproveito para avivar a memoria um pouco mais sobre essa época histórica.

Nesta obra, Susan Sontag traz-nos através de uma viagem no tempo, a história de vida do diplomata inglês em Nápoles. Apesar de viver rodeado de luxos e, aparentemente, poder comprar tudo o que lhe apetecesse para a sua colecção de objectos de arte, nutria grande admiração pelo Vesúvio em erupção. Passava grandes momentos a observá-lo da sua janela privilegiada que mandou construir no seu gabinete e escalava muitas vezes a montanha para o observar mais de perto ou recolher rochas para a sua colecção.

A temática do coleccionismo esteve sempre presente nesta obra. Eu, que também adoro coleccionar, embora não concordando com muitas das coisas que li, não deixei de achar curioso.

Achei particularmente divertidas as cenas iniciais que tinham como protagonista o Rei de Nápoles que era alguém que, apesar de ter nascido no seio da família real, deixava transparecer que descia ao nível do povo ou talvez mais baixo ainda. Havia um contraste bem vincado entre ele e a sua esposa que era bastante racional. Naquela altura não se podia afirmar convictamente que era ela quem mandava mas era isso que acontecia na prática. O Rei só pensava em comer, ir à caça, tinha divertimentos um tanto ou quanto estranhos para a sua condição social e não sabia comportar-se razoavelmente. Todas as gargalhadas que esta obra me conseguiu arrancar tiveram como protagonista o Rei de Nápoles.

Um facto marcante nesta obra tem a ver com os casamentos do embaixador. Ambas as suas esposas são o oposto uma da outra. Literalmente. A primeira é mais reservada, frágil, sensível, delicada, enquanto que a segunda já é mais sociável, calculista, com alguma desonestidade…até as origens são diferentes.

Chegam os ventos da Revolução Francesa a Nápoles e com eles toda a instabilidade e o drama que se vive. Pessoas são torturadas ou condenadas a enforcamento e guilhotina. A liderar esta onda de morte estão os protagonistas desta história. Muitos inocentes perderam a vida injustamente e os nossos protagonistas caem em desgraça, mesmo o herói britânico que venceu as batalhas contra Napoleão. Todos morrem sem honra nem glória.

Foi interessante a ideia de colocar os mortos a falar na última parte do livro, a darem a sua versão dos acontecimentos que todos viveram em comum. Ficou ali a faltar o Rei de Nápoles. Devia ser engraçado. Eu não percebo por que razão se fala tanto de uma republicana chamada Leonor Fonseca Pimentel que é quem fecha a obra. Talvez a escritora se identifique com ela ou talvez ela simbolize uma viragem na forma como a participação feminina na sociedade seria vista dali em diante. Esta poetiza da Revolução morreu enforcada em Nápoles e aparece para dizer mal de todos os restantes personagens desta obra. Com isto, também me leva a pensar que a presença do seu testemunho talvez queira dar um cunho imparcial e desinteressado ao que se é dito sobre os protagonistas. As pessoas que haviam deixado o seu testemunho postumamente tinham laços afectivos umas com as outras e Leonor estava algo distanciada delas.

Foi uma leitura agradável e extremamente positiva. Deu para recuar às aulas de Historia que ficaram lá bem para trás e recordar o essencial da Revolução Francesa.

De Nápoles, viajamos através da leitura até Nova Iorque e entramos na mente de um depravado psicopata americano. “Psicopata Americano” é o nome do livro que estou a ler.

Wednesday, February 01, 2012

Teka calça um carro



Sonhei que estávamos à lareira num final de tarde de Inverno em que fazia imenso frio e estava bastante escuro já na rua.

Por acaso eu até ouvi parar um carro à minha porta mas não liguei. Pancadas fortes e angustiadas fizeram-se ouvir no vidro da porta da sala. Era a minha vizinha. A minha irmã foi abrir para ver o que é que ela queria. Parecia desesperada. O veículo continuava estacionado à minha porta com os faróis ligados.

Muito aflita e a soluçar, a minha vizinha disse-nos que aquele carro tinha atropelado uma das nossas gatas. De noite não dava para distinguir qual delas era. Olhei para dentro e não vi nenhuma das duas à lareira.

Já sem saber para onde me virar, regressei à eira. Ouvi o tossir de uma gata. Era a que estava precisamente junto ao carro. Era a Teka. Quando a minha vizinha lhe pegou, verificou que ela tinha uma das patas traseiras em muito mau estado.

Afinal a Feijoa até estava dentro de casa. Eu não a tinha visto antes. Estava enroscada numa cadeira que se encontra junto aos sofás. Na realidade essas cadeiras estão aí mesmo. Aliás, este sonho quase pareceu real. Poucos ou nenhuns traços oníricos são visíveis. Tudo o que aqui aparece, existe ou poderia muito bem acontecer na realidade.

Apoiando-se somente em três patas, Teka corria pela casa tão velozmente como se tivesse as suas quatro patas todas em condições.