Friday, January 30, 2015

“Nos Desenhos Animados” (Nunca Acaba Mal)- Os Azeitonas (eu Não Conhecia Isto)



Já tinha pegado no sono a ouvir rádio mas eis que, de repente, fui acordada por esta música. Logo me ergui da cama ainda pensando que estava a sonhar. Era uma música tão bela, tão suave, tão fantástica, que eu depreendi que não existiria na realidade. Não é raro sonhar com músicas que não existem. Pensei que fosse um episódio desses.

Esfreguei os olhos só para ter a certeza de que estava bem acordada. Tendo a certeza do meu estado de vigília, coloquei-me alerta para ver se diziam o título. Era a minha prioridade máxima- saber o título desta música que me acordou e tanto me encantou.

Foi feita a minha vontade e hoje aqui estou a falar sobre ela aqui neste humilde espaço que o mundo virtual me concede. Já perdi a conta às vezes que a ouvi depois disso.

Thursday, January 29, 2015

Demis Roussos

Uma vez que Demis Roussos deixou este Mundo há uns dias atrás, aqui ficam algumas músicas de que gosto do artista grego. Algumas são pouco conhecidas e não sei se as vou encontrar todas. Se aqui tivesse um CD que tenho em casa, tudo era mais fácil mas não tenho e vou tentar fazer o meu melhor. vou tentar colocar aqui músicas em línguas diferentes e de diferentes estilos e sonoridades. Demis Roussos era isto mesmo- um homem do Mundo e para o Mundo.

Começo com uma música cantada em Alemão que eu acho que ninguém conhece:



Seguem estas duas canções cantadas na língua francesa:






Esta é simplesmente fantástica:



Esta encontrei agora à procura de outra que por acaso passa na rádio e eu não sei o título:




Outra grande balada que gosto de ouvir:



Uma das músicas que não sabia o título é esta:



E tive de recorrer ao plano B que foi escrever parte da letra da música para saber o título. Como eu disse, esta música até é das que passam mais na rádio...e eu não sabia ou não me lembrava do título:









“Lovely Lady Of Arcadia”- Demis Roussos (Música Com Memórias)



Hoje o “Música Com Memórias ” é especial e vem a propósito da morte deste grande cantor do Mundo que foi Demis Roussos. Por acaso gostava das músicas dele por nos transportarem para ritmos exóticos do Mundo e por o cantor ter a capacidade de se adaptar a cantar em várias línguas e vários ritmos também.

Por acaso, de todas as rádios que fizeram homenagem ao cantor grego, nenhuma passou esta música. Não estava seguramente nas primeiras escolhas para as rádios passarem mas eu, como gosto sempre de músicas menos conhecidas dos artistas, faço a minha singela homenagem a Demis Roussos com esta música, recordando um episódio da minha vida em que ela esteve presente.

Por acaso, no dia da morte de Demis Roussos, a propósito do frio que estávamos a passar durante o almoço ao ar livre, eu fui dizendo que nunca tinha passado tanto frio como em Dezembro de 2002 em Viseu. Lembrei-me depois da esperança que tinha renascido em mim depois dessa prova e…lembrei-me do que ia a ouvir, na altura num leitor de CD portátil.

Ia na carrinha da ACAPO depois de ter tomado um merecido banho quente e me ter agasalhado até aos dentes. Fazia um frio no Fontelo como jamais havia sentido antes. Depois de fazer uma prova de oitocentos metros, fiquei completamente congelada e com a garganta em carne viva devido ao esforço.

Durante o percurso até casa, o meu corpo foi aquecendo e uma sensação agradável foi-me invadindo. Olhava para a escuridão da estrada, com Demis Roussos como companhia no leitor de CD (na altura não sabia o que era um leitor de mp3 e muito menos um IPhone).

Reflectia na jornada desportiva que tinha conseguido nesse dia de Sol e com muito frio. Estava mesmo a muito pouco de conseguir mínimos para o Europeu de 2003. Infelizmente a vida trocou-me as voltas nesse ano e nos seguintes mas guardo essa recordação da noite em que o sonho e a esperança me chegaram a emocionar.


Wednesday, January 28, 2015

Subindo até ao décimo sexto andar

Esta já é a enésima versão de um sonho recorrente que teima em me perseguir desde que existo e me lembro do que sonho. Trata-se de subir ou descer escadas e outros locais ingremes, sempre com a perspectiva de cair de grande altura presente.

Neste sonho, apanhava um elevador sem segurança nenhuma que deslizava sobre escadas que nem tinham corrimão. O cenário era alegadamente o hospital de Aveiro, onde eu e a minha mãe tínhamos acompanhado uma senhora desconhecida a uma consulta de especialidade que iria decorrer no décimo sexto andar que eu penso que aquela unidade hospitalar nem tem. Se a memoria não me falha, tinha só até ao sexto andar. Só se agora tem mais andares, coisa que eu desconheço, mas penso que não.

Metemo-nos as três naquela coisa que subia e só existe nos sonhos. Eu agarrava-me com quanta força tinha às extremidades daquilo mas já estava a bater mal. Quanto mais se subia, mais suores frios me assolavam e mais mal me sentia. E nunca mais lá chegávamos acima. Aquela espécie de elevador balançava para todo o lado. Eu tentava-me agarrar desesperadamente e já nem ia a ver as coisas direito. E se caía daquela altura?

Chegámos finalmente. A minha mãe fez-me subir aqueles andares todos só para falar com um tal de Doutor Cândido que eu não conhecia e que, envergando uma bata azul, fumava à porta de um gabinete. Eu olhava para o chão, para os meus sapatos vermelhos. De vez em quando ia dando uns passos no corredor para matar o tédio.

O despertador tocou. Poupou-me ao suplício maior que seria descer naquela geringonça mais dezasseis andares.


Caminhos de areia batida


O dia prometia bem cedo. A caminhada iria ser na Nazaré, um local bastante agradável e com paisagens deslumbrantes. A previsão meteorológica também nos favorecia. Estava previsto um radiante Domingo de Sol.

Juntamente com o grupo de caminheiros de Tomar, iniciámos a nossa jornada por trilhos que nunca antes havia experimentado. Em vez de serem de terra batida, eram de areia, com as dunas a fazerem com que o piso fosse irregular. Diverti-me imenso a percorrer esses trilhos. Estava realmente animada e a curtir a novidade que eles representavam para mim.

Depois fomos desfrutando das belas paisagens que o Mar nos ia proporcionando. Estava um rico dia e eu estava animada.

A maior dificuldade para mim nesta caminhada residiu na descida de umas longas e irregulares escadas até à praia, mas com a pronta ajuda dos meus companheiros, tudo correu bem.

Depois de um piquenique com a presença constante de um vento frio, ainda fomos passear um pouco pela Nazaré, visitando o Santuário.

Vai ser difícil escolher fotos para aqui colocar mas vou tentar mesmo escolher algumas. Tem de ser!

No trilho dos sonhos

Terei dormido mesmo toda a noite. Também estava algo cansada e só o despertador me interrompeu o sonho que estava a ter, no qual estava tão embrenhada, que o estava a viver intensamente.

Era um Sábado à tarde e encontrava-me na minha terra. No dia seguinte teria caminhada na Nazaré.

Procurava dinheiro para ir à mercearia da terra juntamente com a minha irmã, uma amiga nossa de infância e mais alguém que não me recordo quem era. Sei que éramos quatro pessoas e, em vez de irmos pela estrada, fomos por detrás de minha casa. Mas nos sonhos os caminhos são mais longos, mais sinuosos, nada têm a ver com os caminhos que eu conheço de cor e que na realidade existem nessa zona.

Lá seguimos por trilho de terra batida. Nos sonhos eu fico sempre para trás, claro está, e tenho de me esforçar sempre para acompanhar os outros. A caminhada estava a ser dura e no dia seguinte havia de partir bem cedo para caminhada na Nazaré.

Havia subidas íngremes e descidas mais vertiginosas ainda. Todo o cuidado era pouco e eu não queria perder as minhas companheiras de vista.

Num terreno a subir, cheguei mais perto delas, tal como acontece na realidade. Se quero recuperar terreno, é nas subidas. Até nem subo mal.

Chegou uma altura em que eu e a minha irmã ficamos para trás. O terreno era mais acidentado e perigoso. As outras companheiras, como não tinham problemas visuais, foram seguindo sem dificuldades de maior. Eu tentava não as perder de vista.

Tinha de me agarrar firmemente a uma espécie de raízes e escalar por ali acima. Qualquer erro podia ser fatal. Eu gritava para as duas silhuetas que avistava já em terreno seguro. Como é que elas tinham subido?

Lá tentei dar o meu melhor. As minhas mãos pareciam tenazes tentando agarrar o que quer que fosse para subir para terra firme. Fui palmilhando terreno. Uma sensação boa me invadia. Estava a conseguir. Com a ajuda dos braços e das pernas, estava a progredir sem problemas.

Estava moralizada e já a tomar impulso para continuar a subir quando o despertador tocou e pude constatar que estava a sonhar.

Jogando á bola como nos velhos tempos

Há sonhos que são uma representação do que vivemos no presente, outros que nos transportam para um passado longínquo da nossa infância e há ainda outros que, segundo se acredita, nos trazem um vislumbre do futuro.

Com este sonho que aqui passo a relatar, fui transportada para os saudosos e felizes momentos de infância em que brincava na rua até às tantas. São os melhores anos da vida, aqueles em que as preocupações são nulas e a brincadeira é a razão da nossa existência.

Fui transportada para esses tempos em que passava horas na rua a jogar à bola. Neste sonho jogava com desconhecidos que haviam atirado uma bola oficial dos dias de hoje por cima de um arame farpado. Eu tentei devolvê-la mas ela bateu no arame e voltou para trás. Então nasceu uma nova forma de entretenimento- chutar a bola para lá do arame. Assim se foi passando o tempo. Sentia-me livre, feliz, leve de espírito.

A brincadeira durou até quase ao anoitecer. Talvez tenha acordado antes de o despertador tocar.


Jogo tranquilo

Foi um Benfica mais lusitano, o que venceu categoricamente o Arouca por 4-0 num jogo a contar para a Taça da Liga.

O nosso puto-maravilha do momento- Gonçalo Guedes- começa por abrir as hostilidades com um remate perigoso.

Na sequência de um canto, César cria perigo de cabeça.

Maxi remata de longe. Ainda deu a sensação de golo.

Roberto cria perigo.

O benfiquista David Simão viu o cartão amarelo por falta sobre Gonçalo Guedes.

Rui Sacramento defende com facilidade um livre apontado por Sulejmani.

Há grande penalidade para o Glorioso SLB por falta de Tomás sobre Rui Fonte. O jogador do Arouca viu o cartão vermelho directo e Pizzi converteu o castigo máximo no primeiro golo para nós.

Seria um golaço se esta bola de Pizzi entrava.

Cristante viu o cartão amarelo mais pela sequência de faltas do que por esta falta em si.

Que golaço! Que estoiro! Que ameixa! Foi Cristante.

É em beleza que se chega ao intervalo. Vencemos por 2-0.

Entrado na segunda parte, Jonas já ali está a espalhar o seu charme.

Sai cartão amarelo para o avançado argentino do Arouca Vuletich por falta sobre César.

Derley falha um golo quase certo.

Terá ficado por marcar uma grande penalidade por falta de Miguel Oliveira sobre Derley.

Pizzi remata por cima.

Cristante tenta repetir o mesmo número de há pouco que deu aquele golaço mas desta vez não resultou.

Salvio faz o terceiro golo do Benfica numa jogada de insistência.

E Jonas faz o quarto golo. Já cá faltava o golito da ordem dele. Pizzi está nos golos quase todos.

O Glorioso SLB ganha bem este jogo, sem sobressaltos.


Personagens de novela

Inicio em beleza estas minhas crónicas futebolísticas em 2015. Acompanho agora o jogo a contar para a Taça da Liga entre o Estoril e o Gil Vicente. Os estorilistas venceram por 3-0 mas outras curiosidades me prenderam a atenção neste desafio. Os dois protagonistas deste jogo tinham ambos nomes de personagens de novelas a que eu assisti na minha juventude. Um esteve muito bem e o outro fartou-se de meter água. Acho que tenho de recuar muito para ver um jogador tão desastrado em campo. Venham daí! Isto promete!

Por acaso o Gil vicente tem a primeira oportunidade digna de registo deste desafio por Paulinho mas depois é o que se viu e o que eu passo a contar.

O Estoril marca o primeiro golo por Kleber. Gladstone fica muito mal na fotografia, como se costuma dizer. Mal já deve ficar ele sempre. É tão feio! E foi aqui que eu comecei a divagar. Kleber e Gladstone são dois jogadores brasileiros, um é avançado, o outro defesa, um joga no Estoril, o outro no Gil Vicente mas…ambos têm nomes de personagens marcantes de novelas.

Kleber era o marido de Ximena e era o prefeito da cidade onde decorria a história da novela “Pedra Sobre Pedra” que eu já vi por mais do que uma vez em repetição. Lembro-me que ele era dentista e que o costumavam chamar para qualquer coisa que estava a decorrer na cidade cuja presença dele como prefeito da cidade era indispensável. Então ele deixava o paciente na cadeira do dentista e ordenava-lhe “boquinha escancarada e não faça nada até eu voltar”. Vivia obcecado com a descoberta do autor dos gritos em noite de lua-cheia. Era interpretado por Cecil Thiré e tinha a particularidade de ser careca, mas usava uma trança no pouco cabelo que tinha.

Gladstone fazia parte da novela “Tieta” e era interpretado pelo actor Paulo José, segundo fui ver. Foi Tieta que o mandou vir à cidade com o objectivo de conquistar a sua amiga Carmosina que lhe confessou que ainda era virgem e, nos tempos livres, ainda vendia umas coisas, especialmente electrodomésticos, num camião colorido. A música dele era esta aqui. Muito apropriada para colocar como banda sonora para este Gladstone. É uma música bem cómica, como está a ser a sua exibição hoje. Parece mesmo que ele armou ali a sua tenda de prestamista.




Por acaso o Gladstone da “Tieta” tinha cabelos compridos e tinha barba. Este cabelo não tem. Já barba, tem-na quase até aos olhos, coisa que eu detesto ver.

Há um jogo a decorrer e foi mostrado um cartão amarelo a alguém. Para quem foi?

Com um pontapé acrobático, Kleber quase fazia o segundo golo do Estoril. Se ela entrava….

O cartão amarelo de há pouco foi então para Luan do Gil Vicente.

A bola ainda entra dentro da baliza do Estoril mas havia fora de jogo.

Vagner defende um remate de Luís Silva.

Afonso Taira remata com bastante perigo.

Como foi possível que um coxo destes tenha jogado um dia no Sporting?!!! Estou a falar do Gladstone, claro está. Já passou algum tempo mas eu lembro-me que ele já metia água nessa altura.

Arranjei um amigo neste jogo. Toca a animar isto, cascando neste jogador do Gil Vicente que, tal como Kleber, tem nome de personagem de novela, neste caso da “Tieta”. Vocês ainda se lembram como era o camião dele? Era colorido, com uns desenhos vistosos, tal como vistosa está a ser a prestação deste Gladstone neste jogo. Se ele andasse pelas ruas de Barcelos com esse camião acho que dava menos nas vistas do que está a dar hoje.

E o Kleber já lá estava outra vez a criar perigo.

Já que o Gladstone não ganha um único lance ao Kleber sem recorrer à falta, eis a enésima neste jogo. Espero que ele não vá para a rua. Depois de quem é que eu vou dizer mal hoje? Ele hoje deve ter acordado com os pés de fora da cama…ou então não dormiu mesmo. Não sabe o que há-de fazer à vida. Se deve continuar a conduzir o seu camião colorido carregado com electrodomésticos contrafeitos, se deve continuar a jogar a bola, coisa que ele jamais teve jeito para fazer. Agora ele vende tão bem máquinas de cozinha que pouco faltam para nos colocar a comidinha na boquinha e ainda a mastigar por nós…

Olhem só como o artista cortou a bola! Com uma faca de cozinha daquelas que vende no seu veículo ambulante se calhar cortava-a melhor, de certeza. Chutou a bola contra um colega de equipa. Isso mesmo, meu! Ah, em termos físicos ele é feio todos os dias, especialmente quando rapa o cabelo até ficar com a cabeça tipo Sérgio Cabeleira (o amigo do Kleber, não o do Estoril que lhe está a dar que fazer, mas o da novela “Pedra Sobre Pedra”) e deixa crescer aquela barba quase até aos olhos. Eu odeio ver um homem nestes propósitos. Vi uma foto dele sem barba e ele até nem é feio. Hoje é que está feio e desastrado mas desastrado acho que ele é sempre. Com barba, sem cabelo e com a exibição que está a fazer esta noite, tudo combina para uma personagem cómica.

Está a decorrer um jogo na Amoreira, eu sei que está e o jogador Cabrera do Estoril faz o segundo gola ainda antes do intervalo.

Para apimentar isto, o pior que podia acontecer ao Gladstone era José Mota substituí-lo ao intervalo por um dos miúdos dos juniores que tem no banco. Até a mim me doeria a alma, quanto mais ao Gladstone! Mas eu já há muito tempo que não via um jogador tão aselha no mesmo jogo.

O jogo chega ao intervalo com o Estoril a vencer por 2-0.

Isto é incrível! O Gil Vicente ia entrar em jogo…com dez jogadores. Adivinhem quem faltava! Ele mesmo, o Gladstone. Consta que estava a tratar da vinda de uns produtos novos para vender no seu fiel veículo ambulante que dá colorido às aldeolas ali da zona de Barcelos. Rezam as crónicas que isto se passava enquanto José Mota dava um puxão de orelhas a toda a equipa ao intervalo. Ele enganou toda a gente. Pensou-se que ele ia sair.

Vagner nega o golo ao Gil Vicente.

Por entrada sobre Kleber, Leandro Pimenta viu o cartão amarelo.

Diogo Valente cria perigo mas Vagner está bem a defender.

De cabeça, o central do Estoril Bruno Nascimento cria perigo.

Que bela cavalgada de Sebá para o desfecho do lance!

E Gladstone acordou finalmente. Desta vez esteve bem.

Que golaço! Foi Sebá. Que espectáculo!

O cartão amarelo é para Bruno Nascimento.

Sai cartão amarelo para o barbudo e cabeludo jogador egípcio do Gil Vicente que se chama Mohsen.

O jogo termina com a vitória categórica do Estoril por 3-0.

P.S.: Depois desta exibição, Gladstone rescindiu contrato com o Gil Vicente. Finalmente tomou a decisão acertada de se dedicar às vendas ambulantes.






Sunday, January 18, 2015

O cão de Santiago da Guarda


Depois de uma noite mal dormida por algum desconforto físico, cá estava eu para mais uma caminhada. O local para a sua realização era Santiago da Guarda e o Céu estava pouco nublado. Escusado será dizer que as temperaturas estavam baixas mas isso já não é novidade para ninguém. Estamos em pleno Inverno.

Um enorme cão veio ao nosso encontro logo junto ao estacionamento dos autocarros. Com uma pelagem de um amarelo alaranjado, estava bem tratado e a opinião era unânime quanto à sua beleza. Começou desde logo por nos acompanhar. Quisemos ver até onde ele ia. Como a caminhada iria terminar no mesmo local, não havia grande problema no que dizia respeito ao receio de ele se perder. Deixámo-lo acompanhar-nos nesta jornada.

Houve uma altura em que atalhámos para trilhos no meio do campo. Ele continuou estoicamente ao nosso lado.

Chegou a grande dificuldade da caminhada. Era uma autêntica escalada. Já há muito que não via uma coisa dessas. Penso que desde que fomos a Sintra. São autênticas paredes de rocha que se têm de subir com quanta força temos. Destas coisas é que eu gosto. A sensação de se concluir uma escalada destas com êxito é qualquer coisa de maravilhoso. Faz-nos sentir bem física e psicologicamente. Aquela subida culminava com um terreno plano onde estavam alguns moinhos. Parámos ali um pouco para retemperarmos forças e o nosso improvável companheiro de quatro patas foi o centro das atenções. Da minha parte, não me pude queixar. Fotografei-o, filmei-o, ia falando com ele…

A partir daí, não houve mais dificuldades no percurso e o cão foi-nos seguindo até precisamente ao local de onde tínhamos partido cerca de duas horas antes.

Está mesmo em forma para a Maratona do Cão que ultimamente se tem realizado no Porto. Depois de uma caminhada destas…

Ah, já me esquecia, ao longo do percurso, andava muita gente à caça e ouviam-se tiros. Outros cães ladraram. O “nosso” cão foi seguindo sempre com uma postura inabalável.




“Sete Preces”- Diabo Na Cruz (Eu Não Conhecia Isto)



Estava eu a ouvir a Antena 1 depois de mais um jogo e passou esta música. Como sempre acontece quando ouço uma música nova, especialmente portuguesa, comecei a prestar atenção à letra. Muita atenção mesmo.

Inicialmente pensei que este tema era dos Quadrilha. Eles é que costumam ter umas músicas assim deste género. Depois foi anunciado o título da música e fiquei a saber que era dos Diabo Na Cruz. Logo a procurei e aqui está ela aqui neste meu espaço.


Saturday, January 17, 2015

“Oásis Escondido” (impressões pessoais)


Ora aqui está uma obra que tem de tudo o que me agrada. Para além de ter acção, suspense, e mistério, também é daquelas que nos ensina alguma coisa de útil, neste caso sobre o Antigo Egipto e um pouco sobre os seus deuses e as suas crenças.

Há uns anos atrás, li com avidez o livro “Os Olhos Do Faraó” e recordei-me bastante dele ao ler esta obra. Neste caso, o inglês Paul Sussman pega numa lenda que existe desde os tempos desse faraó que terá governado cerca de noventa e três anos e cria uma história de ficção com todos os ingredientes de que gosto.

O autor desta obra teve a particularidade de criar um vilão egípcio que não estivesse ligado ao fundamentalismo islâmico ou a algo do género (o vilão desta obra até pertence aos cerca de dez por cento de egípcios que professam o Cristianismo). O indivíduo é um traficante de armas que iria enviar urânio a Saddam Hussein em plena guerra Irão-Iraque nos anos oitenta mas o avião que transporta a mercadoria cai no deserto durante uma tempestade de areia. O único sobrevivente desse desastre aéreo tira fotos de um local lendário- o oásis perdido de Zerzura. Muita gente o tem procurado sem sucesso ao longo dos tempos.

Ao longo da obra, muita gente continua a procurar o oásis perdido, desde os estudiosos do Antigo Egipto ao bandido traficante de armas que quer recuperar a sua mercadoria. Para além do atractivo do oásis, também foi aqui incluída uma pedra a que os antigos egípcios davam o nome de Benben e que tinha propriedades altamente nefastas, isto segundo eles, que tinham umas superstições e umas crenças bastante curiosas. Basta dizer que eles tinham deuses para tudo e mais alguma coisa. Só para o Sol havia uns quantos, para a noite, o dia, a areia, as rochas, as colheitas e tudo mais havia uma divindade para a qual era construído um templo imponente, daqueles que ainda hoje fazem inveja aos empreiteiros dos nossos tempos. Ah, e havia aquele deus deles com corpo humano e cabeça de cão que é o deus da morte. Eu esqueço-me sempre como se chama esse deus. Tem um nome engraçado mas não me estou a recordar como se chama. Aliás, os deuses deles têm quase todos a particularidade de ter corpo de gente e cabeça de qualquer coisa.

Resumindo, vale imenso a pena ler esta obra. Está realmente muito boa. Tem de tudo o que é preciso para cativar.

Agora vamos até ao Brasil e vamos ler uma obra sem a mesma intensidade desta.


Saturday, January 10, 2015

“Cuts You Up”- Peter Murphy (Música Com Memórias)



Vamos falar de Ciclismo e de memórias passadas! Para essas recordações me transporta esta música, vá-se lá saber porquê.

Já aqui referi inúmeras vezes que tenho tendência para associar músicas a pessoas e penso que foi isto mesmo que aconteceu com este tema. Aí em 1990 ou 1991, acompanhava eu a Volta a Portugal e, entre os participantes, havia um ciclista espanhol chamado Santiago Portillo (não sei se ainda era da família de um jogador que alinhava há tempos no Real Madrid mas isso não vem ao caso). Ainda me lembro que esse ciclista alinhava na Festina que era uma equipa que costumava ser assídua cá da nossa Volta a Portugal.

Lembro-me vagamente que esse ciclista ganhou a etapa da Senhora da Graça, se a memória não me atraiçoa.

Ah, entretanto também me recordo vagamente que por vezes havia cenas menos agradáveis entre portugueses e espanhóis em pleno asfalto. Era muita a rivalidade e lembro-me que os ciclistas da Festina andavam sempre no barulho. Era nas lutas com os ciclistas cá do burgo (especialmente com um chamado Paulo Pinto) e era nas quedas. Aliás, ainda hoje os ciclistas espanhóis parece que caem mais do que os portugueses, não sei porquê.

Hoje é possível termos na nossa Volta a Portugal ciclistas das mais variadas nações. Naquele tempo, eram essencialmente portugueses e espanhóis.

Ficam estas recordações que me estão a assolar neste momento.

Aventuras em transportes públicos

Foi sempre uma correria. E eu estou a falar da noite de sonhos movimentados que tive. Andei sempre de um lado para o outro, sempre em transportes públicos e quase sempre na companhia das mesmas três pessoas.

Inicialmente, eu, uma amiga minha e o presidente da ACAPO de Coimbra viajávamos nuns comboios muito rudimentares parecidos com aquelas automotoras que há uns anos iam para a Lousã. A acompanhar-nos estava um jovem, também ele deficiente visual, que tinha a particularidade de ser filho de imigrantes de Leste.

A primeira viagem que fazemos os quatro é num dos comboios que acima descrevi. A carruagem estava bem composta de passageiros e nós sentámo-nos todos juntos. A certa altura, o revisor achou uma moeda de um euro no chão e perguntou de quem ela era. Eu pensava que era minha e meti-a ao bolso. Depois houve uma senhora vestida de forma excêntrica que viajava connosco na mesma carruagem que deu por falta de um euro. Eu entreguei-lhe a moeda que tinha recolhido.

Saímos desse comboio. Na estação só havia comboios desses. Eram assustadores e pareciam do tempo da pré-história. No regresso apanhámos outro comboio igual. Já era noite e a viagem foi vertiginosa devido à falta de estabilidade da composição nos carris. Foi também uma aventura, embora de pouca coisa me consiga lembrar para aqui colocar.

Eu gosto mais de autocarros, na vida real ou nos sonhos. Os autocarros apanhavam-se na mesma estação daqueles comboios, por incrível que pareça. Ali também havia carrinhas, tal como há nos SMTUC. Depreendi que essas carrinhas transportavam pessoas para aldeias pequenas com pouca procura de transportes.

Continuamos a confraternizar, a rir, a conversar, enquanto aguardávamos que o motorista regressasse. Devia estar na hora de ser rendido no turno por um colega. Enquanto isso, o autocarro era todo nosso.

Fomos os quatro lá para a frente. O nosso companheiro colocou a tocar música da sua terra natal e foi uma animação completa. Um motorista chegou e ficou a olhar para nós, naturalmente pensando: “mas que peixeirada vem a ser esta?”.

Com tudo isto, nem me tinha apercebido que tinha começado a chover. Eu, que devia sair poucas paragens mais à frente, decidi-me a pedir um bilhete de volta para Coimbra. A chover como estava, não me meteria a pé. A viagem não foi perdida, valeu pelo convívio.

O despertador tocou e houve mesmo que colocar pés ao caminho.

“Future Days”- Pearl Jam (Eu Não Conhecia Isto)



Eu gosto quando alguém posta músicas no Facebook. Há sempre a possibilidade de conhecerem algo que eu não conheço. Aliás, é impossível alguém conhecer todas as músicas que alguma vez se fizeram no Mundo ao longo dos tempos, daí ser importante cada um partilhar o que conhece, o que gosta, o que ouve, nas redes sociais. Foi o que aconteceu aqui.

Não me arrependi de ter ouvido esta música que não conhecia. Gostei bastante, uma bela balada para começar mais um dia e mais uma descoberta musical.


“Concentre-se…e tente visualizar as caveirinhas dos seus avós!”


Foi com este estranho pedido que acordei sobressaltada. Eram cerca de cinco menos um quarto da manhã e ainda demorei algum tempo a adormecer. Depois voltei a entrar no mundo dos sonhos.

Comecemos por narrar este sonho desde o início. O final já o conhecem. Termina com a frase acima citada e de forma abrupta mas não se previa que assim terminasse.

Tudo começa com um evento social com desconhecidos. Havia ali comida e bebida com fartura mas, não sei porquê, não estava ali bem com aquelas pessoas. A comida era de tal forma abundante que, de uma casa de banho que ficava ao lado da sala principal, ouvia-se alguém a vomitar, provavelmente devido aos excessos ali cometidos que eram fáceis de cometer.

Lembro-me de terem sido servidos uns tremoços muito chocos e sem casca que acompanhei com mais uma cerveja que me deixou inebriada. Nos sonhos, vá-se lá saber porquê, os tremoços nunca me sabem bem…mas a cerveja sabe-me ao néctar dos deuses.

Lembro-me de ter visto umas pessoas a correr numa pista de Atletismo que era estranhamente inclinada.

O sonho prosseguiu. Já não vivia na residencial mas tive de passar a noite no meu quarto devido precisamente ao facto de ter ido a essa festa. Havia lá coisas que eram de uma pessoa que tinha participado na festa. Eu não ia muito com a cara do indivíduo nem ele com a minha.

Estranhamente, o sonho passa para o quarto da minha irmã lá em casa. A luz está acesa, eu estou estranhamente com os óculos postos e um torpor imenso invade o meu corpo. Estou prestes a cair para o lado com a moleza que me invade o corpo. Nada melhor para acabar com o entorpecimento do que o tratamento de choque a que vou ser sujeita. Aí acordo no próprio sonho e acordo esbaforida também na vida real.

A minha senhoria pede-me para fechar os olhos (tarefa que não era difícil dado o estado que acima descrevi) e para tentar visualizar “as caveirinhas dos meus avós”.

Imediatamente dei um salto e fixei os olhos na luz do tecto. Vendo a minha reacção intempestiva, ela foi dizendo:
- “Enquanto não ultrapassar essa fase, não podemos progredir. ”
Pelos vistos já não era a primeira vez que me fazia tal proposta.

Acordei e ainda estive algum tempo acordada. Quando voltei a adormecer, voltei a sonhar com outras coisas, sobretudo com gente empenhada em me chatear, fosse por passar um jingle por cima de uma musica nos discos pedidos só para eu não a gravar (nem sequer tinha pedido tal música, diga-se de passagem), fosse por se meterem na minha vida e começarem a dizer que havia toda a porcaria de comprimidos que deveria tomar para perder peso.

O melhor foi acordar de vez com o despertador.

Queijas (Sempre A aprender)

São muitas as localidades portuguesas que eu nem faço ideia onde se situam. Aliás, até faço uma ideia, servindo-me das proximidades geográficas mas nada sei sobre elas, se são aldeias, se são vilas, se são cidades, freguesias ou concelhos.

Recentemente tenho-me vindo a interrogar sobre uma localidade chamada Queijas. Vagamente tinha ouvido falar. Fui saber mais sobre o assunto.

Queijas pertence ao concelho de Oeiras e é uma freguesia desde 17 de Junho de 1993 (antes pertencia à freguesia de Carnaxide) com mais de dez mil habitantes. Foi elevada a vila em 12 de Julho de 2001.

“Máximas De Humor” (impressões pessoais)


Começamos este ano de 2015 como acabámos 2014 em termos de leituras. A sorrir um pouco enquanto dou uma vista de olhos por estas tiradas humorísticas de pessoas aparentemente famosas…mas eu não conheço parte delas. Também não interessa para nada. O que interessa é a finalidade da obra.

Foi um livro com o qual pouco me demorei, até porque ele não era muito extenso e lia-se de uma penada, como costumo dizer.

Por acaso esqueci-me de assinalar as frases que me chegaram a arrancar uma gargalhada mais audível e descontrolada, à semelhança do que faço habitualmente com obras do género. Foi pena.

Descontraídos que foram os primeiros momentos do Novo Ano, segue-se a primeira grande obra de ficção. Vamos até ao Egipto!


Tuesday, January 06, 2015

2014

Bebido que foi de um só trago o champanhe comemorativo da entrada do novo ano, apagada que foi a lareira que nos acolheu com o seu calor enquanto aguardávamos a meia-noite, calado que foi o eco dos últimos foguetes que se fizeram ouvir, é altura de fazer um balanço do ano que passou.

Pessoalmente, o ano até correu mais ou menos, atendendo às circunstâncias da minha vida. Foi um ano de desafios e também de muito trabalho mas isso faz parte precisamente dos desafios e ate é bom.

Quanto a este blog propriamente dito, foram postadas 243 entradas- menos do que no ano anterior. A falta de tempo obrigou a que não visse muitos filmes para estar aqui a escolher o melhor de 2014. Pode ser que, pelo menos uma vez por semana (normalmente costumava ser à quinta-feira) eu possa ver um filme. Realmente foi isso que fez falta em 2014.

Em contrapartida foram lidos livros que me prenderam a atenção do princípio ao fim. O melhor mesmo que li em 2014 foi “O Tribunal Das Almas”, livro que de momento não consigo localizar. Não houve um livro que me tivesse causado enfado. Com todos aprendi alguma coisa e todos me deram prazer na sua leitura.

Em relação à música, foram muitas as descobertas em 2014. Em Outubro iniciei uma rubrica mesmo dedicada àquelas músicas que aparentemente estava a ouvir pela primeira vez. Aqui trouxe algumas e outras ainda ficaram por trazer, especialmente por não saber o titula para as procurar.

A música também suscitou algumas memórias, umas mais antigas, outras mais recentes, umas divertidas, outras trágicas…Em 2015 a aposta na música é para continuar.

Em relação ao Desporto, particularmente ao Futebol, foi ano de Mundial e eu fiz os possíveis por acompanhar a maioria dos jogos. Uma vez que trabalho, ficaram por cobrir os jogos que davam às cinco da tarde e os jogos que não davam em sinal aberto. Muitas vezes estive acordada até tarde (ou tentei estar) para acompanhar os jogos e os trazer até aqui. Ah, também me lembro que estive de férias na praia nessa altura.

Outra bandeira deste meu espaço são os posts de sonhos (quando eu me lembro deles). Houve-os para todos os gostos mas quanto a isso não podemos alterar o rumo por vezes estranho que o nosso subconsciente dá às coisas. Ao longo de 2014, vivi a angústia da injustiça, participei em autênticos tratados de acção que dariam certamente bons argumentos para filmes, contracenei com colegas de trabalho, familiares e, na maioria das vezes, desconhecidos, fui transportada para paisagens variadas, ri , chorei, vivi intensamente como se estivesse em vigília.

Quanto ao post que eu elejo para post do ano, vai para um episódio que ocorreu durante uma meditação. Algo estranho e incrível. Foi uma das sessões de meditação mais bem sucedidas. Muitas vezes disperso-me mas nesse dia não aconteceu e deu origem a este post a que dei o nome de “O piquenique”.

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Bom 2015 para todos!