Monday, June 26, 2017

Quando a Natureza mata

Alguns dias passados sobre o incêndio mais mortífero que assolou Portugal, ainda custa a acreditar que uma tragédia desta dimensão tenha acontecido. Triste demais, hediondo demais, horrível demais.

Inicialmente, quando no Domingo de manhã ouvia por alto as notícias, pensava que ainda se estava a falar do também terrível incêndio de Londres que aconteceu há uns dias e também provocou um elevado número de vítimas. Dias depois, eis que o fogo ceifaria quase tantas vidas junto à estrada, quantas as que pereceram entre quatro paredes de um apartamento.

Hoje, alguns dias passados sobre esta dolorosa tragédia, assisto às notícias e fico boquiaberta com a rapidez com que o clima está a mudar em Portugal. Fico preocupada com a possibilidade de ocorrerem fenómenos meteorológicos invulgares como o que propagou este fogo em Pedrógão Grande. Habituar-me a que a trovoada viesse quase sempre acompanhada de chuva, não de ventos estranhos, com raios a cair em cima de árvores, deitando o fogo a tudo à volta e apanhando as pessoas que tentavam libertar-se das suas chamas e dos seus fumos nefastos.

Eu pensava que estes fenómenos climatéricos extremos que ceifavam vidas só aconteciam em outras paragens mais longínquas, normalmente nos Estados Unidos. Agora nós estamos aqui, aparentemente em segurança em relação aos crimes mais violentos e aos ataques terroristas mas a Natureza, de forma silenciosa e imprevisível, teima em nos vir assassinar de forma implacável. Não há como lutar contra ela. É mais forte do que a Humanidade toda junta.

Hoje ouvi falar de fenómenos atmosféricos dos quais nunca antes tivera conhecimento. Certamente muitos portugueses também não. Sempre houve trovoadas. Sempre caíram raios isolados. Lembro-me de uma ocasião em que vinha da ESEC num final de tarde em que nem uma nuvem havia no Céu. Ao entrar no meu quarto, ouviu-se um estrondo lá fora e ficámos sem luz. Foi um raio isolado que caiu. Se eu demorava mais uns minutos, sujeitava-me a levar com ele em cima.

Há dois anos também a trovoada originou um incêndio na minha aldeia. A pronta intervenção dos moradores que logo chamaram os bombeiros evitou o pior.

Cada vez mais isto tende a acontecer com mais frequência. Provavelmente um dia, não muito distante, a Terra será um local inóspito para o Homem que tanto negligenciou este planeta que habitamos. Talvez o inferno não seja mito e seja aqui mesmo daqui a uns anos. A Natureza revolta-se, o Homem é pequeno demais para a tentar dominar, para a travar, para a controlar. Estamos de pés e mãos atadas.

Para a próxima semana esperam-se intempéries para o nosso País. Isto não augura nada de bom.

Muitas mexidas quase que davam mau resultado

Resolveu inventar, o selecionador mexicano no jogo frente à Nova Zelândia. Inventou tanto, mudou tanto a equipa que quase que as coisas corriam mal. A sorte foi que Chris Wood não é propriamente Cristiano Ronaldo nem nada que se pareça.

Raul Jimenez é um dos poucos jogadores do México que se mantém a titular neste encontro tão exótico.

Thomas foi o primeiro jogador a rematar neste encontro.

De bola parada, pois claro, Smith quase marcava.

Aquilo era um pontapé de baliza?!!! O que passou pela cabeça agora do guarda-redes mexicano?

Os adeptos mexicanos exibem nas bancadas mascaras semelhantes à que Raul Jimenez usou na final da Taça de Portugal.

Thomas viu o primeiro cartão amarelo do encontro.

Carlos Salcedo terá uma lesão grave. Foi naquele lance com Chris Wood que tantos protestos causou no banco do México. O jogador mexicano vai mesmo ter de sair em maca.

Depois de tanto ter ameaçado, Chris Wood marca desta vez. Por acaso a Nova Zelândia merece estar em vantagem.

A sorte dos mexicanos é que Chris Wood não é propriamente um craque conceituado. Deve ser talvez o único jogador da Nova Zelândia que eu conheço mas não será um jogador de primeira linha. Ah, o Guimarães tem um jogador da Nova Zelândia na equipa B. Por acaso agora até estão a vir alguns jogadores australianos aqui para a nossa liga. O Paços de Ferreira contratou um, o Tondela outro…

Talavera opõe-se a Wood que ali estava mais uma vez.

Os neozelandeses vão para intervalo em vantagem. Quem diria!

O México tem de fazer alguma coisa na segunda parte e já cria perigo.

A disposição do Chris Wood é que é a mesma. Voltou a ameaçar o golo.

Olhem só quem marcou! O nosso Raul Jimenez. Foi um golaço!

Peralta- outro jogador mexicano que admiro- consolida a cambalhota no marcador.

Thomas envia a bola à barra. Que sorte para o México! Os mexicanos respondem com Marinovic a ter de se aplicar.

E Raul Jimenez quase que voltava a marcar.

Já cá faltava a bela da batalha campal tão cara às equipas da América Latina. Aqui a novidade é que não é o Panamá, o Equador, o Uruguai ou a Argentina que está a jogar com o México...é a Nova Zelândia. Incrivelmente ninguém viu cartões. Ah, há vídeo-árbitro. Ainda podem haver. Agora a coisa chia mais fino com isto. Agora, meu senhor, há tinta suficiente na caneta para anotar os números desta gente toda? Quantos vão para a rua? Mais vale acabar o jogo por aqui! Depois disto não vão haver jogadores suficientes para jogar nas duas equipas. Para já o árbitro apenas mostrou cartão amarelo a um jogador do México que foi...o Herrera. Saiu cartão amarelo para o também nosso velho amigo Diego Reyes. E saiu o cartão amarelo para um jogador neozelandês que eu não conheço de lado nenhum. O árbitro teve a particularidade de exibir dois cartões amarelos a dois jogadores mexicanos com contrato com o Porto. Daqui a nada já estão aí a lamuriar-se e a queixar-se de perseguição.

Melhor mesmo é acabar com isto. O México, por culpa do seu selecionador, teve um jogo complicado mas a qualidade individual de Raul Jimenez e Peralta face a Chris Wood fez a diferença.


Saturday, June 24, 2017

Semeando o terror com uma marreta

Nunca me canso de repetir que alguns sonhos dão argumentos incríveis para filmes de terror e seguramente dão grandes histórias. Segue mais uma!

A novidade aqui é que o protagonista deste sonho existe na realidade. Só posso dizer que está bem longe. No meu sonho, toda a gente estava chocada, admirada, horrorizada e sem palavras para exprimir o que lhes ia na alma para comentar a situação. Tratava-se de alguém que nunca ninguém sonhou que pudesse algum dia se transformar num psicopata hediondo de quem tivessem de fugir e se esconder. Eu assistia pela televisão e nem queria acreditar que o clima de verdadeiro estado de sítio num ambiente tão pequeno onde nada se passava pudesse estar a ser provocado por aquele indivíduo que eu não julgava capaz de fazer mal a ninguém.

Era noite e eu assistia ao noticiário. Havia um direto feito de um meio rural onde meios foram disponibilizados para procurar uma só pessoa, como faziam em tempos com Pedro Dias. Neste caso, o criminoso não estava armado com caçadeiras, pistolas ou outras armas de fogo...estava armado com uma marreta e escondia-se bem por detrás de árvores e edifícios em ruínas para atacar as vítimas. Uma forma de terrorismo? Pois resultava na perfeição. As pessoas estavam a ser entrevistadas e a olharem para os lados para ver se ele aparecia empunhando aquela ferramenta tão rudimentar que lhe servia de arma.

Andava a polícia a bater aquela zona toda. Provavelmente trazia cães. Um aparato enorme num meio rural. As pessoas nem sabiam onde se meter. Não estavam seguras nas suas casas e muito menos na rua. Eu continuava incrédula e ia refletindo. Nós pensamos que conhecemos verdadeiramente uma pessoa mas, na verdade, nem nos conhecemos a nós mesmos, quanto mais aos outros.

Iria ser um choque para a opinião pública saber que alguém tido como insuspeito andava a espalhar o terror numa aldeia com poucos habitantes da forma mais hedionda.

No sonho não deu para perceber se ele tinha morto alguém. Via apenas medo estampado no rosto de gente simples que viu o seu sossego abalado por alguém que certo dia só pode ter endoidecido.

Acordei a pensar como reagiria a comunidade se aquela pessoa em particular desatasse a fazer uma coisa dessas. Mais à frente, ainda esbocei um sorriso. Afinal de contas, o protagonista deste sonho está lá bem longe vivendo a vidinha dele com tranquilidade. Nada de andar por aí a aterrorizar velhinhos nas remotas aldeias portuguesas.

“Troca Assassina” (impressões pessoais)

Já há muito que não lia um livro com tantos mortos e tanta intriga. Por incrível que pareça, não se trata de uma obra escrita por um autor norte-americano. Este livro é da autoria do inglês Simon Kernick que nos leva ao lado negro...da cidade de Londres.

Ao longo destas páginas, os dois personagens principais vão narrando a sua parte da história. Há só uma pequena parte que é narrada na terceira pessoa. Começo a achar que esta é uma forma muito britânica de escrever. Já a também britânica Paula Hawkins usa o mesmo método para narrar a história. Trata-se de uma forma simples de prender e cativar o leitor. Por acaso gosto imenso desta forma de escrever.

Sobre a história, a intriga, a traição, a vingança estão sempre presentes nestes negócios obscuros de criminosos de organizações com muitos tentáculos. Mais parece a Máfia. A certa altura, estava-me a lembrar do padrinho.

Moral desta história: não se pode mesmo confiar em ninguém.

Thursday, June 22, 2017

Acordando para os lados do Estoril

Esta foto que apresento acima foi tirada há uns dias atrás...no Largo da Portagem. Vejam só o que o meu subconsciente fez com ela!

Dentro de alguns dias, vamos caminhar para os lados da Serra de Sintra- local com um mistério e um ambiente muito agradável. As suas sombras revestem-se de um fascínio e de um encanto que provoca um arrepio bom, agradável.

Sonhei que estava algures para esses lados. A caminhada já durava há horas e, a certa altura, parámos para descansar um pouco. Descansar um pouco, não dormir alarvemente durante algumas horas.

Acordei algures no meio da Serra. Para o outro lado era o...Estoril. Virei-me. O Sol estava a pôr-se. Já? Era estranho. Peguei no telemóvel e tirei esta foto que afinal, como acima referi, foi tirada no Largo da Portagem ao entardecer.

A tarde também caia no meu sonho. Escurecia agradavelmente. Não sentia medo. Apenas uma sensação misteriosa de desafio e aconchego.

Arraial do bom

Como era feriado, a ACAPO de Coimbra resolveu aproveitar o dia para abrir portas ao exterior e festejar os Santos Populares com quem quisesse aparecer e conviver connosco.

Numa tarde de muito calor, os festejos decorreram ao ar livre. Os comes e bebes eram adquiridos em troca de senhas que eram compradas em packs que depois iam sendo trocados por comida ou bebida. Sendo esta uma tarde muito quente, parte das senhas foram mesmo gastas em algo para matar a sede.

A música ambiente era animada e o terraço estava mesmo com muita gente que foi comendo e bebendo alguma coisa enquanto foi confraternizando. Talvez o cheiro das sardinhas tenha cativado quem ia a passar na rua e, seguindo também o som da música e das vozes, não resistiu a dar uma saltada ao nosso terraço cheio de cor e animação.

A festa durou até quase ao anoitecer. Para ajudar na animação, mais uma vez, estiveram presentes os Foles E Cantorias de Santa Clara que são uma presença habitual nas nossas festas. Já nos conhecem e a animação com eles é garantida.

Nunca vi uma festa da ACAPO tão concorrida. Uma iniciativa a repetir seguramente.

No meu terreno de eleição












A caminhada deste Domingo era de solidariedade. Todos os lucros obtidos revertiam a favor de uma associação de apoio a crianças e idosos dos arredores da Lousã.

Sendo realizada em terreno da Lousã, poucas seriam as oportunidades de caminharrmos em terreno plano. Ali só há subidas e descidas.

A primeira parte da caminhada, a que se realizou antes do almoço, foi muito do meu agrado, pois estava a caminhar no meu terreno de eleição- em terra batida e a subir. Escusado será dizer que andei sempre na frente. Confirma-se que estou em muito boa forma mas esta é a penúltima caminhada da época. Também não tenciono parar completamente. Espero ter oportunidade de fazer algumas caminhadas e corridas depois do trabalho para me manter sempre em forma.

O almoço foi ao ar livre e, tal como aconteceu com os abastecimentos, foi variado. Estava tudo muito bom. Parabéns à organização!

Ainda havia mais caminhada depois do almoço, o que não foi muito do agrado da maioria dos presentes devido ao calor que se fazia sentir e ao facto de se estar a fazer a digestão. Havia uma descida muito íngreme e avisaram-me para esse facto. Então fui numa das carrinhas da organização e retomei depois a caminhada quando já se tinha concluído essa descida onde reza a história que alguns participantes caíram.

Foi um convívio agradável. Gostei muito daquele tipo de terreno da primeira parte da caminhada. É sem dúvida o meu terreno de eleição.

Seguem as fotos que tirei com o telemóvel. A minha máquina fotográfica está partida.

Tuesday, June 20, 2017

Trazer os gatos para casa

Nos sonhos, como bem sabeis, a coerência não abunda. Aqui fica mais um exemplo disso. Este então é flagrante.

Sonhei que fui passar férias a um local qualquer e levei literalmente a casa às costas. Não me limitei a levar só roupa e objetos pessoais...também levei uns gatos pretos bem nutridos que, na realidade, não tenho.

Chegada a hora de voltar a casa, havia o problema de trazer os meus gatos de volta. Então pedi à minha irmã e ao meu cunhado que sempre tinham carro próprio que os trouxessem de volta a casa. Eles chegariam primeiro e eu viria depois no autocarro.

Agora a pergunta para queijinho de mil cores: como é que eu levei os gatos para lá? Pois, para essa tão delicada questão não tenho resposta. Subtilezas dos sonhos.


Saturday, June 10, 2017

De cabeça para ele não defender

Cristiano Ronaldo está imparável. Mais dois golos ao serviço da Seleção De Todos Nós na vitória por 0-3 frente à Letónia.

Que eu me lembre, nunca nenhum jogador da Letónia alinhou em clubes portugueses, pelo menos da Primeira Liga. Estou-me a lembrar assim de repente que quando a Arménia jogou contra Portugal há uns tempos fiz o mesmo raciocínio e, algum tempo depois, o segundo melhor jogador daquela seleção veio jogar para cá para o Marítimo e ainda cá joga. Novos mercados a explorar?

Já deu para reparar que é a loucura nas bancadas sempre que Ronaldo toca na bola.

Agora lembrei-me de um episódio há uns anos quando Portugal veio jogar à Letónia numa outra ocasião. Entrou uma adepta com uns trajes provocantes. De certeza que era para se exibir ao Ronaldo que já nessa altura jogava e provocava a loucura aos adeptos e adeptas dessas paragens, como hoje está a acontecer também. Vou ver se encontro esse tesourinho no Youtube! Bem, não estou a conseguir encontrar.

O Jogador Número Dez da Letónia remata mas não houve perigo.

Portugal parece que acordou.

Olha outra vez aquele Jogador Número Dez da Letónia! Será ele o primeiro a jogar por cá?

O guarda-redes da Letónia tem de se aplicar a remate de Ronaldo.

O guarda-redes letão volta a levar a melhor sobre Ronaldo. Ainda há canto.

Já deu para perceber que o Ronaldo acordou com os pés de fora da cama...ou então estranhou mesmo o quarto. Anda muito quezilento, a protestar, de mau humor…

E Ronaldo marca o golo. Pode ser que agora acalme! O primeiro cabeceamento foi de José Fonte ao poste.

Chegamos ao intervalo com Ronaldo a fazer a diferença, como ultimamente tem sido habitual.

Já lá vão tr~es remates de Ronaldo que o guarda-redes da Letónia defende.

Gelson viu o cartão amarelo por travar um adversário em falta. Rui Patrício defende o livre que resultou desta falta.

Já é a quarta defesa do guarda-redes da Letónia a remates de Ronaldo.

Na sequência de um canto, Portugal quase marcava.

E Ronaldo marca mais um. A assistência é de Quaresma que entretanto tinha substituído Gelson.

E Ronaldo assiste agora André Silva parra o terceiro golo. Está em todas! Se assim continuar, vamos ter uma bela Taça das Confederações.

O Jogador Número Cinco da Letónia viu o cartão amarelo.

E já vão cinco duelos ganhos pelo guarda-redes da Letónia a Cristiano Ronaldo. Só com a cabeça é que consegue ter sucesso hoje.

E em vez de entrar uma streaker podre de boa virada a Ronaldo, entra um menino que também o vai abraçar. CR7 retribui.

Antes de o jogo terminar, ainda houve um cartão amarelo para Quaresma.

Mais uma vitória importante rumo ao Mundial de 2018.




Embaraços

Tudo isto se passou em escassas horas mas, para o subconsciente, foi o equivalente a dias.

Sonhei que era já noite quando fomos por uma estrada secundária aqui nos arredores de Coimbra. Havia aqueles passeios avermelhados como há em certos locais daqui. Eu seguia na frente. As outras pessoas eram desconhecidas.

A certa altura, no escuro, ouvi mexer. Junto ao passeio havia vegetação. Foi então que pisei qualquer coisa. Olhei horrorizada. Era uma enorme cobra. Acho que um egípcio nunca teria visto uma cobra tão grande. Não era muito grossa mas era bastante comprida. Dei um salto.

Acordei e vi que já havia claridade lá fora.

Mas as peripécias continuaram. Ia para um evento qualquer e tinha de sair muito cedo. Talvez fosse passar férias. Levava uma série de mochilas e acabei por deixar as coisas no armário.

Havia um evento festivo com muita dança e muita comida. Os participantes envergavam todos camisolas laranja e dançavam animadamente. Eu dançava com um senhor já de idade que era o Senhor António. Era desconhecido. A certa altura, o Senhor António começou a suar abundantemente e era inegável a palidez do seu rosto. Claramente não se sentia bem. Parámos de dançar e houve um outro senhor que o carregou ao colo para um local onde não estivesse tanta concentração de pessoas. Ele desculpou-se dizendo que tinha-se levantado de madrugada para trabalhar nas terras e sentia-se bastante cansado.

Afinal aquilo seria um encontro de caminheiros. Havia novas regras. Em todas as caminhadas, haveria um ou mais elementos do grupo a ficarem de fora se acaso ficassem muito para trás. Ia sobrar para mim, estava a sentir isso, mas sugeri que eu ficaria de fora sempre que houvessem descidas íngremes.

Voltei para casa num Expresso. Tinha deixado parte da bagagem no quarto e só trazia uma mochila. O ar condicionado do autocarro ia ligado e sentia bastante frio. Não tendo ali nada mais à mão para vestir, saquei de uma camisola interior, só depois me lembrando que afinal tinha algo de manga comprida para vestir. Mesmo assim parecia apática no que dizia respeito a trocar de camisola.

O despertador tocou. Quanto tempo terá passado entre os dois sonhos?

Thursday, June 08, 2017

“Private Emotion”- Ricky Martin (Música Com Memórias)


Jã aqui falei daqueles tempos em que eu punha cassetes a gravar ininterruptamente para no dia seguinte escolher as músicas para passar para uma cassete limpa. A certa altura, essas cassetes já não davam para gravar mais nada em condições, tal era a quantidade de coisas gravadas umas por cima das outras. Fazer o quê? Não havia Youtube…

Eu julgo que este episódio é anterior a essas noites em que eu ainda a dormir ia virar uma cassete que tinha deixado a gravar. Dormia também com a luz acesa por vezes.

Acho que esta música estava naquela cassete que eu levei para as aulas com algumas músicas para o meu pequeno filme.(se ainda andava a estudar, então isto é anterior às noites das cassetes que punha a gravar).

Eu não sei das minhas cassetes áudio, das últimas. Os meus gravadores estão enferrujados demais para as passarem mas quase de certeza que me recordo de esta música estar numa dessas cassetes com algumas músicas para o meu filme.

Lembro-me de estar nessa noite a ouvir uma seleção de música calma na rádio. Até não me estava a sentir lá muito bem mas estava-me a deixar envolver por aqueles sons. Aos poucos fui me deixando adormecer. E sim, tinha uma cassete a gravar. Se calhar fiz isso anos a fio. Era da maneira que as músicas saíam quase por inteiro. Quando estávamos a ouvir na rádio e de repente havia que gravar a música, de certeza que ela ficava cortada nos momentos iniciais. Se estivesse previamente gravada numa outra cassete, isso não acontecia porque já sabia que ia passar, que ali estava. Eu dominava o assunto. Naquela altura era assim.

Ah, agora lembrei-me, esta música era outra das que também lá estava mas falarei dela mais em pormenor noutra edição. Terá passado na mesma noite.

Estar em todo o lado (tal como eu ambicionava)

Como trabalho à distância, dizia por brincadeira que só queria ser mosca para ver o que se estava a passar nos locais que estão a meu cargo. Depois ia dizendo que talvez através da projeção astral me fosse possível ir até alguns desses locais ver se tudo estava a correr como eu queria.

Os anos passaram. O desejo de estar em todo o lado passou a implicar a tecnologia e era por aí o caminho mais lógico para chegar a tal desiderato.

Hoje, mais de seis anos passados, com o avanço tecnológico que entretanto aconteceu, é-me possível acompanhar quase em tempo real o que se passa em vários locais onde eu agendei consultas médicas. No momento vejo logo se tudo correu bem. Não há câmaras, mas sim linhas que mudam de cor para eu ver se um exame foi efetuado ou não.

Hoje já foi po0ssível estar em diferentes partes de Portugal ao mesmo tempo à distância de um clique, ir acompanhando o que se ia passando. Em suma, o que sempre ambicionei. Tudo vai correndo bem.

CR9

Cristiano Ronaldo está um senhor ponta de lança! Estamos todos a assistir à passagem cada vez mais efetiva do craque português para o centro do ataque do Real Madrid onde está a fazer a diferença, como se viu na vitória da equipa “merengue” sobre a Juventus por 1-4, triunfo esse que valeu a conquista da Liga dos Campeões.

O jogo vai-se disputar com a cobertura do estádio em Cardiff fechada. Por aqui os drones não passam.

Higuain já cria perigo.

Higuain volta a criar perigo pela segunda vez em escassos minutos que leva o jogo. Dizem que ele está um pouco gordo mas...que importa?

A Juventus carrega. Navas defende categoricamente.

Ronaldo cai na área em lance com Chiellini. O árbitro alemão nada assinala.

O primeiro cartão amarelo desta final da Champions é exibido ao craque Paolo Dybala por falta sobre Kroos.

E Ronaldo marca o primeiro golo!

Mandzukic empata com um golo acrobático daqueles que dá gosto ver. A Juventus não perdeu tempo.

Ronaldo viu o adversário marcar um golo acrobático e resolveu tentar também fazer um.

Sergio Ramos viu o cartão amarelo.

Ronaldo cabeceia ao lado.

Carvajal viu o cartão amarelo. O jogo está rasgadinho.

É melhor ir-se para intervalo. Da maneira que o jogo está a endurecer...Há um empate a uma bola no marcador.

O árbitro alemão exibe o cartão amarelo ao também alemão Kroos.

Se acaso o jogo for a prolongamento, eu quero ver se os jogadores aguentam. O jogo está a ser disputado aos limites competitivos.

Casemiro marca o segundo golo do Real Madrid. Desfeito o empate!

Ronaldo marca mais um golo e mata o jogo, a menos que aconteça uma hecatombe.

Saiu o cartão amarelo para o Jogador Número Cinco da Juventus.

O cartão amarelo foi para Alex Sandro? Foi.

Agora foi Cuadrado a ver o cartão amarelo. Fez falta sobre Ronaldo.

O homem da casa vai entrar- Gareth Bale. Sai Benzema.

Parece que agora o objetivo do Real Madrid é permitir que Bale marque um golo na sua terra.

Alex Sandro cabeceia com perigo. Se a Juventus marcasse agora um golo, ia ser uma fervurinha até final.

Cuadrado é expulso num lance mais ríspido com Sergio Ramos.

Asensio marca o quarto golo do Real Madrid que conquista a Champions.




Praia fluvial

E depois de uma árdua semana de intenso trabalho, eis que surge a oportunidade da diversão num sítio onde nunca tinha ido.

Nem estava a contar fazer esta atividade mas o trabalho complicou-se e já não deu para ir a casa. Assim iria aproveitar e ir até à praia fluvial de Torres do Mondego.

Assim que chegámos, sentámo-nos a umas mesas de madeira mas estávamos todos para o mesmo lado e a mesa inclinou perigosamente. Que susto! Se eu não me agarrava com força, a mesa caía mesmo para cima de mim.

Estava ali parte do grupo. Os outros tinham lá ficado porque a carrinha não transportava todos os elementos ao mesmo tempo. Estivemos ali horas a conversar animadamente a desfrutar do ambiente bucólico que ali se vivia com galos, rãs e alguma vegetação. Claro que também se ouvia a água do rio.

Depois do almoço, fui-me deitar ao sol. Tinha de ser! Acho que nunca tinha começado a época balnear tão cedo.

Resolvi pedir que me tirassem umas fotos...na água. Acabei por mergulhar. A água estava uma delícia. Deu para nadar um pouco. Que sensação de liberdade! Era mesmo disto que precisava.

Já caía a tarde quando nos viemos embora. Para trás ficava um dia bem passado. Eu estava contente. Segui para casa a pé.

Wednesday, June 07, 2017

Grandes descobertas musicais

Há dias bem produtivos em termos de descobertas de novas músicas que não conhecia, embora algumas sejam bem antigas. Neste caso é uma mais antiga e outra mais recente, uma francesa e uma bem portuguesa. Adorei ambas e espero que também gostem.


Thursday, June 01, 2017

De volta à escola, encontrei-a muito degradada

É incrível como os sonhos mais recorrentes conseguem acrescentar sempre algo de novo. Para quem está a ler um post meu pela primeira vez, sonhar com escadas e degraus é muito recorrente para mim.

Desta vez tinha ido estudar para uma escola...em Miraflores, imagine-se. Era o primeiro dia de aulas e, naturalmente, ainda me estava a ambientar às salas de aula, horários e tudo mais que implica ir estudar para um novo estabelecimento de ensino.

Estava ansiosa. Confesso que matei um pouco das saudades daquela adrenalina sentida depois de longos meses de férias de Verão. Uma certa euforia que se abate nos primeiros dias de aulas mas que tão depressa nos abandona para dar lugar à monotonia de certas disciplinas que tínhamos de estudar.

No meu sonho também aconteceu um pouco isso. Estava ansiosa por começar. O pior foi quando tive de mudar para uma das salas de cima. As escadas eram de pedra e estavam bastante danificadas. As típicas escadas dos meus sonhos em que faltam degraus ou os que existem ameaçam partir assim que lhes colocar ao de leve um pé em cima.

Fiquei apavorada por ter de passar ali todos os dias. Estava completamente embasbacada por um edifício público apresentar condições tão degradantes. Teria sempre de pedir ajuda a alguém. Ainda por cima as casas de banho eram nos andares superiores. Que vida a minha!

No dia seguinte, havia pedras soltas naquelas escadas. Já não estava a gostar minimamente daquilo. Tinha de fazer queixa a alguém. Mesmo as outras pessoas não me podiam ajudar muito porque, também elas, não sabiam onde colocar os pés.

Acordei. As escadas que tinha de subir ou descer não se comparavam a essas e ainda bem.