Monday, March 31, 2014

Uma luz que incomodava

Mais uma vez foi uma noite repleta de intensos e variados sonhos. Um denominador comum regia todos eles: estava sempre a ouvir música.

Do que me lembro com mais nitidez é de estar no meu quarto lá em casa a ouvir discos pedidos. Os estores estavam corridos mas entrava uma luz forte que me incomodava a ponto de eu ter de tapar os olhos. Tinha mesmo de os tapar bem. É que a luz teimava em se infiltrar e me incomodar.

Uma das músicas que passava era esta. Mas a versão era algo diferente. Sentada na cama, de costas para a janela, prometi não destapar os olhos enquanto esta música não terminasse.



Depois passou esta. Continuava desesperadamente a tentar proteger-me da luz mas sem êxito. Na rua passavam carros também, o que só me complicava a vida.



O melhor era mesmo acordar. Ouvia-se o comboio lá ao longe. Não sei que horas eram mas nenhuma luz invadia o meu quarto.

Em cima do armário

Estava eu debaixo da roupa a aquecer, quando de repente devo ter pegado no sono. Sintomas de paralisia do sono apoderaram-se de mim e eu resolvi aproveitar.

Subi até ao cimo do armário. Como eu normalmente atiro para lá com tralha, agora era uma boa oportunidade de lhe chegar. Fui-me agarrando às portas e, quando cheguei lá acima, simplesmente me sentei de pernas cruzadas a observar-me a mim mesma deitada na cama.

De referir que quando acordei estava na cama, não em cima do armário.

Sunday, March 30, 2014

“Lealdade Mortal” (impressões pessoais)


Música para isto!




Talvez este tenha sido o melhor livro destes de Nora Roberts até ver. Eu já tenho acusado aqui a escritora norte-americana de falta de acção nos seus policiais. Este tem-na.

A história começa com Eve Dallas a investigar aquilo que à primeira vista parecia um caso simples de homicídio passional. A mulher ciumenta soube que o seu dedicado marido a traía com outra, pegou na ferramenta que estava mais à mão (um berbequim)e espetou o marido adúltero na parede.

Mas algo não cheirava bem a Eve Dallas nesta história. O indivíduo era um homem dedicado à sua esposa, não tinha inimigos e não lhe são reconhecido excessos. De amantes nem sinal.

Ao mesmo tempo, Eve Dallas recebe comunicações de um grupo chamado Cassandra que ameaça rebentar com toda a cidade de Nova Iorque caso não sejam cumpridas certas exigências. Ainda ao mesmo tempo, o irmão da auxiliar de Eve Dallas vem para a grande cidade para fazer uns armários de madeira para a mulher do irmão do homem que morreu espetado com um berbequim na parede. O problema é que ele se apaixonou pela sua patroa.

Tudo isto são condimentos para uma grande história cheia de acção e de suspense. Nora Roberts pode continuar a escrever livros como este. Por acaso desta vez era também mais difícil adivinhar quem estava por detrás do grupo terrorista mas andei lá perto.

Há quanto tempo não leio eu uma obra de José Saramago? Há muito seguramente. Pois está na hora de ler mais uma. “Clarabóia”- o romance que Saramago deixou para ser publicado após a sua morte- é o livro que comecei já a ler.

Um cego total a fazer de meu guia

Será este o post do ano de 2014? É que este sonho é simplesmente incrível, surreal e completamente louco. O que o torna mais estranho é o realismo com que foi vivido. Posso dizer que ainda acordei a bufar, já a manhã ia alta. Não me preocupei. Preciso de descansar, pois esta semana que passou foi árdua em termos de trabalho.

A historia passa-se num campeonato internacional de Atletismo para deficientes visuais que decorreu na Holanda. Era o último dia de competição e já se recolhiam todos os adornos. A cerimónia de encerramento estava marcada para essa noite. Eu ajudava a recolher bandeiras e ia enfiando algumas na minha mochila para levar como recordação. Com tudo isto, perdi o meu casaco de fato de treino. Mas depois, no final do sonho, quando discutia para quem me quisesse ouvir, trazia-o vestido. Que engraçado! De referir que o casaco era azul e cinzento, como uma camisola que ainda devo ter lá por casa.

Preparavam-se já as coisas para o final de competição mas ainda havia provas nessa tarde. Por acaso elas decorriam num pavilhão amplo e pouco iluminado e não numa pista de Atletismo. Para o final estava marcada uma prova de mil e quinhentos metros em que eu participava. Os atletas iam todos à mistura. Homens, mulheres, todas as categorias da deficiência visual…era uma alegria.

Para além de ter estranhado o facto de ir tudo ao molho, ainda estranhei mais o facto de ir com um guia. Mas espera aí, já antes corri com guia, apesar de não ser obrigatório, especialmente em provas de meio-fundo e fundo mas era raro fazer essas provas. Só mesmo em provas combinadas. Eu fazia sempre corridas de velocidade. Bem, era uma prova de mil e quinhentos metros. Era uma prova de meio-fundo. Levava guia. O que não é normal é o guia não ver mesmo nada e eu ainda ver. O meu guia era o Ferreira. Fiquei indignada. Mas quem teve esta ideia peregrina?

Soou o tiro de partida e nós já ficávamos para trás. Eu correr agora só no parque da cidade e é para manter a forma. Agora no Inverno nem isso faço. Ficámos para trás e fomos logo dobrados. Ainda não estava concluída uma volta. Nós continuávamos que nem lesmas sobre o soalho do pavilhão.

Quando faltavam sensivelmente escassos cento e cinquenta metros para o fim, o meu guia parou simplesmente e puxou-me para trás. Disse que íamos a andar devagar demais. Subiu-me logo a mostarda ao nariz e não haveria Reiki nenhum no Universo que me fizesse ficar calma. Na vida real não me ralava se ele desistisse, simplesmente teria continuado sem ele mas tratava-se de um sonho.

Preparava-se tudo para os discursos finais, a cerimónia de encerramento e tudo mais. Eu levantei o dedo e disse que queria protestar e logo desci, peguei num microfone e disse todo o que me ia na minha alma indignada. Enquanto debulhava o meu discurso inflamado, ia pensando no Reiki, especialmente naquele preceito que diz “só por hoje sou calma”. Depois também pensei que uma situação como esta irritaria até Buda.

O Senhor Mário estava na mesa e eu comecei a discutir inicialmente com ele a perguntar quem tinha tido a ideia de colocar um guia cego para me guiar. Ele disse que tinha sido o pessoal de Lisboa. Eu estava indignada. Apetecia-me mesmo bater em alguém. Limitava-me a barafustar e a gesticular. O casaco de fato de treino que havia perdido estava com as mangas arregaçadas pelos cotovelos.

Aos berros e de lágrimas nos olhos, fui dizendo que nunca na vida havia desistido de nada, que era uma vergonha desistir, que não estava nos meus princípios. Desceu o Ferreira até onde eu estava. A minha raiva subiu. O Senhor Mário aparentava aquela calma que se lhe reconhece mas o Ferreira veio-me dar troco.

Disse ele que tínhamos desistido porque íamos a andar devagar demais. Que eu estava uma lesma, que não treinava há séculos e por aí adiante. Eu argumentei, já com a voz esganiçada. Repare-se bem no que eu debulhei durante este discurso bem inflamado! Sentia já a garganta a arder de tanto gritar e discutir.

Fui argumentando que apenas estava a participar na prova e que tinha de chegar ao fim. Que queria acabar a prova, pois era a minha despedida das pistas e não teria outra oportunidade de me redimir da imagem de fracassada que aqui deixava. Que não tinha tempo para treinar a sério porque tinha o meu emprego e era ele que me dava de comer. Que por vezes tinha de ficar a trabalhar para além da hora de saída porque havia coisas urgentes para fazer. Que agora até tinha as lojas da Linha de Sintra…Do que me fui lembrar!

Como referi, acordei ainda a bufar. Fiquei aliviada por se ter tratado de um sonho e depois comecei-me a rir mesmo a bom rir.

Antes havia sonhado com as minhas gatas que resolviam dançar na estrada. Ah e sonhei que comia carne crua como terapia. Dizem que esse sonho é tido quando o corpo precisa de comer.

Seja como for, dormi até às tantas.


Wednesday, March 26, 2014

Actividade onírica bem diversificada

Foi uma noite repleta de acção e de emoções fortes, apesar de bem dormida. Eram onze da noite e já eu me deixava vencer pelo cansaço de mais uma jornada de trabalho. Tinha planeado ler um pouco mas acabei por ir dormir.

O primeiro dos sonhos que aqui trago tem a ver com uma excursão organizada pela ACAPO a algures. Sei que era a bastante longe. Exibiam-se as últimas tecnologias em material electrónico que facilitaria a vida ao cidadão portador de deficiência visual.

Passados alguns dias teríamos de repetir a viagem. Partiríamos ao fim de uma tarde bem chuvosa. Estava a escurecer quando me despachei finalmente e já ia atrasada. Tinha estado a tirar a areia a umas sapatilhas pretas e brancas que tenho na realidade. Vesti à pressa também umas calças que me estavam largas e que teimavam em vir para baixo, até ao chão, sujando-se imenso.

Assim ia eu pela rua fora ao cair de uma tarde em que a chuva era persistente. Ia sempre a puxar as calças para cima para não tocarem o chão e ia sempre com cuidado, já com os pés molhados. Cheguei ao fundo da estrada nova e ouvi a minha irmã a chamar-me. A paragem era alguns metros mais abaixo.

Ela trazia um guarda-chuva claro. Era já noite e as luzes dos postes estavam ligadas. Ela corria em direcção à paragem. De vez em quando olhava para trás para ver se eu a seguia. Eu esforçava-me por a seguir mas não conseguia. As sapatilhas escorregavam-me na estrada molhada e as calças teimavam em não se segurar. Mesmo assim apanhámos o autocarro.

Depois acordei e voltei a adormecer. Na altura nem sabia que estava a sonhar. Tudo era bem real. Estava deitada como era suposto estar. O senhorio abre a porta sem bater e começa a procurar uma chave do quarto de alguém que eu pudesse ter levado por engano para dentro. Eu fiquei bastante irritada, pois estava a dormir e fui acordada assim de rompante.

Ele continuava a vasculhar em tudo. A chave tinha de aparecer. Eu sempre fui dizendo que nem tinha estado ali por aqueles dias mas ele insistia. Agora vasculhava gavetas. A minha fúria aumentava e ia dizendo com ar inflamado que dificilmente a chave do outro quarto estaria em alguma gaveta.

Não sei como foi ele desencantar uns óculos. Onde raios estavam? Não dava para os colocar na cara. A armação magoava imenso na zona do nariz.

Voltei a acordar. Tudo estava calmo. Talvez lá fora tenha havido barulho e eu assimilei-o inconscientemente. Já não é a primeira vez. Ainda dormi um pouco e sonhei com outras coisas até o despertador tocar.

Tuesday, March 25, 2014

Os degraus

Já não é a primeira vez que sonho com este local ou com um semelhante.

Havia festa na capela da minha terra e inúmeros turistas visitavam-na. Estava realmente muita gente. Parecia mais um santuário. Fui com o meu pai de motorizada até ao cimo do lugar. Demorámos uma eternidade a chegar ao fundo da ladeira. Coisas dos sonhos!

A tarde estava espectacular, cheia de sol e temperatura agradável. As pessoas envergavam os seus melhores trajes coloridos. Já se notava a animação no lugar. Eu ia subindo a ladeira mas ia anormalmente cansada e assim continuei. Coisas dos sonhos!

Envergando uma camisola que tive em tempos amarela e preta às riscas, juntei-me ao grosso dos turistas que ouviam a minha irmã discursar. Ela comandava as cerimónias.

Havia um grupo que vinha da ACAPO também para visitar a capela que no meu sonho mais parecia uma catedral ou um mosteiro. Não lhe faltavam os degraus ingremes. A certa altura, os degraus eram bastante estreitos. Havia parede de um lado mas nada havia no outro. Quer-se dizer, se acaso nos distraíamos, lá íamos por ali abaixo.

Estava com medo de passar ali porque aqueles degraus eram bastante estreitos e manhosos. Eis que passa à minha frente, como quem não quer a coisa, com passos bem seguros, o Luís Barata que sobe aqueles degraus com um ritmo bastante bom para quem não vê. Eu ainda fico ali especada a pensar na melhor maneira de subir aquilo.

Ainda sonhei com outras coisas. A noite até terá sido bem dormida.

Monday, March 24, 2014

Sonhando e voltando a sonhar com aves nocturnas



Não é admiração nenhuma sonhar com corujas ou com mochos a cantarem ou com uma segunda vida da minha avó. Eu é que não gosto de ouvir essas aves na vida real (porque dizem que são de mau agoiro) e parto do princípio de que nos sonhos também o são.

Consultando alguns dicionários, não há um consenso em relação ao significado destes sonhos. É melhor passa-los a narrar.

Bem, o primeiro tem lugar numa casa que não é a nossa. A minha avó está sentada de costas para uma janela aberta. A noite está agradável. É uma bela noite de luar. De repente, aquilo que no sonho eu apelidava de mocho começou a cantar no galho de uma árvore. A minha avó levou as mãos à cabeça preocupada com a eventualidade de morrer uma segunda vez. Ela era muito dos presságios e das premonições. Não me lembro de ter ouvido algum mocho ou alguma coruja cantar na véspera da sua morte. Ouvi sim o nosso cão a uivar.

Outro sonho foi experimentado tendo aves nocturnas como assunto principal. Estávamos na sala todos a conversar animadamente. Também lá estava a minha avó, por acaso. De repente ouviu-se algo na rua. Eu perguntei se aquilo era uma coruja e a minha mãe disse que sim. Abri a porta da sala de rompante. Também estava uma bela noite de luar. A coruja cantava para os lados da casa dos meus vizinhos. Era lá que também tinha parado um carro. Ela terá fugido quando o veículo parou. Deveria ter os faróis ligados e ela teve medo.

Neste segundo sonho, relatava o primeiro. É curioso. Já não é a primeira vez que acontece ter sonhos em noites consecutivas que se podem ligar um ao outro. Nestes casos, um é o sonho e o outro é a realidade.


Friday, March 21, 2014

Substituições que deram certo

O Porto foi ao terreno do Nápoles empatar a duas bolas e segue para os quartos de final da Liga Europa. Numa altura em que a equipa parecia não dar a resposta desejada, Luís Castro fez aquelas substituições que mudaram o rumo da partida.

O jogo começa com uma jogada de pértigo do Nápoles. Mangala que hoje é o capitão de equipa do Porto resolve a situação.

Sai uma potente ameixa não sei de quem do Nápoles e Fabiano tem de se aplicar.

Henrique remata ao lado. Foi um susto para a baliza do Porto.

Insignia remata fraco e sem perigo. Provavelmente terá pensado que estava fora de jogo mas nada foi assinalado.

Higuaim, que também aderiu à barba (ou não estivesse ele em Itália), remata para fora.

Há golo do Nápoles. De Pandev, creio eu. É mesmo. A eliminatória está agora empatada.

Quaresma tenta o remate de longe mas vai por cima.

Fabiano nega o golo aos jogadores do Nápoles.

Jackson cabeceia ao lado depois de um canto.

Mertens remata para as mãos de Fabiano.

Insignia tem um remate cruzado e Fabiano tem de se aplicar. Também parece que havia fora de jogo do pequenito jogador italiano.

Sai ali um remate de longe mas vai muito por cima.

Chega o intervalo com tudo em aberto em termos de discussão da eliminatória. A segunda parte vai ser decisiva.

Fabiano emenda um erro que cometeu com uma defesa astronómica. Depois Pandev ainda remata por cima.

É exibido o cartão amarelo a Henrique por travar Quaresma em falta.

Carlos Eduardo ia marcando o golo do Porto.

Fabiano nega agora o golo a Higuaim.

Danilo tira a bola a Pandev que já se preparava para voltar a fazer estragos.

Mertens remata de longe. Mais um susto.

GOOOOOLOOOO GHILLAS! Ele tinha entrado há poucos minutos para tentar fazer algo mais e cumpriu.

E Defour remata ao poste.

IH QUE GOLAÇO! Foi Quaresma, quem mais?

Ainda há tempo para o golo do empate do Nápoles que empatou o jogo mas não a eliminatória. O Porto segue em frente na prova.

Também a duas bolas empatou o Benfica em casa com o Tottenham e também segue em frente, apesar do susto causado pelo Jogador Número Vinte E Um da equipa inglesa e pela teimosia de Jorge Jesus por ter deixado Salvio em campo os noventa minutos quando o argentino se arrastava em campo por já não poder mais e não colocou Markovic no seu lugar. Desta passou. Se acaso Oblak não tem negado o golo aos ingleses nos instantes finais do jogo e Lima não tem convertido uma grande penalidade já nos descontos, o treinador do Glorioso SLB estaria novamente a ouvir das boas apenas e só por casmurrice.

Thursday, March 20, 2014

“Manuscrito Encontrado Em Accra” (impressões pessoais)



Esta é mais uma obra bem original de Paulo Coelho que sempre me surpreende pela versatilidade das suas obras. Cada uma é diferente da outra.

Desta vez, o escritor brasileiro traz-nos uma excelente adaptação de uma cópia do manuscrito encontrado em Accra. Ao transcrevê-lo, Paulo Coelho não se limita apenas a traduzir o que lá está, faz com que a mensagem flua e chegue ao nosso coração.

Ficamos com a sensação de que o Copta que naquele final de tarde falava em Jerusalém na véspera de ser invadida pelos Cruzados não falava apenas para aquele grupo de pessoas. Falava para nós também. Isso é muito interessante e é aí que reside a maravilha desta obra que acabo de ler.

A mensagem transmitida consegue passar e levar-nos a pensar apenas em coisas positivas, mesmo que estejamos à beira da catástrofe. Uma obra para ter à mão e reler sempre que algo nos preocupe ou sempre que estejamos em dificuldades de vária ordem.

Por falar em dificuldades, voltamos a Nora Roberts, a Eve Dallas e ao combate ao crime em Nova Iorque no futuro. “Lealdade Mortal” é o livro que passo a ler nos próximos dias.

Uma agradável manhã no Choupal



Esta semana ficámos aqui por perto. A caminhada decorreu no Choupal numa bela manhã já a adivinhar a Primavera.

A temperatura tinha subido um pouco e convidava a que já se andasse de manga curta na rua a aproveitar o Sol. Quem aproveitou para participar neste agradável passeio, acabou por ver recarregadas as baterias com toda a energia e vitaminas do Sol para mais uma semana de trabalho.

O percurso em si não teve dificuldade alguma. Deu para descontrair e aproveitar o dia maravilhoso que fazia.

Seguem algumas fotos que tirei. Não foram muitas mas sempre se aproveiram algumas.

Festival Da Canção 2014

E está escolhida a canção que nos vai representar na Dinamarca, no Festival Eurovisão 2014. Os Portugueses decidiram, está decidido. É esta.

Monday, March 17, 2014

“Glória Mortal” (impressões pessoais)



Ora bem, o que é que Nora Roberts nos traz desta vez? Um assassino que degola as suas vítimas com uma faca afiada. Que simplesmente se coloca na frente delas, sem que ela tenham tempo de reagir à sua presença e lhes abre a garganta de orelha a orelha.

A história passa-se em 2058, ano em que haverão transportes aéreos nas ruas, em que toda a gente estará contactável e em que, com um simples click, encomendamos comida. Fantástico! Mesmo assim continuam a haver crimes e criminosos. Ah, e evitamos de sujar toalhas. Há aquela maravilha do secador corporal para depois do banhinho.

Resta dizer que, ainda o livro não ia a meio, e já eu tinha acertado em quem era o assassino. Quando a psiquiatra traça o perfil deste criminoso, fico então sem dúvida alguma. Foi muito fácil.

Tirando aquelas habituais pausas na fluidez da história, a leitura desta obra foi bastante positiva. Teve emoção e suspense até ao fim.

Já há muito que não leio um livro de Paulo Coelho. Pois está na hora de ler ”Manuscrito Encontrado Em Accra”.

Num avião que explodiu no ar

Ler também “Noutra dimesão”

Ultimamente nas notícias tem-se falado muito de um avião que desapareceu misteriosamente e sem deixar rasto. Por incrível que pareça, o meu subconsciente absorveu essa informação e brindou-me com mais um daqueles sonhos em que eu alegadamente morri mas, ressuscitando ou coisa do género, ando por aí a contar a história.

Este tipo de sonhos deixa-me baralhada quando acordo e a pensar um pouco em questões existenciais. Alguns anos passam entre eles sem que nada aconteça. Aí em 2001 sonhei que tinha caído de um escadote de madeira. Dias mais tarde, na casa de forno, a minha mãe contou-me para meu espanto que eu tinha morrido.

Por outra vez, foi de um muro que caí e o desfecho havia sido fatal. Esse sonho está documentado aqui. Foi o que coloquei acima.

Neste sonho de que agora falo, fui fazer uma viagem de avião e ia a ouvir música animadamente enquanto olhava pela janela. De repente, uma imensa nuvem de pó aparece na janela e dá-se um embate muito forte. Depois surge o vazio.

Estou com amigos que me perguntam qual foi a sensação de ter vivido esses acontecimentos. Na verdade, não me lembrava de nada para além daquele embate e da nuvem de pó expeço.

Ora uma destas!

Friday, March 14, 2014

O jogão do capitão Luisão

Foi uma noite de sonho em Londres onde o Benfica derrotou categoricamente o Tottenham por 1-3. Luisão fez uma grande exibição e marcou mesmo dois golos.

Eis os apontamentos desta noite gloriosa.

O barbudo Sandro corta um contra-ataque rápido e perigoso conduzido por Sulejmani e já vê cartão amarelo.

A bola anda muito pelo ar. Isso só favorece os ingleses.

Sandro remata por cima.

GOOOOOLOOOO RODRIGO! O passe foi saboroso de Ruben Amorim.

O intervalo chega com o Benfica na frente por 0-1. Está a ser um magnífico jogo que nada fica a dever aos da Champions.

Adebayor remata para fora. Que perigo! Na resposta, Rodrigo remata por cima.

Ruben Amorim remata para a defesa do guarda-redes do Tottenham.

GOOOOOLOOOO LLUISÃO! Ele merece. Este lance vem na sequência da defesa de Lloris para canto naquele remate de Ruben Amorim. O Jogador Número seis do Glorioso SLB está nos dois golos.

Sílvio faz uma falta perigosa e vê um cartão amarelo que o impede de jogar na Luz na próxima semana. O livre é perigoso e é superiormente convertido no golo do Tottenham.

Fora do relvado, Adebayor recebe assistência.

De livre, o Tottenham volta a criar perigo. Oblak defende.

Lloris falha mas o Benfica não aproveita por Rodrigo.
Ruben Amorim vê cartão amarelo.

Vertonghen vê cartão amarelo e também não joga na Luz.

GOOOOOLOOO! Luisão outra vez.

Mesmo em cima do apito final do árbitro, Siqueira falha um golo quase certo. Mesmo assim é um excelente resultado para a segunda mão.

De referir que o Porto também derrotou o Nápoles em casa por 1-0. O golo foi de Jackson Martinez.

Participação modesta dos nossos atletas nos Campeonatos Continentais

Jamie Ching e Irina Cláudio participaram esta quarta-feira nos Campeonatos continentais de seniores do Maxithlon e não foram além de modestas prestações.

A maratonista Irina Cláudio é a primeira atleta portuguesa formada no clube a integrar um Campeonato da Europa e não foi muito feliz ao conseguir ficar em penúltimo lugar. Segundo a própria atleta, o desgaste acumulado já nesta fase da época contribuiu para a má prestação por terras gregas com 2.37.53.84, muito distantes da sua melhor marca do ano que é de 2.30.39.40.

Mais habituado a estas lides internacionais está Jamie Ching que não foi além do décimo sétimo lugar nos Campeonatos Continentais de África, Ásia e Oceânia que decorreram na Austrália ao concluir os cem metros em 12.24.

E assim se saldou a participação dos nossos atletas. Na próxima época temos uma grande promessa júnior em Martim Encarnação que promete pulverizar os recordes das provas de velocidade no nosso clube.


Thursday, March 13, 2014

Na Champions os árbitros também erram

O Barcelona segue em frente para os quartos-de-final da Liga dos Campeões depois de ter batido o Manchester City em casa por 2-1. Já antes fora a Manchester vencer por 0-2. As estrelas do Barça fizeram a diferença e o árbitro parecia alérgico a assinalar grandes penalidades mais escandalosas que algumas que não são assinaladas na Liga cá do burgo.

O Jogador Número Seis do Manchester City já trava Messi em falta sem que cartão algum lhe seja mostrado.

Fernandinho já vê o cartão amarelo logo nos instantes iniciais do jogo que já teve uma queda de Messi na área sem que fosse assinalada qualquer grande penalidade. E era mesmo grande penalidade. Não está aqui nenhum árbitro português. Penso eu que o árbitro deste jogo é francês.

Há perigo causado por James Milner na área do Barcelona.

A bola entra na baliza do Manchester City mas já tinha sido assinalado um fora de jogo a Jordi Alba. E parece que não estava fora de jogo. Mais um erro.

Por falta sobre Neymar, Kolarov viu cartão amarelo.

Iniesta viu amarelo? É que a falta foi dura. Que dirá Bruno De Carvalho se estiver a ver este jogo? Este árbitro já está a meter muita água e o jogo ainda nem chegou ao intervalo.

Sai cartão amarelo para Zabaleta por travar Iniesta em falta.

David Silva remata com perigo.

Neymar para fora.

Victor Valdez nega o golo ao Manchester City.

Neymar e Messi espalham o terror ali junto à baliza de Joe Hart.

Regista-se um nulo ao intervalo, apesar de o jogo estar interessante. Pena é este árbitro estar aqui já com erros grosseiros. Se ainda não houve golos, a culpa foi dele.

Entrado no recomeço da segunda parte, Dzeko obriga Victor Valdez a defender com aprumo.

Messi ao poste.

Outra vez Dzeko e outra vez Victor Valdez. Este duelo promete.

É a vez de David Silva cair na área. Nada é assinalado.

Fabregas vê o cartão amarelo por entrada fora de tempo sobre o guarda-redes Joe Hart.

Zabaleta para fora. Que loucura de jogo!

Sai mais um remate de Messi, dessa vez de meia-distância.

Pique tira literalmente o golo ao Manchester City.

E é golo de Messi, pois claro.

Xavi remata para Joe Hart defender.

Kompany vê cartão amarelo por travar Neymar em falta.

Há novo lance de grande penalidade que fica por assinalar. Desta vez foi Dzeko a cair na área. Zabaleta e Kompany protestam junto do árbitro e vão para a rua por acumulação de amarelos.

Fabregas remata para Joe Hart defender.

Afinal Kompany não foi expulso. Foi só Zabaleta que protestou uma grande penalidade que afinal existiu.

Kompany tanto não foi expulso, como faz agora o golo do empate para o Manchester City. Já vem tarde, digo eu.

Ainda há tempo para um golo de Daniel Alves que sentencia a eliminatória.

O jogo chega ao fim com o Barcelona a seguir em frente, como se esperava.

Oito anos

10 de Março é uma data especial aqui para o meu humilde espaço. É a data de mais um aniversário e já lá vão oito anos.

Tudo começou num final de tarde de 2006 nas instalações da ACAPO após andar de olhos fechados a tactear um muro.

A ideia de criar um blog já me vinha assaltando há algum tempo mas nessa tarde, véspera da viagem a Évora, foi materializada após ter criado o meu blog ao qual dei o nome de Toupeira.

Desde aí, muita coisa se escreveu, se partilhou, se relembrou. Ao longo dos tempos, fui inserindo novos conteúdos ao meu espaço. Os apontamentos dos jogos de Futebol que vejo na televisão, as impressões sobre livros e filmes, as recordações que as músicas me trazem e alguns contos foram conteúdos adicionados ao que sempre existiu desde a criação do meu blog.

Depois vão surgindo ideias novas, assim como quem não quer a coisa. Quando me lembro de alguma coisa engraçada que pensei, coloco aqui em prática. Pena que por vezes essas ideias luminosas me surgem quando não estou a escrever. Grande parte delas surgem mesmo quando vou pela rua, imagine-se. Depois logo acabo por me esquecer delas.

Seja como for, cá continuarei a debitar neste espaço tudo o que me vai na alma, na esperança que alguém leia, ou pura e simplesmente para ficar documentado algures.


Que bom é mexer em gatos!

Mais um fim-de-semana passado no aconchego do lar! Agora ultimamente têm sido poucos mas bons.

O tempo estava agradável para se desfrutar da Natureza e eu aproveitei para caminhar um pouco. A tarde foi passada a ouvir música no meu velho computador fixo que há muito não ligava. Ainda funciona.

À noite, sentada no sofá a ouvir o Festival Da Canção 2014, fazia festas à Feijoa que ronronava na sua máxima potência. Adoro fazer festas a um gato. Dizem os especialistas que ter um gato alivia o stress e a ansiedade. Concordo com eles.

O Domingo foi passado em família à volta da mesa onde o Cozido à Portuguesa fumegava na travessa e a minha irmã festejava o primeiro ano de casamento com doces iguarias.

No dia seguinte houve que colocar pés ao caminho bem cedo. Foi a primeira vez este ano que fui até à paragem da camioneta a pé e soube-me mesmo bem.


Thursday, March 06, 2014

Teste superado com distinção

Em jogo que decorreu no Estádio Municipal de Leiria, Portugal venceu categoricamente a selecção dos Camarões por 5-1. O apronto serviu para Paulo Bento testar novas nuances tácticas e promover as estreias a titulares de William Carvalho, Rafa e Ivan Cavaleiro. Cristiano Ronaldo marcou dois dos cinco golos e é agora o melhor marcador de sempre da Selecção com quarenta e nove golos. O anterior recorde de quarenta e sete golos pertencia a Pauleta.

O jogo começou com o estreante Rafa a rematar à baliza dos Camarões.

Há perigo ali junto à baliza de Beto.

Ronaldo também remata.

João Moutinho remata ao lado.

O Jogador Número Dez dos Camarões volta a criar perigo.

GOOOOOLOOOO RONALDO! Acaba de bater o recorde de Pauleta. Tem agora quarenta e oito golos apontados ao serviço de Portugal.

Rafa remata ao lado após excelente jogada de Fábio Coentrão.

Song está no chão porque levou uma sarrafada de William Carvalho.

E estala o verniz ali. Haverão cartões? E de que cor? Song e Fábio Coentrão vêem um cartão amarelo cada um.

Reclama-se grande penalidade a favor dos Camarões por alegada falta de Meireles sobre Eto’o. O árbitro manda seguir.

O exótico Jogador Número Dois dos Camarões remata fraco para a defesa de Beto.

E tanto ameaçou o Jogador Número Dez dos Camarões, que marcou mesmo. Ainda se reclamou fora de jogo. Estamos mesmo a chegar ao intervalo e regista-se uma igualdade a uma bola no marcador.

De livre, Ronaldo remata ao lado.

Por duas vezes no mesmo lance, o guarda-redes dos Camarões nega o golo a Portugal.

E enquanto escrevo, o guarda-redes da selecção africana volta a brilhar.

O Jogador Número Treze dos Camarões remata com algum perigo.

GOOOOLOOOO PORTUGAL. Foi Meireles assim como quem não quer a coisa.

E é mais um golo para a Selecção De Todos Nós. Desta vez foi Fábio Coentrão.

Edinho faz o quarto golo de Portugal após uma jogada de Ronaldo.

E Ronaldo marca o quinto golo de Portugal, o segundo neste encontro e quadragésimo nono do jogador madeirense ao serviço de Portugal.

Ainda há tempo para Eto’o rematar mas sem perigo.

O Jogador Número Dezassete dos Camarões remata ao lado mas o resultado já estava feito. Foi um bom teste para as nossas cores, especialmente na segunda parte. Também há a favor o facto de o seleccionador dos Camarões ter feito essencialmente substituições na zona defensiva da sua equipa, o que a destabilizou bastante.

Antes deste jogo, os sub-21 venceram em Barcelos a Macedónia por 2-0 rumo ao apuramento para o Europeu 2015.




Wednesday, March 05, 2014

A carrinha nova do meu pai

Tanto tempo sem ir até casa, já me admirava que não surgissem sonhos do calibre deste que passo a contar.

Pela enésima vez, sonhei que estava na rua ao início de uma tarde algo nublada. Olhei para cima da ladeira e vi algo preto e branco que já se contorcia na estrada, provavelmente atingido por um veículo que não tinha visto passar.

Vinha uma longa fila de veículos atrás uns dos outros que desciam vertiginosamente a ladeira, sem tempo de travar. O primeiro deles, vendo algo a contorcer-se na estrada, para não lhe tocar, travou a fundo. Os veículos que vinham atrás já não foram a tempo e isto resultou no facto de os veículos irem todos ter ao fundo do pequeno quintal que fica junto à casa da minha vizinha.

Do amontoado de latas retorcidas que ali estava, fazia parte a novíssima carrinha de tons avermelhados que o meu pai havia comprado recentemente, imagine-se. Estava simplesmente partida ao meio.

Parece que, apesar do aparato, não houve vítimas a registar. Quanto ao ser preto e branco na estrada, parece que era um pequeno cão e não a Teka.


Tuesday, March 04, 2014

Quem mandou reclamar?

Este é mais um sonho sobre escadas em mau estado. Neste caso eram mais os degraus para subir para o autocarro que, pura e simplesmente, estavam rachados ao meio, causado naturalmente graves problemas de segurança.

E ainda por cima o autocarro era para uma excursão da ACAPO. Pior ainda. Não se podia mesmo subir ou descer por tais degraus. Ninguém disse nada, ate que eu entrei e comecei a mandar vir com o condutor da camioneta e com quem me quisesse ouvir. Disse que isto não era autocarro que se apresentasse aos deficientes visuais, sujeitos a se magoarem.

O condutor logo começou a olhar para mim de lado e a murmurar impropérios contra a minha pessoa baixinho. Fui para o meu lugar e adormeci.

Quando acordei, estava sozinha no autocarro e não sabia onde ia. Perguntei ao condutor e ele continuava a mandar vir comigo. Foi mesmo por vingança que não me chamou.

Acordei. Ainda era cedo para me levantar. Também não ia para lado nenhum.

“Never Again”- Classix Nouveaux (Música Com Memórias)



É de madrugada. Encontro-me na cama a ouvir música. Não trabalho, logo não me tenho de levantar cedo. Tudo corre bem, até que passa uma música que simplesmente me causa arrepios e umas tenebrosas lembranças.

Passo a explicar a aversão que tenho a este tema. Penso que não é demais repetir que associo músicas a tudo e mais alguma coisa. Pois bem, no caso desta, foi associada a um acidente horrível de um familiar afastado.

Não sei bem narrar o que aconteceu. Na altura teria aí uns oito ou nove anos de idade (andava na escola primária) e tudo se terá passado também por alturas do Carnaval. A minha mãe veio da mercearia lá da terra com as cartolinas para fazermos as máscaras na escola e contou à minha avó que tinha morrido alguém da família do meu pai (um primo?) chamado Abílio ou Virgílio (um nome desses). Sei que tanto a minha mãe, como a minha avó o conheciam. Não tenho dúvidas de que ele fosse da família do meu pai e não da minha mãe mas, tanto a minha avó paterna, como o meu avô paterno, tinham uma família bem numerosa. Há primos do meu pai que são filhos de irmãos da minha avó que mal conhecemos. Talvez este fosse um deles.

Sei que a minha mãe e a minha avó comentavam a sua morte que se deveu a um horrível e brutal acidente de trabalho. Pelo que me lembro, o nosso parente terá caído acidentalmente numa máquina de moer madeira (ou papel) para os lados da Figueira da Foz (se bem me lembro). Só deram pela ocorrência quando era tarde demais.

Lembro-me de a minha irmã pegar numa das cartolinas que a minha mãe lhe comprou e ter comentado que para o ano não queria nenhuma cartolina, pois estariam cheias de sangue que viria misturado no papel.

Na altura devia passar muto este tema na rádio e por isso o associei a este acontecimento. Como a minha irmã adoeceu no dia do funeral desse parente, penso que só o meu pai compareceu. Lembro-me de a certa altura, por curiosidade mórbida, terem perguntado como era o caixão. Então não sei quem disse que naturalmente estava fechado e tinha uma fita preta, uma amarela e uma vermelha a alertar que não o abrissem. Naturalmente o corpo estava muito mutilado, ou mesmo esmagado pela máquina. O meu vizinho tinha uma mochila que tinha umas tiras exactamente dessas cores. Foi assim mais ou menos que a minha mente de criança imaginou o caixão.

Tudo isto foi associado a esta música que agora escuto. Memorias rebatidas e arrepiantes povoam o meu espírito, talvez por terem sido vividas ainda criança. Se me contassem isto hoje, talvez tivesse outra bagagem para não me assustar ou recordar estes acontecimentos com este quê de assustador e tenebroso mas já se sabe que a mente infantil é mais susceptível de viver estes acontecimentos de outra forma.

Admiro-me de, ainda hoje, não deixar de me arrepiar quando ouço isto e imediatamente associo a tais acontecimentos. Eu, que vejo e leio tanta coisa propositadamente e não me assusto assim tão facilmente.

Sob condições difíceis



Desta vez não tivemos sorte nenhuma com o tempo. Também já era sorte a mais termos a semana toda com chuva e a caminhada com sol, como sempre aconteceu nesta época. Desta vez, quando precisávamos de bom tempo, eis que se nos depara uma chuva persistente que nos dificultou o já de si moroso percurso.

Quando se fala em Lousã, já se sabe que vêm aí dificuldades. Nessa terra não há caminhos a direito. Ou há subidas muito íngremes, ou há descidas vertiginosas, ou há penhascos e ribanceiras…já se sabe com o que se conta quando se vai caminhar para a Lousã.

Talvez esta tenha sido a caminhada mais dura que fiz até hoje. Havia uma subida muito longa em estrada e mais algumas se seguiram muito a pique. Também houve trilhos bem enlameados e escorregadios a descer mas tudo isto se fez e foi concluído com êxito, apesar de a roupa molhada pesar toneladas.

A chuva não deu tréguas nem por um momento. Foi mesmo do princípio ao fim da caminhada. Foi para compensar as molhas que não apanhámos antes. Também esteve algum nevoeiro.

Dadas as condições em que foi feita esta caminhada, as fotos que tirei foram muito poucas. Restam algumas para aqui colocar.


“Descida Ao Inferno” (impressões pessoais)






Como prometi, depois de ter lido o livro de Pinto Da Costa, debrucei-me sobre a leitura do livro de Carolina Salgado ”Descida Ao Inferno” que narra a saga da antiga companheira do Presidente do Porto para se livrar das armadilhas que este lhe prepara depois do corte de relações e do desmascaramento daquilo que todos desconfiávamos que existia e hoje já está mais que provado (mas não condenado)- a corrupção no Futebol Português.

Depois do seu livro “Eu, Carolina” a antiga companheira de Pinto Da Costa, escreve uma obra em que relata as ameaças que sofreu, os esquemas engendrados pelo presidente dos tripeiros e como este se livrou da Justiça.

Tal como no outro livro, Carolina Salgado também nos brinda com autênticas pérolas que nos fazem rir às gargalhadas. O momento alto desta obra é quando ela conta que Pinto Da Costa não teve qualquer tipo de respeito seja por quem fosse e soltou flatulências em plena sala do Tribunal. De ir às lágrimas!

Carolina Salgado também narra ao pormenor os preparativos de Pinto Da Costa para um exame aos intestinos. Aliás, deixo aqui a sugestão para que o próximo livro da antiga companheira de Pinto Da Costa seja apenas e só sobre as actividades intestinais do Presidente do Porto. Ia fazer grande sucesso.

Ah, também se fica a saber que o Todo-poderoso Presidente dos Tripeiros usa meias rotas…ou usava antes de conhecer Carolina Salgado. Magnífico!

Bem, no meio de tudo isto, fica a sensação de impunidade que grassa neste País. Toda a gente sabe que sempre existiu corrupção no Futebol Português, que Carolina Salgado fala a verdade mas ainda se continua a não punir quem já deu provas de ter cometido o crime.

Por falar em crime, vou agora passar a um daqueles policiais de Nora Roberts passados no Futuro e com Eve Dallas como protagonista. “Glória Mortal” é o livro que vou ler seguidamente.

Ah, a música que segue acima neste post foi mencionada por Carolina Salgado nas páginas finais do seu livro. Ela revê-se na letra. Procurei-a e incluí-a neste post.


Na Lousã sem material, nem preparação

Teremos uma caminhada dura no próximo Domingo na Lousã. Aproveitei o Sábado para descansar bastante. Tanto descansei, que acabei dormindo até às quatro e um quarto da tarde. Isso mesmo. Vá, também me deitei tarde como o raio. Estive a ver vídeos, quando dei conta, já eram mais de três da manhã.

Não admira que tenha sonhado com muitas coisas. Do que eu me lembro mais é das minhas tropelias na caminhada que iria acontecer no dia seguinte na Lousã.

É incrível! É a segunda vez que sonho que não levo material para a caminhada. O curioso é que neste sonho faço alusão ao outro. Como é fascinante a mente humana! O outro sonho já foi sonhado há muito e dava conta da falta da minha mochila que esqueci em casa.

Sonhei que o caminho era sinuoso e que havia imensas escadas. Fazia-me falta o bastão e, para tirar fotos, só trazia o telemóvel que viria a avariar por obras misteriosas. Estava desolada. O caminho também não ajudava.

Bem, como irão ter oportunidade de ler mais à frente neste blog, a caminhada teve história para contar, especialmente pelo facto de ter sido feita debaixo de chuva. Não consta que me tivesse esquecido de alguma coisa.

“2 Filhos De Francisco” (impressões pessoais)



Esta foi já a segunda vez que vi este flime que narra a história de vida da dupla romântica Zezé Di Camargo e Luciano, da qual gosto imenso.

Encontrei este filme por acaso quando estava há procura daquele tema do Leonardo (essa saga da busca por essa música está aqui narrada no blog).

Já tinha ouvido falar deste filme. Foi o meu psicólogo que o viu e falou-me um pouco sobre ele. Sendo grande admiradora de Zezé Di Camargo e Luciano, prestei toda a atenção. Na altura ele tinha-me resumido o filme. Não o ia estragar porque hoje todos sabemos o desfecho. Zezé singrou na vida e realizou o sonho do pai que lutou arduamente para o realizar.

Neste filme gostei particularmente da performance do jovem Dáblio Moreira que interpretou excepcionalmente bem, no meu entender, o papel de Zezé enquanto jovem. O outro miúdo que contracenou com ele (Marcos Henrique, que hoje faz dupla com o irmão) também não esteve mal mas o Dáblio Moreira canta muito bem, ainda hoje.

Aliás, este jovem participou na novela “Chamas Da Vida” que eu acompanhei, onde interpretava o personagem “Demorô”. Lembro-me de uma cena em que ele estava em cativeiro, sequestrado pelo violador “Lipe” que foi preso e o deixou a morrer à sede num barracão, com música alta para que ninguém ouvisse que ele lá estava. Sem água, “Demorô” teve um sonho em que chovia e ele estava junto a um riacho de água límpida. Eram-lhe apresentados imensos copos com água em cima de uma mesa e ele ia bebendo enquanto tocava viola e cantava uma música, salvo erro dos Paralamas do Sucesso, que falava de chuva e de água. A interpretação musical era excelente.

Depois quando estava a ler na Wikipédia sobre a novela e o elenco, vi que ele tinha participado neste filme de que agora falo e que representou a personagem do Zezé. Eu pensei que ele tinha feito de Zezé já adulto mas não. Ele ainda era pequenito quando gravou o filme. Não se fica nada atrás do talento do Zezé.

Adorei este filme, não só por gostar das canções de Zezé Di Camargo & Luciano, mas pela sua história em si. Uma história verdadeira que mostra a persistência de Francisco (pai dos protagonistas) e toda a luta empreendida para que os sus filhos chegassem ao sucesso actual.

Sei que estão a pensar também fazer um filme sobre Leandro & Leonardo. Também espero ver quando esse filme chegar ao Youtube. Para já, e enquanto isso não acontece, há um documentário que também está excelente.




Freira maluca destrona bruxa pouco convencional e Gabriel vestido de mulher

Decorreu a nossa festa de Carnaval nas instalações da ACAPO. O frenesim para mascarar toda a gente começou-se a notar ainda a noite não tinha caído completamente sobre a cidade de Coimbra.

Uns ofereceram-se voluntariamente para se mascararem e participarem na festa, outros foram empurrados por amigos e familiares para entrarem nesta divertida brincadeira.

Antes da festa propriamente dita, houve uma espécie de jantar volante organizado pelos formandos para nos dar forças para conseguirmos uma grande prestação no concurso de disfarces.

No salão havia música alegre e muita cor, até porque muitos dos participantes ainda se foram disfarçar. Foi o meu caso. Eu tinha comprado um chapéu preto, tipo veludo, e uma vassoura. Depois usei roupa preta do meu dia-a-dia. Precisava apenas de pintura e de uma espécie de capa que surgiu improvisada de saco de lixo. Assim nasceu a “Varredora de Almas”- nome que dei à minha personagem para o concurso.

Com toda a gente pronta para ir a votos, a festa começou. O concurso foi dividido nas categorias de crianças e adultos. Gabriel, que após muita insistência da filha lá se mascarou de mulher, arrecadou o terceiro prémio. De sapatos altos, não se fartou de dançar ao som da música que ia passando.

O segundo prémio foi para o Senhor Armando que se disfarçou de uma bruxa pouco convencional.

O primeiro prémio foi para o Senhor Moreira que se disfarçou de freira e pediu alguns minutos da atenção da plateia para se queixar do comportamento do padre. Isso valeu-lhe a vitória.

A festa prosseguiu com a animação no Salão e com muita música mexida. Rebentado o último balão amarelo que enfeitava o salão, houve que regressar a casa, antes que os autocarros rareassem.

Valeu pela animação e pelos momentos divertidos depois de uma árdua semana de trabalho. Soube mesmo bem!