Sunday, April 30, 2006

Apalpar os materiais




Tal como na véspera, o dia acordou enevoado e um pouco fresco. Já se sabia que mais para a tarde o tempo iria mudar radicalmente. O Sol iria abrir e o calor iria fazer-se sentir.

Bem cedo tive de sair á rua. Ia no passeio quando dei com os pés em alguma coisa. Era uma lâmpada. Não era mágica, não estava nenhum génio por perto e muito menos lhe pedi três desejos. Se houvesse essa oportunidade, certamente pediria para as pessoas não mandarem lixo para o chão porque quem vai a passar está sujeito a magoar-se.

Para a tarde estava marcada a visita da Ataraxia às instalações da ACAPO-Centro. Era uma oportunidade de ver as últimas novidades em material tiflotécnico. Os associados responderam em peso e quase ninguém se entendeu lá dentro com tanta confusão. Toda a gente queria ver tudo ao mesmo tempo.

O treino correu-me melhor. Fiz 30 minutos de corrida (mais de 9 voltas) e cinco aberturas- para além dos indispensáveis alongamentos.

O dia estava acabado. Havia que descansar bastante.

Situação do dia:
No post anterior tinha falado dos chuveiros. Não foi? Pois sabem porque é que eles não funcionavam? Porque estavam fechados. Nada mais. Que vexame passou a Rapariga dos Calções Amarelos e da T-Shirt Branca que voltou a ir ter com a funcionária para ver se arranjavam os chuveiros. Depois ao ver que uma outra atleta os tinha aberto todos voltou para trás e foi desdizer o que disse. È que para além de ser Toupeira também é burra! Certamente que já se aperceberam que a Rapariga dos Calções Amarelos e da T-Shirt Branca era eu.

Bacorada do dia:
“O Simões está ali em cima da mesa!” (isto é que vai uma casa bem arrumada!)

Não assobiem o Gattuso, por favor




A manhã não estava fria. Apenas o nevoeiro era denso e tornava a paisagem algo descolorida. Havia zonas em que não se via quase nada.

Depois de um dia em casa, esperava-me mais um dia de aulas. Uma colega nossa surpreendeu toda a turma ao mostrar que também percebe de Desporto. Até de basquetebol falou! Era um pouco estranho ouvi-la falar de Desporto.

O Zé também apareceu e houve calorosos cumprimentos entre toda a gente. É agradável saber que ele não se esquece de nós.

Acabado o expediente de aulas, havia que ir para o treino. Fiz 40 minutos de corrida contínua- o que deu quase 12 voltas. Não sabia que estava tão péssima a correr! A paragem foi devastadora.

Depois do treino fui ver a segunda mão da meia-final da Liga dos Campeões entre o Barcelona e o Milan. Ia ser um jogo espectacular certamente. Eu não sabia que o Costacurta ainda jogava! Também ele bateu o record de jogador mais velho a jogar uma meia-final da Liga dos Campeões. Desde que eu vejo jogos do Milan, sempre vi o Costacurta jogar. Ele até nem esteve mal. Desviou uma bola que parecia ir para golo.

O Barcelona poderia ter arrumado de vez com a eliminatória, não fosse aquela perdida incrível do Belletti já na segunda parte. O também veterano- mas igualmente de inegável qualidade- Rui Costa entrou também na partida. Ele que rendeu Gattuso- esse jogador como há poucos! Os adeptos do Barcelona é que não gostam dele. Andavam sempre a assobiá-lo. Ele que é um jogador que passa tão despercebido dentro das quatro linhas e mesmo no banco de suplentes! Se fosse eu que mandasse, nem uma assobiadela se ouviria para o Gattuso.

Situação do dia:
Eu logo via que este blog ia animar quando eu retomasse os treinos. No treino não se passou nada de especial. Pior foi quando eu fui tomar um duche. Qual não foi a minha surpresa ao constatar que os chuveiros não deitavam água: nem quente, nem fria. Chamámos uma funcionária e descobrimos que só um chuveiro é que funcionava.

Bacorada do dia:
“Eu ainda não sou deltónico.” (daltónico)

Mas era feriado?!!

Era feriado? Ai era?!!! Nem dei conta. Só não fui para as aulas, mas tive de passar apontamentos durante todo o dia.

De resto, o “Dia da Liberdade” foi passado enclausurada em casa a colocar a escrita em dia.

Situação do dia:
Toupeira dum raio! Estava uma garrafa com um rótulo amarelo que tinha vinho e houve quem pensasse que a garrafa era de Ice Tea. E quem era essa criatura? Eu, claro está.

Que moleza!

Era Segunda-feira e, ainda por cima, véspera de feriado. A vontade de ir às aulas não era muita, como é fácil de imaginar.

Apesar de toda esta conjuntura tão desfavorável, o dia acabou por se revelar bastante positivo. No passado Sábado tinha preparado o computador para passar a utilizar o Messenger- esse maravilhoso software que permite conversar com os amigos a partir de qualquer parte do Mundo. Toda a gente utiliza esse programa e mostra-se satisfeita. Porque não haveria eu também de experimentar? Foi o que fiz: comecei a mandar mensagens para amigos de diferentes partes do Globo. È impressionante como um simples computador nos permite quebrar a barreira da distância. Foi maravilhoso descobrir como o Messenger pode aproximar pessoas tão distantes.

Só as aulas é que não apeteciam. Calhou-me a mim ter Mobilidade naquele dia. Foi muito azar porque eu não trazia material. Como tinha de regressar a casa, deixei lá a venda e a bengala estava em Coimbra, mas em casa. Eu que nem sou de não trazer as coisas necessárias. Naquele dia calhou.

De uma coisa que eu não gostei nada foi da derrota em casa da Académica. 0-3 foi o resultado de um jogo que deixou a Briosa a fazer contas para não descer. O próximo jogo será no Restelo e a missão não se adivinha fácil. O João Tomás marcou dois golos à equipa que o lançou no futebol ao melhor nível. Mais uma vez, o jogador bairradino voltou a ser muito assobiado pelos adeptos da Académica.

Situação do dia:
Eu esqueci-me de dizer, mas na passada sexta-feira andámos a fazer o Sistema Solar. Os planetas foram feitos em pasta de madeira e papel que tingia as mãos. Eu, por exemplo, fiquei com as mãos azuis. Ontem chegámos e fomos ver se os “planetas” já estavam secos. Qual não foi o nosso espanto ao ver que o Sol parecia um autêntico queijo de ovelha curado! Estava de morrer a rir!

Bacorada do dia:
“Eu ainda aprendi Braille com folhas de papel de zinco.” (no moinho, em Oliveira de Frades vão passar também a fazer dessas folhas)

Wednesday, April 26, 2006

Fang Xu

A cultura chinesa e tudo quanto diga respeito à China está na moda. Qualquer dia vai passar a ser obrigatório o ensino da Língua chinesa nas escolas e os pratos típicos dos restaurantes chineses vão passar a fazer parte da ementa habitual das famílias ocidentais. Isto daqui a uns...deixa cá ver...

Para que os termos chineses não sejam estranhos quando chegar essa época, proponho uma reflexão sobre este termo: Fang Xu. Mas o que será Fang Xu? Eu sei o que é e vou dizer. Mas mais tarde para aguçar a curiosidade e dar aso à imaginação.

Será o nome de uma loja? Não ficaria mal uma loja chamada “Fang Xu”, mas devia ter o nome escrito também a caracteres ocidentais para podermos ler antes de entrarmos e comprarmos algo de entre a imensidade de produtos a preços atractivos que aquele espaço teria para oferecer.

Nome de um restaurante chinês? Podia muito bem ser. E nome de um prato? E que tipo de prato seria? E que sabor teria? Seria entrada, sopa, prato principal ou sobremesa? Já estava a imaginar alguém a ir a um restaurante e dizer: “Olhe é um Fang Xu, se faz favor!”

Fang Xu também poderia ser uma variante do Tai Xi. Ou algo que contribuísse para melhorar o nosso estado físico e mental. Uma sessão de Fang Xu e ficaríamos como novos para enfrentar outro dia de trabalho.

A medicina tradicional chinesa também anda muito em voga. Não admiraria que houvesse uma técnica denominada Fang Xu. Trataria mil e uma doenças.

A decoração oriental também seria uma área onde o termo Fang Xu não ficaria mal de todo. Já que falamos em decoração...

Bom, Fang Xu poderia ser alguma das coisas que eu inumerei e muito mais. Mas o que será, afinal, Fang Xu? Simplesmente é um nome. O nome de um ciclista. Alinha na Skil-Shimano- a mesma equipa que o ano passado tinha também um japonês chamado Doi. Não sei se ele ainda faz parte da equipa esta época. O Fang Xu é ciclista dessa equipa este ano. Achei piada ao nome e resolvi escrever algo sobre ele.

Deixando para trás o pobre do Fang Xu, a luta pelo segundo lugar prometia em mais um domingo futebolístico. Sporting e Benfica empataram. Estava cheia de medo! Havia mais um argentino empenhado em fazer o jogo da sua vida contra o Benfica: o Marchant do Nacional da Madeira. Desde que entrou, o jogo do Nacional teve outra vivacidade.

Por falar em argentinos que fazem altas exibições contra o Glorioso: mais uma jornada em que o Maxi Bevaqua ficou em branco!

Dois jogos, um só resultado



Foi já em cima da hora que me levantei naquela manhã de sábado que mais parecia uma manhã de Inverno. O frio e a chuva faziam, esquecer que se aproximava o final do mês de Abril.

À minha mente vinham reflexões engraçadas que me faziam sorrir. Estava a pensar como seria o “Gato Fedorento” noutros países. Em Espanha, por exemplo, haveria a “Série Gonzalez”. Na Alemanha era a “Série Müller”. E na Holanda haveria a “Série De Groot” ou a “Série Dekker” certamente. Estava a saber bem estar ali mas, por mais que o tempo estivesse frio e chuvoso, tinha que sair à rua. Havia Goalball.

O torneio de Goalball que opunha as duas equipas de Coimbra à de Castelo Branco ia ter lugar no Liceu D. Duarte. Para lá nos dirigimos e preparámos o que faltava para que se desse início ao evento. Fiquei espantada com uma bola nova que era azul- em vez de ser vermelha como as outras. Nunca mais a larguei e atrasei-me um pouco para filmar alguns lances do jogo, tal como pretendia.

Os jogos terminaram ambos com o mesmo resultado: 9-5 a favor dos Alvicastrenses. Um dos jogos marcou a despedida do Zé dos palcos do Goalball. No final do jogo, ele teceu o seguinte comentário: “Despedi-me com uma derrota, mas saí satisfeito!” O ambiente era de festa . Assim é que o Desporto é bonito!

Ainda houve tempo para algumas crianças de uma instituição de Coimbra experimentarem também as emoções do Goalball e perceberem o quão difícil é desempenhar qualquer tarefa sem ver. Andavam, naturalmente, perdidas no espaço sem saber para que lado ia a bola nem para onde se deslocar. Ao ver aqueles meninos e meninas a jogar lembrei-me de uma situação semelhante que se passou há alguns anos atrás. Se não me falha a memória, foi numa escola na Lousã. Nesse dia, todos os alunos de uma turma se dividiram em equipas de três e jogaram uns contra os outros. A equipa vencedora jogou connosco depois. Lembro-me também que houve uma menina que jogou extremamente bem- o que não é fácil para uma pessoa que vê e que se apanha com os olhos tapados de repente. Mas essa aluna adaptou-se incrivelmente bem ao Goalball e foi o garante para a sua equipa vencer todos os jogos.

A tarde reservava-me uma surpresa. Vi um amigo meu que já não via há muito. Estava diferente com o cabelo mais comprido. Fomos juntos até á estação para eu apanhar o comboio e ir para casa ainda a tempo de ver o jogo que daria o título ao Porto definitivamente.

Situação do dia:
Como não podia deixar de ser, os acontecimentos em Penafiel merecem natural destaque. Eu estava a assistir ao jogo pela televisão e já estava a adivinhar que os adeptos portistas iam invadir o terreno de jogo antes do final. É que estava a ver muitos adeptos a saltar para fora dos placards publicitários. De nada valia o esforço do speaker do estádio a tentar evitar a invasão. Eles precipitaram-se que nem flechas em direcção ao relvado. O alvo era o autor do golo- Adriano- que logo ficou em cuecas a correr pelo campo fora à procura de um lugar seguro para fugir à multidão em delírio.

Bacorada do dia:
“Vais para Vila Real? Vais para o pé dos serranos.” (essa geografia!)

Sunday, April 23, 2006

Regresso aos treinos

O dia foi marcado pelo regresso aos treinos depois de ter estado parada quase dois meses. É que não há tempo a perder!

Fui correr para o exterior do estádio para ir mais devagar e para ver quem andava por ali no Dolce Vita a passear. E eu que andava preocupada porque tinha medo de me perder quando fosse para a Worten ou para a Vobis. Ontem vi que havia entradas pelo exterior para essas casas comerciais muito frequentadas aqui pela minha pessoa.

Também já estava a ficar preocupada: há mais de uma semana que não perdia nada. Ontem sumi o meu gorro. Para o balneário não o levei. Isso tenho a certeza.

Há dias em que...

Há dias em que uma pessoa anda de tal maneira insuportável que nem se atura a si própria. nesses dias tudo serve para implicar e para fazer de coisas simples autênticos quebra-cabeças.

É então que se entra num ciclo vicioso, numa espécie de efeito bola de neve. A pessoa anda irritada-sem razão aparente, diga-se- arranja problemas e fica mais irritada ainda. E coitada da pessoa que tem o azar de aturar a mesma ave rara duas vezes seguidas no espaço de uma hora e meia!

Vem isto a propósito do meu estado de espírito ontem. Coitadas das pessoas que tiveram a má sorte de me aturar. É preciso uma paciência... E o mais grave é que, se me perguntassem porque é que eu estava assim, eu não saberia responder.

Mais para a tarde as coisas melhoraram um pouco. Nada como receber notícias de longe para colocar o astral em alta.

Situação do dia:
Era mesmo o que faltava para me irritar ainda mais! Nem de propósito! Começava a chover e a minha roupa a enxugar ao relento. Lá tive eu de dar uma corrida até casa e apanhá-la para dentro à pressa. Só queria era ter ali uma música cómica para acompanhar a cena.

Bacorada do dia:
"Já tenho de lavar o chão. Está todo sujo de água" (molhado)

O homem que precisa de ir à bruxa

Chama-se Gerben Löwik e é ciclista da Rabobank. Será porventura o atleta mais azarado da equipa. Desde meados de 2004 que as lesões o impedem de fazer os resultados que tanto desejaria. O ano passado, foi o único ciclista da Rabobank que não concluiu o Tour devido a uma arreliadora lesão que o levou- desde então- a ser sujeito a 3 intervenções cirúrgicas. De referir que o problema que afecta o Löwik é semelhante àquele de que padece o também ciclista da Rabobank e campeão do Mundo Oscar Freire que, por vezes, corre limitado devido a essa lesão.

Assim com tanto azar, vale mais contactar uma bruxa para ver de onde vem o mal e espantá-lo. No futebol português ficou famoso o "bruxo de Fafe" que andou com uma cruz ás costas para espantar os espíritos maus do caminho do Vitória de Guimarães- mas só nos jogos contra o Benfica.

Esta semana as aulas servem para recuperar o tempo perdido. Há apontamentos para passar e os meus colegas ajudam-me nessa tarefa.

Situação do dia:
De forma inesperada e não sei a que propósito, um colega nosso brindou o resto da turma e o formador em plena aula com um excerto do refrão daquela mítica música que lançou Iran Costa para a ribalta: "O Bicho". Por momentos, deve-se ter esquecido do local onde estava.

Bacorada do dia:
"Os alunos hoje até desconcordam com os professores." (não obedecem aos professores)

Saturday, April 22, 2006

Regresso atribulado

Depois de uma semana diferente em Viseu e de uma época pascal em família, chegou a hora de regressar às aulas. Tinha de ser! Na verdade, já estava com saudades dos meus colegas e do ambiente que se vive. As brincadeiras, a camaradagem, sei lá...Das aulas não havia saudades nenhumas, diga-se.

Das aulas de Matemática então não havia saudades mesmo! Aquelas equações com mais do que uma variável dão cabo da cabeça a uma pessoa!

À noite havia um jogo da Liga dos Campeões para ver. O jogo era em San Siro e opunha o Milan ao Barcelona. Era uma oportunidade para ver um jogador que eu aprecio particularmente: o Gattuso. Esse jogador não dá nada como perdido e é muito engraçado. Dá outra animação ao jogo.

O Milan jogou bem nos primeiros minutos, mas o Barcelona acabou por se superiorizar e vencer o jogo. Quem entrou no Barcelona foi o ex-futuro reforço do Benfica: o Maxi Lopez. Ainda teve um ou dois apontamentos de destaque.

Situação do dia:
Ainda outra cena que envolveu o meu vizinho. Eu e a minha irmã tínhamos de ir para Coimbra e o meu vizinho ia-nos levar à paragem do autocarro. Só que o carro teimou em não pegar, para grande surpresa dele. Aquele carro nunca o deixara ficar mal, daí ele ter ficado perplexo face à recusa do automóvel em se mover sequer do sítio. Foi preciso chamar o meu pai e a minha mãe que vieram ainda em trajes de dormir. A minha mãe até vestiu o roupão da minha irmã à pressa. Estávamos a ver que não chegávamos a horas de apanhar a camioneta. Toda a gente empurrou o carro para o meio da estrada, mas ele continuava imóvel. Parecia um filme cómico! Por pouco o automóvel não foi parar ao rio. Especado no meio da estrada sem andar para trás nem para diante, aquele veículo acabava por atrapalhar a passagem aos outros automóveis. Por sorte não passou ninguém, senão era um escândalo tanta gente a empurrar um carro para o meio da estrada. Finalmente, o automóvel encarnado do meu vizinho lá cedeu e fomos até Anadia ainda a rir da figura que o carro e as pessoas fizeram em plena via pública.

Friday, April 21, 2006

Páscoa de ontem e de hoje

A Páscoa já não é o que era na minha terra! Os padres andam sempre a mudar coisas que já estavam tão enraizadas que nem se punham em causa. A hora da Visita Pascal foi alterada e as pessoas estavam algo descontentes.

Fiquei desolada com a missa. Não se cantou uma única música. Parecia mais uma missa rezada por alma de um defunto que uma missa de Ressurreição de Jesus. E o Senhor para beijar na capela? Antigamente beijava-se a Cruz na capela antes de fazer a ronda pelas casas. Agora é assim…

Tudo estava à espera à porta de casa que a Cruz chegasse. Ao longe vinham os mordomos com umas vestes brancas que davam um tom triste ao acontecimento. Pareciam as batinas do padre. Ainda o ano passado os mordomos andaram de vermelho. Todos os anos foi assim…

O que não muda- e ainda bem- é a reunião da família para um farto almoço. Este ano a casa esteve cheia e tudo comeu e conversou alegremente. Algo que lembrasse que era um dia de festa e não uma cerimónia fúnebre, como dava a entender pela missa que se rezou e pelas opas descoloridas dos mordomos.

Situação do dia:
Depois de todos os convidados terem ido embora, fui para o computador terminar umas coisas que me eram precisas. Lá fora, ouvia o meu vizinho a conversar com a minha mãe ao mesmo tempo que dava voltas à chave. Quando eu saí para ir comer qualquer coisa constatei que estava trancada. Naturalmente, comecei aos murros e aos pontapés à porta. A minha mãe ouvia bater na porta mas não sabia o que era. Foi quando se lembrou que o meu vizinho tinha mexido na chave e a tinha trancado. A situação causou alguns sorrisos.

Preparativos

Na minha aldeia a Páscoa não é ao domingo, é à segunda-feira. O Domingo de Páscoa é um domingo igual aos outros. Não é igual aos outros porque se tem de preparar tudo para o almoço do dia seguinte. Em minha casa a família reúne-se e come cozido à portuguesa e leitão- entre outras coisas. A mesa irá estar cheia de gente e irá ser um dia bastante especial.

O Domingo de Páscoa até serviu para trabalhar mais que num domingo normal. As limpezas e arrumações tinham de ser feitas.

Situação do dia:
Esta será, provavelmente, a situação mais cómica que alguma vez relatei neste Blog. A minha irmã ia fazer uma sobremesa com ananás e leite condensado. Havia que abrir as latas do leite e do ananás. Como eu sou aquela pessoa que se sabe, ofereci-me para abrir as latas. A do leite abriu sem dificuldade, mas a do ananás é que correu pior. Encostei a lata ao meu corpo e abri-a. Só que levei um banho de molho de ananás. Foi de morrer a rir! Só gostava que aquilo tivesse sido filmado.

Wednesday, April 19, 2006

Seremos segundos

E lá fui eu até Anadia à procura de um cabo para a máquina! Tive de comprar um que até me consolei! Ninguém mandou perder o outro!

Depois de me ter chateado com a minha irmã, porque ela em vez de arrumar parece que desarruma, passei finalmente as fotos para o computador.

À tarde havia jornada antecipada da Superliga. O jogo entre o Sporting e o Estrela da Amadora terminou empatado a zero. Não foi nada mau! O Benfica ganhou ao Boavista. Eu só queria que o Maxi Bevaqua marcasse ao Sporting. Desde aquela vez que ele marcou dois golos ao Benfica- aliás os únicos golos que ele tem no campeonato- que eu passo a vida a maldizer esse jogador. Se ele tivesse marcado ao Sporting e o Estrela da Amadora vencesse com aquele golo, deixava de o detestar. Tinha devolvido os pontos que tirou ao Benfica quando ainda jogava no Braga. Raio de argentino que falhou um golo quase certo!

Quem não falha é o Mantorras. Pode não ser o jogador que era, mas dá bastante jeito quando entra na ponta final de um jogo e marca um golo decisivo. O jogo ficou igualmente marcado por um lance aparatoso entre o Léo e o João Pinto. Felizmente tudo não passou de um susto e os benfiquistas puderam dormir descansados por nada de grave ter acontecido ao nosso excelente jogador brasileiro.

Bacorada do dia:
“Não sei o que vou fazer para o jantar. Talvez faça massa guisada com arroz.” (quando ela disse isto, logo me cresceu água na boca!)

Arrumar ou desarrumar?

O dia de Sexta-feira foi dedicado ao descanso. Ou talvez não! Desapareceu o cabo da minha máquina fotográfica e eu passei o dia desesperadamente à procura dele.

Revolvi estantes, desarrumei gavetas, sei lá...Já estava nervosa! Não aparecia? A solução seria arranjar outro. As fotos do convívio em Viseu tinham de ser passadas para o computador para eu as poder tratar. Além disso, a máquina ia ser precisa para fotografar outras coisas como a visita pascal e o jogo de Goalball dia 22.

Lá tinha de ir eu para Anadia comprar um cabo novo no dia seguinte.

Despedidas



Aquele encontro aproximava-se do final. De novo tínhamos de regressar à rotina das aulas depois de uma época pascal que todos desejamos que corra da melhor maneira.

A exposição de material tiflotécnico encerrou o encontro. A pequena amostra de material específico para a Deficiência Visual foi bastante concorrida. Toda a gente queria experimentar as últimas inovações que nos ajudam a ter mais autonomia em diversas circunstâncias.

Antes de nos despedirmos ainda houve tempo para o balanço final desta iniciativa e a promessa de que para o ano haverá mais.

Já vinha a caminho quando regressei à minha vida normal em que me sinto triste por nunca mais ter visto alguém que me é tão especial e que, apesar de estar tão longe de mim, nunca me abandonou nos momentos difíceis que passei. Vinha com um rapaz de Leiria que tinha estado connosco, começámos a falar de encontros desse género e ele disse que esteve em Praga. Perguntei-lhe se ele encontrou por lá o meu amigo e ele disse que tinha estado com ele. Foi aí que a tristeza me invadiu. As lágrimas correram pelos meus olhos. Enterrei ainda mais os óculos escuros na cara e ali fiquei a meditar sobre o facto de toda a gente estar com as pessoas que eu gostaria de ver novamente, pois elas fazem parte de um tempo em que eu era feliz. Estar com essas pessoas seria um retorno àquilo que eu desejo.

Situação do dia:
Arrumar todas as coisas e verificar se não falta nada é uma tarefa difícil. Nada poderia ficar esquecido lá por Viseu. Mas houve coisas minhas que tiveram de lá ficar: o champô, o sabonete e até o casaco. Se estivesse frio como na terça-feira isso não acontecia!
O que se passou foi que o casaco não cabia em lado nenhum. O sítio que eu arranjei para o colocar foi entre os fechos da mochila- tipo como se guarda os sacos-cama que se levam para o campismo. O casaco desenfiou-se de lá e ficou perdido algures no percurso até à Rodoviária. Mal empregado casaco! Se calhar já nunca mais aparece.

Tuesday, April 18, 2006

Chuva de Estrelas, Operação Triunfo ou lá o que é



Como é de calcular, as horas de descanso não foram muitas. Custou imenso despertar naquele dia, mesmo sabendo que ia haver outra dose de coisas atractivas no programa.

A Defesa Pessoal aguardava-nos. Apesar de toda rota de ter passado largas horas a dançar, apliquei-me no aquecimento. Aprender algumas técnicas de Artes Marciais era divertido e nem o cansaço nos detinha.

Como não tinha par, fiquei com um dos instrutores que era praticante de Thaekwondo. Foi bastante divertido eu aplicar-lhe “golpes” e técnicas que até era ele que me ensinava. Foi uma coisa que eu jamais irei esquecer!

Para a tarde estava marcada uma sessão dedicada aos Primeiros Socorros. Eu aguardava essa sessão com grande expectativa, pois sou curiosa em questões de saúde e em tudo o que as envolve.

Mas a sessão não se realizou por motivos de força maior e o que acabou por acontecer foi a continuação das Artes Marciais. Inspirados pelo que aprenderam, alguns colegas divertiram-se a imitar golpes que aprenderam. Foi da maneira que se passou o tempo! Também houve quem jogasse às cartas e quem ouvisse música.

Antes do jantar fomos descansar um pouco. A noite voltava a prometer. Íamos testar os nossos dotes vocais no Karaoke. Os cantores mais famosos da nossa música que se cuidem e a Celine Dion também. Ela devia ter ouvido um colega meu a cantar uma canção dela em Francês. Até se ia emocionar! Ninguém estava à espera que ele cantasse aquela música tão difícil da maneira que cantou. Grande Zé!

Por falar em emoções, houve um colega que pediu os Parabéns para dedicar a uma outra colega. Todas as pessoas que ali estavam lhe cantaram os parabéns. Foi um momento bonito!

De novo a horas tardias regressámos a casa. Aquelas férias estavam a chegar ao fim. O que é bom acaba depressa.

Cheiros, sabores e emoções fortes




O dia prometia bastante. Íamos sair de Viseu. O destino era uma estufa de plantas biológicas e medicinais perto de Castro de Aire. Apesar de estar um agradável céu azul, fazia um frio que cortava mesmo. Na Pousada estava o aquecimento ligado. Chegávamos à rua e aquele vento frio parecia-nos glaciar.

Chegar até á estufa foi uma verdadeira aventura. Aquilo não era uma estrada, era um autêntico caminho de cabras. Estávamos a ver que o autocarro se precipitava pela ribanceira abaixo ou batia acidentalmente naquelas casas de pedra já antigas que davam um tom místico àquela localidade. Parecíamos peregrinos a percorrer aqueles caminhos por onde se via que não passava um veículo motorizado, apenas animais a julgar pela bosta que se via pelo chão. Junto à estufa o clima parecia tirado de qualquer cena surreal. O vento era agreste e cortava de tão gelado que estava. O céu estava de um azul vivo como nunca vi e o sol brilhante contrastava com o frio que sentíamos.

No interior da estufa a temperatura era completamente diferente. Havia tabuleiros com plantas secas e uma senhora preparava outras ervas para secar. Um senhor americano explicou-nos tudo sobre aquela empresa situada num sítio tão estranho. A explicação para esse facto tem a ver com a necessidade de aquelas ervas não poderem estar em contacto com as outras culturas e precisarem de um sítio que não estivesse sujeito a qualquer tipo de poluição para se poderem desenvolver. Realmente por ali o progresso não passou e o ar era bastante puro. Ideal para um passeio para fugir aos fumos da cidade.

Havia uma mesa preparada com ervas aromáticas que tivemos oportunidade de cheirar e até de mastigar. Ao fim de algum tempo havia uma amálgama de aromas nos nossos dedos que se entranhou para o resto do dia. Depois fez-se a encomenda de algumas infusões para quase todas as maleitas dos dias de hoje. Houve gente que trouxe imensos saquinhos com ervas medicinais para depois fazer um chá milagroso que cure o seu problema de saúde.

Regressámos a Viseu para almoçar já com viagem marcada para perto de Oliveira de Frades. Íamos continuar numa de produtos naturais. Desta vez íamos visitar uma fábrica de papel que tinha a particularidade de ser feito com materiais naturais e de forma artesanal, digamos assim. Parte do papel era feito de pedaços de tecido velho. Depois era-lhe misturado outro tipo de material. Folhas, ervas, sementes e pequenas coisas que nem fazíamos ideia que servissem para fazer papel também entram nesse processo. O resultado final é um papel especial que é bastante bonito para ocasiões especiais.

A viagem de regresso foi animada com algumas cantigas e a animação prosseguiu já em Viseu. Nessa noite iríamos à discoteca. Eu nunca tinha ido a uma discoteca. Não tenho esse hábito. Gosto imenso de música, mas ouço-a em casa. Ia experimentar aquele ambiente de diversão.

Devidamente identificados lá fomos para a night. A discoteca ainda não estava aberta e tivemos de esperar largos minutos para entrar. Durante algum tempo a pista de dança era toda nossa e aí é que era divertido. Depois começou a chegar mais gente e- com ela- a confusão, os atropelos e alguns copos partidos no chão. A música ia subindo de ritmo e a discoteca ia enchendo. Apesar de estar ali imensa gente, eu dancei até à hora do regresso.

Foi uma experiência nova! Diverti-me bastante!

Situação do dia:
Como referi atrás, deram-se situações caricatas à hora das refeições. Nós não vemos e é natural entornarmos copos pela mesa fora, cotovelarmos garrafas e espalharmos a comida no local da mesa que já não nos pertence. Mais estranho é esse tipo de coisas vir de um empregado. O jantar de terça-feira foi uma animação! A mesma pessoa entornou natas do céu em cima da mesa e- minutos depois- presenteou um colega meu com um banho. Já não me recordo, mas parece que entornou uma garrafa de água com um prato.

Senta-te e ri


O dia de segunda-feira foi destinado a palestras. Da parte da manhã falou-se de Toxicodependência e à tarde falou-se de Empregabilidade e Cidadania.

A primeira palestra foi mais interessante que a segunda e foi dinâmica com alguns colegas a simularem consultas num Centro de Atendimento a Toxicodependentes. Era um tema que interessava a todos e as perguntas foram muitas.

À tarde a palestra não foi assim tão interessante. Se não estivesse farta de aulas e de ouvir aquelas coisas até achava interessante. Afinal estava ali para esquecer um pouco a rotina das aulas.

Depois do jantar a animação esteve ao rubro com música e anedotas que nos fizeram rir bastante. No dia seguinte iria ser um dia que prometia bastante!

Situação do dia:
Era uma sessão de anedotas mas, o que fez o grupo rir a bandeiras despregadas, foi uma situação em que um colega ia a começar a contar uma anedota de homossexuais. Ele começou:
- Dizia um homossexual para outro...
E outro colega não se apercebeu e disse:
- Eu estou à tua frente.
A gargalhada foi geral e bem audível.

A caminho de Viseu

Na passada semana estive em Viseu a passar uma semana diferente. Foi uma espécie de retiro espiritual para esquecer por uns dias os problemas e divertir-me com outras pessoas diferentes das que vejo todos os dias.

As “férias” começaram no domingo bem cedo com a viagem até Viseu que correu da melhor maneira. Chegada a Viseu, tinha as monitoras à espera. A paragem seguinte era numa aldeia próxima para ir buscar um rapaz que também ia participar no convívio. As aldeias daquela zona pouco diferem da minha aldeia. Curiosa era a forma como os carros estavam pintados. Usava-se muito o castanho e o azul-bebé. Eram mesmo engraçados! Depois de algumas voltas e de se saber que a carrinha não podia passar ali, lá seguimos outra vez até à Rodoviária para ir buscar uma rapariga de Castelo Branco.

Depois de almoçarmos fomos para a ACAPO de Viseu onde nos íamos divertindo a ouvir música enquanto as pessoas iam chegando e iam sendo apresentadas. Mas não era só música que se ouvia! A impressora Braille e o seu barulho incómodo fazia-nos rir e mandar piadas. Ali estivemos várias horas até irmos para a Pousada da Juventude. Foi no momento em que nos estávamos para ir embora que começou a chover torrencialmente- o que obrigou as monitoras a virem buscar as pessoas aos pares com um só guarda-chuva.

Com a azáfama, mal vimos o jogo do Benfica com o Marítimo. Arrumámo-nos nos quartos. Havia beliches mas no meu quarto ninguém foi para as camas de cima. O jantar esperava-nos num edifício ao lado que passou a fazer parte da nossa rotina diária. Era lá que fazíamos todas as refeições e também era lá que aconteciam incidentes. Num desses dias um empregado entornou um copo de água para cima de um colega nosso que estava pronto para ir para a discoteca. Também se entornava sumo pelas mesas e comida que fugia dos pratos quando calhava.

Depois de termos jantado, havia que promover a dinâmica de grupo. Fizeram-se jogos, apresentaram-se as pessoas e distribuíram-se pacotes de rebuçados que iam sendo ganhos através de métodos de dinamização do grupo. Num desses jogos tivemos de inventar argumentos para convencer os colegas a sermos merecedores de rebuçados. Foi muito interessante esta fase. Ainda não nos conhecíamos bem e tivemos de trabalhar em grupo.

Situação do dia:
Um dos jogos que fizemos tendo em vista conhecermo-nos uns aos outros era convencer os restantes colegas de que éramos merecedores de sacos de rebuçados. O porta-voz do grupo 1 usou uma táctica muito interessante para convencer os colegas: no seu discurso usou várias formas incorrectas de dizer “rebuçados”. Era ouvi-lo dizer “arrebuçados”, “rabuçados” ou “rubeçados”.

Bacorada do dia:
“Olha o «Another Day In Paradise» do Phil Collins! Já não ouço isto há muito tempo.” (há tanto tempo que nem reconhecia a música.. Naquele momento tocava o «Sacrifice» do Elton John.)

Título entregue

O dia não teve nada de especial para contar. Foi passado no computador a ver páginas Web de equipas de Ciclismo holandesas. Sou grande apreciadora de Ciclismo Holandês e essas coisas interessam-me. Desde muito pequena que gosto de ver na estrada atletas do país das tulipas e hoje não sou diferente.

No salão da ACAPO-Centro decorria pacificamente a Assembleia de Representantes. Pelo menos não se ouvia discutir. Ou então era eu que estava tão concentrada no computador que não ouvia o que se passava.

Havia um Sporting-Porto que podia ser decisivo para a decisão do campeonato. Eu queria que houvesse um empate, mas o Porto lá venceu e parece ter arrumado de vez a questão do título. No meu entender não houve polémica e as duas equipas preocuparam-se apenas em jogar futebol e não complicaram muito a vida do árbitro.

Ia sair cedo no dia seguinte. Esperava-me uma semana diferente em Viseu. Havia que deixar tudo preparado.

Situação do dia:
Enquanto estava nos computadores, o meu telemóvel tocou. O problema é que fiquei sem bateria e não pude atender. Quando cheguei a casa pus o telemóvel a carregar e vi várias chamadas de um número de telemóvel que eu não conhecia. Liguei esse número para ver quem me estava a ligar com tanta insistência. Atendeu-me um senhor que eu confundi com um amigo meu que já não vejo há muito. Então eu teço o seguinte discurso:
- Olá! Quem é vivo sempre aparece! Por onde tens andado?
Do outro lado da linha a pessoa não deve ter entendido nada daquela conversa e perguntou com quem é que estava a falar. Já estava embaraçada e disse:
- Ligaram-me...estava este número no meu telemóvel... deve ter sido engano...
Claro que o homem desligou-me o telemóvel. Naturalmente não estava a entender nada daquela conversa. Nem eu.
O mesmo número aparecia novamente e eu voltei a ligar. Desta vez, a rapariga que me atendeu identificou-se como sendo assistente social da ACAPO de Viseu e que me tinha tentado ligar várias vezes por causa de combinar a hora a que me devia ir buscar. Contei-lhe o sucedido da primeira vez que liguei o mesmo número e a justificação que ela deu foi que teria havido cruzamento de linhas.

Bacorada do dia:
“Lucho Gonzalez, naturalmente, a acusar alguma falta de ritmo. Ele que esteve dois dias ausente dos treinos.” (duas semanas)

Saturday, April 08, 2006

Sessão fotográfica com gatos

Uma das coisas que eu gosto mais de fazer é de tirar fotos a animais e paisagens. Tenho fotos espectaculares de gatos, cães e sítios verdadeiramente admiráveis.

No prédio onde eu vivo existem dois gatos e uma gata. Um dos gatos é preto e branco. É muito engraçado! Ontem quando cheguei a casa estavam lá todos e, por isso, aproveitei para lhes tirar umas fotos. Depois andei a descobrir algumas das funções da máquina e vi que uma das inúmeras fotos estava demais. O gato preto e branco estava sentado à porta da casa onde eu estou a viver e parecia mesmo estar-se a fazer à fotografia. Eu mostrei a foto à minha senhoria que achou imensa piada e logo foi contar à filha e às netas que o gato ficou o máximo.

No post anterior nem falei no jogo entre o Benfica e o Barcelona. E lá se foi o sonho europeu do Benfica! Eu acho que se o Simão não tivesse falhado aquela oportunidade flagrante de golo o Benfica empatava o jogo e podia seguir em frente. E se o Beto não tivesse trocado os pés? São coisas do futebol!

Ontem vi uma foto que realmente não deixa ninguém indiferente. Lembram-se do vencedor da Volta a Portugal 2005? Pois ele e o irmão até impressionam de tão iguais que são. Encontraram-se na estrada e iam lado a lado. Se não fosse o facto de agora serem de equipas diferentes facilmente se confundiam.

Houve uma notícia que me deixou bastante contente: o Roy Sentjens vai regressar à competição depois de ter ultrapassado o problema de saúde que o afectou. Ainda bem que tudo correu da melhor maneira e o Roy pode prosseguir a sua carreira sem problemas. Quando as notícias são boas até nos deixam com outra moral.

Bacorada do dia:
“Conseguem jogar dominó porque ele está marcado a Braille” (está em relevo)

Unidos pelo Zé

É certo que as coisas não têm corrido bem no seio do nosso grupo. Alguns factores contribuíram para que se passassem coisas menos agradáveis que em nada contribuíram para a união entre as pessoas.

A exigência aumentou e muitos de nós temos algumas fragilidades, principalmente do ponto de vista psicológico e emocional, devido aos problemas que nos afectam. Eu por mim falo e sei que parte do que acontece se deve a isso e não a qualquer outra coisa.

Aqui dentro, todos temos as nossas fragilidades e limitações que devemos deitar para trás das costas. Há dias em que é difícil ultrapassar algumas barreiras e esquecer o que se passa no exterior. Isso também vai da natureza da própria pessoa e da maneira como encara a vida no seu quotidiano. Somos nove pessoas e cada uma vive a deficiência de uma maneira diferente. Há pessoas que aceitam bem o seu problema e que até brincam com a situação e outras para quem ter um problema visual é um autêntico degredo.

O Zé é uma dessas pessoas. Meteu na cabeça que não acompanhava os colegas nas aulas, que era inferior, que não conseguia, que só atrapalhava os colegas…sei lá…Isso levou-o a desistir- o que deixou toda a turma completamente arrasada e a culpar-se por ele ter tomado aquela decisão tão drástica. Havia que fazer sentir ao Zé que ele é importante para nós e que cada um é uma parte de um todo que não funciona convenientemente se lhe falta uma parte.

Havia que trazer o Zé de volta às aulas. Já havia saudades das suas histórias engraçadas, da sua boa disposição que contagia o grupo e da sua voz quente capaz de fazer de cada melodia uma canção especial, que chega ao mais profundo dos corações.

A turma toda uniu-se em torno do objectivo de fazer com que o Zé regressasse às aulas e voltasse para junto dos colegas que o adoram e respeitam. A missão foi cumprida! A união de um grupo que muitos julgavam desunido veio ao de cima e provou que tem força.

Wednesday, April 05, 2006

Emoções ao rubro

Logo as emoções vão ser fortes. É o tudo ou nada para o Glorioso. Independentemente da cor clubística, acho que toda a gente hoje devia ser benfiquista para bem de Portugal. É o prestígio da nossa Pátria que está em causa.

Ontem fiquei preocupada porque parece que o Léo sofreu um pequeno toque no treino. Esperamos que tudo corra bem e que ele jogue de início e sem problemas. É que o Léo é um elemento importante para a equipa. Ele e o Miccoli são, de momento, os jogadores em melhor forma no Benfica. Isto na minha opinião, claro.

Por falar no avançado italiano, parece que o Benfica ainda não exerceu o direito de opção sobre o jogador. É bom que se apresse! É que podem surgir outras equipas que poderão negociar o seu passe com a Juventos. Se o Benfica quer gastar o dinheiro que encaixou na Liga dos Campeões em reforços, primeiro tem de assegurar a continuidade do Miccoli. Eu tenho cá uma fé que ele hoje marca contra o Barcelona!

De continuidades ou abandonos também se fala na Rabobank. Li que a Saunier Duval fez uma proposta milionária ao Óscar Freire. Como se isso não bastasse, o Denis Menchov também termina contrato no final desta época. Também ele anda a ser assediado por outras equipas. Seria muito mau se estes dois excelentes ciclistas saíssem. Sei que a Rabobank tem ciclistas jovens que podem substituir os que saem, mas serão muitos a sair numa só época e logo atletas importantes. Tal como o Benfica no caso do Miccoli, também a Rabobank deve fazer os possíveis e os impossíveis para segurar o Freire e o Menchov. É importantíssimo!

Situação do dia:
Eu sou um zero a Matemática e os números provocam-me alergia. Ia haver uma reunião de formadores no mesmo horário da aula de Matemática. Como o formador se tinha de ausentar, deixou duas equações para nós resolvermos. Então não é que eu misturei os números das duas equações e andava ali a dar voltas à cabeça com aquelas contas. Perguntava aos colegas que são entendidos em números quanto é que davam as equações e não lhes dava- nem podia dar- os valores que me davam a mim. Só depois de estar meia hora às voltas com os números e de os meus neurónios estarem em vias de explodir é que reparei que estava a fazer uma grande salganhada.

Bacorada do dia:
“Uma palavra terminada em …ão que forme o feminino em …oa: Pão/broa

Tuesday, April 04, 2006

Deixar-se perder com o jogo praticamente ganho

A Académica deslocou-se ao terreno do Estrela da Amadora e cometeu a proeza de perder por 3-2 depois de ter estado a ganhar por dois golos de diferença. Foi um passo atrás dado pela Briosa rumo à manutenção. Estava o jogo a correr tão bem! Não havia necessidade de perder o jogo nos momentos finais.

A Rabobank continua a ser obrigada a alterar os alinhamentos das equipas que escolhe para as clássicas. Todas as semanas há doenças, lesões e situações imprevistas que levam a que o director desportivo não possa contar com aqueles atletas. O engraçado é que alguns ciclistas que estavam escalados para provas anteriores e não puderam dar o seu contributo à equipa- como foi o caso do Joost Posthuma- substituem os ciclistas que não podem competir esta semana. Melhor assim! É sinal que recuperaram das suas lesões e problemas de saúde. Moral da história: Não se podem fazer alinhamentos das equipas. Há sempre situações imprevisíveis.

Situação do dia:
A luz faltou aqui umas três ou quatro vezes. Não era o caso de faltar a energia eléctrica durante alguns minutos. A luz falhava durante um segundo e logo voltava. Para quem estava a trabalhar nos computadores como eu, era bastante desagradável porque, de cada vez que havia falha de luz, o computador reiniciava.

Bacorada do dia:
“Vinha a Polícia Marítima, a Guarda Costeira, duas lanchas…Estavam todos com medo que o barco não fosse ao fundo.”

Monday, April 03, 2006

Zé das ameixas

Fim-de-semana é sinónimo de Futebol. O Benfica ia jogar contra o Belenenses. Na época passada o Benfica tinha perdido no Restelo por 4-1. Esperava pelo Glorioso uma partida difícil, até porque o Belenenses precisa de pontos para não descer de divisão.

O jogo até nem começou bem para o Benfica. Aos benfiquistas que tinham acabado de jantar e não tinham comido sobremesa, Zé Pedro resolveu oferecer uma ameixa de excelente qualidade. Aliás, este jogador é mais um dos que dá tudo nos jogos contra o Benfica. Recorde-se que na época passada marcou dois dos quatro golos com que o Belenenses afundou o Glorioso.

Mas a história do jogo desta vez não se repetiu porque o Benfica tem um excelente jogador chamado Miccoli que desta vez foi titular. O jogador italiano marcou um golo de belo efeito. Alguns minutos depois o Benfica deu a volta ao resultado e caiu naquele jogo de menor esforço para enfrentar o Barcelona com uma maior disponibilidade física.

O Dia das Mentiras foi um dia normal. Não ouvi nenhuma mentira! Na rádio deviam ter dito aos adeptos do Benfica que o Ronaldinho se tinha lesionado frente ao Real Madrid e que não jogava contra o Benfica. Não. Podiam ter dito antes que ele estava em dúvida. Ele aparecia em campo no jogo e o pessoal nem notava se foi mentira ou não. Ao menos os adeptos encarnados ficavam contentes por momentos.

Uma coisa que eu preferia que fosse mentira, mas é verdade é a Rabobank alinhar em algumas provas com menos um ou dois ciclistas. Como se isso não bastasse, ainda há abandonos que acontecem por este ou aquele motivo. Tudo isto leva a que a equipa se apresente em desvantagem em relação às outras. Três ciclistas são insuficientes para aspirar a vitória final no ranking da ProTour. Apesar destas situações das quais ninguém tem culpa, a Rabobank conseguiu subir duas posições no ranking. É agora sétima.

O tempo está a aquecer e eu cada vez me sinto mais frustrada por não poder aproveitar estas excelentes condições climatéricas para treinar. Quando regressar há-de estar a chover!

Morte na estrada

Depois de uma semana que correu melhor que a anterior, regressei a casa na sexta-feira para um merecido descanso. Contudo, esperava por mim uma notícia menos agradável. A nossa gata cinzenta tinha acabado de morrer atropelada. A história conta-se em poucas palavras: a gata estava do lado de lá da rua à caça de algo. Dum rato, se calhar. De nada valeram os gritos da minha vizinha para a gata não atravessar no exacto momento em que passava o carro que a colheu mortalmente.

Foi mais uma vítima a acrescentar à longa lista de gatos que não respeitaram as regras de trânsito e sofreram as consequências do seu comportamento na estrada.