Saturday, September 25, 2010

O jogador que sangrava do nariz e a morte da minha antiga professora de Português

Que bom é descansar, dormir até mais tarde sem se pensar em ir trabalhar! Deixar-se surpreender pelas maravilhosas partidas que nos prega o nosso subconsciente, tal como se ele fosse um daqueles ovos de chocolate com surpresa lá dentro.

Para hoje temos carros da polícia a procura de cães, jogos de Futebol sempre parados devido a problemas físicos de um mesmo jogador e a notícia da morte da minha antiga professora de Português e antiga directora de turma dada em circunstâncias muito pouco ortodoxas.

Comecemos por aquilo que é mais recorrente nos meus sonhos- veículos daqueles com semáforos azuis a brilhar e sereias a tocar. Desta vez eram carros da Polícia e procuravam a numerosa comunidade de cães que anda ao pé de minha casa. Estava a ser difícil localizá-los. Era noite cerrada e uma vasta patrulha percorria os pinhais à procura das cadelas e das suas crias, como se de temíveis criminosos se tratassem.

Domingo é dia de Futebol. Não se passa sem um joguinho, nem que seja através de um sonho. Este jogo tinha uma particularidade muito estranha. Estava sempre interrompido porque um jogador estava sempre caído no chão e a sangrar do nariz. Em alguns dos casos julgo que estava mesmo inanimado. A equipa que representava alinhava de calções verdes e camisola branca e jogava contra o Marítimo. O jogador era de um país de Leste e discutia-se imenso o que se passava com ele.

Se isto já é um pouco disparatado, então passo a relatar algo ainda pior. Numa bela manhã de Sol, nas imediações de minha casa, passeava-me num veículo estranho que fora construído artesanalmente. Era uma espécie de cadeira de rodas que continha pneus de atrelado e parecia feita de madeira. Numa guinada mais insistente de minha parte, um dos pneus soltou-se, atravessou toda a estrada e foi parar ao pequeno riacho que fica junto a minha casa. Levantei-me e tentei recuperá-lo mas a tarefa era complicada. O rio ia cheio e havia toda a espécie de obstáculos.

Estava eu a congeminar uma ideia para recuperar a roda quando um desconhecido me chama e me confronta com uma notícia: a minha antiga professora de Português e antiga directora de turma havia morrido há cerca de umas duas semanas vítima de um cancro fulminante. Eu não nutria grande simpatia pela minha professora de Português, bem pelo contrário, mas não deixei de ficar chocada com tal tragédia.

Acordei. Já chegava de tantas horas a dormir.

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