Thursday, October 31, 2013

“Que raio de bichos são estes?”


Com esta mudança de horário, chego ao final do dia completamente extenuada com o cansaço acumulado de mais um dia de trabalho. Como se isso não bastasse, tenho ainda de actualizar o blog, pois já estamos no final do mês e ainda leio um pouco.

Mal me deito, logo adormeço e quase não me lembro com precisão do que sonhei. Para narrar hoje, sobram os instantes de sonhos antes de acordar. Refira-se também que agora também acordo antes do despertador.

Sonhei que a janela do meu quarto dava para a rua como nos velhos tempos. Deitada em cima da minha cama em desalinho e com a luz acesa, ouvi uma coruja na rua e logo a comecei a imitar.

Senti algo a passear-se por coma da minha cama. Olhei e vi uns seres bastante estranhos. Como os descrever. Eram pretos e peludos, tinham imensas patas e deviam ser aí do tamanho de cãezinhos recém-nascidos. Pareciam aquelas aranhas de veludo que se compram no Carnaval para assustar.

Peguei em dois (um em cada mão), apertei-os bem e corri para a cozinha a perguntar que raio de bichos estranhos eram aqueles.

Eles debatiam-se para se libertarem e ameaçavam morder-me e arranhar-me com aquelas mil e uma patas que tinham. Ninguém os soube identificar.

Acordei. O despertador ainda não tinha tocado.

Aparento ser cada vez mais jovem

Eis-me aqui preparada para contar um episódio delicioso passado nos Covões.

Estava um idoso aí dos seus oitenta e muitos anos a inscrever-se para a sua consulta no balcão. Já tinham chamado pelo número da minha senha mas o homem demorava ali uma eternidade porque trazia uma infinidade de papéis e não sabia quais deveria apresentar.

Uma outra senhora também já dos seus setenta e muitos anos colocou-se atrás de mim no mesmo balcão e perguntou-me se eu estava para consulta. Respondi que sim mas depois ela acrescentou:

- “Ah, vieste com o teu avô!”

O meu avô era o idoso que estava à minha frente com um punhado de papéis na mão ainda a proceder à sua inscrição. Escusado será dizer que não conhecia o senhor de lado nenhum. Essa foi boa!

No Parque dos Monges


Este ano as comemorações de mais um aniversário da ACAPO decorreram no Parque dos Monges em Alcobaça. Esse facto levou a que me inscrevesse também.

Tivemos sorte. O dia estava magnífico com sol, céu azul e temperatura agradável. Partimos de Coimbra mais tarde do que o previsto porque o autocarro que já transportava associados das delegações do Porto e de Aveiro atrasou-se um pouco.

Mal chegámos, senti a grandiosidade do local. Que bela tarde se iria ali passar em contacto com a natureza e com animais de espécies raras que eu nunca tinha visto de perto.

O almoço estava uma maravilha. Depois das entradas, foi servida uma sopa bem nutrida de feijão e carne, que mais parecia uma feijoada. Toda a gente adorou. Depois chegou o prato principal composto por lombo com puré de maçã, arroz e salada. À sobremesa comemos maçã assada ou cozida (não sei bem). Houve quem optasse por doce mas eu preferi a maçã.

Caminhámos depois pelo parque para vermos sobretudo os animais. O que mais me fascinou foram os cangurus. Nunca tinha visto nenhum ao vivo. Tinha um pequeno problema: queria-lhe tirar uma fotografia mas não sabia como chamar cangurus. Sei como se chama um cão ou um gato, um canguru não. Nunca antes tinha chamado algum.

Houve quem se tivesse aventurado a fazer slide. Também havia canoas e eu vi mais uma vez adiado o meu sonho de experimentar a fazer canoagem por não ter quem fosse comigo.

A tarde ia caindo. Regressámos ao interior onde foram apagadas vinte e quatro velas de mais um aniversário da ACAPO e depois lá fomos seguindo para os autocarros.

A viagem de regresso fez-se na maior animação com toda a gente a afinar as vozes em divertida cantoria.

Ficam as memórias fotográficas, sobretudo as fotos tiradas a animais que nunca tinha visto antes.

Wednesday, October 30, 2013

“Peregrinação” (impressões pessoais)


Os Descobrimentos e as crónicas dessas viagens heróicas e longínquas são uma leitura apetecível para a geração actual de Portugueses, tão descrentes e desiludidos que estão com sua Pátria. Ouvir narrar ou ler os nosso feitos de há século atrás enche-nos indubitavelmente o ego.

Ouvi falar de Fernão Mendes Pinto quando ainda andava no ensino preparatório e a sua fama de mentiroso não deixou de ser focada nessa aula.

Realmente esta obra é incrível, dada a quantidade de peripécias que acontecem, das quais os protagonistas escapam sempre com maior ou menor dificuldade. Verdadeiros ou ficcionados, estes factos são simplesmente deliciosos. Recomendo toda a gente a ler.

Bond, James Bond- vai ser ele o protagonista da próxima obra qae vou ler.

Terreno movediço em Espanha

Sonhei que eram tantos os candidatos ao Festival Eurovisão da Canção, que o evento durava vários dias.

A Espanha era a favorita a vencer. Um dos concorrentes era também autarca numa pequena localidade que eu decidi visitar, aventurando-me a apanhar autocarro para lá depois de vir da praia.

Quando cheguei, desci numa paragem no meio da rua. A estrada era rústica como as das aldeias. Resolvi ir a pé sem destino para conhecer um pouco o local.

A certa altura, deixaram de se ver casas, sendo a estrada substituída por terreno irregular de terra batida.

Não se via ninguém. Apesar de sentir que me afastava irremediavelmente para longe, continuei. Passou por mim um grupo de jovens vestidos de amarelo que faziam o percurso em sentido inverso.

Vendo que não havia mais nada à frente a não ser caminho cada vez mais irregular, decidi então voltar para trás mas o caminho tinha-se alterado perigosamente. Enormes crateras ameaçavam abrir-se a meus pés e mais à frente já havia um enorme precipício. Não tinha outro remédio, que não saltar lá para dentro.

As pessoas vestidas de amarelo gritavam e alertavam para o facto de a terra me poder engolir. Eu já estava a tirar terra de cima de mim antes de ficar submersa.

Tomei a decisão de escorregar por ali abaixo, apesar de o terreno me ameaçar engolir.

Acordei aliviada por estar em terra firme.


Memórias confusas de um tempo que não era bem aquele

Antes de mais, há que colocar a banda sonora do “estúdio 2”.




Eu nem sei o que dizer disto! Foi um sonho deveras surpreendente e o meu subconsciente teve de escavar muito nas memórias lá atrás para ir buscar isto. Ainda estou sem palavras para explicar por que carga de água apareceu isto agora nos meus sonhos. Quer-se dizer, ela comprou os ténis que estavam em promoção no Jumbo para me oferecer? E por que raio a fui buscar, se já nem me lembrava que alguma vez tivesse trabalhado em Oliveira do Bairro na rádio. Essa foi mesmo muito boa! Fiquem aí e leiam!

Sonhei que, depois aí de uns vinte e tal anos (penso que foi em 1988 ou 89) uma antiga locutora da Emissora Voz da Bairrada esperava por mim e pela minha irmã num local muito chique que ficava aqui perto de onde eu moro. De referir que aqui nem há um local desses.

Ela vinha carregada de presentes para nos dar. De referir que nós não a conhecemos a ela, nunca sequer lhe fomos apresentadas. Apenas ouvia os programas que ela fazia à tarde. Só aí uns dois anos depois é que começámos a frequentar a rádio e viemos a conhecer e travar amizades com quem veio a seguir a ela. Nessa altura já tinha nascido a lenda do “estúdio 2”- um local onde se iam buscar discos raros que não passavam muito. Com um bocado de jeito, a tal lenda até é anterior a 1988. Depois quando eu fui à rádio pela primeira vez, vendo que havia um amplo espaço lá em cima que aparentemente não servia para nada e estava fechado, é que eu comecei a magicar o que lá havia e localizei ali o “estúdio 2”.

Voltando ao sonho, a nossa amiga vinha carregada de mimos para nós. Para mim trazia uns ténis que eu logo depreendi que os tivesse comprado no Jumbo, pois ouvi o anúncio da promoção.

Os donos do requintado estabelecimento onde decorreu tão emocionante reencontro (sem que algum dia sequer tivesse havido um primeiro encontro) presentearam a nossa amiga com algo feito de diamantes que eu pensei que ela nos ia oferecer. Eu que não ligo muito a jóias. Sinceramente, dou mais valor a ténis. Sempre são mais úteis para andar na rua.

Eu experimentei o ténis do pé esquerdo ainda com um papel lá dentro enquanto aguardava que a nossa amiga que há muito não víamos saísse da casa de banho para onde tinha entrado para se pôr chique juntamente com mais duas senhoras.

Envergando uma saia preta e uma blusa rosa, Ana (é esse o seu nome) caminhava comigo junto à porta do meu prédio mas correu novamente para dentro do estabelecimento, alegando estar muito cansada para andar a pé e o seu coração se ressentir disso.

Viajando agora calmamente de carro, íamos falando de tempos idos (que nunca vivemos em conjunto), do “estúdio 2” e do tema do Mike Oldfield que eu inventei que lá iam buscar para gravar publicidade.

Acordei completamente boquiaberta. Se o nosso subconsciente nos costuma pregar partidas, esta foi uma delas.


Já mais a frio, lembrei-me então do indicativo do programa que ela apresentava. Era este:



Hulk não marcou mas decidiu o jogo

Hulk regressou ao Estádio do Dragão e o Zenit venceu por 0-1. Foi o antigo jogador do Porto o responsável pela expulsão de Herrera e foi também ele que assistiu o seu companheiro para o único golo do encontro.

Quando iniciei a minha habitual recolha de apontamentos, já tinha em mente prestar especial atenção ao Jogador Numero Sete do Zenit.

Josué já aplica o seu ímpeto sobre um adversário e já é chamado à atenção pelo árbitro.

Danilo cruza para Lodigin defender.

Alex Sandro remata e Luís Neto cede canto. O Porto cria perigo neste canto mas Lodigin resolve.

Hulk, ao seu estilo, embala na direcção da baliza mas Herrera trava-o em falta. É cartão amarelo para o mexicano. Do mesmo livre, resulta o segundo cartão amarelo para o Jogador Número Dezasseis do Porto por ter saído da barreira antes do tempo. O Porto fica a jogar com dez bem cedo. Eu farto-me de puxar pela memória. É raro um jogador do Porto ser expulso no Dragão, muito menos bem cedo no jogo. E jamais aconteceria uma situação destas com um árbitro português. Penso que nunca vi tal coisa.

Hulk para fora.

De livre, Josué remata por cima.

Lucho remata ao poste da baliza de Lodigin.

Danny remata por cima. Ele que tem sido brindado com monumentais assobiadelas. É fácil de ver quem do Zenit tem a bola quando se ouve o som da vaia.

Faizulin vê o cartão amarelo por falta sobre Fernando. Bem, e sempre que se fala em Faizulin, não me posso esquecer deste. Última vez que o vi? Há uns tempos em que antigos internacionais portugueses e russos estavam a jogar Futsal. Entre gordos, barrigudos e pernas flácidas, ele devia ser dos poucos que estava na mesma. Como ele corria ainda! O Bram De Groot da Rabobank também tinha algumas semelhanças físicas com ele. Outro de que não me esqueço também!


Voltando de novo a este jogo, temos um cabeceamento de Mangala por cima.

O Jogador Número Quinze do Zenit (o carrasco do Paços de Ferreira, portanto) vê o cartão amarelo.

Com tudo isto, o jogo chega ao intervalo com um nulo no marcador.

No início da segunda parte, Licá proporciona uma boa defesa a Lodigin.

Lucho remata de longe para fora.

Varela entra e Licá sai pouco depois de um lance algo hilariante proporcionado por Otamendi que caiu em cima da bandeirola de canto.

Mal entrou, Varela tem uma excelente jogada individual que concluiu com perigo para a baliza do Zenit.

Helton nega o golo a Hulk. Otamendi deixou o seu antigo companheiro à vontade.

Hulk remata com potência e Helton volta a defender.

Sai um espectacular remate de Hulk e uma soberba defesa de Helton. Está quentinho, este duelo!

Lucho vê o cartão amarelo. A falta foi sobre quem mesmo? Sobre Hulk, claro está. O Jogador Número Sete do Zenit remata para a figura de Helton.

Até Jackson vê o cartão amarelo por uma falta dura, vejam lá!

Varela remata à barra.

É golo do Zenit. Hulk cruza para Kherzakov fazer o golo.

O Porto responde e Danilo remata para defesa de Lodigin.

O Porto tenta ainda empatar e cria várias situações de perigo.

Por choque com Jackson, Lodigin tem de terminar o jogo com a cabeça ligada.

O guarda-redes do Zenit que joga com a cabeça ligada ainda nega o golo a Varela. O canto é batido mas o jogo termina de seguida. O Porto volta a perder em casa para a Liga dos Campeões e as cosas ficam bastante complicadas, apesar de nada estar perdido.


Escalada



Realizou-se neste Domingo mais uma incursão pela Serra da Lousã com mais uma caminhada repleta de penhascos impressionantes, ravinas ameaçadoras, e autênticas escaladas.

Normalmente não costumo comparecer nestas caminhadas na Lousã por já saber que são complicadas. Mesmo assim inscrevi-me . Também que ficaria eu a fazer por aqui por Coimbra sem nada para fazer? Devido às circunstâncias de não ser possível apanhar o autocarro por estar a trabalhar longe, praticamente estou condenada a ficar aqui retida. Esta é a dura realidade.

Até estava um dia bastante agradável e estava-me a saber bem andar pela rua. Depois o caminho começou a ficar mais sinuoso e tive de voltar para trás juntamente com um colega que fez comigo uma caminhada alternativa pela estrada.

Temo que, de futuro, comecem a fazer caminhadas como estas, inacessíveis para mim. A juntar a mil e uma outras coisas, esta é uma das coisas que me preocupa neste momento. É só a enésima mas realmente preocupa-me. Enquanto ando ali e convivo um pouco em contacto com o ar livre, esqueço todas as outras preocupações que me perseguem.

Fotos. Adoro tirar fotos. Mesmo não tendo ido para os penhascos mais aterradores e não ter escalado por troncos de árvores, consegui tirar belas fotos. De referir que, vendo as fotos dos colegas posteriormente, fiquei impressionada com o que os meus companheiros tiveram de escalar. Ali na Lousã é complicado mesmo.

Sunday, October 27, 2013

“A Firma” (impressões pessoais)



Imagina que estás prestes a terminar o teu curso de Direito com altas notas e até já tens algumas propostas tentadoras de emprego. De repente abordam-te e oferecem-te uma proposta irrecusável, uma proposta que não tem mesmo nada a ver com as outras. És pobre, nunca soubeste o que e o dinheiro em abundância e contraíste algumas dívidas para custear os estudos. O que farias?

Foi com estas premissas que partiu o escritor norte-americano John Grisham para escrever esta obra que adorei ler. Então para os que sonham que isto aconteça, especialmente cá no nosso burgo, com a crise que estamos a atravessar, devo dizer que não aceitem tal proposta. Podem estar prestes a serem contratados pela…Máfia.

Quando li a sinopse do livro e quando dei conta do primeiro nome da firma, logo percebi que se tratava da Máfia e logo adivinhei que este livro seria interessantíssimo. Não me enganei. Tenho um certo fascínio por tudo o que seja inspirado pela Máfia. É uma organização que existe na realidade, tem as regras pouco convencionais que são conhecidas de toda a gente e isso leva a que as obras nela inspiradas envolvam suspense, acção, mistério…

Lembro-me de ver religiosamente a série “O Polvo”. Não perdia um episódio e no dia em que fui operada às amígdalas pedi aos médicos para ver o último episódio de mais uma temporada. Adorava aquilo.

Também gostei de ler “O Padrinho” . Já procurei mas não acho o filme completo dublado para o poder ver.

Tive pena também de não assistir a uma novela que também girava em torno da Máfia. Coincidiu com o início da minha actividade profissional. Só vi os primeiros episódios. Não me lembro como se chamava.

Já aqui referi que adorei ler este livro e poderá ter sido um dos melhores que li em 2013.

Agora passo para outras aventuras passadas há muitos séculos atrás. Regresso também à literatura nacional com “Peregrinação” de Fernão Mendes Pinto adaptado por Aquilino Ribeiro.

Monday, October 21, 2013

Pétalas vermelhas para estranhos defuntos

Sonhei que a capela da minha terra estava toda engalanada. Era palco de dois ou três funerais de idosos desconhecidos.

Eu nunca tinha visto um enterro tão festivo. Todas as luzes estavam ligadas, havia quem filmasse, os caixões estavam todos abertos e cobertos parcialmente com milhares de pétalas encarnadas. Mal se via o forro branco e as expressões sem vida dos defuntos emergiam do mar vermelho das pétalas.

Não se vertia ali uma lágrima e nenhuma expressão de pesar foi sentida no interior da capela. Toda a gente que ali estava conversava sobre trivialidades.

Acordei e não vi as horas. Aparentemente ainda faltava algum tempo para o despertador tocar.

“Há que levantar a cabeça”

Quando praticamente se exigia à Selecção de Todos Nós que vencesse Israel em Alvalade, Portugal não foi além de um empate ante os israelitas com o golo a ser obtido através de um erro de Rui Patrício. No final ouviu-se inúmeras vezes a frase que o guarda-redes português costuma usar quando as coisas não correm bem.

Abrem as hostilidades. Ruben Micael começa por rematar ao lado com algum perigo.

Sozinho, o Jogador Número Oito de Israel cria verdadeiro perigo.

Cristiano Ronaldo aparece a rematar ao lado.

Ruben Micael remata por cima desta vez.

Há perigo por Ruben Micael novamente. Ainda é canto.

GOOOOOLOOOO PORTUGAL! Foi Ricardo Costa.

Ruben Micael para as mãos do guarda-redes de Israel.

O intervalo chega com Portugal a vencer pela margem mínima.

A cruzamento de Ronaldo, Hugo Almeida cabeceia por cima.

Hugo Almeida ainda festeja um golo que foi anulado por fora de jogo. Que jeito nos teria dado mas a posição irregular não deixa dúvidas.

Ricardo Costa volta novamente a tentar o golo na sequência de um canto.

Mal entrou, Josué começou desde logo por rematar.

Os dois jogadores que entraram na nossa Selecção fabricaram esta jogada de perigo. Josué cruzou para Nélson Oliveira rematar ao lado.

Antunes quase fazia golo a passe de João Moutinho mas o guarda-redes defendeu.

E Pepe espalha ali todo o seu charme sobre o Jogador Número Catorze de Israel. Também não sei quem magoou o Jogador Número Dezanove.

Já há ali sururu. Mas o que querem? O cartão amarelo já foi mostrado a um israelita. Pepe viu também o cartão amarelo e não joga em Coimbra frente ao Luxemburgo.

Aos oitenta e quatro minutos de jogo, Israel chega ao empate. Rui Patrício mete água. E como mete! Quem marcou o golo foi o Jogador Número Oito de Israel.

Eder tem de entrar ainda para fazer alguma coisa.

Agora ainda há um livre para nós por falta sobre Eder. Vamos ver no que dá. O guarda-redes defende. Ainda é canto.

Ainda antes do final do encontro, Ronaldo vê o cartão amarelo a pedido para não jogar contra o Luxemburgo. O jogo termina com um empate a uma bola e dificilmente Portugal pode chegar ao primeiro lugar.

Thursday, October 10, 2013

“Uma Guerra Que Fosse Sua” (impressões pessoais)


Cerca de catorze anos passados sobre o fim da guerra nos Balcãs, eis que recordo esses momentos através do diário da escritora sérvia Jasmina Tesanovic.

Acompanhei a par e passo as incidências deste conflito e revoltou-me a forma como as tropas internacionais bombardearam o território sérvio. Na altura andava a fazer um trabalho para o meu curso precisamente sobre a situação nos Balcãs quando este conflito surgiu e me fez refazer o trabalho todo.

A dificuldade que encontrava era a de seleccionar o material que todos os dias me ia chegando das mais variadas maneiras e plataformas. Tudo que aqui está escrito, eu tive conhecimento na altura através de pessoas que estavam na Antiga Jugoslávia e me iam contando o que se passava.

Tinha imensas imagens de corpos mutilados de pessoas que descansavam nos seus quartos e que nem souberam que morreram. Está bem que a Jugoslávia na altura vivia um regime autoritário mas as pessoas não tinham a culpa disso e acabaram muitas por morrer e sofrer as agruras desta guerra.

Eu lembro-me que, quando a televisão estatal foi atacada, o site que usava para me comunicar com as pessoas de lá foi abaixo mas conseguiram coloca-lo novamente online dali a alguns dias e assim continuaram a colocar imagens e crónicas . O desespero das pessoas era imenso, como se deve calcular, com a água e os seus legumes contaminados pelos compostos químicos das bombas.

Ao longo destas paginas recordei os concertos que eram dados nas ruas e que, aparentemente eram patrocinados pelo governo, as barricadas nas pontes para impedir que as destruíssem, as manifestações contra a guerra (lembro-me dos alvos ou targets- cheguei a fazer um), das imagens impressionantes de morte e destruição, dos edifícios que conhecia apesar de nunca lá ter estado e que vi desmoronar com grande tristeza e revolta. Ainda hoje tenho um boné azul onde escrevi “parem com a guerra”. A mensagem nele inscrita infelizmente está sempre actual mas a origem vem da guerra nos Balcãs.

Quinze anos volvidos, ninguém mais fala em conflitos nesta zona do Globo. A Croácia e a Eslovénia fazem parte da União Europeia e mesmo a Sérvia poderá um dia integrar a UE. Os tempos de horror parecem ter ficado para trás mas talvez Belgrado tenha perdido aquele encanto que tanto me fascinava.

Ainda me ri com o facto de as pessoas chamarem Windows 99 às janelas estilhaçadas pelas bombas.

E de Belgrado em tempo de guerra viajamos até Memphis. É lá que se desenrola a história do livro que já estou a ler e que se chama “A Firma”.






Tuesday, October 08, 2013

Perdas

O meu subconsciente voltou a colocar-me em apuros com mais um pesadelo que até começou bem e acabou comigo numa profunda tristeza.

Havia festa na terra com fogo-de-artifício, muita comida e ainda mais bebida. Já se notava a animação e conseguia-se ver o fogo-de-artifício de minha casa, coisa que é raro acontecer.

Naquela noite, a minha irmã e o meu cunhado tinham saído de carro rumo a Aveiro ou não sei onde para comprarem qualquer coisa.

A manhã seguinte estava radiante, com Sol e Céu azul. Eu estava junto ao portão da entrada da casa da minha vizinha quando parou no caminho das Cavadas uma ambulância branca que descarregou qualquer coisa. Eram duas caixas- uma maior e castanha e outra vermelha e roxa. Ambas tinham uns laços. Carreguei-as a ambas para dentro de minha casa, ignorando o que continham.

Foi só mais tarde que me disseram que aquelas caixas continham os restos mortais da minha irmã e do meu cunhado que haviam perecido num acidente na véspera e que haviam sido cremados.

Estranhamente toda a gente estava conformada lá em casa com a tragédia. Notava-se que o ambiente estava pesado mas nada de exageros.

Eu, que tinha também perdido uma amiga minha, tentava transcrever para o Facebook o que sentia, o que me ia na alma, mas estava a ser complicado. O que sentia não podia ser transcrito para palavras. As mãos tremiam-me, acabava por apagar o que tentava escrever, só sabia que aquela tristeza invadia-me.

Acabei por desistir. A tristeza e a angústia apoderavam-se de mim, as lágrimas brotavam dos meus olhos, turvando-me a visão.

Acordei mergulhada na escuridão do meu quarto. Fiquei confusa. Acendi o candeeiro e vi as horas. Ainda não eram seis da manhã. Faltava cerca de meia hora para me colocar a pé e iniciar mais um dia.

Subir ainda se sobe, descer é que já é perigoso




Depois das aventuras no Rio Mondego relatadas e documentadas em vídeo no post anterior, havia uma arrojada caminhada até à famosa cascata da Pedra de Ferida nos arredores de Penela.

Sendo uma subida muito ingreme e sem protecção, algo perigosa para mim, fui só até a um certo ponto. Mesmo não fazendo o percurso todo, aquele terreno dava uma enorme sensação de aventura. O pior foi mesmo descer mas fez-se sem incidentes de maior.

Deixei cair o meu cronómetro enquanto escalava pelas pedras mas logo o acharam.

No final subimos até uma igreja que se chamava a Igreja do Calvário. Pudera! Com tanto degrau…provavelmente há quem cumpra ali promessas, digo eu.

Em suma, foi um fim-de-semana cinco estrelas, este que agora chega ao fim.

Podem ver neste post algumas fotos da caminhada que seleccionei.


SUP



Até há uns dias atrás, desconhecia completamente o que era isto. Nunca tinha visto e muito menos tinha ouvido falar. Agora estou completamente rendida a este desporto aquático que tive o prazer de experimentar e achar o máximo.

Apesar da constipação, resolvi meter-me no Rio Mondego em cima de uma prancha e com um remo na mão. Inicialmente pensei jamais conseguir equilibrar-me em cima da prancha mas haveria de tentar, nem que para isso tivesse naturalmente de engolir alguns pirolitos.

E lá fui eu para cima da prancha azul. Primeiro deitada, depois lentamente fui-me erguendo até conseguir colocar-me de pé sobre as águas. Com um remo seria mais difícil e não deixei de ir à água algumas vezes. Muito eu me ri com os mergulhos involuntários que dei no rio. A água nem estava fria, para dizer a verdade até estava bastante agradável.

Com o tempo, fui apanhando o jeito e a técnica a esta modalidade aquática completamente nova para mim. Estava sentada no cais quando alguém me deu novamente a prancha e o remo para eu tentar ir sozinha. Fui remando, remando, remando, afastando-me…a certa altura vi uma espécie de banco de areia. Não sabendo fazer viragens, tive de fazer todo o percurso que havia feito a remar em cima da prancha a pé e havia pedras no fundo do rio que me magoavam os pés. Entusiasmei-me.

No final, o monitor foi ao meu lado com uma prancha e um remo também. Eu já estava como peixe na água. Estava verdadeiramente a divertir-me.

Para testemunhar alguns dos meus momentos, aqui fica um vídeo das minhas primeiras remadas. Espero que gostem e se divirtam.

Verdadeiramente à italiana

Depois de Paulo Fonseca ter acusado o Atlético de Madrid de ser uma equipa que joga à italiana, eis que os espanhóis lhe fizeram a vontade. Para tudo ficar completo, os colchoneros até venceram com um golo de um jogador barbudo, daqueles que a squadra azurra tem nas suas fileiras.

Ah, já me esquecia, o Porto perdeu por 2-1. Uma derrota dos tripeiros não é nada que se esqueça assim, apesar de eu até estar a torcer por eles neste jogo. Nas competições europeias sou sempre dos clubes nacionais, apesar de eu odiar esta equipa.

Antevia um grande jogo entre as duas formações em confronto e foi isso que eu escrevi nas primeiras linhas destes apontamentos.

O Porto está a tratar bem a bola. Entrou com tudo neste jogo.

Varela começa logo por criar perigo para Courtois defender facilmente.

E é o golo que o Porto já merecia. Marcador? Jackson Martinez, pois claro, após um livre cruzado de Josué.

Lucho agora remata por cima.

Danilo também por cima.

Olha o Helton de calções! Por acaso estou a estranhar. É que já o vi jogar de calças em dias muito mais quentes do que hoje.

Mesmo lesionado, Mangala entra duro sobre Léo Batistão.

Hoje Arda Turan tem uma barba de fazer inveja a qualquer jogador da selecção italiana. Nem mesmo o Raul Meireles tem uma barba tão cerrada como a do turco. É negra e lustrosa.

Josué vê o cartão amarelo por falta sobre Léo.

Vê- se que este Léo Batistão é bom jogador. Eu só o estou a ver hoje pela primeira vez.

Raul Garcia de longíssimo. Se entrasse, talvez já estivesse fechada a discussão do melhor golo desta época da Liga dos Campeões.

Sai um remate de Turan. O barbudo jogador turco do Atlético de Madrid remata por cima.

Parece que o Porto agora oferece uns galhardetes aos árbitros. Não será isso também uma forma de pressão?

Agora reparo que Paulo Fonseca também traz barba hoje.

Agora por sorte Defour não viu cartão amarelo. Levará da próxima vez.

Agora Lucho cabeceia para defesa de Courtois que segundo os comentadores da TVI “deve ser bom para apanhar laranjas e figos”.

A bola agora vai à barra da baliza defendida por Helton na sequência de um canto.

Courtois opõe-se a Varela.

Josué remata para fora.

O intervalo chega com o Porto merecidamente a vencer por 1-0. Foi uma excelente primeira parte da equipa portuguesa, atendendo ao facto de o Atlético de Madrid estar a atravessar um excelente momento e aqui ter sido positivamente vulgarizado pelos campeões nacionais portugueses.

Vai entrar o nosso grande amigo Cebola. Estranhamente quem sai é David Villa.

Felipe Luiz remata com perigo. Ainda é canto.

É a vez de Diego Godin ver o cartão amarelo por protestos. Afinal é Tiago quem vê o cartão. Foi o jogador português que se notabilizou no Glorioso que tinha feito a falta.

Godin (agora sim é o uruguaio) faz o golo do empate para o Atlético de Madrid. Dá a impressão que Helton podia ter feito muito melhor.

Turan remata para as mãos do guarda-redes do Porto.

Josué ia para marcar o livre mas Paulo Fonseca resolveu-o substituir. Alguém percebeu isto?

Agora Mangala não viu cartão amarelo porque não calhou.

Otamendi de muito longe. Sem perigo.

De livre, Quintero cria no estádio a sensação de golo.

Helton nega o golo a Raul Garcia.

Mangala cabeceia por cima mas já havia falta.

E Mangala não podia acabar o jogo sem ver o cartãozito da ordem.

E o Atlético de Madrid chega ao golo através do homem da barba negra- Arda Turan.

Não há tempo para o Porto reagir a este resultado. Os colchoneros fizeram o seu jogo e levaram os três pontos para a capital do país vizinho.