Tuesday, July 31, 2012

Jogos Olímpicos

E eis que começou a grande festa do Desporto que, de quatro em quatro anos, me mantém colada ao ecrã a assistir às mais variadas modalidades desportivas, se bem que não pesque grande coisa de algumas delas.

A Cerimonia de Abertura foi um espanto. Assisti a ela desde início na companhia indesejável da Teka que tive de mandar calar inúmeras vezes por me estar a perturbar. Quantos milhões de libras não terão gasto os britânicos neste evento. Valeu a pena. Foi uma cerimónia muito bonita e original. Mike Oldfield e Paul McCartney estiveram presentes juntamente com outros artistas menos conhecidos.

O infindável desfile de mais de duzentos países participantes teve início. Há países que eu nem fazia ideia que existiam e que levam só um ou dois atletas. Por acaso sei onde é que esses pequenos territórios ficam. Algures nas Caraíbas. No Atletismo principalmente, e mais especificamente nas provas de velocidade, lá estarão eles.

Ora se o Cazaquistão não tinha de fazer furor numa Cerimónia de Abertura. É que a Cerimónia de Abertura de qualquer evento, nem que seja o levantamento da mesa depois do jantar, não seria o mesmo sem os cazaques por lá.

Também era daquelas imediações a delegação que apresentava o porta-estandarte de fatinho de treino e os restantes elementos da comitiva de fato e gravata. Essa foi boa! Salvo erro essa era a comitiva do Uzbequistão mas não tenho a certeza.

Os países africanos, das Caraíbas e da Ásia é que apresentavam belos trajes que davam mais cor ao espectáculo. Um porta-estandarte de um país do qual agora não me recordo vinha mesmo em tronco nu a exibir a musculatura e com a cabeça enfeitada com um chapéu muito brilhante e colorido.

Fiquei desiludida por a Chama Olímpica já não ser como antigamente. Estamos na era das novas tecnologias e até a velha e tradicional chama sofre o efeito delas. Gostava mais da tradicional mas a cerimónia que precedeu o acender desta chama também foi muito bonita. É a minha conhecida resistência à mudança a funcionar.

O fim-de-semana seria passado a assistir às mais variadas competições desportivas. O triste fado português de algo correr mal sempre que chegam os Jogos Olímpicos começou em força. A Natação não trouxe grandes resultados para a nossa comitiva e no Ténis de Mesa, a nossa representante até estava a ir bem mas a adversária acordou ainda a tempo de a eliminar.

O Ciclismo trouxe um campeão surpreendente. Quando pensa já em abandonar a carreira desportiva, Alexandre Vinokourov vence a medalha de ouro. Os Britânicos tinham grandes aspirações nesta prova e nem uma medalha conseguiram.

Quem está uma sombra de si próprio é Michael Phelps. Está mesmo irreconhecível. Bem, também começam a aparecer novos valores, sobretudo chineses e japoneses que arrasam na piscina.

A Chima já vai à frente no número de medalhas e confirma-se como uma superpotência do Desporto mundial.

Entretanto o fado lusitano continua e nem os nossos judocas escapam. Telma Monteiro e João Pina foram eliminados. Eles, que eram as grandes esperanças em medalhas para nós.

Outra Telma- a Santos- fez história ao tornar-se a primeira atleta nacional a vencer um jogo de Badminton nos Jogos Olímpicos. Na mesma modalidade, Pedro Martins teve azar ao defrontar um dos melhores jogadores do Mundo.

Hoje prossegue o nosso fado, sobretudo dentro de água.


Friday, July 27, 2012

“Eu sempre te acerto com o que esteja a atirar”

Foi a rir e com esta frase proferida por mim no sonho ainda a ecoar na cabeça que acordei a meio da madrugada com imenso calor. Sonhava que me encontrava numa sala ou algo assim. Um local desconhecido. Estavam aí umas dez pessoas comigo. Uma delas era a minha irmã. As outras não conheci mas eram amigas. Na brincadeira começámos a fazer aviões de papel, imagine-se. Eu rasguei ainda mais uma folha que já estava rasgada. Fiz um avião muito mal feito, na graça do Senhor. Tomei balanço como se fosse para lançar um arremesso nos Jogos Olímpicos que por acaso até começam hoje. Então não é que o raças do avião foi acertar na minha irmã que do grupo era a que estava mais atrás!

Lembro-me de um outro sonho em que via televisão na sala de minha casa. Davam umas notícias muito curiosas. Parece que os Japoneses têm uma fórmula de prever quando um Ser Humano vai morrer. Um doente vai fazer exames ao hospital e o médico diz-lhe através desse exame que ele tem pouco tempo de vida. Mesmo as pessoas saudáveis que sofressem acidentes na estrada ou mesmo ataques cardíacos apresentavam essas alterações que eram previstas até duzentos dias antes da morte do indivíduo. O organismo da pessoa apresentava essas alterações mas, na maioria dos casos, não havia sintomas dessa morte próxima. Onde raio fui eu buscar isto? Vou guardar. Dá um bom argumento para um filme ou coisa assim. Uma ideia espantosa!

O sonho que a seguir vou descrever não se fica atrás. Iria emigrar…para a Malveira e…iria lá fazer rádio. Como sempre acontece comigo e com as mudanças, estava algo apreensiva mas uma colega minha também trabalhava na rádio e ia-me ajudar. Nas mudanças também contava com a sua ajuda.

Fui ver um apartamento que diziam que ficava perto do meu futuro local de trabalho. Ainda não sabia o caminho para lá mas já lá tinha ido. Provavelmente nem seria necessário mudar-me. Isto era eu a dizer porque não me estava a apetecer pegar nas minhas coisas e mudar de ares.

A minha colega e a minha irmã estavam no meu quarto que estava muito alterado oniricamente. Tentava apontar o número de telemóvel da minha colega mas algo falhava. Era o meu telemóvel que tinha bloqueado mais uma vez.

Experimentei a fazer o percurso do local onde iria viver até à rádio que ficava num edifício amarelo. Um senhor queria-me ensinar o caminho por uma escada íngreme a descer. Eu disse-lhe que tinha visto uma rampa e preferia descer a rua pela estrada. Ele assentiu. Afinal era pertíssimo. Já me encontrava no edifício da rádio. Era só descer a rua.

Havia um segurança muito alto e forte à entrada da porta da rádio que ficava junto de um café movimentado onde duas amigas conversavam sobre os sus filhos enquanto lanchavam numa mesa. O segurança não me queria deixar entrar sem ser identificada mas deixou entrar uma cigana assim sem mais nem menos. Até se arredou graciosamente para ela passar para dentro. Fiquei intrigada com aquilo. Foi preciso vir a minha colega pedir para que ele me deixasse entrar. Acordei.

Eram seis da manhã ainda. Os despertadores só tocariam meia hora depois. Estava agora a lembrar-me desta louca noite de sonhos. Ainda há um outro sonho passado em minha casa do qual não me lembro bem.



Thursday, July 26, 2012

Calor, barulho e tudo mais que possa importunar o descanso

Ando mesmo a precisar de férias que estão mesmo aí. Ando mesmo cansada e o trabalho tem sido bastante exigente. Até é bom assim porque se não houvesse trabalho é que era pior.

Nestas últimas semanas não tenho tido um minuto de descanso e o calor que se tem feito sentir impede-me de descansar convenientemente. Já por minha natureza tenho mais tendências para dormir de dia e aproveitar a noite para ler, escrever e fazer outras actividades que impliquem estar mais concentrada. Como trabalho durante o dia, não posso adaptar o sono às minhas necessidades biológicas.

Com o stress, o calor e o barulho que se ouve lá fora (durmo com o estore corrido e a janela aberta por causa do calor) não é possível dormir convenientemente. Esta noite alguém discutia usando um vernáculo digno de uma profissional da vida nocturna isenta de impostos. Se calhar era mesmo isso. Se bem consegui entender, ela estava a mandar alguém para outro lado porque aquela rua era dela. Não me parecia que estivesse a sonhar. Estava a ver que ela pegava à porrada com quem quer que fosse.

Ao menos deixem dormir quem trabalha porque não são horas de andar aos gritos pela rua a dizer palavrões e a ameaçar. Não temos nada com as suas vidas.

Wednesday, July 25, 2012

“Aventuras Do Valente Soldado Sveijk E Outras Histórias” (impressões pessoais)


E continuámos na senda do puro divertimento no que à leitura diz respeito. Este pequeno livro lido em apenas três dias foi do melhor para me arrancar alguns sorrisos.

No tempo em que este senhor checo escreveu estas histórias, Ricardo Araújo Pereira não era ainda nascido mas o conceito de sketch humorístico e de crónica humorística publicada no jornal já existiam. Foi assim que surgiu este fenómeno da época. Sem a ajuda da Internet e da televisão, tinha de se divulgar a obra através de outros meios.

Fartei-me de rir com o episódio do soldado Sveijk no paiol da pólvora. Está brutal!

Outro destes textos que me fez rir a bom rir foi aquele em que publicaram um edital em que se pediam quinhentas freiras para limpar as casernas para os militares e toda a gente pensou logo outras coisas, como é apanágio da misteriosa e incrível mente humana no que há maldade diz respeito e isso deu uma grande confusão.

Tratou-se de uma leitura rápida, positiva e extremamente divertida. Um gozo mesmo.

Volto agora ao género policial com Nora Roberts. “Fama Mortal” é o livro que estou agora a ler. Tinha lido o primeiro capítulo desta obra num outro livro da mesma autora. Agora é a vez de ler na íntegra.


Recarregar baterias no fim de semana

Depois de mais uma árdua semana de intenso trabalho, fui de fim de semana para descansar, acima de tudo.

Havai que repousar, pois a semana que se segue promete ser de intenso trabalho. Afinal de contas é para isso que aqui estou.

Deu para caminhar um pouco, para ler alguma coisa, para dormir e para assistir ao final do Tour de frança.

Tuesday, July 24, 2012

“O Detective Esqueleto” (impressões pessoais)






Que dizer desta obra? Apenas que é fantasia pura e imaginação sem limites para descontrair um pouco e nos dar gozo e divertimento na sua leitura.

Por acaso este é o único livro desta saga que tenho e por acaso foi o primeiro da colecção a ser editado. Já tinha visto à venda livros que eu julgava serem outra edição deste mas que eram outras histórias com os mesmos incríveis protagonistas.

Por acaso eu também gosto de escrever assim com base no absurdo. Tenho mesmo de fazer isso se um dia quiser levar a escrita mais a sério devido às limitações físicas que tenho e aos limites que a minha imaginação não conhece. Estes monstros que aqui entram em cena nesta obra são do melhor.

Adorei ler esta obra. Diverti-me imenso.

E se esta obra deu para divertir um pouco, o livro que se segue não lhe fica atrás. Irei ler um livro um pouco diferente mas igualmente divertido.

Mantorras

Foi uma emocionante despedida de Mantorras perante mais de trinta mil espectadores que se deslocaram ao estádio da Luz para assistirem a um jogo de solidariedade e ao mesmo tempo ajudarem quem passa por dificuldades.

O resultado pouco importa em alturas como esta mas o Glorioso venceu por 5-1. Fernando Mendes, apesar de não se poder mexer lá muito bem, deu o seu contributo e alinhou com a camisola da Fundação Luís Figo. Rui Costa alinhou pelas duas formações e Ricardo Araújo Pereira e Pedro Ribeiro cumpriram o sonho de entrar em campo e jogar com a camisola do seu clube do coração – o Benfica.

Mas o dono da festa era Pedro Mantorras que se iria despedir dos adeptos que tanto o apoiaram e lhe dedicaram sempre o carinho que o jogador angolano mereceu. Neste jogo ainda houve tempo para um derradeiro golo de despedida para que sentisse pela última vez os aplausos calorosos de quem o aplaudiu sempre de cada vez que marcava nos últimos minutos um golo decisivo.

Lembro-me que Mantorras, ao pé-coxinho, lá ia marcando golos nos últimos minutos que davam pontos importantes para as nossas conquistas. Recordo particularmente um golo nos últimos instantes de um jogo contra o Rio Ave em que o relvado não dava para fazer nada a não ser para chapinhar na lama de tão impraticável que estava.

Sempre desejava a entrada de Mantorras quando o angolano estava no banco e o Benfica estava enrascado com o resultado. Ele lá entrava a escassos minutos do fim e lá marcava o golo que alegrava o coração dos Benfiquistas. Esta minha fé que deposito em alguém marcar golos começou precisamente com ele.

Resta agradecer a Mantorras pelas alegrias que deu a todos os adeptos e pela humildade e simplicidade que sempre demonstrou no cumprimento da sua profissão de futebolista.

Thursday, July 19, 2012

Colocada a par das novidades enquanto seguia por atalho desconhecido

Já há muito que não tinha sonhos inquietantes a respeito dos gatos lá de casa. Corrigindo…das gatas lá de casa. Agora são quatro.

Sonhei que chegava a casa a pé numa sexta-feira à tarde. Ainda estava de dia. Eram aí umas sete e meia de uma tarde de sol.

Ia ao pé da ponte quando encontrei a minha mãe e a minha irmã que iam para a mercearia lá da terra a conversar. Fui com elas mas elas seguiram por um atalho que eu nem sabia que existia mas que já não é a primeira vez que sonho que existe ali.

O carreiro estava cheio de vegetação e não havia água nem lama. Perguntei pela Feijoa que apresentava um pequeno caroço na barriga. A minha mãe disse que ele tinha desaparecido.

A minha irmã interrompeu-a para dizer não sei o quê e a minha mãe disse que quem tinha morrido tinha sido justamente a gata dela- a Adie. Morreu por ter comido qualquer veneno no pátio lá de casa. Eu fui adiantando que pressentia quando saí de casa naquela manhã que era a última vez que via aquela gata.

Há uma situação curiosa: no sonho eu não estava bem a ver quem era a Adie. Eu nem me dou com ela por ela magoar e não ser muito dada a que se façam festas. Estava a confundir com a pequenita que é a Tita.

Chegámos à mercearia muito alterada oniricamente. Tinha uns degraus cinzentos e entrámos lateralmente. Acordei era já de dia com o coração a palpitar mas grata por ter sonhado e isto não ser verdade. Perder um animal de estimação, qualquer que ele seja, é um pouco angustiante.

Dia tórrido



Estava um calor insuportável em coimbrã. Depois do trabalho decidi ir dar uma volta mas fui de autocarro.

Tinha havido plenário e por isso os autocarros haviam demorado a vir. Quando finalmente surgiu um, não se podia estar no seu interior. Não se podia tocar nos bancos que quase derretiam de tão quentes que estavam e o ar era irrespirável.

Os passageiros queixavam-se do calor mas o ar condicionado já estava ligado no máximo. O autocarro é que estava quente demais e não arrefeceu com a velocidade que se exigia. O condutor disse que o veículo havia estado parado longo tempo ao sol e isso tinha de dar os seus problemas.

Quando o autocarro voltou a parar na paragem seguinte, ambas as portas teimaram em não fechar. O autocarro esteve largo tempo parado até que as portas se resolvessem a fechar. Lá fecharam para logo voltarem a abrir poucos segundos depois.

O autocarro esteve bastante tempo parado junto ao Mercado à espera que surgisse o carro de reparação de avarias. Os passageiros e o condutor tentavam em vão fechar as portas. Estas teimavam em não fechar e já se morria de desespero e de calor.

O ar condicionado começou a arrefecer o interior do autocarro que fechou as portas mesmo quando a equipa de reparação de avarias chegou. Este problema deveu-se apenas e só ao calor que era muito.

Seguimos viagem. Falava-se animadamente de política dentro de um autocarro que rodava agora ordeiramente e com as portas fechadas pelas ruas.

Há imagens deste episódio para a posteridade.

Tuesday, July 17, 2012

Outro fim-de-semana que correu bem

Este fim-de-semana prometia porque se iria realizar a festa de anos sempre atrasada em alguns dias do meu pai. Os pratos em destaque eram o cabrito assado e o indispensável Leitão à Bairrada.

A festa correu muito bem. Os convidados estiveram a confraternizar para lá da meia-noite, apesar de estar uma noite anormalmente fria para esta época de Verão. Toda a gente foi buscar agasalhos. Quem tinha vindo de mangas curtas, teve de suportar o frio.

No Domingo houve um almoço com as sobras da noite anterior. Os meus vizinhos foram lá almoçar. Víamos o noticiário. Em directo passaram imagens da etapa do Tour de France que estava a acontecer e que iria ser acompanhada na RTP 2. Ao ver Sérgio Paulinho e pelo menos um ciclista da Rabobank no grupo em fuga, fiquei logo em ondas para ir ver essa etapa. Tive de ir ver televisão para o quarto da minha irmã. O filho do meu vizinho foi também ver o Ciclismo comigo.

Afinal eram dois ciclistas da Rabobank na fuga. Um era Luis Leon Sachez. O outro não conheci. Sempre havia mais hipóteses de vencermos.

O outro ciclista da Rabobank presente no grupo de fugitivos era Steven Kruijswijk que fez um excelente trabalho no sentido de partir o grupo e levar o seu companheiro Luís Leon Sanchez à vitória como acabou por acontecer.

Agora tenho pouco tempo para acompanhar o Ciclismo e a minha equipa por estar a trabalhar mas, sempre que vejo uma etapa, Luis Leon Sanchez dá-nos um triunfo. Nos anos em que eu me fartava de procurar na Internet canais para acompanhar o Tour, a Rabobank não fazia nada de jeito, para meu desespero. Hoje até parece que sabem que eu assisto pela televisão e esmeram-se para vencer. Sim, porque esta vitória não é só do Luís. Há muito mérito daquele miúdo que ia com ele. Ainda cortou a meta em décimo lugar, o Steven Kruijswijk (lê-se Krausveik) mas os jornalistas complicavam e muito. Aliás, lembro-me do Europeu de Sub-21 em 2006 que foi aqui em Portugal. Na selecção holandesa que se viria a sagrar campeã também havia um Kruijswijk (seria familiar deste?). Era uma dor de cabeça para os jornalistas que acabaram por perguntar aos holandeses, se bem me lembro, como se lia aquilo. O primeiro nome deste é Steven. Bem mais fácil de dizer. O nosso amigo cortou a meta em décimo lugar e já com visíveis marcas de quem tinha ido ao chão.

No final da etapa Luis Leon Sachez (que também já tinha caído nesta edição do Tour) disse que a equipa só tinha quatro elementos. Estavam dois em fuga, logo metade da equipa e chegou para vencerem. Mas só quatro?!!! Espera aí, mas as equipas não iniciam com nove? Fiquei de averiguar o que se passava ali.

Se fosse uma equipa do país vizinho, logo depreendia que tal razia se tivesse ficado a dever a viroses, intoxicações alimentares, gastrenterites, desarranjos intestinais e afins. Tratando-se da Rabobank, noventa e nove virgula nove por cento das desistências são devido a queda. Não me enganei.

Para alem dos dois protagonistas da fuga e da vitória na etapa, a Rabobank tem ainda Bram Tankink e Laurens Ten Dam. Os outros? Foram para casa atados com ligaduras e esfolados até à alma por terem caído. Mas que praga! Não sei se há estatísticas para isso mas a Rabobank será provavelmente a equipa com mais quedas. Bem, também é a mais antiga em actividade mas estes de agora ainda são piores para cair do que o Erik Dekker e o Michael boogerd que eram uns azarados nessa matéria.

Este Robert Gesink então é um mártir. Lembro-me de um Tour anterior em que ele sempre andava no chão e por isso não ia a lado nenhum. É um jovem com talento mas as quedas estragam-no. O outro puto maravilha da Rabobank que se chama Bauke Mollema também desistiu devido a queda.

Em 2003 lembro-me de a Rabobank também ter acabado o Tour com quatro ou cinco. Logo na primeira etapa ou na segunda perdeu logo dois atletas. Um deles era o Levi Leipheimer que estava em boa forma. Se havia ano em que a Rabobank tinha hipóteses de vencer o Tour seria nesse ano com o Levi, não em 2007 com aquele outro senhor que andou de amarelo a passear-se e acabou no olho da rua.

São apenas quatro. Dois deles pelo menos já visitaram o chão. Mesmo assim vencem uma etapa. Força Rabobank!


Thursday, July 12, 2012

Descer, subir, descer, subir…

Quando saio para fazer uma caminhada na rua, não levo um destino traçado. Vou sempre à procura de algo mais. Foi isso que aconteceu.

Para variar, resolvi atravessar para não ir sempre pelo mesmo lado. O objectivo era enveredar pela primeira cortada que encontrasse para ver onde ia dar.

Assim fiz. Subi uma rua muito estreita, depois desci…e não é que fui dar…à Baixa. Muito eu me ri! Estava boa.

Voltei outra vez à mesma cortada. Desta vez atravessei para o outro lado. Fui dar a uma rua com uma alta subida. Que bom! Era isso mesmo que eu queria. Depois a descida também era íngreme. Depois de acabada a descida, estava próximo da Praça da República. Fantástico!

Assim correu a caminhada. Bem divertida e agradável.

Entre o muito trabalho e as preocupações com a minha mãe

Assim se têm passado estes últimos dias. Para além do muito trabalho que se tem nesta altura do ano específica, ainda cheguei a casa e me deparei com o problema que a minha mãe tem no dedo polegar da mão esquerda que a tem levado desde a passada sexta-feira ao centro de saúde.

Depois de mais uma árdua semana de trabalho, regressei a casa ao fim de três semanas sem la ir e a minha irmã contou-me que a minha mãe tinha ido ao centro de saúde por apresentar um dedo com muito mau aspecto. Como habitualmente, ela não queria ir mas a minha irmã quase que a obrigou.

Resta dizer que a minha mãe é diabética e é isso que preocupa, pelo risco de vir a desenvolver uma gangrena. O fim-de-semana foi passado a ir ao centro de saúde fazer o curativo no dedo.

Ontem liguei para casa. A minha mãe está animada, apesar de tudo. Anda atarefada com os preparativos da festa do meu pai que decorrerá no próximo Sábado, 14 de Julho.


“Linha Avançada – Nos Bastidores Do Futebol” (impressões pessoais)


Tal como prometi, demorei sensivelmente um dia a ler este livro que até se lê bem e rápido.

O seu conteúdo também é interessante apesar de confessar que não ouço a Antena 3. Prefiro a M80 ou a Star FM.

Achei particularmente interessantes as histórias curiosas que gente que passou pelo mundo do Futebol contou nesta obra. Há a particularidade de terem sido escolhidos protagonistas das mais diversas áreas e que viveram o Futebol em épocas diferentes.

Dá para ver que antigamente, quando não se vivia o profissionalismo e a standardização dos estágios, era uma animação. Hoje o Cristiano Ronaldo leva os guarda-costas para todo o lado, os jogadores parece que não vivem os estágios com a mesma alegria e boa disposição de antigamente. Ah, e os castigos eram mais duros para os prevaricadores. Hoje um jogador que veja um cartão vermelho directo por cortar uma bola ou travar um avançado que ia na direcção da baliza tem os mesmos dois jogos de suspensão que um jogador que partiu o nariz a um adversário. Isso está mal. Eu ainda sou do tempo em que se aplicavam seis jogos de suspensão e os clubes que tivessem adeptos desordeiros viam o seu estádio interdito aí por uns quatro jogos. Agora não fazem nada.

Era outro tempo. Ainda se tinha amor à camisola. Os jogadores não ganhavam tanto como hoje e lutavam contra as adversidades. Eusébio e a história que sobre ele é contada neste livro são disso exemplo. Estão a ver Cristiano Ronaldo a alinhar num torneio particular com uma lesão num joelho? Nem com uma constipação.

Há coisas que nunca mudam, apesar do tempo que sempre passa. As anedotas sobre o Paul Gascoigne ainda fazem sucesso. Apesar de agora ter aparecido o seu concorrente quanto à inspiração para anedotas diz respeito- o incorrigível Mario Balotelli- as anedotas sobre o antigo jogador inglês ainda persistem.

Foi uma leitura rápida, agradável e que me deu bastante prazer. Li o livro em apenas um dia ou dois.

É hora de um pouco de fantasia. Trouxe de casa o livro “O Detective Esqueleto”.


Tuesday, July 10, 2012

“O Desertor”(impressões pessoais)


Ver “As Regras De Moscovo “ (impressões pessoais)

Há dias li o livro “As Regras De Moscovo” e, sabendo que o livro teria continuação numa outra obra, não achei estranho o facto de o vilão não ter sido morto.

Com praticamente os mesmos personagens, “O Desertor” é o desfecho de “As Regras De Moscovo” e acaba-se o vilão mesmo.

A obra está repleta de acção, suspense e emoção tal como eu gosto. Só não lhe atribuo a nota máxima que costumo dar a uma obra porque acho que Grigori não deveria ter morrido mas compreende-se a sua morte que aconteceu para salvar os seus amigos, especialmente a mulher de Gabriel.

Vamos descansar de tanta emoção e vamos ler algo diferente. Algo que demorará um dia ou dois a ler. “Linha Avançada – Nos Bastidores Do Futebol” de José Nunes é a aposta seguinte. Vamos rir um pouco.


Wednesday, July 04, 2012

Volta ao Algarve

Depois de ontem sonhar que percorria um terreno de terra batida numa moto todo o terreno e sentia uma sensação incrível, foi novamente sobre duas rodas que se fez a colheita onírica de hoje.

O Tour de France começou esta semana. Esperava que tivesse começado só na próxima mas este ano foi diferente. A Rabobank não faltaria neste evento. Mas quem seriam os ciclistas da Rabobank ali presentes? Pensando nisto adormeci.

Sonhei que via uma prova de Ciclismo em casa. Já não é a primeira vez que tenho este sonho. Os ciclistas percorriam uma estrada em muito mau estado e os atletas da Rabobank iam na cauda do pelotão. Não sabia se eles eram da equipa profissional ou da continental

Num ápice, num passo de magia que só existe nos sonhos, estava no local atrás deles. Estava a chover ou já tinha estado. Era um final de tarde de um dia pouco luminoso e a estrada ainda parecia estar molhada.

Nenhum dos ciclistas da Rabobank trazia capacete. A maioria usava os cabelos loiros bem curtos. Vestiam impermeáveis laranja mas havia um deles que vestia um casaco grosso tipo polar de cor vermelha. Embora fosse impermeável por fora, o casaco era bem quente por dento. Estava indignada por eles irem todos atrás e nenhum à frente.

Quando o pelotão se colocou num movimento mais rápido, o ciclista do casaco vermelho deixou-o cair na estrada e logo o apanhei. Ninguém mais lá foi apanhá-lo. Não seria, certamente, o casaco de um craque e só eu tive interesse em o recolher e guardar. Tentei a pé acompanhar a corrida mas eles afastavam-se mais. Era uma etapa da Volta ao Algarve mas já devia ser muito tarde.

Eles iam-se afastando e eu parei ainda com o pelotão no meu ângulo de visão. Fiquei ali parada a examinar o casaco vermelho que o ciclista da Rabobank trazia quando todos vestiam casacos laranja. O casaco estava molhado da chuva por fora e por dentro estava molhado da transpiração. Num dos braços tinha a bandeira holandesa colada tal como se colam os emblemas das capas académicas e no outro tinha o símbolo da Rabobank. Onde raios teria ido ele buscar este casaco? Nem era um equipamento mais antigo. Eles sempre foram laranja ou azuis. Que estranho!

Continuei a andar ou a correr pela estrada. Ainda com o casaco na mão, estava a tirar fotos à paisagem. Estava um belo final de tarde. Uma figura conhecida parou junto de mim. Era um homem alto e extremamente magro que trazia uma criança às cavalitas. Era o Miguel- o guia de Ciclismo da ACAPO. Cumprimentámo-nos, mostrei-lhe o casaco que tinha apanhado da estrada e seguimos os dois na estrada já livre da caravana. Anoitecia. Estava um belo dia. Estava feliz ali.

Quando acordei lembrei-me que o casaco vermelho talvez fosse de algum ciclista que tivesse sido campeão nacional da Holanda e que enverga um equipamento com as cores da bandeira. Durante o sonho não pensei nessa possibilidade. Fui dar uma vista de olhos aos plantéis das duas equipas. Aqueles ciclistas assim todos parecidos uns com os outros com que sonhei poderiam ser todos os ciclistas que fazem parte dos quadros da Rabobank e podiam também não ser nenhuns deles. Seriam da equipa continental talvez, pois a maioria deles tem cabelos loiros e curtos. Quase todos diria eu. Não sei se la há algum campeão nacional da Holanda em alguma coisa. Isso não vi bem. Quanto ao facto de não conhecer nenhum é verdade. São todos estranhos para mim, os ciclistas da segunda equipa da Rabobank. Os que vieram para aqui para a Volta a Portugal há uns anitos estão quase todos na equipa principal. Dois estão mesmo a disputar o Tour de France neste momento.

Espanha bate todos os recordes

A Espanha consagrou-se bicampeã da Europa de Futebol ao vencer categoricamente a Itália na final em Kiev por 4-0. Foi o resultado mais dilatado que alguma vez havia sido conseguido numa final de um Campeonato da Europa. Também é a primeira vez que uma selecção ganha uma competição em duas edições consecutivas e Fernando Torres tornou-se o primeiro jogador a marcar em duas finais. Números e recordes impressionantes de uma geração de jogadores impressionantes.

A Espanha começou por abrir as hostilidades dos remates no jogo através de Xavi que rematou por cima.

Ainda antes do quarto de hora de jogo, a Espanha já estava em vantagem com um golo de cabeça apontado por David Silva.

O Jogador Número Três da Itália vai sair lesionado. Penso que nestes dias este mesmo jogador já havia saído nas mesmas condições. E o que faz recuperarem os jogadores à pressa e a todo transe para jogarem. Acabam por fazer pior.

Pedro Proença exibe o primeiro cartão amarelo a Pique.

Mario Balotelli surgia com perigo mas Casillas recuperou a bola a tempo de evitar males maiores para a sua baliza.

Cassano remata para defesa de Casillas.

Há agora um magnífico remate de longe de Cassano para uma magnífica defesa de Casillas.

Balotelli agora remata por cima.

Jordi Alba faz o segundo golo da Espanha. É a sua estreia a marcar golos pela selecção e logo numa final.

Montolivo em mais um remate espectacular mas Casillas volta a estar soberbo na defesa.

Barzagli vê o cartão amarelo que Pedro Proença lhe mostra por falta sobre Iniesta.

O intervalo chega com a Espanha bem encaminhada para levantar a taça mais uma vez. Vence parcialmente por 2-0.

Entrado no início da segunda parte para mudar o rumo do marcador, Di Natale cabeceia por cima. Fabregas responde com um remate ao lado.

Di Natale proporciona mais uma defesa a Casillas. Entrou com tudo, este jogador.

Parece que a Itália vai ficar reduzida a dez jogadores. Ainda há poucos minutos tinha entrado e já Thiago Motta se encontra por terra agarrado a uma perna. Parece ter contraído uma lesão muscular. Uma ruptura talvez. A Itália já esgotou as substituições. Nada a fazer.

Há fora de jogo agora, senão teria sido o terceiro golo da Espanha.

Fernando Torres marca o terceiro golo da Espanha e é o primeiro jogador a marcar golos em duas finais.

Mata ainda faz o quarto golo da Espanha. Fernando Torres passou-lhe a bola.

A taça do Euro 2012 segue para bem perto daqui. Para o outro lado da fronteira. Não tivemos a nossa Selecção na final porque caiu com brio aos pés desta Espanha mas esteve presente o nosso árbitro que não desprestigiou o nosso País. Foi um Europeu bastante positivo para nós.

FNACAPO (fotos)














Um fim-de-semana memorável





A Fraternidade Nuno Álvares proporcionou-nos um fim-de-semana diferente e inesquecível num acampamento de escuteiros. Foi uma experiência maravilhosa, gratificante e inesquecível.

Parti no Sábado de manhã para mais um evento que aproveitaria para desfrutar ao máximo na companhia dos amigos e para descansar de mais uma semana de trabalho. Não fazia ideia de toda a essência da iniciativa, toda a componente de troca de experiências e aprendizagem que iríamos ter ao logo destes dois dias.

Começámos desde logo com dinâmicas de grupo e com o cântico que acabaria por marcar a nossa estadia ali. Por acaso a música foi bem escolhida, transmitindo uma mensagem importante para que não baixemos os braços, não tenhamos medo de enfrentar o futuro e tenhamos esperança.

Montar as tendas foi uma experiência única. Nunca antes havia acampado e foi com imensa alegria que vi erguida uma tenda azul e amarela onde iria pernoitar. Seria uma experiência completamente nova.

Depois do almoço tivemos alguns ateliers onde nos ensinaram muitas coisas curiosas e bastante uteis sobre os escuteiros. A mais interessante de todas teve a ver com o fabrico de um telefone rudimentar usando apenas dois copos plásticos ligados com um fio que teria de estar bem esticado para podermos comunicar.

Ainda fomos à praia fluvial mas o tempo estava instável para lá tomarmos banho. Foi mesmo uma pena.

Para depois do jantar estava marcado o momento alto do acampamento. Aguardava-o com grande expectativa. Como leio muito, já tive oportunidade de ver relatadas em livro experiências de noites em acampamentos ao redor de uma fogueira. Deveriam ser momentos bem especiais e inesquecíveis. Chegava a hora de viver eu uma experiência dessas. A noite estava amena, a Lua brilhava no Céu, havia dois grupos animados- o nosso que já era um só desde de manhã e um outro grupo de escuteiros muito jovens que se juntou a nós.

Foi simplesmente fantástico, este momento. Jamais irei esquecer isto! Cantámos, rimos, confraternizámos, sonhámos acordados, um turbilhão de emoções agradáveis percorria-me. Estaria a sonhar? Não. Estava ali mesmo. As imagens e os sons captados comprovam-no.

A fogueira baixou. Era quase meia-noite quando fomos para dentro comer qualquer coisa. Os jovens do outro grupo reconheceram o Carlos Lopes que também ali estava e improvisou-se uma sessão de autógrafos, uma sessão fotográfica e uma sessão de perguntas e respostas sobre Desporto Adaptado.

Chegou a hora de viver a experiência de dormir na tenda. Estava algum frio mas não havia problema. Desde logo fui inundada pelo odor agradável das ervas do campo. Que bom!

Ainda não era completamente de dia quando os corvos começaram com a algazarra. Vinham da serra. Eram muitos e ninguém mais dormiu. Um despertador natural.

Fomos à missa e depois fizemos uma caminhada com algumas provas divertidas pelo meio. Estava um belo dia de sol para nos bronzearmos um pouco enquanto caminhávamos por terra batida.

Depois do almoço desmontámos o acampamento e procedemos às despedidas com a promessa de repetirmos a experiência para o próximo ano. Se se vier a confirmar, certamente que lá estarei para repetir os momentos memoráveis que vivi neste fim-de-semana.