Saturday, April 27, 2024

Olhando para a berma da estrada vi aquele gato

 

Por aqui já devem estar habituados aos  sonhos recorrentes com gatos na estrada atropelados por veículos.

 

Desta vez o gato que jazia do outro lado da estrada, sempre do outro lado da estrada, foi retirado por mim e pela minha mãe há uns anos sem vida do centro da estrada e não na berma.

 

Pertencia a um senhor da minha terra que esperou por ele largo tempo, pensando que tinha ido ás gatas, quando a minha mãe lhe contou que o tinha apanhado morto do meio da estrada.

 

Nessa manhã fria de dezembro, ia eu cortar o cabelo, quando via algo branco no meio da estrada. Era um gato que tinha sido atropelado há pouco tempo. Por acaso no caminho encontrei o dono desse gato mas não lhe disse nada porque não sabia que o animal era dele.

 

A minha mãe veio para cima comigo e retirámos o gato da estrada. Na véspera também tinha sido atropelada uma gatinha cinzenta nossa.

 

No meu sonho desta noite, era esse gato que estava na berma caído quando, da eira, olhei através das grades.

 

Esperei a minha mãe vir da mercearia para lhe contar. Talvez ela não tivesse visto porque entrou pelo outro portão e o gato estava mais acima.

 

Realidade e subconsciente nesta memória  retorcida do que realmente se passou há uns anos atrás.

 

“Cunhal, Brejnev E o 25 De Abril” (impressões pessoais)

 

Termino com este livro a semana de leituras dedicada aos cinquenta anos do 25 De Abril.

 

José Milhazes é sem dúvida uma voz autorizada nos assuntos relacionados com a antiga União soviética e a Rússia.

 

Neste livro ele explica o papel de Moscovo na  revolução Dos Cravos, particularmente a relação com o partido Comunista  Português e, muito em especial , o seu líder histórico- Álvaro  Cunhal.

 

Eu não sabia que os estrangeiros também podiam estudar para serem comunistas em escolas da antiga União soviética com tudo pago. Sabia que Álvaro Cunhal  fugiu do forte De Peniche para Moscovo e aí viveu com todas as mordomias. O regime soviético dava a entender aos estrangeiros que o comunismo era uma maravilha, ao passo que o povo vivia na mais profunda miséria. Havia gente lá que questionava os ditadores fascistas cá do burgo porque deixavam Álvaro Cunhal ler na prisão.

 

Também não sabia que o Partido Comunista Português recebia milhões de Moscovo para ações em Portugal. Esse dinheiro era gasto em manifestações e comícios. Marchas pela paz eram também o destino desse dinheiro.

 

Moscovo sabia que Portugal era mais virado para o socialismo do que para o comunismo. Mesmo assim não desistia.

 

Outra perspetiva do 25 de Abril, desta vez puramente política.

 

Friday, April 26, 2024

Um bojudo porta-moedas

 

Sonhei que me encontrava num sítio com várias camas. Estavam lá os meus amigos. Seria mais um dormitório de uma qualquer colónia de férias ou algo do género.

 

Reinava uma grande confusão com roupas e outros objetos espalhados em cima de camas amarrotadas.

 

Eu já nem sabia qual era a minha cama. Foi aí que encontrei um porta-moedas  que quase nem fechava devido ás inúmeras moedas no seu interior. Era castanho e fechava com uma mola.

 

Eu fui perguntando de quem era aquela carteira, uma vez que só continha moedas. Ninguém se queixou que lhe pertencia, pelo contrário, iam dizendo que era deste ou daquele.

 

Eu pensei ficar com o porta-moedas mas…e se aparecesse o dono?

 

Resolvi coloca-lo entre a roupa, onde o deixei, mas ele caiu para trás da cama.

 

Bem, quando fossem limpar o quarto, talvez o achassem. Ganhariam o dia.

 

Eu é que já não o encontrava mais.