Wednesday, September 08, 2010

Um Brinde À Morte (impressões pessoais)



Isto é imperdoável! Sendo eu uma grande fã de literatura policial, este é só o primeiro livro que eu leio de Agatha Christie, considerada a grande especialista deste tipo de literatura.

Para primeiro livro, fiquei encantada e vou agora adquirir mais, caso continue a trabalhar. É um vício ler romances policiais e tentar adivinhar quem foi o culpado do crime.

Neste caso houve um envenenamento num restaurante chique durante uma festa. Cianeto foi colocado no champanhe de Rosemary que era uma mulher perversa e muito mesquinha, que tinha um caso amoroso com um famoso político que era casado, tal como ela.

Rosemary herdou uma avultada fortuna de um familiar que deixaria à sua irmã Iris se acaso morresse. Iris estava apaixonada por Tony que também namorou a sua irmã e não era visto com bons olhos pela família. Foi Tony que eu coloquei no topo dos suspeitos numa primeira fase da leitura da obra. A lista estava assim ordenada nessa altura: Tony por Rosemary descobrir o seu alegado passado obscuro e a sua identidade, Sandra (mulher de Stephen que era o amante da vítima) por ser loucamente apaixonada pelo marido e não permitir dividi-lo com mais ninguém, Stephen por temer um escândalo provocado por Rosemary que ameaçava contar que eram amantes caso ele seguisse em frente com a ideia de a deixar, Ruth (secretária de George que é o marido da vítima) por ser apaixonada pelo patrão, George alegadamente por ciúmes mesmo sem os demonstrar, Iris para ficar com a fortuna da irmã e Victor (primo da vítima) por dinheiro.

Victor não estava presente no restaurante no dia do crime, pois embarcara para a América do Sul. Victor era um falsário de primeira classe, um criminoso profissional. Sua pobre mãe dizia sempre que o seu filho era enganado por outros e implorava que o ajudassem. Coloquei-o em último porque alegadamente ele não estava presente mas por alguma razão o incluí.

Pensava que Tony queria fazer mal à irmã de Rosemary mas acabou por ser ele quem descobriu as pontas soltas deste crime. É que George foi também envenenado e as suspeitas passaram a recair sobre Iris. Na minha lista de suspeitos, Sandra e Stephen passaram para os primeiros lugares e Tony deixou de figurar por ser um agente infiltrado para desmascarar Victor e o seu grupo. Sendo agente infiltrado, Tony deixou-se prender sob identidade falsa e esteve perto de Victor. Para disfarçar, Tony assustou Rosemary ameaçando que a matava para ela não perturbar as suas investigações.

A segunda taça de champanhe envenenada que foi indevidamente consumida por George destinava-se a Iris e Tony chegou lá fazendo uma experiência de troca de objectos em cima de mesas com os seus colegas que investigavam também o caso. No restaurante, enquanto os clientes dançavam, a carteira de Iris caiu ao chão e o empregado, não sabendo de onde ela era, colocou-a no lugar de George. Quando regressaram da dança, Iris e George trocaram de lugar e calhou a George o veneno que se destinava à cunhada. A partir dessa descoberta, a preocupação de Tony foi sempre a de proteger Iris de quem quer que fosse que lhe quisesse fazer mal.

O assassino era Victor para ficar com a herança que seria, à morte das primas, para a sua mãe que lhe entregaria depois todo o dinheiro sem problemas. De facto Victor estava no restaurante desta vez. Então temos que o primeiro crime foi perpetrado por Ruth a mando de Victor de quem ela começava a gostar e o segundo crime foi perpetrado pelo próprio Victor que se encontrava no restaurante disfarçado de Pedro Morales e acompanhado por uma loura. A pretexto de atender uma chamada, Victor ausentou-se e vestiu-se de empregado. Assim foi fácil servir os convidados e envenenar o copo da prima. Ruth ainda tentou matar Iris mas Tony foi a tempo de a salvar.

Foi muito boa esta obra! Se continuar a trabalhar, prometo fazer colecção destes livros.

No comments: