Sunday, May 30, 2010

Festival Eurovisão 2010: Filipa Azevedo impressiona na primeira semifinal

É já esta semana que se realiza em Oslo, capital da Noruega, o Festival Eurovisão da Canção 2010.Tal como tem vindo a ser hábito desde há uns anos a esta parte, os países concorrentes que não sejam o país organizador, a Alemanha, a Espanha, a França e o Reino Unido (lá que o país organizador não se submeta às eliminatórias ainda compreendo, agora gostava de saber por que é que estes quatro países entram directamente…) submetam-se a votação nas semifinais para terem acesso à grande final que este ano se realiza dia 29 de Maio.

Nesta primeira semifinal iria estar presente a nossa canção “Há Dias Assim” defendida pela jovem Filipa Azevedo. Iríamos actuar em décimo quarto lugar num total de dezassete concorrentes.

Nesta eliminatória deu para ver, com algum agrado meu, algumas tendências bem interessantes. Desde já ressalta o facto de parte das canções aqui apresentadas serem lentas ou mesmo baladas. Festivais houve em que a esmagadora maioria das canções eram ritmadas. Foi na era em que Shakira e Ricky Martin eram fortemente imitados por gregos, turcos e afins e que até conseguiam o sucesso nas votações. O equilíbrio entre canções ritmadas e lentas é muito maior nesta edição.

Noto também uma preocupação exclusiva em cantar e não em dar espectáculo ou exibir-se. Com a excepção da Sérvia e da Finlândia talvez, todos os outros países apresentaram bons intérpretes que não se preocupavam em dar o espalhafato que alguns davam em anos anteriores. Isto é como tudo, vendo que a Noruega o ano passado venceu o Festival graças ao talento individual do seu jovem intérprete, este ano houve grande preocupação em trazer juventude talentosa ao palco em detrimento das aberrações que, após a vitória de Israel em 1998 e vitórias das imitações rascas da música comercial, começaram a invadir a Eurovisão. Para além da nossa Filipa, aparece aqui um jovem belga que faz lembrar muito o norueguês do ano passado em talento, um jovem bósnio que também canta muito bem e outras agradáveis surpresas.

Há uma senhora islandesa que curiosamente tem o mesmo apelido da mais famosa voz daquelas paragens- Bjork- que com a sua simpatia conquistou toda a plateia. Na altura de anunciar os países que iriam passar à grande final de sábado, foi preciso chegar ao décimo e último envelope para que a vontade do público em que a senhora Bjork passasse à final fosse realizada. Dizem as críticas que esta senhora que não prima pela aparência física mas que faz da simpatia a sua bandeira será a vencedora do Festival. A ver vamos. Eu particularmente, apesar de achar a senhora fofinha, não gosto da música. Os países nórdicos levam quase sempre uma ou duas músicas semelhantes a cada ano que passa.

Filipa Azevedo passou à final de sábado. A jovem cantora impressionou o público com a sua inconfundível voz e esteve lindamente na sua actuação. Sábado a concorrência será muito forte. Ainda não vi a segunda semifinal mas acho que, tal como aconteceu com Vânia Fernandes há dois anos, Portugal teve a sorte de concorrer com o grupo mais forte. Está ali o jovem Tom da Bélgica que, na minha opinião e seguindo a lógica do ano passado, merece vencer esta edição.

Para finalizar, aqui fica a minha canção favorita desta semifinal. Ele também passou à final mas na minha modesta opinião não irá a lado nenhum. A música está interessante para mim e por isso votei nela para passar.

A jogar assim não vamos a lado nenhum

Portugal realizou hoje o primeiro de três jogos particulares até ao começo do Mundial na África do Sul. O adversário escolhido para este primeiro jogo de preparação foi a modesta selecção de Cabo Verde.

Queirós fez alinhar de início Eduardo como guarda-redes, uma defesa com quatro elementos e que foi constituída por Paulo Ferreira à direita, dupla de centrais com Ricardo Carvalho e Bruno Alves e Fábio Coentrão do lado esquerdo (uma grande novidade). As três unidades do meio-campo foram Pedro Mendes, Miguel Veloso (outra novidade) e Deco. Na frente de ataque estiveram Liedson, Nani e Cristiano Ronaldo.

Foi uma exibição mesmo muito pobre da Selecção de Todos Nós. A jogar assim na África do Sul, Portugal arrisca-se a ser goleada pela Costa do Marfim e pela Coreia do Norte. Eu já nem falo do Brasil porque os brasileiros, mesmo com Portugal a jogar normalmente costumam-nos golear.

Dava dó ver os jogadores portugueses a arrastarem-se em campo. Só Fábio Coentrão, motivado pela chamada à Selecção Nacional, dava um outro colorido ao jogo com as suas espectaculares arrancadas. Cristiano Ronaldo e seus companheiros é que pareciam não o estar a acompanhar e as jogadas perdiam-se.

CR 9, como é conhecido agora, parecia estar na praia e não a jogar um jogo que, embora de preparação, merecia outro empenho da parte dos jogadores para tranquilizarem toda uma Nação que os vai apoiar incondicionalmente. O máximo que o craque madeirense conseguiu para dar nas vistas foi endossar a bola com a mão à barra da baliza de Cabo Verde e assim ver um escusado cartão amarelo.

No final do encontro Carlos Queirós afirmou que esta prestação alegadamente fraca se deveu a questões estratégicas e ao árduo trabalho que tem vindo a ser feito na Covilhã. Terão os portugueses ficado convencidos? Eu não.

Cristiano Ronaldo reiterou as declarações do seu mister e prometeu melhorias até ao Mundial. Terão é de ser bem acentuadas. Este jogo não foi nada. Parecia uma turma de amigos a jogar uma peladinha só para abater a barriguinha e não atletas de alto gabarito que têm a responsabilidade de representar mais de dez milhões de portugueses.

De referir que Portugal esteve grande parte da segunda parte a jogar apenas com dez elementos. Depois de todas as substituições feitas, Tiago contraiu uma lesão que até pode ser grave. Os próximos dias dirão se o médio que actuou no Atlético de Madrid esta época seguirá ou não para a África do Sul.

O jogo terminou com um desagradável empate sem golos. Segue-se dia 1 de Junho mais um jogo de preparação frente à selecção dos Camarões antes da partida para a África do Sul.

Para que é que os convidaram?

Ontem foi dia da comunhão das crianças na Moita. A filha do meu vizinho também comungou. Era só ela e uma outra menina que por acaso nasceu com diferença de cinco minutos dela. Já lá vai o tempo em que cá na terra comungavam uns dez, como aconteceu quando eu e a minha irmã fizemos a primeira comunhão. A diminuição da natalidade a fazer-se sentir.

No almoço da filha do meu vizinho oferecido aos convidados num anexo perto de casa dos avós maternos tudo correu dentro da normalidade. O mesmo não se pôde dizer do almoço em honra da outra criança que decorreu num restaurante em Anadia.

Tudo porque dois indivíduos, cunhados um do outro, pegaram a discutir. Tó (que não é o Bóias) resolveu pegar com o marido da sua irmã. Certamente já estavam ambos bem bebidos. Ainda tiveram o bom senso de vir discutir para a rua em vez da tradicional quebra da loiça do restaurante.

A rua é pública, como toda a gente sabe e eles também. O teor da luta é livre e há que dar largas à imaginação. Depois dos tradicionais e instintivos socos, murros e pontapés, eis que surge o elemento que torna esta luta entre Tó e o cunhado única.

Não sei qual foi deles (a minha mãe não percebeu) que pegou no carro e tentou atropelar o cunhado. Por sorte havia um degrau e a vítima, ao ver o carro do cunhado virado a si, subiu e só foi atingido num pé.

Para a próxima vez pensem duas vezes em convidar estes dois artistas! As festas querem-se animadas mas não desta forma. Bebam água!

Beto



Foi com grande tristeza e consternação que soube da notícia do falecimento deste grande canotr português. Nada melhor que a sua música para o homenagear. Nada que se possa dizer neste momento tem importãncia ao lado de uma vida humana que tão precocemente se acaba de perder.

Que descanse em paz!

“Como Tornar O Benfica Campeão” e “Os Mandamentos De Jesus” (impressões pessoais)



Vou fazer aqui uma análise a dois livros em simultâneo. Vamos a ver se as coisas correm bem!
Faço-o porque são dos livros com muita coisa em comum e, dada a sua natureza não literária, dá perfeitamente para fazer uma análise comum aos dois.
Também porque o tema que abordam está actual e bem fresco, achei por bem aproveitar a leitura das duas biografias para fazer comparações entre o título do Benfica de 2004/2005 e o desta época.
A ideia que eu tive de analisar os dos livros em simultâneo teve o condão de estabelecer as diferenças e semalhaças existentes nas duas conquistas.
O primeiro livro trata da biografia de José Veiga que era director dessportio do Benfica aquando da conquista do título e o segundo livro é a biografia do actual treinador Jorge Jesus que foi apens o quarto treinador de nacionalidade porutuguesa a conquisar o título.
Tanto Veiga como Jesus são dois homens determinados e de personalidade forte. Ambos levam muito a sério o seu trabalho e são ambos igualmente apaixonados por Futebol. São duas pessoas que não cedem facilmente a pressões externas e lutam arduamente por aqulo que defendem.
Tanto o dirigente como o treinador são dois homens com mão firme num balneário. Com eles qualquer caso de indisciplina é tratado de forma a desencorajar os restantes elementos a não repetir tais actos e assim o balneário fica mais puro e mais coeso, imune a qualquer tipo de ruído em seu redor.
É esta vontade de vencer e de apenas se concentrar nesse objectivo que os dois líderes transmitem para o grupo de trabalho, o que contribui para o sucesso.
Jorge Jesus veio a revelar-se um excelente treinador de modo a fazer os adeptos suspirarem para que chegue o momento de a equipa entrar em campo para poderem ver o recital de Futebol com que brinda os adversários, independentemente do seu nome e palmarés.
O contrato do trenador foi recentemente renovado até 2013. Se o sucesso e o bom Futebol praticado esta época se repetir, teremos Jesus por muitas e muitas épocas.
Eu agora imaginaria como seria o Benfica com José Veiga como director desportivo ou até como presidene e Jorge Jesus como treinador. Pinto da Costa arrumaria as malas e passaria apenas a acompanhar o Futebol sentado no sofá, de forma passiva, com a mantinha a cobrir as pernas e umas pantufas azuis e branas bem felpudas enfiadas nos pés enquanto a sua amante brasileira lhe ia preparar uma chávena de chá bem fumegante para os nervos provocados por mais uma goleada sofrida pelo Porto frente ao Glorioso.
Sinceramente gostava que um dia José Veiga fosse o presidente do Benfica. Aí é que nada nos abalaria. Com Jorge Jesus no comando técnico e Rui Costa na mesma como director desportivo seríamos campeões por muitos e muitos anos.

Museu de excrementos humanos

Isto realmente só mesmo em sonhos daqueles bem malucos. Daqueles que nos conseguem arrancar uma boa gargalhada ao acordar e nos deixam a pensar como foi possível tê-los sonhado.

Bem, depois de ter chegado a casa (há duas semanas que não punha os pés por lá) fui matar saudades do meu cão que estava limpo e da minha caminha.

Liguei o rádio na M80 que é a rádio que eu costumo consumir mas tive de lhe mudar a frequência. Já não me lembrava que tinha havido a troca de frequências entre a M80 e o Rádio Clube. Só quando ouvi um debate ou coisa assim em vez da inconfundível música que me faz sonhar é que me lembrei.

Aos domingos de manhã costuma dar um programa só com música dos anos 80 que eu adoro ouvir. Deitei-me em cima da cama e adormeci.

Provavelmente terá passado uma música da Madonna e eu terei ouvido mesmo a dormir. Foi por isso que surgiu este disparate.

Estávamos a visitar um museu. E fizemos muito bem. Penso que foi por estes dias que se comemorou o Dia dos Museus. Nós, os deficientes visuais, até costumávamos ter actividades em museus por esta altura e tudo. Neste museu devia ser linda a actividade. Ó se devia!

Já estava a imaginar: o responsável do museu entregava a cada um de nós um penico daqueles antigos com umas florzinhas azuis pintadas à mão em toda a volta e dizia:
- “Vá, vamos recolher material para depois cada um de vós esculpir com ele o que mais gostou no museu!”

Estava eu então a visitar aquilo a que em bom calão da nossa língua se poderia chamar um museu de merda. Ele não ficaria ofendido, bem pelo contrário. Cientificamente seria apelidado como eu acima o defini ou então de dejectos humanos.

No seu interior, bem protegidos pelas agruras do tempo, estariam os dejectos de gente famosa e aqueles mais curiosos ou fora do normal. Aqueles que só fabricamos uma vez na vida ou que um Ser Humano se julgava incapaz de produzir.

Mas que tem a Madonna a ver com o museu? Tudo. É que, destacada num expositor bem especial, estava uma poia da cantora de fazer inveja. Era um dejecto enorme, castanho e brilhante como uma beringela. Estava tão bem conservado que parecia acabado de sair das suas entranhas. Eu admirei-me quando disseram que aquele dejecto já tinha mais de vinte anos. Se calhar até era a música que estava a tocar na rádio que tinha mais de vinte anos. Só podia. Gostava era de saber qual foi o sucesso da Madonna que eu confundi com merda. Qualquer um da cantora, provavelmente. Nunca morri de amores pelas suas músicas. Não tem nenhuma que eu adore mas também não tem nenhuma que eu abomine com toda a minha alma. Simplesmente ouço e pronto.

Friday, May 28, 2010

Hoje lembrei-me disto...e estava a trabalhar



Dedico este memorável tema de todos os tempos da música tradicional portuguesa a um simpático casal tipicamente tuga que vi às compras. Seriam os mesmos da canção?

José António Linhares

Soube esta semana que o antigo dirigente do Salgueiros José António Linhares morreu vítima de doença prolongada. Nem sabia que o dirigente se encontrava doente sequer.

Confesso que tenho saudades do velhinho Salgueiros dos anos noventa. Aquele que era treinado pelo antigo jogador do Benfica Zoran Filipovic e que tinha muitos jogadores da Antiga Jugoslávia. Tinha o Milovac (que sempre admirei e que mais tarde vim a conhecer pessoalmente quando era treinador adjunto de Filipovic no Guimarães), o Draskovic (que jogou também no Beira-Mar), o Nikolic, o Djoincevic (esse barbudo) e o Lalic (numa ocasião apanhou seis jogos de suspensão- já não se usam castigos desses por cá…desde que o campeonato passou a ser organizado peol siste…pela Liga de Clubes). Que saudades e que boas recordações!

Agora o Salgueiros renasce das cinzas e arrasta-se pelos campeonatos distritais de menor dimensão. Não se sabe para quando o convívio com os grandes. Enquanto isso não chega, restam as recordações.

A primeira vez que ouvi falar de José Antonio Linhares foi já no longínquo ano de 1994 ou 95. Ele ainda não era presidente e já estava a marcar uma posição no Futebol Português. Achando piada a este episódio e a estas declarações de um dirigente, na altura, desconhecido para mim, apontei num cadermo todas as incidências de um jogo que opôs o Salgueiros à União de Leiria.

Na altura o treinador do Salgueiros era Mário Reis (que é feito dele?) que após o golo salgueirista apontado por Luís Manuel acusou a equipa de arbitragem de tudo ter feito para virar o jogo a favor das hostes leirienses. Consultando o meu velho caderno onde apontava todas as curiosidades futebolísticas desta época, passo a contar esta história em homenagem ao seu protagonista que nos deixou esta semana.

Foi um jogo carregado de polémica em que após o golo de Luís Manuel acima referido o árbirro Carlos Pinto resolveu inventar e fazer uma arbitragem memorável como é raro se ver. Agora a esta distância vendo o que se passou nesse jogo penso que realmente as coisas estão muito mudadas para melhor. Que agora os dirigentes protestam mas naquela altura é que aconteciam coisas do outro mundo. Lembro-me de ver o resumo deste jogo e realmente foi incrível o que o Senhor Árbitro fez. Tinha razão o chefe do Departamento de Futebol do Salgueiros em se insurgir, dias mais tarde, contra o árbirro.

De referir que enquanto o jogo esteve empatado o juiz se limitou a fazer o seu trabalho de forma isenta. Só quando o Salgueiros inaugurou o marcador, também se procedeu à inauguração dos disparates. O Salgueiros acabou essa partida apenas com sete elementos em campo. Isso já basta para estragar um jogo. A maioria dos cartões foram mostrados por protestos.

Carlos Pinto começou por não assinalar uma grande penalidade a favor do Salgueiros para logo depois assinalar uma na outra área a favor da União de Leiria que acabaria por ser convertida no empate.

Foi após a marcação do segundo golo do Leiria da autoria do marroquino Tahar em posição irregular que começou a reinar a confusão e Carlos Pinto varreu os jogadores salgueiristas a cartões. Foram quatro as expulsões para o lado do Salgueiros só na sequência desse golo (Luís Manuel, Chico Oliveira, Zoran Hajdic e Tulipa- este último de vermelho directo). O treinador Mário Reis não se conteve e invadiu o terreno de jogo tentando agredir o árbitro Carlos Pinto.

Os restantes elementos do banco do Salgueiros incluindo José António Linhares que era delegado ao jogo tentaram acalmar o treinador que estava completamente fora de si.

Alguns dias mais tarde e já a frio o então desconhecido dirigente salgueirista José António Linhares pronuncia-se sobre os acontecimentos de Leiria e o árbitro nos termos que eu consegui apanhar e eternizei até aos dias de hoje:

“O senhor que apitou em Leiria que é um senhor qualquer, que se ititula árbitro, é um ladrão e merece ir para a cadeia.”

“Quando um diz mata, o outro diz esfola. Isto quer dizer que se de um lado havia um fiscal de linha que invalidava todas as jogadas de ataque do Salgueiros, do outro lado havia outro fiscal de linha que validava todas as jogadas do Leiria.”

“Só faltava o senhor Carlos Pinto cabecear a bola para a baliza do Salgueiros para dar o golo ao Leiria.”

“O trio de arbirragem é um trio de ladrões. O árbitro é ladrão e os fiscais de linha são uns acólitos que andam aí.” (foi a primeira vez que ouvi essa palavra “acólitos”)

“O árbitro Carlos Pinto nem um jogo de infantis ou juvenis, nem distritais, muito menos um jogo da terra pode dirigir.”

“Sempre que o Salgueiros for arbitrado por Carlos Pinto, o Salgueiros não comparece.”

“Enquanto Carlos Pinto apitar os jogos, eu vou de luto para os estádios.” (esta foi a melhor dele! Achei imensa piada.)

“O árbitro é chantagista.”

E fica assim contada esta história que envolveu o recentemente falecido José António Linhares nos seus primeiros tempos de protagonismo, numa das primeiras vezes em que se deu a conhecer e logo a partir ao ataque. Estava coberto de razão. Aquela arbitragem foi mesmo incrível!

Já agora, que foi feito desse árbitro? Aos anos que isto já foi, certamente terá terminado a carreira.

Quanto a José António Linhares, que descanse em paz!

34 Graus

Como sempre acontece a cada dia que começa, mal acordo ligo o rádio que esá sempre sinonizado na M80. Pelas sete da manhã tomo conhecimento da actualidde e do tempo que se vai fazer sentir no dia que acaba de se iniciar.

As notícias para este dia eram sobre a subida bem acentuada das temperaturas máximas, o que punha alguns distritos em alerta amarelo.Seria assim tanto, o calor?

Pessoalmente achei que na véspera estava mais calor. Talvez por o ar condicionado não ter estado a funcionar, não tivesse notado o calor mas penso que mesmo na rua estava um pouco mais fresco.

Terá sido falso alarme. De noite quando eu saí até estava um pouquito mais fresco do que na véspera.

Como estava um pouco adoentada e não dormi bem na noite anterior, desta vez dormi extremamente bem e não senti o calor.

Das duas uma: ou eles se enganaram ou as previsões falharam redondamente. É que, na minha opinião, nem esteve calor por aí além.

Camisas Vermelhas cortam televisão



Depois daquela manifestação estúpida de que demos conta na altura em que ela aconteceu, a tal dos sacos de sangue contra a casa do Primeiro Ministro, o nosso blog segue com particular atenção este grupo de revolucionários tailandeses.

Depois de muios protestos mais ou menos originais em que até houve vítimas a lamentar, desta vez os nossos amigos deixaram toda a população sem televisão. Foi para castigo. Portam-se mal, falam mal dos Camisas Vermelhas (agora que o Benfica até ganhou o Campeonato) não há televisão para ninguém.

As crianças choram porque querem ver os mais reentes episódios da Hannah Montana e da Hello Kitty (se é que os tailandeses vêem isso) e os Camisas Vermelhas cortaram o sinal da televisão. Nada a fazer, os putos têm mesmo de ir para a rua. Ora o que há na rua? Uma concentração de Camisas Vermelhas a manifestarem-se desordeiramente. Se todas as crianças fossem como eu, gostavam era de ver pessoal a pegar-se. Que belo programa!

Esses reformados, esses desempregados, essas donas de casa que estão toda uma tarde em frente à televisão, toca de vir para a rua protestar contra o governo. São uns mandriões! Sem televisão, que remédio terão senão vir para a rua protestar junto aos manifestantes?

As próximas actividades dos Camisas Vermelhas serão cortar os telefones, a luz e a água. Assim o povo revoltado terá de sair à rua e se manifestar. São espertos, eles.

Eu a dar aulas, que anedota!

Se há sonhos diaparatados, este encontra-se no top 10 dos mais disparatados de todos.

Depois de sonhar que a minha irmã e umas pessoas executavam estranhos jogos de Futebol na lama, eis que suge uma aula dada por...mim.

A sala de aula onírica é sempre a mesma. Nessa sala já me portei pior que mal, já por lá passaram alunos famosos e professores não menos conceituados. O exemplo mais flagrante foi o de Alexandra Lencastre num sonho que aqui há-de estar relatado.

Desta vez eu fui promovida de aluna mal comportada a professora não menos convencional.

Entrei da porta para dentro já com as mãos a escorrer gordura (sonho imenso com comida. Será por só comer um iogurte ao jantar? Nem por isso tenho fome na realidade).

Mandei os alunos analizarem um texto sobre um qualquer navegador chamado Kaki. Isso é o nome de um fruto comparado ao diospiro que lá temos tido à venda. Comendo e falando com a boca cheia, ia dando a aula.

A certa altura fui para a frente da sala para ter uma perspectiva dos alunos. Vi que havia garrafas de água em cima da mesa de alguns e comecei a agarrar nelas com as mãos todas gordurosas e comecei a beber grandes quantidades de água. É que os coiratos estavam realmente salgados.

Não pude deixar de esboçar um sorriso quando acordei.

A saga dos calções

Como tinha folga bem merecida depois de uma longa jornada de trabalho, resolvi ir fazer umas comprinhas para desanuviar o espírito.

Está aí o tempo quente e há que comprar roupa adequada, que a que eu tenho está toda em casa e esta semana nem fui à terra.

Resolvi ir à SportZone dar uma volta e vi lá uns calções de várias cores óptimos para vestir quando chegar a casa do trabalho. Depois já ficarão para quando eu voltar a ter tempo para treinar.

Como os efeitos do sedentarismo do Desporto estão bem vincados na minha silhueta, torna-se mais complicado calcular o que me serve ou não. Nesse mesmo dia tinha ido a uma loja chinesa comprar uns corsários de ganga mas levei uns que tinha a certeza que me serviam para medir.

Na SportZone não fiz isso porque nem squer estava a contar em comprar calções. Cheguei a casa e experimentei-os. Os azuis estavam-me um pouco apertados mas os vermelhos nem sequer me passavam nas pernas. Eles que pareciam ainda ser maiores do que os azuis.

Depois de passar umas t-shirts a ferro, lembrei-me de repennte de ir num instante ao Dolce Vita trocar os calções. Se achasse uns azuis mais largos, trocaria também aqueles. Por acaso tive sorte porque não tive de esperar muito tempo pelos autocarros.

Chegiei lá, foi uma complicação para arranjar uns calções maiores. Apenas troquei os vermelhos. Quanto aos azuis, acabei por ficar com eles na mesma. Agora que este texto é escrito alguns dias depois deste episódio, tenho a dizer que andei com os calções azuis toda a semana e, como está um calor dos diabos, até tenho dormido com eles.

Até foi bom ir ao Dolce Vita uma segunda vez porque também deu para comprar uma bateria nova para o telemóvel. O tempo não é muito para estas coisas e assim já fico despachada.

Thursday, May 27, 2010

É por estas e por outras que dzem que os portugueses se mexem pouco

Ia no autocarro e na paragem dos Correios entrou um indivíduo de meia-idade a perguntar se aquele autocarro parava...na Estação Nova. Enfim...

Para quem não conhece, o artista apanhou o autocarro numa paragem para, dois minutos depois, sair na seguinte. Para cúmulo ele não tinha passe e teve de gastar uma senha só para não andar cerca de cinco minutos a pé.

Eu que gozava com alguns dos meus colegas da ACAPO por fazerem isso… agora um indivíduo sem problemas físicos aparentes apanha um autocarro, gasta uma senha (ao menos os meus amigos têm passe) e sai na paragem seguinte que são cerca de dois minutos, aí uns cinco a pé. Ao menos os meus colegas não queriam subir os Combatentes. Dos Combatentes 3 até aos Arcos ainda há uma longa subida. Dos Correios para a Estação Nova é quase tudo plano.

Ainda me passou pela cabeça que ele estivesse com pressa para apanhar o comboio mas, se fosse isso, não perdia tempo a esperar pelo auocarro. A menos que ele visse chegar um autocarro e para ganhar tempo o mandasse parar. Só se fosse. Não estou a ver outra explicação para um comportamento tão...como o caracterizar...comodista?

Fica aqui o registo do comportamento algo estranho do tuga típico que num dia tão bonito de Sol apanhou o autocarro numa paragem para sair na paragem seguinte a dois mnutos de distância.

Novidades não muito boas da terra

Cheguei do trabalho por volta das oito e meia e logo tocou o telemóvel, mal o havia ligado. Pelo toque era a minha irmã. O que é que ela me queria desta vez?

Entre outras coisas sem importâcia, ela disse-me que o meu vizinho se encontrava internado desde terça ou quarta-feira no hospital em Coimbra. O motivo eram complicações do foro urológico.

Fiquei chocada. Uma pessoa que parecia vender saúde baixar de um momento para o outro ao hospital assim com tantas complicações? Em que instantes a vida de uma pessoa anda para trás! Fiquei preocupada e, mal a minha irmã desligou a chamada, logo liguei para casa a perguntar o que se estava afinal a passar.

A minha mãe confirmou a notícia mas sempre foi dizendo que ele podia ter alta hospitalar a qualquer momento. No dia seguinte iriam visitá-lo mas eu estava a trabalhar e logo até mais tarde.

A minha mãe contou ainda que um senhor da minha terra que já sofria do coração faleceu de repente e sem que fizessem absolutamente nada para o socorrer. Zé andava a cortar lenha com a esposa e outros familiares num pinhal perto de sua casa. Faltou a gasolina no motosserra e ele teve de ir a casa buscar mais. A caminho da sua residência, debruçou-se e caiu no chão completamente morto. Quando o INEM chegou ao local só teve de confirmar o óbito e tratar de todas as formalidades exigidas numa situação como esta. Em que instantes uma pessoa perde a vida! Ainda a trabalhar normalmente. De repende debruça-se e cai inanimada no chão para não mais se erguer. Exactamente o mesmo que aconteceu a Miklos Feher em 2004. São coisas que acontecem e nos deixam a pensar no quão ténue é a fronteira entre a vida e a morte. De um momento para o outro podemos ultrapassá-la sem qualquer tipo de formalidades, no caso das pessoas que morrem sem que nada o faça prever. Pessoas como o Zé que estava a cortar lenha no pinhal e que, ao se deslocar a casa para ir buscar combustível se encontrou com a morte que o levou.

A minha mãe contou ainda que duas idosas estavam também à beira da morte, sendo uma delas a irmã da minha vizinha. Por isso se sonha tanto com terra e ossos. Eu não sou supersticiosa mas começo a acreditar no poder premonitório destas coisas. Estou pior que as velhas!

P.S.: O meu vizinho já regressou a casa, a sua tia Ilda faleceu e a outra senhora que se encontra ainda no hospital está ainda entre a vida e a morte.

Ossos do ofício- os genuínos

Começo-me a passar com algum tipo de sonhos que tenho tido ultimamente em que carne e ossos têm sido o prato forte. Eu que agora ando até a ler um inofensivo livro sobre José Veiga, antigo director desportivo do Benfica.

Nesta noite acordei eram sensivelmente quatro da madrugada, em sobressalto e algo confusa. Isto para não falar da preocupação que me invadiu o espírito. Até ttinha medo de sair à rua mas tinha de ir trabalhar e nada havia a fazer para me impedir de sair de casa. Lembrei-me que já antes havia tido pesadelos e que, inevitavelmente, tive de sair de casa e nada aconteceu. Lembro-me que a seguir ao meu pior pesadelo (ver texto “Foi horrível”) até fui a pé para a terra sem problemas.

E por que é que acordei então assim? Pouco me lembro do sonho mas do que eu me recordo já dá matéria para me preocupar. Estava eu a trabalhar com a minha chefe. Tudo normal, não fosse a necessidade de termos de arranjar uns ossos. Isso mesmo- uns ossos. Para que raio eram preisos os ossos, isso já são coisas desses sonhos macabros que nem deveriam de ser sonhados por quem trabalha e quer descansar.

Já haviamos tirado uma grande porção de terra...do quintal de minha casa- o que é ainda mais macabro mas pareciam ser familiares dela que estavam lá enterrados. A terra estava enlameada e eu escorregava constatemente, apesar de até estar um dia sem vestígios de chuva.

Um a um, eu ia apanhando ossinhos ainda com o tutano avermelhado, enquanto a minha chefe revolvia a terra. Foi assim que acordei e demorei a adormecer. Pudera!

Estava com um certo receio de voltar a adormecer e o sonho ter continuação, tal como aconteceu com o sonho do texto acima citado e que é, sem dúvida, o pior pesadelo que já tive. Nem este lhe chega aos calcanhares.

Por acaso tive sorte com o outro sonho que tive quando peguei novamente no sono. Foi muito estranho, tal como é apanágio dos sonhos mas nada de ossos, terra, sangue, carne ou trabalho.

Estava no meu quarto lá em casa. Não no meu quarto como ele é agora mas como era há cerca de vinte anos atrás em que a janela que agora dá para a sala, que entretanto foi aumentada, ainda dava para a rua. São muitos os sonhos que ainda tenho em que as janelas desses dois quartos ainda dão para a rua. Como exemplo vem, mais uma vez, o sonho mítico descrito no texto que mencionei- o tal das ambulâncias e dos gritos que marcou uma nova era no meu subconsciente.

Continuando a descrever o sonho, lia “Os Maias” de Eça de Queirós num belo dia em que o Sol irradiava das janelas abertas. Um dia lindo como estava e eu a ler sem parar. O ivro já se encontrava em muito mau estado, com as folhas já amarelecidas pelo tempo e a arrancarem-se. Eu não reconhecia a história como sendo a de “Os Maias” mas fui lendo aquele estranho enredo até ao anoitecer.

Nem dei conta do tempo a passar. Quando finalmente larguei o livro e olhei pela janela já era noite cerrada. Eram cerca de nove ou dez horas da noite. O Céu estava cheio de estrelas que brilhavam intensamente. Era uma bela noite de luar Estava uma noite tão bonita que causava um enorme prazer olhar através da janela.

Os factos estranhos chegam agora: a minha janela dava para uma rua onde havia...semáforos, um intenso tráfego e...um estádio de Futebol (aquele que eu sempre digo que mando construir quando ganhar o Euromilhões?) onde estava naquele momento a jogar o Benfica com o Nacional da Madeira.

Estava tão concentrada na leirura daquele livro tão monótono que me esqueci completamente do jogo, coisa que não é normal, embora já tenha uma vez ou ooutra acontecido.

Liguei a televisão e o jogo já estava na segunda parte. Ainda fui a tempo de ver Javi Garcia a ser expulso com vermelho directo após ter agredido um adversário.

Com isto acordei e fui à minha vida.

Que história teve este autocarro?



Sento-me num banco azul estampado de um autocarro amarelo daqueles que circulam pela cidade de Coimbra. Olho todo o seu interior e começo a pensar no que ele já viveu.

Recordo uma conversa entre um motorista e um revisor dos autocarros da TRANSDEV sobre o passado dos autocarros que iam encontrando pelo caminho. Fiquei a saber que Portugal importa viaturas já muito usadas de França e outros países europeus. Nos países de origem, os autocarros estavam prontos para ir para a sucata mas aqui em Portugal ainda terão, pelos vistos, longos anos de jornada pela frente.

Olho o interior da viatura mais uma vez. Vai pouco cheia de passageiros. De quantas jornadas já foi feita a sua longa viagem? Que histórias guardam aqueles assentos? Que conversas lhes ficaram gravadas na memória? Quantas línguas diferentes já ouviu falar?

Desconheço a origem destes autocarros que percorrem as diferentes zonas da cidade de Coimbra mas com toda a certeza chegaram de outras paragens onde o seu ciclo de vida há muito que havia terminado. Tal como acontece com os cidadãos ingleses que escolhem o Algarve para viverem uma reforma tranquila, também os veículos pesados do transporte de passageiros são obrigados a escolher Portugal para viverem uma reforma ainda mais atribulada do que os seus anteriores anos de jornada. De facto as viaturas envelhecem nas estradas portuguesas.

Lembro-me de uns autocarros que circulavam por aqui pela cidade, já lá vão uns dez anos atrás, que eram verdes e…novos. Que foi feito deles? Com dez anos estarão iguais aos outros, provavelmente. Amarelos como os outros e tudo. Com um bocado de sorte, um deles até pode ser este em que me sento agora. Nunca se sabe. Afinal de contas os autocarros ainda não falam para nos brindarem com as suas histórias que seriam, sem dúvida, muito interessantes.

A fé




Portugal vive por estes dias grande agitação em virtude da visita de Sua Santidade, O Papa Bento XVI. O Sumo Pontífice passará por Lisboa, Fátima (onde decorrerá o ponto alto das cerimónias) e Porto.

Nem a nuvem de cinza provocada pelo vulcão da Islândia fez recuar a organização da visita papal que promete trazer a Portugal largos milhares de pessoas que, se já enchiam o Santuário de Fátima a cada dia 13 de Maio, este ano afluem em número mais generoso.

É esta prova de fé que leva centenas de milhares de pessoas a um só local de peregrinação que me impressiona. Muitas delas fazem quilómetros a pé, desafiando as intempéries e até os seus próprios limites. Ver o Papa ao vivo valerá esse sacrifício?

Sou católica mas confesso que não sou grande praticante e tenho a minha opinião sobre religião e outras matérias do sobrenatural bem fundamentada no muito que tenho lido e na minha própria maneira de ver as coisas. Sou muito céptica em relação ao que existe para além da nossa vida terrena. Talvez exista algo de transcendente. Se assim não fosse, não andariam milhões de pessoas a acreditar em algo. A menos que a fé seja uma das características do Ser Humano. A necessidade de crer, de se agarrar a algo, numa época mais remota em que tudo era desconhecido e carecia de explicação.

Na altura em que a Bíblia terá sido criada, tudo de bom e de mau que acontecesse era obra de Deus que premiava ou castigava as povoações. Era Ele quem mandava vir os longos dias sem chuva enquanto a população não Lhe obedecesse, criava a chuva abundante também para punir o comportamento humano. Hoje sabe-se por que está muito tempo sem chover ou por que chove em demasia. Há provas palpáveis para isso. Muitas das coisas que estão relatadas na Bíblia e que à data eram desconhecidas, hoje têm explicação e não se deve a uma força divina ou transcendente.

Com isto quero dizer que as diferentes religiões e seitas religiosas que hoje conhecemos foram fundadas pelo Homem. Sendo a Bíblia uma obra ambígua e muito complexa, foi a diferente interpretação que diferentes pessoas fizeram e ainda fazem dela que levou a divergências e proliferação dos diferentes credos religiosos.

Falando das religiões cristãs, mais propriamente da Doutrina Católica, foi o Homem que sentiu necessidade de hierarquizar a Igreja sem, na minha opinião, alguma interferência divina. A existir, Deus não precisará de intermediários para Lhe fazerem chegar o que cada um de nós tem para Lhe suplicar. Ou será que, justamente por haver muita gente a interferir entre Ele e nós, as nossas súplicas quase nunca são ouvidas?

Os dirigentes máximos da igreja Católica tal como os conhecemos hoje e ao longo dos tempos não deveriam assumir tanto protagonismo. Sendo Deus alguém tão forte e tão soberano, por que razão há a necessidade de se criar a Igreja? Para viver mergulhada em luxos? Para os seus representantes viverem uma vida obscura por detrás das vestes religiosas e alimentarem os seus requintados caprichos de luxúria à custa do abuso de inocentes? Para terem actividades ilegais ou uma riqueza inqualificável?

Os membros da Igreja são seres humanos e, como tal, têm defeitos e virtudes como qualquer um de nós. A diferença é que os tentam ocultar e, caso são descobertos, é um escândalo. Estes casos de pedofilia que têm posto a nu as fragilidades humanas de altos dirigentes católicos um pouco por todo o Mundo têm sido a prova que algo vai mal e que, tal como eu disse atrás, só deveria haver Deus e cada um de nós que cremos. Todos estes senhores com os seus cargos bem hierarquizados não farão sentido nenhum. Por mais que se cansem de repetir que foi Deus que os incumbiu da missão que desempenham, ao terem estes comportamentos deploráveis provavelmente estarão a defraudar toda a confiança que Deus depositou neles, digo eu que pouco percebo do assunto.

E já que é Deus que escolhe quem quer para dirigir a Igreja, será que ele é racista ou machista? Será que Ele quereria que se morresse de Sida em vez de se usar preservativo? Quem inventou todas as regras inquebráveis da Igreja Católica? Deus ou o Homem? Inclino-me mais para a segunda hipótese.

O Papa, este que agora vive o seu pontificado, não me diz grande coisa. João Paulo II foi um Papa inesquecível para toda a Humanidade. A sua influência e o seu carisma foram muito para além das fronteiras do Catolicismo e a sua aura divina ainda hoje se faz sentir através das pessoas a quem ele alegadamente concedeu alguns milagres.

Bento XVI se calhar tem a pouca sorte de vir a seguir a um Papa como João Paulo II e de ser uma pessoa completamente diferente. O facto de ser alemão também não ajuda nada ao culto da sua imagem. Estas controvérsias e escândalos envolvendo a Igreja Católica e mesmo algumas declarações polémicas de Sua Santidade ajudam também a que as pessoas não nutram grande simpatia por ele.

Com ou sem Bento XVI, espera-se que os peregrinos respondam à chamada e venham em massa ver o Sumo Pontífice. Nem o frio e a chuva irão afastar as pessoas que foram vistas a percorrer as estradas até chegar a Fátima de celebrar este momento de fé.

Friday, May 21, 2010

Teka, Sony, bacalhau com broa e frango




Ver texto “Sem gatos? E agora?”

Foi mais uma noite agitada por sonhos algo macabros. Tal como prometi no texto acima mencionado, cá estou eu para relatar mais uma história onírica, tendo como protagonista a gata que faltava- a Teka.

Antes disso, permitam-me dizer, a título de curiosidade que acordei depois de ter sonhado com algo relacionado com a guerra na Bósnia. Também sonhei com um jogo decisivo entre a Académica e o Leixões. O jogo era decisivo mas Jean-Sony, jogador da turma matosinhense foi expulso com vermelho directo muito cedo no jogo por andar a criar confusão e a ser conflituoso com toda a gente. Enfim…

No sonho da Teka, estava eu a vaguear pela casa numa bela tarde de Sol quando ouvi parar uma motorizada na rua e ouvi um homem dizer para a minha mãe:
”- Desculpe mas eu não vi o gato!”

Ouvia a Teka miando muito alto mas a minha mãe dizia que ela estava pouco magoada. Noutra versão, ainda no mesmo sonho, o que é incrível, já tinha sido outro gato que não conhecia e que devia ser novo lá em casa. Ainda noutra versão já tinham sido os cães que tinham magoado a Teka.

Depois de mais um sonho sobre gatos, eis que surge outro sobre outro tema recorrente de há uns tempos a esta parte- cenas passadas no local de trabalho.

Havia chegado cedo naquele dia e vi que duas colegas minhas que eu não conhecia na realidade se deliciavam comendo bacalhau com espinafres e broa. Esta foi por eu ter visto o anúncio na televisão, agora lembro-me. Também quis entrar na festa e pedi um bocado para provar a iguaria de que tanto alarido faziam. Já não havia mais. Para não ficar de mãos a abanar, tive de me contentar em comer uma coxa de frango.

“A Tia Julia E O Escrevedor” (impressões pessoais)



Estava a contar que a leitura deste livro fosse monótona e enfadonha mas enganei-me redondamente. Mário Vargas Llosa soube estruturá-lo de forma a prender o leitor e até a diverti-lo com um considerável número de peripécias que roçam o anedótico.

Trata-se de uma obra de cariz autobiográfico em que o escritor peruano naturalizado espanhol alterna entre as peripécias do seu quotidiano e as histórias inventadas por Pedro Camacho- um guionista de radionovelas vindo da Bolívia e que é aquilo que em boa gíria portuguesa se pode chamar um cromo autêntico ou uma ave rara, segundo os gostos e sensibilidades de quem o queira caracterizar.

Naquilo que fazia, o escritor tinha uma obsessão doentia. Era capaz de estar mais de dez horas seguidas a deixar que a sua imaginação vagueasse e pudessem surgir novas histórias. Questionado pelo protagonista (Mário Vargas Llosa) sobre a sua incansável dedicação á escrita, o boliviano afirmava que o segredo consistia em escrever varrias histórias ao mesmo tempo. Assim era difícil se cansar. A ideia até era boa mas o resultado desta táctica viria a revelar-se desastroso. Foi a morte do artista, por assim dizer, que acabou a ser informador de uma revista de carácter duvidoso.

Pedro Camacho tinha um hábito curioso que lhe custou alguns dissabores: dizia mal dos argentinos em todas as suas histórias. Acusava-os de falta de higiene, de serem gulosos, de sacrificarem crianças, doentes ou idosos em tempo de crise e até de matarem crianças. Um dia levou uma tareia de dois argentinos na rua. A melhor que ele apontou aos argentinos foi que faziam as necessidades com a roupa vestida e que soltavam ventosidades em plena missa. Muito eu me ri!

E naquele tempo ainda não eram nascidos dois valentes exemplares daquela espécie. Curiosamente jogam ambos no mesmo clube. Estou a falar do Marianito e do senhor Ernesto Farias. Este último…eu nem conheço um homem mais feio do que ele. Então quando ele não corta aquela barba e anda também com aquele cabelo bem comprido é de fugir. Parece um homem das cavernas. Não sei se ele tem namorada ou esposa. Eu acho impossível uma mulher se apaixonar por aquele projecto inacabado de homem. Mesmo aquelas miúdas que dizem que haviam de casar com um futebolista por causa do dinheiro, não sei se pegariam naquele. É horrível demais. Aposto mesmo que será porventura o jogador mais feio que passou pelo Futebol Português.

Sobre o Marianito temos falado. Gosto de reinar também com ele porque o acho engraçado. Também não é um primor de beleza mas a forma como se movimenta tem graça.

Voltando a Pedro Camacho depois de eu própria ter divagado um pouco, afinal ele era casado com uma mulher…argentina.

O momento mais engraçado do livro foi aquele em que Mário Vargas Llosa ia acompanhar um casal de mexicanos de volta ao hotel depois de uma entrevista. De repente a senhora teve um ataque qualquer e ia a libertar todo o tipo de secreções corporais. Achei piada a esse pormenor.

Este livro ultrapassou todas as minhas expectativas, na medida em que à partida já o classificava como monótono. Um livro que ia falar sobre uma história de amor para mim já era algo sensaborão. Para mim um livro como deve ser tem de ser um thriller, um policial ou um livro sobre Desporto. É assim que eu ordeno os livros para ler (um mais interessante seguido de um á partida mais monótono). Não tenho o hábito de ler vários livros em simultâneo, embora conheça gente que faz isso. Ainda baralhava as histórias, tal como fez Pedro Camacho nesta obra.

Perdas e esquecimentos

Há dias em que uma pessoa anda de uma maneira que tudo contribui para a irritar ainda mais. Sem motivo aparente, tudo faz confusão, tudo irrita e apetece mesmo agredir a primeira pessoa que apareça à frente com meia dúzia de estalos sem que esta tivesse dito ou feito alguma coisa.

Sentia-me assim nessa tarde em que me foram interromper o trabalho para me falar das vantagens de um banco. Apanhei um valente susto porque pensava que o meu ordenado passaria a ser depositado nessa dependência bancária e a minha actual conta ficaria assim sem efeito. Lá fui eu perder tempo que depois me faria falta para ouvir o que as senhoras do banco tinham para dizer.

As senhoras do banco entregaram a cada um de nós uma folha de papel que dobrei educadamente e meti ao bolso. Não me lembro de colocar qualquer papel ao lixo mas a minha cabeça, devido ás muitas operações que já fiz, já não é o que era e a idade também não perdoa.

A afluência de pessoas às compras passou do pouco movimento para o movimento e barulho exagerado no espaço de meia hora. Isso fez uma confusão tremenda no meu espírito. Tínhamos andado nas calmas o dia inteiro e agora eu que já estava sozinha tinha de andar a correr e a passar por cima de carrinhos estacionados em frente aos corredores? Estava um silêncio sepulcral e de repente parece que houve uma invasão.

Para cúmulo, andaram uns senhores a arranjar uma porta que ao longo destes dias esteve sempre aberta. Então não é que eles arranjaram a porta e ela passou apenas a abrir e a fechar por fora! Que nervos! Queria passar com os carros da mercadoria que já começava a escassear e tinha de ir dar a volta, passar pelo meio daquela gente toda novamente…já me estava a passar com a situação e os meus nervos já rebentavam a escala do razoável.

Quando finalmente me despachei, já eram horas de apanhar o autocarro. Há um documento com a descrição do que fizemos nesse dia que temos de preencher e depois mandar assinar pelos superiores. Quando meti a mão ao bolso já com os nervos em franja apenas encontrei o maldito papel de publicidade ao banco. Fiquei pior que estragada só de pensar que havia posto o papel ao lixo em vez da publicidade. Teria de arranjar outro ou então esperar que não o tivesse metido ao lixo e apenas me tivesse caído dos bolsos.

Entrei no vestiário fula da vida e já cheia de pressa. Quando cheguei à rua levava o blusão polar desapertado. Queria ver as horas mas havia deixado ficar o cronómetro no bolso das calças da farda.

Quando cheguei à paragem comecei a sentir frio. Foi então que me lembrei que havia deixado também o casaco no cacifo. Que cabeça a minha!

Amanhã, para castigo vou apanhar um frio dos diabos mas é para eu aprender a não ser precipitada.

Tuesday, May 18, 2010

Prestação positiva

Os atletas Cláudio Couto e Abílio Peixoto participaram no Campeonato do Mundo de Juniores do Maxithlon.

Os jovens não desiludiram e Cláudio Couto conseguiu um brilhante quinto lugar na prova de 400m barreiras. 1.06.08 foi o seu resultado numa prova em que a medalha de ouro falou Português do Brasil. Douglas Calaça foi o vencedor. Nos 110 m barreiras o atleta acusou o cansaço e ficou apenas em décimo sexto lugar com uns honrosos 19.34 segundos. Nesta prova o vencedor veio igualmente do Brasil e chama-se Anderson Campos.

Abílio Peixoto cumpriu o seu objectivo de ficar entre os vinte primeiros e também conseguiu um décimo sexto lugar na prova de 20 km marcha. A sua marca esteve perto do seu recorde pessoal. O lugar mais alto do pódio foi ocupado pelo italiano Orazio Talarico.

As escolhas de Queirós comentadas por mim



E finalmente foram divulgados os jogadores que irão representar a Selecção Nacional no próximo Mundial que se disputa na África do Sul entre os dias 11 de Junho e 11 de Julho.

Carlos Queirós, o seleccionador nacional, decidiu convocar vinte e quatro jogadores em vez de vinte e três por ainda haver dúvidas quanto ao estado de forma de Pepe que está parado desde há muito. Logo aqui começa com um erro. Numa competição tão exigente como esta não se vai arriscar colocar um jogador que já não tem competição há cerca de sete meses. Além disso, é um pouco ingrato para o jogador que tenha de ser excluído da convocatória caso o luso-brasiileiro esteja plenamente recuperado, coisa que eu não acredito.

Na escolha dos guarda-redes é que reside a maior discórdia, nomeadamente ao não ser convocado o guarda-redes do Campeão Nacional e que muito contribuiu também para a espectacular campanha do Benfica no Campeonato. Não está em causa a qualidade de Eduardo. Está em causa um substituto à altura caso aconteça algum percalço ao guarda-redes titular. Beto também já mostrou alguma qualidade e Daniel Fernandes para mim ainda continua a ser um desconhecido que tem feito a sua carreira além-fronteiras. Independentemente da sua qualidade, era de bom tom premiar Quim pela época que fez.

Sobre a não convocatória de Rui Patrício, aí até concordo. Tanto ele como o seu clube fizeram uma época desastrosa. As suas saídas da baliza que permitiram sofrer golos estranhos como aquele do Mafra para a Taça de Portugal não ajudaram em nada o jovem guarda-redes do Sporting a conseguir um lugar entre os eleitos do seleccionador.

Na defesa as surpresas são as chamadas de Zé Castro e de Fábio Coentrão. Este último surpreendeu ao fazer uma brilhante época no Benfica Campeão como lateral-esquerdo. Jorge Jesus tem mérito ao descobrir mais um jogador para as cores nacionais numa posição em que Portugal demonstrava algumas lacunas.

Nos médios, a surpresa prende-se com o facto de o médio do Sporting João Moutinho ficar de fora. É certo que o Sporting fez uma época anedótica mas Miguel Veloso, que na minha opinião é um jogador menos esforçado que Moutinho, está na lista de convocados. Ou se convocavam os dois, ou não se convocava nenhum e optava-se por outros jogadores de qualidade semelhante. Por exemplo, Queirós não convocou Ruben Micael do Porto. O jogador tem estado lesionado. Não sei se foi por aí.

Nos avançados não há grandes surpresas. Vão mesmo os melhores que temos e os que habitualmente têm sido convocados. Nada a comentar sobre isso. Como sempre a expectativa em torno de Cristiano Ronaldo é sempre enorme.

Espera-se agora que este grupo de jogadores escolhido por Queirós honre a camisola verde e vermelha e que nos possamos orgulhar da Selecção de Todos Nós no país de Nelson Mandela.

Monday, May 17, 2010

Estranha tempestade



Mais uma viagem até ao Mundo onírico e desta vez o facto de sonhar com algo que se passa nas imediações de minha casa nem teve a ver com o facto de eu estar fora, pois estava precisamente em casa.

Era um fim de tarde de Verão. Começava a escurecer e a iluminação dos postes (que é insuficiente, diga-se) começava a surgir. De repente e sem que aparentemente nada tivesse contribuído para tal, começou a ficar mais escuro e as luzes dos postes começaram a falhar.

Já aqui contei que as tempestades devastadoras me causam uma sensação de medo e, ao mesmo tempo, de fascínio. Neste caso esta tempestade seca causava mais fascínio que medo. Eram raios de fogo que caíam e destruíam os fios da electricidade e incendiavam tudo.

O fogo imediatamente alastrou até ao outro lado e imediatamente me lembrei do incêndio que deflagrou à minha porta na noite de 26 para 27 de Agosto de 2008 e que causou um grande susto.

Constatei que o fogo já vinha para cá do caminho e fui ajudá-lo a apagar. Untei uma espécie de auto-bronzeador que fazia efeito imediato. Dali a poucos minutos, estava com um bronzeado de fazer inveja a quem tivesse passado férias no Brasil ou na República Dominicana.

Por acaso o sonho seguinte até meteu praia e banhos com água cheia de areia. Parece que era no Brasil e estávamos na água a toda a hora.

Somos Campeões!

Sem gatos? E agora?

Ora aqui vai a enésima versão de um sonho recorrente que se chega a tornar obsessivo. É a preocupação com o bem-estar dos meus gatos levada ao extremo. E este não será o último sonho deste género. O blog vai um pouco desactualizado e já está na calha outro sonho do mesmo género.

Um belo dia cheguei a casa e encontrei a minha mãe com toda a paciência do Mundo a tentar alimentar a gata Feijoa que se encontrava quase a morrer. Com o seu estilo habitual entre suspiros de tristeza e determinação, a minha mãe preparou uma papa à base de leite ou iogurte e bolachas moídas para dar na boca à gata.

Segundo a minha mãe, a Feijoa estava naquele estado porque emprenhou depois de muitos anos a tomar contraceptivo. Na realidade aconteceu algo semelhante à gata dos filhos do meu vizinho. A gata apresentava uma infecção que se caracterizava por inchaço no ventre. Também deitava sangue pela boca. Eu estava cheia de pena de a ver assim.

Perguntei pelos outros gatos mas a Teka estava presente em cima da motorizada do meu pai. Perguntei pelo Léo e a minha mãe disse que também ele tinha morrido. Perguntei como e a minha mãe lá foi, ao seu jeito em que não descura nenhum pormenor, contando a história. Ia, como é habitua, fazer uma descrição detalhada do que se passou naquele dia. Estava a contar qualquer coisa de quando o meu pai se levantou quando eu acordei.

Cheguei a casa no dia seguinte e os gatos estavam todo bem. Passei imenso tempo com a gata Feijoa ao colo. Ela resplandecia de saúde.

Jovens atletas a caminho do Mundial

Os nossos atletas Cláudio Couto e Abílio Peixoto serão os primeiros deste clube criado recentemente a irem ao Mundial.

Ambos os atletas estão eufóricos e ansiosos para que chegue quarta-feira para poderem evoluir em pista ou na estrada- no caso de Abílio Peixoto. “Foi difícil qualificar-me. Sei que não vou em grande forma para esta prova mas tentarei fazer o meu melhor” afirma o jovem marchador que irá evoluir nos 20km marcha.

Para o barreirista Cláudio Couto alcançar os trinta primeiros lugares no ranking não foi difícil. Qualificou-se para as duas provas de barreiras (110 e 400m) e há uma remota esperança que consiga uma medalha. A liderança no ranking dos 400m barreiras pertence-lhe. “Não prometo nenhuma medalha, até porque cada atleta se vai empenhar em fazer o seu melhor e a pressão sobre cada um vai ditar os resultados.”

Abílio Peixoto não tem grandes aspirações. “Um lugar entre os vinte primeiros já é muito bom. O que interessa é participar.”
~em
Portugal leva para estes Mundiais que se realizam em Itália mais de uma centena e meia de atletas, o que demonstra a grande qualidade que têm os jovens portugueses no Maxithlon. Muitos deles são candidatos até à medalha de ouro e até a baterem recordes do mundo.

O nosso clube estará representado por estes dois jovens, ambos com dezassete anos, mas poderiam ter sido pelo menos quatro. Diamantina Almas “morreu na praia”. Foi 31ª do ranking aos 200m, ainda por cima empatada com a trigésima. Foi mesmo azar.

Já Diana Pascoal- uma grande promessa do nosso clube no meio-fundo- acabou por ficar aquém das expectativas de apuramento. Talvez devido á grande pressão exercida sobre si, a jovem não conseguiu esta época mostrar todo o seu potencial.

Agora haverão mais competições e mais oportunidades virão para os jovens que forem surgindo participarem. Entre os atletas mais promissores contam-se os nomes dos velocistas Bento Demar, Augusta Faria e Amanda Pascoal (prima da Diana), do fundista Marcos Remédios e do lançador Bernardo Galante. Também Felisberto Fialho na velocidade e Luís Luz nos saltos poderão ser os próximos representantes em provas internacionais.

Afinal de contas, a Queima está aí

E de repente, com a entrada em vigor do Tratado de Bolonha que veio revolucionar o Ensino Superior, a tradição mudou um bocadinho. Agora o cortejo da Queima das Fitas em Coimbra passou a ser ao domingo e não à terça-feira como era no tempo em que eu era estudante.

Nem me lembrava que a Queima era na segunda semana de Maio, tão desligada destes eventos e tão ocupada ando.

Estou tão ocupada e tão cheia de trabalho que, quando me sento no autocarro que normalmente à hora a que saio costuma vir quase vazio, quero é um pouco de sossego. Para barulho já eu aturei muito ao longo do meu dia de trabalho, principalmente nas últimas horas.

Logo nas primeiras paragens reparei que o autocarro estava a ser invadido por capas negras. Eram estudantes animados que retiravam os trajes académicos dos armários e se apresentavam para o jantar do seu curso do qual só regressariam com o nascer do Sol e já bem bebidos.

Lembrei-me que era quinta-feira antes do cortejo da Queima das Fitas. Nessa noite haveria a tradicional Serenata na Sé Velha- evento ao qual nunca assisti, diga-se. Nunca fui grande amante da vida académica, por isso passava-me um pouco ao lado.

Cada vez o autocarro se enchia de estudantes barulhentos que não escondiam o seu entusiasmo por ser noite de festa. Se não me falha a memória, é nessa noite da Serenata que os caloiros vestem o traje académico pela primeira vez e vivem esse momento de forma especial. Afinal de contas, esperaram todo um ano, aguentando as mais diversas praxes, para chegar o momento de também eles trajarem de negro.

Estava cansada. Queria sossego mas o autocarro ia apinhado de estudantes que riam e cantavam. Esperava ardentemente que o autocarro chegasse á Praça da República para que todos saíssem. Assim sujeitava-me a ter sossego só quando chegasse a casa.

Foi praticamente o que aconteceu, os estudantes saíram em diversas paragens. Em algumas iam sendo substituídos por outros. Que vida a minha!

E lá fui para casa descansar. Toda a euforia da Queima este ano, mais do que nunca, vai-me passar ao lado.

Colecção de autocarros coloridos



Tuesday, May 04, 2010

Desculpe mas a senhora está-me a morder!

Não. Esta não é nenhuma história de vampiros. Sei que estão muito na moda mas esta é só a narrativa de um acontecimento curioso que tem como protagonista a minha mãe.

Depois de longos anos à espera de uma consulta no dentista e depois de muito se queixar dos dentes a todas as refeições, de há uns meses para cá a minha mãe tem andado a extrair os dentes. Penso que começou em Fevereiro mas isso agora não interessa.

Na sexta-feira passada havia mais uma sessão. Desta vez foi consultada por uma inexperiente dentista-estagiária que se dedicou à espinhosa tarefa de extrair um daqueles dentes que a minha mãe já havia arrancado com as mãos. Estava complicado, o trabalho. E demorado também. Tão demorado que a minha mãe deve ter adormecido enquanto lhe extraíam o dente.

Terá acordado com a médica a perguntar-lhe:
- “A senhora está bem?”
A minha mãe respondeu afirmativamente e perguntou por que razão a dentista lhe perguntava. Então a jovem respondeu:
- “Desculpe, é que a senhora está-me a morder bastante.”

Então a minha mãe compreendeu que deve ter adormecido e deve ter fechado a boca, ferrando os dentes que ainda restam na mão da dentista. Foi mesmo bem apanhado, este episódio.

O Ciclismo e os carros sem cor

Ver texto “O calor já faz das suas”

Já diz a minha mãe quando um sonho seu se realiza parcialmente que os sonhos que se tornam realidade são normalmente o contrário do que sonhámos. No texto que referi acima sobre sonhos passados há três dias atrás, sonhei com grande movimento de carros nas imediações de minha casa e com uma prova de Ciclismo em que grandes nomes do pelotão internacional evoluíam. Isto em sonos separados, embora sonhados na mesma noite. Seria possível torná-los um só na realidade? Claro que sim. Difícil se calhar era colocá-los em contextos diferentes e em dois sonhos tão opostos.

Quatro dias depois, eis a transposição disto para a realidade. Curiosos em saber como ficou isto de forma a unir as duas situações? Então cá vai a história desde início.

Como hoje é Dia do Trabalhador, não trabalhei. Apesar de estar escalda para trabalhar, houve que dar descanso. Como tenho folgas a seguir, resolvi apanhar o comboio e ir até casa descansar e colocar a escrita em dia.

Quando cheguei a casa e tentei, como é habitual, abrir uma porta com as minhas chaves constatei que a minha mãe havia deixado outras chaves por dentro. Não podia abrir as portas assim, não estava ninguém em casa e não tive outro remédio senão esperar mais de uma hora que os meus pais deixassem as lides do campo e regressassem a casa para o almoço.

Ia justamente a abrir o portão da eira quando comecei a ouvir barulho vindo do lado de Vila Nova. Era um vasto grupo de gente de todas as idades e de ambos os sexos que estava a aproveitar este dia para fazer um passeio de bicicleta. A prova do meu sonho de há dias vinha do lado contrário e estas pessoas eram cidadãos comuns. Nada de Zé Azevedo e afins. Se lá havia algum, era pura coincidência. Parte nem vinha com equipamento adequado. Envergavam mochilas e roupa confortável. Tudo ia sem capacete. Tal como no sonho, também eram duas as pessoas que ficaram para trás. Reparei nisso, por acaso. Era um avô e uma neta, se não estou enganada.

Atrás deles seguia uma extensa fila de veículos. Reparei num pormenor: nenhum era vermelho ou de uma cor mais alegre. Eram brancos, cinzentos, pretos...exactamente como no sonho em que os vi em sentido contrário e estacionados naquelas estranhas circunstâncias.

Durante a passagem daquela pequena caravana, as imagens daquela noite nunca me saíram da mente e era inevitável comparar cada uma das situações- sonho e realidade. Curioso foi como a transição de dois sonhos tão distintos foi transportada para a realidade e para um só acontecimento.

Os russos, a minha irmã e eu

Depois da agitada noite da véspera e depois de um esgotante dia de trabalho, adormeci durante o prolongamento do jogo entre o Liverpool e o Atl. Madrid. Ainda me lembro vagamente de ter havido um golo para cada lado mas o cansaço era imenso.

Houve sonhos, claro que houve mas sem a agitação da noite anterior. Estes até foram divertidos. Íamos a pé por uma estrada que alegadamente ia dar à Moita mas eu não conhecia realmente o caminho. Foi então que uns senhores da minha terra deram boleia a mim e a uma rapariga cá da terra que mora perto de minha casa. Ela até tem carro na realidade, vá. Ao entrar no carro, ela colocou o pé numa enorme quantidade de excrementos. Enterrou mesmo o sapato até ficar tipo um salto alto e borrou o carro todo.

Agora vamos a mais uma revolta das minhas em que nos sonhos bato e derreto toda a gente. Motivo desta vez? Houve um grupo de deficientes visuais russos de uma cidade na Sibéria que fizeram um intercâmbio com sócios da ACAPO e a minha irmã andava-os a acompanhar. Ela que detesta cidadãos do Leste estava a fazer um frete enorme para os acompanhar mas se fosse eu, faria isso com o maior dos prazeres. Mas estava a trabalhar e não tinha disponibilidade para os acompanhar. Quem estava a acompanhar aquela iniciativa era...Júlio Isidro que tinha um programa em que narrava todo o decorrer das actividades que eles tinham, desde visitas a monumentos a momentos de convívio.

Eu estava furiosa por a minha irmã estar envolvida nisso e eu não. Estávamos dentro de um espaço amplo e a minha irmã tinha um guarda-chuva azul (esse guarda-chuva até existe na realidade, com essa amolgadela mas é mais escuro e não fui eu que o estraguei). Com a raiva, enfiei-lhe um potente pontapé que o fiz voar até ao outro lado e amolguei-o todo. Ainda não satisfeita, fiz o mesmo a um outro guarda-chuva cinzento mas este teve mis sorte e só se deslocou de sítio. Eu sou mesmo ruim. Cuidado comigo!

O calor já faz das suas

O tempo quente chegou tardia e repentinamente. Passámos de temperaturas algo frias para a época para valores acima do normal no mês de Abril. E se a chegada do tempo quente já me costuma causar transtornos em termos físicos, muito calor assim tão de repente agrava ainda mais tais sintomas.

Na segunda-feira levantei-me até bem disposta mas com o decorrer do dia fui ficando sem apetite e com umas dores de cabeça horríveis. Tinha de ir para Coimbra ainda fazer umas compras. Desconfiava que até tinha febre e fui de propósito comprar um termómetro à farmácia mas a minha temperatura corporal não passava dos valores normais. Sentia-me cansada e com a sensação de ter levado uma tareia. Pensar em comer era um suplício e apenas ingeri água e outros líquidos. Deitei-me em cima da cama e deixei-me estar a pensar na forma de ir trabalhar no dia seguinte naquele estado. Só à noite e a muito custo consegui beber um iogurte para tomar um comprimido para as dores de cabeça que já me estavam a preocupar por pensar que era a tensão ocular alta.

Por acaso no dia seguinte até acordei bem disposta mas a falta de apetite continuava. Este calor está a dar cabo de mim de noite e de dia. Quando eu queria ter uma noite bem dormida para ter energia para trabalhar, eis que acontece a noite que a seguir passo a relatar e que há anos não tinha uma igual. Até me estava a admirar de estas coisas inexplicáveis já não me acontecerem há tempo.

Acordei eram duas da madrugada em sobressalto devido a um pesadelo estúpido. Só vi uma de nós envergando a nossa farda de trabalho estendida no chão de barriga para baixo e com o carro no chão. A queda foi inexplicável, ficando-se a dever alegadamente a uma força maligna e oculta que trabalhava debaixo dos nossos pés.

Estive mais de uma hora acordada. O calor e uma dor num joelho impediam-me de adormecer. Quando acordo a meio da noite e estou longo tempo acordada sem conseguir dormir, principalmente durante o tempo quente, é quase certo de que vou sofrer daquela espécie de sonhos lúcidos ao contrário. Chamo-lhes assim porque num sonho lúcido quando sentimos o formigueiro, podemos moldar o sonho e fazermos o que quisermos. Normalmente servem para realizarmos algo de bom. Naquele caso é ao contrário: sentimos na mesma um formigueiro mas apodera-se de nós como uma força maligna, uma espécie de choque eléctrico. O nosso pensamento descontrolado só pensa em coisas que assustem e não sabemos se estamos acordados ou a dormir. O espaço onde se passa este tipo de sonhos é exactamente o espaço real. Desde pequena que sofro deste mal. Quero acordar e os episódios de formigueiro e frases desconexas repetem-se. Nesta noite estava a ver que isto não passava.

Tinha algum medo de voltar a adormecer mas o cansaço vingou. Então sonhei que uns primos meus do Luso (pai e filha) estacionaram um carro preto à porta de minha casa. A minha prima vinha lavada em lágrimas. A minha mãe abeirou-se do carro deles que nem saíram e implorou-lhes que não fizessem uma desfeita dessas de não ficarem. Indiferente ao apelo, o meu primo arrancou a toda a velocidade. Quando olhei para a rua, do lado da casa da minha vizinha de baixo, vi uma imensidão de veículos que eram brancos ou pretos. Nada de veículos coloridos. No meu terraço vários empregados de mesa envergando roupas brancas punham mesas. Também eles choravam copiosamente. Que coisa tão estranha! Acordei confusa e logo me lembrei de um sonho do mesmo género que tive há uns bons anos atrás. O meu vizinho ainda era vivo e ele já faleceu há doze anos. No dia do seu funeral, vendo a imensidão de movimento na estrada, lembrei-me desse sonho.

Também me lembro de ter sonhado ainda que a minha senhoria e o filho, tal como os ratos, andavam no meu armário onde guardo a roupa e a comida. Faziam um barulho descomunal e eu ralhava-lhes que me estragavam as coisas. Eles faziam cada vez mais barulho. Não sei precisar se este sonho foi antes ou depois do do choro mas penso que foi depois.

E finalmente os meus sonhos ganham um teor mais alegre. Ando um pouco desligada do Ciclismo agora mas...

Passava uma prova de Ciclismo à minha porta com as principais equipas do pelotão internacional. Havia uma banca com bandeiras de vários países. Eu pensava que elas eram para vender e já tinha escolhido a bandeira holandesa para apoiar os ciclistas da Rabobank. Apanhei uma enorme decepção ao saber que as bandeiras não estavam para venda.

Zé Azevedo ainda corria e arrastava-se na cauda do pelotão juntamente com um ciclista belga outrora famoso (Tom Steels- esse já era normal arrasta-se ultimamente). Zé já definhava, apesar dos incentivos da multidão que não se cansava de gritar o seu nome a plenos pulmões. Envergando um equipamento azul, Zé acabou por se deitar no chão extenuado e queixando-se de dores nas pernas. Estava exausto e não aguentava mais. Ia desistir.

Depois da passagem de toda a caravana velocipédica, um vasto comboio de ciclistas belgas e holandeses surgiu a pedalar a ritmo de passeio, envergando fatos de treino e não o equipamento conveniente. Era a equipa Rabobank toda em peso, para meu desgosto. Mandei-os parar. Só conhecia um- o Lars Boom. Os outros eram-me perfeitos estranhos. Queria-os apresentar à minha mãe mas não sabia o nome de nenhum.

Acordei. O telemóvel tocou. Enquanto me preparava, ia pensando nesta última parte de uma noite bem agitada Oniricamente. Zé Azevedo já terminou a carreira, segundo me parece. Agora, se não estou em erro, é director desportivo da equipa Radioshack. Quanto ao outro ciclista que ia com ele, ou era o Tom Steels ou o Tom Boonen. Inclino-me mais para o primeiro.

Um dia destes quando tiver tempo vou ver como andam as coisas pelo Ciclismo. Quem são os craques de hoje? Na Rabobank quem se destaca? O Lars Boom? O Gesink?

Oh senhor Oleg, olhe que os ovos estão caros!



Vi no outro dia por acaso na televisão que um bando de políticos lá no seu país se desentendeu em plena sessão no Parlamento, chegando mesmo a arremessar ovos e outros objectos uns aos outros. Segundo me vieram dizer, foi o senhor que lhes forneceu os ovos de graça porque já não os conseguia vender. É verdade?

Aí, tal como vai acontecendo também cá no nosso burgo, as pessoas não conseguem poupar. Ao mesmo tempo que há quem passe fome e tenha de vir por aí fora numa carrinha daquelas...como e que chamam àquilo?...há gente a desperdiçar ovos assim a arremessá-los uns aos outros. E as crianças que andam mal nutridas e a precisar de umas gemadas. Os pais não lhes compram os ovos porque o salário é baixo e os produtos de primeira necessidade, segundo ouvi dizer, são tão ou mais caros do que cá. Quanto custa por aí uma dúzia de ovos? Muito para o parco salário de um ucraniano de classe média, se é que isso existe.

Os Senhores Deputados, em vez de lhe terem comprado os ovos para servirem de arma de arremesso aos seus opositores, deviam-nos ter comprado para oferecer às famílias carenciadas com filhos pequenos e cujos seus elementos um dia destes atravessam fronteiras apinhados numa carrinha de nove lugares onde vão umas vinte pessoas. Chegam aqui a Portugal e, apesar das licenciaturas em áreas cujos portugueses desconhecem para que servem e acham uma falta de tempo estudar, os seus compatriotas limpam as retretes dos portugueses que têm menos habilitações académicas. Ou então são explorados em empresas manhosas de construção civil cujos donos já responderam por inúmeros processos de falsificação de documentos e crimes fiscais. Isto sem falar naqueles que são enganados por compatriotas que lhes exturquem o dinheiro que vão ganhando a trabalhar doze horas por dia ou mais nessas tais empresas desses patrões sem escrúpulos.

E alguns dos Senhores Deputados que naquele dia até tinham estreado fatinhos novos e sapatos lustrosos importados de algum costureiro em Paris? Ficaram com as suas roupas e os seus belos penteados adornados de gemas e claras de ovo. Se calhar foi mesmo para não danificar a sua toilette que um dos belos exemplares da espécie política se arriscou a abrir um guarda-chuva dentro da Assembleia. Arriscou é mesmo a palavra certa para qualificar o acto. Então aquele senhor não se lembrou que dá azar abrir um guarda-chuva dentro de casa? É que pode atrair morte, segundo os mais supersticiosos. Arriscou muito, o indivíduo só por causa de meia dúzia de ovos que “choveram” para o local onde ele estava.

Lá que andem ao soco e ao pontapé uns aos outros até nem se perde nada. Lá que arranjem uma bandeira gigante para envolver todos aqueles lugares como forma de protesto para uma eventual perda de identidade nacional até é de aplaudir, não fosse o caso de os têxteis também estarem pela hora da morte...ah espere...os têxteis têm vindo a ser deslocados para o Leste por a mão de obra ser mais barata. As fábricas de confecção de tecidos que por cá fecham vão para aí e então há tecido aí com fartura para se fazerem as bandeiras do tamanho que se quiser. Por acaso havia excesso de tecido amarelo e azul em armazém, porque não aproveitá-lo para protestar na próxima sessão parlamentar? Nem que leve com uns ovitos em cima não faz mal porque as gemas e as claras têm uma tonalidade amarela. A parte azul também é fácil de lavar. Se as nódoas não saírem, não há problema em queimar o tecido porque de onde veio este, há lá muito mais.

Avise aí esses políticos que o Carnaval por aqui, salvo erro, foi no dia 16 de Fevereiro. Agora não é tempo de aqueles artefactos deflagrarem. A menos que se aplique a regra dos tecidos: estavam a estragar-se e o próximo Carnaval ainda vinha longe. Além disso, os Senhores Deputados são um pouco grandinhos- na minha opinião- para se entreterem a arremessar bombinhas de fumo uns aos outros. Ovos, bombinhas...são umas perfeitas crianças, estes políticos. Se se passassem a reunir no jardim infantil não ficaria nada mal. Se calhar as criancinhas de quatro anos ainda teriam de os colocar na ordem. A julgar pelas imagens que vi, nem me admirava nada.

Por aqui os políticos só vão chamando uns nomes uns aos outros. Nada de levarem ovos ou bombinhas. Ainda não chegámos a esse ponto mas já tivemos um ministro que passou das medidas e fez um gesto pouco abonatório na direcção de um seu oponente. Ainda ninguém se agrediu fisicamente mas pouco faltou.

A classe política é tramada. Só faz passar vergonha por este Mundo fora, não é verdade? Mesmo que lhe ofereçam o dobro por aqueles ovos que não vendia por as famílias não terem dinheiro para os comprar. São todos iguais, só o comportamento é que muda de acordo com as circunstâncias. Depois quem paga são os pobres cidadãos que têm de sofrer com as decisões que este bando de estouvados toma naquele tipo de ambiente hostil por eles criado. São todos iguais mesmo. Nenhum se aproveita!