Tuesday, November 29, 2011

As minhas botas novas





Acordei por volta das cinco da manhã com uma chuva diluviana que parecia arrasar tudo com água.

Estive longo tempo acordada. Só quando a chuva é de facto muito forte é que eu a consigo ouvir do meu quarto. Em algumas ocasiões cheguei a sair à rua contente da vida e afinal estava a chover. Lá tive de ir eu virada à estação dos comboios a apanhar chuva.

Adoro ouvir a chuva a cair e estava-me a saber bem ouvi-la no aconchego dos lençóis como faço em minha casa. Assim voltei a adormecer.

Sonhei que as minhas lustrosas botas novas apresentavam uns buracos enormes nas biqueiras que deixavam sobressair os dedos grandes de cada um dos pés.

Estava indignada pelo pouco tempo que o meu belo calçado durou. A solução foi…fazer-lhes umas dobras nas biqueiras para disfarçar, imagine-se.

De manha, quando me estava a calçar, inspeccionei minuciosamente as botas. Nem uma beliscadela apresentavam.

Incrivelmente não apanhei chuva

Como eu odeio o Inverno! Nem um fim-de-semana decente se pode ter nesta época do ano sem que tenha de haver preocupações com a chuva e o transporte.

Estive para regressar a Coimbra no Domingo à tarde mas…estava um tempo horrível com chuva, trovoada, vento…tudo o que caracteriza esta época do ano.

O pior era que corria o risco de estar assim no outro dia de manhã. É complicado arranjar táxi para nos levar até à paragem do autocarro. A solução passava por ir com o meu pai de motorizada.

Lá pelas quatro da manhã caiu uma enorme chuvada e o vento fustigava com força os vidros das janelas. Que chatice! Já podia contar com uma valente molha. Foi por isso que não vesti as minhas calaças pretas com que tinha de trabalhar. Vesti umas calças normais e vesti umas velhas calças de oleado para prevenir da chuva.

Por incrível que pareça, durante o tempo que durou a nossa viagem até à paragem da camioneta, nem um pingo de chuva caiu. A chuva só começou a fazer-se sentir quando eu já estava resguardada dentro da camioneta. Tive mesmo sorte!

Monday, November 28, 2011

“A Casa Dos Espíritos” (impressões pessoais)




Esta é mais uma das minhas incursões pela literatura clássica, aquela de que toda a gente já ouviu falar. Desde muito jovem que ouço falar deste livro, sempre tive curiosidade em o ler mas só agora foi possível.

De um modo atraente para o leitor, com a cruel realidade a misturar-se com o fantástico e o sobrenatural, Isabel Allende faz passar a sua mensagem e dá-nos a conhecer, de certa forma, como se vivia no Chile antes e durante a ditadura militar liderada por Pinochet que conquistou o Poder à custa da morte do próprio pai da autora deste livro que havia sido eleito democraticamente.

Através de personagens fictícias, é contada toda a história de guerrilhas políticas que já vêm acesas de há muitas décadas e que culminam com a perda de toda a liberdade e democracia.

Conhecedora do que se passou no Chile a 11 de Setembro de 1973 e achando este episódio lamentável e triste, pude compreender melhor o teor desta obra. Há uns anos ouvi na rádio os registos sonoros da queda de Salvador Allende, do silenciamento de todos quantos entoavam trovas de paz e liberdade, dos que simplesmente desapareceram às mãos da brutalidade de Augusto Pinochet. Um episódio lamentável da História Mundial. Aquele homem merecia morrer de morte mais violenta que existe por tudo quanto infligiu ao seu povo. Não, o monstro morreu de velho e de forma tranquila. Aquando da notícia da sua morte, não usei o velho chavão de dizer bem de quem acabava de partir e não poupei este homem (procurar texto “o homem mau”).

Para além do rigor histórico, o sobrenatural e a fatalidade estão fortemente presentes nesta obra. O conceito de Destino e (quem sabe) de reencarnação estão presentes através da influência de Clara que contrapõe com o pragmatismo do seu marido que vive todos os acontecimentos retratados na obra e é um dos seus narradores juntamente com a sua neta Alba que se serve dos cadernos de anotar a vida da sua avó Clara para escrever a obra.

Episódio marcante desta obra? O aparecimento do espírito de Férula quando toda a família estava reunida à mesa. Só Clara se apercebeu que se estava na presença do espírito da cunhada. Os outros correram para a abraçar porque já não a viam há muito e ficaram contentes com o seu hipotético regresso.

Ao longo da obra são repetidas várias vezes as mesmas descrições para reforçar o teor da fatalidade, da influência do passado no futuro. Estou-me a lembrar das descrições dos banhos que Férula e a ama davam a Clara. Aquando da sua morte, Férula foi banhada por Clara e a autora recorreu exactamente à mesma descrição.

Isabel Allende não caiu na tentação de colorir a sua narrativa com longas e enfadonhas descrições. Com simplicidade, a autora ia descrevendo todos os acontecimentos, recorrendo por vezes a uma linguagem muito pouco literária e muito pouco delicada. Como exemplo, assinalei este parágrafo na página cento e sete do meu exemplar. Ao ler isto nós imaginamos mesmo os protagonistas. Está simplesmente deliciosa esta descrição.

“Foi o ano do tifo exantemático. Começou como outra calamidade dos pobres e logo adquiriu características de castigo divino. Nasceu nos bairros indígenes, por culpa do Inverno, da destruição, da água suja das regueiras. Juntou-se ao desemprego e repartiu-se por todo o lado. Os hospitais não davam vencimento. Os enfermos deambulavam pelas ruas com os olhos perdidos tiravam os piolhos e lançavam-nos às pessoas sãs. Pegou-se a praga, entrou em todos os lugares, infectou os colégios e as fábricas, ninguém podia sentir-se seguro. Todos viviam com medo, interpretando os signos que anunciavam a terrível enfermidade. Os contagiados começavam a tiritar com um frio de gelo nos ossos e aos poucos eram tomados pelo estupor. Ficavam parados como imbecis, consumidos pela febre, cheios de manchas, cagando sangue, com delírios de fogo e de naufrágio, caindo ao chão com os ossos de lã, as pernas de trapo e um gosto de bílis na boca, o corpo em carne viva, uma pústula vermelha ao lado de outra azul e outra amarela e outra negra, vomitando até as tripas e gritando a Deus que tivesse piedade e que os deixasse morrer de vez, que não aguentavam mais, que a cabeça se lhes rebentava e a alma se lhes ia em merda e espanto.

Para terminar, há que referir alguns personagens que terão uma correspondência com personagens reais que existiram no Chile aquando da tomada do Poder por Augusto Pinochet. São personagens que nos deixaram um espólio cultural enorme e ainda hoje são recordados como ícones do Chile. Não se fala de Chile sem que nos lembremos destes dois nomes. O Poeta tantas vezes citado nesta obra seria provavelmente Pablo Neruda. Pedro Tercero Garcia- pai de uma das narradoras desta obra- teria muitas semelhanças com o trovador e músico Victor Jara.

Foi uma leitura agradável e extremamente positiva. Adorei ler este livro.

Passemos agora em termos de literatura para algo completamente diferente. Passemos para o típico romance policial americano. “LA Confidential” é a obra a merecer a minha atenção ao longo das próximas semanas

Castanhas, relato e televisão

Depois de mais uma semana de trabalho, soube bem ir para casa e estar aconchegada junto da família, dos gatos e dos cães.

Festejava-se o S. Martinho. Ontem nem toquei nas castanhas mas havia-as lá em casa à minha espera. Como as coisas não estão de feição para se gastar dinheiro em coisas supérfluas, a minha mãe comprou as castanhas mais reles que havia na mercearia só porque eram mais baratas. Eram mais as castanhas estragadas do que as que comi. Mesmo assim comi bastantes. O barato saiu caro.

A minha irmã colocou o rádio do meu pai a trabalhar. Ao sintonizá-lo, apanhou uma rádio de Aveiro que transmitia um relato. O Beira-Mar defrontava o Moreirense em casa e foi eliminado da fase seguinte da Taça da Liga.

Terminei a noite a ver um pouco de televisão. Não perco uma eliminatória do concurso “A Voz De Portugal”.

Não sair de casa é a solução?

Dou uma espreitadela nas notícias enquanto faço a descompressão de mais um intenso dia de trabalho. Já há muito que não vejo as notícias. Para quê? Para ouvir falar da recessão económica, das agências de rating, da decadência da Zona Euro e do descrédito da banca nacional?

Hoje vou ver o noticiário. Sempre quero ver o que está a acontecer por cá e por lá. Bingo! Que bela sucessão de notícias que acaba de ser emitida! Que texto valente isto vai dar!

Em primeiro lugar, há a registar as greves nos comboios que fizeram com que muitas pessoas ficassem retidas e não pudessem regressar aos seus destinos. Foram muitos os trabalhadores e estudantes que ficaram com a perspectiva de um fim-de-semana passado com os seus familiares gorada. Já começam a ser demais, as greves dos comboios. Se soubessem o transtorno que causam…há quem esteja farto de trabalhar e queira ir para casa para junto da família e corre o risco de dormir nos bancos frios das estações ferroviárias.

A seguir à incómoda greve dos comboios, vem a notícia de que o Governo vai cortar os descontos nos passes de autocarro para os estudantes e idosos. Mais um rombo nas depauperadas finanças dos estudantes que mal têm dinheiro para comer…mas as discotecas aqui no burgo devem estar sempre cheias e com o álcool e as drogas sintéticas sempre a bombar. Não percebo.

Os idosos deixam de sair de manhã de casa para percorrerem a cidade inúmeras vezes de autocarro. Ao longo dessas viagens, muita gente se senta ao pé deles nos bancos do autocarro e eles aproveitam para meter conversa. É uma forma de matar a solidão. Muitas dessas pessoas vivem sozinhas e precisam de espairecer. A solidão nas grandes cidades é um flagelo e os autocarros ajudam de certa forma a amenizar a vida solitária dessas pessoas. Não concordo muito com os cortes do subsídio do passe aos idosos, sejam eles ricos ou pobres.

Como não há duas sem três, eis que surge mais uma notícia que promete complicar bastante a mobilidade dos cidadãos portugueses. Mais portagens vão ser implementadas em troços que eram até aqui gratuitos. Os cidadãos revoltam-se, pois claro.

Com os comboios constantemente em greve, com o corte no subsídio dos passes dos autocarros e com cada vez mais auto-estradas com portagem, começo a pensar que os cidadãos nacionais que não descalçam os chinelos de quarto, que olham fixamente a caixa do correio à espera que caia o cheque do subsídio mensal e que vêem estas notícias sem um único esgar de preocupação é que têm juízo. Quem tem de apanhar transportes ou se deslocar na própria viatura para o trabalho que aguente com isto e que pague a crise!

Ainda há outra alternativa mais económica e ecológica. Sempre que for possível, por que não ir a pé ou de bicicleta. Até ver, ainda não inventaram portagens para quem assim se desloca.

Faltou um para completar o cabaz

Portugal venceu a Moldávia em Rio Maior por expressivos 5-0. Sigam-me na impressionante crónica desta partida. A julgar pelos apontamentos que tirei, isto promete arrasar...e ainda prometeria mais se acaso tivesse sido colocada no blog na própria noite do jogo. Fica para a história aquele craque que animou aqui as hostes- o Jogador Número Dezassete da selecção de sub- 21 da Moldávia. Foi só ele entrar em campo para dar outro colorido...e outra agressividade a isto.

Que engraçado que é o hino da Moldávia!

O jogo já começou e Sana abre as hostilidades em termos de remates. Este vai por cima.

Nelson Oliveira inaugura o marcador com seis minutos de jogo. A defesa da Moldávia poderia ter feito melhor.

Sai agora um remate cruzado de um jogador da Moldávia. Rui Fonte responde com um remate para as mãos do guarda-redes adversário.

É exibido o primeiro cartão amarelo do encontro para o Jogador Número Cinco da Moldávia por interceptar a bola com a mão.

A remate de André Martins, o guarda-redes da Moldávia responde com uma grande defesa.

Demoraram tanto tempo a marcar o livre, os jogadores moldavos, que a jogada teve de se perder.

Estavam decorridos vinte e dois minutos da partida quando Rui Fonte apontou o segundo golo para as nossas cores através de um cabeceamento. Que golaço de Sana logo na jogada seguinte! O guarda-redes foi impotente para conter o remate.

Remate de André Martins após um lançamento lateral que não chegou ao golo. O quarto golo seria da autoria de Nelson Oliveira pouco depois. Por este andar, vão levar aí uns dez!

O pequeno Sana consegue rematar de cabeça perante adversários que são bem mais altos do que ele.

Abrem aqui as hostilidades. A partir daqui esta crónica não será mais a mesma. É a partir do momento em que se dá esta substituição do lado da selecção da Moldávia. O Jogador Número Quatro sai. Vai dormir, que bem precisa. Esteve simplesmente uma nódoa! Há dias em que nem levantar da cama um indivíduo pode. Este deveria ter ficado a dormir, se é que ele já não estava em campo. Bem acordado virá o seu substituto.

Entretanto sai mais uma oportunidade de golo para Portugal por parte de João Pereira. De livre, André Martins proporciona uma espectacular defesa ao guarda-redes da Moldávia.

Brinca-na-areia típico e inconsequente exibindo-se um pouco para que algum clube cujos olheiros estejam em prospecção em Rio Maior mostre o seu interesse nele. Estou a falar do Jogador Número Onze da Moldávia.

Agressivo é o Jogador Número Dezassete da Moldávia que entrou a substituir o Jogador Número Quatro que esteve presente em todo o lado, menos no terreno de jogo. Este jogador nem precisa de olheiros a observá-lo para arranjar clube. Encaixa perfeitamente na concepção de jogo que um clube que também veste de azul vem desenvolvendo. A equipa do Porto de futuro teria como centrais o Mangala e este jogador. Seria brutal! Acho que o Campeonato Nacional teria a maior incidência de lesões de que alguma vez houvesse memória. Como ficaria feliz Pinto da Costa com a sua aguerrida dupla de centrais enquanto que lesões nos mais influentes jogadores das equipas adversárias eram lamentadas semana após semana!

Deixemo-nos de disparates, até porque o jogo já chegou ao intervalo com Portugal a cilindrar a equipa da Moldávia por 4-0.

Eu não disse que havia olheiros! Disse na brincadeira mas está agora a ser divulgada uma lista deles.

Um clube que aprecie caceteiros deve vir todo babado com o achado que conseguiu aqui em Rio Maior- o Jogador Número Dezassete da Moldávia que tudo leva à frente a cada disputa de bola. Os jogadores mais indisciplinados do Mundo ao pé dele eram uns meninos de coro. Gostava de ver, por exemplo, uma disputa de bola a meio-campo entre ele e o também impetuoso Pepe. Seriam só chuteiras e bocados de osso pelo ar.

Abel agora também não se fica atrás em termos de agressividade e mostra os seus dotes ao olheiro que tenha vindo a Rio Maior observar caceteiros.

Resumindo, o Jogador Número Dezassete da Moldávia veio trazer agressividade ao jogo. Muito bem! Espera-se que essa agressividade não resulte em violência ou em lesões para os nossos jogadores.

Quase que era golo de Pedro Mendes. Entretanto preparam-se para entrar mais dois impetuosos jogadores na equipa da Moldávia. Como os que entraram de início eram macios de mais e não conseguiram evitar a chuva de golos das nossas cores, o seleccionador da Moldávia (também ele vítima de um bárbaro episódio de agressividade há uns anos quando foi assaltado, se bem me lembro) resolve recorrer ao plano B que é o da intimidação e lança os praticantes de Vale Tudo em campo, retirando os jogadores de Futebol que são muito mas muito fraquinhos.

O Jogador Número Treze da Moldávia tira com fúria a camisola de dentro dos calções. Já eu fazia o mesmo nos meus tempos áureos de desportista em que conhecia gente da Moldávia pessoalmente.

Salvador remata mas a bola sobe muito.

Lance dividido ente Josué e o Jogador Número Treze da Moldávia que fica magoado. O árbitro tirou o cartão amarelo do bolso mas parece não o ter mostrado a ninguém.

Entretanto Abel marca o quinto golo para Portugal.

No campeonato particular de agradar mais ao olheiro que capta jogadores agressivos, Abel consegue mais uma entrada bem impetuosa sobre o Jogador Número Cinco da Moldávia. Aguarda-se a resposta do Jogador Número Dezassete da Moldávia, tendo em conta que o olheiro só irá referenciar o mais agressivo dos mais agressivos e o contrato é chorudo. Aliás, eu adoraria ver um confronto directo entre Abel e o Jogador Número Dezassete da Moldávia. Isso é que era! Nesse caso, o olheiro levaria o que tivesse saído menos magoado do confronto.

Olha que novidade! O amigo que arranjámos no jogo de hoje- o Jogador Número Dezassete da Moldávia- só agora vê o cartão amarelo. Motivo? Nem preciso de dizer por que foi. Até parece que não sabem. Foi por uma entrada bem agressiva, impetuosa, viril e violenta sobre Josué. Entretanto o Jogador Número Sete da Moldávia também vê amarelo.

Josué queria-se vingar dos dois amigos que acabou de arranjar e ia marcando um golo. O Jogador Número Treze da Moldávia remata à baliza de Mika que defende sem dificuldades.

Ia sendo golo de Portugal. De Rui Fonte. O último remate do desafio pertence a Cedric e sai ao lado. O jogo termina com uma goleada de Portugal à Moldávia por 5-0.

Na próxima segunda-feira, os jovens portugueses irão deslocar-se à Albânia para mais um jogo de apuramento para o Euro 2013 que se disputa em Israel.

O uivo II



Sonhei muita coisa numa noite em que estava sempre a acordar e em que me custou um pouco a adormecer. A isso não era alheio o frio que se fazia sentir.

O sonho mais relevante que tive passou-se em minha casa. Eu estava de pé junto ao fogão da sala. Era de dia e ele estava apagado. Situo a acção numa bela tarde de Primavera ou Verão.

O meu pai estava a ver televisão no quarto. A minha mãe e a minha irmã tinham saído juntas. Provavelmente tinham ido às compras.

Na estrada passou uma viatura que buzinou demoradamente. Pensei que fosse a carrinha da padeira mas não era. Tal como acontece sempre que ouve a buzina da padeira, Chalana começou a uivar.

Ouvindo o uivo do cão, o meu pai chamou-me aflito e perguntou-me por que é que o cão estava a uivar.

Fui à rua ver o que se passava. Não vi carro nenhum. Passou simplesmente e buzinou. A minha mãe e a minha irmã regressavam a casa. Disse ao meu pai que o cão tinha uivado por ver a minha mãe e a minha irmã de volta a casa e com sacos de compras. Ele não ficou convencido.

Também me lembro de ter sonhado com um atleta norueguês que se sentiu tremendamente indisposto imediatamente após uma corrida de dez mil metros. O vídeo estava disponível no Youtube e vi-o inúmeras vezes, até porque estive presente nessas proas e recordava perfeitamente esse atleta no convívio que houve a seguir.

Para descansar esta noite não serviu muito.

“In The Army Now”- Statusquo (Música com Memórias)

Era o tempo em que não perdia uma única contagem do top das músicas mais vendidas em Portugal.

Hoje se me perguntarem qual a minha música favorita eu não sei responder. Naquela época era diferente. Se me perguntassem qual era a minha música favorita, eu nem hesitava em afirmar que era esta.



Estava sempre nos primeiros lugares do Top que normalmente era liderado pela balada “Lover Why” dos Century. Era por isso que eu na altura detestava essa música porque “In The Army Now ” não passava do segundo lugar por causa dela. Na altura, diga-se de passagem, não apreciava muito baladas, ao contrário do que acontece hoje. Por esse motivo, hoje a canção que abominava naquela época é uma das minhas favoritas. Como as nossas convicções mudam à medida que vamos crescendo!

Apesar de bem classificada na tabela semana após semana, poucas vezes era passada na íntegra. Quando isso acontecia, então eu fazia uma festa. Na rádio que eu ouvia na altura, cheguei a pensar que eles não tinham este single. Houve uma ocasião em que passaram esta música à hora do almoço mas nunca mais a voltei a ouvir naquela frequência. O disco estaria, segundo a minha fértil imaginação da altura, escondido no “Estúdio 2” que era como eu chamava ao andar de cima do edifício onde estava a rádio mas que não era usado pela mesma. Eu é que pensava que havia lá uma imensidão de discos escondidos, discos esses que seriam descobertos por mim e pela minha amiga Cristina. Mais tarde até fizemos isso as duas mas foi noutra rádio. Até que foi engraçado. Quando fizer um “Música Com Memórias” destinado a uma outra música, conto essa história mas penso que até já a contei há tempos.

Voltando à música que me despoletou as memórias de hoje, lembro-me de uma ocasião em que era véspera da festa da minha terra. Eu estava quase no fundo do lugar com a minha mãe e a minha irmã em casa de uma senhora da minha terra.

Pela instalação sonora da aparelhagem ouvi os acordes desta música e logo corri que nem louca pela ladeira acima na direcção da capela para a ouvir mais de perto. Era a loucura!

Hoje ouço-a com muita frequência na M80. Por ter acabado de passar e por ainda não ter nada para escrever hoje, resolvi dar-lhe destaque e descrever como ela foi importante na minha tenra juventude.

Friday, November 25, 2011

Exame alarmante

Já não é a primeira vez que tenho este sonho em que um médico me alerta para o facto de ter a tensão arterial bastante elevada.

Segundo as sábias páginas de um livro que li no início deste ano e que origina que eu aponte todos os sonhos de que me consigo lembrar, os sonhos relacionados com a saúde são aqueles que têm tendência a serem os chamados sonhos premonitórios.

Sonhei que tinha ido a uma consulta de rotina e tinha a tensão arterial com valores elevadíssimos.

Não sabia o que fazer porque o problema não tinha a ver com o facto de eu cometer erros alimentares. Atribuía o fenómeno a nervos, ansiedade e stress constante.

Estranhos incidentes em final de tarde futebolística

Para o final de tarde deste normal Domingo de Futebol estavam marcados os jogos entre o Braga e o Benfica e entre o Sporting e a União de Leiria.

Em Braga, os problemas com o sistema de iluminação eléctrica começaram logo no aquecimento. A partir daí, o jogo conheceu três longas interrupções devido à fala de visibilidade suficiente para se poder jogar.

Estranhamente a luz deixou de falhar durante a segunda parte. No final do jogo, os jogadores depararam-se com a falta de água quente nos balneários para poderem tomar o seu reconfortante banho após uma longa (foi mesmo longa) batalha travada no campo.

No final do encontro, Artur incendiou a polémica ao alegar que em Braga aconteciam sempre coisas estranhas sempre que o Glorioso la ia jogar. Recorde-se que na época passada o guarda-redes brasileiro vestia as cores arsenalistas.

Refira-se que o jogo da época passada foi marcado pela expulsão de Javi Garcia e pelo arremesso de bolas de golfe a jogadores do Benfica durante o jogo. Há duas épocas atrás, deram-se incidentes no túnel. Esses incidentes resultaram no castigo de Vandinho por três meses.

Ah, este jogo terminou empatado a uma bola.

O Sporting venceu tranquilamente a União de Leiria por 3-1. No final do jogo, Diego Capel foi entregar a sua camisola a um adepto que lha tinha pedido. Como habitualmente acontece, gerou-se uma luta tremenda pela posse do valioso objecto. Dois adeptos leoninos esticaram-se com mais empenho na tentativa de agarrar a camisola do espanhol e caíram ao fosso.

No dia seguinte, Diego Capel deslocou-se ao hospital onde estava internada a vítima mais grave da queda. Um gesto que se aplaude!

Condenada a ir para longe

Sonhei que estava deveras chateada porque as coisas não me corriam de feição no trabalho.

Uma senhora de nome Cristiana foi muito dura comigo por causa de coisas que estavam menos bem numa das lojas.

Como as coisas já não me estavam a correr bem desde há uns tempos, resolveram deportar-me para o último local para onde iria de livre vontade. Nunca gostaria de viver ou trabalhar ali. Não há dinheiro que pague o sossego e a tranquilidade. Mesmo que me oferecessem o dobro do salário, acho que não conseguiria trabalhar ali devido à insegurança que se faz sentir nas ruas. Há assaltos e outros tipos de desacatos e seria mesmo um castigo se para ali fosse. Gabo a coragem de colegas minhas que saem do trabalho a altas horas para aquelas ruas. Mas elas são dali. Já se habituaram. Imaginem eu que morro de medo de assaltos e perseguições e que, ainda por cima cresci no campo, a trabalhar e a viver ali!

Fui para lá com a disposição de quem outrora ia para um campo de concentração. Era o verdadeiro degredo. Que fazia eu da minha vida sem as minhas caminhadas tranquilas pela rua? Era outra realidade, outro movimento e tinha de me adaptar.

Deparei-me com um prédio enorme, com muitos andares, e com uns elevadores que nunca paravam onde queríamos.

Estava mesmo desolada e triste. Ainda bem que acordei em minha casa e na minha cama!

Thursday, November 24, 2011

Vento frio

Foram muitas as peripécias que vivi em mais uma noite de sonhos. Eis o que restou para contar e que não é pouco.

No meu quarto, tinha o rádio e o computador ligados à mesma extensão eléctrica. Houve um qualquer mau contacto que fazia com que eu sofresse pequenos choques eléctricos. Na realidade, o rádio e o computador fixo estão ligados à mesma extensão mas não estão no meu quarto.

Estranhamente também não se podiam ligar dispositivos USB ao computador porque ele, pura e simplesmente, não os reconhecia. Era por isso que não tinha Internet. Por sorte captei uma rede sem fios desprotegida.

Um colega meu dizia que o problema era do rádio e eu concordei. Este sonho terminou sem que eu resolvesse o problema.

Isto foi só o aquecimento para o sonho que passo a descrever e que nada tem a ver com estas questões electrónicas. Falar de aquecimento neste sonho é um pouco…como hei-de dizer…?

Havia um qualquer evento na terra mas, infelizmente, eu não podia participar porque me tinha magoado ou tinha sido operada. Muito eu gostaria de participar no jogo de Futebol!

Do meu quarto onde convalescia, ouvia o vento a soprar anormalmente forte e a minha mãe a falar ao telefone com uma prima nossa. Ela demostrava a sua preocupação pelo desaparecimento de um dos dois gatinhos pretos e brancos que tinham aparecido lá em casa. O pequeno gatinho não estava morto na estrada e também não aparecia em lado nenhum. Estava um frio insuportável e um tremendo vendaval. Onde estaria ele com estas condições climatéricas?

Na casa de forno, a minha irmã confeccionava um prato à base de batatas fritas que logo arrefeciam e ficavam duras. Não se suportava o frio ali. Nunca na vida havia sentido tanto frio.

Quando voltei para a sala, o fogão estava aceso com uma grande fogueira. Foi reconfortante sentir o calor a invadir o meu corpo. Eu tiritava de frio. Na rua o vento fazia-se ouvir de forma cada vez mais ruidosa.

Na televisão passavam imagens em directo do jogo de Futebol lá da terra. A pena de não ter podido participar era enorme. Iam lá estar grandes craques e havia a possibilidade de trocar as camisolas com eles.

No sonho não se registou chuva, apenas vento forte e frio quase glaciar.

Naqueles vagões



Sonhei que esperava o comboio ou esperava alguém que vinha no comboio. Vou mais para a segunda hipótese.

Tal como acontece na realidade, é anunciada pelos altifalantes da instalação sonora do apeadeiro a passagem de um comboio sem paragem. Tal como acontece sempre que ouço este aviso, desviei-me para o mais longe possível da linha.

Vinha lá um comboio rápido de passageiros igual a este que aparece no vídeo. Quando chegou perto de mim, descarrilou e as suas carruagens separaram-se umas das outras. Que sorte eu ter-me arredado! Uma carruagem desgovernada imobilizou-se a escassos centímetros de onde eu estava.

Houve imensos feridos naquele acidente, alguns mesmo em estado grave. Não consta que tivessem havido vítimas mortais a lamentar.

Foi anunciada a passagem de outro comboio sem paragem. Era um dos temíveis comboios de mercadorias com aqueles vagões feios como tudo. Aqueles comboios são sempre iguais, por mais anos que passem. Já quando eu tinha uns oito anos eles tinham este aspecto. Quando eu for rica, juro que mando pintar aqueles vagões horríveis com cores garridas. É para eles não serem tão assustadores.

Tal como aconteceu há dias, aquele horrível comboio parou. Dos seus vagões que,incrivelmente eram abertos em cima, acenavam pessoas felizes que entoavam cânticos, imagine-se.

Sonhei igualmente com aulas de Alemão e com a leitura de qualquer coisa.

P.S: Falando com a minha irmã nesse dia, calhei a descrever-lhe o sonho. Por coincidência, também ela alegou ter sonhado com descarrilamento de comboios. Ficámos intrigadas porque teríamos de nos deslocar ambas nesse meio de transporte no dia seguinte. Foi apenas e só uma coincidência engraçada. Nenhum comboio descarrilou. Nesse dia passou o comboio que aparece no vídeo que ilustra este sonho.

Chuva de golos

Já apurado para a fase seguinte da Liga Europa, o Sporting quebrou uma impressionante corrente de jogos sem perder e consentiu uma derrota na Roménia ante o Vaslui por 1-0. Este jogo fica marcado pela grave lesão do médio argentino Rinaudo logo nos instantes iniciais do jogo.

O Braga iria entrar em campo para jogar a sua sorte. Se não vencesse, as coisas ficariam muito complicadas.

Estamos com quatro minutos de jogo e Andanovic comete um erro crasso que permite a Lima apontar o primeiro golo. Para já tudo começa bem para as cores arsenalistas.

Alan cruza para remate ao lado do seu compatriota Márcio Mossoró. O Maribor responde com um remate que não cria perigo.

QUE GOLAÇO DE ALAN! Estamos ainda nos instantes iniciais da partida e o Braga agora ia marcando o terceiro golo num cabeceamento de Hélder Barbosa.

Remate do Jogador Número Dez do Maribor mas passou ao lado. Na sequência de um canto, já do outro lado do campo, Paulo Vinícius cabeceia ao lado. O mesmo jogador ainda teve outra tentativa para marcar o terceiro golo do Braga na sequência de um livre.

O guarda-redes do Maribor executa uma grande defesa a mais uma jogada de ataque do Braga. No lance seguinte, o Jogador Número Seis do Maribor esteve a uma unha negra de marcar golo na própria baliza. Que sorte para o Maribor e que azar para o Braga!

Sai um cartão amarelo para o Jogador Número Oito do Maribor. Ele é famoso por ver muitos cartões. Eu não o conheço. Não tarda nada e está a jogar no Porto. É um jogador que se deve enquadrar bem no espírito dessa equipa. Como eles passam impunes no nosso campeonato, vale a pena contratá-los para usarem do seu jogo rasteiro e extremamente lesivo para os adversários.

Bem, aquela colectividade desportiva de que estava a falar não está a jogar. Jogou anteontem. E perdeu, diga-se de passagem. O Braga é que está a jogar e ganha. Já poderia até estar a ganhar por muitos.

Num lance confuso com muitos jogadores das duas equipas junto á área da equipa eslovena, Elderson faz o terceiro golo. O defesa nigeriano havia marcado no jogo da primeira volta na Eslovénia. O verdadeiro carrasco do Maribor. Ele que não marca assim tantos golos. Acontece frente ao mesmo adversário porque o seu oponente- o Jogador Número Seis- é um miúdo bem verdinho que terá aí uns dezoito anos. Foi aquele jogador que há pouco quase marcava na própria baliza. Como esse jogador é inexperiente e, ainda por cima, adianta-se em demasia no terreno, o nigeriano faz ali o que quer pelo corredor esquerdo. Neste golo, mais uma vez, Alan está presente. Ele está nos três golos do Braga. Grande jogo do jogador Número Trinta do Braga!

Lima vê cartão amarelo por ter saído antecipadamente da barreira aquando da marcação de um livre que não ofereceu grande perigo…a não ser para Mossoró que levou com a bola na cara.

Grande defesa de Quim a responder a um remate do Jogador Número Setenta (penso que era esse o número da camisola dele). Sem deixa cair a bola, o jogador do Maribor rematou de primeira e Quim teve de defender categoricamente para canto. Ainda no rescaldo desse lance, Quim volta a aplicar-se.

O Maribor carrega e Quim responde “presente”. Acordaram agora, os eslovenos.

Do outro campo do mesmo grupo chegam boas notícias para o Braga. O Bruges está a vencer o Birmingham. Em Braga, o jogo chega ao intervalo com uns concludentes 3-0 no marcador.

Alan ia marcando o quarto golo. A segunda parte ainda mal tinha começado. O brasileiro hoje está bem disposto e empenhado. O Braga começa a segunda parte tal como havia iniciado o jogo. Está a carregar intensivamente. Quase sufoca a equipa adversária.

O Maribor responde também com perigo. Mossoró responde com um remate cruzado e sem perigo.

Empunhando o cartão amarelo, o árbitro corre com ar ameaçador na direcção do Jogador Número Seis do Maribor para lho mostrar. Este jogador cometeu uma falta sobre Mossoró.

O jogador que há pouco viu o cartão amarelo cruzou milimetricamente para o golo do Jogador Número Dezassete. Estamos com sessenta e dois minutos de jogo.

De livre, o Jogador Numero Dez do Maribor faz a bola bater com estrondo no poste da baliza defendida por Quim. Entretanto o autor do golo do Maribor ameaça voltar a marcar.

Andanovic soca um potente remate de Hugo Viana. Agora é Baiano por cima. O jogo está bom nesta fase.

Elderson rematou mas devia ter cruzado. Entretanto sai um cartão amarelo para Hélder Barbosa por alegadamente estar a demorar a sair. Ele foi substituído por Paulo César.

Do outro jogo chega a notícia do empate a dois golos entre Bruges e Birmingham.

O Braga carrega. Lima remata ao poste enquanto que Paulo César acerta na malha lateral da baliza defendida por Andanovic.

Djamal também tenta a sua sorte mas o guarda-redes esloveno defende para canto. Este lance viria a dar o quarto golo do Braga que foi da autoria de Paulo Vinícius. Para não variar, Alan interferiu na jogada.

O espanhol Mérida tenta a sua sorte mas a bola não entrou. Seria um golaço! O espanhol volta a tentar e desta vez obtém o que procurava- o golo. É o quinto para o Braga que nesta noite de chuva goleia o Maribor por concludentes 5-1.

E sair de casa com este tempo?



Nada se fez nesta manhã porque estava um temporal dos diabos.

Wednesday, November 23, 2011

Ficção

Vamos então narrar o que restou de uma noite de sonhos em que estive constantemente a acordar.

Sonhei que lia um livro. De início a obra era um pouco enfadonha mas, aos poucos, foi tendo relatos impressionantes de cenas de extrema violência e brutalidade.

A trama desenrolava-se em torno de um cidadão russo, no tempo da Guerra Fria, que foi para a américa Latina armado em espião e ali cometia crimes do mais hediondo que havia.

Como já me estava a assustar (coisa que nunca me acontece na realidade), passou-me pela ideia deixar de parte aquele livro. Que coisa impensável no mundo real! Quanto mais acção, crime, intriga e morte um livro tiver, é da maneira que o devoro mais rapidamente.

Tinha chegado a minha casa um casal da Figueira da Foz que iria desenvolver umas actividades na minha terra. Eles eram amigos da minha irmã e por isso ela lhes deu guarida lá em casa.

O elemento masculino do casal chamava-se Paulo Pinho e estava ainda a recuperar de uma gastroenterite que havia contraído. Eu e os desarranjos intestinais de desconhecidos. Mais um dado intrigante para os psicanalistas empenhados em estudar casos difíceis tentarem decifrar.

Estávamos todos em casa a ver televisão a seguir ao noticiário da uma. A seguir ao noticiário normalmente dão novelas. Se é assim na vida real, não será muito diferente nos sonhos.

Numa novela, um casal que se encontrava clandestinamente estava prestes a ser flagrado pelo marido da protagonista. O clima era de suspense. No momento em que se ia dar o indesejável encontro, o meu pai mudou a televisão de canal para ver uma insonsa novela brasileira em que nada de relevante se passava. Ficámos todos desolados.

Ainda pensava que ia ter tempo de dormir mais um pouco mas o despertador tocou. Eram horas de passar da ficção à realidade.

Lembram-se de Manduca?

O programa futebolístico para hoje consistia em ver o que faziam Hulk e seus companheiros numa partida a contar para mais uma jornada da Liga dos Campeões onde o Porto não goza de muito boa saúde.

Frente a uma equipa que jogava quase com tantos portugueses de início como o Porto, os tripeiros voltaram a arrastar-se no campo e a perder. As coisas estão complicadíssimas para o vencedor da Liga Europa da época passada.

Para já o nosso amigo Hulk começa com um remate extremamente fraco. Ele personifica toda a sua equipa. Está uma sombra do que foi na época passada.

Então? Nem uma oportunidade de golo para amostra? Que pobreza está este jogo! Bah!

Há uma queda suspeita do capitão de equipa do Apoel na área do Porto num lance com Rolando. Nada foi assinalado. Alguns instantes depois é assinalado fora de jogo a anular uma jogada de algum perigo dos cipriotas.

Alvaro Pereira apresenta algumas queixas. Levanta-se do banco Sapunaru para aquecer.

Sai mais um remate do nosso amigo Hulk para defesa de Pardo.

Que perigo! Ailton cabeceia ao poste da baliza do Porto. É canto. Este lance surge antes de Mangala cometer uma grande penalidade sobre o Jogador Número Oito do Apoel que, se não me engano, é o mesmo jogador que havia enviado a bola ao poste instantes antes. Estou a falar de Ailton. É ele que converte em golo o castigo máximo.

O intervalo chega com o Porto a perder por 1-0. Este golo vem na melhor altura para os cipriotas. Estávamos a minuto e meio do apito do árbitro quando a grande penalidade foi convertida.

Ailton já está a meter nojo aos jogadores que vestem de azul e branco. Sendo um jogador duro, Mangala já o tenta lesionar. O jogo endurece. Agora é o português do Apoel Nuno Morais que se queixa deitado no relvado.

Na sequência de um livre, Mangala quase marcava. James Rodriguez também tenta o golo mas o remate vai direito às mãos de Pardo.

Aposto em como o Porto se vai queixar do estado da relva se perder!

Prepara-se para entrar o Jogador Número Cinco do Apoel- um bósnio chamado Jahic- que eu me lembro de ter defrontado Portugal há dois anos, aquando da disputa do apuramento para o Mundial 2010. Agora a história repete-se. Portugal volta a discutir o apuramento para uma grande competição- o Euro 2012- também com os bósnios. Segundo os sábios comentadores televisivos, este jogador que acaba de entrar e que se chama Jahic, é uma presença habitual nas convocatórias da selecção da Bósnia…mas já não joga na selecção desde 2010. É um jogador que pode defrontar Portugal, ai disso não haja dúvidas. Enfim…se ele não fez falta ao seleccionador bósnio durante a fase de qualificação, acho que não é agora que vai fazer, digo eu.

Os mesmos comentadores televisivos que disseram que um jogador que não vai à selecção nacional desde 2010 é uma presença habitual nas convocatórias dizem agora que o Jogador Número Vinte E Dois do Porto tem tido intervenções muito proveitosas. Pois tem. Se a memória não me falha, até foi ele que cometeu a grande penalidade que deu o golo com que o Porto está a perder o jogo. O que realmente se tem visto fazer ao jogador francês é tentar lesionar os jogadores mais influentes da equipa adversária. Não tarda está na rua! Com outro árbitro a apitar este jogo, aqueles cotovelos perigosamente levantados ao nível das cabeças dos adversários e algumas entradas mais impetuosas que tem tido já lhe dariam direito a um banhinho de água quentinha antes de todos os outros jogadores.

Nos últimos tempos, Hulk não tem ouvido outro som que não uma monumental assobiadela. Como se não bastasse ser assobiado pelos próprios adeptos do Porto no seu próprio estádio, aqui os adeptos cipriotas brindam-no com igual tratamento de cada vez que toca na bola.

Sai mais um remate perigoso que Helton resolve com relativa facilidade.

Aquele é o mesmo Solari que jogava no Real Madrid no tempo em que Figo e Zidane também lá jogavam? Na camisola tem escrito “Tano”.

Agora é assinalada uma grande penalidade sobre James . O Porto tem oportunidade de empatar o jogo. Foi esperto, o colombiano do Porto. Não era grande penalidade nenhuma. Hulk transforma a grande penalidade. Mais um insuportável coro de assobios!

O Porto mal teve tempo de saborear o golo do empate porque volta a haver golo para o Apoel. O autor do golo foi Manduca- antigo jogador do Benfica e que, para além do Glorioso, evoluiu noutros emblemas do nosso Campeonato. Depois de ter apontado o golo que pode valer três pontos para as suas cores, Gustavo Manduca sai para a ovação.

O Porto ainda tenta um último forcing mas já parece ser tarde. Ainda assim, Fucile cabeceia para defesa de Pardo.

Que quer Hulk????? O jogo já acabou e o Porto perdeu com o Apoel de Nicósia por 2-1. Agora terá de vencer os próximos jogos para seguir em frente na Champions.

Tuesday, November 22, 2011

Excursões e episódios caseiros

Por onde começar a descrever isto?

Era 25 de Abril no meu sonho e essa data calhava à terça-feira. Eu tinha de ir trabalhar na segunda-feira antes desse feriado sem ter direito a ponte.

Contava os dias recorrendo a um calendário de 2012 para ver em que dia calhava esse feriado que celebra a instauração da Democracia em Portugal mas enganava-me sempre. Quanto mais contava, mais água metia. Números e datas não são o meu forte. Nos sonhos muito menos.

Mas por que é que eu estava preocupada com esse feriado e em contar os dias até lá? Isso devia-se a uma longa excursão…a Elvas que iria durar três dias. Eu queria muito ir a esse passeio mas ainda não sabia se ia ter disponibilidade.

A julgar pelas teorias da minha irmã, nem férias podia tirar nessa altura. Que pena!

Enquanto isso, contentei-me com um passeio a uma localidade mais próxima. Fomos até Cantanhede. Fotografava um enorme monumento branco que me parecia ser uma capela.

Chegámos ao nosso destino- uma casa onde havia muitos cães e cabras. O gado caprino alimentava-se de uma erva excepcionalmente verde num local com muito pouca luminosidade. Cheirava intensamente a excrementos e outros odores de origem animal.

Já em casa, preparava-me para me ir deitar. Passava pela sala escura quando vi pela janela o semáforo azul de uma ambulância que ia parar à porta de casa da minha vizinha. Corri a alertar a minha família para algo de errado que se estava ali a passar e logo nos precipitamos todos para a rua para ver o que realmente havia sucedido. O mais provável era ela ter caído lá por casa.

Para além da ambulância, havia também uma pequena viatura. Parecia um daqueles carros dos paramédicos que normalmente acompanham as ambulâncias. Parecia mais pequeno, quase um carrinho de brincar.

Em vez de serem amarelas, ambas as viaturas eram brancas. Uma inovação onírica. Fiquei na dúvida se existem na realidade veículos dos paramédicos brancos. Ambulâncias brancas há imensas.

Quando acordei, havia um barulho quase insuportável de veículos na rua. Voltei a adormecer e a sonhar com mais peripécias sem que haja um fio condutor para que elas sejam aqui narradas.

Ida aos Covões num Domingo de manhã

Como agora não há consulta de Hipovisão para adultos e necessitávamos de uns relatórios médicos para renovar a certidão multiusos, deslocamo-nos aos Covões no sentido de obtermos esses indispensáveis documentos.

Fomos de táxi poraque ao Domingo não há muitos autocarros para aquela zona e que chegassem lá às horas que tínhamos marcadas. Chegámos lá num ápice porque as ruas estavam praticamente desertas.

Entrámos nas urgências e não usámos subterfúgios. Dissemos ao que vínhamos. A minha irmã ainda se assustou com a quantidade de gente que estava nas urgências e, dado o nosso caso não ser urgente, sairíamos dali tardíssimo. Ela ainda tinha de apanhar o comboio para Aveiro.

Eu disse que era impossível toda aquela gente padecer de problemas nos olhos. Por esta altura do ano, o normal era toda aquela gente ter acorrido ao hospital por sintomas gripais. Um ténue coro de tosse já se fazia ouvir pelas instalações.

Chegou a nossa vez. Afinal nem demorou muito. A médica reavaliou-nos. A tensão habitual das consultas invadiu o meu corpo mas a pressão ocular até estava mais baixa, o que é óptimo. Chego à conclusão que, desde que tomo uns comprimidos receitados pela psiquiatra, a pressão ocular tem vindo a baixar. É o chamado dois em um.

Regressámos de autocarro porque já não havia a pressão das horas. Era meio-dia e eu propus irmos almoçar à Telepizza. A minha irmã queria provar a pizza de espinafres mas acabou por dar metade a mim para eu comer. Enquanto almoçámos, coloquei-a ao corrente de mais um fim-de-semana marcado pelas discussões e birras lá em casa que foi o anterior e pelas novidades que se contavam na terra.

Depois eu fui para casa descansar o resto da tarde enquanto ouvia a tarde desportiva e ela seguiu de comboio para Aveiro.

Rodrigo gosta de madrugar

Depois da vitória de ontem do Porto e do empate a zero do Braga em Coimbra ante a Académica, vamos a ver se o Benfica apanha os dragões e se distancia dos arsenalistas na tabela classificativa.

Mal vi o golo do Benfica! E de Rodrigo que é titular neste jogo. Ainda nem com um minuto de jogo se vai. Parece que foi aos vinte e nove segundos. Será o golo mais rápido da Superliga deste ano.

Estamos com treze minutos de jogo e há novo golo de Rodrigo que para já está a ser a estrela do jogo.

Ia sendo golo de Gaitan mas Fabiano salva. Fabiano está agora lesionado porque chocou com o seu companheiro de equipa Fernando Alexandre.

Já recuperado, Fabiano antecipa-se a Cardozo e o perigo passa.

Chega a informação de que o primeiro golo do Benfica foi apontado aos vinte e cinco segundos e não aos vinte e nove. Durante muitas épocas, este recorde de Rodrigo não será destronado. É difícil fazer melhor.

Mais uma vez Fabiano antecipa-se a Cardozo.

Quase que era um autogolo a beneficiar o Benfica. De cabeça, Fabiano sai e tira a bola a Aimar. O guarda-redes do Olhanense volta depois a defender mais um remate de Cardozo. Está a ser um duelo interessante entre Fabiano e Cardozo. O guarda-redes brasileiro para já leva a melhor sobre o avançado paraguaio.

Caem dois jogadores do Olhanense. Um deles é Fabiano. Num gesto que se saúda, a equipa médica do Benfica acorre para assistir o guarda-redes da equipa adversária.

Tudo sai mal a Aimar hoje…por enquanto. O intervalo chega com os dois golos madrugadores de Rodrigo a colorirem o placard.

Distraí-me a ver “O Elo Mais Fraco”. O Olhanense entretanto já marcou um golo e está a carregar. O golo dos algarvios foi apontado por Wilson Eduardo.

Sai um remate fraquíssimo de Caué. Do outro lado do campo, Cardozo ainda remata mas o árbitro apita, assinalando fora de jogo.

Na sequência de um canto apontado por Bruno César, Matic cabeceia à barra. Entretanto sai Gaitan e entra Nolito.

A bola ainda entra na baliza do Olhanense mas o lance é mal invalidado pela equipa de arbitragem. Seria um golo de Nolito.

Fernando Alexandre remata de longe e para fora. Acabado de entrar, o veterano avançado Djalmir vê o cartão amarelo.

Fernando Alexandre salva agora a sua equipa de sofrer o terceiro golo. Do outro lado do campo, Wilson Eduardo remata para fora.

Luisão salva o Benfica de sofrer o golo do empate que seria da autoria de Djalmir. Não é a primeira vez que o avançado brasileiro do Olhanense salta do banco para empatar o jogo ante o Glorioso. Aconteceu assim na época passada. Na altura o seu golo ditou a permanência do Olhanense e de umas quantas equipas na Superliga. Foi uma festa por esse Portugal fora.

Apesar de todos os esforços desenvolvidos pelo Olhanense na segunda parte para alterar o resultado, este foi construído ainda nos minutos iniciais do jogo por parte do Benfica. O Gloriosos apanhou o Porto na frente da classificação e distanciou-se do Braga.

Monday, November 21, 2011

Paralisia do sono

Desde pequena que padeço desta perturbação do sono que só há pouco tempo soube de que se tratava. Depois disso fiquei mais tranquila e fui investigar um pouco sobre este fenómeno.

Houve fases da minha vida em que tinha medo de adormecer e poder morrer durante o sono. Os sintomas eram horríveis e chegava a acordar com o corpo dormente e os músculos todos contraídos. Em algumas ocasiões, sentia um formigueiro por todo o corpo, como se tivesse recebido um choque eléctrico. Certa noite, pressentindo que iria ter uma crise dessas, resolvi colocar um gravador ligado. Verificou-se o episódio mas nada de anormal se ouviu na gravação. Que estranho! E o episódio até foi dos mais violentos. Normalmente quando adormeço, acordo e depois demoro longo tempo a adormecer, é quase certo que a paralisia do sono me vai atacar. Para esta noite estavam reunidos os factores ideais para ela aparecer e foi o que aconteceu.

Li algures que o nosso cérebro está a trabalhar com todas as suas funcionalidades conhecidas e desconhecidas, menos com a parte motora que se encontra desligada. Há uma mistura entre o subconsciente e o mundo real. A confusão nessa altura é muita e não chegamos a perceber se estamos acordados ou a dormir.

Quando surgem estes fenómenos, o ideal é aproveitar porque estão reunidas as condições para se ter um sonho lúcido, uma vez que conseguimos raciocinar ainda com mais precisão do que quando estamos acordados. O segredo é afastar os pensamentos e as alucinações medonhas que surgem e brincar um pouco com o momento. Também li que o nosso espírito anda separado do corpo nessas alturas. Como que se quer desprender. Talvez isso sejam mitos. Digamos que é uma espécie de projecção astral.

Nesta noite eu estava na minha cama em Coimbra. O episódio de paralisia do sono surgiu. Tal como das outras vezes, imediatamente me dominou o pavor mas logo pensei no que tinha lido e nas experiências que outros tiveram quando conseguiram dominar o medo.

Havia que aproveitar o momento e divertir-me um pouco, digamos assim. Porque não ir para a rua? A janela estava fechada e com o estore corrido até cima mas tal não era obstáculo para a atravessar. Recorde-se que o meu corpo físico havia ficado na cama a dormir enquanto que a leveza de espírito tudo podia conseguir.

A partir daqui valia tudo. O limite seria mesmo a minha imaginação.

Era de madrugada. Umas quatro da manhã talvez. A rua estava anormalmente movimentada. Para além do tráfego automóvel que sempre existe, vi imensa gente a pé. Realmente a noite estava convidativa para se estar no exterior. Ou o espírito não sente calor ou frio?

Um facto estranho me chamou a atenção: a esmagadora maioria das pessoas que andavam na rua eram idosos e não jovens que vinham das discotecas. Que faziam os avozinhos na rua àquelas horas da madrugada? Imediatamente achei a explicação. O meu espírito andava fora do corpo. Li algures que durante uma projecção poderia deparar com outros espíritos. Alguns teriam corpo tal como o meu mas outros já não tinham corpo físico. É quase impossível distinguir entre uns e outros mas também li que os que não têm corpo não fariam mal algum ao meu. A rua era de todos.

Para impressionar toda aquela gente que não conhecia, resolvi levantar os pés do chão e levitar por cima do passeio. As pessoas ficaram a olhar-me.

Estava-me a divertir imenso e sentia-me bem. Era uma sensação de liberdade como nunca senti na vida. Resolvi arriscar um número mais arrojado e escalei na vertical o enorme prédio que fica em frente à minha casa.

Infelizmente não consegui sair da cidade de Coimbra. Tentarei para a próxima ir a minha casa talvez. Quem sabe para a próxima até consiga ir mais longe.

Adorei esta experiência. De algo indesejável como é um episódio de paralisia do sono, criou-se uma experiência engraçada, agradável e extremamente positiva.

P.S: Depois deste episódio, ainda ocorreram mais dois. Como foram de curta duração, não deu tempo de fazer estes malabarismos. Foi pena!

Do que fui lembrar!



Como é que me fui lembrar desta música, se há mais de quinze anos que não a ouço? Nem do título me lembrava. Tive de puxar muito pela cabeça para me recordar como se chamava isto.

lembro-me que na altura tinha esta música gravada numa cassete áudio. Belos tempos!

Friday, November 18, 2011

Personagens de um sonho

É incrível como o mesmo sonho engloba pessoas que eu conheço na realidade, famosos que qualquer pessoa pode reconhecer se os encontrar na rua, pessoas desconhecidas e que não devem existir na realidade e…pessoas de diferentes nações.

Com toda esta amálgama de personagens, é natural que o sonho em que elas entram seja um pouco confuso mas vou fazer o melhor para o descrever.

Coimbra, Póvoa de Santa Iria e Vialonga terão sido locais prováveis para a acção deste sonho que terá o maior número de personagens principais e figurantes de que há memória. No final tenho a sensação de que, na verdade, o espaço onde decorreu o sonho não se chegou a afastar das imediações da ESEC e do Pavilhão.

Lembro-me vagamente de nos termos deslocado todos até …Póvoa de Santa Iria onde havia quartos pequenos, só com uma minúscula janela que mal deixava entrar a claridade e com colchas grossas às riscas, mais conhecidas por colchas da Serra, por cima das camas.

Num pavilhão desportivo (no de Coimbra?) havia um monumental evento desportivo Jogava-se Basquetebol e outros jogos de pavilhão. Os representantes da comitiva italiana padeciam de diarreia e corriam que nem loucos na direcção das casas de banho. Que engraçado, já não é a primeira vez que sonho com italianos com problemas intestinais e, se a memória não me falha, o sonho até teve lugar…no mesmo local. Agora não me recordo do título do texto.

O estranho disto tudo é que estava em casa, sentada na sala com as luzes todas apagadas. O meu pai começou a resmungar que tinham deixado a luz da casa de banho acesa e logo atirou as culpas para cima de mim. Se há personagem que nunca sofre alterações da realidade para o sonho, essa personagem é o meu pai. Em todos os meus sonhos é retratado tal como ele é.

Apesar de eu lhe ter dito que não tinha ido à casa de banho nos últimos tempos, ele continuava a dizer que tinha sido eu, até porque não estava ali mais ninguém. Estava enganado.

O meu pai foi à rua respirar um pouco da frescura nocturna e constatou que havia veículos estacionados nas imediações de casa. Ele perguntou o que era aquilo e eu expliquei-lhe. Contei-lhe também que os atletas italianos passavam num corrupio para a casa de banho e chegavam a fazer fila. Pressionado pela urgência de um colega ou pensando que imediatamente a seguir viria outro aflito padecendo do mesmo mal, alguém deixou a luz acesa.

Os problemas de desarranjos intestinais nos italianos continuavam. O pavilhão desportivo ainda é o mesmo mas a indicação geográfica muda. Agora o recinto desportivo está situado em…Vialonga.

Uma jovem muito simpática ajudava de forma incansável todos os participantes com dificuldades, como era o meu caso e do meu amigo. Estávamos juntos. Pobre e mal-agradecido, como se costuma dizer na nossa gíria, o meu amigo ia maldizendo a rapariga que se desdobrava em o guiar por um braço e guiar um outro rapaz chamado André. As críticas do meu amigo tinham a ver com o facto de, alegadamente, a jovem ganhar muito. Quase o dobro daquilo que ele ganhava, segundo a sua fértil e venenosa imaginação. Era por isso que ela era simpática e generosa na ajuda que prestava. Toupeiras Dum Raio! Nem em sonhos deixam de invejar os outros! Mesmo que os outros sejam personagens oníricas.

Tive de o mandar calar e fiz-lhe ver que o facto de ele não ganhar nada tinha a ver com o facto de ele ter nascido …em França. Na realidade isso não se verifica. Ele nasceu em Portugal e não consta que alguma vez tivesse estado no Estrangeiro. Que eu saiba.

Na televisão passava o videoclip do novo sucesso de…Mickael Carreira. O seu novo sucesso que prometia fazer furor e ser cantado por Portugal inteiro era uma música bem cómica, quase a roçar o brejeiro. Mais parecia uma música do Quim Barreiros.

Mickael Carreira estava irreconhecível. Tinha o cabelo quase rapado, exibia um exagerado bronze artificial que quase permitia que alguém se visse ao espelho através do brilho da sua pele e usava uns horríveis óculos escuros que faziam lembrar aqueles que se usaram para ver o eclipse solar em 1999.

Entretanto, num espaço que reconheci Ser a ESEC, as tais raparigas simpáticas de duas lojas de Vialonga improvisavam um lanche.

A jovem com a qual o meu amigo não simpatizava alegou que era na loja dela que se vendia o melhor queijo de Portugal. A sua colega exibiu metade de um bolo enorme daqueles que a minha mãe costuma cozer pela Páscoa. O bolo cheirava agradavelmente bem. Fazia lembrar a minha infância quando eles erram guardados no armário da sala. A minha avó tinha de andar a guardar-nos para os não irmos comer às escondidas.

A refeição ia começar quando acordei. Escusado será dizer que acordei com água na boca e com uma fome voraz.

Wednesday, November 16, 2011

E eu?!!!

Eu nem quero imaginar como reagiria se acaso isto não fosse um sonho. Ser preterida num projecto como este, com toda a gente farta de saber que é este o meu sonho e que muito lutei e tenho lutado para o concretizar? Ficaria possessa no mínimo.

Depois de sonhar com Futebol, jogadores da América do Sul e muitas outras coisas variadas, sonhei que estava no meu quarto depois de um dia de trabalho. Tinha ouvido dizer que alguns elementos da ACAPO iam ter oportunidade de aprender a fazer rádio e até estava prevista a criação de um programa que permitisse divulgar a instituição e que era realizado por esses mesmos elementos.

Trancada no meu quarto, remoía a revolta por ninguém me ter dito nada, apesar de toda a gente saber que eu adoraria fazer rádio e, na altura em que estava a concretizar esse sonho, eis que surgiu algo que o voltou a destruir para sempre.

Tocaram à porta da residencial que estava bastante alterada oniricamente e que, ao mesmo tempo, era também a sede da ACAPO. Ouvi a voz que saudava quem foi abrir a porta. Nem quis acreditar! Era uma voz conhecida. Era o dono da Rádio Província que tinha aberto as portas aos meus companheiros.

Apesar de envergar umas calças brancas de pijama e uma t-shirt verde, corri a abrir a porta do meu quarto e a cumprimentar aquele visitante que há anos não via.

Ele cumprimentou-me mas já ia a sair, alegando estar com muita pressa.

No dia seguinte, no terraço da ACAPO, discutia com quem me quisesse ouvir pelo facto de se terem esquecido de mim neste projecto da rádio, apesar de saberem que era este o meu grande sonho e que, quando finalmente o estava a realizar, o meu estado de saúde altera-se e sou forçada a abandonar tudo sem retorno. Ninguém tem a mais pequena ideia do quanto ainda hoje sofro devido ao desmoronar deste projecto que tanto me custou a realizar.

Sempre tinha mais motivos para armar confusão do que um colega meu aqui há uns anos que conseguiu que toda a gente se fosse esconder face à ameaça das suas bengaladas. Tudo porque, alegadamente, tinham enviado postais de Natal a todos e esqueceram-se dele, imagine-se. No meu caso estava em jogo um sonho de infância e que sempre me acompanhou ao longo da vida, não um postal que se guarda a um cano esquecido de uma gaveta.

Pelo menos no meu sonho não ameacei bater em ninguém e muito menos persegui descontroladamente alguém brandindo a bengala branca. Apenas me senti revoltada e magoada com o que aconteceu. As lágrimas incontroláveis que teimavam em me escorrer pelo rosto reflectiam na perfeição o meu estado de espírito.

O psicólogo logo me tentou acalmar dizendo que aquele projecto da rádio…foi um castigo que se arranjou para punir o comportamento menos próprio que esses elementos tiveram. Belo castigo! Também quero um igual. Mais um motivo para passar da revolta à violência física. Já que os castigos são esses…E ser castigada por reagir intempestivamente ao castigo dos outros seria do melhor.

Perguntei se ainda era possível incluírem-me nesse projecto. Nem que fosse apenas e só a fazer a produção do programa. De há uns anos a esta parte, dado a minha inclinação para pensar em ideias originais que se possam fazer num programa de rádio, a produção de programas seria uma possibilidade. Seria mais interessante pesquisar curiosidades, procurar músicas de que ninguém se lembra, arrumá-las por temas ou acontecimentos, tal como eu tenho feito num punhado de posts que aqui tenho e que no findo alimentam essa minha sede.

Não. Também não podia fazer produção. O projecto da rádio era só para quem realmente se portou mal. Afastei-me de lágrimas nos olhos e revoltadíssima.

O sonho termina com escalada de rochas à beira-mar. Os protagonistas são todos desconhecidos.

Quando acordei, velhos fantasmas do passado tinham povoado o meu espírito. Foi o ponto de partida para atravessar uma fase de mais melancolia e tristeza. Nada apaga o que ficou para trás e nada devolve o que perdi simplesmente porque o meu estado de saúde se alterou em plena concretização de todos os meus sonhos e quando eu tinha todas as ferramentas , mesmo todas, para ser feliz.

Friday, November 11, 2011

Passeando

Sonhei sempre com passeios, alguns na companhia de pessoas que conheço da ACAPO.

Numa das ocasiões, fui procurar os meus colegas. Tive de passar por relva bastante encharcada e molhei os meus pés, tal como fiz há dias perto de Guimarães.

Num local vendiam-se biscoitos de duas ou mais qualidades diferentes. Comprei um saco grande deles. Afinal era o último dia do nosso passeio. A minha irmã tinha ficado em casa.

Estavam-me a pressionar com as horas. Havia pressa para se irem embora. Depois de comprar o saco dos biscoitos, juntei-me ao meu grupo e avançámos a pé por ruas desconhecidas. Eu ia à frente quando sabia o caminho. Quando tinha dúvidas deixava-os passar.

Tive de voltar para trás porque deixei cair o saco dos bolos que ainda estavam quentes. Apesar de o saco plástico se ter derretido com o calor e me ter escapado das mãos, nenhum dos apetitosos biscoitos resvalou para o chão.

Seguia agora viagem num autocarro e estava a adorar a viagem. Sempre gostei de viajar de noite em autocarros. Adoro ver as luzes coloridas dos edifícios. Quando era mais pequena delirava com isso. Passava agora por prédios bem iluminados. Como me sentia leve e feliz!

Aquele final de tarde era espectacular. O Céu apresentava umas belas tonalidades. O anoitecer daquele final de dia era simplesmente maravilhoso.

Percorríamos de autocarro as ruas de Braga. Passámos por prédios altos e eu dizia para quem me quisesse ouvir que tinha estado naquela cidade há sensivelmente três semanas atrás. Por acaso foi só há duas.

Incrivelmente 5-0

Para quem pensa que este resultado tão avolumado se deveu a uma magnífica exibição do Porto perante o Nacional da Madeira, capaz de esquecer o que de menos bom tem sido conseguido recentemente, desengane-se. Sinceramente não sei como foi possível o Porto vencer por números tão expressivos.

Para melhor compreenderem o que acabo de dizer, basta lerem os apontamentos que tirei do jogo e que passo a transcrever para aqui.

Aparece aqui o Hulk de cabelo pintado de amarelo berrante. Como ficou horrível! Sô por isso, o árbitro deveria exibir-lhe um cartão amarelo para condizer com aquela tonalidade de cabelo.

Mateus remata perigosamente a baliza do Porto. Há canto.

Há uma jogada de entendimento entre Hulk e Belluschi com o argentino a rematar para defesa de Marcelo. O golo do Porto surge aos vinte e quatro minutos. É um belo golo do belga Defour que ainda desvia em Luís Neto.

Marcelo opõe-se a uma jogada perigosa do ataque do Porto. Na resposta, o Nacional também cria perigo por Rondon.

Juliano coloca à prova Helton. É uma grande defesa do guarda-redes do Porto.

A cerca de cinco minutos do intervalo, Walter faz o segundo golo do Porto na sequência de um canto. De referir que ficou por assinalar fora de jogo ao avançado brasileiro que ultimamente tem marcado alguns golos.

Ainda antes do intervalo, Mateus falha um golo quase certo para o Nacional e a primeira parte termina com a vantagem do Porto por 2-0.

Mal começa a segunda parte e já Juliano remata com perigo à baliza do Porto. O mesmo jogador volta a rematar pouco depois mas sem perigo. Saiu demasiadamente por cima.

Marcelo opõe-se a um remate de Hulk na sequência de um livre. Ele estava a jogar?!!! É que vi alguém ali com um cabelo bem vistoso a arrastar-se no relvado e perguntei: “quem é este? Não tem mesmo jeitinho nenhum para jogar”. Afinal é o Hulk. Está mesmo irreconhecível.

Hulk em nova tentativa de alvejar a baliza do Nacional de livre. O remate sai disparatado. Que bicho mordeu à coqueluche dos nortenhos? Belluschi também não acerta na baliza.

Walter tenta a sua sorte do meio do campo mas daí nada resulta. Já que os avançados andam com muito fraca pontaria, tem de ser o lateral direito Sapunaru a marcar o terceiro golo dos dragões. Marcelo fica muito mal na fotografia.

No Nacional, Todorovic remata sem perigo. Kleber e João Moutinho iniciaram o jogo no banco, entraram e fabricaram o quarto golo do Porto da autoria do brasileiro que veio do Marítimo.

Para calar as críticas, inclusive as minhas, Hulk faz um golaço em cima do apito final do encontro. O resultado ofusca também uma exibição que não foi lá muito conseguida por parte do Porto. Dá a sensação que falta algo à equipa, se a compararmos co

“A Conspiração” (impressões pessoais)



Como havia gostado bastante de ler “Anjos E Demónios” que, se bem se recordam, foi o livro que me acompanhou durante as férias, era grande a espectativa em relação a outra obra de Dan Brown. Tenho quatro livros deste autor e já concluí a leitura de dois e, a julgar pelas experiências bastante positivas da leitura destas obras, considero Dan Brown um dos meus escritores favoritos.

De início esta obra torna-se um pouco maçadora devido às muitas referências científicas mas depois vai aumentando gradualmente de interesse e vai prendendo cada vez mais o leitor que não consegue parar de ler, tal é a ânsia de saber o que se irá passar a seguir.

O final é surpreendente e completamente inesperado. As pessoas que de início me pareceram estar envolvidas na conspiração que transformou uma rocha do fundo do mar em meteorito com fósseis estavam inocentes e, apesar da falta de escrúpulos, o pai de Rachel também não estava envolvido como cheguei a pensar em dada altura.

Excelente aquela passagem do atentado no parque de estacionamento do Memorial. Estava convencida que a vítima era outra e era mesmo para dar essa sensação. Foi das coisas mais bem conseguidas que li até hoje, no sentido de ludibriar o leitor e o colocar a pensar consoante aquilo que lhe parece ser a verdade. Depois a surpresa é enorme.

Gostei particularmente dos métodos tecnológicos e de estratégia que a Força Delta usava. Eles eram cruéis mas faziam-se valer da tecnologia de ponta norte-americana para levarem por diante os seus planos assassinos. Gostei daqueles robots que facilmente se confundiam com insectos e que espiavam ou podiam mesmo matar. Dava-me tanto jeito adquirir um igual!

Adorei ler este livro. Não se fica nada atrás de “Anjos E Demónios”, apesar da decepção que se possa apanhar de início. O enredo que se vai seguir compensa largamente.

A próxima obra que irei ler é “A Casa Dos Espíritos” de Isabel Allende. É mais uma incursão pelos clássicos. Trouxe esse livro de casa e irei debruçar-me sobre ele durante as próximas semanas.

Tuesday, November 08, 2011

Macabro colchão

Que curioso! Há duas noites seguidas que os meus sonhos se passam no mesmo local. Á semelhança do sonho que narrei antes, também este sonho se passa em instalações do liceu de Anadia. Desta vez é no pavilhão onde fazíamos Ginástica. Que significará isto?

Estávamos ali um pouco contra nossa vontade. O clima até era hostil. Eu não estava a gostar nada daquilo. Parece que algo ia ali passar-se. Algo a que eu não fazia a menor menção de assistir. Se pudesse saía dali para fora. Não íamos ter ali uma aula de Ginástica, certamente.

Por incrível que pareça, nós estudávamos…Medicina e íamos todos juntos assistir a uma autópsia. Refira-se que em sonhos morro de medo de cadáveres. Na realidade não tenho medo deles, apesar de desconhecer como reagiria á dissecação de algum.

A aula ia começar. O meu coração batia angustiado. Queria fugir dali mas era impossível. Havia que assistir à aula e mais nada.

Trouxeram um colchão algo encardido, de uma cor bege, já muito usado na sua tarefa de suportar corpos ensanguentados que sobre ele foram dissecados. Cheirava horrivelmente a uma mistura de desinfectante e talho.

Assim que pousaram o colchão no soalho onde muitas vezes fizemos piruetas e que chiava quando jogávamos Basquetebol, logo me esgueirei para a casa de banho. Atrás de mim vinha uma colega de nome Júlia. Passei-lhe a frente a correr e cheguei primeiro que ela a uma das casas de banho que estavam livres. As portas não fechavam mas isso não importava. Precisava de me esconder ali.

Depois de ali ter estado escondida por alguns instantes, esgueirei-me devagar para uma sala de aula. Comecei a reparar no vestuário que os estudantes usavam um pouco para me abstrair do medo que me percorria o corpo.

Noutra sala, sentei-me a um computador ainda com os nervos em franja e o coração a latejar. Numa atitude perfeitamente normal em pessoas que se deparam com deficientes visuais pela primeira vez, a professora de Português apareceu com fotocópias ampliadas de “Os Lusíadas” para mim. Eu protestei porque não queria nada daquilo. Mas que mania!

Ainda mais irritada fiquei porque até tinha (e tenho) um exemplar desse livro. Nem o precisava de comprar ou fotocopiar. A criatura teimava que não queria o meu livro na sala de aula. Que raiva! Eu também teimava que não queria aquelas fotocópias. Furiosa até não poder mais, abri a mochila, tirei lá de dentro um volumoso livro e quase lho esfreguei na cara. Era para ela saber que eu leio.

Esta última passagem, embora tratando-se de um sonho e de um exemplo extremo, espelha um pouco da realidade que nos rodeia. As pessoas julgam que sabem melhor do que nós do que nós necessitamos. É incrível!

Assim se passou uma noite cheia de peripécias e emoções fortes. Experimentei medo, raiva, injustiça…tudo a que tinha direito para me angustiar. Ainda bem que tudo isto não passou de um sonho!

Feira de livros e velharias

De entre todas as coisas com que sonhei, consigo recordar uma feira de livros velhos e outros objectos que tinha lugar em algumas salas de aulas do liceu de Anadia.

Em algumas salas e corredores, estavam expostos livros, brochuras, roupa usada e muitos outros objectos que ainda pudessem ter alguma utilidade.

Era um final de tarde. Eu vinha de Coimbra ou de outro lado qualquer e resolvi passar por lá. Já eram horas de fechar aquele espaço e eu queria demorar-me por ali a observar sobretudo os livros.

Apesar de a oferta ser enorme, pouca coisa encontrei que fosse do meu agrado. Havia ali essencialmente livros de estudo, de caracter mais científico e especializado. Thrillers parecia não haver por ali.

As chaves de todas as salas encontravam-se junto aos livros com uns porta-chaves coloridos. Parece que eu já as estava a baralhar todas.

Na banca da roupa usada também só havia roupa grande de mais. Apenas consegui encontrar várias camisolas de fato de treino todas iguais…do Anadia.

Com toda esta confusão, já não sabia onde tinha colocado os livros que trazia. E agora?

Também me lembro de ter sonhado com algo relacionado com cães. Penso ter visto em sonhos um cão com sangue no focinho.

Velhos conhecidos

Vamos narrar mais uma quinta-feira europeia com Braga e Sporting a entrarem em acção. Os arsenalistas foram os primeiros a entrar em campo na Eslovénia e não foram além do empate a uma bola frente à acessível formação do Maribor.

Em Alvalade, o Sporting irá receber os romenos do Vaslui e espera-se que os leões continuem na senda das vitórias.

Estou mesmo preocupada com a possibilidade de estar a ficar senil e esclerosada. No outro dia estive bastante tempo a tentar lembrar-me do nome deste jogador. E eu que raramente me esquecia do nome de um jogador dos Balcãs! Deste tinha mais obrigação de me lembrar. Ele jogou na Briosa e eu até o entrevistei nessa altura porque estive a fazer um curto estágio na Académica do qual muito me orgulho. É um dos pontos altos do meu currículo. O nome dele é Pavlovic e ainda continua a envergar a camisola vinte e três. Lembrava-me apenas do primeiro nome que é Milos. Talvez por ter conhecido outro há uns anos atrás e não me esquecer desse nome. Do apelido é que não me lembrava.

Voltando ao jogo e deixando as divagações e recordações remotas de há uns anos atrás, realce-se o perigo que o Sporting já está a criar enquanto eu divago e recordo o Jogador Número Vinte E Três do Vaslui, as suas chuteiras azuis e a entrevista no tempo em que ele era o Jogador Número Vinte E Três da Briosa.

Há um cruzamento do Vaslui sem perigo. É a primeira vez que a equipa romena aborda a baliza de Rui Patrício.

Agora é Schaars que remata. Entretanto o Jogador Número Três do Vaslui viu um cartão amarelo por quase arrancar Diego Capel pela raiz. Isto passa-se aos quinze minutos de jogo. O nosso amigo Pavlovic vê também o cartão amarelo pouco depois por falta sobre Rinaudo.

Este jogo tem a particularidade de todos os remates feitos por ambas as equipas saírem cruzados, de esguelha e para fora. Nem um na direcção da baliza!

Vá lá, isto que Wolfswinkel fez já parece um remate. Estamos com meia hora de jogo e é o primeiro remate que se aproveita. Não me lembro de um jogo com remates tão desastrados.

E ao fim da enésima falta, Milanov vê finalmente o cartão amarelo por falta sobre Evaldo.

Wesley, outro velho conhecido dos relvados portugueses, foi expulso por agredir João Pereira. Para retardar o inevitável momento em que o árbitro leva a mão ao bolso , saca do cartão encarnado e o exibe bem no ar para que ele o veja, Wesley fica caído no relvado o máximo de tempo que pode. Giro seria se ele fizesse birra e ali continuasse. Isso é que era!

Aos quarenta e dois minutos, Evaldo finaliza com sucesso uma boa jogada individual de Matias Fernandez. É com a vantagem de 1-0 para o Sporting que se chega ao intervalo.

O Sporting entra a carregar para a segunda parte e o guarda-redes já se aplica. De livre, Matias Fernandes volta a coloca-lo à prova.

Sai um remate de Diego Capel igualzinho àqueles que predominaram durante a primeira parte. Daqueles cruzados e sem perigo.

Estavam dois jogadores do Vaslui fora de jogo. Mesmo assim a bola não entraria. Do outro lado do campo, também ia sendo golo do Sporting mas não foi.

O segundo golo do Sporting é da autoria de Matias Fernandez que é o melhor jogador em campo.

Por simular uma alegada grande penalidade, Rinaudo acaba por ver um cartão amarelo. Nem o jogo se fazia se o Jogador Número Vinte E Um do Sporting não visse um cartãozinho.

Schaars testa a resistência das balizas novinhas em folha a estrear neste jogo, rematando com extrema violência ao poste. Estão aprovadas! Passaram no teste com distinção. Estão de parabéns os seus fabricantes.

Bojinov ainda tenta a sua sorte mas sem êxito. O resultado não se alterou. Wesley e Pavlovic- velhos conhecidos dos relvados nacionais- não foram felizes no regresso a Portugal. Com este resultado, o Sporting já se encontra apurado para a fase seguinte da Liga Europa. É a primeira equipa a conseguir esse feito.

Nos bastidores do Festival



Sonhei que era altura do Festival Eurovisão. As coisas não corriam lá muito bem em termos técnicos.

Eram notadas imensas falhas. Por acaso o Festival era...em play back. Não estamos a falar do tema que Carlos Paião levou ao Festival em 1981 e que recuperei para ilustrar este sonho, estamos a falar daquele maravilhoso subterfúgio que faz vozes de cana rachada parecerem vozes límpidas e cristalinas de rouxinol.

Era um espectáculo de músicas trocadas aos participantes que já estava a desagradar a toda a gente.

Por incrível que pareça, eu e outras pessoas encontrávamo-nos nos bastidores do evento a confraternizar animadamente com os participantes.

Quando acabou de actuar, o representante da Croácia- um jovem muito sociável e extrovertido- sentou-se junto a nós e foi tecendo comentários a tudo o que se passava no palco. Os erros e as gafes não tinham fim.

Fartos de o ouvir, os meus companheiros começaram a insultar o jovem em Português sem que ele compreendesse o que lhe estavam a dizer.

Acordei. Ainda não eram seis da manhã. Faltava ainda mais de meia hora para me levantar.

Mais uma vez, Artur

O Benfica venceu os suíços do Basileia por 0-2 e está a um pequeno passo de se apurar para a fase seguinte da Liga dos Campeões. O jogo fica marcado por mais uma estrondosa exibição de Artur que está a mostrar que foi uma contratação acertada para a baliza do Benfica.

Canetas a postos e a escrever como deve ser, vamos então narrar o que vimos pela televisão deste jogo do Glorioso. Salta à vista a titularidade de Rodrigo em detrimento de Cardozo.

Na sequência de um livre, o Jogador Número Dezassete do Basileia remata com perigo mas a bola vai um pouco ao lado da baliza de Artur. Artur defende depois um remate de Frei.

O guarda-redes do Basileia também não quer ficar para trás em termos de defesas e aplica-se num remate de Rodrigo.

Que lance estranho! O que vale é que Artur estava atento.

Sensivelmente aos vinte minutos de jogo, o Benfica marca o primeiro golo. Por quem? Por Bruno César que ultimamente tem marcado imensos golos, alguns foram mesmo decisivos.

O jogador Streller vê o cartão amarelo. Num mano a mano com Artur, o nosso guarda-redes leva a melhor sobe o mesmo jogador. Empolgado, Artur volta a brilhar, opondo-se com categoria a um remate do temível Jogador Número Dezassete do Basileia. Este miúdo anda a ser seguido pelos colossos do Futebol Europeu mas cá para mim ainda vem parar ao Glorioso. No passado houve histórias assim de jogadores que terão feito o jogo das suas vidas frente ao Benfica e que acabaram por vir para a Luz no ano seguinte. Havia uma máxima há uns anos que era: “joga bem contra o Benfica e no Benfica jogarás”. Quem não se lembra de Sabry? Esse brinca-na-areia jogou magnificamente bem contra o Benfica nas competições europeias ao serviço do PAOK de Salónica e veio para o Benfica. Jogava essencialmente para o espectáculo e era pouco eficaz. Se acaso as coisas até saíam bem, era de levantar o estádio e os adeptos aplaudiam. Foi depois para o Marítimo e nem aí era titular. Acabou por desaparecer de circulação. Este jogador de que estou a falar ainda é um jovem e parece ser um craque mesmo.

Emerson vê um cartão amarelo. Adivinhem sobre quem fez ele a falta! Sobre o jogador de quem eu tenho vindo a falar- o Jogador Número Dezassete do Basileia. Realmente é de colocar a cabeça em água a qualquer um. É um craquezinho ainda a dar os primeiros passos. Cristiano Ronaldo que se cuide! Vem aí concorrência.

Gaitan desperdiça uma oportunidade de golo ao enviar a bola por cima. Isto passa-se antes de ser levantada a placa com os descontos.

Sai um remate de Streller com algum perigo e em cima do apito do árbitro para intervalo. O Benfica chega ao final da primeira parte a vencer por 0-1.

António Tadeia: “A Champions já exige um bom pedigree”. Ora repita lá! Essa foi boa.

Emerson ia marcando. Se acaso isso tivesse acontecido, seria o seu primeiro golo desde que está a jogar na Europa. Recorde-se que o lateral esquerdo do Benfica chegou à Europa para representar os franceses do Lille na época de 2006/2007.

Aimar falha o golo na cara do guarda-redes do Basileia. Foi uma bela assistência de Luisão. Na resposta o Basileia remata sem perigo para Artur que viria a negar o golo a Streller pouco depois.

Cartão amarelo para o Jogador Número Oito do Basileia por dar com o cotovelo em Cardozo que entretanto havia entrado para o lugar de Rodrigo. É o próprio Cardozo que marca o livre. Para se vingar do seu agressor, nada melhor do que o transformar em golo. É o segundo do Benfica.

Maxi Pereira sai lesionado e entra Miguel Vítor. Entretanto, no duelo particular entre o Jogador Número Dezassete do Basileia e Artur, o guarda-redes leva mais uma vez a melhor.

Remate de muito longe da autoria de Nolito, me parece. Entretanto Emerson vê o segundo cartão amarelo e é expulso. Escuso de mencionar o número do jogador que ele travou em falta. Nesta altura já todos sabem que foi o mesmo que cavou o primeiro cartão ao jogador brasileiro. Vai ser um problema para o Benfica, a ausência de Emerson. Sem ter Capdevilla inscrito, terá de ser o jovem Luís Martins ou uma adaptação de outro jogador a solucionar o problema.

Nesta altura Gaitan também faz figura de corpo presente em campo. Já se arrasta, o argentino, pelo relvado suíço.

Artur continua a sua boa exibição. Por acaso agora sofre falta. Por demorar a recolocar a bola em jogo, ele vê cartão amarelo. Sai também um cartão da mesma cor para o Jogador Número Dezassete do Basileia. Sim, que isto não é só andar a cavar cartões amarelos para os outros.

O jogo termina com o triunfo do Benfica por 0-2. No próximo jogo em casa também contra o Basileia, para além de não contar com Emerson, o Benfica também não poderá ser orientado por Jorge Jesus que foi expulso do banco por protestos.

Segunda-feira típica

Uma segunda-feira típica é aquele dia em que me tenho de levantar bem cedo e pôr pés ao caminho antes que rompa o dia.

É aquele dia em que me sinto pessimamente de manhã depois de uma noite mal dormida e de algumas perturbações digestivas que são provocadas por comer mais do que habitualmente como durante a semana.

É o dia em que as dores de cabeça não me largam e em que como no refeitório a comida que a minha mãe me prepara e que transporto numa bolsa térmica azul da Mimosa igual às das minhas colegas, que por sua vez vai dentro de um velho saco preto da Nike que já é muito viajado e tem muitas peripécias para contar.

É o dia em que o trabalho é muito e em que tem sempre de acontecer algo desagradável e completamente inesperado.

É o dia em que vou para casa e não me apetece fazer mais nada. Com a cabeça a latejar da noite mal dormida, deito-me em cima da cama e adormeço.

O susto

É sempre um prazer recebermos a nossa tia em nossa casa. No tempo em que a família andou de costas voltadas, quase não tínhamos notícias dela e isso intrigava-nos. É a única irmã da nossa avó que ainda é viva e a sua idade muito avançada faz com que nós tenhamos um certo carinho e grande estima por ela. Digamos que ela é a matriarca da família.

Às vezes a minha madrinha passa lá por casa e deixa-a ficar. Ela, a minha mãe e a minha vizinha passam a tarde a conversar e a recordar tempos antigos e pessoas que eu nem sequer conheço.

Era final de tarde de mais um Domingo em que a nossa tia ficou em nossa casa. Já começava a cair a noite. Envergando umas calças de treino vermelhas e uma camisola branca, eu estava entre a sala e a cozinha que já estava a ficar na penumbra do final de tarde. A cadela apareceu-me e eu afagava-lhe a cabeça. A minha tia deu com a bengala nas minhas pernas mas eu não liguei. Devido à sua idade avançada, pensei que ela estava numa das muitas fases em que não conhece as pessoas ou não sabe onde está.

Continuei no mesmo sítio a fazer festas à cadela. Os meus pais estavam ambos na rua. A minha tia, quase em pânico, levantou-se do sofá aos gritos pelo meu pai. Levava as mãos ao peito e já se ia a precipitar para a rua, correndo o risco de cair. Finalmente percebi o que se passava. Ela não me reconheceu no escuro.

Tive de lhe gritar que era eu que ali estava e que a cadela estava ao meu lado. Ela voltou-se a sentar. Alarmados pelos gritos da minha tia, os meus pais já vinham para dentro porque julgaram que ela tivesse caído. Encontraram-na a rir do episódio que se tinha passado.

Acordei sem saber onde estava

Tinha preparado as coisas para ir na sexta-feira há noite, como habitualmente, para casa mas a minha irmã ligou-me a combinar irmos juntas no Sábado de manhã. Assim já teria boleia.

Levei novamente a mochila para casa e passei mais uma noite em Coimbra. Acordei a meio da madrugada. Estava a sonhar que me encontrava deitada na minha cama...em minha casa. Na rua havia um movimento anormal de carros que me estava a intrigar. Não era normal haver aquele movimento em plena hora de ponta, quanto mais àquela hora da madrugada.

Levantei-me quase histérica e preparava-me para chamar os meus pais para que fossem ver o que se passava na rua.

Acordei sentada na minha cama em Coimbra. O barulho que ouvia era o que vinha da rua. Por momentos fiquei desorientada e sem saber onde estava. Quando me lembrei que afinal tinha ficado em Coimbra, comecei-me a rir. O meu subconsciente foi fintado pela realidade.

Wednesday, November 02, 2011

Pontos

Sonhei que me estavam a suturar a perna em que eu tenho a cicatriz.

Tudo isto se estava a passar na minha eira, numa bela tarde de Sol.

Um calor que nem se suporta

Mas afinal em que mês estamos? Dizem-me que estamos em Outubro.

Saí do trabalho hoje. No pequeno trajecto até casa, quase que nem dava para suportar o calor. Acho que nem em Agosto esteve assim o tempo tão quente.

Onde é que isto vai parar?

Daqui a uma semana, se acaso vier o tempo mais fresco, passa-se de uma temperatura de mais de trinta graus para uma temperatura de menos de dez de temperatura máxima. Já está bom de ver que isso vai acontecer.

Não há Ser Humano que aguente estas alterações climatéricas! Haja paciência!

A culpa é dos estrangeiros, dizem os treinadores de bancada

No rescaldo da derrota da Selecção Nacional ontem em Copenhaga por 2-1, já era de prever que não se falasse de outra coisa por todo o lado.

O restaurante que eu frequento para almoçar não seria excepção. É lá que me divirto ao ouvir os parciais comentários de adeptos maioritariamente afectos ao Sporting. Não se cingem apenas ao Futebol. A crise que Portugal atravessa também merece destaque nas suas conversas à hora do almoço.

Como apenas tenho uma hora para almoçar, não me junto ao debate mas vou-me refastelando a ouvir o que essas almas bem vividas e sábias têm a dizer.

Hoje o tema dominante foi o desaire da Selecção em Copenhaga e o fraco rendimento em campo de Cristiano Ronaldo e companhia.

Segundo estes treinadores de bancada, a culpa da nossa Selecção não render é dos estrangeiros que são cada vez mais no nosso Futebol, sem que ninguém faça nada para travar este fenómeno.

Queiram desculpar, senhores treinadores de bancada, mas tenho de discordar convosco. Se há imensos estrangeiros no Futebol Português, nomeadamente da América Latina, também não é menos verdade que há também cada vez mais jogadores portugueses a emigrar. Muitos deles alinham em ligas mais competitivas do que a portuguesa. Na minha opinião, o jogador português de hoje em dia está com outra bagagem competitiva que não teria se continuasse a alinhar nos nossos campeonatos.

O problema dos estrangeiros em excesso não é só nosso. Basta ver um qualquer jogo da Liga Inglesa ou mesmo da Liga Espanhola e contar quantos jogadores nacionais alinham no onze inicial dessas equipas. Chegaremos à conclusão de que o fenómeno do excesso de estrangeiros não é exclusivo só de Portugal. Vivemos numa sociedade globalizada, sem fronteiras, onde qualquer empresa pode ter colaboradores da nacionalidade que lhe apetecer. Fazendo parte deste contexto social, o Futebol teve também de conviver com esta realidade.

A principal diferença entre os estrangeiros que militam nessas ligas mais poderosas e os que actuam cá reside na qualidade mas também não vamos comparar as realidades futebolísticas e os orçamentos praticados cá e lá. Eles têm dinheiro, por exemplo, para adquirir os nossos melhores jogadores portugueses. Nós não temos dinheiro sequer para os segurar nos nossos clubes e por isso contratamos estrangeiros.

O excesso de estrangeiros não é, nem nunca será, desculpa para o desaire que aconteceu ontem. Se formos a ver o nosso onze, a maioria dos jogadores já nem actua em Portugal, actuando nas ligas mais poderosas e competitivas do Mundo. Mais, é desde que os nossos melhores jogadores emigraram para ligas mais competitivas que a nossa Selecção passou a ser presença habitual nas grandes competições mundiais. Lembro-me que há vinte anos atrás ficávamos muito aquém da qualificação. E lembro-me que jogávamos com a Escócia e com a Suíça que não são aqueles colossos que assustam qualquer equipa. Nem aos play off chegávamos.

O problema da Selecção Nacional, na minha opinião, é o excesso de vedetismo que afecta alguns dos principais craques. Dá a sessação de que não estão ali com vontade e que se pudessem mandavam o patriotismo e o nacionalismo às ortigas e continuavam a preparar-se nos seus clubes que lhes pagam chorudos ordenados. Hoje o Futebol já deixou de lado o amor à camisola e à Pátria e passou a alinhar pela batuta do dinheiro.

Os clubes são os próprios a não ver com bons olhos a presença dos seus jogadores nas selecções nacionais e, se acaso eles chegam lesionados e não podem alinhar nos próximos jogos, já é motivo de muitas quezílias entre clubes e federações nacionais. Se um Cristiano Ronaldo não alinha no jogo do seu clube, são logo largos milhões de euros que se perdem com publicidade, direitos de imagem e essas coisas modernas que hoje minam o Futebol e o estão a matar por dentro.

Não, a culpa não é do excesso de estrangeiros. Simplesmente a nossa Selecção paga o preço de ter craques a mais, sem que eles juntos formem uma equipa ganhadora.

Sempre à espera que outros resolvam por nós

Mas que sina, a da Selecção de Todos Nós, que é raro chegar-se á hora da verdade do apuramento para uma grande competição e não ter de fazer contas ou depender de terceiros. Com tudo para nos apurarmos, facilitámos e fomos perder na Dinamarca. Agora aguardamos por um adversário para, mais uma vez, nos sujeitarmos ao play off.

Aos três minutos de jogo, já a Dinamarca vence…não o lance é anulado por uma sucessão de irregularidades. Que sorte!

Carlos Martins ensaia um cruzamento mas os dinamarqueses cortam.

Agora infelizmente é o golo da Dinamarca apontado pelo Jogador Número Nove. Para cúmulo, a Suécia também marca à Holanda. Outra vez a fazer contas. É essa a nossa sina.

Sai um remate de Nani que os dinamarqueses cortam para canto. Entretanto a Holanda marca e Portugal volta a estar apurado para o Europeu como melhor segundo classificado.

A Dinamarca sempre joga pelo ar e cria assim dificuldades ao nosso Futebol mais de bola no chão e finos recortes técnicos.

Falou-se no interesse dos grandes clubes portugueses no avançado Bendtner. Por acaso eu adorava que ele viesse jogar para o Benfica.

De bola parada, Portugal ia marcando por Rolando mas o central estava fora de jogo e o lance seria anulado. Há também um remate de Cristiano Ronaldo que o guarda-redes defende.

Carlos Martins remata à figura do guarda-redes Sorensen. De livre, Portugal cria imenso perigo mas fica-se por aí.

Cartão amarelo exibido ao Jogador Número Dez da Dinamarca por derrubar Ronaldo. Do livre nada de perigoso resultou.

O intervalo chega com Portugal apurado para o Europeu. Apesar de estar a perder por 1-0 com a Dinamarca, beneficia do empate a uma bola que se verifica no embate entre Suécia e Holanda.

Se Bendtner não tivesse uns pés de chumbo, o lance seria mais perigoso. Assim mal fez cócegas na área portuguesa. Já o Jogador Número Nove parece ter outra habilidade. Só alguma. Por acaso até é com um golo dele que Portugal está a perder.

Kuyt, essa beldade, marca para a Holanda mas a Suécia empata quase de seguida por Larsson.

O Jogador Número Sete da Dinamarca arma-se mas o lance não teve consequências. Ora bolas! A Suécia marca o terceiro golo e Portugal volta a estar apenas e só no play off.

Mais uma tentativa…de quem? Do Jogador Número Nove da Dinamarca. Carlos Martins também remata para Sorensen defender mis uma vez.

É o segundo golo da Dinamarca apontado aos sessenta e dois minutos de jogo por …Bendtner. Nem o jogo se fazia se ele não marcasse o seu habitual golo à Selecção De Todos Nós. Aliás, Portugal veio gabar-se que ganhou facilmente à Dinamarca. Isso só foi possível, cá para mim, porque Bendtner não jogou.

Claro que o autor daquele remate só podia ser Carlos Martins. Também é o último porque ele vai ser substituído.

Sai um remate bem perigoso do Jogador Número Oito da Dinamarca. Ronaldo não joga nada. E é só hoje???!! É sempre que joga na Selecção.

Ainda dá para entrar Nuno Gomes para o lugar de Postiga. Como a cabeça de Bendtner é claramente melhor tecnicamente do que os seus pés, Rui Patrício tem de se aplicar.

O Pepe fez falta no jogo de hoje? Só se foi para abrir o sobrolho àquele jogador ali que já chateia. Até estorva as nossas aspirações. Ora se o Pepe não tentaria arrumar o artista quando sentisse que já estava a ser demais. Estou a falar do Jogador Número Nove da Dinamarca.

Rui Patrício volta a aplicar-se. Nesta fase a Dinamarca está a carregar fortemente.

E Ronaldo salva a sua péssima exibição com um golaço. Vá lá! Com tudo isto, Portugal perde apenas por 2-1 e não se livra do play off.

De referir que também por 2-1 perdeu a Selecção de Sub-21 em Moscovo contra a Rússia. Não foi umadia de sorte para as selecções nacionais.

Tuesday, November 01, 2011

Animação em Braga

Este grupo estava ao nosso lado enquanto esperávamos por quem se aventurava a descer as escadas do Bom Jesus. Foi um espectáculo improvisado que valeu a pena e que resolvi partilhar convosco. Espero que gostem!





Um passeio para desanuviar

Antes de iniciar esta crónica de viagens, quero pedir desculpa pelo facto de não me ser possível colocar aqui as fotos da viagem. Na verdade, esqueci-me de as trazer para cá. Como não fui a casa este fim-de-semana, também não as trouxe.

Bem, não está nada perdido. Tenho os vídeos daquilo que para mim foi o ponto alto da viagem- a animação de um grupo vindo da localidade de Tarouca, perto de Lamego.

Não estava a contar com este programa para o fim-de-semana mas, já que se afigurou essa possibilidade, houve que aproveitar. As oportunidades de passear são tão poucas para mim que há que as agarrar enquanto posso.

Rumaríamos ao Norte de Portugal em peregrinação aos templos sagrados de alguns dos mártires da nossa História. Santa Maria Adelaide, Santa Alexandrina e São Torcato foram alguns locais visitados. Também se iria ao Bom Jesus a Braga.

A manhã estava algo fria quando esperávamos o autocarro. Estava a amanhecer e as corujas já recolhiam ao seu ninho onde iriam descansar para atormentarem o sossego a quem como eu necessitasse de dormir bem para enfrentar mais uma semana de trabalho.

No autocarro parecia ainda estar mais frio do que na rua. Havia um vidro que teimava em não fechar e o ar condicionado ia ligado. Estavam previstas temperaturas amenas para esse dia. Ate iriam saber bem aqueles vidros abertos mais tarde.

A primeira paragem foi na Santa Maria Adelaide. O meu pai e os seus amigos iniciaram o seu périplo pelas tascas. Se aqui não teve importância, pois não sou muito apreciadora de santos, houve uma ocasião em que fiquei pior que fula por se ter ficado pelas tascas em vez de termos ido visitar o Mosteiro da Batalha.

Aproveitou-se a paragem para se comer. Dois cães fizeram uma visita ao grupo. De início eu pensava que era só um. Só mais tarde é que me apercebi que eram dois e eram iguaizinhos. Roíam ossos de leitão com uma voracidade monstruosa e eu estava a divertir-me tirando-lhes fotos e tentando filma-los mas a minha máquina para filmar não dá muito bem. Apanha cortes.

Passámos pelo interior do cemitério. Eu já lá tinha estado a tirar fotos mas voltei com eles na direcção de mais um templo…erguido ao deus Baco onde o meu pai (encantado com a qualidade do vinho) adquiriu um garrafão de cinco litros dele que partilharia no autocarro. Vinho foi derramado no autocarro porque a rolha saltou disparada com a pressão. Ao me chegar o odor forte a vinho, lembrei-me que senti o mesmo odor em sonhos há sensivelmente dois dias atrás

Fomos até Santa Alexandrina onde se voltou a frequentar o templo pagão de Baco. Havia lá uma feita. Lembro-me que da outra vez comprei umas sapatilhas azuis que fizeram muito furor. Desta vez não comprei nada e o protagonista das minhas fotos voltou a ser um cão preto que nos perseguia.

O almoço seria em São Torcato, perto de Guimarães, onde o meu pai viu calças de camuflado e resolveu comprar. Também se anunciavam almofadas que curavam milagrosamente todos os males da coluna. Por cinco euros comprava-se logo quatro dessas almofadas.

Almoçámos. Como não podia deixar de ser, não faltou o leitão á Bairrada e o bom vinho para regar a farta refeição. Seguiríamos rumo a Braga.

Houve quem se aventurasse a descer as escadas do Bom Jesus. Como não sou muito apreciadora de escadas, optei por fazer o percurso de autocarro. Só duas ou três pessoas se aventuraram a fazer a sinuosa caminhada. O meu pai e o seu amigo saíram da camioneta. No regresso tiveram de andar á procura deles. A sorte foi que eles não se tinham afastado muito do local onde haviam ficado e foi fácil localizá-los.

Enquanto esperávamos, assistimos à animação do grupo que tinha o autocarro estacionado ao lado do nosso. Foi maravilhoso. Diverti-me imenso. No post a seguir irei apresentar os vídeos.

Seguimos para o Sameiro, ultima paragem para merendarmos antes do regresso. Foi aí que se notou as tremendas bebedeiras que algumas pessoas exibiam.

Regressámos a casa. Este passeio viria a dar-me um alento excepcional para enfrentar uma semana de trabalho. Para além de ter descansado lindamente durante a noite, foi o estímulo que faltava para refrescar o espírito.