Wednesday, July 31, 2013

Sun Lover


Farta de ouvir falar nesta bebida que, aparentemente opera o milagre do bronzeamento perfeito e brilhante, tenho comigo uma lata do referido néctar milagroso para provar. Fervo de curiosidade só para provar isto e ver a que sabe.

Expectativas? Deverá saber a todos os tipos de alimentos e mais alguns que estimulem a pigmentação da pele. Se é doce ou salgado, só poderei aferir depois do primeiro trago. Dizem que tem poucas calorias. Talvez seja á base de sumo de cenoura que dizem que faz bem ao bronzeado.

Cá vou eu experimentar esta bebida que nunca provei antes. Abri a lata. A bebida cheira bem. Penso que não será muito diferente daqueles Santal de cenoura. Vamos então ver a que sabe sem mais delongas.

Não é má. Faz lembrar os Isostar. Terá pouco açúcar e terá cenoura, como suspeitei. Bebe-se.

Se não tem calorias e faz bem ao bronze, então que se beba! Estou a pensar comprar umas latas disto para as férias. Digamos que agora o bronzeador se bebe.

Agora que já só resta um último gole no fundo da lata, considero esta experiência positiva.

Ah, agora lembro-me. Não é a primeira vez que provo alguma coisa e escrevo ao mesmo tempo. Aconteceu o mesmo aqui há uns anos com o pão de azeitonas do Pingo Doce e com o Alpro Soja.

E por que não me lembrei eu de fazer o mesmo com o iogurte Grego? Não me lembrei. Shame on me!

Quando a tarde termina e a noite começa

Este é mais um sonho com alguma dose de loucura à mistura. Qual é afinal o sonho que não tem certa dose de loucura?

O cenário inicial e a minha casa. Estava a anoitecer quando a minha mãe se apercebeu de que se havia reacendido um pequeno incêndio que havia deflagrado dias antes junto ao portão do quintal.

Com a azáfama que se ia seguir, havia que chamar as gatas para dentro de casa, especialmente a Adie que andava no meio da estrada e que por pouco não ficava debaixo de um carro. Enxotei-a para dentro mas ela teimosamente me escapava e voltava sempre para o lado da estrada. Estava furiosa com tamanha teimosia.

Olhei para o quintal. Já estava mais escuro e o fogo já deflagrava com grande intensidade. Os estalidos e o rugir das chamas eram muito reais.

Agora entra novamente em cena a minha colega com quem sonhei há duas noites atrás. Desta vez estava ela em Coimbra numa sala desconhecida onde eu também estava. Como só havia um autocarro que a levava ao seu destino, ela tinha de ficar até às sete da tarde para depois regressar a casa. Pela frente ainda tinha uma longa viagem.

Fazia este trajecto todos os dias até Coimbra. Devia ser uma enorme canseira mas ela lá estava na sala a fazer tempo. Envergava uma camisa esverdeada e umas calças pretas.

Decido ir com ela naquele final de tarde. Depois de nos termos apeado, percorremos um trilho estreito com arbustos que nos ocultam. Sabe mesmo bem caminhar ali. O terreno é bom. Ela caminha sempre à minha frente e bastante rápido. A princípio esforço-me bastante para não a perder de vista nas sinuosas curvas e nos arbustos densos. Depois eu recupero e ultrapasso-a quando o terreno sobe ligeiramente.

Chegamos até junto de uma praia onde estão dois autocarros estacionados. Um deles regressa a Coimbra. É esse que tenho de apanhar e voltar atrás. Pela bela paisagem que se deparava à minha frente, já valera a pena ter feito aquela loucura. O por do sol era de um vermelho esplêndido como nunca antes tinha visto igual. A areia era convidativa e o mar estava calmo. Pensei tirar uma fotografia mas tive medo que o autocarro se fosse embora. Alguém tirava fotos lá na praia. Vi um flash ao longe. Dirigi-me para junto do autocarro onde estava o condutor à porta. Entrei e preparei-me para regressar. Iria chegar tardíssimo a Coimbra mas estava feliz com o que tinha visto ali.

O mesmo gatinho

Não sei o que isto significa mas os meus sonhos ultimamente andam a ser povoados por um pequeno gatinho preto e branco, muito pequenino mesmo. Sei que é um símbolo mas não estou a ver o que ele possa representar.

Depois de ter provocado ondas gigantes, desta vez o gatinho tem um ar mais inofensivo. Numa das fases do sonho de que me lembro, ele dormia enroscado lá em casa em cima da cama por fazer da minha irmã. Estava feito uma bola a dormir em cima do lençol.

Coloquei-lhe a mão em cima para lhe fazer uma festa mas ele acordou estremunhado de tal forma que saltou e eriçou-se todo. Achei imensa piada.

Ah, aguardem o próximo post, a minha colega que me preenchia os papéis para a reforma também vai entrar de novo em acção.

O gatinho, as ondas gigantes e a papelada para a reforma

Por onde começar com a loucura? Talvez explicando que sonhei sempre com a mesma pessoa- uma colega de trabalho. O que significa isso?

Vamos aos factos! Inicialmente o protagonista dos meus sonhos era um pequeno gatinho preto e branco Digamos que era uma miniatura da Teka. Esse gatinho tinha um dom especial. Sempre que ele era visto ou aparecia em algum lado, o mar logo se agitava em ondas enormes como nunca se viram antes.

Até podia estar um belo dia de calmaria marítima, o pequeno ser aparecia e logo se formava uma onda da qual mais valia fugir e não era para qualquer lugar. Tinha de ser para um sítio bem elevado.

Acordei e logo me veio a ideia de aprofundar isto para um conto de terror. Um pequeno gatinho a provocar ondas gigantes que tudo levavam? Ia ser demais!

Demais foram também os sonhos que tive sempre com a mesma pessoa. Sonhei que afinal tinha mudado para o pé dela. Não estava apreensiva tal como da outra vez quando sonhei que tinha ido parar à Póvoa de Santo Adrião e tinha medo de andar na rua. Ali é tudo malta sossegada e consta que há lá praia nas redondezas, o que é bom.

Envergando uma bata branca daquelas da parafarmácia mas sem mais nada por baixo, a minha colega trabalhava normalmente, ocupando-se em preencher…os meus papéis para a reforma.

Depois já não envergava a bata branca, usava uma camisola vermelha ou lá o que era mas continuava a preencher papéis.

Acordei e voltei a adormecer. Voltei a sonhar com ela. Com tanta loucura junta, sempre é melhor que os ditos papéis para a reforma sejam realmente preenchidos.




Sunday, July 28, 2013

Introdução ao tango



A Delegação da ACAPO de Coimbra foi palco de um workshop de Tango.

Eu e alguns dos meus companheiros estivemos presentes e pudemos aprender algo sobre esta dança proveniente da Argentina.

Ao longo de uma hora e meia, todos nós tivemos uma tarde diferente e bem passada a aprender algo sobre o Tango e experimentámos a dançar um pouco.

Ficou a promessa de novas iniciativas como esta, o que se saúda, e houve um entusiasmo bastante aceitável de alguns participantes em aprender a dançar, a tocar um instrumento musical ou mesmo a cantar.

Quanto a mim, gostei bastante desta aula. Serviu para aprender e para descomprimir.

Um novo incêndio

Agora reparo que isto se dá, por coincidência, na véspera de um grande desastre ferroviário em Santiago de Compostela onde morreram imensas pessoas. Este sonho também envolve comboios e fogo mas não houve vítimas, apenas danos materiais a lamentar.

Sonhei que ia com a minha mãe apanhar o comboio à Mealhada. Julgo que nunca na vida real ali apanhei tal transporte ferroviário mas os sonhos são assim.

As plataformas de madeira que serviam para atravessar as linhas estavam em muito mau estado e podiam ruir a qualquer momento. Eu estava com medo de ali passar porque podia cair.

O que eu temia veio a acontecer. Uma estrutura dessas de madeira que estavam a ameaçar desmoronar acabou por ceder. Não caí para os carris mas sim para um valado cheio de água. Senti mesmo a água fria entranhando-se no meu corpo como se fosse real.

Quando regressámos pelas sinuosas plataformas de madeira que rangiam a cada passo que dávamos, não vimos o comboio. Foi anunciado que ele estava a arder. Já tínhamos deixado os nossos pertences lá dentro. Perdi tudo. Estava desolada, pois fiquei sem documentos.


Empate a três e vitória nas grandes penalidades

Foi esta a sina do Sporting nesta noite de Domingo, fosse com a equipa principal no Canadá ante o Peñarol do Uruguai, fosse no Estoril ante a equipa da casa fazendo alinhar a sua Equipa B.

É este jogo entre o Sporting B e o Estoril que vamos naturalmente acompanhar.

Um erro de Wagner faz com que Betinho marque o golo do Sporting logo aos dois minutos.

Este João Pedro Galvão é o mesmo que foi corrido aqui há uns anos do Guimarães com um processo disciplinar? Se bem me lembro, num jogo contra o Benfica, foi substituído muito cedo na partida e reagiu mal, pontapeando uma bola com força contra um dirigente vimaranense que se encontrava no banco de suplentes. Agora tem uma segunda oportunidade de limpar esse mau momento. Aparece aqui no Estoril e está a jogar bastante bem.

Por protestos, João Mário vê o cartão amarelo.

Há agora um remate do Jogador Número Dezassete do Estoril.

De cabeça, Ruben Fernandes empata para o Estoril. Estamos com vinte e sete minutos de jogo.

Já cheirava intensamente ao segundo golo do Estoril que surge agora por Carlitos.

Há ali molho. Vamos a ver se há cartões. Surgem três amarelos para Esgaio do Sporting e para Sebá e João Pedro (que não é o Galvão) do Estoril.

Chega o intervalo para que toda a gente possa acalmar um pouco, molhar a cabeça com água fria e relaxar. O resultado é favorável à equipa da casa por 2-1.

Carlitos começa desde logo por rematar no início da segunda parte.

Quase que era autogolo de Sambinha num atraso desastrado para Golas.

Foi por pouco que Betinho não fez o segundo golo.

De livre Tiago Gomes permite a defesa do guarda-redes do Sporting.

Sebá aponta agora o terceiro golo do Estoril.

Acabado de entrar, Gerso obriga Golas a aplicar-se.

Galvão à trave. Até fez eco no estádio.

Ruben Fernandes quase que marcava também o segundo golo da conta pessoal neste jogo.

O presumível segundo golo dos leões é anulado a Iúri Medeiros por fora de jogo.

Agora o golo vale. É o segundo golo de Betinho também na partida.

O Sporting ameaça o terceiro golo.

Golas nega o golo a Gerso.

Iúri Medeiros empata agora o jogo a três bolas.

O Jogador Número Sessenta E Oito do Sporting está no chão. Assim que se levantar, verá o segundo amarelo e irá para a rua. Falta pouco para terminar o jogo também.

A pensar nas grandes penalidades, e de forma algo insólita, o Sporting faz entrar o Jogador Número Sessenta E Um que é guarda-redes.

O empate a três bolas subsiste. Vamos para as grandes penalidades também neste jogo. Esgaio é o primeiro e converte.

Anderson falha a grande penalidade para o Estoril e o Sporting vence assim a Taça de Honra da Associação de Futebol de Lisboa. É bom que vá vencendo uns trofeuzitos na pré-temporada. Quando começarem as conquistas a doer outros emblemas se suplantarão a eles.




Nulidade completa

A jogar com a Equipa B, o Benfica classificou-se em terceiro lugar na regressada Taça De Honra da Associação de Futebol de Lisboa, suplantando o Belenenses no recurso a grandes penalidades depois de um jogo que foi uma nulidade completa.

Ruben Pinto começa por ter aquilo a que se pode chamar o primeiro remate do desafio.

Sai mais um remate do Jogador Número Setenta E Sete do Glorioso SLB que é outra vez o Ruben Pinto.

Vai coradinho, aquele jogador islandês do Belenenses. Este sol cá do burgo deve-lhe queimar bastante a sua delicada pele de nórdico.

Matic, o irmão do nosso craque, exibe-se. Se não fosse mais baixo, e não tivesse o Cinquenta E Cinco na camisola em vez do Vinte E Um, íamos jurar que era ele. Bem, está a jogar um pouco mais à frente.

Como podem ver, nada aconteceu nesta primeira parte. Naturalmente regista-se um nulo no marcador mais do que justo.

Um jogador do Belenenses que entrou no início da segunda parte rematou para colocar Paulo Lopes em apuros.

Daniel Martins cria perigo através de um híbrido entre cruzamento e remate.

O Jogador Número Dezassete do Belenenses remata com perigo à baliza de Paulo Lopes.

Roderick à trave.

Filipe Mendes volta a aplicar-se. Creio que foi outra vez Filip Markovic.

Parece que Duarte Machado viu o cartão amarelo.

Deiverson quase fazia o golo do Benfica.

Lesionado, Nélson Semedo continua em campo para que o Benfica não fique a jogar com dez unidades. É por ali que o Belenenses está agora a criar perigo.

O jogo termina com a mesma nulidade no marcador, embora a segunda parte tenha sido mais movimentada do que a primeira.

Vamos para as grandes penalidades. Começa Matic a defrontar Filipe Mendes. O guarda-redes do Belenenses defende.

Paulo Lopes também se opõe a Fernando Ferreira.

Nas grandes penalidades decisivas em que ninguém pode falhar, Paulo Lopes defende a grande penalidade de Daniel Martins e o Benfica sagra-se terceiro classificado na Taça de Honra. Para logo, Estoril e Sporting discutirão a vitória.


“Terror Sobre Rodas” (impressões pessoais)



Fora um dia bastante árduo de trabalho em que muito se labutou. Chegada a casa, apetecia-me ver um filmezinho para descomprimir. A escolha recaiu sobre a produção australiana no que concerne aos filmes de terror.

Bem, e os Australianos acabam de encontrar a solução para os combustíveis caros ou para a presumível extinção destes. Como a gasolina está em vias de extinção e está muito cara e o gasóleo está também pela hora da morte, nada melhor que encontrar alternativas. Vejam bem qual é o combustível de que se alimenta este veículo de grande porte. Enquanto houver seres humanos, o combustível para ele está sempre garantido.

Outrora este veículo fora movido a combustível convencional. Depois foi engenhosamente modificado para se alimentar de seres humanos. Um belo argumento e uma bela ideia, sem dúvida. A sua colocação em prática não é eticamente possível, só mesmo num filme para assustar quem for susceptível de ser assustado.

Gostei deste filme. O seu final antevê que a saga deste veículo pesado de grande porte possa continuar com outros protagonistas.


Monday, July 22, 2013

“Um Livro É Um Amigo” (impressões pessoais)


Ao comprarem esta obra que se encontra à venda nas instalações da Delegação de Coimbra da ACAPO e também esteve á venda no Festival “(In)Capacidades Sem Limites” estão a ajudar a instituição a enfrentar a crise que a assola.

Esta obra é uma compilação de poemas e contos premiados ao longo das edições do concurso “Um Livro É Um Amigo” que já não se realiza precisamente por falta de verbas. Tal como esta iniciativa, muitas ficam sem se realizar porque os apoios monetários escasseiam.

Eu cheguei a participar no concurso em duas ocasiões. Salvo erro participei em 1999 e em 2007. Em 2007 participei com um texto que inicialmente foi escrito e postado neste mesmo blog. Chama-se “Alentejo 2057”. Escusado será dizer que só enviei o conto, as duas rubricas que outrora faziam parte de cada post que colocava foram retiradas.

Voltando a esta obra, foi emocionante recordar José Adelino Guerra que tão tragicamente nos deixou no final do ano passado. Com uma inteligência e uma bagagem cultural inigualáveis, foi premiado aqui com vários contos. As suas linhas fizeram-me recordar um ser que amava os livros e se dedicou até ao último instante da sua vida para proporcionar aos deficientes visuais o acesso aos livros e à cultura.

Quem tiver a oportunidade de ler esta pequena obra, verá que há imensos deficientes visuais com um talento especial para a escrita, nomeadamente para a poesia.

Mudemos novamente de género literário e de forma radical. Deixo um livro pequeno e passo a ler um livro dos maiores que aqui tenho. A obra é de um escritor do qual nunca antes tinha ouvido falar e muito menos li alguma coisa dele. Será a primeira vez que leio algo da autoria de Dean Koontz. O livro é todo vermelho e tem o sugestivo título de “O Olhar Oblíquo Do Mal”.

Barulheira impressionante a horas incríveis da madrugada

Eu não sei como há tanta falta de civismo e de respeito por quem trabalha todos os dias, saindo cedo de casa, sem ter dormido como deveria. Tudo porque se lembraram de fazer barulho a horas mortas da madrugada como se estivessem no parque de diversões às três da tarde.

Um rapaz com uma voz incrivelmente grave berrava inadequadamente na rua para as horas da madrugada que eram. Deviam ser aí umas quatro da madrugada. As suas amigas riam também alto. Ele gritava-lhes, incentivando-as numa qualquer actividade ou ousadia que estivessem prestes a conseguir com êxito.

Aquele barulho pareceu durar uma eternidade. Adormeci e tive uns sonhos muito loucos com aqueles energúmenos. Bem-feita! Ainda por cima eram sonhos lúcidos. Imaginava tudo o que lhes pudesse fazer.

A minha vontade era, em plena luz do dia (pois que é a essa hora que devem estar a dormir) vir para a porta deles fazer barulho. Eu ainda conservo a vuvuzela de 2010 e não há melhor para os colocar em sentido e a roerem-se de arrependimento pelo barulho excessivo que fazem de noite, enquanto as pessoas que trabalham no outro dia bem cedo tentam descansar.

Mas anda tudo doido!

Agora ganhei a mania de proferir esta frase em pleno meio da rua sempre que me deparo com comportamentos estranhos de automobilistas e também com o que vou contar a seguir.

Saía eu do trabalho e fui pelos Combatentes. Cheguei quase ao pé da ACAPO e vi imensos veículos estacionados nos passeios. Não era um nem dois, eram imensos. Que pena que eu trazia o telemóvel desligado! Faria ali uma bela sessão fotográfica. Eram aí cem metros de carros e carrinhas de muitas cores e feitios ali em cima dos passeios…inconstados aos muros.

Fui sempre a resmungar rua acima. Um sujeito baixo e gordo levantava a bagageira de um desses veículos. Eu vinha com mil cuidados…pela estrada porque o passeio estava todo ocupado com esses veículos. Se o homenzinho me ouviu resmungar, tanto melhor. E se eu levasse com um carro em cima por não ir em cima do passeio?

Mais adiante, quase a chegar aos Arcos, abriram um enorme buraco…no passeio. Andam em obras (mais umas para durarem até ao Inverno). Lá tive de ir outra vez pelo meio da estrada. Afinal para que servem os passeios?

Ah, e para que é que há semáforos para peões naquela passadeira a seguir ao TAGV? É que os automóveis passam na mesma quando o sinal está verde para os peões. É todos os dias a mesma coisa. Aí nesse local, a loucura é constante. Terá sido aí mesmo que proferi pela primeira vez esta frase que dá título a este post e não será a última.

São só peripécias e aventuras que vou vivenciando enquanto percorro as ruas da cidade.


“A Lenda Do Vento” (impressões pessoais)


Toda a gente que acompanha o meu blog, especialmente os espaços dedicados à literatura sabe que Stephen King é um dos meus autores favoritos e que o melhor livro que li até hoje é de sua autoria e chama-se “A Maldição De Duma Key”.

Por tudo isto, a expectativa em relação a esta obra era elevada mas saiu algo gorada por algo que não sei explicar. Talvez a explicação esteja mesmo na fasquia muito alta em que o livro que acima referi colocou as obras do escritor norte-americano que se especializa no terror.

Nesta obra não há nada de terror nem de medonho. Está muito original, lá isso está, em termos estruturais. Vamos lá a ver se eu consigo explicar isto para quem ainda não leu esta obra perceber: Roland conta uma história passada com ele há alguns anos enquanto se abriga da tormenta-mor com os companheiros. Dento dessa história, ele conta que contou a história que a mãe lhe contou a um miúdo (Billy) e, dentro dessa história acaba por a contar também aos companheiros. Depois de concluída a história sobre a lenda do vento que Roland contou ao Billy e que sua mãe lhe contava para ele adormecer, Roland retoma a sua história passada com ele quando encontrou Billy e matou um mutante.

O livro termina com Roland e os companheiros depois da tempestade a prepararem-se para partir.

De referir que este livro faz parte de uma saga chamada “A Torre Negra” e talvez seja por isso que há algumas pontas soltas. Se eu lesse os outros livros desta saga, talvez estivesse mais instruída, digamos assim, para ler esta mas, como é frisado no seu início, não é obrigatório ler os livros anteriores para compreender este.

Como referi no post anterior, no passado Sábado decorreu o Festival “(In)Capacidades Sem Lmites”. Nesse evento, as instituições vendiam algumas coisas para fazerem face às dificuldades. A ACAPO vendeu, entre outras coisas variadas, um livro com os trabalhos premiados do concurso “Um Livro É Um Amigo”. Comprei um exemplar e fui lendo.

Festival (In)Capacidades Sem Limites


O programa para este Sábado prometia ser aliciante e muito agradável. Decorria na cidade de Coimbra um festival solidário a que se deu o nome de (In)Capacidades Sem Limites.

Para começar, havia uma caminhada que tinha a particularidade de proporcionar a cidadãos sem qualquer tipo de deficiência a sensação de partilharem as vivências de quem não vê ou de quem passa os seus dias confinado a uma cadeira de rodas.

Foi nessa caminhada que participei e fui apreciando os comentários sobretudo de quem experimentou caminhar com vendas nos olhos. Esses voluntários corajosos referiam a insegurança que experimentavam e a constante sensação de tocar o vazio. Alguém chegou à Quinta das Flores com uma venda nos olhos e disse que, se não conhecesse bem o piso, seria muito difícil caminhar assim.

Decorreram algumas actividades ao ar livre. Experimentei corrida de saco- coisa que já não fazia desde criança e experimentei o jogo da malha. Claro que não acertava no alvo mas as pessoas admiravam a minha força de braços. Ainda tenho alguma que me sobrou dos anos em que praticava lançamentos.

A parte da tarde foi dedicada a ver o espectáculo dos meus colegas ”Quem Vê Caras Não Vê Corações”. Eles estiveram fantásticos em palco e toda a gente gostou imenso.

Foi um dia bem aproveitado para conviver e confraternizar. Foi um dia diferente, bem passado, na companhia dos amigos e de muita e boa gente que se associou a nós e connosco conviveu.

Tuesday, July 16, 2013

“Evocando Espíritos” (impressões pessoais)




Pois é, há que fazer aqui um pequeno reparo. Tenho sido muito egoista ao não partilhar aqui todos os filmes que vou vendo. Seria até uma bela ideia para que todos pudessem ter a noção do que eu sinto, do que eu compreendo ao ver um filme, apesar da baixa visão que tenho.

A forma que encontrei de ver cinema e de compreender melhor as histórias é ver filmes em Português ou dublados por ter dificuldade em ler as legendas com a rapidez com que passam. O Youtube tem-me ajudado nesse sentido e tenho encontrado alguns bons filmes dentro do género que gosto de ver que pode não ser o vosso.

Para quem gosta de filmes de terror e de suspense, talvez seja do vosso agrado acompanharem estes meus posts sobre cinema que agora retomo depois de há um ano ter tentado postar sobre isso mesmo.

Retomo com o filme “Evocando Espíritos” que conta a história de uma família que é obrigada a mudar-se para mais perto da clínica onde Matt faz o seu tratamento para debelar o cancro. A única casa que encontram mais em conta é mal-assombrada e foi noutros tempos uma agência funerária onde também se faziam experiências para melhorar o contacto com os espíritos.

Matt é a principal vítima da fúria das almas que assolam a casa e é aterrorizado constantemente por elas.

Para quem gosta deste género de filmes de sobrenatural e espíritos, recomendo este filme. Gostei bastante.


“Passarinho Da Ribeira”- António Menano (música Com memórias)



Sabemos que crescemos e, não tarda, estamos a caminhar para a velhice quando damos conta de que a nossa perspectiva e a nossa percepção de certas músicas vai mudando, em alguns casos de forma radical. Um dos exemplos disso é o tema “Romaria” da Elis Regina que passou de insuportável quando eu tinha aí uns cinco ou seis anos até ser um dos meus favoritos nos dias de hoje. Outro exemplo é “Lover Why” dos Century que era sempre o tema que liderava a tabela e não deixava os meus temas favoritos liderar. Hoje é para mim uma das melhores baladas que conheço.

Com este tema que hoje aqui trago passa-se exactamente o mesmo. Ouvia-o muito quando era pequena. No rádio lá de casa que ainda existe e ainda deve trabalhar. Quem ouvia música? O meu pai nos serões em que não tínhamos televisão porque se tinha avariado e estava no conserto, naquelas longas noites de Inverno em que chegávamos da escola e apenas nos contentávamos com o rádio do meu pai os temas que na altura eu achava melancólicos.

Também a minha avó ouvia muita música, musica portuguesa. Chegava mesmo a cantar algumas músicas antigas e penso sem ter certeza que cantava esta. A minha avó cantava muito bem, lembro-me perfeitamente.

Os anos foram passando e vim estudar para Coimbra. A percepção que tinha do Fado de Coimbra (outrora aquela música triste que me causava sensações desagradáveis) mudou radicalmente.

Acabei por ficar por cá por Coimbra mas nunca mais ouvi este fado, por incrível que pareça. Depois do incêndio que ainda mantém a loja onde trabalhava encerrada, fui trabalhar para outra, num gabinete com pouca proliferação de redes de telemóvel e quase nenhuma propagação de ondas hertzianas. Em FM o meu rádio não capta mesmo nada. A solução foi procurar uma estação que desse música em AM. Apesar das interferências de toda a ordem, vai dando para me fazer companhia enquanto eu trabalho. A Rádio Sim é a única estação emissora que consigo apanhar em condições aceitáveis.

Eu já tinha ouvido essa rádio em casa no rádio do meu pai há tempos e houve vezes em que também sintonizei o rádio nessa estação emissora que passa música antiga…e também passa música mais recente. No outro dia ouvi lá o tema “Desfado” da Ana Moura.

Numa tarde destas, ouvi eu esta música à qual estou a dedicar este post. Fiquei embasbacada. Já não ouvia isto há mais de vinte e cinco anos seguramente. Na tarde seguinte, por causa das coisas, voltou a passar este fado. A minha estupefacção teve sobretudo a ver com a forma como encarei a música. Digamos que ganhou sentido. Hoje tenho toda uma vivência que na altura em que era mais jovem seguramente não tinha. O Fado de Coimbra em geral passou a dizer-me alguma coisa, mesmo a dizer-me muito. Talvez tenha sido essa a diferença.

Foi com um sorriso nos lábios que recordei que outrora esta música me causava arrepios de tão intragável que era. Hoje vejo-a talvez como algo que pertence a uma cultura, a uma cidade tão vasta e tão rica em história e tradição. Uma cidade que conheço tão bem. Ouço-a hoje e vejo o Mondego, vejo-me a caminhar na direcção do Parque Verde, olhando as águas azuis do rio. Pode-se dizer que, mais de duas décadas e meia volvidas, este tema ganhou certa magia que lhe faltava nos meu primeiros anos de existência.

“Atletismo Português“ (impressões pessoais)




Nos intervalos dos romances, dos thrillers e dos contos de terror, também gosto de ler livros mais temáticos.

Desta vez debrucei-me sobre um livro de António Nobre que aborda tudo o que está por detrás da gestão do atletismo Português.

Confesso que alimentava uma expectativa demasiado alta quanto a este livro mas veio-se a perder em questões organizacionais, de gestão e de financiamentos. O Atletismo dentro da pista ou da estrada só muito superficialmente foi abordado e isso desiludiu-me um pouco mas acabei por absorver alguns ensinamentos importantes desta obra no que concerne ao dirigismo desportivo e à vida de qualquer organização.

Exagerou-se muito ali nos gráficos mas gostei de ver as tabelas com os escalões em que se divide a alta competição os requisitos e outras temáticas que têm mais a ver com o Atletismo em si, aquele que gosto de ver e aquele que pratiquei.

Sobre a crise de valores, acho que se está a verificar uma mudança significativa, optando-se por disciplinas mais técnicas em detrimento das provas de corridas longas. Isto tem a ver com a alegada falta de disposição da juventude para o sacrifício e o sofrimento e com os bons resultados alcançados nessas disciplinas com Nélson Évora e Naide Gomes a serem os responsáveis por cada vez mais jovens optarem pelos saltos, as corridas de velocidade e os lançamentos, não se dedicando a corridas mais longas.

É triste ver por esse Portugal fora as pistas de Atletismo danificadas, como é o caso da de Coimbra. Também é triste os estádios novos que foram construídos para o Euro 2004 não disporem de instalações para a prática do Atletismo. Eu ainda cheguei a treinar na pista do velhinho Estádio de Alvalade. Na altura treinava lá o Obikwelu e a Naíde Gomes- grandes nomes do Atletismo nacional.

Depois de esta abordagem séria de mais ao Atletismo Português, vou ler uma obra de um dos meus autores favoritos- Stephen king. “A Lenda Do Vento” é o título do livro que já me encontro a ler.

Monday, July 15, 2013

“Passarinho Da Ribeira”- António Menano (música Com memórias)


Sabemos que crescemos e, não tarda, estamos a caminhar para a velhice quando damos conta de que a nossa perspectiva e a nossa percepção de certas músicas vai mudando, em alguns casos de forma radical. Um dos exemplos disso é o tema “Romaria” da Elis Regina que passou de insuportável quando eu tinha aí uns cinco ou seis anos até ser um dos meus favoritos nos dias de hoje. Outro exemplo é “Lover Why” dos Century que era sempre o tema que liderava a tabela e não deixava os meus temas favoritos liderar. Hoje é para mim uma das melhores baladas que conheço.

Com este tema que hoje aqui trago passa-se exactamente o mesmo. Ouvia-o muito quando era pequena. No rádio lá de casa que ainda existe e ainda deve trabalhar. Quem ouvia música? O meu pai nos serões em que não tínhamos televisão porque se tinha avariado e estava no conserto, naquelas longas noites de Inverno em que chegávamos da escola e apenas nos contentávamos com o rádio do meu pai os temas que na altura eu achava melancólicos.

Também a minha avó ouvia muita música, musica portuguesa. Chegava mesmo a cantar algumas músicas antigas e penso sem ter certeza que cantava esta. A minha avó cantava muito bem, lembro-me perfeitamente.

Os anos foram passando e vim estudar para Coimbra. A percepção que tinha do Fado de Coimbra (outrora aquela música triste que me causava sensações desagradáveis) mudou radicalmente.

Acabei por ficar por cá por Coimbra mas nunca mais ouvi este fado, por incrível que pareça. Depois do incêndio que ainda mantém a loja onde trabalhava encerrada, fui trabalhar para outra, num gabinete com pouca proliferação de redes de telemóvel e quase nenhuma propagação de ondas hertzianas. Em FM o meu rádio não capta mesmo nada. A solução foi procurar uma estação que desse música em AM. Apesar das interferências de toda a ordem, vai dando para me fazer companhia enquanto eu trabalho. A Rádio Sim é a única estação emissora que consigo apanhar em condições aceitáveis.

Eu já tinha ouvido essa rádio em casa no rádio do meu pai há tempos e houve vezes em que também sintonizei o rádio nessa estação emissora que passa música antiga…e também passa música mais recente. No outro dia ouvi lá o tema “Desfado” da Ana Moura.

Numa tarde destas, ouvi eu esta música à qual estou a dedicar este post. Fiquei embasbacada. Já não ouvia isto há mais de vinte e cinco anos seguramente. Na tarde seguinte, por causa das coisas, voltou a passar este fado. A minha estupefacção teve sobretudo a ver com a forma como encarei a música. Digamos que ganhou sentido. Hoje tenho toda uma vivência que na altura em que era mais jovem seguramente não tinha. O Fado de Coimbra em geral passou a dizer-me alguma coisa, mesmo a dizer-me muito. Talvez tenha sido essa a diferença.

Foi com um sorriso nos lábios que recordei que outrora esta música me causava arrepios de tão intragável que era. Hoje vejo-a talvez como algo que pertence a uma cultura, a uma cidade tão vasta e tão rica em história e tradição. Uma cidade que conheço tão bem. Ouço-a hoje e vejo o Mondego, vejo-me a caminhar na direcção do Parque Verde, olhando as águas azuis do rio. Pode-se dizer que, mais de duas décadas e meia volvidas, este tema ganhou certa magia que lhe faltava nos meu primeiros anos de existência.

Saturday, July 13, 2013

Semáforos, passadeiras e buracos nos passeios

Ao longo destes dias, tenho saído de casa aí uma meia hora mais cedo. Já não me encontro a cinco minutos do trabalho e não me apetece ir de autocarro para fazer exercício caminhando a pé.

As ruas de Coimbra estão miseráveis. Todos os dias enfio o pé num buraco novo no passeio. Um buraco que não estava lá no dia anterior, nem no outro antes.

No outro dia distraí-me e atravessei com o semáforo dos peões vermelho. Tive de recuar quando vi aproximarem-se duas viaturas. O que terão dito os condutores. Também há viaturas que resolvem passar com o semáforo dos peões verde. No outro dia fiquei perplexa porque não foi um veículo qualquer que cometeu tal ousadia, foi uma carrinha dos SMTUC.

Numa manhã que ainda estava fresca, atravessava eu uma passadeira, enfiei o pé num buraco entre a passadeira e o passeio e fui ao chão. Levantei-me num ápice e segui como se nada tivesse acontecido, apesar das lamúrias de alguém que assistiu.

E assim vão as minhas peripécias quotidianas por ruas com buracos nos passeios e outros obstáculos.

Monday, July 01, 2013

Brasil vence Taça das Confederações 2013

Não foi surpresa para ninguém que o Brasil de Scolari tivesse derrotado a Espanha na final da Taça das Confederações. Talvez causasse surpresa a forma como conseguiu esmagar a melhor equipa do Mundo e os números que o marcador registava no final do encontro. Três golos sem resposta.

Antes de o jogo mais aguardado dos últimos tempos começar, assistiu-se a um momento muito emocionante e muito bonito. Setenta mil gargantas entoaram a parte do hino brasileiro sem música por ter sido cortado em uníssono. Inesquecível!



Mal o jogo começou, Hulk já ia velozmente por ali fora mas havia uma falta e o árbitro já tinha interrompido.

O Maracanã explode. Há golo do Brasil marcado por Fred logo aos dois minutos.

Óscar remata perigosamente à baliza de Casillas.

De muito longe, Paulinho tenta o chapéu a Casillas que tem de se aplicar a fundo para defender.

Agora há ali intensa discussão depois de uma falta de Arbeloa sobre Neymar. O Jogador Número Dezassete de Espanha viu cartão amarelo mas os brasileiros queriam vermelho.

Iniesta remata de muito longe para Júlio César defender para canto. Na sequência do canto, Torres cabeceia para fora.

O livre era quase a meio-campo mas Sergio Ramos arriscou rematar directo e a bola saiu ao lado.

Sergio Ramos vê cartão amarelo por falta sobre Hulk. Scolari volta a pedir cartão vermelho para o defesa espanhol. Na cobrança do livre, Hulk remata para fora.

Casillas defende mais um remate de Fred.

David Luiz impede Pedro de fazer o empate. O estádio explode em uníssono, quase como se fosse golo do Brasil.

Que golaço! Quem é que marca um golo destes? Só pode ser Neymar.

O Brasil chega ao intervalo a vencer a Espanha por 2-0. Tudo aparentemente muito fácil.

Tal como aconteceu na primeira parte, aos dois minutos da segunda, Fred marca o terceiro golo do Brasil e o seu segundo nesta partida.

Acabado de entrar, Navas sofre falta de Marcelo na área de rigor. E grande penalidade que Sergio Ramos vai tentar converter. Remata para fora.

Iniesta volta a tentar a sorte de meia distância mas Júlio César defende.

Casillas defende um remate de Hulk.

A Espanha remata de quando em vez mas nada de importunar Júlio César por aí além.

Pique é expulso com um vermelho directo que é o primeiro nesta edição da Taça das Confederaçãoes. Esta tarde Montolivo tinha visto o cartão encarnado também mas foi por acumulação de amarelos. Na cobrança da falta, Neymar remata para fora.

Júlio César nega o golo a Pedro com espectacular defesa para canto.

Júlio César defende agora um remate de David Villa mas a Espanha acabou mesmo por perder esta final por 3-0. O Brasil sai confiante para os próximos compromissos, nomeadamente para a vitória no Mundial de 2014 que vai organizar.