Friday, August 31, 2018

Fico em casa mas não vou ver televisão

Um sonho repleto de situações estranhas que por vezes acontecem quando se fala de atividade onírica. Ter a sensação que aquilo já aconteceu e já ser um episódio repetido, ver algo na televisão e, num espaço de segundos, ser transportada para a cena que estou a ver, fugir de ver ceras coisas macabras e, invariavelmente, ir ao encontro delas…

Desta vez, estava eu em casa dos meus pais numa certa noite, estava a dar um filme ou uma série muito violenta. Depressa esse filme ou essa série se transformou...num jogo de hóquei em patins que terminou de forma não menos violenta com alguém que terá morrido mesmo ou ficado tão mutilado que dava impressão ver. Nunca cheguei a saber que tipo de programa era. Só sei é que, sem querer, noutra ocasião, tinha por acaso passado por lá os olhos e as imagens perturbaram-me. Não queria voltar a ver isso.

A televisão estava ligada na sala e, para fugir de ver essas imagens que me iam sensibilizar, fui para a casa de banho. Toda a gente ia sair dali a pouco mas eu optei por ficar. Apagaria a televisão para não levar com aquilo e iria ouvir música. Até peguei no meu velho leitor de MP3 laranja e branco e admirei-me de ele ainda funcionar- coisa que não acontece na realidade.

Depressa desisti de ouvir música...e fui ligar a televisão. Nos sonhos sou mesmo masoquista. Nunca vi igual. Fiquei surpreendida ao constatar que, de facto parecia a mesma coisa que tinha visto antes mas o evento era diferente. Havia as mesmas equipas, mas com outros jogadores e estava tudo a correr bem. Corria tudo tão bem, que eu acabei dentro do pavilhão a confraternizar.

O medo inicial que eu sentia desapareceu. Não cheguei a saber ao certo a sua origem.

Carregando livros desde sempre

Ontem, mal liguei o rádio, agora que se aproxima mais um ano letivo a passos largos, só se falava do peso que as crianças transportam para a escola às costas. Dentro das mochilas.

Eu duvido que alguma criança de hoje carregue tantos livros às costas como eu carregava. Sim, esta mania que hoje tenho de levar livros para todo o lado, já a tenho desde tenra idade.

Eu não me contentava em levar os livros escolares. Quando eu chegava à escola primária e tirava tudo da mala, fazia a maior pilha de livros que alguma vez se viu em cima de uma mesa. Acho que todos os meus colegas juntos, os livros deles, se os juntassem, não faziam um monte de livros em cima da carteira tão alto como o meu. Não admira eu demorar tanto a arrumar, como eu fazia.

Tudo o que tivesse letras ou imagens me servia para levar para a escola. Livros, revistas, cadernos com desenhos, até folhetos...e só comecei a ter mochila de levar às costas quando entrei para o ensino preparatório. Até lá usava pastas de levar ao ombro ou de levar na mão-o que era ainda pior.

Dez por cento do peso corporal? Qual quê? As minhas malas pesavam mais do que eu em certos dias. Depois há aqui um pormenor que escapa aos filhos de hoje. Enquanto os pais os levam de carro mesmo junto ao portão da escola, eu ia a pé para a escola. Lembro-me de muitas vezes, vergadas ao peso do conteúdo, as minhas malas não resistirem e as alças rebentarem pelo caminho ou desencaixarem.

Lembro-me de um episódio curioso. Quando já tinha rebentado quantas malas havia por causa do peso que levavam, a minha professora primária ofereceu-me uma mala muito bonita para levar para a escola. No entanto, a mala era muito estreita e dava para levar o essencial. Ela alertou-me que, se a mala rebentasse por causa do excesso de livros e cadernos, ela nunca mais me dava nada. Então eu andava com muito cuidado e tentava, embora fosse difícil, levar só o essencial.

Ainda hoje, vá para onde for, tenho sempre de levar pelo menos um livro atrás de mim. Até para a praia levo livros, quando devia poupar as costas só a levar comida, bebida e os acessórios indispensáveis para a praia. Para que levo eu o livros? Não sei. Por acaso não lhe pego.

Mais curioso é levar livros para convívios onde só se come e bebe. Para quê? Não sei. Simplesmente é um habito que sempre tive. Podia ter hábitos piores. O de sempre andar com livros atrás é simplesmente estranho.

Thursday, August 30, 2018

Começar mal e acabar a festejar

Para o presidente do Lyon e de restantes clubes que começaram a salivar quando viram o Benfica a perder nos instantes iniciais da partida, fiquem sabendo que passámos e vencemos por 1-4. Se querem ainda jogadores nossos, terão que arrotar bom dinheiro. Daqui não levam nada em saldos.

Que nervos!

Toda a gente, todos os comentadores a dar para trás no Seferovic que hoje é titular. Vamos a ver como corre!

Mal começa o jogo e já há um livre muito perigoso e um cartão amarelo para André Almeida.

O PAOK cria perigo. Muitos nervos nesta fase inicial.

Léo viu o cartão amarelo por falta sobre Cervi.

Onh, o PAOK já marca. Tudo mais complicado.

JARDEL! Tudo igual. Vamos!

O Cervi tem um penso na cabeça. Ainda marcas do jogo com os verdes no sábado passado.

O guarda-redes grego do PAOK mete água. É grande penalidade. Quem vai converter? Salvio. E converte. Demos a volta ao marcador.

Saiu o cartão amarelo para Maurício por ter travado Pizzi em falta.

Agora foi Jardel a ver o cartão amarelo por falta sobre o Jogador Número Nove do PAOK. Ele que marcou o golo. Na sequência do livre, Léo obriga Vlachodimos a grande defesa.

Num só lance, numa só jogada, há três situações de golo para as nossas cores.

Golo de Pizzi. Dificilmente não seguiremos para a fase de grupos da Champions.

A bola da Liga dos Campeões é muito bonita.

Quatro golos na primeira parte. PAOK 1- Benfica 3.

vem aí o indivíduo que, com toda a certeza, não chumbava nos exames médicos do Porto- o Warda.

Sim, o desgraçado do marroquino do Belenenses deve estar destroçado. Fazem isso porque não têm guito. Nem o jogador do Celtic conseguem contratar, imagine-se. Devem estar com um pó a ver este jogo…

Entretanto o Seferovic cria perigo.

Se o Benfica marcar mais um golo agora, podem rodar jogadores. Precisam deles para o jogo com o Nacional. Se o Hamzaoui por acaso jogar, precisam de pernas frescas para correr atrás dele. Entretanto há grande penalidade por falta de Fernando Varela sobre Jardel. Novamente Salvio. Converte novamente.

Com Hamzaoui ou sem Hamzaoui no domingo, é altura de Rui Vitória refrescar a equipa.

Pois é, os gregos calaram-se.

Agora Prijovic envia a bola à barra.

Cervi remara de muito longe.

Maurício remata de longe.

O primeiro a entrar é Alfa Semedo para o lugar de Salvio que tem andado com problemas físicos.

Oh Warda, que foi?

Pelkas- outro jogador bem conhecido cá do burgo- remata por cima.

Realmente, senhor Warda, lábia tens muita.

Seferovic ainda procura o golo.

Cervi está a encher o campo. Está-lhe a dar sorte aquele penso na cabeça. Obrigada Sporting!

Agora lembrei-me de uma coisa. O Warda deve ser como era o Dani no tempo que jogava. Era bom jogador mas pecava fora do campo. Ele, que está a comentar o jogo. Chegou a jogar no Benfica mas andava na rua de noite a altas horas e foi despedido. Agora tem ali o Warda que peca por ser como é.

Outro jogador que também passou aqui por Portugal foi o Pelkas que agora fez falta sobre o Fejsa e viu o cartão amarelo.

Acho que o Léo vai para a rua. Fez falta sobre Cervi. E vai-se a benzer. Não adianta. O mal já está feito.

Agora não se passa nada. O Benfica controla o jogo.

Cada vez que tocam no bijuzinho, ele logo se insurge a protestar. Estou a falar do Warda.

João Félix. Aí vem ele!

Entretanto saiu mais um cartão amarelo para o Jogador Número Vinte E Oito do PAOK.

Que sorte agora! A bola não entrou na nossa baliza por pouco. Foi o Pelkas.

Vlachodinos nega o golo ao PAOK.

É uma pena o Warda ser assim como é. Ele aqui no nosso campeonato seria um craque. Nunca há-de chegar a lado nenhum por causa do raio do feitio e da indisciplina.

Pensando bem, qualquer egípcio tem a sua dose de loucura. Está-lhes no sangue. Talvez tenha sido essa dose de loucura que os tenha levado a construir as pirâmides na Antiguidade. Eu não conheço nenhum egípcio- e conheço muitos- que não tenha uma pancada. Este Warda então é demais!

Mesmo o Saleh também poderia ter chegado mais longe. Dizem os compatriotas dele que ele também andava na má vida. É uma pena. O irmão dele? Esse também é um pouco desviado. Não tem tanto talento como o Saleh mas também dava jeito ao Nacional, por exemplo.

Quem é o egípcio mais doido que eu conheço? É difícil responder. Cada um com a sua mania. Eu diria que é o Eslam Salah. Até tem o telemóvel com um desenho do próprio retrato dele, imagine-se. Ah, e as fotos tiradas na casa de banho? É o que eu digo, o sol é muito nessas paragens e nem com aquele cabelo o Warda escapou a ser mais sóbrio. Bem pelo contrário. Se o Feirense não o tivesse despedido, havia aí circo toda a semana. Era da maneira que não se dava atenção a coisas mais lamentáveis e a tricas entre os grandes a acusarem-se mutuamente de jogos de bastidores. Cá o Warda fazia a festa sozinho. O azar era jogar no Feirense. Se jogasse num grande, de certeza que sairia nas primeiras páginas dos jornais. Da maneira que ele é...

Entretanto o jogo acaba. Estamos na Champions!

“A Perninha Da Menina”- Pedro Barroso (Música Com Memórias)


Estávamos a almoçar no parque de merendas da Figueira da Foz quando alguém começou a cantar esta música por causa de algo que se disse sobre as pernas da mesa. Lembrei-me que há anos que não ouvia esta música. Ficou perdida algures no tempo. Nos inícios dos anos oitenta quando Pedro Barroso estava em alta. Agora mal se ouve falar dele.

Recordei uma noite feliz em que a televisão lhe deu amplo destaque por algum tempo. Nessa noite a minha avó regressava a casa vinda do hospital. Ela tinha sido internada devido ao glaucoma. Um dos olhos rebentou e teve de ser extraído nessa altura.

Se a memória não me falha, ela regressou a casa mas era para voltar para ser operada. Penso que foi assim porque me recordo de a minha avó ter regressado já com um penso no olho mas era já de manhã. Dessa vez lembro-me de chegar pela tardinha e de se encontrar à lareira a ouvir estas canções. Sim, a minha avó gostava de música portuguesa, como os assíduos leitores deste blog bem sabem.

Pedro Barroso cantava estas canções alegres e nessa noite de festejar o regresso da nossa avó a casa, seria a banda sonora perfeita.

Escolhi esta música porque veio à baila e porque deixei de a ouvir. Mesmo na Rádio Sim não passa.

Saturday, August 25, 2018

Elves Baldé desbloqueou

O Sporting venceu o Feirense por 3-0 com a promessa Elves Baldé em destaque.

Para hoje, Feirense e Sporting em Alcochete a contar para a Liga Revelação.

Feirense com imensos jogadores nigerianos devido ao acionista maioritário da sua SAD ser dessa nacionalidade.

A primeira jogada com cabeça, tronco e membros é do Feirense.

Ah, hoje as camisolas já não vão de um a onze. Estou a ver um Quarenta E Um no Sporting.

O Sporting cria perigo mas já havia fora de jogo.

João Oliveira do Sporting cabeceia com perigo.

Saiu o cartão amarelo para Azevedo.

Quase que era autogolo agora de um jogador do Sporting.

Chega-se ao intervalo com um nulo no marcador.

Entram mais dois nigerianos no Feirense. Quantos são ao todo? Agora lembrei-me de uma vez vir uma carrinha de caixa aberta de nigerianos para treinarem à experiência no Alverca quando Luís Filipe Vieira ainda era o presidente. Estes, sendo muitos, devem ter vindo de autocarro.

O Feirense já fez bom dinheiro esta época com a venda do Etebo que também é nigeriano e participou no Mundial. Pode ser que consiga o mesmo com algum destes.

Há grande penalidade para o Sporting. Foi falta de Cavadas sobre Pedro Marques. Elves Baldé prepara-se para converter o castigo máximo. Converte.

Azevedo remata com perigo.

Não tarda, temos as outras equipas a queixarem-se que os nigerianos do Feirense devem ter aí uns trinta anos. Nunca se sabe. Ainda por cima são muitos.

Pedro Sousa: “Pontapé de baliza para a equipa NIGERIANA.”

Há golo de Pedro Marques.

Que golaço de Elves Baldé! Será por venntura o homem do jogo.

Leandro remata com perigo. Podia ter sido o tento de honra do Feirense.

Quase que era mais um golo do Sporting.

Pedro Mendes cabeceia para grande defesa do guarda-redes nigeriano do Feirense.

Ainda saiu o cartão amarelo para Bruno Paz. Não há tempo para mais. O jogo acabou com a vitória do Sporting por 3-0 frente ao Feirense.


Quando achei um livro

E cá estou eu na minha árdua tarefa de narrar os episódios da minha vida passada que surgem assim vindos do nada e que me assolam.

Já aqui falei das minhas investidas sobre uma arca de madeira que, por acaso, ainda existe lá em casa mas julgo que só tem roupa lá dentro agora.

De vez em quando, eu ia à despensa, que era como se chamava ao escritório atual lá de casa, e vasculhava a enorme arca de madeira. Encontrava quase sempre as mesmas coisas: roupas velhas, umas calças verdes de ganga que o meu pai comprou em Lamego porque rompeu as outras a saltar arame farpado…

Houve um dia em que achei um livro. Nessa altura, do que gostava mais dos livros era das imagens. Jamais pegava num livro sem imagens como faço agora. O que me fascinava naquele livro era o facto de as fotos terem muitos filtros. Não eram fotos a cores. Eram fotos com filtros vermelhos, amarelos, azuis, verdes…

A imagem que me assola o espírito leva-me ao barracão da casa das minhas vizinhas- hoje em ruínas. Ali me sentei a folhear o livro que, por o ter achado há pouco tempo, não largava.

Para além da memória visual assim surgida do nada, também me invadiu as narinas o cheiro de papel arrumado e bafiento.

Não consigo explicar por que é que isto me acontece. Resta tomar nota e aqui trazer estes fragmentos de memória.

Tuesday, August 21, 2018

Lamentar oportunidades perdidas

O Benfica empatou a uma bola em casa com o PAOK de Salónica. Um resultado péssimo que se leva para a Grécia e que pode colocar em risco a entrada na fase de grupos da Champions.

O Benfica tem de vencer para estar na fase de grupos da Champions. O adversário é o PAOK.

O Ferreyra já ali aparecia.

Este Pelkas é bom jogador. Jogou no Vitória de Setúbal e dizem que está ainda melhor.

Parece o Portimonense, o PAOK.

Gedson marcou mas o árbitro anulou por haver fora de jogo.

Agora um jogador do PAOK rematou com algum perigo.

Gedson prepara-se para mais uma exibição memorável. Agora cruza a bola para a área.

O PAOK cria perigo.

Fernando Varela protesta. Que é que ele quer?

Que perigo! Pizzi quase marcava.

Outra vez Pizzi a criar imenso perigo. Se entrava...

Tantas vai criar, Pizzi, que irá marcar.

Já começam a ser imensas, as oportunidades que Pizzi tem para marcar.

Quase que era golo de Gedson.

Há grande penalidade sobre Gelson. Vamos ver se Pizzi converte. Converte!

Chegamos ao intervalo em vantagem que temos de aumentar na segunda parte.

Quase que Grimaldo chegava.

O guarda-redes do PAOK faz a defesa da noite a remate de Ferreyra.

Mas por que carga de água viu Gedson o cartão amarelo?

Olha o Warda! Bem, agora isto vai animar. Este cidadão o ano passado esteve para vir para o Feirense ou foi mesmo apresentado. Foi recambiado porque disseram que ele andava a atirar-se às mulheres dos restantes jogadores do Feirense. Ah, e eu perguntei ao meu amigo Mostafa se ele conhecia o Feirense.

Por falar em PAOK e em egípcios, foi desse clube que veio o Sabry, esse brinca-na -areia que marcou um golaço à lagartagem.

Infelizmente, a liga portuguesa está muito desfalcada de egípcios este ano. O Hassan também foi para a Grécia. Para o Olympiakos.

Bem, também ´só o Glorioso SLB é que tem gregos.

Agora o guarda-redes do PAOK aplicou-se fortemente a remate de Grimaldo. Esta sim, foi a defesa da noite. Isto se ele entretanto não fizer uma que saltará mais alto até que a barra da baliza.

O nosso grande amigo Warda agora remata muito por cima.

O PAOK agora cria perigo.

Vieirinha carrega Rafa e vê o cartão amarelo.

Foi o Warda que marcou o golo?

Por falta sobre o Warda, André Almeida viu o cartão amarelo.

O Pelkas já tinha amarelo? Acho que não. Travou Rafa em falta e viu-o agora.

O Benfica agora carrega.

Agora é o Warda a ver o cartão amarelo. Também é o Setenta E Quatro- o número do Al Ahly. O Saleh também joga com o Setenta E Quatro.

João Félix também remata ao lado. Entretanto o jogo termina. Um mau resultado que se leva para a Grécia, tendo em conta o ambiente que se vai lá encontrar.




Medo de ali passar

Com o tempo, talvez o teor dos pesadelos que o Ser Humano tem ao longo da vida mudem. Não faz sentido um idoso ter medo do papão que lhe aparece em sonhos. De igual modo, também uma criança não iria, certamente, compreender um cenário como este que agora eu vou descrever. Provavelmente iria notar que algo estava errado com estas pessoas mas não saberia explicar o quê.

Isto tudo para dizer que, nos últimos anos da minha vida, os pesadelos se prendem com acidentes e com corpos mutilados.

Não me consigo lembrar com exatidão o que aconteceu aqui neste sonho. Só sei que havia uma série de idosas a quem aconteceu alguma coisa terrível que as fez ficarem desfiguradas, irreconhecíveis, com as suas cabeças e rostos completamente mutilados.

Por incrível que pareça, elas andavam por aí assim. Não tinham morrido mas talvez esse fosse o problema. Tinham uma vida muito triste assim como estavam. Eu tinha medo delas. Faziam-me lembrar qualquer coisa desagradável. Não ei explicar.

Sei apenas que sentia um misto de medo e de tristeza só de pensar em passar junto de onde elas estavam.

Miar de desespero

Sonhei que estava em casa dos meus pais. A noite estava a cair e a luz da casa de forno estava acesa.

Comecei a ouvir um gato a miar muito alto. Não estava a miar, estava a gritar. Imediatamente fiquei alarmada porque pensava que tinha acontecido alguma coisa à Adie ou à Feijoa.

Andei às voltas seguindo o som. Cada vez o gato miava mais alto. Não o estava realmente a encontrar. Não parecia a Adie ou a Feijoa. Mas quem seria?

Foi quando entrei na casa de forno e olhei por cima da chaminé. Era de lá que vinham os gritos. Vi apenas um rabo de gato mas ali estava um gato que não conhecia sentado a fazer todo aquele barulho.

Provavelmente, terei ouvido algum gato destes que andam na rua enquanto sonhava. Por vezes fazem esse barulho por aqui.

Uma cadeira vazia

Acordo sobressaltada a meio da noite. Uma imagem me fica depois de tão repentino despertar.

Estava algures num local onde iria haver um concerto ou outra espécie de espetáculo. Todos os lugares sentados estavam ocupados. Apensas havia uma fila onde se encontrava uma cadeira vazia.

Naturalmente me tentei ali sentar mas, quando me aproximei, uma energia muito negativa que não sei explicar me travou. Ninguém que ali estava me disse nada, apenas fui travada na intenção de me sentar por algo.

Acordei imediatamente. Talvez aquela cadeira não estivesse vazia. Não admirava que ninguém se sentasse lá.

Os golos que vieram do banco

Na estreia da Liga Revelação, o Benfica foi a Fão vencer o Braga por 1-3.

Liga Revelação. Para começar, o Glorioso SLB e o Braga.

Olha camisolas de um a onze como nos velhos tempos!

As hostilidades em termos de remates são abertas por Jailson do Braga.

Carter está lesionado. E capaz de sair. A lesão é no joelho e pode ser grave. Vai entrar Semedo.

Na sequência de um canto, Tiago Dias cria perigo para a baliza do Benfica.

Dá a impressão que o Braga agora está melhor no jogo.

Já se adivinhava o golo do Braga. Não sei se foi Francisco Moura, se foi um jogador do Glorioso SLB.

Vai sair o cartão amarelo? Não foi desta.

O livre foi bem marcado por Guga mas Gonçalo Loureiro não lhe acertou bem. Podia ter sido o golo do empate.

Chegamos ao intervalo com o Braga na frente do marcador.

Começa a segunda parte com o Benfica a toda a brida em busca do empate. Semedo remata à barra.

Jailson aplica uma potente ameixa para o guarda-redes do Glorioso SLB se mostrar.

Tiago Dias viu o segundo cartão amarelo e o Braga fica a jogar com dez.

Gonçalo Loureiro volta a criar perigo de cabeça.

GGGGGGOLOOOO! Semedo empata o jogo para nós.

Acabado de entrar, Barrero viu o cartão amarelo.

Vítor remata à figura do guarda-redes do Benfica.

BARRERO! O Benfica dá a volta.

Vinicius faz o terceiro golo do Glorioso SLB.

Por queimar tempo, o nosso guarda-redes viu o cartão amarelo. Entretanto surge perigo do outro lado do campo.

O Benfica vence mesmo por 1-3.

Onde dantes só havia pedras e paus

Como eu fico chateada em sonhos quando há eventos desportivos e eu não participo. Para dizer a verdade, neste caso, até na vida real ficaria.

Nos tempos em que eu andava no liceu, havia junto a minha casa, depois de a serração ter fechado, um pequeno terreno de terra batida que foi convertido num campo de Futebol. Não tinha as dimensões de um campo normal mas dava para jogar qualquer coisa. Para terem uma ideia, era muito normal marcarem-se golos de meio-campo ali. Eu lembro-me de ter marcado um bem de longe.

Anos depois, ia para lá eu correr, embora o piso fosse muito irregular. Em ano de Europeu, quando eu vinha do estágio que estava a fazer, ia para lá.

Não sei como é que aquilo está agora. Certamente não estará como eu sonhei. Não sei se ainda lá guardam pilhas de madeira...para alguém lhe deitar o fogo, como aconteceu há uns anos.

Pois bem, sonhei que ali tinha nascido um complexo desportivo de fazer inveja aos melhores do Mundo. Toda a gente que eu conhecia, inclusive quem não estava habituado a praticar Desporto, ia para lá fazer alguma coisa. Acho que toda a gente ia para lá...menos eu.

Estava fula da vida porque havia lá um evento qualquer para toda a gente participar e eu assistia de longe. Eu, que até tencionava compara aquele terreno, se me calhasse o Euromilhões para criar justamente um complexo desportivo adaptado a atletas com necessidades especiais. Podem crer que ali é sossegado. Não se passa nada. Seria estágio e retiro espiritual ao mesmo tempo.

Não podia com a ideia de toda a gente ali se encontrar a jogar Futebol, a correr ou a fazer ginástica. A mim não me tinham dito nada. Não podia ser.

Thursday, August 16, 2018

”We Like To Party”- Vengaboys (Música Com Memórias)





A M80 já não é o que era. Sinceramente estou farta de ouvir sempre passar as mesmas músicas, enquanto que outras, de muito melhor qualidade, deixaram de passar para dar lugar ao lixo que se fez ouvir nos anos noventa, com Spice Girls e Backstreet Boys à cabeça. Enquanto isso, no outro dia fiquei toda contente ao ouvir uma das minhas músicas favoritas dos Green Day.



Esta música que aqui trago, e da qual também não gosto, passa também quase todos os dias mas só hoje me consegui lembrar deste episódio que já se passou há muitos anos num qualquer recinto desportivo onde tivemos provas de atletismo. Talvez este episódio se tenha passado no Estádio Universitário de Lisboa.



Depois das provas, já no final da jornada, passada que está a pressão dos resultados e a ânsia de fazer o nosso melhor, o corpo liberta-se e descontrai. Um largo sorriso pode notar-se nas nossas faces. Não admira que haja cantoria à mistura.



Já nos preparávamos para regressar quando o meu colega Carlos Cordeiro, todo ele equipado com roupa azul escura da Nike, e acompanhado do seu cão-guia que se chamava Swing, começou a entoar os acordes desta música também com um ar de desprezo. Isto sucedeu mal ele lhe reconheceu os acordes iniciais. Eu nem tinha topado que música estava a tocar algures. Foi quando a puseram mais alta que eu notei que era esta. Não me lembro se também a comecei a entoar. Se isso tivesse acontecido, ainda a cantaria com mais escárnio.



Como disse acima, não morro de amores por esta música.

Sem Ronaldo não há conquistas

O Atletico de Madrid conquistou a Supertaça Europeia ao vencer o Real Madrid por 4-2 após prolongamento. Diego Costa foi a figura do jogo- o primeiro dos merengues sem Ronaldo.


Há a certeza de a equipa vencedora da Supertaça europeia ser uma equipa espanhola, já que se defrontam Atletico e Real Madrid.

Mal o jogo começou e já Diego Costa marcava o golo. Atletico de Madrid segue na frente. Começa praticamente a ganhar. Sergio Ramos ainda estava a dormir.

Sergio Ramos já está em grande forma no que à arte de ser caceteiro diz respeito. Já anda ali a aplicar a sua arte no Diego Costa.

Olhando agora para o Kroos, na minha equipa de PES, dos jogadores que estão hoje em campo, tenho o Kroos que normalmente faz o meio campo com...o Koke que está do outro lado. Isto sem falar no Griezmann que normalmente coloco a jogar na ala direita, já que na ala esquerda tenho o Cervi. Agora na frente tenho o Lukaku só por causa das coisas.

Depois de uma excelente jogada individual de Marcelo, Benzema falha.

Desta vez o Benzema não falhou o golo. A jogada foi de Bale.
a
Asensio agora tem um remate extraordinário que por pouco não entrou.

Saiu o cartão amarelo para Diego Costa?

Foi o Asensio a ver o cartão amarelo.

Bale agora aplica um potente remate mas sem perigo para Oblak.

Chega o jogo ao intervalo com uma igualdade no marcador a uma bola.

Saiu o cartão amarelo para Marcelo por travar Juanfran em falta.

Mal entrou em campo, logo Correa viu o cartão amarelo por travar em falta um jogador que normalmente costuma ser ele a molhar a sopa. Estou a falar do Casemiro.

Entretanto o Real Madrid carrega e Benzema ganha uma grande penalidade. E ele que vai marcar. Sergio Ramos a marcar a grande penalidade? Converte.

Agora sim, diego costa viu o cartão amarelo.

Fez faisca agora o duelo entre Diego Costa e Sergio Ramos com o Jogador Número Quatro do Real Madrid a queixar-se imenso no relvado. Que luta!

Oblak nega o golo a Benzema.

Mais uma oportunidade de o Real Madrid fazer o terceiro golo com Varane a criar vantagem na área.

Casemiro coxeia. Deve ser ele a sair para entrar Ceballos.

Diego Costa faz o golo do empate.

As equipas parecem à espera do prolongamento.

Ceballos viu o cartão amarelo por uma entrada mais dura.

Em cima o apito final do árbitro polaco, quase que Marcelo marcava.
..
Saiu um remate de muito longe de Carvajal mas sem perigo.

Que golaço agora! Foi Saul. Um estoiro.

Saiu cartão amarelo para Modric.

Quem é aquele jogador do Real Madrid que vai entrar?? Não conheço.

Mais um golo para o Atletico de Madrid. Mais uma vez, Diego Costa na jogada e Koke a marcar.

Saiu mais um cartão amarelo. Desta vez foi para Vitolo.

E o jogo não chegaria ao fim sem que Sergio Ramos visse o cartão amarelo da ordem.

Oblak nega o golo a Modric.

O Atletico de Madrid conquista a Supertaça Europeia.



“Sonhos E Psicossomática” (impressões pessoais)

Por mais que devore todos os livros que vou encontrando sobre sonhos, subconsciente e outros poderes da mente, cada vez chego à conclusão de que há todo um mundo a descobrir e que esta temática ainda não foi abordada de uma forma definitiva.

Ao longo dos séculos, muitas foram as abordagens que se fizeram aos sonhos, desde a simples interpretação popular a Freud, Jung e outros estudiosos do nosso tempo e de outros lá mais atrás.

Esta pequena obra que devorei avidamente, aborda os sonhos de uma forma diferente, da qual nunca tinha ouvido falar. Os sonhos servem como uma ferramenta de diagnóstico de doenças, especialmente das psicossomáticas.

Achei curiosa a história de uma doente que sonhava sempre com água quando se aproximava uma crise de urticária. Eu tenho uma história parecida que se esbateu com o tempo. Quando era mais nova, na altura em que tinha amigdalites sucessivas, sempre que sonhava com imensos carros (e até comboios) a passarem na estrada, já sabia que, dali a poucos dias, iria adoecer. Era tão certo como amanhecer todos os dias. Olhando para esses episódios hoje, nunca cheguei a saber por que tal acontecia. Esta sonhava sempre com água antes de ter a urticária. Curioso…

Eu gosto sempre de ler livros sobre sonhos com a descrição de sonhos reais de pessoas reais, não a interpretação do seu simbolismo. Para meu deleite, nesta obra houve muito disso.

Apesar de não ser uma obra de ficção, este pequeno livro está nos melhores que li este ano.

Adorei esta obra!


Friday, August 10, 2018

Haja alegria!

A caminho de mais um fim de semana de verão, de calor e de festa, ficam aqui três sugestões musicais bem animadas para ajudar a que estes dois dias tenham mais cor e animação.



“Walking Dead” (impressões pessoais)


Acho que toda a gente já ouviu falar de “Walking Dead”, uma série de zombies seguida por milhões de pessoas em todo o mundo.

Por acaso eu nunca me dignei a ver, até porque tenho dificuldades com as legendas. A julgar pelo que gostei do livro, ia adorar a série. Talvez um dia destes experimente. Isso dava na Fox, certo? Tenho uma vaga ideia disso.

Enquanto lia esta obra, lembrei-me de outras duas: “O Ensaio Sobre A Cegueira” de José Saramago e “Eu Sou A Lenda”. Lembrei-me da primeira obra devido ao facto de tudo quanto é mau do Ser Humano vir ao de cima num momento de catástrofe, especialmente quando toca a repartir os alimentos e mantimentos que começam a escassear. A semelhança com a segunda obra prende-se com o facto de uma praga também transformar as pessoas em monstros. Aqui transformam-se em zombies, não em vampiros.

Surgiu-me uma dúvida que depois, mais à frente, quase no final da obra, teve resposta. Eu não sabia se as pessoas se transformavam em zombies depois de já terem morrido de outra coisa ou se a transformação se dava através da dentada do zombie. Fiquei a saber que era das duas maneiras. Também fiquei a saber que se tinha de destruir a cabeça do zombie que continha um líquido negro lá dentro para acabar com ele. Mesmo sem pernas, sem braços, com o tronco todo destruído, o zombie continuava a andar. Se calhar a explicação tinha a ver com o facto de a sua arma serem os dentes. Faz todo o sentido.

Esta obra não tem final, o que se explica por fazer parte de um conjunto de livros. Este deve ser o primeiro. Tenho de ver onde ela continua. Vou estar atenta. Acho que para já só tem este livro.

Como toda a leitura que tenho sobre os sonhos parece ser insuficiente para os compreender, vou-me atarefar a ler mais uma obra sobre esta temática.

Wednesday, August 08, 2018

Testes e exames embaraçosos

Vejam lá o que o meu subconsciente foi buscar para me subjugar, para me pejar de vergonha e indignação. Para semear no meu interior a revolta e a angústia.

Antes de mais, passo a explicar em que contexto decorre este sonho. Pode parecer algo estranho e despropositado, o que não é novidade nenhuma quando se trata de sonhos. Deste eu sei como foi cozinhado.

Na Rádio Sim, estava a ouvir assim por alto uma médica a falar sobre os testes do HIV SIDA e da importância de toda a gente os fazer, deixando para trás os preconceitos.

Mais tarde, passava pelo Facebook e li uma notícia de dois idosos que fugiram de um lar, não para irem ouvir metal para um qualquer festival como fizeram os alemães mas...para irem a um bar de alterne para os lados de Vizela. Tudo isto o meu subconsciente misturou.

Então eu via-me no sonho a ser internada compulsivamente num local escuro. O corredor estava iluminado mas o quarto de hospital estava escuro. Uma médica ou uma enfermeira, com o ar mais
rogante deste mundo, gritava-me que eu tinha de fazer os testes para despistar o HIV e outras doenças venéreas, imagine-se.

Eu ia argumentando que não estava a ver de onde poderiam vir esses vírus, uma vez que não tenho desses comportamentos de risco. Ela dizia o contrário, que eu podia ter doenças venéreas sem saber. Eu já fungava de raiva. Por quem é que a criatura me estava a tomar?

E lá vinha ela com seringas, agulhas e outros objetos tresandando a álcool. Eu ia resmungando mas de nada me valia. Tinha mesmo de fazer aqueles deprimentes testes. Era mesmo porque tinha de ser.

Eu estava a pensar no que tinha feito à vida para merecer tal vexame quando acordei ainda indignada mas, ao mesmo tempo, com um sorriso nos lábios por a minha mente ter mexido tão bem este caldeirão para criar um sonho tão despropositado como este.

Monday, August 06, 2018

Broas à Tia Matilde

Nos sonhos, há algo que sempre fica depois de acordarmos, quando todos os sons e imagens oníricas são substituídas pelo lento despertar que, diga-se de passagem, esta noite foi quase de vigília devido ao calor que é muito.

No escasso tempo que passei a dormir, sonhei quase sempre com a mesma coisa. Uma multidão imensa estava em minha casa. Quase parecia um casamento. Os veículos chegavam quase até à ponte. Tenho andado a maturar nisto mas também se está a aproximar a festa na aldeia.

Eu regressava a casa a altas horas da noite. Devia vir do arraial. Andava a fazer um trabalho sobre...o Estádio D. Afonso Henriques. Ia repetindo os dados que fui procurando no Google. Admirei-me de as luzes da rua serem tão escassas. O mais estranho é que trazia um cobertor pelas costas e tentava dobrá-lo na estrada. Tarefa árdua, essa. Cada vez que o esticava na estrada sombria, rapidamente e de forma muito desajeitada o tinha de recolher porque ouvia ao longe um veículo. Assim aconteceu até chegar à ponte, onde vi por ali imensos carros estacionados.

Parece que a minha mãe ainda não me tinha visto chegar. No meio da azáfama da eira, pareceu-me que ela vestia uma camisola minha. Olhando melhor, era um pouco diferente. Esta incrível capacidade de os objetos nos sonhos mudarem de cor. Já aqui falei disso e já li algo sobre isso também.

A minha mãe sempre foi contando que tinham matado o porco e que a merenda tinha sido...broas à Ti Matilde que eram uma espécie de bolinhos fritos de milho e azeite. Deve ser bom isso, oh se deve! Tenho de experimentar...Quem sabe não sairá dali um petisco. Depois as pessoas perguntam-me:
- Então como surgiu esta ideia para alguém que mal sabe partir um ovo e o colocar a fritar?
E digo eu:
- Podem não acreditar, mas sonhei com isto e resolvi experimentar...louca como eu sou…
E assim ficava milionária e não precisaria de me levantar tão cedo todos os dias, independentemente de ter dormido mal como o raio como aconteceu esta noite.

Voltando ao sonho, eu fui dizendo à minha mãe que, por acaso, era a terceira vez que ouvia falar de tal coisa e, antes desse dia, nunca de tal iguaria tinha ouvido falar. Mas isso deu na televisão ou quê?

Resolvi não ir correr. Tinha cinco quilómetros de corrida pela frente que farei amanhã, caso não se volte a repetir uma noite tão agitada como esta.

“Go West”- Pet Shop Boys (Música Com Memórias)


Sentimos que estamos a ficar velhos quando nos lembramos que a forma como consumimos música hoje é muito diferente dos anos noventa que foi a altura em que eu tinha sempre uma cassete pronta para gravar qualquer música que tocasse na rádio.

Nessa tarde em que ouvi esta música pela primeira vez, cheguei a casa das aulas e era já noite. Devia ser outubro ou novembro. Era um daqueles finais de tarde de outono seguramente.

Nessa altura, o poiso do meu gravador era deitado em cima de um móvel na sala. Tinha de estar nessa posição...porque a tampa já não existia e era da maneira que segurava as cassetes que tinha sempre apontadas para gravar.

Esta música foi uma das que não resistiu à minha caçada por músicas novas. Nessa altura era mesmo uma música nova e bem bonita. Ainda hoje esta musica, esta versão, me transmite uma sensação de liberdade, de alegria, de triunfo. Um hino a todas essas coisas boas. Se repararem no seu início, só os sons do mar, apelam a algo de bom. Imponente mesmo. Em suma, esta música tem um começo extremamente bem conseguido. Fiquei muito contente nessa tarde ao ter conseguido gravar esta música que estava a ouvir pela primeira vez.

Com o passar dos anos, descobri que esta música nem é original dos Pet Shop Boys. O original é dos Village People e, por incrível que pareça, esta versão coloca a original a um canto. Não tem mesmo nada a ver.

Adoro esta música!


Sunday, August 05, 2018

Revirada

O Porto venceu o Desportivo das Aves por 3-1 e conquista a sua vigésima primeira Supertaça.

Começamos com a Supertaça. Claro que eu hoje sou do Aves.

Quase que era golo do Aboubakar. A assistência foi de André Pereira.

Ainda mal começou a temporada e já Felipe espalha ali o seu charme sobre Rodrigo. O sempre viril e impetuoso Jogador Número Vinte E Oito do Porto vai lá pedir desculpas ao Jogador Número Dois do Aves.

Avizinha-se mais uma multa para os tripeiros por causa daqueles cânticos que saem das suas bocas nojentas.

Em vez de apoiarem a sua equipa, os adeptos daquela coletividade que hoje veste toda de azul insultam o Glorioso SLB que nem está a jogar.

GOOLOOOLOOOO! FALCÃO! AVES!

E a bola ainda toca no árbitro Luís Godinho antes do golo. Aturem os tripeiros durante a semana!

Onde é que o Aves foi buscar este guarda-redes francês? A França, naturalmente. Mas é giro…

Por acaso está-se a safar, o puto Diogo Leite. Boas notícias para a nossa seleção que bem precisa de sangue novo nos defesas centrais.

Curtia que esta coletividade perdesse a Supertaça. São nojentos. Insultam o Benfica em vez de apoiar os seus atletas. Merecem estar a perder e não merecem vencer este jogo.

Daqui um bocado, Sérgio Conceição implode. Já deve estar muito inflamado.

Pois é, consta que houve estrilho ontem, tendo King Marega como protagonista. Há versões que narram que foi Sérgio Conceição que o expulsou do treino. Outros contam que foi ele que não quis treinar porque quer sair. King Marega sempre na linha da frente. E está a fazer falta. Eu até digo que faz mais falta aos tripeiros o Marega do que nos faz falta a nós o Jonas que, apesar de ser o jogador que é, já andava à rasca das cruzes. Vai para a Arábia Saudita, onde vai encontrar o seu velho amigo Hicheem que sabendo que ele padece das costas, nem lhe vai tocar. Já fazia o mesmo cá, diga-se de passagem. E acusaram-no de estar comprado, imagine-se. Coisas do pessoal desta coletividade que anda aqui pelo Estádio Municipal de Aveiro vestida de azul e está a perder neste momento.

Agora empatam pelo Brahimi que também se calhar vai sair.

Nildo é o primeiro jogador neste jogo a quem Luís Godinho mostra o cartão amarelo. A falta foi sobre André Pereira.

Parece que o Brahimi está lesionado. Vamos ver se reentra.

Casillas nega o golo ao Aves.

Que aconteceu também ao Casillas? É no joelho?

Falcão também viu o cartão amarelo por falta sobre Sérgio Oliveira.

O Porto cria perigo.

Brahimi vai mesmo sair para entrar Corona.

Nildo cria perigo mas já havia fora de jogo.

Que perigo ali junto à baliza do Aves!

Chegamos ao intervalo com uma igualdade a uma bola.

Otávio remata para defesa do guarda-redes do Aves.

O primeiro cartão amarelo exibido a jogadores do Porto é para Sérgio Oliveira.

Herera sangra da cara. Será que lhe rebentaram os pontos da operação plástica que fez?

Não tarda, Sérgio Conceição vai ver o jogo para a bancada. Está ali tudo muito exaltado.

Foi mesmo expulso, Sérgio Conceição.

Braga cria perigo.

Há golo do Porto marcado pelo Jogador Número Dois.

Agora sim, não há dúvidas de que o Porto vai ganhar a Supertaça com Corona a marcar o terceiro golo.

Soares está lesionado. Ficam com dez jogadores se ele não recuperar. O jogo não parou porque ele ficou caído fora do campo.

Surgiu-me aqui uma dúvida: o Soares saiu agora lesionado e o Porto ficou com dez jogadores. Se o jogo fosse a prolongamento e o Porto tivesse a oportunidade de fazer a quarta substituição, entraria um jogador para o lugar do Soares ou entraria para o lugar de outro jogador e o Porto ficaria na mesma com dez jogadores?

O Porto conquista mais uma Supertaça.












Pussycat Dolls


É incrível como o meu subconsciente recolhe ao longo dos dias fragmentos de pequenas situações e acontecimentos e concentra-os num só episódio.

Na Rússia (não na Argélia) existe uma banda chamada Pussy qualquer coisa, cujos seus membros foram presos por se terem manifestado. Alguns elementos dessa banda invadiram mesmo o relvado da final do Mundial 2018 entre a França e a Croácia em sinal de protesto. Eu ouvi todas essas notícias há dias.

Ontem à noite, estava eu a ler assim por alto que a Argélia tinha novo selecionador. Comecei a congeminar que era agora que convocavam o Hamzaoui, já que ele agora jogava no Estrangeiro.

Indo dormir, sonhei que falava com um indivíduo argelino de meia-idade. Já tinha alguns cabelos brancos e narrava o que se passava lá pelo burgo dele num tom muito intimista. Ele não me conhecia de lado nenhum e parecia confiar em mim para depositar os seus mais recônditos segredos. Oh sim.

Começou a contar que as coisas por lá estavam más em termos de democracia e que as...Pussycat Dolls, depois de terem sido libertadas, não podiam colocar os pés na sua terrinha, que podiam ver as suas penas de prisão agravadas.

Acordei e comecei a pensar: mas as Pussycat Dolls que eu conheço são norte-americanas. Aliás, penso que elas já não existem. Têm uma música muito conhecida que eu tenho ideia de já aqui ter trazido para um “Música Com Memórias”. Ainda agora, horas depois deste sonho, essa música não me sai da cabeça.

Então não queriam calor?

Ao longo destas últimas semanas, praticamente desde que o verão começou, só se ouviam lamentos devido às temperaturas muito baixas para a época do ano.

É que o povinho investiu muito neste verão. Comprou a sunga da moda, investiu forte e feio no biquíni que fica a matar e até dispendeu uns generosos trocos em clínicas de emagrecimento e medicamentos adelgaçantes. Não podia ser assim. Aquelas temperaturas não eram temperaturas de praia.

Tanto o povinho implorou, choramingou, estrebuchou, que agora finalmente veio o calor...só que veio todo junto. Então ouve-se o povinho já a bufar, a implorar por tempo mais fresco e a protestar que está calor de mais para a praia.

Em que ficamos? Por acaso tenho ido à praia e não me tenho queixado. Ah, há dias também coloquei um post aqui neste meu humilde espaço a dar conta do estado do tempo. Isso foi porque as pessoas andavam na rua com roupas que não eram de verão, nem de inverno.

Realmente está bastante calor mas não adianta reclamar. Ninguém nos vai ouvir.

“Mais Tempo, Mais Dinheiro” (impressões pessoais)

Há livros que eu tenho e que não têm mesmo nada a ver com a minha área de interesse. É este o caso.

A área de Finanças não me diz absolutamente nada, muito menos a área de Gestão. À partida seria uma leitura monótona mas há que abrir horizontes, até para adquirir mais bagagem para escrever.

Esta obra de auto-ajuda-digamos assim- da autoria de dois brasileiros experts em gestão de tempo e de dinheiro ensina a população a conseguir prosperar, independentemente das suas perspetivas de vida.

Na minha opinião, considero estes conselhos e dicas demasiado ambiciosas, especialmente porque todas estas coisas são pensadas a longo prazo e isso para mim já é um obstáculo. Ainda por cima, no Reiki, a filosofia é viver o presente, o hoje, não pensar muito no futuro. Para mim isso faz mais sentido porque eu já vivia um dia de cada vez antes de me ser apresentado o Reiki e antes de pegar neste livro.

Bolsa? Investimentos? Não percebo nada disso. Há uns anos largos, havia um deficiente visual de quem eu muito me lembrei nesta obra. Acho que o nome dele era Arlindo. Ele tinha a mania da Bolsa, tal como eu tenho as minhas que todos os leitores assíduos do meu blog sabem quais são e também se vão apercebendo que mudam com o passar dos anos. Bem, a mania de ler não muda. A do Desporto também não. A da música muito menos. A da escrita sofre oscilações.

Onde é que eu ia? Ah, ia a dar conta da minha iliteracia financeira. Contas e mais contas são apresentadas neste livro, apesar de estar escrito de uma forma apelativa. Mau seria se assim não fosse.

Não sei se vou aproveitar algumas dicas deste livro. Depois verei. Quando me lembrar delas. Bem, ao ler este livro já estava a aplicar a disciplina de ler um capítulo por dia. Ao contrário da obra que li anteriormente, esta já dá mais preguiça de ler porque é um livro que não dá luta, como eu costumo dizer.

Por falar em luta, pego agora numa obra que eu sei que vai dar essa luta. Vamos embrenhar no mundo dos zombies. Quem tem medo?

Salvando uma ave

Para quem acompanha este meu humilde espaço de há algum tempo a esta parte, já terá visto por aqui escrito que, nos sonhos, a minha mãe é uma pessoa completamente diferente do que é na vida real. Não sei por que acontece tal coisa mas é sempre assim. Eis mais um exemplo:

Sonhei que andava ainda na escola primária e achei um ovo muito grande na relva. Soprei-lhe e o ovo logo se abriu. Tinha dentro uma ave muito bonita, com umas riscas. Parecia um frango mas era algo um pouco estranho. Também crescia muito rapidamente. Entre o percurso que fiz ainda com parte da casca do ovo na mão e o local onde estava a minha mãe junto a um tanque com água, escassos metros à frente, aquela ave desenvolveu-se bastante e ia ficando mais bonita.

Decidi chamar-lhe Diogo, vá lá saber-se porquê. Toda contente, fui mostrar o meu achado à minha mãe que me surpreendeu com a sua reação intempestiva. Sem dizer uma palavra, tirou-me a ave da mão e atirou-a ao tanque cheio de água. Num ato reflexo, levei a mão à água e retirei-a rapidamente, apesar de a minha mãe a estar a tentar empurrar para baixo.

Estava já a retirar o meu achado da água quando o despertador tocou. Pelo menos consegui retirar essa minha ave da água com vida.

“Corrida Contra A Morte” (impressões pessoais)

Por vezes pego num livro, olho para o nome do autor e ele não me diz nada. Também não posso conhecer todos os escritores do Mundo e sabe sempre bem ler algo de escritores diferentes. Sempre vamos à descoberta. Depois vamos ler a biografia do escritor da obra que vamos ler e constatamos com surpresa...que ele não é escritor. Ainda ficamos mais boquiabertos quando lemos que o autor da obra que temos à frente...é médico e não faz da escrita a sua profissão.

Acontece isso com Josh Bazell- o autor desta obra que narra as aventuras de Peter Brown- um antigo mafioso que, surpresa das surpresas, foi colocado num hospital de Nova Iorque a exercer a profissão de médico pelo programa de proteção de testemunhas. Só que, a Máfia descobriu-o e ele agora tem de fazer pela vida. Literalmente.

Josh Bazell coloca Peter a narrar a sua história, alternando entre os episódios que se passam no presente dentro do hospital com as narrativas do passado, desde a morte dos seus avós até ao momento em que ele se encontra. Fugindo da Máfia e fazendo de tudo para se salvar.

Sendo uma obra que aborda a Máfia, tem todos os condimentos para não ser monótona. Num dia, e possível ler mais de metade deste livro assim de uma penada. E só não se lê o livro todo por falta de tempo. Isto porque o dia não tem quarenta e oito horas. Este é o melhor cartão de visita que posso apresentar de um livro. Muito bom mesmo.

Para desmoer, escolhi agora para ler um livro bem mais monótono e que eu sei que vai ser um pouco enfadonho, tendo em conta a temática e o facto de não ser uma obra de ficção. Candidato a pior livro lido em 2018.