Thursday, April 25, 2013

Para não se ficarem a rir uns dos outros

Se foi uma enorme surpresa o Barcelona ter sido esmagado pelo Bayern de Munique por 4-0, imaginem a dose repetir-se vinte e quatro horas depois com o Real Madrid, também na Alemanha, a ser também vergado a uma derrota por 4-1 frente ao Borussia Dortmund por 4-1. De nada valeu o golo de Cristiano Ronaldo, pois o polaco Lewandowski marcou todos os golos da sua equipa.

Cedo os alemães mostraram ao que vinham. Cedo começaram por colocar a defesa dos merengues em sentido.

O Jogador Número Nove da equipa que veste exactamente como o Beira-Mar (ou o Beira-Mar veste exactamente igual a eles) chega ao golo. Nas bancadas já se exibem réplicas do troféu da Liga dos Campeões. Ainda estamos só com oito minutos de jogo.

De livre, Cristiano Ronaldo permite a defesa do guarda-redes alemão.

Só através de lances de bola parada é que o Real Madrid consegue assustar a equipa da casa.

O Borussia carrega com sufoco. O real Madrid está a ser vergado ao poderio germânico, tal como na véspera já havia acontecido ao rival Barcelona.

Reclama-se grande penalidade. Marco Reus aparece caído na área de rigor. Ainda os alemães reclamavam e já Cristiano Ronaldo aproveitava e empatava o jogo à beira do intervalo. O resultado não mais se alteraria até ao final da primeira parte (o final oficial e o oficioso).

Lewandowski volta a repetir o número de marcar nos instantes iniciais do jogo, desta vez da segunda parte. Parou toda a gente a reclamar um fora de jogo mas o golo é limpo.

Khedira vê o cartão amarelo. Penso que é o primeiro do jogo.

Lewandowski faz o hat trick pouco depois. O Real Madrid está irreconhecível.

Modric remata mas o guarda-redes alemão defende com facilidade.

Sergio Ramos cria algum perigo.

Ozil pediu tanto um cartão amarelo, que o árbitro holandês fez-lhe a vontade…mostrando-o a ele mesmo.

Agora é assinalada uma grande penalidade por falta de Xabi Alonso sobre Marco Reus. Lewandowski tem aqui a oportunidade de marcar o seu quarto golo no jogo e não desperdiça.

O homem de quem se fala vê agora um carão amarelo por falta sobre Sergio Ramos.

o Real Madrid tenta o golo mas o guarda-redes alemão opõe-se.

Lewandowski tenta o golo mais uma vez mas desta vez Diego Lopez defendeu.

Agora ao guarda-redes do Borussia de Dortmund tudo dói, claro está. Ainda há tempo também para ser mostrado o cartão amarelo a Sergio Ramos por colocar a mão na bola.

Quase que o Real Madrid marcava o segundo golo mas não marcou e sai da Alemanha, tal como o Barcelona, vergado a uma derrota pesada. Vamos ver o que isto vai dar para a próxima semana mas não deverá dar nada além da presença das duas colectividades alemãs na final da Liga dos Campeões.






Wednesday, April 24, 2013

A cabra para o banquete e o ginásio gratuito ao fim do dia

Foi mais uma noite povoada por muitos e variados sonhos. Destes destaco duas passagens da vasta actividade onírica.

Estava um belo dia de Primavera ou de Verão na minha terra. Era véspera de uma festa qualquer e faziam-se os preparativos para mais um farto banquete. Iria haver chanfana, como não poderia deixar de ser, apesar de eu não lhe tocar.

Como nos bons velhos tempos, o meu pai e o meu tio preparavam-se na eira para abater uma cabra para fazer parte do acima referido prato regional. Estavam ainda com dúvidas quanto à feliz contemplada e pediram ajuda à minha irmã e à minha mãe. Havia cabritos no pátio de umas cores estranhas. A minha irmã apontou a mãe dos cabritos mas o meu pai quedou-se por outro animal.

Fui para dentro para não assistir à matança do animal caprino. Eu em sonhos sou um pouco estranha: tenho medo dos mortos, das tempestades, não suporto ver matar animais…Liguei o rádio no meu quarto. Os estores estavam fechados. Por mais que subisse o volume do meu radio, ele teimava em não subir. Ouvia apenas um murmúrio lá fora. Menos mau.

Depois de acordar e de ter adormecido de novo, o meu subconsciente transportou-me a um local que não conhecia. Numa sala, lembrei-me de despejar o conteúdo de extintores, imagine-se. Lá fora ouvia-se uma música pimba qualquer que até era bem engraçada.

Caminhei mais para dentro do edifício e encontrei uma sala apetrechada de aparelhos de ginásio. Era um autêntico santuário. Havia máquinas para todos os gostos. Eu, apesar de saber que não posso fazer musculação, aventurei-me a fazer alguns exercícios sem exagerar muito nas cargas. Estava-me a saber bem.

Segui para a zona onde estavam passadeiras rolantes. Uma estava ocupada e fui para a que estava imediatamente a seguir. Comecei a correr, não a andar, e pensava que deveria ir ali todos os dias fazer um pouco de exercício. Afinal de contas, não se pagava nada. Apenas tinha de arranjar senhas de autocarro e vir cuidar do corpo quando me apetecesse.

A mina irmã tinha-me ligado a contar a história de uma amiga dela que eu não conhecia e que estava a passar por dificuldades por se encontrar desempregada. Estava a escrever na porta do balneário com um marcador vermelho que mal escrevia a história dela quando o despertador tocou.

Tuesday, April 23, 2013

Era véspera de Páscoa

A Páscoa já foi há uns dias mas o meu subconsciente regressa a essa época do calendário com sonhos que se passam em redor dessas festividades.

Estava eu na sala, perto do meu quarto, com o computador ligado. Na verdade nunca ligo lá o computador, pois não tenho Internet ali. Já era muito tarde e preparava-se tudo para o farto almoço do dia seguinte.

Havia algum alarido na rua. Pela janela da sala conseguia ver que pelo menos dois carros estavam na rua com os faróis no máximo. Mas o que era aquilo? Fui verificar se todas as gatas estavam em casa. Sim, estavam. De referir que as gatas não eram as nossas habituais. Eram umas gatas malhadas.

A porta da sala abriu-se. A cambalear em visível estado de embriaguez entrou o meu pai em casa. Os carros tinham vindo trazê-lo. Mas eram precisos dois?

Tentei retomar a minha actividade no computador. Estava bloqueado devido talvez à inactividade. Desliguei-o e voltei a ligá-lo. Voltou a bloquear. Não entrava no Windows.

Também me lembro de ter sonhado que caminhava na direcção do lugar. Já tinha passado a ponte e observava um risco branco desenhado na estrada. Nunca o tinha visto. A minha vizinha chamou-me:
- “Oh rapariga! Rapariga! ”
Acordei com os ecos deste chamamento ainda bem presentes na minha cabeça mas logo voltei a adormecer e a sonhar com muitas outras coisas de que não me recordo tão bem.

Esperando dificuldades, tudo se torna mais fácil





Foi num agradável Domingo de Primavera que decorreu a tradicional caminhada pelos arredores de Tomar para festejar mais uma edição do Encontro Nacional de Caminheiros.

A temperatura estava agradável e tudo exaltava a Primavera. Os campos estavam floridos e de um verde esplêndido. Tudo isto nos inspirava e nos dava alento para caminharmos também por trilhos que não tinham assim tanta lama como a que eu esperava encontrar.

Também esperava encontrar enormes subidas, penhascos e pedras soltas no chão quando se vai a descer. Pouco ou nada disso encontrei. Praticamente os trilhos eram constituídos por terra batida e com muito poucas pedras.

Em suma, foi uma jornada bem agradável e onde se tiraram fotos maravilhosas que acompanham este texto. No final houve a já tradicional feijoada e grande animação musical e nós pudemos descomprimir mais ainda dando uns passinhos de dança.

Saturday, April 20, 2013

“Phenomenae” (impressões pessoais)






Acabo de ler um pequeno livro de contos fantásticos de um escritor português pouco conhecido chamado Ricardo Lopes Moura. Se esta música foi incluída neste post, é porque também foi mencionada pelo autor no seu livro a anteceder um dos contos que destacarei mais à frente. (colocava sempre o excerto de alguma coisa a preceder os seus contos)

Esta pequena obra é uma colecção de alguns contos, uns assustadores, outros fantásticos, que têm a particularidade de serem imprevisíveis, se bem que tenha arriscado prever o final de um e tenha acertado.

De todos os contos presentes nesta pequena obra, destaco o conto “No Útero Da Mãe” pela imprevisibilidade do seu final e o conto “Vivo” que é o conto mais longo e misterioso que tem esta obra e foi o tal que eu previ o final e acertei.

Gosto imenso de obras de contos, pois também gosto de os escrever por vezes. Este tipo de contos é bastante cativante e prende o leitor até final.

Para além de gostar de ler obras de contos, também não desgosto de ler biografias. É isso que já me encontro a fazer. Continuo aqui por Portugal e encontro-me a ler a biografia do fadista João Braga, escrita por ele próprio, e a que ele deu o sugestivo nome de “Coração independente” – um dos versos do fado “Estranha Forna De Vida”.


Thursday, April 18, 2013

“Lost In The Night”- Costas Charitodiplomenos (Música Com Memórias)



Esta é daquelas músicas que ouvia na minha infância e que esqueci por completo que alguma vez existiu até ontem estar a ouvir música no Youtube e aparecer numa colectânea que alguém fez e partilhou.

Eu sempre tive a mania de associar músicas a pessoas, animais ou coisas, desde tenra idade. No caso deste tema, associei a um pequeno cão branco que tivemos e que se chamava Dick. Não sei por que associei este tema em particular ao cão. Coisas de criança. Na altura tinha aí uns sete ou oito anos.

De referi que num Sábado de Janeiro, estávamos nós em casa depois de almoço quando ouvimos a minha vizinha a gritar. Saímos à rua. Estava uma bela tarde de Sol, apesar de ser Inverno. De início não percebi o que ela queria dizer mas depois a minha mãe ordenou:
- Vai dizer ao teu pai que venha enterrar o cão!

Eu assisti ao “funeral” do Dick que ostentava no nariz apenas um pequeno rasto de sangue fruto da colisão com uma carrinha. Mais tarde a cadela abandonada que na altura andava lá por casa teve uma ninhada de cachorros. Ficámos com um e demos-lhe o mesmo nome. Desta vez o cão era preto. Também seria atropelado mais tarde.

Nota para o intérprete desta música. Dada a trabalheira que tive a escrever o seu apelido, nem quero imaginar como seria nas rádios da altura a anunciarem o seu nome. Bem, ficavam só por “Costas” ou então apenas diziam o nome da música. Também havia a hipótese de esta música passar sempre sem anúncio de título ou nome de intérprete. Devia ser o degred

Pequenas histórias oníricas de uma noite de loucura

Começa a aquecer e isso também se reflecte no meu subconsciente que também tem andado como nos seus tempos áureos nas últimas noites. O facto de as noites também serem aproveitadas para dormir quase sem interrupções ajuda bastante porque são mais horas em que a actividade onírica também é mais elevada.

Começamos com um sonho passado lá em casa. O local é o quarto da minha irmã onde eu estava às escuras, apenas algo luminoso que não sabia identificar brilhava com uma luz ténue. Ouvi barulho. Perguntei quem andava ali. Afinal era a porta do armário da roupa que se estava a abrir. Eu ia-a fechando mas ela teimava em abrir. Parecia ter vida própria.

Depois sonhei que tinha ido até à Figueira da Foz onde fui visitar uma loja com umas amigas. Por acaso, eu acho que já estive ali com a minha irmã e uma colega quando viemos da praia uma ocasião. Lembro-me que fomos comprar ingredientes para uma pizza porque chegaríamos a Coimbra já com tudo fechado. Isso foi aí há uns sete anos. Entrei ali e comecei a olhar a ver em que é que a loja tinha mudado. De facto mudou alguma coisa mas tinha quase a certeza que era a mesma onde tínhamos estado naquela tarde de Agosto. Havia grande desarrumação, sobretudo de papéis. Já não é a primeira vez que sonho com essa loja assim. É a minha representação onírica daquele local. Só pode ser. Comprei um pedaço de leitão (ou seria frango assado com molho de leitão?). Estava mesmo esfomeada e resolvi desembrulhar o petisco e comê-lo imediatamente. A gordura e o molho tinham-se colado ao papel que ia lambendo depois de ter comido. Foi assim que acordei.

Volto de novo a casa onde a minha mãe aparentemente tinha achado um pequeno gato na rua. Trouxe-o para dentro mas, passado um pouco, já tínhamos vários gatinhos em casa que bebiam leite na cozinha. A minha mãe queria escolher um mas não sabia qual. Havia dois ou três brancos e um preto. Eu disse que escolheria aquele último mas os outros ficariam lá em casa também. Eu coloquei todos os gatinhos pendurados no meu pescoço. Estava extremamente divertida assim e pedi que me tirassem uma foto.

Estava a ficar escuro quando seguia pela rua principal da minha terra em direcção a uma missa que se iria realizar em dia de festa. Não sei se estava a amanhecer, se estava a anoitecer mas penso que estava mesmo a amanhecer. Pensava nos meus jogadores de HATTRICK e tinha a intenção de comprar um chamado Matic. Queria atravessar a rua. Nos outros dias seria fácil mas, naquele momento, surgiam veículos de ambos os lados da estrada. A um Domingo de manhã e àquela hora? Que estranho! Quando atravessei, já era tarde para a missa e voltei para trás com a minha prima que entretanto me tinha chamado. Percorremos um caminho de estrada que já é habitual aparecer nos meus sonhos. Perguntei-lhe onde é que aquilo ia dar afinal. Ela conduziu-me até à entrada de um elevador que descia a pique. Metemo-nos lá dentro e iniciámos a descida vertiginosa. Quando saímos, um rapaz desconhecido ajudou-nos a descer. Trazia um folheto das eleições que se iam realizar dali a dias. Era da CDU. Ele pediu licença para rasgar o panfleto e eu disse que sim, que aquele por acaso até nem era o meu partido. Continuámos a seguir pela estrada sem casas.

Via televisão. Um empresário muito snobe lia um livor com uma voz abichanada. O autor era Sá Carneiro (o poeta ou o político?). O livro chamava-se “Renascença” e tinha uma capa preta e dourada. Ele caía tanto no ridículo de o estar a ler naqueles propósitos, que aquilo era, segundo pudemos constatar, um programa de gaffes. Acordei ainda com a voz daquele indivíduo a recitar ecoando-me na cabeça. O primeiro despertador tocou escassos minutos depois.

Wednesday, April 17, 2013

“O Dom Do Medo” (impressões pessoais)



Nem só de romances e de contos se fazem as minhas leituras. De vez em quando também gosto de ler algo sobre temas específicos. Esta obra que acabo de ler é sobre a criminalidade e a violência, sobretudo nos Estados Unidos.

Ao pegar neste livro e ao percorrer as suas páginas, vou tomando ainda mais consciência de que o país mais violento do mundo e onde se tem de viver permanentemente com medo da criminalidade violenta é a América. Não há seres humanos mais cruéis uns para os outros em todo o Planeta como os Americanos. E julgam eles e condenam a violência dos outros povos. Os outros povos ainda usam a violência no seguimento de um ideal, de uma crença, os Americanos usam-na de forma gratuita.

Fiquei impressionada com os números aqui apresentados por Gavifn De Becker- autor desta obra. As histórias com que preencheu estas páginas também nos dão que pensar. Mas anda tudo louco?

Quanto aos ensinamentos que tiro deste livro, devo dizer que me enquadro no grupo de pessoas permanentemente desconfiadas e sempre alerta para eventuais abordagens. Digamos que isso é e tem de ser uma característica inerente ao facto de ter baixa visão. Não poderei estar tão atenta aos sinais como a maioria das pessoas e por isso defendo-me como posso. Chama-se a isso instinto de sobrevivência.

No final foi dado algum destaque à atracção das pessoas por notícias sinistras que é demasiadamente explorada pela Comunicação Social de modo a nos colocar medo e nos colocar permanentemente alerta (aqui já se começa a ver um pouco isso) e a razão pela qual se pára no trânsito quando há um acidente apenas e só para observar. Não sabia que esse comportamento serve apenas para os seres humanos apreenderem técnicas de sobrevivência.

Também fiquei a saber que é muito difícil e arriscado ser-se famoso nos Estados Unidos. Há sempre alguém com uma mente pérfida e ideias hediondas que nos persegue onde quer que vamos para nos fazer as mais monstruosas atrocidades.

Numa sociedade onde o porte de armas é visto como algo normal, não admira que a criminalidade esteja em alta e seja um flagelo. E como será aqui em Portugal? Talvez o crime se tenha mantido estável ao longo do tempo e talvez haja a ideia de que hoje há mais criminalidade precisamente devido ao facto de haver mais cobertura por parte dos media e a consequente proliferação de notícias sensacionalistas. No tempo dos nossos avós já havia crimes hediondos na nossa pacífica terra, se compararmos com os Estados Unidos. Ao contrário do que acontece por terras do Tio Sam, a maioria dos crimes que aqui se verificam são passionais, derivam de assaltos e actualmente são cometidos em desespero devido à crise. Claro que há gente pervertida mas as figuras públicas nacionais ainda estão com a vida boa que os seus perseguidores as deixam levar.

Encaro a leitura deste autêntico manual de sobrevivência como extremamente positiva. Foi mais um abrir de horizontes para uma temática diferente.

Das agitadas ruas e casas americanas passo para a literatura que se faz aqui mesma. Nunca ouvi falar de Ricardo Lopes Moura mas irei ler uma pequena obra de contos que ele escreveu.

Tuesday, April 16, 2013

Uma noite das antigas





Já não me recordo da última vez em que tive uma noite bem repleta de pesadelos como esta noite que acaba de chegar ao fim.

Não me consigo recordar de pormenores mas sei que me encontrei, a certa altura, num local onde estavam expostas caveiras e esqueletos com os respectivos catálogos como acontece nos museus. Sei que existe algures um local como esse e aqui em Portugal existe mesmo a Capela dos Ossos em Évora que eu já visitei.

Sei que já estava farta de ver caveiras, uma delas tinha sangue vivo, imagine-se. Só mesmo em sonhos.

Queira mesmo sair dali para fora. Para além das imagens que se me apresentavam, também cheirava imenso a bafio, a passado, ao mofo, a algo que sempre me acompanha em sonhos com ossos.

Também me lembro de ter sonhado antes com um corpo escondido num sofá mas não consigo recordar pormenores. Em suma, foi uma noite bem agitada que terminou por volta das quatro da madrugada quando acordei e demorei algum tempo a adormecer sem que esqueletos e caveiras me voltassem a visitar.

Caminhar e comer

Passou mais um fim-de-semana daqueles bem aproveitados.

O tempo começa a estar bom e, apesar de um dente me estar a incomodar um pouco, fui fazer uma caminhada nas redondezas. Como estava a saber bem andar por ali ao ar livre! Que maravilha! Apreciando todo o esplendor que a minha terra pode proporcionar, seguia pela estrada absorvendo tudo o que me rodeava.

Para Domingo estava marcado um convívio em casa de um primo nosso. A mesa era farta. As iguarias eram variadas e toda a gente se deliciou com aquilo de que mais gostava.

A animação também foi o ponto alto do convívio. A família reunida alegremente á volta da mesa é do melhor que há.

No final todos regressámos a casa. Foram assim recarregadas as baterias para mais uma semana de trabalho.

A Teka?

Sonhei que era Domingo de manhã (realmente era) e resolvi ir à rua ver o que se passava. O dia estava óptimo, com sol e um céu azul, tal como na realidade deveria estar lá fora.

Antes de ter voltado a adormecer, ouvi um carro percorrer a estrada de forma vagarosa. Foi o último som do mundo real antes de mergulhar no mundo dos sonhos.

Levantara-me e procurara as gatas. Os meus pais procuravam algo na berma da estrada. Um carro havia atropelado uma gata. A Teka, provavelmente.

Se a gata não estivesse na berma da estrada, estaria por aí algures. Toda a gente a procurava, vindo-a a encontrar atrás do portão do terraço. Acordei nessa altura.

Friday, April 12, 2013

Marcar golos decisivos em tempo de descontos a equipas famosas por fazerem isso é brutal

Só faltam dois jogos para o Glorioso atingir a tão almejada final da Liga Europa e tentar ganhar. Agora resta aguardar pelo sorteio mais logo, ultrapassado que foi o Newcastle.

O ambiente em St. James Park era electrizante com música dos Status Quo a animar as bancadas que vibravam ainda antes do jogo começar.

Com tudo isto, o jogo prometia ser um verdadeiro espectáculo e começou bem cedo com um belo lance de calcanhar de Lima que poderia ter marcado o primeiro golo.

Melgarejo “engana-se” a tirar um cruzamento. Sai um remate bem perigoso à baliza. Se entrasse, seria um belo golo mas estava lá o guarda-redes adversário bem atento.

Cissé está por terra e muito queixoso. Se ele sair é que são boas notícias. Este avançado é muito perigoso.

O guarda-redes do Newcastle agora mete água. Gaitan tentou aproveitar mas apareceu um defesa que cortou sobre a linha de golo. O Benfica está a jogar agradavelmente bem.

Enzo Perez vê cartão amarelo e parece também que Artur também viu. Isto ficou-se a dever a protestos, claro está. Com isto, o Jogador Número Trinta E Cinco do Glorioso fica impedido de alinhar no próximo jogo que esperamos vir a alcançar.

Sentado no chão, Sissoko parece lesionado de forma a não poder prosseguir. Vai ser assistido fora do terreno de jogo e regressa aparentemente limitado. Melhor para nós!

Salvio remata ao lado.

Enzo Perez remata e o guarda-redes do Newcastle larga a bola. Sorte não estar ninguém por ali. A noite não está a ser tão feliz para o guarda-redes holandês como foi na passada semana. Hoje anda muito trapalhão.

A bola ainda entra na baliza do Benfica mas Cissé estava fora de jogo. O intervalo chega pouco depois. Os ingleses estavam a carregar mas o nulo é o resultado que favorece para já o Benfica e o que se verifica neste momento.

André Almeida leva a mão à bola, cortando um lance de contra-ataque, e vê amarelo. Tal como Enzo Perez, o Jogador Número Trinta E Quatro do Glorioso não poderá alinhar no próximo jogo que, para já, se perspectiva no nosso horizonte com este resultado que ainda se verifica.

Ola John remata por cima.

Agora há um livre perigoso a favor dos ingleses. O árbitro croata assinalou uma falta muito perigosa de Lima. Vai por cima o livre.

Sai mais um remate perigosos de Gaitan.

Outro fora de jogo tirado a Cissé e outra vez a bola dentro da baliza de Artur. O avançado senegalês vê o cartão amarelo.

O Jogador Número Quatro do Newcastle viu agora cartão amarelo por entrada dura sobre André Almeida.

Um erro de Matic permite ao Newcastle chegar ao golo. O marcador nem podia ser outro que não Cissé.

O Jogador Número Treze do Newcastle vê cartão amarelo por falta sobre Gaitan. Na cobrança desse livre, Garay atira ao lado.

Agora é o Jogador Número Seis do Newcastle a ver o cartão amarelo.

Enzo Perez atira a bola quase para fora do estádio. Sem perigo.

Gaitan é o perdulário da noite. Teve mais uma oportunidade de fazer o golo mas voltou a falhar.

GOOOOOOOOOLOOOOO! SALVIO! É para o treinado do Newcastle se calar. Queria marcar nos minutos finais, costuma marcar por Cissé nos minutos de compensação e agora sofrem um golo na altura em que tanto gostam de marcar. Acabou! Já estamos nas meias-finais! Sofremos nestes instantes mas valeu a pena. Agora é só aguardar pelo sorteio mais logo.




Wednesday, April 10, 2013

Que grande jogo, meus amigos!

Já imaginaram a loucura que seria se acaso o Galatasaray, depois de ter perdido em Madrid por 3-0 e de ter sofrido um golo bem cedo na partida da segunda mão, seguisse em frente na Liga dos Campeões? Pois isso esteve para acontecer. Ainda se sonhou com essa possibilidade que, se acaso tivesse acontecido, seria certamente recordada para a eternidade. É por isto que o Futebol é uma das modalidades desportivas mais adoradas do Mundo.

O ambiente nos estádios turcos e muito característico. Os adeptos são ruidosos e quase que carregam com a equipa nas suas gargantas. Apesar deste ambiente ensurdecedor, o Real Madrid não se intimidou. O perigo rondou a baliza turca com grande intensidade e nem assim os adeptos se calaram.

Estamos apenas com sete minutos de jogo ou la o que é e Ronaldo já faz estragos marcando o primeiro golo da partida. O Galatasaray agora já não tem a mínima hipótese.

Empolgado por mais um golo, Cristiano Ronaldo executa mais um remate perigoso.

O Galatasaray renta ainda reduzir.

Por protestos, Snejder vê o primeiro cartão amarelo da partida.

Pela segunda vez no jogo, Di Maria esteve perto de marcar. O cruzamento é de Ronaldo, o remate é de Di Maria e a defesa é de Muslera.

Por ter contraído uma lesão muscular, Essien tem de sair e dar o seu lugar a Arbeloa.

Diego Lopez tem de se aplicar a remate de Snejder.

Bolut atira a bola por cima. Tire-se, no entanto, o chapéu a este jogador turco porque sofreu falta para grande penalidade e prosseguiu a jogada. Vê-se que nunca alinhou no Futebol cá do burgo!

Farto de fazer faltas e de protestar, Eboue só agora vê o cartão amarelo quando estamos já em tempo de descontos da primeira parte.

O intervalo chega com o Real Madrid muitíssimo bem encaminhado para seguir para as meias-finais da lLga dos Campeões.

Atenção á entrada do Jogador Número Cinquenta E Três do Galatasaray! Esta substituição viria a ser decisiva para o que se viria a passar a seguir e que passo a narrar. Terá sido o dono da revolta e do querer turco.

Ainda há tempo de Ronaldo falhar um golo de baliza aberta. O Galatasaray responde de imediato e Eboue faz o golo do empate.

Como é que Snejder falha este golo???!!!!

Depois de ter falhado uma oportunidade escandalosa de golo, Snejder faz o segundo golo da sua equipa. Ele já merecia.

Não foi preciso esperar muito para ver Drogba a fazer o terceiro golo. Por este andar, o Galatasaray ainda pode tentar o impossível que é eliminar o Real Madrid que se instalou confortavelmente em cima da vantagem que cedo conseguiu para agora estar a ver a equipa adversária a dar espectáculo. A entrada daquele jogador, que parece muito rápido e combativo, veio trocar ali as voltas a Mourinho e seus pares.

Cristiano Ronaldo ainda tenta fazer alguma coisa mas não sai nada de jeito.

Drogba agora estava fora de jogo. Que sorte para o Real Madrid! É que o jogador da Costa do Marfim ainda colocou a bola dentro da baliza.

Arbeloa faz uma falta perigosa e vê um cartão amarelo. Escassos segundos depois, Arbeloa chama maluco ao árbitro e este saca do segundo cartão amarelo para lhe mostrar. Quem é que afinal não tem dois palmos de testa? O Jogador Número Dezassete do Real Madrid tinha acabado de ver o cartão amarelo, o árbitro ainda mal o tinha assentado no bolso e já ele estava a protestar? Enfim, deve-lhe meso ter dado uma coisinha má.

Estamos numa fase em que o Galatasaray está a ganhar livres sucessivos e muito perigosos. O Real Madrid parece um pouco desconcentrado.

E tem de ser Cristiano Ronaldo a fazer alguma coisa. Fecha o jogo tal como o abriu- com um golo. Agora sim, o Real Madrid pode acalmar um pouco porque as meias-finais já não lhe vão fugir.

Ainda há tempo do Jogador Número Cinquenta E Três do Galatasaray ver o cartão amarelo por falta sobre Cristiano Ronaldo. O jogo acaba pouco depois com a vitória do Galatasaray por 3-2. Na outra eliminatória também se assistiu a um jogo dramático. O Málaga quase causava uma surpresa mas o Borussia de Dortmund marcou o golo da vitória nos instantes finais. Ficou com o mesmo resultado do jogo que estivemos a acompanhar.



Tuesday, April 09, 2013

Resumo bem resumido de uma semana de férias

Foi mais uma semana de merecido descanso, de pura diversão, de revigorantes caminhadas, de agradáveis leituras, de apetitosas iguarias e de aconchegantes momentos passados na companhia da família e amigos.

Muito haveria para contar mas, para variar um pouco, aventurei-me a resumir uma semana em algumas palavras.

Passei no teste?

Friday, April 05, 2013

O Futebol das suecas e a troca da mochila

Tenho estado de férias. Isso implica dormir até mais tarde e ter alguns sonhos disparatados. Eles foram ricos e variados, desde o já tradicional botar para baixo de pessoas que na realidade não o fazem até outras situações mais ou menos embaraçosas.

Destaco do vasto rol dos meus sonhos as seguintes situações:

Numa manhã de algum sol em Coimbra, preparei tudo para esperar o autocarro para mais uma caminhada. A saída da Rodoviária era às oito e meia, como quase sempre acontece.

Já estava junto dos meus colegas há algum tempo, aí há cerca de dez minutos mas, só quando o autocarro se preparava para partir, é que constatei com algum horror que levava a mochila trocada. Na realidade tenho duas mochilas azuis. Uma estaria vazia e a outra tinha tudo o que era necessário para a jornada daquele Domingo. Inclusive tinha lá o casaco impermeável que poderia ser preciso.

Pedi se podia trocar a mochila e disseram-me que já estávamos atrasados. E agora? Aleguei que nunca antes haviam estado à minha espera mas nem assim. Acordei e suspirei de alívio por me ter visto livre de tal situação embaraçosa.

Não me recordo se ainda foi nessa manhã que sonhei com algo muito diferente. Sonhei que havia um jogo de Futebol Feminino onde participava uma equipa de adolescentes suecas que tinha a particularidade de jogar com camisolas de Futebol com números e tudo a que as camisolas de Futebol têm direito mas…os calções eram substituídos por nada práticas saias bem curtas e travadas. Nunca tinha visto coisa igual.

A Jogadora Número Dez também saiu aí aos quinze minutos de jogo de forma bastante estranha. O motivo prendeu-se com uma súbita indisposição.

E têm sido assim estes últimos dias em termos oníricos.

“As Duas Sombras Do Rio” (impressões pessoais)



Esta é mais uma das minhas incursões pela literatura de Língua Portuguesa, mais concretamente, de Moçambique e do escritor João Paulo Borges Coelho.

Esta obra fala-nos de um tempo de guerra e da forma como um rio une e separa as comunidades. É um excelente romance de época e um excelente testemunho de como se vivia nos anos oitenta, em plena guerra civil em Moçambique.

Esta obra está cheia de termos africanos, alguns bastante engraçados, que nos poderão dificultar um pouco a compreensão. Por exemplo, fiquei a saber que “nhacoco” é crocodilo e “nganga” é curandeiro. Há outro termo desses a que achei imensa piada mas não me recordo agora. Sei que se referia a uma bebida.

Nesta obra destaco ainda um episódio caricato e que me fez lembrar José Saramago nos seus belos tempos. Ele, que tanto gostava destes eventos. Iam num barco depois dos bombardeamentos e pernoitaram numa floresta. Não se podiam acender fogueiras porque chamava a atenção do inimigo. Tudo estava em silêncio e em alerta máximo. Na hora mais morta da madrugada, deu uma forte diarreia a um passageiro que teve de ir pela calada da noite e sem fazer barulho aliviar-se junto ao arvoredo. Agora imaginem: tudo calado, tudo alerta a captar o mais ténue barulho e eis que ouvem alguma coisa. Os soldados desatam aos tiros e toda a gente acorda. Gera-se a confusão. E o que era? Um homem simplesmente a evacuar a sua diarreia.

Apesar de haver pouco sal e pouca pimenta numa obra como esta, a mesma vale como um importante contributo cultural para nos dar a conhecer como se viveu num Moçambique em guerra.

De seguida leirei uma obra que não é um romance. Mais uma. Também promete ser uma leitura bem enriquecedora.


“Lembranças Macabras” (impressões pessoais)



Múmia…mas pouco. É assim que começa esta magnífica obra da norte-americana Tess Gerritsen que me soube cativar da primeira à última página.

Para além do forte argumento deste livro, ele também está muito bem estruturado. Basta referir que começa tal e qual como acaba, com a autora a dar voz a uma das suas personagens que narra esses dois capítulos e nos vai informando das suas emoções, motivações e sentimentos.

Refira-se que acertei no criminoso mais uma vez. Estas trocas de identidades normalmente não me enganam. A partir do momento em que não se sabe onde está o sujeito apontado pela Polícia como presumível autor dos crimes, começa-se a pensar em alternativas e é esse o caminho a seguir.

Para além de ser um excelente romance policial e de suspense, esta obra também tem uma componente cultural muito forte- coisa rara num romance policial. São-nos ensinadas muitas coisas ao longo destas páginas, desde as técnicas de mumificação usadas pelos Egípcios, passando por outras tradições culturais, até às turfeiras que conservam os corpos durante muitos e longos anos.

Por tudo isto, atribuo nota mais do que positiva a esta obra. Até ao momento, é a melhor que li este ano e, com esta, já são duas excelentes obras que tenho o prazer de ler, cada uma delas diferente.

Desanuviando um pouco das emoções, viajo até Moçambique para ler a obra “As Duas Sombras Do Rio”.