Friday, September 30, 2011

Despindo-me no trabalho

Este é um pequeno sonho que irei passar a partilhar.

Estava normalmente a trabalhar no meu gabinete. De repente senti uma espécie de comichão. Era tão intensa que me levou a tirar toda a minha roupa, desde a primeira peça até à última.

Estava eu a arrumar umas cuecas pretas que tinha tirado quando um desconhecido irrompeu inesperadamente pela porta do meu gabinete. Não entrou. Ficou a espreitar de olhos arregalados através da porta entreaberta.

Fiquei sem qualquer tipo de reacção de tão envergonhada que estava. O que fazer? Nem reacção tinha para enfiar rapidamente qualquer peça de vestuário.

Acordei algo intrigada. Por acaso nesse dia, umas escassas horas mais tarde, lembrei-me desse sonho. Pode-se dizer que ele se realizou ao contrário. Estava eu agora realmente no meu gabinete. Comecei a sentir frio. Como era sexta-feira, resolvi vasculhar na minha mochila e tive de enfiar uma camisola que até tinha para lavar. Não deixei de olhar para a porta do gabinete mas ninguém entrou. Que mal tinha vestir uma camisola?

Thursday, September 29, 2011

Tudo ao molho (a ver se chegam todos vivos)

Começava a amanhecer. A velha ambulância branca com uma lista azul percorria as estradas esburacadas da aldeia. O semáforo incidia sobre as vidraças embaciadas das casas baixas . Começava a faina para Celestino Dionísio.

O motorista dos Bombeiros tinha por missão transportar os doentes para as unidades hospitalares do Porto para ali realizarem tratamentos e efectuarem consultas. Se as condições de trabalho já não eram as melhores, pioraram consideravelmente com os cortes que é preciso fazer no que diz respeito ao transporte de doentes. Todos os dias passaram a ser um suplício porque a ambulância vai superlotada e as queixas são mais que muitas.

No banco da frente, junto ao condutor, vai Adelaide Vasconcelos, cinquenta e oito anos, que vai fazer mais uma sessão de hemodiálise. O genro podia-a ter levado ao hospital mas o horário foi-lhe mudado recentemente e passaria a entrar ao serviço por volta das cinco da manhã. A seu lado no outro banco viaja Albertino Abrunheira que já conta mais de oitenta anos e não tem mais idade para se ralar com chatices como as que normalmente costumam acontecer naquelas viagens.

Dali a nada, a velha e gasta ambulância ficará cheia de doentes a caminho do Porto. Se for como da última vez em que o velho precisou do transporte dos Bombeiros para ir á consulta dos ossos…

Albertino Abrunheira recorda que, há sensivelmente duas semanas, a ambulância teve de parar aí umas dez vezes sem exagero. Iam quatro pessoas à frente e só pode ir o condutor e mais duas. Atrás seguiam umas dez pessoas, incluindo três idosos acamados e não incluindo duas crianças de tenra idade que iam ao colo das mães.

Há muito que Celestino Dionísio tem alertado para o estado lastimável em que se encontram as viaturas dos Bombeiros. Nem uma ambulância se aproveita e as melhores são usadas em situações de emergência. Ficam as que estão em pior estado para o transporte de doentes. Se não chegarem à consulta às oito, chegam às nove ou até às dez.

Naquela manhã, a sobrecarregada ambulância branca com uma lista azul arrastava-se penosamente pela estrada. Para além de vir a menos de vinte por hora, ainda fazia uma chinfrineira horrível na tentativa desesperada de se mover. Algumas pessoas abriam as janelas para verificar qual era o veículo que por ali passava. Se acaso o alarme da ambulância viesse ligado, seriam menos os curiosos que se levantavam da cama e iam espreitar o que tinha sucedido.

Ao subir uma ladeira íngreme de uma pequena aldeia, a ambulância quase andou para trás, tal era o peso da carga. O veículo ainda parou à porta de casa de uma moradora. Alzira Bulhão era cliente habitual dos Bombeiros e raramente estava pronta quando a ambulância lhe parava à porta. Numa ocasião estava ainda na cama quando a ambulância chegou e tiveram de estar meia hora à espera dela.

Desta vez a ambulância parou com uma guinada à porta da velha casa amarela. Como a inquilina não se encontrava junto à porta, Celestino Dionísio aplicou duas valentes buzinadelas. Uma vizinha ainda pegou no porta-moedas e, em camisa de dormir que quase arrastava pelo chão, perguntou se já era o peixeiro que lá vinha. Vendo que era a ambulância, voltou a correr para dentro e o bombeiro não escondeu uma sonora gargalhada.

Ao fim de quinze minutos, Alzira Bulhão lá apareceu ainda a vestir um casaco vermelho de malha e a enfiar a carteira dos documentos dentro da sua bolsa. Ainda mandou o bombeiro esperar um pouco porque tinha de verificar se tinha apagado o gás, se tinha deixado o ferro desligado e se tinha deixado a chave na porta. Quando voltou ainda pediu ao bombeiro que não fosse embora sem que ela passasse uma última vistoria à sua bolsa, pois tinha medo de se esquecer do dinheiro e dos documentos. O bombeiro ainda resmungou que a tinha visto colocar a carteira dos documentos na bolsa. Dando uma olhadela à casa antes de arrancar, Alzira Bulhão ainda ficou especada a pensar se tinha deixado água ao cão. Com tudo isto, já a manhã ia alta.

Ressonavam lá atrás. Era uma idosa que ia deitada numa maca que até ia meio inclinada para dar espaço para caberem outras duas e duas cadeiras de rodas de dois senhores que tinham sofrido AVC e que agora iam para a reabilitação.

Numa travagem mais brusca, uma das macas que ia inclinada precipitou-se para cima de outra e as suas duas ocupantes terminaram ridiculamente abraçadas uma à outra. Como estavam muito senis, logo se arranharam e puxaram os cabelos uma à outra. Só alguns quilómetros à frente é que Celestino Dionísio deu conta do burburinho que cada vez mais subia de tom.

Colocadas as macas no sítio, a viagem prosseguiu mas foi por pouco tempo porque uma das mães de uma criança de colo acabou por se sentir mal, tendo mesmo desmaiado. Albertino Abrunheira praguejava, acrescentando cada vez mais palavrões a cada frase que proferia. Com tudo isto já levavam quase uma hora de atraso.

Um forte cheiro a gasolina invadiu as narinas dos doentes e alguns já se queixavam de dores de cabeça e de enjoo. Uma das idosas que ia numa maca tinha já vomitado, mas ainda não se tinha notado o cheiro por o odor a gasolina ser activo de mais. A ambulância ia a derramar combustível. Ao preço que ele estava…

Nem mais um passo aquela viatura podia dar nessa manhã e ainda estavam longe do hospital. Celestino Dionísio telefonou para o quartel a ver se um seu colega vinha ao seu encontro com outra viatura. O comandante dos Bombeiros começou a resmungar do outro lado da linha e Celestino perdeu as estribeiras. Sem se preocupar em ser ouvido pelas pessoas que transportava, o condutor da ambulância mandou o comandante para um lugar pouco recomendável. Alzira Bulhão ficou muito escandalizada, ela que havia aproveitado a paragem para verificar novamente o conteúdo da bolsa e para se pentear com uma escova de plástico de cor branca.
Eugénio Rosário apareceu uma hora depois com uma ambulância branca com uma lista encarnada que parecia em melhor estado mas…era visivelmente mais pequena. Como iria caber toda aquela gente lá dentro?
Ainda se teve a ideia de levar os acamados primeiro e depois vir buscar os outros mas logo um coro de protestos se fez ouvi. Alzira Bulhão ergueu a sua voz bem esganiçada para dizer que ia reclamar.

Procedeu-se à espinhosa tarefa de retirar os doentes da viatura avariada. Ao tentar tirar os senhores das cadeiras de rodas, verificou-se que ambas se tinham entrelaçado uma na outra e o espaço de manobra para as tirar era muito reduzido porque as macas ainda estorvavam.

Tiraram-se as macas primeiro e essa tarefa ainda demorou aí uns dez minutos porque uma das idosas estava muito agitada e não parava quieta. As outras duas macas, já se sabia, estavam inclinadas e havia que as retirar com todo o cuidado.

Apesar de se terem retirado as macas para a outra viatura, as duas cadeiras de rodas continuavam entrelaçadas uma na outra e nenhum dos bombeiros conseguia detectar onde é que ambas estavam presas. Queria parecer a Celestino Dionísio que uma das cadeiras, para além de presa na outra, ainda estava unida à própria viatura por um qualquer parafuso solto.

Ali estiveram meia hora só para decidir como resolver este imbróglio. Com tudo isto já passava e muito das nove da manhã e toda a gente apresentava um humor péssimo. Por fim lá se tiraram as cadeiras para a outra viatura. Bem apertadas, as duas cadeiras e as três macas lá couberam à justa e a ocupação dos dois bancos da frente gerou ali grande discussão. Ambos os bombeiros decidiram, para grande desconsolo de Alzira Bulhão, que quem os ocuparia seriam as mães com as crianças ao colo. Estava a ficar calor e as crianças já choravam.

Houve então que chamar um táxi para transportar os restantes mas…com eles a pagarem e era se queriam chegar mais depressa.

Hoje Celestino Dioniso só pede uma viagem mais tranquila mas não irá ter essa sorte. Enquanto estiverem em vigor estas condições de transporte de doentes só se podem esperar mudanças para pior.

Wednesday, September 28, 2011

As linhas que já foram escritas

Ver texto “Que raio de Verão é este?”

Isto de o blog andar sempre atrasado até tem as suas vantagens. No dia em que ocorreram estes fenómenos pouco habituais para um dia de Verão, por acaso calhou eu relatar outro dia semelhante…passado há sensivelmente um mês atrás, ilustrado com um vídeo desse mesmo dia que eu ameacei fazer logo nessa manhã quando anunciaram chuva forte.

Temi pelo meu património mais para Sul. A chuva ali foi abundante e Portugal até se encontrou em alerta amarelo.

Hoje escrevo (ou recordo) estas linhas. Passa quase um mês e, como nem sempre se pode ter sorte, está uma autêntica manhã de Verão, de fazer inveja a m

Como vou eu ver um jogo do Glorioso sem o Jara?

Hoje é colocado um ponto final sobre o mercado de transferências. Até Janeiro, não haverá mais compra e venda de jogadores para ninguém.

À boa maneira portuguesa, os clubes aproveitaram mesmo até ao último segundo da abertura do mercado para darem os últimos retoques no seu plantel.

As grandes novidades prenderam-se com as saídas de Postiga e Yannick do Sporting. Saragoça e Nice foram respectivamente os seus destinos.

No Benfica confirmou-se o que eu tanto temia de há uns dias a esta parte. Franco Jara segue por empréstimo ate ao Granada mas o Benfica renovou-lhe o contrato antes de o emprestar. Sempre significa que conta com ele.

Estou inconsolável com a saída do meu jogador preferido do Glorioso. Eu que tanto gosto de o ver jogar e adoro a forma como ele se entrega. Sei que até será uma oportunidade para ele jogar mais e evoluir mas, a ser emprestado, preferia que o fosse a um clube português porque simplesmente gosto de o ver jogar.

Apesar de vibrar sempre com os jogos do meu clube, não irei vibrar tanto como na época passada. Cada golo que o Jara marcava era uma festa. Lembro-me de um golo no Estádio da Luz ao Estugarda para a Liga Europa. Foi um grande golo! Ainda cheguei a tempo a casa do trabalho para o poder festejar efusivamente.

Esperemos que para a próxima época ele regresse e continue a dar muitas alegrias ao clube e a quem gosta imenso de o ver jogar como eu gosto.

Sunday, September 25, 2011

O progresso

Todo este sonho se baseia numa viagem ao passado. Foi há mais de dez anos que nós fomos até ao Ribatejo para jogarmos Goalball em Vila Franca de Xira ou em Vialonga. Sei que nós pernoitámos numa quinta em Vialonga. O espaço era enorme e nós pernoitámos num palácio muito bonito. Tive pena de não ter tirado fotos e de termos percorrido o espaço já de noite.

Hoje recordo essa viagem na perfeição. A caminho do local onde íamos ficar, eu ia perguntando ao Senhor Mário as localidades por onde passávamos. Hoje no trabalho, sirvo-me dessas recordações para reconstruir uma espécie de mapa mental dessa zona. Se a memória não me falha, penso que o Benfica até jogava no estádio do Alverca nessa noite e se notava o tráfego intenso nessa zona. Em Vialonga a carrinha da ACAPO deslizava na estrada sem grande dificuldade.

No sonho tentava recordar essa viagem face a uma reportagem recente que passava na televisão que foi feita nessa mesma zona.

O que tinha eu agora ido lá fazer? A reportagem era muito vaga e várias temáticas eram abordadas. Numa versão do meu sonho, a localidade que havia conhecido há dez anos estava bastante modificada e desenvolvida. O progresso era imenso.

A localidade tinha um clube de Futebol grandioso, enormes prédios com lojas modernas, indústrias...A grande diferença prendia-se com o movimento nas ruas que era imenso. Na altura que lá estive, num Sábado à noite, percorremos a rua sem problemas. Havia também gente famosa que representava a terra em termos nacionais e mundiais. Estou a falar de gente famosa.

Noutra versão do meu sonho os centros comerciais apresentavam lojas vazias. Lembrava-me que há dez anos havia uma enorme oferta de produtos variados.

Quando acordei, lembrei-me que não andei ali a passear. Apenas lá passei.

Não se viu, só se ouviu

O Benfica tinha de vencer o Nacional da Madeira em casa dos insulares para manter intactas as aspirações ao título. O Braga venceu o Setúbal por 1-0 e o Benfica precisava agora de três pontos para se colar aos minhotos na perseguição ao Porto.

O nevoeiro, sempre o nevoeiro naquele Estádio do Nacional! O jogo ameaça ser atribulado ou mesmo não se realizar por causa do nevoeiro. Acho que já era altura de a Liga tomar algum tipo de medidas face a estas condições deste recinto desportivo. As equipas adversárias do Nacional são fortemente prejudicadas porque os jogos são suspensos muitas vezes e as equipas terão de ficar na Madeira. Na época passada houve um jogo que durou três dias. Salvo erro foi com a Naval. O nevoeiro não deixou concluir o jogo. Se hoje acontece o adiamento do jogo, vai ser complicado face ao calendário do Benfica que está a lutar em várias frentes.

Apesar da ameaça do nevoeiro, o jogo ao menos inicia-se e Candeias já remata. Já há um canto a favor do Nacional.

Numa altura em que o nevoeiro se começa outra vez a cerrar, Artur defende um remate de Mateus.

Está iminente a interrupção do jogo por causa do tradicional nevoeiro do Estádio do Nacional da Madeira. Isto vai ser lindo!

É interrompido o jogo por parte do árbitro. Não se vê mesmo nada. Agora é esperar que o nevoeiro dissipe. Este jogo irá durar até às tantas, caso não seja suspenso de vez.

Mas não, o jogo é reatado alguns minutos depois.

Mais uma cortina de nevoeiro. Não se vê um chavo. É nessa altura que Cardozo marca o golo do Benfica. Um golo que a maioria dos adeptos não viu. Alguns só se aperceberam que era golo porque ouviram o barulho daqueles felizardos que, através da cortina de nevoeiro, conseguiram ver a bola no fundo da baliza do Nacional.

O jogo é interrompido novamente. Vai ser sempre assim até final...ou até ser interrompido de vez. Há a ideia de mudar a cor da bola para se poder ver melhor. Agora a equipa de arbitragem transporta uma bola de cor laranja que se vê melhor com estas condições climatéricas.

O jogo recomeça. Afinal não houve mudança na cor da bola. Quem não quer saber se a bola é laranja, branca ou da cor de burro quando foge é Cardozo que remata para grande defesa do guarda-redes do Nacional da Madeira que também aposto que nem viu de que cor era a bola. Apenas a sentiu e a sacudiu.

O nosso amigo Luís Alberto agora anda pegado com Cardozo. Com este nevoeiro, provavelmente nem está a conhecer o jogador com quem se está a meter. O paraguaio não é para brincadeiras.

O nevoeiro regressa em força, o que não impediu Artur de fazer uma grande defesa.

Mateus cria mais um lance de perigo para o Nacional e Emerson evita males maiores para a sua baliza.

O intervalo chega com a vitória parcial do Benfica por 0-1.

A segunda parte começa completamente livre de nevoeiro. Vamos a ver se continua assim. Entretanto registe-se a substituição de Nolito por Bruno César.

João Aurélio do Nacional da Madeira vê amarelo por falta perigosa sobre Gaitan. Artur defende uma situação de Danielson.

Candeias cria mais uma situação de perigo antes de o Nacional da Madeira ficar reduzido a dez jogadores porque João Aurélio vê segundo amarelo por falta sobre Bruno César.

Gaitan enceta um grande remate mas a bola vai para fora.

Fica por mostrar um cartão vermelho directo a Filipe Lopes por agredir Witsel com uma cotovelada.

De livre, Aimar remata para fora. A bola ronda com cada vez mais perigo a baliza do Nacional. O guarda-redes defende como pode.

Com um domínio tão avassalador, não espanta o Benfica chegar ao segundo golo já em tempo de descontos por intermédio de Bruno César.

O Benfica cumpriu a sua obrigação de vencer para não ver fugir os seus mais directos rivais na luta pelo título.

Sporting precisa de ir à bruxa

À terceira jornada, o Sporting perdeu em casa com o Marítimo por 2-3 e atrasou-se face aos restantes adversários na luta pelo título.

Foi um jogo em que de tudo aconteceu à turma de Alvalade que até esteve a vencer até ao intervalo.

Na segunda parte o Marítimo entrou de rompante e apontou dois golos de rajada em dois lances que não tiveram a melhor oposição por parte da defesa do Sporting.

O Sporting empatou o jogo quando já tinha esgotado as substituições todas. O autor do golo- o espanhol Jefrem- lesionou-se ao apontar o golo, imagine-se. O Sporting ficou assim a jogar com dez.

O jogador do Marítimo Baba, que pode estar de saída, apontou já em tempo de descontos o golo da vitória dos madeirenses.

O Sporting tem mesmo de ir à bruxa! Essa do jogador se lesionar a marcar golo e a equipa ficar com dez jogadores fica para registo no Grande Compêndio dos Casos Incríveis do Futebol Português.

Cuidar da beleza

A minha irmã e uma amiga nossa impingiram-me a ir a uma esteticista para dar uns retoques na minha imagem. Acedi apenas e só porque no meu trabalho me é exigido ter uma imagem cuidada. Não é que eu ligue muito a essas coisas.

Lá tive eu de acordar cedo, quando deveria estar a descansar de mais uma semana de trabalho (que por acaso até foi calma) para as acompanhar.

Elas julgavam que eu ia ter medo de ir à esteticista. Eu lá tenho medo de alguma coisa desse género? Simplesmente não ligo a essas coisas.

Elas ficaram desiludidas, se acaso se queriam rir às minhas custas. Deviam achar que os retoques estéticos me haviam de doer. Eu sou uma pessoa que já suportou dores físicas horríveis e nenhuma dor que eu saiba o que a provocou me assusta. Já ultrapassei dores nos ossos que se desfaziam simplesmente ao tocar-lhes, já ultrapassei dores nos olhos, já ultrapassei inúmeras cirurgias e problemas de saúde delicados. Iria ser uma sessão de Estética que me havia de fazer vergar? A mim não me incomoda minimamente, pois a minha tolerância à dor é acima do normal.

Depois de termos ido cuidar da beleza, fomos às compras. O objectivo da minha irmã agora era cuidar da beleza da nova inquilina da casa- a cadela Laika- que os meus pais acharam nas imediações de casa.

“Voo Final” (impressões pessoais)



Este é mais um livro que gostei de ler. O enredo passa-se durante a Segunda Guerra Mundial, quando as tropas de Hitler invadiram a Dinamarca sem que se vislumbrasse algo que os Dinamarqueses fizessem para manifestar a sua repulsa face a esta invasão.

Ken Follett conta-nos a história de um jovem que se interessa por tudo o que é máquina e essa curiosidade leva-o, numa tarde a caminho de casa, a deparar-se com uma engenhosa máquina que se encontra numas instalações que por acaso ajudou a construir.

Enquanto isso, os Britânicos andavam algo intrigados pelo elevado número de bombardeiros capturados pela Força Aérea Alemã. Estes dois factos cruzam-se e dão origem a uma obra literária bem interessante.

Harald, o jovem que se interessou pelas instalações alemãs na sua terra natal, é o protagonista desta história. Do outro lado temos o seu vizinho Peter Fleming que é um polícia e faz de tudo para agradar aos Alemães sem olhar a meios. Peter causou em mim uma sensação repugnante. Dá vontade de o agredir, de o esbofetear. A forma como ele espezinha os outros é digna de um ser repugnante que não merece confiança nenhuma.

As famílias de Harald e de Peter já tinham as suas desavenças e também se encontram agora divididas quanto à ocupação nazi. Harald e o irmão são contra a invasão e tentam resistir a ela. Peter persegue os dois jovens com a sua equipa de detectives para estabelecer a ordem tão do agrado dos invasores.

Harald foge de casa e esconde-se num mosteiro abandonado ao lado da casa de um colega de escola. O pai do seu colega possui um avião idêntico aos que existem na escola de voo onde trabalhava o seu irmão.

Harald tirou umas fotos da base alemã que havia visto. As fotos seriam entregues ao seu irmão Arne que depois as entregaria à sua noiva que era inglesa. Peter havia capturado e prendido o irmão de Harald. Quando estava a ser interrogado, para não comprometer o irmão e os seus companheiros, Arne pôs termo à vida e a corrente inicialmente traçada quebrou-se.

Foi assim que surgiu a ideia de reparar o pequeno avião que estava arrumado no velho mosteiro e com ele voar até Inglaterra para entregar as fotografias antes de um combate que já tinha data marcada para se realizar. Harald e Karen- irmã do seu colega- empenharam-se a fundo para ter o avião pronto para poderem voar. Todos os contratempos iam sendo resolvidos graças ao engenho de Harald em lidar com as máquinas.

No dia em que iriam partir, a bailarina Karen teria finalmente a sua oportunidade num musical. Uma queda em palco quase estragou os planos da viagem mas a jovem, embora debilitada, resolveu partir nessa noite.

Peter e seus seguidores estavam junto ao velho mosteiro quando o avião levantou voo mas, ao perseguirem-no, embateram num camião cisterna dos alemães e o carro explodiu. Foi uma morte merecida para Peter.

Os jovens chegam a Inglaterra, depois de sucessivas manobras no ar para ludibriarem a perseguição de caças alemães.

As fotos são entregues aos Ingleses. Apesar de algumas baixas, os Ingleses vencem o combate contra os Alemães e os jovens são convidados a criar de forma mais organizada a Resistência Dinamarquesa que até ali existia de forma ilegal.

Como nota final, vinha referido que a Resistência Dinamarquesa foi uma das mais activas contra os Nazis.

Bem, de seguida irei acabar um livro que comecei a ler há alguns meses atrás e que deixei para o lado. Dando uma arrumação nos meus livros, encontrei-o e irei concluir a sua leitura. Lembram-se do sonho dos Castrati? Pois bem, vou retomar a leitura do livro de Casanova do ponto onde o deixei.

A consulta

Apresento, desde já, as minhas mais sinceras e sentidas desculpas por este sonho ser tão pequeno. Acontece! Nem sempre tenho aqui altas narrativas de quatro páginas em documento de Word para colocar neste meu humilde espaço que afinal até é visitado por muita gente. Se lêem ou não o que eu escrevo, aí já não tenho nada a ver com as intenções de cada um ao visitar o meu blog.

Sonhei que ia ter uma consulta médica e compareci a ela sem me lavar ou trocar de roupa interior.

Como se não bastasse este incómodo, esta consulta estava a decorrer numa espécie de auditório, com uma vasta assistência que a comentava.

Tuesday, September 20, 2011

Devem os mais ricos pagar a crise?

Esta é a pergunta que mais se tem feito ao longo dos dias. Devem os mais ricos e poderosos suportar grande parte dos custos da crise?

Tudo começou nos Estados Unidos. Um grupo de cidadãos milionários isentos de impostos fizeram saber ao Governo que não fazia sentido a dívida americana estar a aumentar e eles continuarem isentos de impostos. A moda percorreu outros países e também chegou cá ao nosso burgo.

Aqui em Portugal, grandes famílias com grandes fortunas não vêem com bons olhos o facto de passarem a pagar impostos. Muitos empresários e banqueiros recusam a ideia de poderem custear a crise.

Não se trata de poderem custear a crise, trata-se de uma questão de justiça social. Na hora de apertar o cinto, quem mais sofre são os trabalhadores que pouco têm para dar. Quando há fortunas não declaradas que muitas famílias possuem de há muitos anos a esta parte, ultrapassando gerações e gerações, acho que está na altura de também esses colaborarem no resgate financeiro do País onde vivem comodamente sem se esforçarem.

Não vejo por que razão os portugueses são mais que os americanos que se voluntariaram para pagar impostos como o comum dos cidadãos. Talvez esteja aqui em causa uma questão de patriotismo e de valores.

Veremos no que dá este debate mas causa-me imensa impressão como é que pessoas que nada fazem conseguem ter altas vivendas, o guarda-roupa recheado com tudo o que é bom e haver pessoas que trabalham todos os dias a contar os trocos para comprar comida porque o Estado cada vez os massacra com impostos, subida de custos de vida e perda de direitos. Todos têm de suportar a crise de igual modo.

Pedalada de Witsel

O Benfica apurou-se para a fase de grupos da Liga dos Campeões ao vencer no Estádio da Luz o Twente por 3-1. Depois de um empate a duas bolas na primeira mão, o Glorioso atinge assim o primeiro objectivo da época.

Ainda o jogo mal começou e já Aimar remata à baliza. Depois é Javi Garcia que executa um remate fraquíssimo à figura de Mihailov.

Nolito ia marcando o seu sexto golo em seis jogos consecutivos mas o remate foi para fora. O espanhol, obcecado com a possibilidade de bater o recorde que pertence a Eusébio não terá visto Gaitan desmarcado e em melhor posição para fazer o golo.

Chovem protestos das bancadas porque o árbitro alemão interrompe uma jogada perigosa do Benfica para mostrar um cartão amarelo a Douglas. Na sequência do livre que essa falta originou, Cardozo remata por cima. O mesmo jogador fez logo a seguir uma nova falta sobre Aimar. A continuar assim, o central brasileiro do Twente arrisca-se a não terminar o jogo.

Sai o terceiro ou quarto remate de Cardozo ainda nesta primeira parte por cima. O avançado paraguaio remata muito mas pouco acerta.

Foi por um bocadinho assim que não foi golo. Entretanto Cardozo faz um autêntico passe para Mihailov.

Aimar quase marca numa jogada de contra-ataque muito bem conseguida. Do outro lado, Ruiz remata para fora. E falha-se, falha-se, falha-se...não admira que o jogo chegue ao intervalo com um nulo no marcador.

A segunda parte promete outra eficácia atacante. O Benfica já marca por intermédio de Witsel. Logo a seguir, o belga volta a rematar com perigo.

Entretanto Cardozo continua a falhar. O paraguaio continua com os pés frios e Garay tenta a sua sorte. Como o avançado está em noite não, talvez outros jogadores tenham a pontaria mais afinada.

E lá está. Luisão marca golo de cabeça após um canto. De Cardozo hoje é que não há nada.

Gaitan remata para à figura de Mihailov.

O agitador Jogador Número Vinte E Quatro consegue chegar à baliza mas Artur defende.

Witsel marca o segundo golo e ninguém já tira a presença na fase de grupos da Champions ao Benfica.

Chega a notícia de que o Trabzonspor foi repescado para a Liga dos Campeões.

Ambos os guarda-redes têm de se aplicar. Mihailov nega o golo a Aimar.

Antes de sair, Cardozo ainda tem tempo de tentar sem êxito o golo pela última vez. Apesar de muito ter falhado, Cardozo sai debaixo de fortes aplausos.

Antes de o jogo terminar, Ruiz ainda marca o tento de honra para o Twente, colocando o resultado final em 3-1. Witsel deu uma sapatada no jogo e fez com que o Benfica não tivesse uma segunda parte sofrida.

Estamos na fase de grupos. Aguardamos pelo sorteio para ver que equipas nos calham em sorte.

Não havia transporte directo para Coimbra

Íamos viajar e sentia-se o natural clima de euforia que antecede esses momentos. Já fazíamos os meticulosos preparativos para esta nossa viagem que, se a memória não me falha, seria a um destino paradisíaco.

Quando regressámos da viagem, esperava-nos uma monumental festa preparada por amigos e familiares na qual não faltava o leitão à Bairrada. O local dessa festa era o terreno onde há sensivelmente três anos ocorreu um incêndio.

Já nos encontrávamos em solo nacional. Perguntámos por autocarros para Coimbra e disseram-nos que só no dia seguinte teríamos o transporte que necessitávamos. Eu resolvi logo o problema. Apanharíamos um comboio para a Figueira da Foz e dali apanharíamos novo comboio com destino a Coimbra.

Na estação vendiam-se frascos enormes de uma água-de-colónia barata e com um odor pouco agradável. A minha irmã resolveu comprar um frasco desses e eu pude constatar que ele era igual a um que já lá existe em casa.

Quando chegámos a casa, a minha prima estava à minha espera com uns calções que não lhe serviam para me dar. Experimentei-os e eles também não me serviam. Ela insistia para que eu ficasse com eles mas não ia dar. Roupa que não me serve tenho eu muita.

Olhei então para as calças que trazia vestidas. Estavam todas rasgadas.

A noite de sonhos chegava ao fim e iniciava-se um dia bem complicado de trabalho.

Pequeno sonho com temporal

Estava extremamente cansada e mole, talvez por ter dormido muito poucas horas nas noites anteriores.

Quando regressei a casa do trabalho, resolvi descansar um pouco e passei pelas brasas sem me aperceber. Foi apenas por breves minutos mas deu para sonhar.

Mais uma vez, o mau tempo povoou os meus sonhos. Aqui o temporal era impressionante.

O Céu nocturno apresentava um tom lilás. Até parecia que a cor normal era essa e os escassos segundos em que o Céu apresentava o tom escuro normal da noite é que eram os relâmpagos, tal era a intensidade impressionante da trovoada.

Nunca antes havia visto algo semelhante. Naturalmente saquei do telemóvel para filmar tal fenómeno. Acordei quando colocava o telemóvel a gravar. Estava algo confusa e demorei algum tempo para me situar no tempo e no espaço.

SportZone onírica

O tempo agreste que se verificou durante toda a noite influenciou a actividade onírica. Fortes tempestades acompanharam-me mesmo enquanto dormia.

Sonhei que se aproximava um temporal medonho. Andando pela cidade, tivemos de nos abrigar numa espécie de centro comercial antes que as condições climatéricas adversas se adensassem.

Claro que aproveitámos para percorrer algumas lojas. Como não podia deixar de ser, optei por uma loja de Desporto, uma espécie de SportZone. Vi lá uns sapatos dos quais muito gostei. Eram castanhos e estavam no meio-termo entre sapatilha e bota.

Quando me preparava para os adquirir, toda a gente me impediu de o fazer...por serem sapatos de homem. Nesta altura do campeonato, todas as pessoas que me conhecem bem já devem saber que eu odeio sapatos ou roupa de mulher e opto por coisas mais práticas. Estava furiosa com toda a gente.

Virei-me para outros artigos. Havia lá muito por onde escolher. Devido à extensa variedade de produtos, não sabia o que comprar. Tudo era do meu agrado.

“Orgulho E Preconceito” (impressões pessoais)



Há cerca de três anos, fui com a minha irmã e uma amiga dela até Aveiro. A certa altura, começámos a falar de livros e ela admirou-se de eu conseguir ler livros do Stephen King de madrugada por serem livros perturbadores.

No meio da conversa, ela disse-me que um dos livros que mais gostou de ler foi “Orgulho E Preconceito”. Eu disse-lhe que também tinha esse livro e que o iria ler quando me surgisse a oportunidade para tal. Essa oportunidade surgiu agora.

Eu não concordo com ela, talvez porque os nossos gostos literários sejam diferentes. Não são muito do meu agrado obras que apenas descrevem sentimentos e situações e onde falta uma pitada de acção, suspense e sensações aterradoras.

Esta obra, que é já um clássico da Literatura Mundial, vale pela descrição de usos e comportamentos de uma determinada época, da sua estratificação social, dos preconceitos em relação ao casamento entre pessoas de classe social diferente e muito mais.

É curioso verificar a completa inversão de valores que se verificou desde a época em que se desenrola a acção desta obra e os tempos modernos. Lembro-me do episódio em que a irmã de Bingley tentava deturpar a imagem de Elizabeth perante Darcy dizendo que ela estava magra e morena. Hoje em dia dá-se mais valor a uma pessoa bem morena e bronzeada e a uma pessoa elegante, ao contrário dessa época.

O maior pico de acção que esta obra teve prendeu-se com o paradeiro de Lydia. Essa jovem poderia ser qualquer uma das jovens de hoje. Comportava-se exactamente como tal e por isso era condenada na época e na sociedade em que vivia.

Faltou aqui algo. Quando Catherine ameaçou que ia impedir o casamento de Elizabeth e Darcy, não se viu nada que ela fizesse. O casamento ocorreu sem incidentes. Daria outro sal e outra pimenta à obra transformar a tia de Darcy em vilã e narrar todas as suas jogadas rasteiras para evitar o casamento. O livro teria mais capítulos mas seria interessante. Assim ficamos com uma obra completamente insonsa, do meu ponto de vista literário. Eu, que gosto de um bom thriller e apenas leio estes livros para desanuviar um pouco e para conhecer outras realidades.

Mais acção terá certamente o próximo livro que vou ler. Também se trata de um romance de época mas com mais acção e algo para aprender. Não demorarei nem metade do tempo que demorei a ler este. Quanto mais interessante for o livro, mais rapidamente o acabo.

Tuesday, September 13, 2011

Sumernight Storm

Que final de tarde e que noite de intenso temporal! Eis uma amostra:

Orgulho no meu primo

Para este domingo estava reservado um almoço de toda a família no recém- inaugurado restaurante do nosso primo. O meu pai e alguns familiares e amigos já lá tinham ido tomar uma refeição mas o nosso primo resolveu convidar a família toda e preparou-nos um almoço. Para não variar, a minha mãe não marcou presença e resolver ficar em casa, alegando que precisava de ir ao cemitério.

Chegámos ao restaurante. Tudo se preparava para mais uma enchente. O espaço é amplo e servem-se petiscos variados. Para nós foi primeiro confeccionada uma sopa de peixe que estava uma delícia. Igualmente divinal estava o arroz de tamboril. Foi de comer e chorar por mais.

Não podia faltar o tradicional leitão à Bairrada. Aliás, havia uns panfletos à entrada para se eleger o prato típico da nossa região como vencedor das Sete Maravilhas Gastronómicas de Portugal.

Toda a gente havia comido muito bem. Tudo estava maravilhoso. Eu apreciava o espaço e sentia orgulho no meu primo. Sempre o conhecemos desde sempre e desde sempre que ele teve o bichinho da restauração. Agora era o concretizar de um sonho e estou muito feliz por ele. Aquele espaço enorme cheio de gente, a família ali reunida…que felicidade!

Muito perto do sonho

Numa reedição da final que há vinte anos que deu a vitória a Portugal no Mundial sub-20, desta vez Portugal não conheceu um final feliz porque a sorte não esteve com as nossas cores e Oscar estava com a pontaria afinada.

Portugal lutou até à exaustão por dar uma alegria a todos os portugueses que ficaram acordados madrugada dentro à espera de festejarem.

Infelizmente morremos na praia e sofremos o terceiro golo já no final do prolongamento. Mesmo assim foi uma prestação de sonho destes jovens jogadores que reclamam um lugar nas equipas da Superliga pejadas de sul-americanos, muitos deles de qualidade duvidosa.

Resposta à letra

Depois de na véspera o Porto ter derrotado no Dragão o Gil Vicente por 3-1, o Benfica também receber e venceu o também recém-promovido à Superliga Feirense por idêntico resultado. Ambas as equipas irão lutar arduamente pelo título.

Numa exibição muito periclitante que fazia com que os adeptos roessem as unhas, o Benfica acabou por ser feliz no resultado. De repente o que parecia ser difícil tornou-se fácil e a vitória surgiu com naturalidade.

Os golos foram apontados por Nolito, Cardozo e Bruno César- um golaço do brasileiro que tinha vindo do banco. Quem não voltou a sair do banco foi Jara. Infelizmente tudo se conjuga para a sua saída.

Arranque da Liga Europa

Iniciou o apuramento para a fase de grupos da Liga Europa 2011. Braga, Nacional da Madeira, Vitória de Guimarães e Sporting tentariam a sua sorte.

Os resultados abrem boas perspectivas para todas as equipas, se exceptuarmos o Vitória de Guimarães que perdeu em Madrid com o Atletico por 2-0. Ambos os golos foram marcados pelo brasileiro Elias.

Sporting, Braga e Nacional da Madeira adiaram tudo para a segunda mão. O Sporting por acaso jogou com a mesma equipa dinamarquesa que havia já defrontado no ano passado. Fez uma exibição que deixou um pouco a desejar.

Sunday, September 11, 2011

“Queria que não voltasse a ser noite”

Sempre há com cada uma!

Sonhei que via um noticiário à noitinha. Dava o resumo de um jogo entre o Rio Ave e o Beira-Mar que ficou empatado a zero e que foi disputado numa segunda-feira à noite. Terá sido um daqueles jogos habituais que se disputam nesse dia, por volta das oito e um quarto. Depois os senhores do Futebol admiram-se de os estádios estarem vazios. Um jogo à segunda-feira à noite, quando as pessoas têm de ir trabalhar no dia seguinte? Deixem vir o Inverno a ver se não se podem contar a olho nu os espectadores de certos jogos disputados nesse horário!

Voltemos ao sonho! Depois do resumo propriamente dito, entrevistaram várias pessoas Uma senhora muito exaltada, com pronúncia do Norte (devia ser adepta do Rio Ave) mostrava a sua indignação e protestava “para que não voltasse a ser noite”. O que ela poderá ter querido dizer foi que não queria o jogo àquela hora tardia. Da maneira como o disse, facilmente se depreendia que ela não queria mesmo que anoitecesse. Ora isso é um protesto que nunca será atendido. Faz parte da Natureza anoitecer e nada se pode fazer contra isso. Não pude deixar de me rir. Seria mais uma cena para os apanhados das notícias que tanto gosto de ver no Youtube.

Discutia com alguém as contratações sonantes do Beira-Mar. A equipa aveirense havia contratado vários jogadores do Benfica. Na minha opinião, Balboa teria aqui uma oportunidade para se mostrar. Jara iria fazer imensos golos. O Beira-Mar seria uma boa equipa para ele rodar.

Acordei. Para meu desconsolo, Jara não será emprestado ao Beira-Mar. Era meu desejo que o argentino que eu tanto aprecio continuasse a alinhar na Superliga, de modo a continuar a segui-lo, mas isso não vai acontecer.

Estamos nas meias-finais

Portugal venceu a França por 2-0 e está apurado para as meias-finais do Mundial de sub-20.

Nelson Oliveira, figura importante desta Selecção, começa desde logo a criar perigo.

Foi logo aos oito minutos que Portugal se colocou em vantagem na sequência de um canto, Danilo aponta o nosso primeiro golo.

Mika faz uma monumental defesa a livre cobrado pelo Jogador Número Seis da França. Em desvantagem, a França começa a ser perigosa e a rematar muito.

Por pouco não era o empate para os franceses.

Danilo ainda tenta repetir o número de há pouco que deu o golo às nossas cores. Para além de não ter conseguido obter o resultado de há minutos atrás, ainda tocou a bola com a mão.

Está a jogar Júlio Alves- irmão de Bruno Alves e de Geraldo. Terá Washington só estes três filhos? No Futebol Português havia os Gama que eram mais que muitos e todos jogavam na segunda liga. Bruno Gama- o mais novo deles ainda o ano passado jogava no Rio Ave mas penso que foi para Espanha.

Mika arranjou um amigo neste jogo. É o Jogador Número Seis da França que não pára de o testar com sucessivos e perigosos remates à baliza.

Danilo cai na área. O árbitro não tem contemplações em assinalar a grande penalidade e em mostrar cartão amarelo ao jogador francês. Chamado a converter, Nelson Oliveira não falha. É o 2-0.

Registe-se duas oportunidades de golo. É uma de cada equipa. Primeiro Nelson Oliveira desperdiça mais um golo e depois o Jogador Número Dezassete da França também não consegue finalizar da melhor maneira. O jogo está bom.

O intervalo chegou com a França no ataque. Pudera! Portugal vence por 2-0.

A segunda parte começa tal com terminou a primeira- com a França a pressionar imenso. É uma aberração completa a forma como se falhou este golo agora por parte da França.

Já é o enésimo remate desferido pelo Jogador Número Seis da França. Muito rematam eles, especialmente este. Mika tem de estar atento e já defende mais um dos inúmeros remates que os franceses estão a aplicar desde que se apitou para o reatamento do jogo.

Desesperados por não conseguirem mudar o rumo dos acontecimentos, os gauleses começam a demonstrar todo o seu mau perder e começam a endurecer o jogo. Como resultado disso, Nelson Oliveira já saiu tocado.

Júlio Alves vê cartão amarelo. Não tarda está o caldo entornado, se é que não começou já a entronar. Agora Júlio Alves aparece por terra porque o jogador sobre o qual fez a falta se vingou.

Voltemos ao Futebol, já que o Vale-Tudo fica para outras núpcias. Apesar de a França ainda ter tentado mais alguns remates até ao final do jogo, o resultado não se alterou e Portugal está nas meias-finais onde vai defrontar a Argentina.

Saturday, September 10, 2011

Comboios, elevadores e cozinhas

Estes são os ingredientes para mais uma aventura onírica. Narremo-la então!

Eu e os meus amigos da ACAPO fazíamos uma viagem algures por Portugal. O meio de transporte escolhido foi o comboio.

Esta viagem era muito engraçada e insólita. Nunca apanhávamos o comboio no mesmo sítio e nunca passávamos pelo mesmo local. Numa dessas ocasiões, passámos por um enorme armazém que tinha à porta um amontoado enorme de caixas de papelão de todas as cores, tamanhos e feitios. A entrada estava completamente obstruída. Como é que se passava lá para dentro com aquela tralha toda ali?!!! Mas esta gente não tem vergonha de ter toda a porcaria ali mesmo à entrada? Ainda por cima estava mesmo á beira da estrada ou da linha do comboio. Dava mesmo que pensar.

Sonhei com uma senhora de meia-idade que estava no hotel, hospital, clínica ou lá o que era aquele espaço que íamos visitar. Ela tinha lá ido parar por ter sentido uma simples indisposição digestiva. Mais tarde correu o boato de que ela tinha morrido e toda a nossa comitiva ficou consternada.

Era hora da refeição. Um agradável aroma a comida vinha de algures. Por acaso a visita à cozinha daquele local fazia parte do nosso programa de actividades. Seria dali que vinha o agradável e acolhedor cheirinho a comida.

De referir que aquele edifício tinha um aspecto novo e moderno. Parecia ter sido construído há muito pouco tempo. Provavelmente seria por isso que o fomos visitar. O que era propriamente, nunca compreendi e também não era para compreender tratando-se de um espaço onírico. Provavelmente passarei por um local como este um dia destes mas por agora não estou a ver onde isto possa ficar. Admirei-me de possuir um elevador tão reles.

Era um elevador antigo, quase parecia um teleférico ou um elevador exterior. Como protecção apenas tinha uma barra de ferro pintada de branco. Agarrei-me a ela com unhas e dentes, sempre com a sensação de que ia cair dali a qualquer momento.

Para complicar mais as coisas, o elevador ia sobrelotado com o nosso grupo. Ficávamos ali muito apertados contra a frágil protecção. Julgámos que o elevador não ia sequer subir mas subiu.

Entrámos finalmente na cozinha onde estavam dispostos todos os ingredientes. Fritavam-se doses industriais de batatas num fogão enorme como nunca havia visto igual. Havia gente a preparar mais para fritar.

Tudo aquilo estava preparado para nós experimentarmos também a fritar batatas. Era uma espécie de workshop de cozinha.

Acordei. O despertador também tocou dali a momentos.

Temos guarda-redes!

Alguns dias depois de o Benfica ter iniciado a Superliga com um empate a duas bolas ante o Gil Vicente, igual resultado foi alcançado na Holanda diante do Twente no jogo que dá acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões. Foi um jogo em que Artur Moraes brilhou, mostrando aos adeptos que fiquem tranquilos e não pensem nos fantasmas do passado e fazendo com que Eduardo se preocupe seriamente porque assim vai mesmo ter de trabalhar muito para roubar a titularidade ao brasileiro.

O jogo começou bem movimentado. Gaitan faz o primeiro remate do jogo. Dá a sensação que a bola vai para fora mas o guarda-redes ainda toca.

No lance seguinte, o Jogador Número Nove do Twente faz o golo e os benfiquistas começam já a roer as unhas. Avizinha-se mais uma jornada de sofrimento.

Apesar de o Benfica não estar a jogar bem, empatou o jogo num lance que nasce de uma magnífica jogada de Aimar e que é finalizada por Cardozo. Um golo fora é muito importante nas competições europeias e o Benfica acaba de apontar um.

Artur começa o seu espectáculo com uma defesa a evitar o segundo golo do Twente.

À meia hora de jogo, sai um remate dos pés do lateral-esquerdo do Twente.

Quem marca é o Benfica ainda antes do intervalo. O autor do golo é Nolito. O Benfica deu a volta ao resultado desfavorável e já vence.

Artur brilha por duas vezes ainda antes do intervalo. Primeiro defende um livre muito bem cobrado por Ruiz e depois aplica-se a um remate do jogador Número Sete do Twente. Se o Benfica chega ao intervalo a vencer por 1-2, a culpa vai inteirinha para Artur que impediu a marcação de dois golos quase certos no final da primeira parte.

Gaitan sempre tem uma pontaria…Na época passada enfiou sem querer uma joelhada na cabeça do guarda-redes do Estugarda, que o fez sair inanimado de campo. Agora acertou no Jogador Número Vinte do Twente. Ia a rematar e apareceu a cabeça do outro à frente. Fora do campo, ele cambaleia mas parece que vai regressar.

O Twente agora carrega, cria muito perigo, os adeptos acordam e Artur continua tranquilamente a defender o que surge.

Artur defende agora um remate do autor do golo do Twente. Há pouco o remate de um jogador da equipa holandesa nem sequer saiu enquadrado com a baliza. Saiu por cima.

Nolito consegue sacudir a pressão dos holandeses e consegue rematar sem perigo.

O Twente massacra a baliza do Glorioso e Artur tem imenso trabalho pela frente. Está a dar conta do recado.

Saviola falha um golo em zona frontal. No outro lado do campo, Artur dá espectáculo. Está a fazer um magnífico jogo.

Cardozo só não fez o terceiro golo do Benfica porque não lhe apeteceu. Entretanto continua a luta de Artur contra todos os avançados e mais alguns do Twente.

O golo do Twente que lhe dá o empate resulta de uma falta grosseira que não foi assinalada pelo árbitro da partida. A autoria deste golo é de Ruiz.

Este empate acaba por ser um resultado positivo, uma vez que o próximo jogo será no Estádio da Luz e basta o empate a zero para passarmos.

Fim da Volta a Portugal 2011

Ricardo Mestre da Prio –Tavira venceu a Volta a Portugal 2011.

Já lá vai o tempo em que eu seguia o Ciclismo com grande interesse e atenção. Agora não me resta tempo para estar a assistir às etapas. Só mesmo aos fins-de-semana é que eu posso ver as etapas através da televisão, quando dantes acompanhava diariamente todas as incidências de todas as provas velocipédicas.

Este ano não esteve tanto calor como nos anos anteriores. O Verão deste ano está a ser bem mais suave e tem mesmo toques de Outono. Este ano é que a Rabobank poderia ter alinhado.

Por falar em Rabobank, quem esteve presente na nossa Volta a Portugal foi o antigo ciclista da Rabobank Thomas Dekker. Após dois anos de suspensão, o ciclista tenta relançar a sua carreira. A julgar pela amostra, ele andou muito arredado dos lugares cimeiros da classificação geral, tal como os restantes estrangeiros. Quem manda sempre na nossa Volta são os ciclistas nacionais.

Festa

Logo bem cedo acordei com aquele cheiro característico da festa no ar e com os foguetes a ribombar. Foram os únicos sons que se fizeram ouvir.

A banda contratada para fazer a procissão não foi, mais uma vez, à nossa porta. Os habitantes das imediações estão furiosos com a banda e com a mordomia. Quase todos os anos é a mesma coisa. E nós damos dinheiro para a mordomia.

Falemos do almoço, que é um assunto bem mais agradável. Tudo estava uma categoria, especialmente o leitão. Foi colocada uma rede para proteger do Sol e uma amiga nossa (que havia estado na América do Sul) deu-nos uma receita infalível para espantar os insectos voadores sem recorrer a insecticidas. Consiste em pendurar um saco transparente cheio de água. Os insectos voadores vêem a sua imagem reflectida no saco e fogem. Resultou. Dali a nada não andava uma única mosca a rondar a mesa.

À noite fui até ao arraial. Como referi no texto anterior, já não ia ao arraial há muitos anos e por isso aproveitei. Só teria essa noite para dançar.

O conjunto de baile tocava música animada e eu estive largas horas a dançar. Eu danço sozinha. Foi até não sentir os pés. Como me diverti!

Destaque para o fogo de artifício. Foi muito lindo. Eu filmei-o com o telemóvel para a posteridade.

Cheira a festa

Este fim-de-semana iria ser em grande porque apanharia o feriado de 15 de Agosto e porque seria o fim-de-semana da festa na terra.

Também foi o fim-de-semana do arranque da Superliga que começou com o empate a dois golos entre o Benfica e o Gil Vicente.

No Sábado de manhã, embora não me estivesse a apetecer nada, fui a pé até Anadia para adquirir a revista que me faltava. O percurso para baixo foi feito a pé e, de regresso a casa, apanhei boleia. O meu mp3 novo também se estreou a fazer-me companhia nas minhas caminhadas.

Em casa já se faziam os preparativos para a festa, com a minha irmã atarefada a fazer os petiscos para agradar ás colegas. Alguns familiares e amigos almoçariam na nossa eira, como habitualmente, e não faltaria o leitão assado à Bairrada.

Já se ouviam foguetes. Já cheirava a festa. É uma sensação difícil de descrever. Como que há um certo clima alegre no ar.

Nós não fomos ao arraial. Para dizer a verdade, já há uns anos valentes que lá não ponho os pés.

Pouco que contar

Dois dias se passaram sem que nada de extraordinário se tivesse passado, de modo a aqui poder ser registado.

Têm havido alguns incêndios pelo País fora. Um deles lavra com grande intensidade para os lados de Miranda do Corvo. Talvez tenha sido por isso que o meu sono tenha sido inúmeras vezes interrompido pela passagem de carros de bombeiros em grande algazarra.

O que dizer de uma goleada previsível?

Portugal recebeu e goleou a selecção do Luxemburgo por 5-0, num jogo em que não se poderia esperar outro resultado, que não a goleada da Selecção de Todos Nós.

O jogo disputou-se no Algarve e os jogadores luxemburgueses viram os seus quartos serem visitados pelos amigos do alheio poucos dias antes do jogo. Também os nossos jogadores assaltaram por cinco vezes as redes da baliza luxemburguesa.

Antes de começar o jogo, olhei para a minha vuvuzela vermelha e verde que se encontrava a um canto e resolvi experimentar se ainda consigo tocar. Parece que o ano passado sabia tocar melhor.

O Luxemburgo ainda tem ares de equipa amadora. Havia ali um jogador com um número na camisola quase imperceptível. Estava a meio termo entre um dois e um cinco.

Já foram esmiuçadas todas as questões marginais do jogo? Pois bem, que comece a narrativa de lances de Futebol a sério!

As hostilidades em termos de remates foram abertas por Danny.

O Jogador Número Sete do Luxemburgo desfere um remate perigoso numa altura em que Portugal começava a massacrar.

A selecção do Luxemburgo parece ter trazido o autocarro. Encontra-se extremamente fechada e está a dificultar as incursões dos jogadores portugueses pela sua área. Depois espreitam oportunidades para criar perigo, como foi o caso desta situação criada por Daniel Mota. O remate foi mesmo muito traiçoeiro.

Moutinho ainda remata ao lado. Na jogada seguinte de que tenho registo, acontece o golo de Portugal apontado por Hélder Postiga. O lance é muito insólito porque o árbitro mandou seguir o lance depois de falta para grande penalidade sobre Cristiano Ronaldo. Paulo Bento não festejou este golo, protestando a não marcação do castigo máximo. Foi golo, o que é que o Senhor Paulo Bento queria mais? Ninguém garantia ao seleccionador nacional que o lance fosse anulado para ser marcada a grande penalidade e o marcador da mesma a converteria. Ao menos este golo é certo. Com os protestos, Paulo Bento caiu no ridículo. Nunca antes vi um treinador a protestar imenso um golo da sua equipa.

Entretanto os jogadores do Luxemburgo continuam a servir-se dos remates de longe para criarem perigo. Desta vez foi o Jogador Número Oito.

A partida estava a ser arbitrada por um árbitro espanhol, por isso Danny viu um cartão amarelo. Tendo nascido na Venezuela, o jogador madeirense dirigiu palavras insultuosas em Castelhano ao juiz da partida como forma de protesto por não ter sido assinalada uma falta sobre si.

Também já tardava a amostragem do cartão amarelo a João Pereira que não tem tido contemplações em distribuir fruta pelos adversários. Já o deveria ter visto mais cedo!

Livre directíssimo de Ronaldo. É o 2-0 para Portugal. É com este resultado que se chega ao intervalo.

Ainda mal tinha começado a segunda parte e já Fábio Coentrão consegue o tão almejado golo que tanto tentou na primeira parte.

O Luxemburgo responde com uma bola ao poste da baliza de Portugal. O lance já havia sido anulado por fora de jogo.

O guarda-redes do Luxemburgo é chamado a aplicar-se. André Santos primeiro e Raul Meireles depois proporcionam-lhe duas excelentes defesas a dois remates perigosos.

Que golaço! O estádio levanta-se de um só salto. Hugo Almeida faz o 4-0. O mesmo jogador, de livre, proporciona mais uma defesa ao guarda-redes do Luxemburgo.

Registe-se um remate perigoso de Fábio Coentrão que foi ao poste e caprichosamente não entrou.

Hugo Almeida faz então o seu segundo golo no jogo, quinto para Portugal.

O jogo não acaba sem que Rui Patrício brilhe com uma vistosa defesa, impedindo o tento de honra dos luxemburgueses.

Também ainda há tempo de Bruno Alves ver aquele que é o seu primeiro cartão amarelo ao serviço da Selecção.

O jogo termina com a goleada de Portugal por 5-0 sobre a frágil equipa do Luxemburgo. Os inúmeros emigrantes que estavam a assistir á partida (muitos deles com o Luxemburgo como país de acolhimento) puderam ver uma magnífica exibição. Para mim, o melhor jogador deste jogo foi Hugo Almeida. Desde que entrou, a dinâmica de ataque da equipa nacional apresentou outra alegria, outro movimento e outro perfume. Foi uma entrada feliz.

Friday, September 09, 2011

Futebol simples e algo rudimentar

No Mundial de sub-20 que se disputa na Colômbia, Portugal venceu a Guatemala apenas por 1-0 num jogo a contar para os oitavos de final da prova. Agora a Selecção Nacional defrontará a toda-poderosa Argentina.

O jogo começa logo com o golo das cores nacionais que surge através de uma grande penalidade que Nélson Oliveira converteu.

Portugal está mais perigoso no jogo. Nelson Oliveira primeiro e Caetano depois desperdiçam a oportunidade de aumentar a vantagem.

Nelson Oliveira está a dar nas vistas e é claramente o jogador mais perigoso de Portugal.

Aos vinte e quatro minutos já a Guatemala fazia uma substituição com a finalidade de tornar a equipa mais ofensiva.

Enquanto Mário Rui é contemplado com um cartão amarelo por entrada dura sobre um adversário, Nélson Oliveira continua a criar perigo para a baliza da Guatemala.

O jogador que há pouco havia sofrido uma entrada dura do lateral-esquerdo português não se encontra em condições de prosseguir em campo e a Guatemala tem de esgotar mais uma substituição ainda antes do intervalo.

Depois de um remate sem perigo de Cedric Soares e de um cartão amarelo exibido a Alex, chega o intervalo com Portugal na frente por 1-0.

Na segunda parte notou-se logo desde o primeiro minuto que a Guatemala vinha mais perigosa. Mika já defende um remate de um adversário.

Alex tenta a sua sorte de longe e Caetano, depois de uma vistosa jogada, não finaliza da melhor maneira.

Mika tem de se aplicar fortemente para se opor a um remate desferido pelo Jogador Número Treze da Guatemala- um dos que entraram ainda na primeira parte.

Jogando um Futebol simples, quase parecendo Futebol de bairro, a equipa da Guatemala está a colocar Portugal em sentido. Agora é o Jogador Número Cinco que remata perigosamente.

Os remates de longe e de qualquer parte do campo continuam a dar muito trabalho a Mika que tem de estar multo atento a estes lances. Parecem miúdos da escola a jogar a peladinha no intervalo mas, com todos os floreados tácticos e técnicos para os quais o Futebol moderno evoluiu, as equipas não estão preparadas para fazer face a equipas que jogam um Futebol alegre e sem amarras. Se calhar também é por isso que se vêem frequentemente equipas das divisões mais baixas a ganhar a colossos. Conseguem surpreender de tão simples que jogam. É isso que está a acontecer aqui.

Registe-se um cartão amarelo visto por Cedric Soares apenas e só por protestos e realce-se mais uma aflição na baliza nacional. Mika defende mais um daqueles remates descuidados dos jogadores latino-americanos. Antes de ir para fora, a bola ainda bate no poste.

Foi com esforço que Portugal conseguiu segurar uma vantagem magra de 1-0 quando deveria ter goleado esta selecção da Guatemala que, com um Futebol muito simples, conseguiu surpreender e podia mesmo ter ganho o jogo.

Já que falamos em selecções nacionais, aproveito para informar que a Selecção sub-21 venceu a Eslováquia por 1-0. O golo foi apontado por Rui Fonte.

Este jogo fica marcado por uma lesão que poderá revestir-se de alguma gravidade para o avançado Bebé.

Sunday, September 04, 2011

Caminho longo que ia dar ao mesmo sítio

Esta é a saga da visita a um edifício onírico que tinha um caminho de quilómetros em toda a volta que retomava ao ponto de partida.

Num edifício desconhecido reuniam-se várias pessoas ligadas à ACAPO. Nós encontrámo-nos e pudemos confraternizar um pouco.

Eu não iria ficar para a reunião, pois ninguém me justificava a falta ao trabalho. A reunião começou sem mim.

Enquanto a ordem de trabalhos era seguida lá dentro, eu e uma amiga minha (que foi minha colega de curso) fomos dar uma volta por detrás do edifício.

Estava uma bela tarde de Sol, estava bom para andar a pé. Nós seguimos sempre por cima do passeio, sempre em torno de um muro branco e arredondado. Por incrível que pareça, os carros só passavam do lado contrário ao que nós seguíamos.

A caminhada era longa mas estava a sentir-me muito bem. Quando vislumbrámos o final do atalho, imediatamente reconhecemos aquele que foi o nosso ponto de partida. Andámos tanto para descrevermos um círculo perfeito que era o muro e viemos dar ao mesmo sítio.

Sonhar ou não sonhar

Foi uma noite mal dormida porque as corujas, que sempre me enervam, resolveram cantar ali bem perto. Como detesto ouvi-las!

Sonhei, sem me aperceber de estar acordada ou a dormir, já que o espaço era o da vida real, que ouvia na rua um gato a miar. Chamei pelo Léo a plenos pulmões, não querendo saber se acordava toda a gente. Estava mesmo a sonhar. Apesar de ter chamado o gato bem alto, tudo continuou calmo.

Ainda no mesmo espaço, sonhei que a gata Feijoa dormia na minha cama. Sacudi-a por mais de uma vez mas ela subia sempre para cima da minha cama. Também aqui estaria a sonhar.

Aqui já não tenho dúvidas de que se tratou de um sonho. Num final de tarde, junto à eira de minha casa, dois cães lutavam ferozmente. O meu pai pegou num pau comprido e grosso e começou a bater no cão que estava por cima. O cão ficou gravemente ferido. A minha mãe começou a discutir com o meu pai por ele ter feito aquele serviço ao cão. O meu pai foi buscar a espingarda de ar comprimido e acabou de matar o cão com um número impressionante de disparos.

Sonhei igualmente que passava um carro funerário vazio junto ao Palácio da Justiça em Coimbra.

Que noite! Depois de tudo isto, é claro que estava cansada e muito trabalho me esperava.

Aquecimento

Este fim-de-semana Porto e Benfica já se mostraram quase na sua plenitude. O Benfica venceu o Arsenal por 2-1 num jogo a contar para a Eusébio Cup. Por idêntico resultado, o Porto também venceu o Vitória de Guimarães e arrecadou o primeiro troféu da época- a Supertaça Cândido de Oliveira.

Comecemos por falar sobre o Glorioso! Devo dizer que gostei do que vi. Apesar de desfalcada, a equipa do Arsenal não é uma equipa qualquer e o Benfica soube jogar taco a taco com eles e, em determinados momentos do jogo, deu a sensação de até ser superior.

Este ano temos Aimar em grande forma, pelo menos neste início de época. É pelo pequeno argentino que passa todo o desequilíbrio que o Benfica consegue criar. Nolito também parece ser um reforço válido para o lado esquerdo. Foram destes dois elementos, os golos com que o Benfica logrou vencer a Eusébio Cup.

Já a sério era o jogo entre o Porto e o Guimarães. Dá-me a sensação que a máquina portista ainda não está bem oleada. Talvez tal se deva à mudança de treinador e ainda à adaptação de novos métodos traçados por Vítor Pereira.

Os jogadores são os mesmos da época passada mas falta ali algo. Rolando foi o herói da note ao apontar dois golos. O golo do Guimarães foi apontado por Toscano.

Eu acho que vai ser uma luta novamente entre Benfica e Porto na disputa do título. Poderá intrometer-se outra equipa mas estas duas serão mais uma vez candidatas.

Para o próximo fim-de-semana começará a Superliga. O Benfica irá deslocar-se a Barcelos para defrontar o regressado Gil Vicente e o Porto volta, mais uma vez, a medir forças com o Guimarães.

Paulo Adriano contracena com...Juliana Silveira

Mas que sonho tão curioso! Eu fico abismada com estes sonhos assim vindos do nada e completamente imprevisíveis.

Sonhei que me haviam preparado uma festa surpresa e que haviam organizado algo que eu jamais esperava. Num local desconhecido, apagaram as luzes à minha chegada. Quando as luzes se voltaram a acender, reparei com assombro na presença de amigos meus vindos da Holanda.

Agora vejo televisão numa casa desconhecida. Estava a dar uma novela brasileira, mais uma. A cena tinha como protagonistas um casal de namorados que se encontrava no interior de um veículo que estava ameaçado pela corrente de um lago ou de um rio. A água rugia e o elemento feminino do casal estava em pânico. O namorado tentava acalmá-la.

Reconheci que a actriz era Juliana Silveira e, para meu espanto, o actor era...Paulo Adriano. Fiquei estupefacta. Não fazia ideia que ele era actor agora!

Dias depois, deu-se uma festa em minha casa. Paulo Adriano foi convidado mas teve de se disfarçar de velho para não ser reconhecido pelos paparazzi e pelos fãs que não o largavam devido ao seu sucesso na novela.

O disfarce resultou. Todos os nossos convidados, que eram tudo pessoas daqui da zona e que o conheciam perfeitamente, perguntavam quem era aquele velhinho ali sentado ao canto, pois nunca antes o haviam visto lá em casa. Estava mesmo irreconhecível.

O portão

Todos os acontecimentos destes sonhos se passam num espaço limitado entre minha casa e a casa dos meus vizinhos.

Lavrava um incêndio florestal algures. O Céu apresentava marcas de fumo e o cheiro característico a madeira queimada parecia real. Olhando para o Céu, eu julgava que eram nuvens e que iria chover em breve.

Enquanto olhávamos para o Céu a conjecturar se ia chover ou não, Teka e Feijoa passeavam-se pelo meio da estrada. Fiquei admirada porque Teka arredou-se para a berma aquando da passagem de um veículo. Não queria sair da rua enquanto as gatas teimassem em não sair da estrada.

O portão de casa da minha vizinha estava fechado. Foi aí que eu aproveitei para perguntar como é que duas colegas minhas entravam ali todos os dias por volta das seis da manhã. Essa foi boa!

Folheava uns jornais. Havia uma pequena notícia com uma foto que me pareceu ser de ciclistas da Rabobank. Afinal era de uma equipa de Futebol que tinha um equipamento parecido. Um jogador de nome Filipe Silva, que antes alinhava numa equipa distrital portuguesa, alinhava agora nessa equipa estrangeira que também não era de primeiro plano.

Ainda falando de Futebol, era noite de Liga dos Campeões. Sporting e Benfica iriam jogar e o meu pai já havia recolhido ao seu quarto para ouvir a noite desportiva.

Eu estava junto ao portão de minha casa que dá acesso ao pátio. É lá que habitam os animais que temos, com destaque para o gado caprino. Agora vem a parte cómica desta noite onírica, atenção aí!

Então não é que duas senhoras desconhecidas, no espaço de cerca de meio minuto entre ambas, vieram da rua espirrar de boca aberta e de forma exuberante, deixando um desagradável cheiro a saliva, junto ao sítio onde me encontrava!

Acordei imediatamente. O despertador tocou também logo de seguida. O trabalho esperava-me.

Agitação onírica

Os sonhos desta noite são muito dispersos mas vou tentar transcrever do que deles me lembro.

Lembro-me de um velório e respectivo funeral de um estudante. Marcavam presença numa igreja desconhecida as capas negras.

O falecido inicialmente chamava-se Luís.

Acordei abalada por este pesadelo que, após pegar novamente no sono, obteve continuação. Eis a sequela:

Agora o falecido já se chamava Gonçalo Ventura (conheço um jornalista desportivo na Antena 1 com esse nome). O jovem perdeu a vida algures nos Estados Unidos e foi trasladado para Portugal.

Mudemos agora de conversa, que esta não tem mesmo piada. Este sonho é mesmo um pouco deprimente. Agora íamos numa excursão da ACAPO. Quando eu entrei, o autocarro ainda estava vazio. Fiquei satisfeita ao constatar que havia assentos individuais. Iria escolher um desses para ir sossegada a ouvir música durante a viagem.

Os meus planos logo foram gorados. Os bancos estavam inclinados para um lado ou para o outro e não dava para passar. E agora?

Entrou mais gente. Tive de me sentar num banco com dois assentos. Comentava-se que a filha de uns amigos meus iria jogar Futebol para Espanha. No sonho não me lembrava do nome dela.

Qualquer gato-pingado ou gata pingada ia agora jogar para Espanha. Fiquei espantada quando também me disseram que uma colega minha, cujos dotes futebolísticos desconheço, foi transferida a peso de ouro para um clube espanhol.

Ouvia rádio no meu quarto. Alguém dedicava uma música a um tal de Luís que foi preso nos Estados Unidos por ter aberto um bar de alterne. Se bem se recordam, primeiro o protagonista do meu sonho chamava-se Luís e tinha morrido. Depois já se chamava Gonçalo e faleceu onde? Nos Estados Unidos. Há aqui uma variante curiosa neste sonho. Se não fossem horas de acordar, provavelmente voltávamos ao início...ou então o sonho começou do fim.




Por este andar, nunca mais saio daqui

Adormeci e só acordei de madrugada ainda com o rádio ligado. De entre muita coisa que sonhei, destaco esta parte.

Tinha-me preparado para apanhar a camioneta, tal como fazia antigamente quando andava no liceu Estranhamente ia na berma contrária da estrada e estava tudo enlameado. Trazia umas sapatilhas impecavelmente brancas, com uns atacadores estrondosamente limpos.

Queria atravessar para o outro lado da estrada mas, no momento em que o queria fazer, uma imensidão de veículos de toda a espécie e em ambos os sentidos impediam-me de atravessar.

Estava com pressa. A minha mãe mandava-me despachar. Eu alegava que tinha de esperar que todos passassem mas isso parecia estar longe de acontecer.

Para ganhar tempo, fui por aquela berma fora mas a lama era muita. Os meus sapatos brancos, com os atacadores desapertados, ficaram uma lástima.

Apressei o passo rumo à paragem. A camioneta da Rodoviária (ainda laranja e branca como antigamente) já lá estava. Quando me aproximei dela, constatei com espanto que todos os passageiros estavam...a sair. Se calhar mudaram de ideias.

Entrei dentro da camioneta para ver o que se passava. Não cheguei a nenhuma conclusão.

Adios Roberto

A actualidade desportiva fica marcada por uma notícia surpreendente: Roberto esta de volta ao Saragoça, desta vez a título definitivo. Eu e muitos milhões de benfiquistas suspiramos de alívio por nos vermos livres do guarda-redes espanhol.

Surpreende o facto de o Benfica ainda lucrar cem mil euros com a venda definitiva do passe do jogador ao Saragoça. O clube espanhol já há muito que sonhava com o regresso de Roberto e grande parte dos adeptos do Benfica sonhava vê-lo dali para fora. Ainda bem que tudo se resolveu com final feliz e toda a gente ficou satisfeita por os seus interesses terem sido salvaguardados.

A passagem de Roberto pelo clube da Luz não deixa saudades e será recordada por muitos e longos anos. Nos primeiros tempos em que Roberto defendeu a nossa baliza, cometeu erros que vieram a custar preciosos pontos para a conquista do Campeonato. O Benfica nunca mais recuperou da derrapagem inicial. Lembro-me particularmente daquele jogo frente ao Nacional da Madeira em que Roberto fez asneiras atrás de asneiras, ficando quieto e não saindo a cruzamentos dos adversários. Fazia-me lembrar outro guarda-redes espanhol que alinhou num clube mais modesto há cerca de uns quinze anos atrás. Como me posso esquecer dessa figurinha? Do Baston. Ele tinha jogos em que fazia grandes exibições (tal como Roberto chegou a fazer algumas, especialmente na Liga Europa) mas havia jogos em que as intervenções dele eram dignas de programas cómicos.

Roberto com as suas fífias animou o início do Campeonato. Os adversários agradeceram e os comentadores rejubilaram. Joaquim Ritta pegou num comentário de Jorge Jesus em que o treinador do Glorioso dizia que Roberto ainda ia dar muitos pontos. “Resta saber a quem é que ele vai dar os pontos”, dizia Joaquim Ritta após o jogo na Choupana.

Os adversários agigantavam-se na presença de Roberto e batiam especialmente as bolas paradas com outro ânimo. Roberto simplesmente ficava a ver a bola entrar tranquilamente na sua baliza.

O Saragoça ainda queria o guarda-redes de volta. Que façam bom proveito dele! Nós agora temos Artur e Eduardo. Estamos bem servidos de guarda-redes.

“One Love”- Bob Marley (Música Com Memórias)



Este tema ultrapassou gerações e resistiu a décadas e décadas. Ainda hoje passa em todas as rádios com uma frequência incrível.

Estávamos no longínquo ano de 1991 e, não sei a que propósito, esta música andava a passar muito na rádio de Oliveira do Bairro que então se chamava Emissora Voz da Bairrada. Só há pouco tempo é que eu soube que este tema afinal não era desse ano. Então por que passava com muita frequência no Verão daquele ano? Provavelmente terá havido qualquer reedição de temas de Bob Marley ou algo assim para este tema ficar na moda.

As nossas professoras do ensino especial sempre nos apoiaram (a mim especialmente) no sonho de vir um dia a fazer rádio e, por vezes, levavam-nos às instalações da Emissora Voz da Bairrada em Oliveira do Bairro. Já éramos praticamente da família. Das pessoas que ali trabalhavam na altura, pouco ou nada sei mas gostava hoje de saber o paradeiro da minha grande amiga Cristina Silva que depois vim apanhar também na Rádio Província em Anadia.

Era um tempo em que era frequente eu apanhar amigdalites, especialmente no Verão. Lembro-me de estar ansiosamente a medir a febre com um termómetro que não funcionava. Queria estar em forma para mais uma ida a Oliveira do Bairro.

Estava na cama a ouvir rádio e pensava em rever os amigos. Esta música passou várias vezes nesse dia. Lembrava-me da Paula e ainda hoje me lembro dela quando ouço esta música. Tenho a mania de associar músicas a pessoas, mesmo que não tenham nada a ver. Se penso em determinada pessoa quando passa determinada música, ela como que se torna numa espécie de banda sonora dessa pessoa, tal como acontece nos filmes e nas novelas. Esta música ainda hoje me traz à memória a figura da Paula com um leve vestido de Verão lilás, os cabelos compridos e soltos, a redigir as notícias. Era isso que ela fazia.

Estava um calor imenso, apesar de ser de manhã. Toda a gente usava roupas de Verão. Eu, não sei por que carga de água, envergava umas calças de ganga e uma camisola de manga comprida. Ambas as peças eram da minha irmã.

Foi mais uma manhã bem passada, tal como eram todos os momentos vividos na Rádio que tinha um sótão lá em cima que eu, durante muito tempo, usei como cenário de acontecimentos rocambolescos, um pouco inspirada pela leitura dos livros “Uma Aventura”. De facto ninguém ia para ali, nem mesmo a Cristina. Alguns anos depois, ainda nos rimos de eu pensar que ali havia discos e livros velhos, uma passagem secreta para algures e que o local era assombrado.

Friday, September 02, 2011

Que raio de Verão é este?

Isto passou-se há sensivelmente um mês mas pode na perfeição aplicar-se ao dia de hoje, 1 de Setembro de 2011.

Este ano o Verão está a ser algo murcho. Contaram-se pelos dedos de uma só mão os dias de intenso calor que estiveram. Por todo o lado chovem queixas de pessoas que alegam ter tido as férias estragadas pelas condições climatéricas pouco propicias a uma merecida estadia na praia.

Chove constantemente, por vezes até cai granizo. As temperaturas assemelham-se mais a temperaturas de fiais de Outubro e o vento sopra frio e com bastante intensidade.

Que tristeza de Verão! Acho que não tenho memória de um Verão tão frio e chuvoso como o que estamos a viver este ano. Está mesmo horrível!

Esperamos que para Dezembro tenhamos temperaturas de trinta graus e o Natal será passado na rua em vez de ser tradicionalmente passado à lareira. Não me admiraria nada que isso acontecesse. Da maneira que o clima anda alterado…

P.S: Imagine-se que todos os distritos de Portugal Continental estão em alerta amarelo devido a chuva intensa, a ventos fortes, a…granizo e trovoadas. Cheira-me que ainda hoje irei fazer um dos meus vídeos para acompanhar este texto. Fotos irei tirar com toda a certeza quando sair do trabalho.


Chalana- o ingrato

A carrinha amarela da Family Frost fez-se anunciar e a minha irmã foi até à porta para comprar alguma coisa para nós. Uma das coisas que comprou foi profiteroles e logo nos prontificámos a comê-los.

Nem o cão ficou sem provar a guloseima. A minha irmã partiu uns profiteroles ao meio e resolveu dar a provar ao Chalana que parece ter adorado. Eu logo berrei que ela não devia dar doces ao cão.

À noite, estava ela na sua boa-fé a fazer festas ao nosso cão quando ele, sem que nada o fizesse prever, a resolveu atacar. Ela logo gritou pelo meu pai que, com a ajuda de uma vassoura, afastou o cão para longe. Enquanto ele recuava, ia arreganhando os dentes e rosnando com ar feroz. Muito mau é tal cão!

Valeu de muito a minha irmã adoçar a boca do cão com profiteroles. Ele acabou por lhe morder numa mão. É mesmo ingrato.

Nem a comer estou sossegada

Ao fim de semana tiro a barriga de misérias, digamos assim, no que diz respeito à comida. Gosto mais de peixe do que de carne. Como normalmente como fora, nem sempre me é possível escolher o que mais gosto.

Houve um dia destes em que por acaso tive sorte. Se a memória não me falha, até foi na véspera de ir de férias. Adoro sardinha frita e no restaurante onde costumo almoçar havia sardinha frita acompanhada com feijão-frade. Que maravilha!

Cheguei a casa neste sábado ávida por comer umas sardinhas fritas que a minha mãe sempre guarda porque sabe que eu não tenho a possibilidade de comer dessas coisas por aqui. Só que tive azar e o meu pai resolveu comer a sardinha que ela tinha guardado para mim antes de eu chegar. Fiquei mesmo chateada. Nada mais me sabia bem.

No dia seguinte a minha mãe adquiriu novas sardinhas na mercearia lá da terra e fritou-as para eu comer ao jantar. Enquanto me refastelava, ouvi o barulho de uma libelinha em volta da lâmpada fluorescente da casa de forno Eu não tenho medo que elas me mordam, apenas tenho receio que elas me toquem nos olhos. Estando muito alta para eu abater, fui comer para a cozinha.

Quando lá cheguei, ouvi o barulho daquilo que pensava ser outra libelinha. A minha irmã, que morre de medo destes enormes insectos, logo berrou pelo meu pai. Contrariado, ele lá se levantou e foi procurar as libelinhas. Era só uma e parece ter vindo atrás de mim. Também ela queria sardinha frita que estava mesmo a saber-me bem.

A saga do cronómetro

Levantei-me bem cedo naquele Sábado. Não tão cedo como queria mas o fim-de-semana é sempre aproveitado para ficar a dormir até mais tarde.

Como a nova época futebolística está mesmo aí à porta, há que ir até Anadia para adquirir aquilo a que eu chamo de “catálogos”. São aquelas publicações dos três jornais desportivos nacionais que normalmente saem antes de cada época futebolística se iniciar. Já desde os meus tempos de liceu que não deixo de os comprar. Ainda sou do tempo em que guardava dinheiro de parte (ainda escudos, claro está) para os adquirir. Dão-me um jeito tremendo.

Meti pés ao caminho, até porque eu preciso de fazer caminhadas. Coloquei o cronómetro a postos e meti-me à estrada. Cheguei um pouco mais abaixo e apanhei boleia. Cheguei a Anadia bem cedo e consegui encontrar duas das três publicações. Faltava-me uma que ainda não tinha saído.

Iniciei o caminho inverso mas apanhei boleia sensivelmente a meio da Moita. A sobrinha tinha ido buscar o tio ao aeroporto. Ele chegava dos Estados Unidos e seguiam ambos no carro deste. Deram-me boleia para casa. Com a conversa nem me apercebi que o cronómetro, que eu havia parado antes de entrar no carro, me havia caído do bolso.

Quando cheguei a casa avisei o meu pai de que o amigo dele tinha acabado de chegar. Dando por falta do cronómetro que também uso para ver as horas, logo o procurei avidamente. Não o encontrando, e tendo a certeza que o meti no bolso dos corsários antes de entrar no carro, depreendi que ele lá tivesse caído.

E la estava quando a minha mãe se dirigiu a casa da minha colega. O tio dormia, certamente a recuperar da longa viagem, mas a sobrinha achou o meu cronómetro no chão do carro e entregou-o à minha mãe.

Dois dias normais

Dois dias se passaram sem que nada digno de registo se tenha passado.

Dos sonhos não há registo. Terão sido duas noites bem tranquilas para eu não me lembrar de nada que tenha sonhado.

Tive algum trabalho mas é mesmo disso que eu gosto. Nada que tivesse atrapalhado a minha rotina normal.

Arranque positivo

Começou hoje oficialmente a época 2011/2012 para o Benfica e a estreia foi com uma vitória ante o Trabzonspor da Turquia por 2-0. Está assim tudo bem encaminhado para o Benfica passar à próxima fase da Liga dos Campeões.

A primeira jogada de registo é magnífica por parte do Glorioso e do seu jogador Gaitan. O guarda-redes adversário também se opõe com uma magnífica defesa.

Outro jogador argentino do Glorioso- Saviola- ainda remata à baliza mas o lance é irregular.

Deixem-me agora falar do guarda-redes do Trabzonspor! Não vou dizer nada de jeito, bem se vê, mas não resisto a tecer comentários acerca da beleza (ou da falta dela) desta criatura. Que homem tão feio! Faz-me lembrar algo mas não sei o que é. Visto de longe, o guarda-redes do Trabzonspor até tem algumas parecenças físicas com o mítico guarda-redes colombiano Higuita. Só sei é que ele é um homem tão feio, tão feio, tão feio…Daqueles que já não se usam mesmo.

A baliza da criatura de quem estamos a falar volta a ser alvejada por um remate de Cardozo.

O Jogador Número Vinte e Três do Trabzonspor vê um cartão amarelo por falta sobre Gaitan. Estamos numa fase em que a equipa visitante começa a carregar.

O Jogador Número Trinta E Cinco do Glorioso é um autêntico mártir. Muita porrada leva ele dos adversários! Aimar também costuma ser um dos mais visados nas entradas maldosas dos jogadores adversários. Zokora é agora contemplado com um cartão amarelo por mais uma falta sobre o pequeno mas habilidoso jogador argentino.

O jogo chega ao intervalo com um nulo registado no marcador.

Ainda mal tinha começado a segunda parte e já Artur se aplicava com uma magnífica defesa.

O Jogador Número Vinte E Três continua incrivelmente em campo. Deveria ter visto o segundo cartão amarelo mas o árbitro não lho mostrou a castigar mais uma falta sobre Gaitan.

O jogo agora está equilibrado. O Jogador Numero Dezassete do Trabzonspor remata por cima da baliza do Glorioso e o mesmo resultado tem um remate de Aimar depois de uma vistosa jogada de fino recorte artístico.

Depois de um remate à baliza, Rúben Amorim- que havia sido titular porque Maxi Pereira chegou tarde- apresenta queixas e o uruguaio, apesar de uma noite mal dormida, vai mesmo ter de entrar. O Estádio da Luz aplaude de pé a entrada de Maxi Pereira- um profissional com P grande. Merece todo o carinho e afeição dos adeptos.

Estávamos com sessenta e cinco minutos de jogo quando Saviola rematou ao poste. Eu já vi este filme na época passada com muito prejuízo para as nossas cores. Vá, o golo surge cinco minutos depois deste lance por intermédio de Nolito.

Agora o árbitro começa a meter água. Depois de não ver uma mão descarada que um jogador do Trabzonspor meteu à bola na área de rigor, o árbitro voltou a perdoar a expulsão do Jogador Número Vinte E Três do Trabzonspor que há muito já não devia estar em campo. É um milagre esse jogador acabar o jogo! Pode-o agradecer ao árbitro que, nem que ele cometesse um homicídio, o iria expulsar.

O jogo continua a estar repartido em termos de oportunidades de golo. Depois de Artur ter negado o golo ao Jogador Número Dezassete do Trabzonspor, Nolito remata por cima do outro lado do campo.

Agora Cardozo vinga-se do Jogador Numero Vinte e Três do Trabzonspor. Bem feita! Aquele artista há pouco não viu qualquer cartão por falta sobre o avançado paraguaio. Como o árbitro não o castiga como deve, Cardozo resolveu fazer justiça pelos seus próprios meios. Depois desse ajuste de contas, Cardozo ainda falhou um golo de forma escandalosa.

O Benfica chega ao 2-0 com um espectacular golo de Gaitan. Foi um golo que valeu o dinheiro dos bilhetes e fez levantar todo o Estádio que nem uma mola.

Ainda há tempo para mais uma defesa de Artur, desta vez com o calcanhar para canto. Do canto resultou mais um lance que o guarda-redes do Glorioso resolveu.

Chegou-se ao final do jogo com uma vantagem de dois golos para o jogo da segunda-mão na Turquia. Pode-se dizer que o arranque do Benfica foi positivo. A exibição não foi lá muito conseguida, especialmente na primeira parte mas tal se deve a estarmos numa fase ainda embrionária da época desportiva.