Friday, December 28, 2012

A casa das gotas

A vida na cidade estava a deixar António cansado, exausto, sem alegria de viver. Estávamos em Junho e já se pensava nas férias.

António e Amélia já haviam viajado bastante, conhecido tudo o que era destino exótico, pisado os maiores paraísos da terra…Agora havia que ficar por cá. Aqui em Portugal também se passariam uns dias de férias bem agradáveis.

Depois de mais um esgotante dia de trabalho, António foi consultar a Internet para ler alguma correspondência e para descontrair um pouco. Num dos mails que havia recebido, havia a proposta de uns dias passados no campo em regime de turismo rural.

António ponderou essa ideia. Falou sobre ela a Amélia e logo ali ficou decidido que, dali a cinco semanas, iriam partir para o campo onde alugariam uma casa para experimentarem pela primeira vez o turismo rural.

O grande dia da partida fora programado com bastante cuidado. O casal estava ansioso por respirar o ar puro do campo e por passar duas semanas no mais completo sossego, sem barulho do trânsito e sem aquele compromisso de se levantar cedo para ir trabalhar.

O carro arrancou de Lisboa por volta das seis da manhã. O casal levava a sua gata persa e o seu cão- um belo labrador preto que tinha o nome de Joe. O destino era o interior de Portugal onde os aguardava um agente imobiliário que lhes iria mostrar uma casa onde habitariam durante as suas férias.

À medida que o carro se ia afastando das zonas habitadas e ia embrenhando pela auto-estrada, Amélia ia sentindo uma estranha melancolia. Era como se algo estivesse para acontecer. Algo de tenebroso. Algo lhe dizia que aquelas férias iriam ser tudo, menos divertidas e reconfortantes. Guardou tal sentimento só para si. O seu marido estava entusiasmadíssimo e ia trauteando as músicas que estavam a passar na rádio, se bem que, á medida que rumavam para interior, o rádio ia ganhando cada vez mais interferências.

Eram nove horas da manhã. O noticiário abriu com a informação de última hora de um grave acidente ali perto. Um acidente terrível que envolveu duas viaturas ligeiras e um camião que as esmagou antes de embater num poste e explodir por completo. O cenário era caótico, segundo afirmava um bombeiro que acorreu ao local. Havia onze vítimas mortais confirmadas. Todas as que seguiam nas três viaturas. Amélia sentiu uma arrepio que a fez estremecer e uma súbita angústia apoderou-se de todo o seu ser.

Ainda estavam longe do destino. Amélia sentia-se cansada e não resistiu ao sono doce que a invadia tão lentamente, que ela pôde contar os segundos antes de perder a consciência. Fora um sono de apenas alguns minutos, mas o suficiente para a fazer acordar sobressaltada e com a sensação estranha de que algo de desagradável iria acontecer na casa para onde estavam a ir.

Sonhou que estava uma noite escura e pesada. Algo no ambiente era medonho mas não havia explicação para se sentir tal pavor. Amélia percorria um amplo corredor de uma casa antiga transportando uma caixa de madeira que lhe pesava como chumbo. À medida que se aproximava do seu destino, a caixa pesava cada vez mais e o medo tolhia-lhe os movimentos por completo. Acordou quando estava a abrir uma porta, talvez a porta da divisão para onde seria para levar a caixa. No sonho não viu nada que a pudesse assustar mas estava apavorada e sentiu-se aliviada quando acordou no banco do passageiro do carro.

António conduzia o automóvel. Estavam a subir. O ar ia ficando mais rarefeito. A temperatura estava a descer gradualmente à medida que a altitude aumentava. Amélia respirava com dificuldade. Aquele medo inexplicável teimava em não a abandonar.

A estrada deu lugar a um caminho de terra batida. Eram cerca de dois quilómetros que distavam da casa antiga à estrada. Que bom que seria passear ali e respirar ar puro! Amélia não estava muito entusiasmada com essas perspectivas. Ela, que muito tinha sonhado com férias passadas na tranquilidade do campo.

A casa lá estava. Enorme, sombria, sem cor. Quase parecia uma casa fantasma. Era uma casa fantasma. O Senhor Porfírio esperava-os para se instalarem. Ajudou-os a transportar as malas para dentro e desejou-lhes uma boa estadia.

Ali estavam os dois sozinhos, esquecidos do Mundo, entregues somente a si próprios. A sensação de liberdade colocava no coração de António um laivo de alegria. Enquanto isso, Amélia experimentava uma angústia sem explicação, vinda não se sabe de onde. Para se distrair, começou a arrumar os pertences de ambos nos locais onde ficariam durante as férias.

Depois de terem almoçado uma refeição rápida, resolveram fazer juntos uma visita à casa. Era enorme. Decidiram-se por ficar apenas pelo andar de baixo que iriam ocupar. Todas as divisões eram antigas e amplas. Um facto intrigante perturbou Amélia: as divisões tinham pouca luz natural e as paredes estavam escuras de anos e anos expostas a humidade.

Quadros e outras peças de arte ornamentavam aquelas paredes. Estavam pesadas. Carregadas até não poder mais de quadros, tapeçarias desbotadas, prateleiras com loiça e esculturas. O odor a humidade e bolor também estava a incomodar Amélia. António olhava para tudo com um entusiasmo infantil.

Não havia trazido televisão, rádio ou computador. Seria um autêntico retiro para recarregar baterias. Apenas os livros tinham vindo. O casal foi para o quarto que escolheram e adormeceram. Ambos estavam cansados da viagem. A gata deitou-se enroscada junto à almofada de Amélia e o cão escolheu um velho tapete junto à cama para também descansar um pouco.

Nas escassas duas horas em que esteve a dormir, Amélia sonhou com uma noite gelada e escura. Uma noite triste e com algo de sinistro no ar. O sonho enchia-a de angústia e de um estranho terror que não conseguia explicar de onde vinha. Apenas percorria o andar de cima da casa. Ali estava um corredor vazio e nada mais. Amélia acordou arrepiada sem saber o que a assustou.

A noite caiu anormalmente gelada para a época do ano. Era estranho. Apesar de as noites serem frescas ali, não deveriam ser tão gélidas como aquela. Estava tanto frio ou mais que em Dezembro. A fogueira foi acesa, dando um ar mais acolhedor à sala. Estava a saber bem estar ali mas havia algo errado que ninguém conseguia explicar.

A fogueira crepitava. Amélia e António estavam em silêncio. Algures, lá ao longe, ouvia-se qualquer coisa. Era um gotejar constante, como se uma torneira estivesse mal fechada e pingasse. Ignoraram os estranhos sons enquanto liam em silêncio.

Era já madrugada quando António e Amélia se foram deitar. Apesar de a fogueira os ter aquecido suficientemente, ao passarem pelos longos corredores da casa, o frio era cortante. Estava uma noite fria, escura e triste. Não havia lua nem estrelas.

O gotejar sobrepunha-se no silêncio da noite. Não havia quem dormisse com aquele som incomodativo. António levantou-se e foi verificar se todas as torneiras estavam fechadas. No andar de baixo tudo estava em ordem e não havia água a pingar fosse de onde fosse. O andar de cima há muito que não era usado. Servia apenas para arrumações.

O gotejar tornou-se mais sinistro. Amélia estava a ficar assustada, apesar de pensar que estava a cair no ridículo de ter tanto medo de um som que de estranho nada tinha.

António regressou e anunciou que todas as torneiras estavam fechadas e que havia fechado também as torneiras de segurança numa tentativa de fazer parar o gotejar constante.

Deitarem-se novamente era inútil. Não conseguiriam dormir. Amélia ficava mais nervosa e mais assustada. António também estava intrigado. Se todas as torneiras estavam fechadas, não estava a chover e o andar de cima estava desabitado, de onde provinha aquela água?

O andar de cima. Parecia ser daí que vinha o som mas não havia lá ninguém. António pensou em ir lá ver o que se passava mas Amélia implorou-lhe para não ir, pois tinha medo de ali ficar sozinha no escuro. O cão emitiu um uivo triste e sinistro. Era como se reclamasse a união de todos ali. Que ninguém se afastasse.

Resolveram ir os dois, depois de muito discutir o assunto. Pegaram em duas lanternas e subiram a velha escada de madeira que rangia a cada passo que davam.

O andar de cima estava deserto. Era composto por um enorme e escuro corredor. De um lado e de outro ficavam inúmeras portas. Todas estavam fechadas. O que se esconderia por detrás delas?

O gotejar tornava-se cada vez mais audível e cada vez mais sinistro à medida que se aproximavam do fundo do corredor. Antes de chegarem ao fundo, verificaram que o chão estava molhado e que um cheiro desagradável inundava o ar. António baixou a lanterna até esta incidir nos seus pés. O que viu deixou-o horrorizado. Havia sangue no chão. De onde vinha?

A lanterna agora foi direccionada para a enorme porta de madeira que existia no fundo do enorme corredor. Por baixo dessa porta saía um regato vermelho de sangue. Afinal o que gotejava não era água. Era estranho.

Amélia já estava para trás, banhada pelo horror mas António encheu-se de coragem e aproximou-se mais da porta. Uma aragem fria apoderou-se do seu corpo. Algo o afastou da porta quando ele tentou escutar o que se passava ali para além do gotejar.

A porta abriu-se sem que nada o fizesse prever. António ficou surpreendido e tolhido de movimentos com o espanto. Aquela divisão ia dar a parte nenhuma. Nada havia ali. Apenas uma parede nua com um buraco redondo que fazia passar o ar da rua. O sangue pingava do tecto que estava manchado de branco. Conseguia-se ver através da escuridão.

A mancha branca alastrou tão de repente como a porta há pouco se abrira. Um ser monstruoso e medonho desceu do tecto e colocou-se na frente de António.

- “Que queres daqui?”

António quis falar mas faltavam-lhe as palavras devido ao espanto e ao horror. Agora o sangue jorrava para o chão. Já não gotejava. Ainda era um mistério de onde estava a surgir.

Quando o vulto se tornou mais definido, António pôde ver que o monstro não tinha cara. Era uma massa disforme e avermelhada de sangue. Era dela que jorrava o sangue para o chão.

Começou a ficar muito frio junto à porta. O vulto já estava maior e exibia todos os órgãos que lhe caíam para o chão. A sensação de o ver não era agradável e António tentou fugir mas não conseguia. Tinha as pernas presas pelo pânico.

Quando ia a recuar para trás, o mostro cravou-lhe as suas enormes mãos ensanguentadas e arrastou-o para o interior do pequeno espaço, encostando-o à parede nua. O que fazer agora? Estava perdido.

Com uma força impressionante, o vulto ensanguentado deitou António no chão e cravou-lhe os seu horríveis dentes na garganta. O olhar demoníaco do agressor foi tudo quanto conseguiu ver antes que deixasse de sentir fosse o que fosse.

Amélia tinha voltado para trás mas foi arrastada também para a entrada da enorme porta de madeira. Ainda tentou gritar mas a força que a dominava era desmedida e ela nada podia fazer.

Foi também atirada ao chão e o seu pescoço foi apertado violentamente por apenas dois dedos fortes e ensanguentados. Foi o cheiro do sangue que dominou os sentidos de Amélia antes de deixar de existir.

Cerca de uma semana depois, vendo que o carro do casal ainda lá estava, resolveram procura-lo. António e Amélia tinham sido dados como desaparecidos por familiares e amigos e assim continuaram. Os seus pertences estavam ainda espalhados pelo andar de baixo da casa. O cão e a gata ainda pareciam aguardar o regresso dos donos no quarto onde haviam dormido na primeira noite Ao andar de cima ninguém se atreveu a subir e a procurá-los. Nada iriam encontrar. De dia não gotejava e o chão certamente estaria limpo como se ali não houvesse aquela porta por onde o sangue escorria durante a noite.













Thursday, December 27, 2012

“Ponha-se na rua, se faz favor!”

É curioso, desde pequena que me habituei a ouvir gritar ordens aos cães, tratando-os por “você” e até usando boas maneiras. Ao ouvir mais esta frase que serve de título a este meu texto, comecei a pensar no que leva a termos esse comportamento tão insólito.

Uns minutos mais tarde, para a mesma cadela que espreitava pela fresta da porta entreaberta, voltei a ordenar-lhe:
- “Ponha-se lá fora imediatamente!”

É muito usual dizermos aos cães: “deite-se”, “sente-se”. Por que será? Também se chega ao extremo de se dar uma palmada no lombo do cão e ordenar:
- “Cale-se, por amor de Deus!”

Por acaso reparei neste preciosismo comportamental que me tem acompanhado ao longo da vida. Por mais voltas que dê à cabeça, não consigo encontrar uma explicação que me satisfaça razoavelmente para se tratarem os melhores amigos do Homem com boas maneiras. Será justamente por eles serem os melhores amigos do Homem? Talvez a explicação esteja aí mas não me convence.

Wednesday, December 26, 2012

“O Último Segredo” (impressões pessoais)


Era com grande expectativa que encarava a leitura desta obra da qual tanto tinha ouvido falar nos meios de Comunicação Social devido às questões sensíveis que abordava.

Aproveitando o facto de ter algum tempo livre, mergulhei de cabeça na sua leitura e deliciei-me com a trama e aproveitei para aprender mais sobre a Bíblia, as suas ambiguidades e a história de Jesus Cristo.

A história em si aborda, desde logo, um tema sensível, uma questão que certamente a maioria de nós já colocou: E se Jesus Cristo habitasse este nosso Mundo de hoje? O que faria? Como reagiria? Em que acreditaria?

Isto serve de base à trama que se vai desenrolando no intervalo das explicações sobre a Bíblia que seriam bastante interessantes, se acaso não fossem tão repetitivas. É esse o grande problema das obras de José Rodrigues dos Santos. A mesma informação é reforçada vezes sem conta e provoca no leitor uma certa impaciência porque há um assassino, um malfeitor, que se está a movimentar para atacar um alvo que não sabemos quem é.

Os bons e os maus da fita? É melhor não revelar nada sobre o impressionante desfecho desta obra para estimular a vontade de a ler do princípio ao fim assim de uma penada tal como eu fiz. Não se vão arrepender.

Posso garantir que vale a pena levar com uma dose bem reforçada de Bíblia só pelo desfecho da trama. Ah, aconselho todos a lerem esta obra com a Bíblia ao lado. Eu não fiz isso mas lamentava não ter uma minha e não queria amachucar as folhas da que está lá em casa aberta no altar da minha mãe.


Avaliação

Sonhei que uma senhora que eu nunca tinha visto tinha vindo lá de longe para avaliar o meu desempenho laboral.

Eu contava que estivesse tudo a correr bem, como na realidade está, mas tive uma surpresa pouco agradável. Com ar de escárnio, a desconhecida alegou que o meu desempenho era péssimo porque o teste que ela diz que eu fiz, mas que eu não me lembrava de ter feito, estava cheio de erros, imagine-se.

Estava intrigada. Eu, que até escrevo razoavelmente bem, a dar erros de modo a não servir para nada? Essa era boa. Nunca ninguém me tinha dito tal coisa.

Pensei que talvez ela não entendesse o que eu tinha escrito. É o normal. Ela mostrou-me algo escrito à mão, quando eu sou muito mais eficaz a escrever a computador. Hoje em dia, quem é que escreve à mão? Eu apenas tiro apontamentos para depois os desenvolver a computador.

Ainda me surgiu outra hipótese. Será que ela já estava a analisar o que eu escrevi à luz do novo acordo ortográfico? Era uma possibilidade que não podia ser descartada.

A criatura estava mesmo a humilhar-me e eu estava completamente desesperada. Acordei e verifiquei que ninguém me estava a julgar e a acenar um papel cheio de riscos vermelhos.

Partidas de Natal

O que passo a narrar, ao contrário do texto anterior, não é ficção. Aconteceu mesmo, por incrível que pareça.

A meio da tarde de 24 de Dezembro de 2012, começou a chover fortemente e o Céu escureceu, tal como demonstra este vídeo que me apressei a filmar com o telemóvel.



Corri para dentro e desliguei o meu velho computador onde estava a escrever alguns textos. Tinha medo que viesse uma trovoada e destruísse tudo, como normalmente acontece. Optei por ir para o meu quarto ler um pouco.

Estava eu muito entusiasmada a ler quando, de repente, fiquei às escuras. Pensei que tivesse sido o quadro lá de casa que tivesse disparado devido à sobrecarga eléctrica. O meu pai logo me atribuiu as culpas a mim por me estar a aquecer com um aquecedor ligado no meu quarto mas, ao verificar que tudo estava ligado, ficou furioso com desconhecidos.

A luz ainda voltou mas logo deixou tudo novamente na imensa escuridão. O meu pai já não estava a achar o mínimo de piada àquilo. Havia a Consoada para terminar de preparar. Filhós crepitavam na frigideira e o bacalhau soltava o seu agradável aroma do forno do fogão de lenha na casa de forno.

Foram-se buscar lanternas daquelas de manivela, velas que teimavam em não se segurar e até lanternas dos telemóveis. Eu saí do meu quarto com uma lanterna de manivela e fui tomar banho mesmo à luz ténue da minha lanterna.

As velas já estavam espalhadas pela casa. E se a luz não voltasse? Comíamos na mesma, ora essa! A generalidade dos convivas estava a achar divertido estar-se à luz de velas e da lareira que entretanto foi acesa na sala. Só o meu pai estava cada vez mais irritado e discutia contra a EDP. O temporal terá feito avariar algo que fez com que parte do concelho de Anadia vivesse um gigantesco apagão.

As velas continuavam acesas. Até era romântico. Seria uma Consoada inesquecível. Podem crer que sim.

A luz ia e vinha. As velas continuavam acesas por toda a casa. Ligava-se de telemóvel para uns lados e outros a perguntar se havia luz.

A luz tinha voltado finalmente e fomos para a mesa. Comíamos o bacalhau calmamente quando, de repente, a luz voltou a falhar por momentos. Toda a gente se ria, menos o meu pai.

O serão foi bem passado a ver filmes na televisão, ao calor da lareira e a petiscar guloseimas. Feijoa esteve presente. Enroscada ao colo da minha mãe, assistia satisfeita à alegria de todos.

No dia seguinte foi a água que faltou. Que casa bem arrumada!

Um terrível conto de Natal



O fogo crepitava na lareira enquanto a família estava reunida em volta de uma mesa repleta de iguarias.

Luzes cintilavam na árvore de Natal do outro lado da sala. Os presentes aguardavam o bater das doze badaladas para serem abertos.

A ansiedade das crianças contrastava com a serenidade dos adultos que conversavam calmamente enquanto separavam as suculentas lascas de bacalhau.

As frutas cristalizadas do bolo-rei cintilavam à luz do candeeiro que iluminava rostos felizes ali sentados à mesa.

Tudo estava tranquilo, portanto, naquela noite de Consoada. Do lado de fora da casa, o frio apertava. Não se ouvia um único som. Toda a gente devia estar a festejar o Natal junto dos seus.

Faltavam dez minutos para a meia-noite. Crescia a ansiedade de abrir os presentes. O tempo passava devagar.

O candeeiro que iluminava a farta mesa da Consoada começou a falhar sem que nada o fizesse prever e apagou-se totalmente poucos segundos depois.

A árvore de Natal também se apagou pouco depois. Só a lareira iluminava a sala de forma ténue. Um som forte ecoou por toda a casa. O que seria aquilo?

As crianças entusiasmaram-se porque logo pensaram que fosse o Pai Natal. Olharam e ficaram felizes da vida. Era mesmo o Pai Natal que tentava desesperadamente descer pelo telhado da casa.

Era mesmo o Pai Natal? Se vestia o fato vermelho, usava barbas brancas e compridas e usava gorro vermelho, quem mais poderia ser?

Saltando do telhado, o Pai Natal partiu o vidro da janela da cozinha e conseguiu penetrar em casa.

A alegria das crianças era imensa. O Pai Natal tinha vindo e trazia um enorme saco de brinquedos. Não, o saco não tinha brinquedos. Esse é que era o grande problema.

Na quase total escuridão da sala de jantar, o Pai Natal ia distribuindo embrolhos por todos os membros da família e emitia as tradicionais gargalhadas de Pai Natal mas com um ar um pouco mais sinistro.

Começaram todos a abrir os seus presentes. Eram caixas grandes contendo insectos enormes e venenosos. Nunca na vida tinham visto coisa igual. Eram cobras enormes, aranhas gigantes, outros bichos que nunca tinha visto mas que logo morderam ou picaram em quem abriu as caixas onde vinham e lhes tocou sem saber o que ali estava.

Enquanto a família inteira era tomada pelo pânico e pela dor, o Pai Natal já estava a revistar a casa em busca de objectos de valor para levar no seu maldito saco onde trouxe os presentes envenenados. É que a família estava toda tombada sobre a mesa devido às picadas e mordeduras dos insectos que ele trouxe.


Carregando tudo o que conseguiu, o Pai Natal saiu triunfalmente pela porta principal da casa. Sonoras gargalhadas de escárnio saiam da sua boca. Não parecia um Pai Natal, mais parecia um demónio.

A lareira, quase sem lenha, acendeu-se como que alimentada por qualquer substância inflamável. O fogo alastrou à alcatifa da sala e consumiu toda a casa num instante.

Poucos minutos depois, a casa explodiu. Do local onde esteve construída, nem os alicerces restaram, apenas um espaço vazio que ninguém conseguiria explicar.

Um laço de embrulho de Natal abandonado movia-se ao sabor do vento a cem metros do local onde estivera a casa. Alguém se encheu de coragem e o apanhou. Ainda preso ao laço, havia um vulgar cartão de Natal. As letras estavam sumidas mas conseguia ler-se ainda:

“POR QUE NÃO ME DEIXASTE ENTRAR HÁ DEZ ANOS ATRÁS PARA CONTIGO PASSAR O NATAL?”

“Um Pedido De Natal”- Vários Artistas (Música Com Memórias)



Estamos no Natal. Por isso mesmo escolhi para hoje uma canção de Natal para contar uma história que, por acaso, até nem tem nada a ver com a quadra natalícia.

Na Rádio Foz do Caima, há uns anos atrás, no tempo em que ainda não tinham aderido à era digital com a emissão em horário morto das playlist’s geradas automaticamente pelo sistema informático, usavam-se CD’s para preencher as madrugadas.

Os leitores de CD das rádios tinham, para além das duas entradas normais para os CD’s, um compartimento em baixo que dava para colocar cinco ou seis CD’s em simultâneo. Carregava-se na reprodução aleatória e tínhamos música até de manhã. Podiam-se repetir as músicas mas, se tudo fluísse normalmente, haveria uma noitada valente com música. Pior era se tal não acontecesse por um CD estar riscado ou sujo.

Para estas ocasiões, normalmente eram escolhidas colectâneas com música de artistas diferentes para dar a ideia de diversidade. Quem não estivesse por dentro de como funcionam estas coisas da rádio, ia pensar que alguém ali estava a colocar música no ar.

Naquela noite que por acaso até era de Verão, foi escolhido o CD que tinha esta música. Se a memória não me falha, este tema está no “Disco Do Ano” (colectânea da editora Espacial que saía todos os anos por alturas do Natal) de 97 ou de 98. Não sei bem mas não me engano em relação a um destes anos. Vou mais para 98.

Era aí uma da manhã daquela noite quando esta música começou a passar. Começou, digo bem, pois nunca mais acabou. O CD estava sujo ou riscado de tanto ter passado naquela altura e foi saltando sempre. Começou com esta música, andou para a frente, andou para trás, parou, saltou para a faixa seguinte...não deixou tempo de antena para os restantes CD’s que lá ficaram.

No outro dia de manhã devem-no ter tirado a ferver de dentro do leitor de CD’s. Quase que até aposto.

Passado algum tempo acabaram ali com os CD’s, já tinham o computador com as músicas em formato digital para serem reproduzidas durante a madrugada.

Excursão a Compostela

Vocês, que acompanham o meu blog assiduamente, deverão estar a sentir a falta dos meus posts a descrever sonhos. Eu não desisti deles, apenas não tenho tido sonhos com um fio condutor de uma narrativa, daqueles que contam uma história. Para matar as saudades, eis o que se arranjou nesta noite:

E se, em vez de se fazer um jantar de Natal, se fizesse uma excursão com todos os nossos colegas de trabalho? Todos mesmo. É este o mote para mais esta emocionante noite onírica que até começou com sonhos em que ratos foram protagonistas.

Narro esta história fabricada pelo meu subconsciente a partir do momento em que viajávamos num autocarro rumo a Santiago de Compostela. Estava Sol e olhava o Céu azul através das janelas do autocarro. Estava feliz. Reinava a boa disposição entre nós.

Toda a gente ria, cantava, contava anedotas, conversava, aproveitava para se conhecer melhor e...havia alguém que se sentou no lugar mais à frente e, pura e simplesmente, se desligou do mundo da vigília.

Pois foi, houve uma colega nossa que não se mexeu de onde estava durante toda a viagem. Parámos para tomar café, ir à casa de banho, comer qualquer coisa, esticar as pernas, tudo o que normalmente acontece quando vamos de viagem. Ela não se mexeu dali. Estava mesmo ferrada no sono.

Os primeiros traços que indicavam o final do dia fizeram-se sentir e ela não acordou. Foi ao anoitecer que chegámos ao nosso destino. Ela ainda continuava a dormir profundamente. Talvez o seu organismo tenha descomprimido do stresse diário e tenha relaxado demais. Devia estar mesmo cansada.

Abanámo-la, chamámo-la. Ela respondia-nos com monossílabos e apenas se virava para o outro lado e continuava a dormir como se não tivesse vindo toda a viagem que durou horas completamente desacordada.

O que fazer para que ela despertasse? Ninguém se lembrou de lhe despejar uma garrafa de água fria em cima. Estamos a falar de um sonho. Ela não podia ficar ali no autocarro a dormir. A solução foi tirá-la dali.

Fui eu que lhe peguei ao colo e a transportei. Nos meus tempos áureos de desportista, eu conseguia carregar qualquer pessoa às costas. Hoje já não posso fazer isso. Talvez ainda tenha força para carregar alguém ao colo, simplesmente é arriscado para os meus olhos.

No sonho carregava-a sem o mínimo esforço. Ainda sem acordar completamente, ela colocou uma mão sobre cada um dos meus ombros para melhor se ajeitar no meu colo. Saímos para a rua...de minha casa. Os sonhos têm destas coisas.

Havia um carro branco estacionado...no meio da estrada à minha porta. Outros carros que passavam tiveram de parar por causa dele. O carro era da “Bela Adormecida” que ainda se mantinha ao meu colo com uma mão de cada lado dos meus ombros.

Eu olhava para o Céu que estava esplêndido. Sentia uma enorme paz de espírito. Estava mesmo feliz. O Céu apresentava-se de uma tonalidade azul escura com um astro que devia ser uma alteração onírica da Lua a surgir por entre o telhado de minha casa. Já não é a primeira vez que esta imagem e estas sensações me surgem em sonhos.

Olho em redor. A fila dos carros engrossa atrás do carro que se encontra estacionado no centro da estrada com as portas abertas e todos os faróis ligados. Olho para cima, para o lado de Vila Nova. A pé vinha um polícia que logo torceu o nariz ao carro.

Eu reagi começando a cantar a plenos pulmões a canção do Boss AC. O polícia perguntou de quem era aquele veículo. Não respondi. Em vez disso, comecei a cantar cada vez mais alto a canção enquanto continuava a olhar na direcção do telhado de mina casa. Estava uma linda noite!



Só depois voltei a olhar para a estrada e comecei a inventar uma nova letra para a canção que inicialmente estava a cantar com a letra original, exagerando bastante nos “yeaaa” com ar de gozo.

Estava eu a cantar a canção do Boss AC com a letra que inventei quando acordei. Não me lembro do que inventei para cantar.

Estava frio. Ainda demorei algum tempo a voltar a adormecer.




“Precious- A Força de Uma Mulher” (impressões pessoais)


Confesso que não sou muito apreciadora de obras como esta mas leio-as na mesma. Não é que desgoste totalmente delas, apenas tenho outras preferências literárias.

Precious é uma menina negra do Harlem que foi abusada pelo pai, do qual teve dois filhos, e maltratada pela mãe que fazia dela escrava.

A jovem ingressa num programa especial de reabilitar jovens com problemas após ter sido expulsa da escola convencional após ter sido descoberta a sua segunda gravidez incestuosa. É a partir daí que Precious descobre que tem dignidade e pode ser um Ser Humano na sua plenitude, apesar de sempre ter crescido com a convicção de que não valia nada, que servia apenas para ser escrava de sua mãe ou objecto sexual do seu pai.

Trata-se de uma história de esperança que pode inspirar muita gente que tem problemas similares ou outros.

A nota que atribuo a esta obra é positiva, apesar de não ser uma obra que faça o meu género. É uma grande história que nos inspira a não baixarmos os braços, quaisquer que sejam os obstáculos que nos aparecem no caminho.

Por falar em obras que fazem o meu género, cá vou eu ler uma. “O Último Segredo” de José Rodrigues dos Santos é a obra que estou a devorar positivamente. De referir que esta foi a prenda da minha irmã no Natal do ano passado. Só agora chegou a vez de a ler. Ainda vai muito a tempo. Pelo andamento que leva, este livro não viajará comigo até Coimbra porque o lerei antes.






Friday, December 21, 2012

Manhã de 21 de Dezembro de 2012


Estou completamente desiludida. Ainda não foi desta que vi cá em Portugal um dia que não amanhecesse, como estava prometido. O Mundo não acabou!

Thursday, December 20, 2012

Vinte e um do doze

Se o Mundo acabar…não venhas para casa.”

É madrugada, sensivelmente uma da manhã de dia 21 de Dezembro de 2012. Não estava tanto frio como costuma estar por esta altura mas também não estava calor quando toda a gente foi dormir.

Acordo. Estarei ainda a sonhar ou está um calor algo abafado? Um calor mesmo estranho que nunca senti antes. Nesta altura do ano então não é normal a temperatura estar assim. Volto a adormecer.

O despertador toca. Ainda está escuro mas há um não sei quê estranho no ar. Será psicológico? Ainda está escuro. Há quem preveja que este dia não vai amanhecer. Vamos esperar mais uma hora para ver se é ou não assim.

Ouço um alarido na rua. Cães uivam em uníssono e ouvem-se outros sons da Natureza que nunca antes ouvi. Gatos miam e escondem-se, aves esvoaçam de forma desorientada no pátio lá de casa. A velha catatua emite um som que nunca antes se ouviu também.

Saio à rua para ver algo estranho. Olho para o Céu. Dois pontinhos luminosos distinguem-se. Não parecem estrelas, parecem duas pequenas lâmpadas amarelas, mais amarelas do que a Lua. Uma delas está a tornar-se cada vez maior.

Que horas são? Ainda são sete e um quarto. Realmente já deveria começar a ficar de dia. O vento está a soprar muito forte mas o Céu parece limpo. Reparo que já surgiram nele mais dois pontos luminosos. Um deles é lilás como os relâmpagos e parece mover-se. Só em sonhos vi uma coisa assim. Lembro-me de ter relatado no meu blog um sonho de tempestade em que cheguei à porta da minha sala e vi no Céu como que a luz dum raio a atravessá-lo. Deu a impressão de que parou ali. Assim era aquela luz. Agora não estou a sonhar.

Estou na rua e noto que ainda não regelei, apesar de nada ter vestido para me agasalhar. É estranho. Passaram aí uns vinte minutos e nada dos primeiros raios do dia. Só aquela luz estranha ilumina o Céu.

Começam a cair umas pingas grossas de chuva mas…o Céu não se encheu de nuvens e esta chuva é quente. Como é isto possível? A chuva vai aumentando e o vento também. Em vez de amanhecer, o Céu fica completamente negro. Não é azul-escuro. É negro mesmo.

Tenho de me abrigar. Está a chover imenso e há um cheiro estranho no ar. Não sei explicar o que ele me lembra. Ouço vindo dos Ceus algo que se rasga e começam a chover pequenos fragmentos de pedra. Tenho mesmo que ir para dentro e esconder-me. Estou tão espantada que nem filmei o que está a acontecer.

O Céu parece que está a desabar. Trovões como nunca antes se ouviram estão agora a ribombar. A estrada está inundada. Nunca antes vi tal coisa. É então que reparo que tem estado a chover uma substância negra como o alcatrão.

Ouço estalos. É como quando acendem uma fogueira. Olho para a zona dos pinhais. Está um fogo a alastrar. Não se podem alertar os bombeiros. Os telefones nem dão sinal de que alguma vez funcionaram. E agora?

Está a chover torrencialmente. O vento está a soprar e esta chuva toda não acalma o fogo. Até me atravessou a mente a ideia de que esta chuva é combustível. Reparem bem como o fogo alastra vorazmente. O que fazemos?

Perdi a noção do tempo. Já me escondi mas não me vale de muito. Se isto for realmente o fim do Mundo, não restará nada nem ninguém.

A Natureza parece enfurecida. Mas o que é isto? É mesmo o fim do Mundo. Uma rajada de vento já varreu o telhado da casa e as grades do muro há muito que andam pelo meio da lama negra na estrada.

De onde vem tanta pedra? Um relâmpago agora ilumina o que ainda há para iluminar. O trovão que se lhe segue faz com que a Terra estremeça. A chuva agora é diluviana. Não se consegue ver nada para a estrada. Já não estamos seguros em lado nenhum. Não nos podemos esconder e muito menos podemos sair para a rua.

A enxurrada das pedras vem aí. Do outro lado alastra um imenso fogo. Ninguém parece ter condições de escapar a isto. A estrada abriu brechas enormes. Esta chuva que ultimamente tem caído é ácida. Vai destruir as nossas casas, os nossos esconderijos e, daqui a poucos minutos, irá transformar tudo em nada. Em pó.

Fico aqui. Ninguém Vai escapar disto. Estamos todos no mesmo barco. O fogo, a chuva e as pedras vão devorar-nos impiedosamente. A Terra vai-se transformar num negro planeta rochoso. De certeza. Talvez nunca mais aqui haja vida.

Vem ali algo. Não consigo ver o que é mas vem para cá. Parece…

Porto e Benfica começam a ganhar

A Taça da Liga marcou ontem o calendário futebolístico nacional com a conclusão da primeira jornada da fase de grupos. Porto e Benfica iniciaram, desde logo, a competição com vitórias sobre Nacional da Madeira e Olhanense respectivamente, em casa dos adversários por 0-2 e 1-2.

Por aqui, damos uma espreitadela ao jogo do Glorioso que esta a ser transmitido pela TVI e colamos os ouvidos à Antena 1 para acompanharmos as incidências dos restantes jogos.

O Olhanense começa logo por criar perigo por intermédio de David Silva.

Babanco cria algum perigo mas a bola vai por cima.

O Paços de Ferreira entretanto chega ao golo em Vila do Conde por intermédio de Hurtado depois de um mau alívio de Rodriguez. Afinal foi Angulo que marcou e não Pablo Hurtado.

Numa jogada individual, Nolito remata para Ricardo defender.

O Paços de Ferreira aumenta a sua vantagem em Vila do Conde. O golo é de Josué. Não tardaria muito a chegada do terceiro golo dos visitantes. O que se passa com o Rio Ave?

Entretanto o jogo entre o Estoril e o Vitória de Setúbal foi adiado por ter faltado a luz no Estádio da Amoreira. Parece que os deuses não querem ver mesmo os sadinos a jogar. Algo acontece sempre para que não se realizem os seus jogos. Na passada sexta-feira foi o mau estado da relva, agora poucos minutos se jogaram e houve o apagão.

Há pouco o terceiro golo do Paços de Ferreira foi também apontado por Josué.

O Olhanense chega ao golo por intermédio de Evandro Brandão. Paulo Lopes não sai isento de culpas neste lance.

Rui Sampaio livra agora a sua equipa de sofrer um potencial golo do Benfica.

Ricardo defende com dificuldade um livre apontado por Lima.

Era novamente Evandro Brandão mas desta vez Paulo Lopes defendeu.

GOOOOOLOOOO! É de Rodrigo! Jardel foi a peça-chave neste lance. Ele que regressa a Olhão.

Lima agora remata ao lado.

Em Guimarães está a decorrer o sempre apetecível dérbi minhoto entre os vimaranenses e os arsenalistas que continua empatado a zero. Paulo Vinícius agride Barrientos e vê o cartão vermelho directo.

Evandro continua a adornar a sua exibição frente ao clube que representou nas camadas jovens. Mais um remate. Deve estar a fazer o jogo da sua vida.

Afinal parece que vai haver jogo no Estoril. A luz já foi consertada.

Sai agora um vistoso remate de André Almeida ao lado.

Este remate de Gaitan saiu péssimo.

O Rio Ave aponta o seu golo. Foi Nivaldo.

Rodrigo, que há pouco escapou de ver o segundo cartão amarelo, marca agora o segundo golo do Benfica. Afinal o golo foi do outro Rodrigo, o Rodrigo Lima, o Jogador Número Onze.

Targino responde de imediato a este golo. É cano para o Olhanenses.

Ainda se joga em Vila do Conde e o Rio Ave marca o segundo golo por intermédio de Hassan. Foi mesmo no fim.

O dérbi do Minho termina empatado a zero, por aqui ficou 1-2 para o Glorioso e o jogo entre o Estoril e o Vitória de Setúbal recomeçou há pouco. A decisão de se reatar o jogo mais de uma hora depois é mais um episódio hilariante do Futebol português. Enfim…


Wednesday, December 19, 2012

Natal, convívio, animação, reencontros, troca de prendas…

Realizou-se ontem, mais uma vez em Santarém, a nossa festa de Natal.

Partimos de Coimbra pela tardinha. Teríamos de estar em Santarém por volta das cinco da tarde para uma reunião. À medida que caminhávamos para Sul, o tempo ia ficando cada vez mais cinzento e chuvoso. Fazia-se também sentir algum nevoeiro.

Depois da reunião, houve tempo livre para encontrar algumas pessoas que já havia conhecido no ano passado (nessa altura não houve tempo para nada) e para conhecer outras com quem habitualmente falo mas nunca as vi pessoalmente.

Sempre fui habituada a ouvir rádio desde pequena e sempre tentei imaginar como eram as pessoas do outro lado. Hoje essa magia da rádio perdeu-se um pouco porque as novas tecnologias já permitem uma aproximação com os animadores e esse exercício imaginativo pura e simplesmente não existe.

Por enquanto, os telemóveis de que dispomos ainda não permitem ver com quem falamos do outro lado, apesar de eu um dia ter sonhado que já conseguia fazer isso. Ainda virá longe esse dia. Enquanto isso não acontece, vamo-nos encontrando em eventos como este. Claro que não deu para falar com toda a gente. Éramos muitos.

Fiquei espantada com a incrível semelhança entre três colegas. Para me complicarem a vida, ainda usavam roupas semelhantes, escuras. Lá se iam as minhas referências.

Por ali estivemos a cavaquear, a contar histórias. Pode-se dizer que eu espalhei por ali o meu charme contando alguns episódios que se passaram ao longo do ano e que foram caricatos ou divertidos.

Mais uma vez ficam admirados da minha capacidade para decorar nomes e outras coisas. Eu penso que não faço nada de extraordinário mas para toda a gente é-o. Parece que esse meu “dom “ tem vindo a espalhar-se. As pessoas não sabem é que eu não tenho uma relação muito boa com números, orientação e outras coisas do género.

Estávamos nós ali a confraternizar. Ao lado havia aquilo a que eu chamo um antro de perdição. Por esta altura do campeonato já devem saber que eu chamo antro de perdição a um local onde se vendem livros porque vou para lá desgraçar-me. Fatal como o Destino.

Claro que comprei um livro e juntei-me ao grupo que já tinha mais elementos que não conhecia. Estava sempre atenta ao facto de eles se poderem afastar e eu ficar ali perdida. Não domino o espaço ali. Um colega nosso veio ter connosco e disse que tinha ali comprado também um livro para a troca de prendas. Eu logo disse que essa prenda me havia de calhar.

Fomos para o jantar. Comecei por petiscar camarões que estavam bem tenros e suculentos. Descascavam-se bem. Depois, tal como no ano passado, optei por bacalhau com broa que também estava uma delícia.

Um duo de acordeonistas vindo da Lourinhã animou o jantar enquanto não chegou a tão ansiada hora de recebermos os presentes.

Por incrível que pareça, o presente que me calhou foi mesmo o tal livro que o meu colega disse que tinha comprado momentos antes. Curioso! Só me falta calhar agora o Euromilhões.

Tivemos de deixar a festa mais cedo porque havia que colocar pés ao caminho até Coimbra. Estava uma noite fria e com nevoeiro em Santarém. Na viagem de regresso reinou a boa disposição com a música que passava no rádio do carro a dar o mote.

Monday, December 17, 2012

“Este Homem É Perigoso” (impressões pessoais)



Esta é mais uma incursão pelo género policial tão do meu agrado. O inglês Peter Cheyney traz-nos esta obra escrita já no longínquo ano de 1936.

O escritor coloca o personagem principal a contar-nos as suas peripécias num dos mais espinhosos casos que resolveu em toda a sua vida. Lemmy Caution, o protagonista, é um agente infiltrado do FBI que consegue penetrar no mundo do crime organizado para conseguir evitar o rapto de uma extravagante mulher que é filha de um multimilionário americano.

O protagonista segue os criminosos até à Inglaterra e aí insere-se nas organizações criminosas que planeiam raptar a jovem de forma a obterem do seu abastado pai uma choruda soma em dinheiro.

O protagonista faz jogo duplo, alia-se à concorrência mas quer acabar verdadeiramente com todos os bandidos. Como os bandidos andam sempre um passo mais à frente do que a Policia, o agente vê a sua tarefa dificultada mas acabará por levar a melhor e salvar a filha do milionário americano das garras destes gangsters sem escrúpulos.

A obra está muito bem narrada, com recurso à gíria e ao calão, precisamente como um polícia nos contaria os factos numa mesa de um café ou sentado à lareira. Nota bastante positiva para este livro.

É altura de ler agora algo diferente. Comecei a ler a obra “Precious”.

À minha procura

Esta é a grande história de mais um fim-de-semana.

A minha mãe tinha aquecido o resto da sopa de peixe da véspera que estava uma maravilha. Entretanto eu tinha ido para o lado de fora para o escritório. Tinha de ir buscar uns ficheiros ao meu velho computador fixo.

Toda a gente pensava que eu tinha ido para o meu quarto e chamavam-me. Como eu estava a ouvir música e vídeos que tinha de trazer, não ouvia nada.

Consta que a minha vizinha me andava a chamar pela rua, mesmo às escuras, e a plenos pulmões.

A minha mãe foi até ao meu quarto e…andou a espreitar por debaixo da cama porque pensava que me tinha dado alguma coisa e que tinha caído. Estava visivelmente assustada quando, finalmente foram chamar-me às imediações do escritório.

Resumindo e concluindo, quase matei toda a gente do coração.


Thursday, December 13, 2012

A música que se tem feito nestes últimos tempos

Confesso que não acompanho muito a música que se faz hoje. Dá a sensação de que os melhores anos da música foram os de setenta e oitenta. Hoje assistimos à era das músicas todas parecidas umas com as outras e, daqui a dez anos ou quinze, ninguém mais se vai lembrar dos artistas que hoje fazem sucesso.

Quando ouço rádio, ouço rádios que passem os temas mais antigos- os tais que eram bons e hoje são intemporais. Se me perguntarem por música actual, pouco ou nada sei. Vou ouvindo alguma apenas e só quando estou num local público e há um rádio sintonizado numa rádio que passe música recente.

Outro meio de estar a par da música que se faz hoje é o Youtube. Um dia destes, cheguei a casa e deparei-me com esta música. Fiquei parada a ouvi-la. À primeira vista, esta era uma música espectacular, bonita mesmo. Parecia uma balada mesmo mas há músicas de discoteca que começam assim e depois aumentam de ritmo para depois se manterem com esse ritmo elevado. Não é o caso desta. Esta aumenta de ritmo para depois voltar à toada inicial. Aí é que está o busílis da questão.





Como classificar esta música? É que isto não é uma balada e também não é uma música de discoteca. Tirando-lhe o ritmo que aparece lá pelo meio, ficaria uma balada daquelas que ouvimos uma e outra vez mas não sei como seria se se passasse esta música numa discoteca com todos estes tempos mais lentos. A variação de ritmo é muito intensa e, apesar de tudo, são mais os tempos calmos do que os ritmados. Digamos que se trata de uma música muito peculiar e essa peculiaridade não a favorece.

Seria uma música fantástica se fosse só uma balada ou se fosse só um tema de dança. Assim, roça o inqualificável. Passa do muito bom para um daqueles temas que não são bons nem maus. Simplesmente se ouvem.

É a música que temos. O que é certo é que ela está a fazer grande sucesso e passa afinal em todo o lado. Terá sido mesmo talhada e pensada para passar em rádios e centros comerciais? Parece que é aí mesmo o seu espaço.


Monday, December 10, 2012

As botas novas, os gorros de Natal e a homenagem a José Guera




Realizou-se em Poiares a nossa última caminhada de 2012 marcada pela trágica perda de José Guerra e pela presença ao longo de todo o percurso de símbolos que lembram o Natal.

o "Diário de Coimbra" de Sábado foi passando de mão em mão no autocarro durante o pequeno trajecto que percorremos de Coimbra até Poiares. Naturalmente que toda a gente fica incrédula e a pensar como foi possível aquilo acontecer.

Chegámos a Poiares onde estava um frio cortante que não nos impediria de fazer uma boa caminhada. Antes de iniciarmos, houve que homenagear o nosso companheiro José Guerra com um minuto de silêncio.

Do nosso grupo inicialmente composto por cinco elementos deficientes visuais, só eu resto. Ontem a caminhada era muito fácil, tinha apenas um pequeno trilho. O resto do percurso era feito em estrada.

Estreei umas botas novas que comprei ontem. Elas acabaram por me dar sorte porque acabei no grupo da frente. Não me lembro de alguma vez ter cometido tal proeza mas, como não havia terreno acidentado em trilho, na estrada ando muito bem e aproveitei a embalagem numa subida para ir para a frente.

Esteve um óptimo dia para se caminhar. Estava algum frio mas isso não é problema. Logo se aquece.

Saturday, December 08, 2012

Estamos de luto

Soube agora mesmo da trágica morte do Dr. José Adelino Guerra. Uma morte tão inesperada, tão chocante e tão despropositada, que me custa a acreditar como foi possível alguém perder a vida assim nestas circunstâncias.

Para além da profunda tristeza que sinto pela perda de alguém que conhecia bem, com quem convivia e que muito fez por nós, também sinto raiva e revolta por ainda haverem locais na cidade de Coimbra, em pleno século XXI, que são verdadeiras armadilhas e fossos mortais, em pleno centro da cidade, por onde passam centenas ou talvez milhares de pessoas por dia.

Conheço muito bem o local onde se deu esta tragédia e, precisamente por o conhecer bem, é que me assola este sentimento de incredulidade e revolta por ali se ter perdido uma vida. A vida de alguém que vinha do trabalho, como normalmente fazia todos os dias, tacteou o caminho com a bengala, seguiu em frente e encontrou o vazio e a morte.

Como é possível não haver qualquer tipo de protecção ali? Passo lá algumas vezes a pé. Muitas mesmo. Tenho sempre o cuidado de passar pelo lado de fora, não me encostar muito. Já me ocorreu numa ocasião em que ali passei dar por mim a pensar que, se acaso alguém (nem precisa ter deficiência visual, basta vir distraído a conversar) colocasse ali um pé em falso, iria parar lá abvaixo à outra rua com consequências muito graves. Jamais me ocorreu que quem ali cairia fosse alguém que conhecesse muito bem.

Lamenta-se profundamente a perda de um homem que muito fez pela comunidade deficiente visual, um homem corajoso, com espírito inovador e que amava a vida. A sua morte talvez não seja o fim da sua obra neste Mundo. Talvez sirva para alertar os autarcas e governantes da cidade de Coimbra que não podem haver sítios como este, capazes de ceifar vidas como aconteceu ontem à tarde. Há que despertar as consciências e reflectir sobre as nossas ruas, as nossas infra-estruturas, os nossos locais públicos, que por vezes são locais onde a morte espreita para quem não se consegue defender dos seus perigos tão bem.

Não é preciso ser-se muito entendido para passar na rua que vai da Casa da Cultura em Coimbra para a Praça da República para ver ali perigo. Basta simplesmente percorrer aquele passeio a pé. Não deveria ser necessário ali se perder uma vida para se tomarem medidas mas, como sempre acontece neste nosso País aparentemente civilizado e desenvolvido, há que agir rapidamente para que mais ninguém caia ali ou noutro local com as mesmas nefastas características. Saliente-se que passam ali muitos deficientes visuais, por vezes essas pessoas não conhecem o local. A ACAPO realiza ali ultimamente muitos eventos e muitos frequentam também a biblioteca. Se um deficiente visual que ali passava todos os dias ali faleceu, imagine-se alguém que venha expressamente para participar numa festa ou numa conferência ou simplesmente precise de documentos adaptados da biblioteca para estudar?

Resta pois agradecer tudo o que o Dr. José Adelino Guerra fez por todos nós e recorda-lo enquanto comigo conviveu no Desporto, na nossa colonia de férias ou ultimamente nas caminhadas. Custa a acreditar que partiu assim deste Mundo uma pessoa tão cheia de vida como ele.

"Jim O Sortudo" (impressões pessoais)


Bem, esta obra arrancou-me algumas gargalhadas. Serviu para descomprimir um pouco e variar um pouco também de género literário.

Kingsley Amis narra-nos as tropelias de Jim Dixon que quer definitivamente mudar radicalmente a sua vida e consegue porque a sorte e algumas pessoas lhe dão aquele impulso de que precisa.

Muitas vezes, ao ler algumas obras, ponho-me a pensar onde é que os seus autores vão buscar a inspiração para criar personagens tão incrivelmente marcantes. Talvez tal se deve puramente ao fruto da sua imaginação mas pode muito bem dar-se o caso de o escritor pegar nas características muito peculiares de alguém que conhece na realidade, mudar-lhe simplesmente o nome, a ocupação e tudo mais e aí temos uma personagem marcante.

Não é muito difícil encontrar-se um professor universitário, especialmente se ele já tem uma certa idade e é um crãnio, que se encaixe no perfil deste Welch. Uma pessoa que é muito boa no que faz, que é capaz de saber a mátéria de cor, mas que não se sabe comportar minimamente. Aqui por Coimbra todos nós, que frequentámos o Ensino Superior, tivémos o nosso professor excêntrico. Ouço contar cada história! No entanto, ninguém coloca em causa as capacidades desses senhores e senhoras enquanto docentes.

Um homem como este também só pode ter um filho completamente chanfrado. Acha-se o melhor do bairro mas não tem jeito para nada. Também uma caricatura de alguém que faz ou fez parte do mundo real de Amis?

Dou nota bastante positiva a esta obra. O que eu me ri com a sua leitura!

Vamos agora para um romance policial. Mais um. "Este Homem É Perigoso" de Peter Cheyney é o livro que leio neste momento.

Viitória num jogo a feijões

Vinte e quatro horas após a data inicialmente marcada para o encontro, o Sporting venceu em casa o Videoton por 2-1 num jogo que passou a não ter interese para qualquer uma das duas equipas porque o outro jogo do grupo se realizou no dia e na hora prevista e ditou o apuramento de Genk e Basileia com o nulo quee ali se registou.

Este jogo de Alvalade não era mais do que um jogo de treino e não havia outra alternativa ao Sporting, que não fosse vencer. Mal estavam eles se acaso isso não acontecesse.

O Sporting começa ao ataque com um primeiro remate de Labyad, me parece a minm.

O relavado de Alvalade, que ontem estava completamente alagado, parece hoje um batatal mesmo.

Rinaudo vê o primeiro cartão amarelo do jogo. A falta foi duríssima sobre um adversário.

Marcelo defende a punhos um remate de Filipe Oliveira.

Nikolic parecia estar fora de jogo. Mesmo assim, Marcelo ainda defendeu.

Renato Neto envia agora a bola à trave da baliza defendida por Marcelo. Ele que regressa a Alvalade. Está emprestado pelo Sporting à equipa húngara.

Mas o que é aquilo?????!!! Que lástima, o Sporting na sua defesa!

O capitão de equipa do Videoton cria agora muito perigo. É canto!

Caneira tenta agora a sua sorte mas o seu remate vai por cima. Outro regresso a Alvalade.

Ricardo Esgaio remata agora mas sem perigo. O jovem da equipa B do Sporting estreia -se como titular e tem mostrado bons apontamentos.

Incrivelmente, Vinícius não vê o cartão amarelo depois de uma falta dura sobr Viola. Viola que agora remata de cabeça ao lado.

Sai agora um remate cruzado de Insua que atravesa toda a área sem prerigo. Insua volta a rematar pouco depois à figura do guarda-redes.

Lee vê agora o cartão amarelo por falta sobre Kapel.

O intervalo chega com um nulo no marcador. Este jogo está mesmo fraquinho como o relvado de Alvalade.

Agora sim, o Sporting cria algum perigo.

Insua de muito longe remata para as mãos do guarda-redes do Videoton. Tem andado muito rematador, o lateral-esquerdo argentino do Sporting.

O Jogador Número Vinte E Seis do Videoton vê agora o cartão amarelo por falta sobre Rinaudo. O livre é muito perigoso.

Gelson também vê o cartão amarelo que lhe mostra o árbitro grego.

Viola agora num remate hilariante, no mínimo. Tratou-se de um remate para o qual faltam adjectivos para o descrever.

O Sporting chega finalmente ao golo por Labyad.

O Jogador Número Setenta E Sete do Videoton gostou tanto do remate de há pouco de Viola, que o resolveu imitar. Qual dos dois remates o mais disparatado?

Labyad falha agora o seu segundo golo no jogo de forma escandalosa.

Cedric arranca positivamente o adversário do relvado pela raiz e vê apenas o cartão amarelo.

É graude penalidade para o Videoton??? O capitão de equipa converte-a.

Agora é que há cartão amarelo para Vinicius.

O Sporting chega ao golo por Viola num lance um pouco confuso.

O marcador do golo e capitão do Videoton é agora expulso por entrar de forma assassina sobre Kapel que fica muito queixoso. O espanhol é mesmo substituído por Pranjic.

Esgaio tenta mais uma vez um golo que já merece. Foi o melhor jogador do Sporting.

Viola tenta mais um golo mas o guarda-redes parece que ainda toca na bola.

Chega assim ao fim a participação do Sporting na Liga Europa. Foi uma participação a roçar o vergonhoso. Algo vai definitivamente muito mal no reino do leão. Esta vitória não apaga as dificuldades da equipa, apenas as mascara um pouco.





Wednesday, December 05, 2012

Nem Taça, nem primeiro lugar no grupo

Depois de Vítor Pereira ter poupado muitos dos seus jogadores no jogo da Taça de Portugal contra o Braga e que ditou o afastamento dos dragões da competição, o Porto falha agora também o seu objectivo de ficar em primeiro lugar no seu grupo a contar para a Liga dos Campeões. Perdeu com o Paris Saint Germain por 2-1.

O PSG entra a toda a brida no encontro. O Porto parece um bocado perdido.

Está um jogo de sentido único. Estão a massacrar, os franceses.

Jackson Martinez remata com estrondo e dá uma sacudidela no jogo.

Alex cabeceia para Helton defender.

Otamendi vê cartão amarelo por falta muito dura sobre um adversário. O livre é perigoso. É o golo do PSG da autoria de Tiago Silva.

O Porto responde de imediato e também chega ao golo por Jackson Martinez com alguma sorte.

O Porto parece ter acordado depois do golo e James tem agora um remate para as mãos do guarda-redes contrário.

Grande defesa agora para Helton a remate de Ibrahimovic.

Helton aplica-se novamente, agoa a um remate bem perigoso de Menez.

De uma forma pouco ortodoxa, o PSG chega ao segundo golo por intermédio de Lavezzi. Helton fica muito mal neste lance. Erros defensivos. O Porto anda a cometer muitos erros defensivos ultimamente e de uma forma incrível.

Menez ao lado. Entretanto prepara-se para entrar Deforur. Quer-se dizer, estão a perder e Vítor Pereira ainda vai colocar um médio defensivo em campo.

James remata e o guarda-redes do PSG segura sem problemas.

Há agora uma jogada perigosa do Porto que foi displicentemente desperdiçada.

Fernando sai e entra Defour. Talvez haja alguma lesão do brasileiro.

O marcador do segundo golo do PSG vê agora um cartão amarelo.

O Porto constrói agora uma boa jogada mas Varela desperdiça rematando para fora.

Ibrahimovic tenta agora uma obra de arte em forma de remate mas sai mal e recebe um coro de assobios como resposta.

Uh que trapalhada! A defesa do Porto anda ali positivamente às aranhas. Estão mesmo uma nódoa em termos defensivos. O que se passa?

Tiago Silva vê agora um cartão que é da mesma cor da sua braçadeira de capitão que é amarela. James por protestos também terá visto um cartão amarelo.

Ibrahimovic tem agora um remate muito perigoso que sai ao lado.

Quer- se dizer que Atsu não entrou???!!!!

O PSG está a ameaçar cada vez mais marcar o terceiro golo.

Atsu sempre ali está. Vi-o agora. Entretanto Danilo protestou e viu cartão amarelo. Que mau perder!

Ih o que para ali vai! Haverão cartões? Alex e Mangala são os felizes contemplados com eles.

De um livre resulta uma finalização perigosa de Otamendi.

O jogo termina com a vitória dos franceses por 2-1 e o consequente primeiro lugar no grupo. O Porto fica em segundo mas tem de se preocupar com os erros defensivos que tem cometido nos últimos dias e que lhe valeram grandes dissabores.

Tuesday, December 04, 2012

"Este País Não É Para Velhos" (impressões pessoais)


TEXAS. Quando ouço esta palavra, logo me lembro de tiroteios, desordem, crime, armas com fartura...tudo o que dá um bom argumento para um romance ou um filme policial.

Pois bem, esta obra é ao mesmo tempo um romance policial e um argumento para um filme de acção. Mais a segunda hipotese do que a primeira, atendendo à forma como está escrita.

Esta colecção de livros que surgiu há tempos com a "Visão " era mesmo para isso, para se ler e ver o filme logo de seguida. Tenho a impressão de que isto não foram livros adptados a filmes mas sim filmes adpatados a livros.

Isto que acabo de ler é um argumento em bruto. Está escrito de uma forma pouco cuidada para uma obra literária e, pelo que me lembro das longínquas aulas de Guionismo que tive, um argumento deve ser escrito assim mesmo.

Outra característica que deve ter um argumento para ser realmente bom e ser capaz de ser interpretado e realizado por vários realizadores é a componente descritiva que tem. É a capacidade de fazer com que o leitor leia o que está escrito e seja imediatamente transportado para o teatro da acção. O meu professor de Guionismo disse-me que eu era muito boa a fazer isso e é assim que deve ser. Ainda não desisti de vir um dia a escrever guiões ou argumentos. Para já, avivo a memória de como eles são feitos lendo este.

Sobre o desenrolar da história propriamente dita, não gostei particularmente do seu desfecho porque o indivíduo que achou a mala acaba por ser morto e há a incapacidade do polícia que é o protagonista de apanhar o vilão que escapa impune e com o dinheiro depois de ter morto quem se atravessava no seu caminho.

Dá a sensação de que o crime compensa mas também se pode ver esta história sob o prisma de que nem tudo cai do Céu e que o dinheiro que advém de actividade criminosa atrai desgraça, violência e morte.

Tenho mais uns livrinhos desta colecção para ler mas agora trouxe de casa a obra "Jim O Sortudo" de Kingsley Amis que não sei se será alguma coisa ao Martin Amis que escreveu outra obra que li há uns tempos que se cnhamava "Money".

Um carro a trouxe, um carro a levou


O fim de semana fica marcado pelo atropelamento e morte imediata da gata Tita.

A pequena gata cinzenta, que um dia alguém de carro atirou para o nosso quintal, esteve todo o dia a dormir ao quentinho no sofá junto do meu pai mas lembrou-se de sair à rua pela noitinha.

A noite caiu e a minha mãe chamava-a como sempre. Adie andava a rondar a berma da estrada, miando de uma forma muito estranha. A minha irmã e a minha mãe trouxeram-na para dentro e deram-lhe comida. Posto isto, a minha mãe continuava pela rua a chamar a Tita.

Foi o meu pai que a encontrou na berma da estrada. Já parecia ter sido atropelada há umas horas. Foi um choque. A minha mãe imediatamente irrompeu em lágrimas. As outras três gatas ficaram dentro de casa. Já ninguém mais saiu à rua naquela triste e fria noite de Sábado.

No dia seguinte, ia eu pela estrada quando avistei alguma coisa que se distinguia no asfalto. Aproximei-me. Mesmo no centro da estrada, jazia morto um gato desconhecido, tipo siamês. Tinha a cabeça parcialmente desfeita. Eu e a minha mãe apanhámo-lo da estrada antes que outros veículos lhe passasem por cima.

Que fim de semana!

Em jeito de recordação, aqui ficam os vídeos que eu fiz quando a Tita era mais nova. Agora são autênticas relíquias.





As minhas incríveis tropelias

Sexta-feira, 30 de Novembro de 2012. Um dia como os outros. Mais uma véspera de fim de semana. Um dia que se antevé bem calmo. Será?

Bem, chego ao meu gabinete, ligo o meu rádio e...nem sinal de vida. Tentei ligá-lo noutra tomada, liguei e desliguei o cabo e nada. Bem, tinha de ficar sem música mas o ambiente assim ficava um pouco pesado, melancolico, silenciosos demais.

Ainda tentei ligar o rádio do telemóvel para me desenrascar mas essa solução era pouco viável. Não tinha outro remédio que não aguentar este pesado ssilêncio no gabinete até à noite.

Chegou rapidamente a hora de ir almoçar e levei vinte euros para baixo para pagar o almoço. Recebi o troco e coloquei uma nota de dez euros no bolso. Então não é que a perdi? Quem a apanhou é que deve ter tido sorte! Fiquei pior do que estragada. Que mais me iria acontecer?

Ainda a pensar nos dez euros que perdi, retomei a minha tarde de trabalho envolta em silêncio que me estava a incomodar. Como aquele dia ia custar a passar!

Como era sexta-feira e ia para casa, resolvi levar o rádio com a intenção de trazer outro ou comprar um novo. Ainda tentei uma derradeira vez verificar se ele funcionava. Podia até ser do frio. Talvez tivesse trovejado durante a noite e ele estragou-se.

Liguei o rádio ainda antes de me ir embora. Vi que ele não estava completamente sem vida como eu de manhã pensava. Comecei a mexer no botão do som. Então não é que o rádio eestava pura e simplesmente sem som?

Realmente! Andei o dia todo chateada e sem saber o que fazer por nada. Melhor assim. Peguei nas minhas coisas e fui apanhar o autocaro. Tomaria eu que este dia incrível chegasse ao fim.

Monday, December 03, 2012

Morte repentina de um amigo

É sempre duro sabermos da morte de alguém que conhecíamos bem e que até vivia bem perto de nós, especialmente quando essa morte já ocorreu há dias.

Por acaso estava a pensar na festa de Natal da ACAPO de há uns anos em que desfilávamos em trajes feitos de papel e plástico. Esse nosso amigo que agora faleceu assim de repente fez questão de andar pela cidade entusiasmadíssimo com as iluminações. Como ele andava entusiasmado! Lembro-me que a banda sonora ficou por minha conta.

Pensava nisso nesta tarde. Poucas horas depois, disseram-me que ele morera subitamente na passada semana. O que me vem à memória assim mais de repente são as tropelias dele em Salamanca, numa viagem da ACAPO que será sempre recordada precisamente por esse episódio. A forma de o vermos a partir de hoje é que muda. Agora recordamo-lo com saudade. ainda nos devemos rir mas algo mais profundo povoará essas memórias mais do que o caricato dessa noite.

Ainda me lembrei também de um intervalo em que estava quase na hora de entrar. A formadora chamou a turma para dentro. Ele segurava um cigarro e pediu à formadora que o deixasse fumá-lo antes de entrar. Ela não acedeu ao seu pedido. Então, num gesto desafiador e muito brusco, ele sacou do isqueiro e acendeu o cigarro. Muito eu me ri!!

Ainda tentei procurar o tema de Jorge Palma que ele cantou naquela noite mas não sei o título. Não conhecia a música mas achei imensa piada à letra que ele cantava a plenos pulmões numa esplanada em Salamanca.

Ele partiu mas deixou cá um grande legado de histórias que, ao recordá-las, o irão manter bem vivo e bem presente nas nossas vidas.

Thursday, November 29, 2012

"O Mistério Da Casa De Riverton" (impressões pessoais)


Esta era uma daquelas obras que nos deixam na dúvida. Ou é muito boa e nos surpreende, ou acaba por ser um autêntico fracasso.

A ideia é muito interessante: uma das criadas que serviram na mansão, a pretexto da visita de uma realizadora americana que a quer entrevistar, resolve contar as suas memorias. O destinatário é o seu neto que há muito não vê. A idosa utiliza um gravador para ali gravar as suas memórias e contar o segredo sobre as verdadeiras causas da morte de Robert Hunter, mais conhecido como Robbie.

A obra é sempre envolta em pequenos misterios que são uma forma de prender o leitor. Até ao fim mesmo.

Para o final, à medida que a vida foge da personagem principal, os factos são mais misturados. Passado e presente misturam-se e acabam por confundir a personagem quando visita pela última vez a mansão. Digamos que ela apressa os acontecimetos e conta como as duas irmãs, depois da morte do homemem que ambas amaram, acabam também por sucumbir.

Para o fim ficou sempre a questão da morte de Robbie que era a razão de ser desta obra.

Desde o início que suspeitei numa questão secundária nesta obra: Grace- a personagem que narra os acontecimentos- é filha de Frederick e irmã das protagonistas apaixonadas de Robbie. O pai delas tivera um caso amoroso com a sua mãe que também fora empregada em Riverton. Quando engravidou, abandoonou o trabalho e foi viver para a aldeia onde criou a filha antes de a enviar para a mansão para imitar os seus passos. Ela acaba por se afeiçoar às irmãs logo que chega. O pai também a reconhece e é através dessa reacção de Frederick assim que vê Grace que me leva a desconfiar que ela é sua filha. Não me enganei.

Fica aqui uma curiosodade. Eu conheço um Robert Hunter. Este. Acho que ele tem de pedir uns troquitos a Kate Morton por ter dado o seu nome a um dos seus personagens. Bem, pela descrição do Robert Hunter do livro, não tem mesmo nada a ver.




Resumindo, trata-se de um romance de época muito bom, com mistério, com histórias dentro da mesma história, com tudo o que é capaz de cativar o leitor até à última página.

Tuesday, November 27, 2012

João Tomás e Meyong



Num Domingo com muita chuva, houve chuva de golos no Estádio do Bonfim em Setúbal onde o Rio Ave venceu o Vitória local por 3-5.

Seis dos oito golos apontados nesta partida foram apontados por dois senhores que já fazem parte do Futebol Português há muitos anos e é uma honra tê-los aqui connosco no nosso Campeonato a darem-nos tardes como esta.

João Tomás marcou três golos e Meyong marcou outros três. Memorável!

Fica aqui o registo para a posteridade e a merecida homenagem da minha parte a estes dois senhores que, apesar da idade, ainda fazem vibrar os estádios nacionais com os seus golos.

João Tomás apontou mesmo o seu centésimo primeiro golo no nosso Campeonato e mesmo assim´foi sempre ignorado pelos seleccionadores nacionais que não lhe deram a tão merecida oportunidade que sempre recalamou. Até parece que temos um viveiro de pontas de lança cá no burgo!




Sem ter a que me agarrar

Sábado de manhã. A chuva é constante. Sabe bem estar na cama...mas não com sonhos destes.

sonho que me encontro na caminhada que iria fazer no dia seguinte. O tempo está escuro ou é quase de noite. Subimos uma rua íngreme. Não vemos o fim à subida. Toda a gente já vai cansada e a andar muito lentamente. Eu vou olhando para vislumbrar também o fim do calvário.

Saimos da estrada. Vamos dar a uma espécie de escada tosca com uns degraus irregulares e muito altos. Estavam também perigosamente escorregadios. No cimo, para complicar ainda mais as coisas, havia uma plataforma de madeira muito estreita e escorregadia.

subi a medo os degraus mas fiquei aterrorizada logo a seguir. Subia-se os degraus e a plataforma de madeira escorrregadia era muito estreita. Pareia quase uma trave olimpica das de Ginástica. Quer-se dizer, nós subíamos, o último degrau era essa tal plataforma de madeira que induzia em erro. Um pé em falso e cairíamos de uma altura de cerca de dez metros para o vazio.

Foi isso mesmo que me aconteceu quando coloquei os pés na madeira. Desequilibrei-me e fiquei apenas pendurada por um braço à plataforma escorregadia. O abismo verde e cruel aguardava-me lá em baixo. Eu chorava porque esperava o pior e não via quem me tirasse dali. o meui equilíbrio era muito percário e sentia cada vez mais os meus braços e o meu corpo a ecorregarem.

Acordei. Fui ver o mail. Da lista para a caminhada não constava o meu nome. Ainda percorri a lista umas três vezes para verificar melhor. Estava muito pouca gente inscrita.

"El Português II "(impressões pessoais)


Carlos Paiãoi e Herman José tiveram olho para fazerem um hino tão cómico e bem humorado para a campanha portuguesa no México 86. Realmente esta espantosa, atendendo ao que dizem que foi esse Mundial. Já que Paulo Futre colocou a letra desta canção no seu livro...




Quem melhor do que o contador de estórias genuíno e bem lusitano que é Paulo Futre para nos contar o que se passou realmente em Saltilho? Ele estava lá. Foi protagonista e conta-nos, à sua boa maneira, como tudo se passou.

Avivou a memoria de muita gente e contou o que se passou a quem apenas tinha ouvido falar por alto. Foi o meu caso. Na altura não acompanhava o Futebol como hoje. Tinha nove anos e só tinha olhos na televisão para as tabelas de música. Penso que o primeiro jogo que vi do princípio ao fim foi a vitória do Porto em Viena contra o Bayern de Munique. Esse jogo lembro-me de ter visto. O Mundial 86 não vi e só sei por alto que essa campanha foi vergonhosa para as cores nacionais. Agora fiquei esclarecidissima sobre o que se passou.

Paulo Futre e mesmo um personagem. Não tem papas na lingua, conta mesmo tudo sem deixar nada para trás. Por acaso tive pena de não ter ido assistir à demonstração que ele fez de Goalball. Deve ter sido divertido!

Bem, agora ando à procura do primeiro livro dele. Pensava que esta era uma reedição do anterior mas não. É um novo livro. Já o vi por aí mas agora não o encontro. É sempre assim.

Para terminar, recordemos o momento que colocou novamente Paulo Futre nas luzes da ribalta depois de ter pendurado as botas. Digamos que ganhou uma segunda vida. Depois disto, descobriu-se que, para além do excelente jogador que foi, Futre também tem outros dotes. De humorista, de contador de estórias...Portugal já merecia um artista assim!




Friday, November 23, 2012

Procurando

Sonhei que tinha ido numa excrusão a Évora. Era um daqueles passeios que se organizam na minha terra e em que quase metade da aldeia vai.

Nesse dia toda a minha família foi . Era uma oportunidade de sair de casa. Isso só acontecia quando éramos crianças. Aí é que toda a gente saía de casa. Agora isso não acontece.

Parámos num local para comprar qualquer coisa. Era num mercado. O autocarro era daqueles que tinha dois andares. Eu saí e, à primeira, achei o meu lugar onde tinha as minhas coisas. É assim, deixando algo, que eu consigo encontrar depois o meu lugar.

Andei às voltas depois num e noutro andar do autocarro à procura das coisas que tinha deixado (um casaco e uma mochila). Não encontrava. Já estavva a ferver de nervos e respondia de forma intempestiva a quem para mim falava. A camioneta iria arrancar dali a nada, eu queria ir às compras e não podia por causa de não saber das minhas coisas.

Agora o sonho passa-se em minha casa. Estava no meu quarto quando desconhecidos que trabalhavam na vinha em frente abriram a janela do meu quarto (na realidade até nem abre com tanta coisa lá encostada). O objectivo era assaltar.

Num Domingo à tarde, estava sol e algum calor. Apetecia-me fazer uma caminhada longa mas não podia ir a pé para cima por haver por aí ladrões, tarados e toda a espécie de gente pouco desejável. Ora bem, quando está escrito que as coisas têm que acontecer, acontecem mesmo. Se não vamos para a rua e encontramos os bandidos, eis que eles próprios vão a nossas casas.

Passou-se assim: estava um belo dia, uma bela tarde de Domingo. A minha mãe colocou toda a bicharada na rua (cães, cabras...). Os animais fugiram desalmadamente e a minha mãe ficou sem saber o que fazer.

Vindo das terras, um jovem negro ofereceu-se para recuperar os animais e...conseguiu. A minha mãe mandou-o entrar para lhe oferecer qualquer coisa como forma de agradecimento, mas ele já tinha entrado pela outra porta e se enfiado em nossa casa, em qualquer divisão lá dentro, vá-se lá saber onde e com que propósitos.

Acordei quando se procurava o intruso por toda a casa.

Thursday, November 22, 2012

Sem Office

Bem, ontem cheguei aqui para efectuar a minha rotina diária de escrever uns textos de manhã antes de ir trabalhar e deparo-me com o Office que foi à vida.

Também tinha só o Starter 2010. Um dia destes vou ver se adquiro um Office em condições.

Este computador tem andado um pouco estranho. Quando tiver um tempinho, irei colocar-lhe o antivirus a correr. Já não será esta semana.

Enquanto isso, vou-me safando a escrever textos com o Bloco de Notas, o WordPad e mesmo o próprio blog, como agora estou a fazer neste momento.

quem não tem cão, caça com gato.

Quando os avançados falham, os centrais resolvem

O Benfica necessitava de vencer o Celtic de Glasgow para ainda poder alimentar esperanças de se manter na Liga dos Campeões. A acontecer, esta vitória daria ao Glorioso a possibilidade de prosseguir nas competições europeias.

Os dois defesas centrais acabaram por ser decisivos nesta vitória por 2-1. Entretanto também estivemos atentos ao que se passava na Roménia onde o Braga lutava também com o Cluj pela continuação na Liga dos Campeões. infelizmente as coisas não correram bem e os arsenalistas perderam por 3-1, dizendo assim adeus definitivamente às competições europeias desta época.

Cardozo começou por rematar de longe no Estádio da luz.

Na Roménia, Rui Pedro marca o primeiro golo pelo Cluj frente ao Braga. Ao mesmo tempo sensivelmente, Ola John faz levantar o Estádio da Luz ao marcar o golo do Glorioso. É o primeiro golo com a camisola encarnada para o jóvem holandês.

Voltam a chegar más notícias da Roménia. O Cluj marca o segundo golo frente ao Braga e novamente por Rui Pedro.

O Braga ainda chega ao golo por Alan. Renasce a esperança para os minhotos. Vamos Braga!

O Estádio da Luz assobia agora de forma ruidosa. Ai os meus ouvidos! Isto porque o árbitro húngaro não deixa reentrar Enzo Perez em campo depois de ter sido assistido.

Cardozo acaba de ter a sua primeira perdida da noite.

Agora há um remate de Salvio, parece-me a mim.

Na sequência do primeiro canto a favor do Celtic, o grego Samaras faz o primeiiro golo para os escoceses.

Na Roménia, Rui Pedro faz o seu terceiro golo no jogo contra o Braga.

Voltando ao Estádio da Luz, Enzo Perez remata de longe e sem perigo.

Cartão amarelo agora para Samaras por falta sobre Enzo Perez.

Chove agora imenso em Lisboa. Há novo canto para o Celtic. Nem quero ver!

Salvio por cima. Foi uma bela jogada.

O guarda-redes do Celtic nega o segundo golo a Ola John.

Da Roménia chega mais uma péssima notícia que dá conta da amostragem de um cartão vermelho directo ao central do Braga Douglão por agredir de forma descarada e despropositada um adversário. Fica tudo mais complicado para a turma minhota.

O intervalo chega nos dois jogos. O Benfica empata com o Celtic a uma bola e o Braga perde 3-1 na Roménia com o Cluj. Isto na segunda parte tem de mudar. É mau demais para as duas equipas.

O Jogador Número Desasseis do Celtic vê agora o cartão amarelo. O livre é muito perigoso e favorece o Benfica.

Um jogador do Celtic tira agora a bola de dentro da sua baliza depois de um remate de Lima.

O Benfica carrega agora. Enzo Perez remata para fora.

Se Luisão agora marcava, acho que o Estádio da Luz vinha abaixo de tanta histeria. Haveria certamente mais ruído do que há pouco quando assobiaram o árbitro.

Matic de longe e para fora.

Foi o Lima a rematar?

GOOOOOOLOOOO, GARAY! A assistência foi de Luisão. O Benfica chega ao golo que tanto andava à procura através de uma jogada dos dois centrais.

Salvio à trave. Há pouco Artur defendeu categoricamente um remate de perigo dos escoceses.

Melgarejo vê o cartão amarelo por travar um contra-ataque promissor do Celtic.

É anulado um golo ao Braga na Roménia. Havia fora de jogo de Mossoró.

Cardozo marca muito bem o livre e o guarda-redes cede canto.

E finalmente o jogador queniano do Celtic vê cartão amarelo. Fartou-se de distribuir cotoveladas.

Eis a segunda perdida da noite por parte de Cardozo...ah, foi o guarda-redes que defendeu.

Gaitan, o brinca-na-areia, atira para fora.

Há ainda um cartão amarelo mostrado a André Almeida quando Jardel entra e Salvio sai.

Há agora um remate perigoso do Celtic que vai por cima.

O Celtic cria perigo. Isto nunca mais acaba! Mas o árbitro está à espera de quê? Do golo do Celtic? ACABOU!

O Benfica venceu e garantiu desde já a permanência nas competiões europeias. Se vai ser ou não na Liga dos Campeões, só na última jornada se saberá e o jogo é só contra o Barcelona. Infelizmente para o Braga, o sonho europeu fica por aqui. A derrota por 3-1 frente ao Cluj acabou com o sonho.




Tuesday, November 20, 2012

Os gatos e a piscina

Sonhei que tinha uns gatos pretos que na realidade não tenho. Era uma gata toda preta com uma ninhada de quatro gatinhos já com os olhos abertos.

Eu tinha-me afeiçoado a um deles e passava o tempo a brincar com ele. Também gostava dos outros mas aquele era especial.

Tinha uma piscina em casa, bem no meio do terraço. Ao ver os gatos aproximarem-se perigosamente da água, logo temi o pior que viria a acontecer. O meu gatinho preferido, logo esse, caiu à água. Fiquei triste e furiosa.

Antes que fizesse alguma coisa, a mãe atirou-se também à água. A piscina foi despejada mas a mãe dos gatinhos jazia meio inconsciente com a língua de fora. Não sei se se salvaria.

Acordei sobressaltada. Ainda a madrugada devia ir a meio, apesar de não ter visto as horas.

Rua acima, rua abaixo

Para este Sábado estava marcado o magusto da ACAPO que iria ser nas instalações do Instituto Português da Juventude.

Como já era tarde, resolvi meter-me por onde julgava ser mais perto…e acabou por ficar mais longe porque, depois de muito subir e percorrer ruas que iam dar sempre ao mesmo sítio, chateei-me e desci até à Praça da República e não tive outro remédio que não fosse ir pelo caminho que conheço melhor, antes que fosse noite.

Por acaso o concerto não tinha começado às três da tarde certas. Como já levava mais de uma hora de caminho, pensei que ia lá chegar no fim. Acabei por chegar no fim da primeira música.

O concerto serviu para animar e aquecer um pouco para o magusto que se seguia. As castanhas estavam a ser assadas na rua e a ser entregues em cartuxos feitos em papel de jornal, como as tradicionais que se vendem na rua.

Fomos para dentro comer as castanhas e beber uns copos de jeropiga que era bem docinha e serviu para aquecer mais um pouco.

No final constatei que os meus amigos com quem eu me dou melhor tinham ficado noutra mesa mais à frente. Nem tinha reparado que ali estavam. Fiquei algo desapontada mas logo fui compensada com tempo extra para estar com eles e viver a aventura da noite.

Àquela hora não havia autocarros e um amigo nosso tinha de estar na Rodoviária a tempo de apanhar o expresso para Leiria. A solução era irmos a pé mas…éramos quatro. Como é que eles iam todos comigo a uma hora destas da noite? Bem, não havia outro remédio. Por ali eu já sabia o caminho.

A técnica de guia para levar três pessoas foi a seguinte: uma pessoa agarrava o meu braço normalmente e as outras duas agarravam os braços dos restantes. Estava a fazer mal porque as boas técnicas mandam que o guiado (neste caso os guiados) não vão pelo lado da estada mas eu só vejo de um olho e não posso levar as pessoas do lado do olho que não vê. Levo-as sempre do mesmo lado.

Íamos devagar. Estava com atenção redobrada às árvores, aos veículos nos passeios e às folhas molhadas que são uma maravilha para escorregar. Ainda nessa tarde, uma voluntária que vê bem e ainda à luz do dia, colocou o pé numa folha quando levava um colega nosso e espalhou-se de costas no chão. Ele teve de a levantar. Eu seguia imediatamente atrás deles e fui pelo lado contrário para não escorregar lá também.

Voltando à nossa aventura quando era já noite cerrada, lá seguíamos. Por sorte, não havia ninguém a pé pelas ruas. Passavam alguns veículos. O que iam pensar de quatro pessoas todas atreladas umas às outas? Não interessa. É a forma de se andar na rua quando não há autocarros. Eu até penso que o nosso amigo de Leiria trazia a bengala branca visível.

A estrada estava molhada e as luzes reflectiam. Era difícil ver as passadeiras para atravessar. La tínhamos de voltar para trás para apanhar a passadeira.

A seguir ao Teatro Académico Gil Vicente, era sempre a descer e aí já se fez bem o caminho. Num semáforo para peões, um automobilista tentou passar com o semáforo verde para nós. Logo lhe berrámos. Que falta de respeito!

Junto ao Jardim da Manga, deixámos uma amiga nossa perto da subida onde ela mora. Ainda estivemos um pouco à espera para ver se ela ia orientada antes de seguirmos para o nosso destino que era a rodoviária.

Chegámos lá ainda a tempo de o nosso colega comprar o bilhete do expresso e de comermos todos uma sandes no café antes de nos separarmos.

Vá, correu tudo bem. Chegámos aos nossos destinos sãos e salvos, apesar das dificuldades de ser de noite, de estar o piso molhado e escorregadio, de sermos muitos…

Ainda nos enfiámos na relva numa ocasião em que apanhei com uma luz forte nos olhos mas nada mais se registou. As árvores foram passadas sem problemas (havia imensas no passeio) e os veículos também não ofereceram grande dificuldade.

Foi uma aventura para recordar.

Uma espécie de tornado

O clima anda realmente muito estranho e imprevisível. Agora já há tornados e tudo, como aqueles que se vêem na televisão e que acontecem especialmente nos Estados Unidos.

Por aqui também começam a surgir alguns. No Algarve, um tornado arrastou tudo o que apanhou pela frente em várias localidades. Era a notícia do dia.

Quando saí do trabalho, não estava vento por aí além. Estava a começar a chover mas também não era muito. Ia a caminho de casa sossegada da vida.

Estava quase a chegar a casa quando, de repente, comecei a ouvir um barulho intenso. Olhei para o lado e vi as árvores a balançar ferozmente. Aquilo não era uma rajada de vento comum. Era algo que eu nunca vira antes.

Por sorte, nenhuma árvore caiu e nada foi arrastado. Corri e meti-me em casa.

E de repente a luz faltou




Cheguei a casa depois de um árduo dia de trabalho. Tinha em mente acabar um texto que começara naquela manhã e que era muito longo para o reler e colocar online.

Estava eu muito sossegada a reler o texto quando, de repente, a luz faltou. O que vale é que tinha a bateria do computador mas preferi terminar o que estava a fazer, não fosse a luz regressar com uma corrente mais forte e me avariar o computador.

Os alarmes tocavam na rua. O ambiente era estranho. Aproveitei para comer qualquer coisa, mesmo às escuras, e esperei que a corrente eléctrica fosse restabelecida.

Passaram largos minutos e a luz sem vir. Preparei-me então para me enfiar debaixo das cobertas. Com o auxílio de uma lanterna, tirei as cosas de cima da cama. Já tinha a cama livre de roupa e da carteira quando a luz regressou.

Liguei novamente o computador e retomei o que estava a fazer. A luz ainda voltou a faltar mas foi por pouco tempo. Depois já não houve problemas.

Para a posteridade, aqui fica o vídeo que fiz da rua que, quase às escuras, me parecia muito estranha.

Thursday, November 15, 2012

Jogo exótico e acidentado



Aceitando um milionário cachet oferecido pelo Presidente do Gabão (o povo a morrer de fome e os políticos a gastarem dinheiro em caprichos), Portugal deslocou-se com alguma polémica a esse país africano para uma jogo amigável que ficou empatado a duas bolas.

Este jogo foi marcado por inúmeras peripécias e acontecimentos insólitos. A figura principal foi o árbitro, também ele africano, que assinalou três grandes penalidades, quase assinalou um golo fantasma ao Gabão e apitava com tanta exuberância e espalhafato, que se ouvia por todo o estádio.

As hostilidades abriram muito bem. A banda filarmónica lá do sítio tentou tocar o nosso Hino Nacional mas eu quase nem reconheci a música de tão mal tocada e desafinada. Espero que alguém tenha filmado e colocado no Youtube. Será mais um vídeo a acrescentar a alguns que eu consegui recolher de acontecimentos insólitos em cerimónias antes de jogos de selecções. Ah, não perderam tempo. Já aqui está! Porreiro!



Consta que Portugal nunca jogou com o Gabão. Os jornalistas só se lembram de o Antchouet ter jogado em Portugal e de uma ténue passagem do guarda-redes que esta noite estava na baliza africana ter tido uma ténue passagem pelo Paços de Ferreira. Eu lembro-me de outro que jogou no Chaves e que se chamava Parfait.

Começa bem esta transmissão. Com cortes. Ainda vamos ficar sem jogo.

O equipamento do guarda-redes do Gabão é muito engraçado. Não me lembro dele no Paços de Ferreira. Deve ter jogado muito, deve, para eu não me conseguir lembrar dele.

Parece que forneceram a constituição da equipa do Gabão com os números todos trocados. Os jornalistas portugueses que se arranjem! Que divertido que isto está a ser!

O Jogador Número Três do Gabão chocou com Varela e está no relvado.

Hélder Conduto:
-“O árbitro agora consulta a bola.”
Bem, estamos em África, terra de gente dotada com poderes sobrenaturais. Se este senhor conseguir ver o futuro através de uma bola de Futebol, abre-se uma nova era no ramo das ciências ocultas. Estas bolas sempre são mais fáceis de conseguir do que as bolas de cristal.

Pepe, hoje capitão de equipa, já espalha o seu charme pelas Africas, mostrando aos adversários a sua exagerada agressividade que coloca em cada lance que disputa. Atropelou logo dois.

O Jogador Número Sete do Gabão cria muito perigo. Estamos com vinte e cinco minutos de jogo e o relvado já parece um campo de batatas. Daqui um bocado não é verde. É amarelo, castanho, laranja, da cor da terra…

Este Jogador Número Sete do Gabão é um craquezinho.

Ruben Micael vê o primeiro amarelo do jogo por entrada justamente sobre o jogador de quem falava.

Há agora grande penalidade a favor do Gabão. Foi Sílvio a cometer a falta. A grande penalidade e convertida.

Agora a grande penalidade é na outra área. Penso ter sido o Jogador Número Doze sobre Eder. Foi mesmo. Pizzi converte a grande penalidade e restabelece o empate.

O Jogador Número Seis do Gabão vê o cartão amarelo por falta dura sobre Ruben Micael. O madeirense está caído.

Há alguma imprecisão na identidade do Jogador Número Doze do Gabão. Os jornalistas conhecem-no. Parece que ele joga em França mas traz outro número e outro nome na camisola. Bem, eu dou um palpite para o que aconteceu. Terá vestido a camisola do colega por engano ou então sabotaram-lhe o equipamento. Também existe a possibilidade de ele ter deixado o seu equipamento em casa e ter vestido o de um colega. Mais desenvolvimentos sobre este assunto mais à frente. Seguimos porque o Gabão está a criar perigo.

O Jogador Número Dezassete do Gabão sai lesionado para entrar o Jogador Número Cinco.

Ih que confusão para ali vai! Foi provavelmente o golo mas estranho a que assisti e já vi milhares de jogos. Afinal nem é golo. A bola nem sequer tinha beijado a linha. O árbitro auxiliar viu bem o lance. Apesar de toda a balbúrdia, foi mais um sinal de aviso para Portugal.

Chega o intervalo com a igualdade a uma bola a registar-se.

Custódio vê o cartão amarelo por travar uma jogada de contra-ataque do Gabão que inicia esta segunda parte com grande perigo.

O cartão é agora mostrado ao Jogador Número Cinco do Gabão.

Há agora bola ao poste da baliza do Gabão que logo responde em contra-ataque.

Do lado de Portugal, saiu indubitavelmente Eder e entrou Hugo Almeida. Do lado do Gabão saiu o Jogador Número Seis e entrou o Jogador Número Vinte E Dois que parece que não consta da ficha de jogo que foi entregue aos jornalistas. Ainda bem que os jornalistas portugueses se devem ter prevenido e passado estes últimos dias a estudar os jogadores do Gabão, as suas fisionomias, a sua forma de correr…De outra forma estavam perdidos. O jogador parece já ter sido identificado.

Parecem cansados, os portugueses. O Gabão até já merecia o golo pelo empenho que está a colocar em cada jogada de ataque.

É Portugal quem chega ao golo por Hugo Almeida completamente contra a corrente do jogo.

No Gabão entrou agora…o Marcolino.

Varela sai e entra Paulo Machado.

Mais uma grande penalidade assinalada! Desta vez é para o Gabão por alegada mão que Ricardo Costa colocou na bola em plena área de rigor. O Jogador Número Quinze do Gabão converte-a e restabelece o empate, desta vez a duas bolas.

O Jogador Número Doze do Gabão parece em sérias dificuldades. Chocou com o seu guarda-redes.

Bruno Alves já aplica os seus famosos cotovelos na nuca do tal do Marcolino.

O nosso amigo que arranjámos hoje- o Jogador Número Doze do Gabão- reentra em campo com a cabeça ligada. Desta vez bem podia mandar vir a camisola quatro, inicialmente atribuída a ele na ficha de jogo. A camisola que enverga ficou cheia de sangue. Se não tem outra para vestir, mais vale ser substituído. Bem, ainda há a hipótese de ele vestir uma camisola de quem saiu, como faz o Beira-Mar por cá porque ali o dinheiro também não dá para comprar camisolas ao desbarato.

Isto é incrível! Tirou-se um cruzamento na área do Gabão. A bola foi para o outro lado. Ninguém foi à bola. Pensaram que ela tinha saído, não sei. Espantoso! Este jogo dá para tudo.

Beto aplica-se a remate do autor do primeiro golo do Gabão.

Há agora um choque entre os dois números onzes. É curioso!

Rubem Amorim ainda vê mais um cartão amarelo exibido pelo sorridente e simpático árbitro que veio do Gana.

Hugo Viana também vê o cartão amarelo. O livre é perigoso. Há pouco, uma falha de Beto quase que dava golo para o Gabão.

Agora é que entra o Jogador Número Quatro do Gabão. Eles terão as camisolas trocadas ou coisa assim.

O jogo termina com uma igualdade a duas bolas num jogo inclassificável de tão estranho que foi. Passou-se muita coisa mesmo fora do vulgar. Foi um fartote.

Foi uma quarta-feira de selecções. Para além deste jogo, há a registar a vitória por 3-2 da Selecção Sub-21 sobre a Escócia num jogo amigável realizado em Setúbal e no Futsal Portugal foi eliminado do Mundial na Tailândia pela Itália perdendo 4-3 apos prolongamento. Ainda estivemos a ganhar mas não aproveitámos.

No grupo de Portugal a contar para o Mundial 2014. Irlanda do Norte e Azerbaijão encontraram-se em Belfast e empataram a uma bola. Portugal tem é de se preocupar com Israel. Mau é se agora se têm de preocupar com o Azerbaijão ou a Irlanda do Norte que só não ficam em último do grupo porque está lá o Luxemburgo.