Wednesday, March 28, 2012

“O Assassino Inglês” (impressões pessoais)

Antes de mais, quero pedir desculpa pelo fato e este post não vir acompanhado pela foto do livro que habitualmente costumo tirar. Estou em casa de férias e não disponho de material para a colocar em suporte digital e assim anexá-la ao texto.

Daniel Silva desta vez transporta-nos até à temática das pilhagens feitas pelos nazis durante a Segunda Guerra Mundial e o papel da Suíça na receptação de obras de arte e outros objectos de valor confiscados aos judeus. Este é o ponto e partida para mais uma empolgante aventura protagonizada por Gabriel Allon.

Um velho banqueiro estava no fim da vida e queria-se redimir dos seus pecados cometidos num passado longínquo devolvendo aos judeus as obras que lhes pertenciam e que estavam na sua posse como forma de pagamento dos nazis por serviços prestados enquanto banqueiro. Um grupo de banqueiros liderados também por um velho tentaram a todo o custo impedir os intentos do anterior companheiro e assim nasce o assassínio de Augustus Rolfe.

Sabendo que estava a ser perseguido e em perigo de vida, Rolfe arranja uma artimanha para trazer Gabriel Allon ao seu encontro mas quando este chega, encontra Rolfe já morto e é naturalmente o culpado do crime porque o chefe da Polícia é cúmplice do grupo de malfeitores.

Esta trama também nos leva até à Córsega- terra de mafiosos que vivem paralelamente da vida no campo e da vendetta. É aí que vive o Inglês Christopher Keller que fora treinado em tempos por Gabriel. Ao contrário do que era espectável nesta obra, este Inglês nunca chega a ser um verdadeiro vilão na história, pois acaba por não ter coragem de matar a filha de Rolfe e, ainda por cima, oferece-lhe o amuleto da sorte que costumava trazer.

À excepção do professor suíço que executa em Lyon, este assassino profissional só acaba mesmo por executar bandidos, incluindo o assassino inicial de Rolfe.

O verdadeiro vilão é mesmo o velho cego que comandava tudo e contratava homens para executar os crimes. Mesmo o chefe da Polícia não chega a ser um verdadeiro vilão e não deveria ter sido executado no final pelos capangas do velho banqueiro. Ele salvou Gabriel de uma mote certa e acaba por ser executado em seu lugar. Por mais mal que tenha feito, ele acabou por se arrepender e ajudar Gabriel. Não merecia morrer.

O velho banqueiro acaba por ser executado pelo assassino Keller enquanto nadava na sua piscina. Uma morte merecida. O Inglês que vivia na Córsega no meio de companhias pouco recomendáveis acaba por estar quase a par de Gabriel Allon nesta história.

Lembram-se do “Psicopata Americano” que li há tempos? Pois bem, vamos agora ler outra obra que também tem como protagonista outro yuppie de Wall Street. Vamos ler “A Fogueira Das Vaidades ” de Tom Wolfe.

Benfica jogou bem mas perdeu desta vez

Era aguardado com bastante expectativa o jogo entre o Benfica e o Chelsea. David Luiz e Ramires regressavam ao Estádio da Luz pela primeira vez desde que trocaram o Benfica pelo Chelsea e ambos jogaram tremendamente bem.

O Benfica também não jogou mal e por acaso até merecei pelo menos o empate mas um erro defensivo deitou tudo a perder e permitiu que Kalou fizesse o golo do Chelsea.

Nem tudo está perdido. Na segunda mão espera-se uma inversão no resultado, embora seja muito difícil.

No caminho para a consulta de Oftalmologia magoei-me num olho

Esta é mais uma das minhas aventuras mais recentes. Esta semana encontro-me de férias mas tinha uma consulta de Glaucoma marcada nos Covões nessa manhã.

Como no passado fim de semana havia mudado o horário e a temperatura até estava agradável, resolvi fazer a primeira caminhada madrugadora da época de Verão.

E lá fui de lanterna nova em punho ainda com tempo escuro por aí abaixo. Encontrei uma motorizada pelo caminha que parou junto à porta de uma senhora da minha terra. Fiquei intrigada mas continuei a andar cada vez mais depressa, até porque não levava a tradicional mochila com as provisões às costas.

Quando cheguei à Moita já era quase de dia. Atravessei a passadeira da rotunda e fui para cima do passeio como habitualmente. Ia eu no meu passo apressado e levei com toda a força com o ramo de uma árvore bem no olho. A praguejar continuei a caminhar, até porque já se fazia tarde. O ramo tinha-me magoado.

Já ia com ideias de pedir alguma coisa ao médico para colocar no olho mas sabia de antemão que ele iria notar alguma coisa quando fosse fazer o habitual exame. Foi isso que aconteceu. Ele só não sabia que aquela lesão havia sido feita poucas horas antes da consulta.

Devido a essa lesão, foi um problema prosseguir com a medição da pressão ocular e com uma observação mais cuidada ao olho.

A pressão ocular estava muito boa. Desde que ando a tomar aqueles comprimidos receitados pela psiquiatra, a pressão ocular tem vindo a diminuir bastante. São os chamados comprimidos dois em um.

Com umas gotas para colocar no olho, saí da consulta ainda a pensar na sorte que tive em me magoar no olho justamente quando ia a caminho da consulta de Oftalmologia. E se era num outro dia? Da próxima vez que ali passar, levarei óculos escuros para me protegerem desses galhos e também já sei que eles lá estão e estão bastante compridos, causando perigo real para quem como eu lá passa a pé.

Friday, March 23, 2012

Um cartão vermelho e pouco mais

O Benfica empatou a zero em Olhão e perdeu assim uma soberana oportunidade de se isolar no primeiro lugar pelo menos por algumas horas. Este jogo fica marcado pela expulsão de Aimar que havia entrado depois do intervalo e estava a pautar o jogo do Glorioso.

O jogo estava a decorrer sem grandes motivos de interesse quando o árbitro João Capela exibiu cartão amarelo a Emerson e a Salvador Agra por se terem desentendido. Enquanto isso, Dady estava lesionado no relvado.

Toy remata à figura de Artur. Foi o lance mais perigoso de uma primeira parte sem emoção. O intervalo chega naturalmente com um nulo no marcador.

Aimar que havia entrado no reatamento da partida remata agora por cima.

Na sequência de um livre apontado por Aimar, Javi Garcia quase marcava o golo do Benfica.

Aimar seria expulso pouco depois num lance dividido com Rui Duarte que o árbitro entendeu ser violento. A confusão gerou-se naturalmente. Jardel e Maurício também viram ambos o cartão amarelo.

Luisão quase marcava na sequência de um canto. Na outra área, Toy tentou novamente o remate mas Artur voltou a defender.

Enquanto Saviola entrava em campo, Vítor Vinha viu um cartão amarelo. O mesmo jogador tentou fazer um chapéu a Artur mas a bola saiu muito por cima.

É exibido agora um cartão amarelo a Meza do Olhanense.

Salvador Agra remata por cima da baliza do Benfica numa altura em que é exibida uma placa com sete minutos de descontos.

Ainda há tempo para Nélson Oliveira ver um cartão amarelo.

Em cima do apito final do árbitro, Fabiano defende um remate perigoso de Saviola que poderia ter valido três pontos que o Benfica desperdiçou ao empatar este jogo a zero. Agora é só esperar para ver o que farão os adversários directos.

Operação feita em casa

A falta de coerência é uma das características dos sonhos mas alguns exageram mesmo nesse aspecto particular. É o caso deste. É um sonho típico daqueles dias que antecedem uma consulta de Glaucoma e até me deixam ainda mais nervosa do que já estou.

O tema central deste sonho é uma operação à boca devido a um quisto ou a algo do género. Ia para o hospital de Anadia a pé e ultimava tudo para partir de madrugada para lá chegar bem cedo.

Estava-me a demorar a arranjar tudo. Estava uma bela noite de luar mas havia previsão de uma valente tempestade para as três da manhã. Havia que me despachar e chegar lá antes dessa hora.

Eu continuava a demorar-me cada vez mais. Tive de reiniciar o meu computador por causa de qualquer coisa mas ele, só para me demorar ainda mais, estava a arrancar muito lentamente e com erros.

Cheguei ao hospital …de tarde. Isso é que eu demorei! Ando a perder qualidades no que diz respeito a andar a pé. Mas…o hospital era …à porta de casa onde amigos e familiares me desejavam as maiores felicidades e votos de rápidas melhoras. E a cirurgia era uma coisa sem importância.

Um rapaz chamado Bruno que, alegadamente, trabalhava no hospital, mas que foi inventado pelo meu subconsciente para fazer parte deste sonho, perguntou-me porque não aceitava o seu pedido de amizade no Facebook. Eu aleguei que não tinha visto que era ele. Ele estava-me a ensinar depois a colocar vídeos do telemóvel directamente no Facebook. Filmávamos o movimento na estrada à porta de minha casa.

A tarde já ia no seu auge e eu não sabia se havia ou não de comer alguma coisa. Estava com alguma fome mas iria ser operada à boca. Assolavam-me o espírito ideias de não poder comer durante algum tempo. Eu já nem sabia de que lado da boca era a enfermidade. Já havia desaparecido porque estive anos à espera desta cirurgia.

No fogão de lenha da minha mãe preparavam-se batatas assadas com lombo. Eu não sabia se havia ou não de as comer mas sempre me refastelei com essa iguaria porque me disseram que não iria levar anestesia geral.

Este sonho teve um intervalo. Acordei eram cinco e vinte e quatro da madrugada. Faltava, portanto, uma hora e pouco para o despertador tocar. Adormeci e o sonho retomou até à hora do toque do despettador..

Dois dias

Foram dois dias que decorreram de forma quase normal sem nada de relevante que merecesse destaque. Ente um dia mais calmo de trabalho na quarta-feira até um dia mais ocupado e compensador de ontem, pouco há a contar.

Psicologicamente preocupa-me a consulta que terei na próxima segunda-feira. Nestas alturas paira sempre no ar a ameaça de acontecer o que aconteceu há anos atrás também numa altura em que tudo me estava a correr bem a nível profissional e também tinha a minha vida organizada como agora. Se a história se repetir, penso que não irei aguentar mais uma situação destas. Começo a ficar cansada de não ter uma vida decente por causa dos problemas crónicos que tenho.

Irritei-me profundamente num dia destes à hora de almoço quando deveria estar a comer sossegada. É deveras conhecida a minha falta de tolerância ao barulho e estas pessoas, ciganos ou não, conseguiram-me irritar profundamente com o barulho que faziam. Que nervos se estavam a apoderar de mim!

Estes dias serviram ainda para descomprimir depois do trabalho e fazer algumas caminhadas. É da maneira que não penso tanto na vida.

Por último, ontem ficou-se a saber que o Gil Vicente irá disputar a final da Tapa da Liga com o Benfica. Não haverão tantas facilidades para o Glorioso como as que se poderiam esperar. Contra os grandes, o Gil Vicente sabe-se defender muito bem e consegue sempre óptimos resultados.

E assim se passaram mais dois dias normais na minha vida.

Tuesday, March 20, 2012

Resultado invertido

O Benfica pode alcançar a quarta vitória na Taça da Liga nesta época. Hoje venceu o Porto no Estádio da Luz por 3-2 e aguarda agora que Braga ou Gil Vicente dispute a final que será mais uma vez em Coimbra. Curiosamente, no passado dia 2 de Março, o Porto havia vencido o Glorioso também no Estádio da Luz por 2-3.

Antes de o jogo se iniciar houve tempo para a merecida homenagem a António Leitão que faleceu no passado Domingo. O atleta que representou o Benfica foi medalha de bronze nos cinco mil metros nos Jogos Olímpicos e Los Angeles em 1984.

O Benfica inicia o jogo praticamente a vencer. Foi aos quatro minutos que, numa bem delineada jogada de insistência, Maxi Pereira fez o primeiro golo.

Há dois remates do Porto na resposta ao golo do Benfica mas ambos sem perigo.

Lucho faz o empate para o Porto. A bola ainda bate num jogador do Benfica e por isso trai Eduardo. A reviravolta no marcador por parte do Porto surge pouco depois por intermédio de Mangala. Esqueceram-se simplesmente de o marcar e ele apareceu à vontade para fazer o golo.

Eduardo defende agora um remate de Lucho que se entrasse seria provavelmente o golo da noite.

Hulk agora remata ao lado.

Alex Sandro vê o primeiro cartão amarelo do jogo por jogar a bola com a mão. Na cobrança desse livre, Bruno César remata à figura de Bracalli.

Depois de um canto, Jardel cabeceia para a defesa do guarda-redes do Porto. Na baliza do lado oposto, Sapunaru remata e Eduardo brilha com uma defesa decidida.

Vão duas bolas à trave da baliza defendida por Rafael Bracalli ambas rematados por Luisão. Que azar! E vai mais uma bola ao ferro rematada desta vez por Maxi Pereira. Depois Aimar ainda remata para fora.

Luisão remata ao lado de cabeça. Entretanto Soares Dias mostra o cartão amarelo a Mangala por reincidir no jogo faltoso.

Há o tão merecido golo para o Benfica quase à beira do intervalo. Defour parece ter marcado na própria baliza. Afinal foi Nolito com o peito quem empurrou a bola para o interior da baliza do Porto. No lance seguinte, Nolito ainda poderia ter feito o seu segundo golo no jogo e terceiro para o Glorioso mas o intervalo chegou com o empate a dois golos no marcador.

Witsel e Nolito iniciam a segunda parte com remates à baliza de Bracalli que saem por cima.

Por cometer uma falta sobre James, Javi Garcia é contemplado com o cartão amarelo. Também Luisão faz falta sobre Hulk e vê o cartão amarelo.

O Estádio da Luz explode em festa porque Cardozo marca o terceiro golo do Glorioso. Ele começou o jogo no banco e entrou já no decorrer da segunda parte a substituir Nélson Oliveira.

Witsel vê cartão amarelo por falta sobre James. Hulk marca o livre resultante dessa falta mas a bola vai muito por cima para alegria dos adeptos do Glorioso.

Ainda é mostrado um cartão amarelo a Nolito por protestos e outro a Capdevilla por falta sobre Hulk. Alvaro Pereira também vê cartão amarelo por falta sobre Maxi Pereira. Já cá faltava a sucessão de cartões amarelos tão em voga entre os árbitros portugueses. Hoje chega mesmo nos instantes finais do jogo que até nem teve casos de arbitragem e até é para admirar. Só um ou outro fora de jogo mais duvidoso mas a equipa de arbitragem até pareceu ter decidido bem.

O Benfica pode agora alcançar a sua quarta vitória na Taça da Liga com Braga ou Gil Vicente como seu adversário na final.

“Equador” (impressões pessoais)



Desta vez resolvi ler um livro escrito por um autor português. Já havia comprado este livro há tempo devido à sua adaptação para uma série que vi assim por alto e porque viam lá em casa. Sabia mais ou menos o enredo da série e, como ouvi dizer que o livro nada tinha a ver com a série, resolvi comprá-lo para comprovar. Por acaso discordo dessa opinião. Penso que o enredo da série está fiel ao livro.

Achei esta obra bastante interessante e enriquecedora a nível cultural e histórico. Ao lermos esta obra somos transportados para África e para um Portugal longínquo.

Foi uma excelente ideia de Miguel Sousa Tavares em trazer este tema para a sua obra- o tema do trabalho escravo nas roças de S. Tomé já em pleno século XX.

Achei deveras curioso o facto de o Rei de Portugal ser descrito tal e qual Susan Sontag descreveu o Rei de Nápoles numa obra que li há tempos. Pudera! Os reis, fossem eles de Nápoles, de Portugal ou de qualquer outro Reino tinham criados para os vestirem, para os calçarem, para lhes sacudir o pó do casaco, para tudo. Só não tinham criados para lhes darem a papinha na boca porque isso eles faziam bem e como faziam. Era por isso que ganhavam peso e quase não se mexiam.

A história está muito bem narrada, de fácil leitura e bem elucidativa quanto à sua temática, à luta do governador de S. Tomé na tentativa de abolir a escravatura. Uma tentativa falhada porque o Povo Português é muito avesso à mudança e já nessa altura o era. Aliás, pela descrição que é feita, revejo o Portugal daquela época no Portugal de hoje. Completamente. Só não tem as colónias no Ultramar. O jogo de interesses, as guerras políticas, as invejas, as intrigas, tudo é igual. Acho que se um dia, daqui a cem anos, alguém escrever uma obra baseada nos dias de hoje, o resultado irá ser o mesmo certamente. Não mudaremos, por mais séculos que passem.

Finda a leitura desta obra, irei animar um pouco as hostes com aquele tipo de livros de que mais gosto. “O Assassino Inglês ” de Daniel Silva será o próximo livro que irei ler.

Monday, March 19, 2012

Galo indigesto para o leão

Depois do majestoso jogo conseguido em Manchester na passada quinta-feira, o Sporting voltou às derrotas domésticas frente a uma bem organizada equipa do Gil Vicente que venceu por 2-0. Bruno Paixão que substituiu Jorge Sousa que sofreu distúrbios digestivos em Milão acabou por ser o protagonista do jogo e ficar para a história ao assinalar duas grandes penalidades a favor da equipa da casa em apenas um minuto.

Um canto cedido por Rui Patrício cria relativo perigo para a baliza do Sporting. Minutos depois, Rui Patrício volta a ceder outro canto após um livre cruzado que foi marcado por César Peixoto.

Há um remate de Van Wolfswinkel mas Adriano segura com facilidade.

Que golaço de Rodrigo Galo! Ainda não estamos com quinze minutos de jogo e o Sporting já perde.

Schaars remata ao lado. Do outro lado do campo, Rui Patrício tem de sair aos pés de Hugo Vieira.

O primeiro cartão amarelo mostrado por Bruno Paixão vai para Cláudio por falta sobre Matias Fernandez. Adriano acaba por defender o livre que o próprio Matias Fernandez acabou por apontar.

Van Wolfswinkel por cima, muito por cima. O sporting chega ao intervalo a perder com o Gil Vicente em Barcelos por 1-0.

É grande penalidade? Parece fora da área, a mão e Schaars. É cartão amarelo para ele e é mesmo grande penalidade. Lá vai Cláudio! Antes Bruno Paixão ainda exibe mais um cartão amarelo a um jogador que nem estava a jogar. Daniel Carriço entrou em campo para protestar e habilitou-se ao cartão que acabou por ver. Cláudio marca a grande penalidade mas Rui Patrício defende. Na sequência do lance, João Pereira leva a mão à bola. Desta vez não há dúvidas. Cláudio tem nova oportunidade para bater Rui Patrício e consegue. É o segundo golo do Gil Vicente conseguido de uma forma nunca antes vista. Penso que nunca vi uma grande penalidade marcada a seguir a outra. É incrível!

Aquilo era um livre perigoso? Pois deixou de o ser e passou a ser um disparate pegado. Assim o Sporting não vai lá.

Por falta sobre Guilherme, Schaars vê o segundo amarelo e é expulso por Bruno Paixão. O Sporting fica a jogar com dez jogadores.

Rui Patrício cede canto num lance perigoso do Gil Vicente. Cláudio cabeceia na sequência desse canto e Rui Patrício volta a defender.

Carrillo remata mas sem perigo. Entretanto Hugo Vieira vê o oitavo cartão amarelo mostrado neste jogo por Bruno Paixão por ainda ter introduzido a bola na baliza do Sporting depois de lhe ter sido assinalado um fora de jogo.

Por protestos, Van Wolfswinkel também vê mais um cartão amarelo. Agora o cartão amarelo vai para Rodrigo Galo. Estes árbitros quando resolvem mostrar cartões, é logo às mãos cheias para não terem o trabalho de o estar sempre a tirar e a colocar no bolso, até porque a diferença de temperatura pode constipar os pobres dos cartões e não pode ser.

Zé Luís remata ao poste depois de uma jogada individual de César Peixoto. Richard remata por cima e André Cunha remata para defesa fácil de Rui Patrício. O resultado não se alterou até final e o Gil Vicente derrotou o Sporting por 2-0.

Depois do brilhante jogo conseguido na passada quinta-feira, o Sporting parece ter regressado à Terra. Paulo Alves estruturou muito bem a sua equipa e foi premiado com a vitoria.

Figueira da Foz 18-03-2012













Óptimas condições para se caminhar

Ainda em Coimbra, a chuva ameaçou estragar-nos um pouco a manhã de caminhada mas logo se foi embora, ficando um dia sem frio e com muito Sol, ideal para se estar ao ar livre.

Lá partimos. O nosso destino era a Figueira da Foz onde iríamos visitar as salinas e o Museu do Sal.

A caminhada começou em estrada. Lá em baixo da ponte a paisagem era deslumbrante e tiraram-se fotos maravilhosas ali.

Seguimos depois de autocarro rumo às salinas e ao Museu do Sal. Tivemos de passar por uma fábrica que cheirava imenso a peixe podre. Coitadas das pessoas que lá têm de passar todos os dias. Disseram que no Verão o cheiro é ainda pior. Acredito.

Nunca tinha visitado o Museu do Sal e foi uma excelente oportunidade para conhecer um pouco mais sobre a produção de modo tradicional do sal na Figueira da Foz. Foi bastante interessante. Aprender algo de novo é muito importante para mim e adoro sempre acrescentar algo àquilo que já sei.

Depois de termos visitado o Museu do Sal, seguimos pelos trilhos das salinas numa caminhada bem agradável e com paisagens maravilhosas para se tirarem fotografias. Estava mesmo a saber bem caminhar por ali. Estava a saber tão bem, que nos desviámos no caminho e tivemos de fazer ainda mais quilómetros. Ainda bem! Mais se caminhou, mais tempo se andou ao ar livre e mais fotos se tiraram.

Partimos rumo a Coimbra extremamente satisfeitos com a jornada deste Domingo de Sol. No post seguinte seguem as fotos. Elas são muitas, por isso vou escolher algumas apenas mas vai ser difícil. Existem ali fotos maravilhosas.

Saturday, March 17, 2012

Ida aos Covões numa manhã de extrema moleza

Foi numa manhã algo cinzenta e monótona que saí de casa bem cedo para ir até aos Covões para mais uma consulta. Estas consultas assim frequentes estão-me a deixar louca porque já tenho de faltar ao trabalho e eu não gosto nada.

Daqui a dez dias tenho de me deslocar novamente até aos Covões, desta vez para a sempre temida consulta de Glaucoma. Por acaso até pensava que ia ser mais tarde. Já vou andar estes dias numa pilha de nervos, como sempre acontece.

A moleza apoderava-se de mim quando ia no autocarro e continuou enquanto esperava. Dei um salto quando me chamaram e prontamente me apresentei no gabinete.

No corredor não adormeci porque estava um casal de idosos (a mulher em cadeira de rodas e o marido numa maca) e havia mais quatro pessoas para os acompanhar. O barulho era imenso.

Despachei-me cedo. Na viagem de regresso, o sono e a moleza voltaram-se a apoderar de mim. Confesso que ando um pouco cansada. Quando chegasse ao local de trabalho teria de acordar, pois certamente que muito haveria para fazer.

Thursday, March 15, 2012

Desconhecidos eliminam vedetas

Com grande sofrimento e espírito de sacrifício o Sporting eliminou o todo-poderoso Manchester City e está nos quartos de final da Liga Europa, apesar de ter perdido por 3-2 esta noite.

Schaars já remata à baliza do Manchester City e o jogo mal começou.

E lá estava Xandão mais uma vez a tentar a sorte. Desta vez foi de cabeça e após um canto.

A primeira jogada de perigo do Manchester City é da autoria de Adam Johnson.

Yaya Touré vê o cartão amarelo por arremessar a bola com força ao relvado como forma de protesto após uma falta.

O Manchester City vai subindo no terreno e o Sporting vai recuando em demasia e perigosamente.

Polga antecipa-se a Balotelli e cede canto. Foi uma jogada espectacular da equipa inglesa. Rui Patrício defende este canto cedendo outro.

Agora o cartão amarelo foi mostrado a Kolarov por falta sobre Pereirinha.

E lá está Diego Capel na sua actividade normal- a tentar sacar cartões aos jogadores adversários. Desta vez a vítima foi Richards e conseguiu resistir à tentação de fazer falta. Matias Fernandez é que vê mesmo o cartão amarelo por o árbitro norueguês entender que ele simulou uma grande penalidade.

Após uma falta desnecessária de Balotelli sobre Insua, Matias Fernandes, de livre directo cobrado em jeito, faz o primeiro golo do Sporting. Estávamos sensivelmente com trinta e dois minutos de jogo.

Colo Touré tenta a sorte de longe mas sem perigo. O Sporting chega ao 0-2 na jogada seguinte. Após uma excelente jogada individual de Izmailov, Van Wolfswinkel faz o segundo golo. Os leões têm tudo para seguir em frente. É com esta confortável vitória do Sporting em casa do seu todo-poderoso adversário que se chega ao intervalo.

A incógnita para esta segunda parte é saber se o Sporting se consegue aguentar sem ir abaixo em termos físicos. O jogo na primeira parte foi muito intenso.

Richards remata com perigo. O Sporting tem de ter cuidado agora. Os ingleses vão forçar imenso para conseguirem virar o rumo do jogo.

Aguero faz o golo do Manchester City que já se estava a adivinhar. Espero que fique por aqui.

Estou a ver o Sporting a recuar muito. Entretanto Daniel Carriço vê cartão amarelo por falta sobre Balotelli. Kolarov na marcação do livre remata ao lado.

Rui Patrício sai aos pés de Balotelli. O guarda-redes do sporting ia comprometendo num lance seguinte a este mas acabou por emendar o seu próprio erro antes que ele tivesse consequências mais graves. De qualquer maneira, um jogador do Manchester city estava fora de jogo.

Enquanto é mostrado um cartão amarelo a Savic, os adeptos do Sporting começam os festejos nas bancadas.

Uma infantilidade de Renato Neto que comete falta sobre Aguero dá origem a uma grande penalidade marcada de forma irrepreensível por Balotelli.

Que conferência vem a ser aquela? Cheira-me que vão sair cartões. Há um jogador do Sporting caído no relvado e todos os jogadores lá estão a rodeá-lo. É Pereirinha que está no chão. Terá caído mal e queixa-se do ombro.

Novamente Aguero faz estragos. É o 3-2 para o Manchester City. Adivinha-se um final de jogo complicado para o Sporting com os ingleses desesperados à procura do golo que lhes falta para se apurarem.

Rui Patrício queixa-se agora da sua lesão que o vem apoquentando há algum tempo. Espera-se que não venha impedir que ele esteja em perfeitas condições para o Euro, pois muita falta nos iria fazer certamente.

Já cá faltava o cartãozinho da ordem para Balotelli. É que nem o jogo terminava sem ele o ver.

O Manchester City carrega cada vez mais. Que sufoco! Agora é Kolarov que remata e ainda é canto. Isto vai mesmo durar até ao último segundo. Na sequência desse canto que foi mesmo o último lance do jogo, o guarda-redes Hart quase marcava.

O Sporting acaba de eliminar uma equipa que era à partida candidata a ganhar a Liga Europa. Apesar de os jogadores do Sporting serem do desconhecimento geral das vedetas do Manchester City, vieram hoje a Inglaterra mostrar do que são capazes e, com sofrimento e espírito de união, conseguiram destronar uma equipa milionária que tem simplesmente alguns dos melhores jogadores a actuar na Europa.

Wednesday, March 14, 2012

Afinal Ronaldo só marcou dois

Depois de Messi ter apontado cinco golos no jogo da passada semana a contar para a Liga dos Campeões, o aliciante deste jogo do Real Madrid em casa frente ao CSKA de Moscovo residia em saber quantos golos iria marcar Cristiano Ronaldo.

As hostilidades são abertas logo aos sete minutos com um remate do Jogador Número Oito do CSKA. Ronaldo responde de pronto mas para defesa do guarda-redes.

Mais uma jogada perigosa do CSKA que atravessou toda a baliza sem ter entrado. Os russos têm de fazer pela vida neste jogo.

Ozil cai na área. O lance é duvidoso. Para mim seria grande penalidade. Eu assinalava.

Xabi Alonso remata mas a bola bate ainda em alguém e é canto.

Parece que o guarda-redes do CSKA viu cartão amarelo. Por perda de tempo é que não foi. Entretanto há perigo precisamente nas imediações da sua área.

Ih, que espalhanço no chão de Cristiano Ronaldo! Uma imagem para correr o Mundo!

Numa altura em que o Real Madrid quase sufocava o adversário. Higuain fez o primeiro golo a passe de Kaká.

Vasily vê o cartão amarelo por derrubar Cristiano Ronaldo que seguia perigosamente na direcção da baliza. A expectativa foi grande no Santiago Bernabeu em torno da cor do cartão que o árbitro iria mostrar ao Jogador Número Vinte E Quatro do CSKA.

Sai agora um remate de Musa para defesa de Casillas. O mesmo jogador viria a ver cartão amarelo por uma falta sobre Marcelo que jogou no lugar do lesionado Fábio Coentrão.

O intervalo chega com o Real Madrid a cumprir a sua missão de vencer. A margem é mínima mas está tudo controlado por parte de Mourinho.

A segunda parte inicia praticamente com um remate de Kaká. E Ronaldo também remata mas para a defesa do guarda-redes russo.

Xabi Alonso vê o cartão amarelo e não joga nos quartos de final da Liga dos Campeões. Refira-se que a falta foi cometida sobre o Jogador Número Três do CSKA. Espera-se o troco daqui a nada.

Que golaço de Ronaldo! Dá a ideia de que o guarda-redes aborda mal o lance mas talvez fosse difícil defender este remate vindo de quem vem.

A bola ainda entrou na baliza do CSKA mas havia um claro fora de jogo.

O Real Madrid carrega com Cristiano Ronaldo a dar espectáculo.

A bola também ainda entra na baliza de Casillas mas Oliseh estava fora de jogo.

Escassos segundos após a sua entrada em campo, Benzema marca o terceiro golo do Real Madrid.

O CSKA responde com um golo magistral de Tosic. Este golo vem um pouco tarde, senão tínhamos espectáculo garantido até ao fim.

Ainda há um cartão amarelo para o Jogador Número Dezassete do CSKA.

Em cima do apito final do árbitro, Cristiano Ronaldo ainda marca o seu segundo golo na partida e o quarto do Real Madrid com que segue em frente na Liga dos Campeões.

Outra noite bem movimentada

Acordei eram quase quatro da manhã em sobressalto por causa de sonhos. Ainda estive alguns minutos sem adormecer mas, voltando a adormecer, regressaram os sonhos bem movimentados.

Sonhei que a minha irmã e uma nossa amiga também eram fanáticas por Ciclismo. Numa grande competição, houve uma queda grave e um ou dois atletas haviam morrido. Elas ofereceram-se para os dissecar e apareceram-me a tresandar de mau cheiro. Eu fugi delas pela estrada abaixo na direcção da ponte e elas continuavam a correr atrás de mim para me chatearem.

Depois de ter acordado e voltado a adormecer, sonhei com uma máquina Multibanco…que tirava fotocópias. Estava imensa gente para tirar fotocópias e eu tinha imensa pressa. Algumas das pessoas que lá estavam deixaram-me passar mas, ao verem que também tinha muitas fotocópias, logo começavam a resmungar e a mandar-me despachar.

Agora havia um almoço lá em casa. O meu pai já estava um pouco alcoolizado e recebia os visitantes conhecidos e desconhecidos com toda a pompa e circunstância. Um rapaz com umas calças azuis de ganga entrou e ficou parado a olhar para mim que estava sentada no degrau. Como estava de calções, ele ficou especado a olhar para a minha cicatriz na perna.

Antes de acordar, ainda houve tempo para me refastelar a comer mesmo da travessa azeitonas pretas, batatas fritas e legumes. O meu pai queixava-se que as azeitonas que havia comprado no outro dia eram pequenas. Eu sugeri que comprasse das verdes. Sempre eram maiores.

O despertador tocou e começava mais um dia.

Tuesday, March 13, 2012

Alargamento sim mas com liguilha

Ontem os clubes associados da Liga de Clubes votaram a favor do alargamento da Superliga de dezasseis para dezoito clubes por larga maioria. Para esta medida já entrar em vigor na próxima época, terá de haver a aprovação da Federação Portuguesa de Futebol e do Concelho Nacional do Desporto.

Sou a favor do alargamento. Como adepta de Futebol é inconcebível estar-se em Portugal quase três meses sem competições. Para os clubes, nomeadamente os mais pequenos, este longo tempo de interregno custa a sua subsistência. Não há jogos, não há receitas de bilheteira, terão de pagar aos jogadores sem que eles joguem ou treinem ao mais alto nível e há sempre as despesas correntes.

Ontem ouvi muita gente a insurgir-se contra o alargamento porque isso só iria piorar ainda mais a situação de clubes a viverem uma situação dramática como alguns estão a viver. Eu ainda me lembro de quando a Primeira Liga tinha dezoito clubes. Embora houvesse já clubes com salários em atraso, não havia tantos como agora, talvez por terem a receita adicional de mais quatro jornadas e competição durante mais tempo. Também diga-se que este actual estado de crise que Portugal atravessa também esta a afectar o Futebol.

Em princípio irá haver alargamento mas como é que ele irá ser posto em prática? Mário Figueiredo, Presidente da Liga de Clubes, sugeriu que se fizesse uma espécie de liguilha entre o décimo quinto e décimo sexto da Primeira Liga e o terceiro e quarto da Liga de Honra. A favor da verdade desportiva, assim é que era a forma mais justa de solucionar esta questão. A maioria dos clubes chumbou prontamente esta proposta.

O Desporto foi feito para haver vencidos e derrotados, não para que o mérito caísse do Céu como agora alguns querem que caia. Jogando o apuramento com os clubes da Liga de Honra imediatamente posicionados atrás dos que sobem directamente seria mais do que justo e só dignificaria os princípios do Desporto e a própria verdade desportiva.

Gostaria que a Federação Portuguesa de Futebol colocasse alguma ordem no que os clubes se preparam para fazer e imponha a liguilha como solução para este alargamento. Para o bem da verdade desportiva e da paz no Futebol Português nas próximas épocas.

Monday, March 12, 2012

Noite não muito descansada

Há noites em que nem vale a pena nos deitarmos porque acordamos ainda mais cansadas do que quando nos fomos deitar. Esta foi uma delas.

Lembro-me vagamente de alguns episódios oníricos sem ligação uns com os outros. São pequenas histórias cheias de intensidade. Não me consigo recordar da ordem exacta em que elas ocorreram no meu subconsciente.

Sonhei que o meu computador portátil tinha caído ao chão por acidente. Fiquei desesperada. A queda nem foi muito violenta mas seria o suficiente para o danificar. Para já, tinha o ecrã partido. Liguei-o. Começou-me a abrir caixas de verificação e a apresentar um ecrã negro com letras brancas. Pensei que resolveria o problema mas estava difícil.

Sonhei depois que via uma novela brasileira. Já não é a primeira vez que sonho com algo do género. Dois indivíduos discutiam um com o outro. A certa altura, um deles saca de uma arma e mata-o a sangue frio. Foi pretexto para me recordar de cenas sangrentas de novelas e me assustar. Sim, porque eu em sonhos tenho medo dessas coisas, o que não acontece na vida real.

Esta parte parece mesmo real e também é um sonho que se repete até à exaustão. Era de manhã bem cedo, sensivelmente umas seis e meia da manhã, mas já estava completamente de dia. Os meus pais e a minha irmã ainda estavam a dormir e eu preparava-me para seguir a pé até à paragem da camioneta.

Olhei para cima, para o lado de Vila Nova, e vi os semáforos azulados de uma ambulância. Logo corri para casa a avisar os meus pais do sucedido. Eles logo se levantaram de rompante. A ambulância veio para baixo e, para nosso espanto, entrou pelo nosso terraço a dentro. Nós olhávamos estupefactos. Mas que queriam? Os bombeiros insistiram no facto de os terem chamado de minha casa mas nós não sabíamos de nada. Penso que a ambulância acabou por sair dali a apitar com estridência, acordando toda a gente.

Percorro agora uma rua muito alterada oniricamente que é em Anadia. Apesar de estar tempo de chuva, há mesas postas com toalhas avermelhadas na rua e há copos em cima da mesa. Os copos estão vazios e cheiram a vinho ou a cerveja já de há alguns dias.

Eu e a minha mãe ainda passámos pelo cemitério. Continuava a chover. A minha mãe limpava e enfeitava a sepultura do meu primo.

Mas o despertador nunca mais toca? Que horas são? A janela está corrida até cima. Pelo barulho que já se faz sentir na rua, presumo que já seja de dia. Será que o despertador já tenha tocado e eu não o tenha ouvido?

Alguém faz barulho na rua, com uma gritaria insuportável. Mas que raio de horas são?

Finalmente o despertador tocou e acabou toda esta inquietação de sonhos.

Amarelos e vermelhos

O Benfica viu-se e desejou-se para vencer o Paços de Ferreira por 1-2. Melgarejo (jogador do Glorioso que envergava a camisola amarela da equipa adversária em vez da vermelha que sempre lhe assenta melhor) mostrou a Jorge Jesus por que deve integrar o plantel principal para a próxima época. O jogo fica marcado pela expulsão de dois jogadores do Paços de Ferreira e por, alegadamente o árbitro ter deixado por assinalar uma grande penalidade sobre Bruno César.

Cássio começa desde já poe ceder canto após um remate de Nolito. Javi Garcia também já vê o cartão amarelo e estamos ainda com dez minutos de jogo.

Artur agora defende um remate bem perigoso de Michel.

Espera-se um final de tarde complicado para o Maxi Pereira com Melgarejo pela frente. Corre muitíssimo mais do que ele. Entretanto há perigo junto à baliza de Cássio.

Sai agora um cartão amarelo para Michel por falta sobre Javi Garcia. Que estranho! Normalmente até costuma ser ao contrário.

Assistimos agora a um daqueles falhanços incríveis de Cardozo que normalmente deixam os adeptos do Glorioso com ganas de o agredir a bofetões. Seria um craque muito cobiçado por essa Europa fora se acaso não tivesse destas fífias que por vezes nos custam pontos.

Na sequência de um canto, o central Ricardo do Paços de Ferreira cria perigo de cabeça.

O Paços de Ferreira chega ao golo numa jogada de insistência. Artur ainda defende o primeiro remate mas já não consegue conter a segunda investida de Michel.

Deitado no relvado, Manuel José pede para sair. Ele lesionou-se no lance do golo da sua equipa. Alvarez já está preparado para entrar.

O jogador do Glorioso que hoje veste de amarelo agora remata à baliza depois de uma vistosa jogada de sua autoria. Artur tem de se aplicar e Jesus começa a pôr contas à vida quanto à inclusão ou não do Jogador Número Vinte E Cinco do Paços de Ferreira no plantel principal do Glorioso para a próxima época. O Benfica bem pode vender jogadores. Tem por aí tanto emprestado e de tão boa qualidade que se pode dar a esse luxo. Ah, e ontem aquele jogador do Leiria que colocou a cabeça em água à defesa do Braga depois de ter entrado também é do Glorioso. Este joga na esquerda e o outro na direita, logo o futuro das alas do Benfica está garantido com estes miúdos. Este que está aqui emprestado ao Paços de ferreira é um senhor craque. Não é para a equipa B que ele vai, é para a equipa principal.

Agora sai um remate de Vítor mas sem perigo. Sai também um cartão amarelo para Bruno César por o árbitro entender que simulou uma grande penalidade. E era mesmo grande penalidade.

O intervalo chega com o Benfica a perder com o Paços de Ferreira por 1-0.

Nolito e Saviola saem para entrarem Gaitan e Nélson Oliveira. O tempo encarregou-se de dizer que foram duas alterações muitíssimo bem feitas, dada a influência que estes dois jogadores tiveram no jogo. Ah, e Cardozo tem de se cuidar porque Nélson Oliveira é mais um craque que aqui está e, se a memória não me falha, também esteve emprestado ao Paços de Ferreira. Por este andar, nem os livres vai marcar mais, o Cardozo, porque o Bruno César marca-os muito bem. E para a próxima Jorge Jesus tem de ordenar também que seja o Jogador Número Oito do Benfica a marcar as grandes penalidades que sempre deve falhar menos. Tem outros pezinhos.

O Paços de Ferreira começa logo com um remate que dá um canto. E lá estava Ricardo noutro canto de muitos consecutivos que os pacenses ganharam a criar perigo. A equipa liderada por Henrique Calisto começou a todo o gás.

Agora é Luisão que não tem pernas para Melgarejo e trava-o em falta de modo a ver o cartão amarelo. E o livre é perigoso. O mesmo artista, aquele que devia ter outra camisola vestida, com uma tonalidade mais encarnada, remata à trave. Ai se ela entrava! Era um golaço. E já não era o primeiro jogador do Benfica a marcar à sua equipa. Penso que foi na época passada que um jogador do Beira-Mar em pleno Estádio da Luz marcou provavelmente o golo mais bonito da sua vida. Os adeptos do Glorioso compreenderam e até o aplaudiram.

Novamente Ricardo de cabeça para as mãos de Artur e novamente depois de um canto. Luís Carlos remata à figura de Artur a passe de Melgarejo.

A bola ainda entra na baliza do paços de Ferreira mas Cardozo estava fora de jogo.

É o pânico junto à baliza do Benfica e a culpa é de Melgarejo. Alvarez e Michel desta vez não fizeram o golo. As coisas estão muito feias para nós. Logo agora que havia uma oportunidade de ouro para encurtar a distância para o Porto que empatou ontem em casa frente à Briosa! E continua a atacar o Paços de Ferreira com perigo. Que nervos! Desta vez foi Luís Carlos e o remate saiu por cima.

Aos sessenta e dois minutos, após uma jogada de Nelson Oliveira, Gaitan faz o golo do empate. Foram exactamente os dois jogadores que haviam entrado que fabricaram este golo.

Que raio de cruzamento foi aquele de Bruno César????!!!!

O árbitro demora uma eternidade a mostrar o cartão amarelo a Luís Carlos e enerva os adeptos. A falta que cometeu sobre Maxi Perieira só não é grande penalidade por escassos centímetros. O livre resultante desta falta dá um livre que Bruno César converte superiormente no segundo golo do Benfica. Que bela execução!

Por falta precisamente sobre o autor do segundo golo do Benfica, Michel vê o segundo cartão amarelo e é expulso. Nelson Oliveira também vê o cartão amarelo pouco depois por alegadamente ter simulado uma grande penalidade.

Maxi Pereira também vê o cartão amarelo por falta perigosa sobre Luisinho. O livre pode ser perigoso. Por acaso até vai contra a barreira.

Ricardo tenta varrer Bruno César e é contemplado com vermelho directo. Que engraçado! Bruno César é o responsável pela expulsão dos dois jogadores do Paços de Ferreira. Ainda por cima marca aquele golo que vale três pontos. Sim senhor! Que mestria!

Com tudo isto, o Benfica está em segundo lugar com os mesmos pontos do Braga e somente a um ponto daquela equipa que quando venceu na passada semana o Glorioso no Estádio da Luz, quase lá festejou o título desta época. Agora terão de suar para lutar pelo título. O Campeonato está renhido!

10-03-2012











Regresso aos atalhos

Estava um dia bem agradável. A temperatura estava amena, o Sol brilhava e estava um luminoso Céu azul. Já que estava em casa, porque não aproveitar o ar puro do campo para oxigenar os pulmões numa caminhada como há muito não faço?

E lá parti logo depois do almoço com rumo incerto. Inicialmente não contava sair da estrada mas os atalhos de terra batida chamavam por mim, apelando para que eu os percorresse como antigamente fazia.

E lá fui rumo à aventura, explorando uns atalhos por onde só tinha andado uma vez.

A seguir seguem algumas fotos que seleccionei. Aproveitem!

Seis anos

Hoje o nosso humilde blog está de parabéns. São já seis anos de existência. Seis anos a dar conhecimento de tudo e mais alguma coisa que deve e não deve vir a público.

São seis anos de voltas e mais voltas ao Mundo. De Portugal ao Brasil, dos Estados Unidos à China, um pouco por todo o Planeta, muita gente já viu esta página. Presumo que em Portugal e no Brasil haja uma leitura mais assídua. Nos Estados Unidos e em outros países onde haja uma grande comunidade portuguesa talvez também se leiam todas as baboseiras que aqui debito ou pelo menos algumas delas.

Agora, que o blog está novamente actualizado (o que quase nunca aconteceu ao longo destes seis anos) seguiremos em frente com mais textos e crónicas de vária índole e também com vídeos que eu encontre ou que eu própria filme.

Venham então mais seis anos!

Friday, March 09, 2012

Diarreia

Que raio de sonho mais estúpido! Isto é tudo o que me apraz dizer deste pequeno sonho que tive numa noite em que me distraí a ouvir música, me deitei tardíssimo, dormi sem interrupções e acordei meia hora sensivelmente antes de o despertador tocar.

O protagonista principal deste sonho é o meu pai e o cenário é a minha casa num final de tarde de Sábado.

O meu pai levantou-se do sofá para ir tomar banho. A tarde estava amena e não havia preguiça absolutamente nenhuma para tirar a roupa e tomar um banho retemperador.

Penso que foi ao levantar-se que o meu pai terá sentido aquela súbita dor forte que torna urgente a corrida imediata para a sanita mais próxima. Neste caso, eram poucos metros que separavam a casa de banho e a sala. O meu pai aflito já se ia despindo pelo caminho até ficar nu e se sentar com aparato na sanita. Era tal a aflição que nem a porta da casa de banho fechou.

Eu estava na cozinha a ouvir rádio com as luzes apagadas. Já estava a cair a noite mas ainda se via alguma coisa. Sentado nu na sanita, o meu pai explodia numa diarreia de coiratos assados que pareciam bem gordurosos e rançosos.

A minha mãe chegou a casa vinda da rua e perguntou logo que aparato era aquele. Antes de explicar fosse o que fosse, o meu pai ainda tomou o seu banho, vestiu-se e voltou para a sala como se nada tivesse acontecido.

Mais calmamente explicou que estava ali deitado como sempre e sentiu uma forte dor de barriga. Começando a transpirar por todos os poros da pele e já não vendo mais nada à frente, o meu pai contou que chegou mesmo in extremis à sanita. A diarreia não tinha contemplações em esperar.

Ainda sonhei que uma colega me estava a dar daqueles pacotes de leite simples da Mimosa. Apesar de mos estar a oferecer, estava com muito maus modos e disse que havia sido outra colega que mos tinha mandado dar. Eles eram tantos que não os podia segurar. Deixei cair alguns no chão. Quando os apanhava logo caíam outros e assim por diante. Não tinha mesmo mãos a medir para segurar tanto pacote de leite.

Acordei a rir-me por causa daquela história da diarreia. Não dormi mais nada. Faltavam poucos minutos para o despertar para uma manhã luminosa. Admirei-me de ter dormido toda a noite. É raro acontecer.

Thursday, March 08, 2012

Música ouvida até à alma




Mais uma vez, foi à procura de outra música que achei esta para me animar o dia. A partir daqui, não ouvi com ouvidos de ouvir mais nenhum outro tema.

Estou tentada a ir à Worten ou à Box um dia deites para ver se acho um CD com esta música. De certeza que deve ter muitas outras de que também irei gostar.

Refira-se que eu por acaso até andava à procura de uma música que tenho lá em casa e que estava com saudades de ouvir mas não a encontrei. Quando chegar a casa procurarei então esse CD.

Eu sou assim.

Wednesday, March 07, 2012

“Sangue Oculto” (impressões pessoais)



Música, por favor!



Para descontrair um pouco, debrucei-me sobre a leitura de mais uma obra sobre vampiros e outros seres sobrenaturais escrita por Charlaine Harris. Da vasta colecção de livros desta saga só tenho este. Penso que estes livros podem ser lidos separadamente, apesar de se ficar com uma ideia mais aprofundada do que aconteceu se lermos as obras que estão para trás.

Sei que saiu um livro novo desta colecção e que vi outros à venda mas não sei se os vou adquirir todos. Existe outra colecção de livros sobre a temática dos vampiros que tem já imensos livros.

Neste livro, os vampiros e lobisomens enfrentam um grupo de bruxas altamente letais que prometem não olhar a meios para atingir o seu fim que é vingar-se da cidade que hostilizou os familiares da líder do grupo. É travada uma batalha e as bruxas más são destruídas.

No meu entender, faltou a esta obra um pouco mais de suspense, de resto, este livro até está engraçado e consegue divertir quem o lê. Tem a particularidade de ser fácil de ler.

A próxima obra que vou ler é já um clássico da Literatura Portuguesa e já deu origem a uma série que passou na TVI há uns dois anos, se não estou em erro. Eu não vi a série mas conheço pessoas que leram o livro e depois viram a série que dizem que não tem mesmo nada a ver uma coisa com a outra. Eu gosto de fazer ao contrário. Primeiro leio o livro e depois vejo a série ou o filme. E aqui estou eu pronta para ler “Equador” de Miguel Sousa Tavares.

Tuesday, March 06, 2012

Noite gloriosa

O Benfica venceu o Zenit de São Petersburgo por 2-0 e segue para os quartos-de-final da Liga do Campeões. Esta vitória foi importantíssima. Para além de manter intactas as aspirações do Glorioso na Liga Milionária também levantará a moral da equipa para encarar o que resta do Campeonato.

Logo aos quatro minutos sai o primeiro cartão amarelo da partida para um jogador do Zenit que fez falta sobre Gaitan.

Malafayev defende com um soco um cruzamento perigoso de Bruno César. Entretanto Javi Garcia viu um cartão amarelo.

Outra vez Malafayev com uma palmada a opor-se a um cruzamento perigoso desta vez tirado por Maxi Pereira.

Esta um jogador da equipa russa caído e parece ter sido involuntariamente lesionado com aparente gravidade por Gaitan. Por precaução Bruno Alves aquece. Logo chovem objectos de todas as formas, tamanhos e feitios e ouvem-se assobios e insultos.

Bruno Alves nem precisa de aquecer. Com tanto insulto que lhe está a ser dirigido pelos adeptos do Glorioso, as suas orelhas devem estar a escaldar o suficiente para lhe aquecer o corpo todo.

E já se sentou outra vez o Bruno Alves. Já deu para sentir o ambiente hostil que o espera se chegar a entrar em campo. Já está outro jogador do Zenit a aquecer e os assobios pararam. Já deu para ver o que espera Bruno Alves hoje no Estádio da Luz.

Regressemos ao jogo dentro das quatro linhas e temos um remate de Emerson muito por cima da baliza do Zenit.

Se o Benfica não marca rapidamente um golo, vamos ter uma segunda parte enfadonha com os jogadores do Zenit a fazerem antijogo constante. Entretanto Bruno César tenta marcar o tal golo que tanta falta faz a este jogo mas o remate sai por cima.

É o pânico agora na área do Benfica com Artur e Luisão a entregarem a bola aos adversários. Artur acaba por se redimir e põe termo ao perigo que ele próprio iniciou.

GOOOOOOOLOOOO Maxi Pereira. Ele, que é o melhor em campo. Se há jogador que merece a camisola que veste, Maxi Pereira é um deles. Este golo premeia tudo o que o uruguaio tem feito hoje em campo. Está a fazer uma grande exibição.

Rodrigo ainda cria perigo mas foi-lhe assinalada posição irregular. O intervalo chega com o Benfica a vencer por 1-0. Se o jogo terminasse agora, seguiríamos em frente na Champions.

Olhem só quem vai entrar! Ele, que para não ouvir os assobios e os insultos foi aquecer para dentro do balneário. Preparem bem esses ouvidos! A assobiadela vai ser ensurdecedora.

Se Bruno Alves disputar um lance mais duro com um jogador do Glorioso, o Estádio vem abaixo. Nem quero imaginar.

Na sequência de um canto cedido por acaso pelo homem de quem hoje tanto se fala, Jardel quase marcava.

Denisov vê o cartão amarelo por falta sobre Witsel.

Cardozo agora remata ao lado. Novo falhanço de Cardozo a seguir, desta vez de forma mais descarada. O terceiro remate num curto espaço de tempo do avançado paraguaio teve a oposição de Malafayev.

Novo canto e nova tentativa de Jardel marcar golo. Outro central- Bruno Alves- também remata mas Artur defende.

Nelson Oliveira por cima. Quis fazer tudo sozinho quando tinha outras opções. Do outro lado do campo, Faizulin remata já em tempo de descontos. Agora vai ser sofrer bastante até ao fim.

Nelson Oliveira ainda faz o segundo golo e o Estádio da Luz explode de alegria. Estamos nos quartos-de-final da lLga dos Campeões.

Concerto de Leonel Nunes








Eu penso que é este o nome do artista português de música brejeira com quem sonhei esta noite, não sei a que propósito.

Por entre caminhadas com amigos e colegas sempre por estrada, festas e bailes e todo o tipo de actividade social, lá tive de sonhar com este episódio bem estranho, atendendo ao facto de há muito não ouvir nada deste cantor.

Havia um concerto algures a que um grupo de associados da ACAPO assistia. A primeira parte desse concerto era dedicado a bandas portuguesas modernas e a segunda parte era dedicada a música pimba com Leonel Nunes a ser o convidado especial. As pessoas que assistiram aos concertos dos outros grupos foram-se embora e apenas ficámos nós na sala para ouvir Leonel Nunes com novas músicas que já não conhecia.

Era de tarde, o Sol incidia sobre as janelas entreabertas e uma porta da sala onde decorria o evento. O cantor disse às pessoas que podiam gravar o concerto com uns estranhos gravadores que eram comprados para o efeito. Os meus colegas logo os ligaram e inúmeras luzinhas verdes foram vistas aceder dos aparelhos. O concerto começou.

Ao intervalo, um dos nossos colegas que eu não conheço e parece só existir em sonhos foi comprar uns comprimidos. Pois não há concertos sem substâncias ilícitas. Passados escassos minutos de ele ter engolido um ou dois desses estranhos comprimidos, já me estava a fazer propostas indecentes. Eu ignorei-o.

A minha sorte foi que o filho de um colega nosso (que na verdade existe) estava a jogar a bola em pleno intervalo na sala de espectáculos. A bola veio ao meu encontro. Tentei chutá-la mas ela fez uma rosca e foi para trás. Depois era vê-la descer freneticamente por uma escada abaixo. É que a porta estava aberta. Que pontaria eu sempre tenho quando jogo a bola! Nem nos sonhos é diferente. Tenho sempre de mandar a bola para onde não devo. Que pés de chumbo!

Penso que foram buscar a bola e o concerto retomou mas não tenho a certeza. Voltei a sonhar com caminhadas, com amigos e colegas e não saí desse registo até acordar.

Monday, March 05, 2012

Problemas a mais para resolver numa noite só

Acordei sobressaltada às quatro menos um quarto da madrugada porque acordei a meio de um sonho que passo a relatar mais à frente. Resumindo, foi uma noite bem agitada em termos de sonhos. À hora que acordei já muito havia para contar e a saga prosseguiu ainda.

Comecei por sonhar com o meu cronómetro que apresentava estranhamente os números sumidos da parte de cima. Era estranho e algo intrigante. Uma colega minha veio visitar-me e dizia que tal fenómeno se devia a um qualquer mau contacto entre o cronómetro e…o rádio. Eu dizia que talvez fosse a pilha gasta mas, quando me afastava realmente um pouco mais do rádio, o cronómetro voltava a ter os números visíveis.

Agora o sonho passa-se nas imediações da igreja da Moita onde eu estava com a minha irmã e com mais alguém. Estava ali afixado um anúncio de um funeral que iria haver dali a minutos. Na foto, a falecida apresentava-se de traje académico e já eram visíveis várias pessoas que também se apresentavam assim vestidas. Pensei que a defunta fosse uma jovem mas afinal já havia nascido em 1962. As cerimónias iam começar dentro da igreja. Ao contrário do que acontece em outros funerais, ali cantava-se e tocava-se. Os cânticos até eram agradáveis e de foro religioso.

Era Inverno, apesar de ter estado uma bela tarde de sol e Céu azul, agora anoitecia bem depressa. Quando passava junto ao lar da Moita, naquele cruzamento, vinham dois veículos com os faróis no máximo que me encandearam. Tive de recuar para não levar com nenhum deles em cima. Um deles também se desviou de mim. Uma voz feminina bem esganiçada gritou-me furiosa:
- “Se tornas a assustar os meus cães, eu nem sei o que te faço!”

Corri pela ladeira acima mas ela perseguiu-me. Corria extremamente rápido e cada vez se aproximava mais de mim. Já estava escuro como breu e eu sentia-a aproximar-se cada vez mais. Resignei-me. Já estava cansada de correr. Preparava-me para a enfrentar.

Ela chegou perto de mim e continuou a discussão. Eu argumentei que tinha de fugir de dois carros. Ela compreendeu e, passados alguns minutos, já conversava comigo animadamente. Disse-me que era a Iola e que eu a conhecia. Não conheço realmente ninguém com esse nome.

Ainda andei mais um pouco na escuridão mas o meu pai veio ao meu encontro e levou-me para casa onde na televisão passava uma reportagem sobre uma estranha gripe que paralisava e podia mesmo matar os pacientes.

Num dia à tarde, preparava-me para ir com a minha mãe novamente à Moita. Apesar de se queixar de problemas de saúde, a minha mãe ia bem mais à frente do que eu mas parou em casa da minha vizinha queixando-se novamente do cansaço extremo e da falta de força. Tentava apanhar a gata da minha vizinha sem o conseguir. Vi a minha imagem no espelho retrovisor de velhas motorizadas. Aqueles espelhos estavam sujos. Mal dava para ver fosse o que fosse.

Também observava com agrado os músculos das minhas pernas que eram novamente bem definidos e apresentavam um ar saudável. Tal facto se devia às caminhadas.

Acordei quando o despertador tocou com a sensação de pouco ter descansado.

1ª Corrida "Coimbra Entre Margens" (fotos)





Percorrendo caminhos mais ou menos conhecidos

Cheguei ao local da concentração da 1ª Corrida “coimbrã Entre Margens” bem cedo. Tive de ir de táxi porque não estava muito bem a ver onde ficava a Praça da Canção. Se sabia que ficava tão perto e era só atravessar a ponte pedonal, tinha ido a pé. É o problema de eu não conhecer os locais por nomes e sim por referências.

Se acaso ontem não tivesse chovido à tarde, teria andado pelo local e acabaria por descobrir onde ficava o local exacto onde nos tínhamos de concentrar mas agora, a partir de hoje, já sei onde isso fica e é pertíssimo. Toupeira Dum Raio!

O facto de ter chegado bem cedo proporcionou-me alguns encontros com pessoas que eu já não via há muito e dava por mim a pensar nelas. Estou-me a lembrar da minha companheira de treinos em Miranda do Corvo. Ainda treinámos juntas algumas vezes no Estádio Cidade de Coimbra desde que de lá saí mas agora nem ali treino. Apenas faço caminhadas. Estou a pensar em ir correr um pouco para o Verão mas isso é ainda uma hipótese remota. Terá de ser talvez em terra batida para não massacrar muito os tendões.

As condições climatéricas estavam muito instáveis. Começou a chover justamente quando começámos esta caminhada atravessando a ponte pedonal. Já ali estive algumas vezes e já a atravessei assim na companhia de muita gente.

Talvez atiçados pela chuva que caía algo intensa nessa altura, fizemos a primeira parte do percurso muito rápido. Havia ali muita gente que já se sentia cansada mas isso é normal. É enquanto não estamos completamente quentes e o nosso organismo ainda não se habituou a responder ao esforço. Eu noto que acabo as caminhadas bem mais leve e fresca do que quando as começo. Isso não vale para a corrida e muito menos para a de alta competição.

Houve uma queda ainda no percurso do Parque. Nessa altura juntei-me também aos meus companheiros da ACAPO e seguimos mais ou menos uns ao pé dos outros.

O principal grau de dificuldade deste percurso foi a subida da ladeira da Rainha Santa. Nunca tinha subido ali, apesar de ter ouvido falar. Por acaso até adoro estas subidas. Fazem muito bem, oxigenam os pulmões.

A jornada terminou exactamente onde havia começado. Os meus colegas foram para suas casas e eu ainda fiquei ali a assistir às provas. Ficaria ali por muito mais tempo se não tivesse começado a chover e se não estivesse já a sentir frio por me encontrar com a roupa transpirada no corpo.

Ainda fui comprar algo para comer e regressei a casa. De hoje a duas semanas haverá mais.

Sunday, March 04, 2012

Ameixas, água e música

Sonhei com imensas coisas. De quase nada ou pouca coisa me recordo agora mas vou tentar pelo menos mencionar alguns elementos que fizeram parte do meu sonho de hoje.

Era noite do Festival da Canção. Na realidade ele está próximo. Não iria ter oportunidade de o ver e era a primeira vez em anos que isso acontecia.

Recordo-me que havia alguém escondido no armário da roupa dos meus pais. Alguém que não parava de engordar a ponto de não caber mais lá.

Recordo-me de um cesto de ameixas bem apetitosas vindas do quintal de minha casa. Não vinham do quintal onde estão as ameixieiras, vinham do outro. Algumas ainda não estavam muito maduras. Eu escolhia-as. Algumas estavam pegadas umas às outras. Chegava a haver três assim. Elas eram todas tão apetitosas que me era difícil escolher duas ou três para levar.

Recordo-me de sonhar com uma torneira que na realidade existe no terraço. Eu abri-a no máximo. Deixei-a correr para ver se saía água quente, imagine-se. Consegui esgotar a água do depósito com essa brincadeira.

Sem grande brilho, aqui fica o relato de mais uma noite de sonhos. Uma noite um pouco mais fria do que as anteriores.

Por um se ganha, por um se perde

Acabou a euforia do leão que começou há umas jornadas atrás quando Sá Pinto assumiu os comandos da equipa e surgiram as vitórias tangenciais por 1-0. Hoje foi a vez de o novo Sporting de Sá Pinto também experimentar o sabor das derrotas tangenciais que servia aos adversários.

Antes do jogo começar é notada a ausência das opções de jogo de Van Wolfswinkel. Estranhamente nem no banco está.

De livre, Bruno Amaro obriga Rui Patrício a uma estrondosa defesa. Targino desperdiça uma excelente oportunidade de golo para o Vitória de Setúbal rematando ao poste.

O primeiro cartão amarelo do jogo surge para o lateral direito do Vitoria de Setúbal por falta sobre Capel. É sempre a mesma coisa jogo após jogo. Coitados dos laterais direitos da equipa adversária da que Capel representa! Acho que não houve jogo nenhum em que o opositor directo do Jogador Número Onze do Sporting não visse pelo menos um cartão. Este desgraçado hoje está a sofrer, coitado. Ainda por cima é tão verdinho. Não tem aquela ratice de se esquivar às manhas deste jogador.

Depois de ter ameaçado há pouco, Bruno Amaro marca o golo do Vitória de Setúbal. Estamos com sensivelmente vinte minutos de jogo. O corte de Xandão terá ocorrido já para lá da linha de golo.

Agora surge um remate sem perigo de Izmailov, me parece. Entretanto Ricardo Silva vê um cartão amarelo por falta impetuosa sobre Rivas.

Surge agora um remate de Miguelito mas muito por cima da baliza do Sporting.

Agora Diego Capel vê cartão amarelo porque o árbitro André Gralha entendeu que o espanhol simulou uma falta para grande penalidade.

O intervalo chega com a vantagem da equipa da casa por 1-0.

Tentando imitar o que fez há uma semana frente ao Rio Ave que deu origem a um dos golos mais espectaculares que vi nos últimos tempos, Izmailov remata para uma magnífica defesa do guarda-redes Diego.

O avançado do Sporting Rivas vê cartão amarelo por falta sobre Bruno Gallo. Saem ainda mais dois cartões, um para Igor do Vitória de Setúbal a punir uma falta sobre Carrillo e outro ainda para Elias do Sporting.

Diego agora defende um cruzamento muito perigoso que ia na direcção da sua baliza.

Há agora grande penalidade sobre o chileno Diego Rubio. Outro chileno, Matias Fernandez vai-se encarregar de a converter. E outro Diego, o guarda-redes do Vitória de Setúbal, encarrega-se de a defender. Ainda há uma recarga mas a bola vai muito por cima.

Diego agora está estendido no chão a queixar-se de um braço. Terá caído mal e aproveita também para queimar tempo. Esta vitória, a concretizar-se, é muito importante para os sadinos agora comandados por José Mota na luta pela permanência.

Ainda há tempo de Insua ver o cartão amarelo que o coloca de fora na próxima jornada do Campeonato que é contra o Vitória de Guimarães. Mais um jogo difícil para o Sporting.

Bruno Severino vê cartão amarelo por falta sobre Capel. Nem outro poderia ser o jogador a sofrer falta. É a sua especialidade. Os cofres agora da Federação Portuguesa de Futebol pesam com os euros amealhados com as multas dos cartões que o Jogador Número Onze do Sporting saca aos adversários.

O autor do golo do Vitória de Setúbal Bruno Amaro também ainda vê um cartão amarelo.

Chega ao fim este jogo com a primeira derrota de Sá Pinto no comando do Sporting. Afinal só acabou mesmo o Futebol, pois acaba de começar o Vale Tudo, modalidade muito apreciada pelo actual treinador do Sporting. Já há ali um catão vermelho para não sei quem e o sururu parece não ter fim. Vão mas é para dentro, treinem…Futebol e deixem-se de coisas! Se o Marítimo ganhar amanhã, já vão descer na tabela mais um pouco e de nada valeu festejarem a derrota do Benfica como se algumas hipóteses ainda tivessem de ser campeões.

Saturday, March 03, 2012

Nada está perdido

Não vou negar que fiquei triste com a derrota do Glorioso frente ao Porto, ainda para mais com um golo conseguido em posição irregular.

Foi apenas e só mais uma jornada, nada mais. Ainda faltam nove jornadas para o final do campeonato e muitos pontos serão ganhos e perdidos nestas derradeiras jornadas que faltam.

É claro que se ganhássemos ficaríamos numa posição mais confortável, tal como ficou o nosso opositor de ontem mas tal não aconteceu.

Mais que esta derrota, o mais intrigante tem a ver com uma quebra física dos jogadores do Benfica que não apresentam a mesma frescura física de há um mês atrás. Recordo-me que o ano passado isso também aconteceu e custou-nos muito caro. Talvez tenha falhado ou esteja sistematicamente algo a falhar época atrás de época no que diz respeito ao planeamento e gestão dos picos de forma que deveriam acontecer na altura das decisões. Isso sim preocupa.

Hoje o Braga venceu no terreno do Nacional da Madeira categoricamente por 1-3. Ao contrário do Glorioso, os arsenalistas estão a crescer e apresentam nesta altura uma frescura física impressionante.

A Superliga ganhou interesse nestas últimas jornadas e muito ainda se vai escrever até à trigésima jornada. À data de hoje, não há nem podem haver campeões antecipados.

Friday, March 02, 2012

Olhando para o Céu e olhando para o chão

As tempestades sempre foram um tema muito abordado nos meus sonhos. Na maioria deles sinto fascínio por fortes trovoadas e chuva intensa, um pouco como acontece na vida real. Também já houve uma fase em que tinha medo dos temporais nos sonhos. Ultimamente, à semelhança do que acontece na vida real, os sonhos com tempestades têm sido escassos. Com o tão apregoado regresso da chuva, parecem também ter regressado os sonhos de temporais.

Estava na paragem do autocarro, onde esperávamos o transporte escolar. O Céu cobriu-se de nuvens tão espessas como eu nunca vi. Quase ficou de noite mas era de manhã. O temporal surgiu pujante e repentino. Não havia chuva, apenas uma forte e estranha trovoada.

Os relâmpagos irrompiam no Ceu de uma forma estranha. Não o atravessavam como sempre acontece. Pareciam fogo-de-artifício mas de uma cor só- o lilás. Em simultâneo tínhamos uma série de relâmpagos desses a iluminar o Céu. Eu olhava maravilhada para aquele inesperado espectáculo. Estava tão distraída que um rebentou mesmo em cima de mim. Alguém me gritou que fugisse mas eu estava maravilhada de mais com aquele inesperado espectáculo para fugir. Bolas de fogo esverdeadas começaram a cair no chão. Também pareciam aquelas bolas coloridas do fogo-de-artifício.

Agora o sonho passa-se num local exterior desconhecido. Não me lembro bem dos seus desenvolvimentos mas recordo-me que percorria uma estrada não alcatroada de uma rua onde se situavam diversos edifícios ainda por acabar. Um deles era o meu destino. Tinha algo para levantar ali. Até penso que era dinheiro.

Já se fazia tarde, ainda tinha um longo caminho a percorrer até apanhar a camioneta de volta a casa. O edifício onde tinha que ir era muito semelhante a todos os que existiam nessa rua. As paredes ainda apresentavam a cor do cimento e do tijolo nu. Ao lado de umas escadas, havia também uma rampa que descia. Pelo menos o edifício respeitava todas as leis de abolição das barreiras arquitectónicas.

Olhava para o chão que estava escorregadio devido a lama em certas zonas. Sentia-me bastante entorpecida e caminhava com dificuldade. Era como se alguém me empurrasse. Trazia vestida a mesma roupa que na realidade enverguei ontem.

Vencida por aquele estranho cansaço, caí sobre a terra batida, voltei-me a levantar, caminhei mais um pouco e fui a cambalear por ali fora, caindo e levantando-me por diversas vezes. Pessoas que por ali passavam tentavam-me levantar ou, simplesmente, olhavam-me com curiosidade. Fui-me sempre levantando e ignorei todas elas.

Era tarde. Entro ou não entro? Estará ali muita gente? Fazia estas perguntas parada a olhar para a longa carreira de edifícios, todos parecidos uns com os outros, que havia naquela longa rua que eu não conheço e que parece não existir na realidade. E mais não sei. Não digo nada. Muitas vezes sonho com estes locais e tenho de lá passar dali a dias ou semanas.

Passou por mim uma velha e suja camioneta da TTRANSDEV. Não seria aquela que iria apanhar. Ainda faltava algum tempo mas não sabia se iria ali estar durante muito tempo. A olhar para o chão, perdi um pouco as referências daquela rua que não eram muitas por as casas serem muito semelhantes. Era ali ou mais abaixo? Ou mais acima? Parecia-me ser aquele edifício mas não tinha a certeza.

Afinal não era aquele. Aquele tinha escadas para cima e não para baixo. Com tudo isto já era tarde e estava a anoitecer. Voltaria numa outra altura. O que tinha para ali fazer podia esperar.