Cantar o quê?

Isto só lá vai com música, a que queriam que eu cantasse.




Tudo começa na sala de minha casa onde estou com um pequeno grupo de outras pessoas que não conheço. Temos de cantar durante aí uma meia hora. Corajosamente me ofereço para cantar qualquer coisa, embora sejam raras as músicas que sei de cor.

Pelo meio ainda viajei num carro…conduzido pela minha mãe até Vila Nova. O carro era novinho em folha e a minha mãe conduzia com cautela.

Voltando às cantorias, estava eu no trabalho, quando me ligaram da M80 para cantar o tema “Walk Of Life” dos Dire Straights. Fiquei embaraçada, pois não sabia cantar essa canção de todo. Ainda tentei procurar a letra mas onde? Nem sequer tenho Internet. Que figura que eu ia fazer!

Procurava uma solução para esta pequena crise quando acordei. Estava a amanhecer e eu estava na dúvida se o despertador havia ou não tocado.

Campeã da publicidade

Li algures, assim por alto, que Cristiano Ronaldo é o jogador que mais facturava em publicidade. Pois ele que se cuide, a julgar por este sonho bem disparatado.

Estávamos em época de Mundial e os anúncios no intervalo dos jogos eram mais que muitos. Então imagine-se alguém que se conhece e que não é famoso a entrar em grande parte deles! Uma colega de trabalho.

Desde anúncio a roupa íntima feminina, passando por automóveis, até produtos de beleza e higiene pessoal, era tudo dela!

Ora bem, partindo do princípio de que ela ganhava bem com os anúncios, que fazia ela ainda a trabalhar? Mas ela, por incrível que pareça, levava a sua vidinha como se nada acontecesse.

Acordei a rir-me, claro está.

“Conspiração Mortal” (impressões pessoais)

E por incrível que pareça, esta obra continua a estar relacionada com as anteriores, senão reparem. Começámos com a história de um cientista que tinha uma técnica nova e revolucionária para curar doenças mas foi travado por um político que, vendo-se doente, resolve ele arriscar ser a primeira cobaia do tratamento. As coisas não correm bem. Depois pego num livro mais técnico sobre as cobaias humanas no Terceiro Mundo que correm risco de vida para o bem da Humanidade e continuamos agora ainda com experiências, sacrifício de alguns para o bem-estar de muitos e continuamos ainda mergulhados no cheiro asséptico de clínicas e laboratórios.

Desta vez Nora Roberts coloca a sua detective Eve Dallas a investigar o misterioso desaparecimento de órgãos dos corpos de sem-abrigo, prostitutas e alcoólicos. Todas estas pessoas estavam gravemente doentes e os seus órgãos não serviam sequer para transplante noutras pessoas. Segundo Nora Roberts, em 2059 teremos órgãos artificiais ou reconstituição em laboratório a partir do nosso ADN. Eu penso que a segunda alternativa até já existe há alguns anos mas deve ser algo muito experimental.

Intrigada com a sucessão de casos, Eve Dallas vai bem fundo na sua investigação e os criminosos engendram um esquema para a afastar do caso mas ela não baixa os braços enquanto não descobrir quem anda a roubar órgãos a desgraçados.

Bem, para 2059, os criminosos não precisam de sujar as mãos com sangue: mandam o belo do dróide fazer o serviço sujo. Ora pois!

Este livro funciona um pouco ao contrário. De entre as alternativas de suspeitos, desta vez temos de ver quem não está implicado no crime, não quem é o criminoso. Interessante. Assim acerta-se sempre. Tinha dois suspeitos e ambos estavam implicados. Brutal! E não eram só esses dois.

Mais uma vez, tenho a apontar o facto de momentos de romance quebrarem um pouco a acção da obra. Isso faz com que prefira, por exemplo, Tess Gerristen a Nora Roberts. Aliás, nota-se que Nora Roberts é uma romancista. É incrível como ela descreve nesta obra que acabo de ler uma cena passada…na morgue.

Quebras de acção aparte, esta obra foi mesmo muito boa.

Segue-se um tema que me suscita grande curiosidade. Vou para a literatura nacional, sem ser de ficção.

Lama (o principal obstáculo)

O dia nem estava mau para nos deslocarmos até à Pateira de Fermentelos para mais uma caminhada.

Como tinha feito uma caminhada longa no Choupal, a minha condição física seria uma incógnita mas terminei ainda melhor do que em alguns dias em que passo a véspera a descansar.

O início desta caminhada foi algo conturbado porque o trilho onde nos fomos meter estava completamente alagado. Arrependi-me de não ter trazido botas e de não ter trazido bastão. A lama era muita e todo o cuidado era pouco para não escorregar e não tomar banho naquela papa viscosa que cheirava a lodo do rio. Também havia galhos levantados no chão que estavam da cor da lama.

Ultrapassada essa fase, tudo correu pelo melhor. O grupo da frente acaba sempre por fazer mais quilómetros porque há os tradicionais enganos. Desta vez não foi no centro de uma localidade com uma igreja ou uma capela e com ruelas que convergem do centro. Foi mesmo num trilho. Toca de andar para trás mas estamos aqui para caminhar.

Chegámos ao mesmo sítio em pouco mais de duas horas e meia. Sentia-me muito bem. Nem parece que tinha feito outra caminhada no dia anterior.

Seguem as fotos, como sempre. Vai ser difícil escolher apenas algumas, pois estão espectaculares.

Liga dos Campeões conquistada fora de horas

E o Real Madrid conquistou finalmente a tão almejada Décima ao bater o seu rival Atlético de Madrid por 4-1 apos prolongamento. Foi já em tempo de compensação que Sergio Ramos marcou o golo do empate e viabilizou o prolongamento. A Cristiano Ronaldo nota-se que lhe falta algo. Vamos ver no estágio de Selecção como corre!

Miranda já entra duro sobre Ronaldo.

Courtois sai aos pés de Benzema impedindo o golo.

Ainda nem estamos com dez minutos de jogo e já Diego Costa se ressente da sua lesão e é substituído por Adrian Lopez.

Tal como o Rio Ave, também o Atlético de Madrid tem barbudos.

Neste momento imagino como seria Cristiano Ronaldo com uma farta barba.

E Raul Garcia remata por cima. Não sei se a bola vai regressar das bancadas. Ouvi dizer ontem que uma bola destas custa cento e trinta euros.

A equipa do Atlético de Madrid hoje não fez a barba. Era proibido. Podia dar azar. Com um pouco de sorte rebuscada, diria que eles nem banho tomaram.

Até Diego Simeone tem a barba crescida…mas o Tiago não tem barba.

Quase que Sergio Ramos fazia autogolo.

Di Maria seguia perigosamente para contra-ataque mas Raul Garcia travou-o em falta e viu amarelo. Sergio Ramos foi lá tirar satisfações a Raul Garcia e também viu cartão. Courtois defende o livre de Ronaldo.

Há ali perigo junto à baliza de Casillas. Na resposta, Tiago perde a bola mas Bale não aproveita.

Ui, Casillas dá um frango monumental e Godin faz o golo do Atlético de Madrid.

Adrian Lopez cabeceia por cima na sequência de um canto.

Khedira entra duro sobre David Villa e vê o cartão amarelo.

O Atlético de Madrid sai para o intervalo a vencer por 0-1. A segunda parte deverá ser interessante.

De primeira, Raul Garcia remata por cima.

Miranda vê o cartão amarelo por falta sobre Di Maria que mais uma vez se esgueirava com perigo no contra-ataque. Courtois defende o livre de Ronaldo que resultou desta falta.

Ronaldo remata para fora. No canto, a bola rematada por Cristino Ronaldo volta a ter o mesmo destino.

De primeira, Adrian Lopez remata com perigo e para fora.

Ronaldo falha um golo quase certo rematando para fora.

Isco remata para fora também.

Casillas sai aos pés de David Villa que vê o cartão amarelo neste lance.

Bale remata para fora.

Juanfran vê o cartão amarelo…por falta sobre Di Maria. Mais uma e mais um cartão para o adversário!

Ronaldo remata agora por cima.

Depois de fazer o mais difícil, galgando metros e metros no campo, Bale remata para fora.

Há grande perigo nas imediações da baliza de Courtois.

Agora o Real Madrid tenta um forcing final para marcar um golo e levar o jogo para prolongamento.

Sai um cartão amarelo para Koke.

E o jogo vai a prolongamento porque Sergio Ramos acaba por empatar.

Gabi vê o cartão amarelo e o livre é perigoso.

Simeone entra em campo e dirige-se directamente para o árbitro. Os anos passam e o argentino (agora treinador) não mudou nada.

Modric remata de meia distância para as mãos de Courtois.

E Bale faz um golo que já merecia. Os dois melhores jogadores deste jogo estão na jogada. Isto para além de Ronaldo que faz o passe para Di Maria que cruza depois para Bale.

E o Atlético de Madrid ia voltando a marcar em mais um erro de Casillas que hoje anda incrível.

Marcelo faz mais um golo e não há mais dúvidas quanto ao vencedor da Liga dos Campeões desta época.

Ainda há grande penalidade de Godin sobre Ronaldo que prontamente se vai encarregar de a converter e assim fazer o seu golo da ordem.

E volta a haver confusão e outra vez com Diego Simeone em primeiro plano.

O jogo acaba com os festejos do Real Madrid, de Ronaldo, de Pepe e de Coentrão. Foi um resultado algo pesado para Tiago e seus companheiros mas aquele golo de Sergio Ramos fora de horas destroçou completamente a moral dos jogadores. Foi uma crueldade mas o Futebol é assim mesmo.

Agradável caminhada no Choupal

Para este fim-de-semana estavam agendadas duas caminhadas. É a primeira vez que me sujeito a dupla jornada de caminhada mas só me faz é bem. O mau tempo e a falta de disponibilidade fazem com que não me tenha sido de todo possível correr ou andar a pé depois do trabalho.

Inicialmente estavam previstos onze quilómetros sempre em contacto com a Natureza mas acabaram por ser treze.

É sempre complicado ir para o Choupal sozinha porque a estrada não tem passadeira e é arriscado atravessar. Assim, tive de esperar que alguém viesse e se deslocasse para o local do evento para que me ajudasse a atravessar. Já desesperava por não ver ninguém por ali quando chegou uma colega e fomos as duas para o local de partida.

O nosso grupo era pequeno desta vez e ainda foi reforçado por um casal de venezuelanos que uma colega encontrou por ali e convenceu a inscrever. Eles andam bem!

Ao longo do percurso fomos vendo a fauna e a flora do Choupal e fomos respirando o ar puro que vinha das frondosas árvores.

Fica o registo fotográfico desta caminhada solidária. Espero amanhã ter pernas para a Pateira de Fermentelos.

Céu e Inferno para Martim Encarnação

O nosso atleta Martim Encarnação ficou em quinto lugar nos cem metros do Campeonato da Europa de Juniores do Maxithlon que decorreu em Itália.

Com a marca de 12.68, o atleta de dezassete anos bateu o seu recorde pessoal e obteve uma excelente prestação que ficou marcada ainda pela desistência por lesão nos duzentos metros (prova em que o Martim é melhor).

Apesar do infortúnio, o atleta sai satisfeito com a sua prestação e espera recuperar da lesão muscular contraída no aquecimento o mais rapidamente possível.

Gloriosas espetadelas

Estava quase na hora de acordar quando sonhei que eu, juntamente…com alguns jogadores do Glorioso SLB estávamos a fazer exames ao sangue, imagine-se.

Os enfermeiros (que mais pareciam carniceiros) encontravam-se na rua com uma marquesa embrulhada num lençol branco que já estava manchado de sangue sem que se preocupassem em o trocar.

Eu reparei que eles estavam a magoar bastante as pessoas que estavam antes de mim. Eu era das últimas pessoas que ali estava mas também não me estava a preocupar muito. Os outros é que eram uns bijuzinhos e queixavam-se até pelo simples encostar de uma agulha à pele sem espetar.

E chegou finalmente a minha vez. Primeiro deram aquelas picadelas nos dedos para medir o colesterol, o açúcar no sangue ou lá o que é que se mede assim (até julgo que são as duas coisas). Depois é que espetavam a palma da mão e deixavam o sangue correr.

Aproveitei para com ele escrever SLB. O sangue vermelho e o lençol branco vinham mesmo a calhar para os meus intentos.

Acordei. Lá fora já rompia o dia. Dava para ver através dos estores fechados.

Tudo o que havia para ganhar a nível nacional

Um golo solitário de Gaitan chegou e sobrou para o Benfica conquistar a Taça de Portugal ante o Rio Ave. Assim, o Glorioso SLB termina a época como a melhor equipa nacional (se é que dúvidas ainda houvessem) e arrecada todos os trofeus em disputa.

A primeira jogada de perigo de que há registo pertence a Tarantini com o seu remate cruzado.

GOOOOLOOOOO GAITAN! Que belo remate!

Ederson defende com preceito um cabeceamento de Garay após um livre de Gaitan. Garay que também está barbudo como os jogadores do Rio Ave.

Filipe Augusto agride Enzo e o árbitro permite que ele ainda continue em campo.

Pedro Santos vê o cartão amarelo por falta sobre André Almeida.

Por protestar, Tarantini também vê o cartão amarelo.

O intervalo chega com o Benfica em vantagem por 1-0. De certeza que o Rio Ave fará de tudo para conseguir reverter a situação.

O barbudo Tarantini remata para Oblak defender.

Há ali perigo junto à baliza de Oblak.

Para que foi mostrado o cartão amarelo a Lima?

Braga também vê um cartão amarelo por falta dura sobre Garay.

Pedro Santos remata ao poste. Que susto!

Oblak defende com categoria o remate de Ukra. Na sequência do canto, o barbudo Marcelo cabeceia para fora.

E Oblak volta a aplicar-se na baliza do Benfica.

Ederson ainda nega o golo a Markovic mas o resultado mantém-se inalterável e é hora de festejar mais uma vez.

Exercitar pelo coração

Numa manhã agradável de Domingo, com o Sol a brilhar na cidade de Coimbra, a Praça da República acolheu quem não quis desperdiçar a manhã agradável para participar nas actividades organizadas pela Fundação Portuguesa de Cardiologia.

Como habitualmente, as hostilidades foram abertas pelo Yoga do Riso, ao que se seguiu uma aula de Zumba e alongamentos para depois se iniciar a caminhada pelos jardins da cidade, especialmente pelo Jardim Botânico.

Íamos parando pelo caminho para ouvirmos explicações sobre os vários pontos de interesse que o Jardim Botânico tem para oferecer a quem o visita.

Depois seguimos para o quartel-general onde se iria realizar a formação do coração humano. E aquele pano vermelho que temos de segurar dura, e dura, e dura, e dura…há anos que participo nestas actividades e o pano vermelho em forma de coração é sempre o mesmo. Devem-no conservar bem!

O almoço era composto de saladas e fruta. Eu provei um pouco de cada uma das saladas.

Estava preocupada pela complicação que seria sair do Quartel com tanta porta que o edifício tinha. Depois de ter almoçado, vi um grupo de pessoas a dirigirem-se alegadamente para a rua e resolvi segui-las. Não me enganei. Foi assim que saí para a rua e fui a pé até casa.

Ficam as fotos, como sempre para mostrar as belezas naturais que esta actividade ao ar livre proporcionou. Desta vez foram tiradas com o telemóvel.

“Cobaias Humanas” (impressões pessoais)

Depois de ter lido o livro anterior que falava de um político norte-americano que se sujeitou voluntariamente a um tratamento inovador que ele próprio inviabilizou que fosse ministrado nos Estados Unidos, tive a ideia de prosseguir as minhas leituras com este livro que não é de ficção como o anterior.

Com Fernando Nobre (antigo presidente da AMI ) e o escritor John Le Carré a elaborar o prefácio , por força do seu livro “O Fiel Jardineiro” que abordava esta temática das cobaias humanas (também li esse livro há tempos), Sonia Shah aborda a temática sempre controversa do uso de seres humanos para testes de medicamentos para as mais variadas doenças que nos afligem nos dias de hoje.

Conforme fui lendo estas páginas, fui formulando algumas opiniões sobre esta temática que divide opiniões. Desde logo, se hoje usufruímos seguramente de medicamentos que nos permitem viver com o mínimo de qualidade de vida e sem sofrimento, é porque esse passo de os experimentar em seres humanos teve de ser dado. Foi um risco que se teve de correr mas a Humanidade tem de agradecer o arrojo de quem tentou fazer algo para que pudéssemos evoluir em termos de avanço científico e médico.

O problema reside em haver exageros que por vezes levam ao desrespeito pela dignidade humana, especialmente em países de Terceiro Mundo. As pessoas integradas nos testes devem sempre participar por livre e espontânea vontade. Nunca devem ser coagidas. Se elas aceitaram participar nos testes voluntariamente e algo lhes aconteceu, a responsabilidade é delas. O mesmo não acontece se as pessoas forem obrigadas, coagidas ou aliciadas com promessas grandiosas, como é fácil fazer a pessoas pobres de África.

Uma questão aqui que intriga um pouco é o uso de placebos em alguns testes, ou seja: testa-se um medicamento contra nenhum em vez de se testar o medicamento contra um semelhante que exista no mercado para a cura da mesma doença ou grupo de sintomas. Na minha opinião, penso que não se deviam usar placebos quando se testam medicamentos para doenças graves que ponham em risco a vida mas podiam-se usar placebos naquele tipo de doenças ou sintomas que não causariam a morte, como os medicamentos que hoje vemos por aí em todo o lado para as dores de garganta, para a azia, para a prisão de ventre, para a diarreia, para as alergias da Primavera e por aí fora. Estar a privar alguém com septicemia de um medicamento e estar-lhe a dar um placebo é condenável, no meu entender, visto tratar-se de uma doença que evolui muito rapidamente para a morte.

Se um dia me convidassem para fazer testes eu aceitaria? Penso que não mas também não me coloquei nas situações extremas dessas pessoas na África e na Ásia que não têm acesso a tratamento de doenças de outra forma. Se calhar, se estivesse numa situação de doença irreversível ou terminal, como forma de ainda ser útil neste mundo, talvez aceitasse. Iria morrer na mesma, que diferença fazia? Nas condições actuais não aceitaria.

Foi uma leitura sempre enriquecedora que leva a reflectir e a pensar um pouco, especialmente quando temos nas mãos um frasco de gotas, uma caixa de comprimidos ou um tubo de pomada. Para hoje eles estarem nas nossas mãos, tiveram de passar por rigorosos testes noutros seres humanos. Sem isso não os teríamos no mercado.

Vamos agora para a ficção pura e vamos voltar a Nora Roberts e a 2059. “Conspiração Mortal ” é a obra que já me encontro a ler.

Maratona?!!!! Eu?!!!!

Sonhei que estava muito bem na minha vidinha de sedentarismo, quando, a meio da tarde, me avisam assim à última da hora que tinha de substituir uma colega que se sentiu mal…na maratona que consistia em dar ali umas votas ao quarteirão, perfazendo a distância oficial da prova-rainha do Atletismo.

Só podiam estar a brincar comigo! Eu nunca fiz uma maratona na vida, nem nos tempos em que estava treinada, quanto mais hoje. Não havia outra pessoa para a fazer? Que vida a minha!

Bem, que remédio tinha eu! Já estava a preparar-me para o descalabro que certamente ia ser.

Acordei antes de ter sequer ido para o local de partida.

Martim Encarnação nos cem e duzentos metros

Como era de prever, o jovem atleta Martim Encanação qualificou-se para as provas de cem e duzentos metros do Campeonato Europeu de Juniores do Maxithlon que irá decorrer em Itália no próximo dia 21 de Maio.

Com recordes pessoais que não vislumbram luta pelas medalhas, o objectivo do atleta de dezassete anos é bater os recordes pessoais.

Algo terrível

Sonhei que estava em casa e ainda não tinha saído à rua. Também não deveria sair, pois tinha havido um acidente grave, com vítimas mortais algures por ali.

Segundo constava, havia sangue na estrada e as vítimas eram todas de nacionalidade suíça.

Eu fazia os possíveis por não sair à rua mas tive de sair numa altura em que já só se fazia o rescaldo.

Acordei. Ainda não eram duas da manhã.

Um diazito de férias

Não foi porque o Benfica ia jogar a final da Liga Europa que tirei este dia de férias. Foi porque havia uma caminhada, alegadamente agendada para esse dia, em Sintra e eu queria estar presente.

Afinal parece que essa caminhada até estava agendada para dia 25 de Maio mas as datas das caminhadas foram alteradas e já não deu para passar esse dia de férias para outra data.

Sempre deu para descansar, ler um pouco e actualizar o blog.

Falta de sorte ou algo mais

Para nosso desgosto, ainda não foi desta que o Glorioso SLB conseguiu vencer a Liga Europa. O espectro da maldição começa a ser levado a sério, para quem realmente acredita nessas coisas. Realmente há sempre algo no nosso caminho. Desta vez foi o árbitro alemão e Beto.

Os nervos começaram-se a apoderar de mim ainda o jogo não tinha começado. Vesti a minha camisola nova do Benfica e preparei o caderno para os apontamentos. Tinha fé que seria desta que iríamos vencer.

Beto começou cedo a mostrar que estava em noite inspirada, tirando a bola a Lima.

Fazio vê o primeiro cartão amarelo do jogo por entrada dura sobre Sulejmani.

E Moreno agora merecia algo mais que o cartão amarelo. Nem tenho palavras para descrever esta entrada! O desgraçado do Jogador Número Oito do Glorioso SLB está condenado a levar sarrafada. Em menos de dois minutos, já foi vítima do jogo assassino dos jogadores do Sevilha sem que o árbitro alemão tenha erguido a cartolina vermelha. Está á espera de quê? De eles o assassinarem em campo? Pouco faltou desta vez! Parece que o Sulejmani está magoado a sério e o seu agressor continua alegremente em campo exibindo o seu charme de caceteiro.

Beto agora ia metendo água.

E Sulejmani tem de sair devido àquela entrada há pouco de Moreno. André Almeida entra.

É a vez de Siqueira ver o cartão amarelo.

Luisão de cabeça após um canto cria perigo.

Beto começa por negar o golo a Maxi Pereira e depois ainda nega o golo a Rodrigo.

Regista-se o nulo ao intervalo. O Benfica segue para intervalo por cima no jogo, nos instantes finais da primeira parte. É um bom augúrio para a segunda parte que vai ser ainda mais de nervos.

O Benfica tem grandes oportunidades mas o golo não chega.

Reyes remata ao lado.

Gaitan remata de longe para defesa de Beto.

Lima aplica um potente remate de longe e Beto tem de caprichar na defesa.

A bola vai por cima no cabeceamento de Garay.

Vamos ter prolongamento. O jogo continuou registando um nulo no marcador.

Pareja vê agora um cartão amarelo.

André Almeida também vê o cartão amarelo.

Bacca remata ao lado.

Kevin Gameiro ao lado. Que susto!

Como não houve golos, vamos para as grandes penalidades. Começa o Benfica por Lima.

Oh, Cardozo falhou a grande penalidade. Beto defendeu. O Sevilha marca na resposta.

E Rodrigo também falha, com o Sevilha a converter de seguida. Com tudo isto, o Sevilha conquista a Liga Europa. Mais uma vez chegámos à final mas não conseguimos vencer. Temos de erguer a cabeça e vencer a Taça de Portugal no Domingo frente ao Rio Ave.

Nossa Senhora de Fátima

Muitas das pessoas que levam a sua fé e as suas crenças religiosas bem a sério, se tivessem um sonho destes, encarariam a situação com alarmismo ou como um sinal divino. Onde quer que se encontrassem, imediatamente deixariam tudo e iriam sem demora para o Santuário de Fátima aguardar por algo de divino. No meu caso, acabo por relativizar a situação, pois sei o que deu origem a este sonho.

Sonhei que me encontrava a dormir no quarto que ultimamente era da minha irmã e a janela ainda dava para a rua, o que hoje já não acontece. Lembro-me de ali acordar a horas mortas da noite com o barulho de corujas e outros pássaros nocturnos. Sei que tudo estava agitado na Natureza e isso assustou-me um pouco.

Estava uma noite de luar e os estores estavam abertos (até há uns dez anos a esta parte, não conseguia dormir com os estores fechados, hoje isso já não acontece e fecho-os mesmo até cima). Digamos que este sonho remonta ao passado, quando ainda dormia naquele quarto e com os estores corridos. Deixei-me estar imóvel na cama a escutar o barulho lá fora.

Olhava fixamente para a rua, num misto de medo e assombro que não conseguia explicar. Foi quando, de entre os galhos das árvores no meu quintal, surgiu uma luz que se foi materializando numa imagem cada vez mais nítida.

O meu assombro foi maior quando constatei que o que estava a ver era uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, como a que tenho em casa. Acordei confusa e intrigada. Sinceramente, nem sou muito religiosa e encaro este acontecimento como sendo mais um sonho. Um sonho algo estranho mas que tem as suas causas.

Os pássaros na noite tiveram a ver com a visita ao Parque Biológico onde vimos corujas e mochos. A Nossa Senhora de Fátima aparece aqui por força dos muitos peregrinos que tenho avistado pela estrada a caminho do Santuário. Se este sonho significa algo mais, desconheço-o por completo.

Rolling Stones

Esta é a crónica de mais uma caminhada numa agradável manhã de Domingo em que estava um Sol radiante, uma temperatura agradável…e os trilhos estavam secos e agradáveis para neles se andar.

O nosso destino foi o Rabaçal e o seu castelo romano. Esta caminhada ocorre todos os anos e no final temos direito a provas de queijos.

A caminhada em si não ofereceu grande dificuldade, apenas se teve de subir para se chegar ao Castelo mas eu adoro subidas. É aí nas subidas que reside o sal e a pimenta das caminhadas para mim.

As maiores dificuldades prenderam-se com as pedras soltas nos trilhos que proporcionaram algumas escorregadelas e até quedas. É que as pedras rolavam por debaixo dos nossos pés, o que fazia com que escorregássemos e até caíssemos.

Ia eu muito quentinha a conversar enquanto percorria um trilho aparentemente sem dificuldade. Uma pedra rolou-me por debaixo dos pés e lá fui eu ao chão. Mais umas calças rasgadas e uma mão dorida. Nada de grave.

Quando parámos, havia outras pessoas a relatarem as suas quedas provocadas por pedras soltas que rolaram por debaixo dos seus pés. Uma dessas pessoas apresentava as calças cheias de terra no rabo, sinal de que andou a escorregar pelo chão fora.

No final tudo foi compensado por uns pedaços de queijo, pão e bebidas bem frescas. Eu optei por água.

Seguem como sempre as fotos da caminhada para abrilhantarem esta minha crónica.

Por uma unha negra

Este sonho é muito breve e é também um dos mais recorrentes.

Estava eu à porta da minha vizinha num final de tarde, com a noite já a querer aparecer.

Saída da vinha, Feijoa preparava-se para atravessar a estrada mas vinha lá um veículo de cor indeterminada.

A certa altura, só se viu a Feijoa debaixo do carro mas o carro não lhe chegou a tocar. Foi mesmo por pouco. Nas suas calmas, Feijoa continuou a caminhar em direcção ao portão da eira.

Festival Eurovisão 2014

A Áustria venceu o Festival Eurovisão da Canção 2014. As opiniões dividem-se atendendo à polémica gerada em alguns países por esta participação tão original. Os mais púdicos não queriam mesmo passar a actuação de Conchita Wurst/Tom Neuwirth mas a vitória até foi justa, atendendo á originalidade e aos dotes vocais. Pena que a canção que ficou atrás desta era a minha favorita que não julgava ficar assim tão bem classificada.

Aqui até nem estava em causa um transsexual ou um travesti, apenas alguém que criou esta personagem artisticamente. Os transexuais, homossexuais e outros, para mim, não têm qualquer problema em participar nestes eventos, contando que cantem e não vão para lá exibir-se como vi a Ucrânia fazer aqui há uns anos. Isso é que é mau. Neste caso, ele foi cantar como toda a gente. Até cantou bem e arrasou. O visual ajudou mas fazia parte da sua criação. Nada feito. Na quinta-feira vi que a sua prestação estava a ser fortemente aplaudida mas achei que isso não era indicador para ganhar o Festival. Enganei-me. A canção mais aplaudida na outra semifinal (a Holanda) ficou em segundo.

Se não acertei em quem ganhou o Festival, acertei em quem ficou em último na final. Esta canção da França era mesmo muito fraquinha. Em vez de estarem a criticar se este vai com vestido de mulher ou o outro é feio, que pensem nas vantagens e desvantagens de haver aqueles países que não se submetem a semifinais. Na minha modesta opinião, isso até prejudica mais do que beneficia. Já não é a primeira vez que a França faz isto. É muito injusto haver países que não se submetem a semifinais e passarem directamente à final com estas canções e haver países nas semifinais com muito melhor do que isto e ficarem pelo caminho. Acho que estes países que passam directamente, por vezes até são mais prejudicados do que os outros. Na minha opinião, o único país que ficaria de fora das semifinais seria o país organizador por uma questão de poder defender o título mas também não faria mal nenhum passar pelas qualificações. Esta canção francesa estava muito distante das outras, mesmo muito.



Outro exemplo do que acabo de dizer: achei que a intérprete da Itália meteu água, de certa forma. Se tivesse passado pela semifinal antes, isso não teria acontecido mas houve quem tivesse participado nas semifinais e esteve menos bem na final. Já vou falar deles mas esta italiana foi de morte.



A Espanha também não foi à semifinal e levou este ano uma grande canção. Que novidade! Não demos doze pontos à Espanha, quando leva uma canção destas? Mas votou tudo na Áustria? Ou na Holanda como eu? Bem não foram precisos os doze pontos de Portugal. Este ano a Espanha ficou em décimo lugar com a canção parcialmente cantada em Inglês.



Vou então falar de quem não esteve tão bem na final e que arrasou nas semifinais. Desde logo começo ali pelo galã da Hungria que tinha o paizinho na bancada a assistir. Para começar, apresentou-se de mangas compridas e mostrou-se mais retraído, mais tímido na final. Mesmo assim ficou em quinto lugar.



Outros que não estiveram tão bem foram os gregos. Talvez lhes tenha acontecido o que aconteceu à cantora israelita na quinta-feira.



Pelo contrário, quem esteve muito bem na final foram os meninos finlandeses (os tais que eu achei colados aos Coldplay). Aquele miúdo inicialmente começou a medo mas recebeu o incentivo das bancadas e embalou por aí fora, arrancando aplaudo maior no final.



A minha escolhida este ano para votar foi a canção da Holanda. Participou na semifinal em que participámos também mas eu votei na Bélgica nessa altura porque achava que a Holanda ia passar e (mais) ia ganhar a semifinal. Foi o que aconteceu mas já lá vamos ao resultado das semifinais, que é bastante curioso. Sobre a Holanda, nunca pensei que ficasse em segundo, apesar de ter augurado uma boa classificação.



Vamos agora falar nas semifinais. Eu disse que a semifinal de quinta-feira era a mais forte por ter ali duas ou três canções muito fortes e ter a Roménia mas, olhando para a tabela final, temos a Áustria que não participou na nossa semifinal em primeiro e depois temos Holanda, Suécia, Arménia, Hungria, Ucrânia e Rússia. Todos estes países participaram na nossa semifinal. Ainda vou continuar. Sabem em que lugar ficou a nossa canção na semifinal? Em décimo primeiro com trinta e nove pontos, logo atrás de San Marino que foi décima com quarenta. Não foi mau. Foi por um pontinho que não estivemos na final, um mísero pontinho. É o nosso fado. Numa tabela com a classificação toda de todas as canções, nós ficámos em vigésimo sétimo. Ficámos logo atrás da França que foi última na final (a tal canção que nem à final deveria ter ido se acaso se sujeitasse a qualificações). Eram trinta e sete países a concurso. Dez ficaram abaixo de nós.

Ah para quem acha que somos os piores (este ano tivemos azar com a semifinal onde calhámos, apesar de eu na altura ter dito o contrario, basta olhar para a classificação), o que dizer da prestação da Moldávia? Também participou na nossa semifinal e, sinceramente, nem achei a canção má de todo. Poderá ter havido algo de que não me apercebi. O que é certo é que foi mesmo a pior do Festival, numa tabela com todos os participantes (da final foi a França, como disse).



Para o ano o Festival será na Áustria. Espero que Portugal participe. A prestação deste ano nem foi má de todo. Apenas faltou a sorte mas para o ano talvez tenhamos uma semifinal mais acessível.

Serra de sensações

A chuva miudinha que se fez sentir quando saí de casa e que me obrigou a apanhar um autocarro até às instalações da ACAPO não estragou o nosso dia no Parque Biológico de Miranda do Corvo.

Percorrendo trilhos de terra batida, fomos levados à descoberta de animais domésticos e selvagens. Para mim, porcos, cabras ou galinhas não me dizem nada porque me habituei a contactar com esses animais lá em casa e desde que nasci mas foi emocionante ver colegas meus que ali estavam, e que são cegos totais, a delirarem pelo simples facto de poderem tocar e alimentar um animal desses.

Eu estava mais desejosa de ver outros animais que não tenho lá na aldeia. Aves, peixes, javalis e até ursos estavam nas minhas cogitações, para além da perspectiva de andar a cavalo.

À medida que o dia ia avançando, começou a ficar agradável passear-se pelo campo. Para depois do almoço estava então marcado o baptismo de andar a cavalo. Havia quem tivesse medo, quem fizesse estranhos e cómicos pedidos para a eventualidade de cair do cavalo e morrer e quem se sentisse ansiosa como eu.

Vi colegas a sair do cavalo com medo mas isso não me intimidou. Estava ali para experimentar algo de novo. Quando chegou a minha vez de subir para cima da égua (era uma égua), sentia alguma apreensão. Aos primeiros passos, tive medo de cair dali abaixo mas depois comecei a conversar com o senhor que levava a égua. Era um velho conhecido meu quando estive em Miranda e já não o via desde essa altura. Ele chegou a ir aos Jogos Paralímpicos e eu fiz-lhe uma entrevista para depois publicar no jornal de Miranda do Corvo. Na altura andávamos os dois no Desporto e o tema da conversa foi esse. Depressa esqueci que estava em cima de um cavalo e o receio desapareceu.

Depois das emoções fortes de andar a cavalo, fomos para um labirinto de árvores de fruto para tentarmos adivinhar de que árvores se tratavam. Os frutos ainda estavam verdes ou não existiam ainda, o que dificultava a tarefa. Havia também quem estivesse com medo de não sair do labirinto, o que provocou que o resto do pessoal ainda começasse a gozar e a dizer que soltavam os ursos à noite para apanharem e comerem quem não tinha conseguido sair do labirinto das árvores.

Sobre os ursos, retenho uma historia curiosa. Eles estão por detrás de um muro alto e, para as pessoas os poderem ver, há umas janelas de vidro muito grosso e resistente. Uma senhora que também ali estava a visitar o parque lia a placa que descrevia todas as características deles. A certa altura, leu que os ursos comiam outros mamíferos e, como se diz em bom Português, “passou-se”. Imediatamente pensou em cavar dali para fora, antes que os ursos que se encontravam a dormir por detrás dos vidros voassem, os partissem e resolvessem servir-se dela para refeição. É que a coitada da senhora penava que os ursinhos só comiam erva. Resumido, se quiser observar ursos, não se esqueça de verificar primeiro os seus hábitos alimentares.

Ainda houve tempo para jogos tradicionais e para fazermos algumas compras. Eu comprei por brincadeira…um urso. Este é pequenino e de peluche mas eu apregoei aos sete ventos que trazia um urso.

Ficam as fotos para poderem ser apreciadas. Recomendo a visita ao Parque Biológico em Miranda do Corvo. É um programa agradável para toda a família.