Wednesday, December 21, 2011

Moita bombardeada

Este é um sonho bastante curioso e só se explica pelo tratamento que o meu subconsciente deu ao que tenho andado a ler. Só assim se explica ter surgido este sonho bem raro e interessante.

Sonhei que estávamos em guerra e havia bombas espalhadas por toda a parte prontas a explodir

Sobrevoava a Moita. Estava a anoitecer e o final de tarde estava agradável. A contrastar com o azul arroxeado do Ceu crepuscular, havia clarões de fogo vivo por toda a parte e rastilhos que crepitavam e que ameaçavam explodir dentro de breves instantes.

Seguia em voo rasante e tentava evitar os rastilhos e as zonas em chamas. Era difícil.

Tinha ordem para neutralizar todas aquelas bombas mas elas eram muitas e eu não dava conta delas todas. Algumas estavam mesmo prestes a explodir e fazer alguma coisa para impedir a explosão seria inútil e arriscado para mim e para quem estivesse nas imediações.

Digamos que neste sonho me coloquei na pele do sapador Kip do livro que ando a ler e que é “O Doente Inglês”.

Tuesday, December 20, 2011

O cortejo

Ultimamente tenho ganho asas nos meus sonhos. Este é mais um exemplo em que sobrevoo as imediações da minha casa.

Era um final de tarde. A minha vizinha e o marido, que no meu sonho ainda era vivo, encontravam-se na minha eira sentados à mesa redonda de plástico que lá costuma estar.

Foi ali que levantei voo e planei na direcção da ponte. Seguia também nessa direcção um cortejo de capas negras. Seria um cortejo académico, apesar de algumas pessoas envergarem roupas normais.

As pessoas iam muito devagar. Apesar dos trajes académicos, pensei que se tratava de um cortejo fúnebre. A ideia ganhou força quando vislumbrei na frente do grupo um veículo cinzento que podia muito bem ser um carro funerário.

Como tinha a capacidade de voar e assim passar para a frente de todos, verifiquei quando cheguei perto do veículo que afinal se tratava de uma simples carrinha que estava a tentar passar pelo meio das pessoas.

D’Artacão




Esta é uma história bem curiosa e divertida. Na M80, o tema do “Top Das Cinco” da semana eram bandas sonoras de desenhos animados que fizeram parte da nossa infância. Já que se falava de músicas, imediatamente me lembrei do tema do Dartacão.

As músicas foram passando ao logo da semana. Prometi que, se acaso o tema do Dartacão ficasse em primeiro na contagem dos temas dos desenhos animados, imediatamente colocaria esse tema que tenho no telemóvel como som do despertador. Assim andaria durante um ano.

E não é que a maioria dos ouvintes tiveram o mesmo sentido de voto que eu! Na sexta-feira, lá estava o tema do Dartacão em primeiro e lá tinha eu que mudar o tom do despertador.

Será que todas as restantes pessoas que elegeram Dartacão como banda sonora dos desenhos animados fizeram o mesmo? Não se espantem, caros leitores, se ao vosso lado despertar alguém ao som desta banda sonora de desenhos animados!

Monday, December 19, 2011

As Janeiras

Sonhei que estava a ler no quentinho do meu quarto numa noite bastante fria. Já era bastante tarde.

A certa altura, ouvi um som de instrumentos musicais bem ao longe. O grupo cada vez se foi ouvindo cada vez com mais nitidez. Não havia dúvida. Eram as Janeiras que se cantavam.

Saltei imediatamente da cama e poisei o livro à pressa sem me lembrar de marcar a página que estava a ler. Quando regressasse, iria ser complicado situar-me na leitura.

Independentemente do intenso frio que se fazia sentir lá fora, corri para a rua e fiquei a ouvir cantar as Janeiras.

Até os meus sonhos já estão enquadrados com a época natalícia!

Sunday, December 18, 2011

“Para a próxima nem venho a casa”

Mais um sonho que vou narrar em que toda a teimosia do meu pai está aqui espelhada.

Ouvia música no velho rádio que existe lá em casa, tal como fazia nos meus velhos tempos de juventude. Estava espantada por estarem a passar música que não ouvia há anos. Era como se o rádio há muito desligado conservasse ainda aqueles velhos sucessos. Isto passava-se num final de tarde de Sábado.

O meu pai via televisão na sala. Trazia uma t-shirt laranja já desbotada. A minha mãe chamou-o para merendar e ele foi até à casa de forno, deixando a porta da sala aberta e a televisão ligada.

A certa altura, ouvi falar na televisão de um livro que muito me interessava e fui para a sala ouvir o resto da notícia.

Quando o meu pai voltou e me viu na sala a ver televisão, começou a discutir porque o rádio continuava lá fora ligado. Eu argumentei que só estava a ver aquela notícia.

Ele continuava a barafustar cada vez com mais intensidade e eu já estava arrependida de ter vindo a casa passar o fim-de-semana.

A Liga Europa como prémio de consolação

É o tudo ou nada para o Porto na Liga dos Campeões. Só a vitória interessa nesta partida em que os nortenhos têm pela frente o Zenit .

Ia sendo golo de Djalma mas não foi. Hulk cabeceia para as mãos do guarda-redes do Zenit e Moutinho ganha um canto na jogada seguinte.

James remata para a defesa de Malafayev.

Ih, que trapalhada ali vai na área do Zenit!

Hulk remata um pouco acima do alvo.

O primeiro a ver cartão amarelo neste jogo e o Jogador Número Dois do Zenit. Do livre nada resultou porque o guarda-redes estava atento.

Que bela jogada individual de Djalma! Do lance resulta um canto.

Reclama-se imenso uma alegada mão de um jogador do Zenit. O lance até já estava interrompido por falta de Maicon.

Maicon acaba por ver cartão amarelo por alegada boca dirigida a Danny. Aliás, o jogador português é fortemente assobiado pelos adeptos do Porto sempre que toca na bola. Isto está relacionado com o polémico festejo de um golo. Fica descansado o Hulk porque, ao assobiarem Danny, os adeptos do Porto ficam sem fôlego para o assobiar a ele. Hoje Hulk não ouvirá assobios a si dirigidos.

Faizulin também vê cartão amarelo por falta sobre Moutinho. Já que se fala em Faizulin, de russos que cometem excentricidades como ir tomar banho ao Rio Douro, esse indivíduo (o Faizulin que jogou cá e que foi despedido por…Luís Filipe Vieira quando ainda era presidente do Alverca) era homenzinho para cometer essa proeza. A água não achava fria, de certeza. A água na sua Sibéria natal estaria seguramente mais fria e nem sequer seria água. Seria gelo.

Para além de ter jogado no Alverca, depois também jogou no Farense. Lembro-me que ele tinha aí uns vinte anos e era um craque. Depois perdeu-se um pouco, para não dizer que se perdeu completamente. Foi pena! Eu achava-o um jogador talentoso. Ao contrário deste que aqui joga hoje, ele jogava preferencialmente pela ala esquerda e era louro. A última vez que o vi, foi num jogo de Futsal ou lá o que era entre veteranos que alinharam pelas selecções nacionais de Portugal e Rússia. Na altura ri-me porque os jogadores portugueses estavam bastante mais conservados e em forma do que os Russos. Alguns russos exibiam enormes barrigas que balançavam a cada movimento mínimo, carecas luzidias e mal mexiam aqueles rabos enormes também. O único que ainda estava em forma era o nosso amigo Faizulin. Parecia ainda mais pequenito mas ainda continuava mexidinho e em forma. Provavelmente ele ainda jogaria algures. Nem que fosse Futsal. Bem, conheço jogadores ainda mais velhos do que ele que ainda jogam ao mais alto nível. Ele tem quê? Trinta e sete anos?

Peço imensa desculpa por me desviar do jogo . Também nada de interessante e de relevante aconteceu enquanto eu divagava. Agora é que saiu mais um remate de Hulk.

Ao intervalo regista-se um nulo no marcador. Este resultado não serve ao Porto. De maneira nenhuma.

Sem nada a perder, Vítor Pereira troca Defour por Kleber para tentar chegar ao golo.

Otamendi vê o cartão amarelo por entrada despropositada sobre o Jogador Número Oito do Zenit.

Agora falha toda a gente. Defesas do Zenit e Hulk. James também remata ao lado.

Vai entrar agora no Zenit um jogador que não me é estranho. Mas de onde é que eu o conheço? Já sei. Penso que ele jogou pelo Spartak há uns anos contra o Sporting. E jogou bem, agora estou-me a lembrar. Quem sai é o Faizulin que parece não ter nada a ver com o que jogou cá. Nem parecido fisicamente é.

O Porto começa a ver a vida a andar para trás e começa a fazer alguma coisa para impedir a eliminação precoce da Liga dos Campeões. Entretanto o Shakhtar vence no Chipre o Apoel por 0-1.

Malafayev nega o golo a Moutinho.

Kleber parece que tem de trocar de calções porque subitamente o elástico dos que trazia rebentou. Ficou de calções na mão, o Jogador Número Onze do Porto. Pena que as câmaras não mostraram. Seria épico!

Mal entrou em campo, Varela rematou ao lado e um pouco por cima. Entretanto Hulk protesta e vê amarelo.

O Jogador Número Dois do Zenit remata agora do meio da rua, como se costuma dizer em linguagem futebolística.

O cartão amarela agora é exibido a Malafayev. Já começava a demorar a repor a bola em jogo. O empate já lhe servia. Ao Porto é que não.

Bela jogada de Moutinho mas mal finalizada pelo mesmo jogador.

Malafayev nega o golo a James. O Porto carrega agora em desespero.

Bruno Alves parece que vai entrar para ajudar a defender nos minutos finais. É o regresso ao Dragão.

O jogo chega ao fim com o marcador sem sofrer alterações. Isto significa que o Porto não se qualifica para a fase seguinte da Liga dos Campeões e cai para a Liga Europa- competição que venceu na época passada.

Friday, December 16, 2011

Voos



Que noite! E começou bem cedo porque adormeci a ouvir as notícias do Desporto e deixei o rádio ligado na Renascença. Discutia-se o futuro do euro num programa de informação que começa por hábito às onze da noite.

Sonhei que estava em casa. Se bem me recordo, estávamos todos na casa de forno quando começou a chover torrencialmente, de uma forma muito estranha como nunca antes tínhamos ouvido.

Corri para a casa de banho para ver a chuva a cair através da janela que dá para o pátio. Era realmente uma chuva muito forte que caia a jorros. Nunca antes havia visto algo do género.

A chuva começou a ser também acompanhada de fortes trovoadas. Desloquei-me até à porta da sala com a intenção de sair para a rua, colocar-me debaixo do alpendre da eira e filmar mais esta tempestade com o telemóvel.

O que vi quando me aproximei da porta deixou-me completamente boquiaberta de espanto. Os meus movimentos ficaram todos bloqueados. Nunca tinha visto nada assim. Não conseguia abrir a porta e muito menos conseguia colocar o telemóvel a gravar aquele impressionante espectáculo.

Uma forte luz lilás atravessava o Céu de um lado ao outro. Era como se um relâmpago não passasse e ficasse ali parado no meio do Céu, iluminando a paisagem tal como se estivéssemos no início de um dia. Se quiserem ter uma ideia aproximada de como estava o Céu, vejam a foto que apresento aqui. Já foi tirada há tempo, ao amanhecer, mas era quase assim que o Céu se apresentava no meu sonho. Ah, esqueci-me de referir que o sonho se situa num espaço temporal entre as onze da noite e a meia-noite. Àquela hora não era para estar o Céu tão claro.

Ainda tentei abrir a porta à força mas não consegui. Primeiro não havia chave e depois não conseguia mesmo. Ao fim de muitas tentativas, decidi usar dos super-poderes que tenho em sonhos. Atravessei o vidro da porta e planei até ao outro lado da estrada, como fiz também em sonhos no outro dia. O clima na rua estava muito estranho.

Atravessei uma densa zona de vegetação e fui dar a um local onde duas idosas estavam calmamente a conversar. Passei-lhes por cima.

Acordei. Estes momentos algo mágicos deste sonho não me saíam da cabeça. Estava fascinada, intrigada, não sei explicar coo me sentia.

Continuemos com a temática dos voos para descrever o próximo sonho que já tem contornos de pesadelo. O voo aqui ganha proporções trágicas.

Só acordei quando eram quatro e vinte e oito da madrugada. Estava em sobressalto porque os pesadelos estavam de volta.

O sonho até tinha começado com uma dança estranha que consistia em nós nos entrelaçarmos todos uns nos outros. Isto ocorria num espaço onde o chão era de tijoleira de uma tonalidade cinzenta.

Prosseguiram os sonhos com uns comprimidos vermelhos, semelhantes a Trifene, que se esmagavam todos ao mais pequeno toque. O meu vizinho tinha de tomar aqueles comprimidos.

Vamos então descrever o trágico voo! Estava a ver televisão a seguir ao almoço. Estava a dar um jogo de Futebol em que uma das equipas intervenientes era o Guimarães. Um jogador do Guimarães chamado Campinho havia entrado há escassos minutos e tinha marcado um golo que festejou de forma efusiva. O jogador colocou-se num pilar por cima das bancadas, desequilibrou-se e despenhou-se no vazio. Ainda distava uma altura considerável até ao solo. Aquilo era uma espécie de fosso.

Uma vista aérea a partir de câmara instalada num helicóptero procurava o local exacto onde o jogador teria caído. Era muito lá ao fundo e houve necessidade de colocar o zoom da câmara quase no máximo. Quando a imagem chegou, os repórteres que estavam a fazer a cobertura do jogo estavam chocados e pediam desculpas aos telespectadores pelas imagens chocantes que chegavam daquele acidente.

O jogador jazia lá muito em baixo. Era uma massa disforme e avermelhada de sangue. Ainda não havia confirmação oficial sobre o seu estado, até porque o local era de difícil acesso para os socorristas. A julgar pelas imagens que nos chegavam, tudo indicava que já não estivesse vivo. Se ainda estivesse, poucos ossos lhe restariam inteiros.

Quando voltei a adormecer depois de ter acordado deste pesadelo, sonhei que a minha irmã não parava de dar toques…numa bola dentro do quarto que partilhávamos. Essa foi boa!

Sonhei ainda com uma gato branco com manchas pretas que tinha escondido no meu quarto. Um dia resolvi experimentar a colocá-lo na rua para ver o que diziam os meus amigos e familiares.

Sonhei igualmente com uma discussão em torno de uma música dos Scorpions. No sonho não me recordava do nome dessa música mas sempre fui dizendo que era a minha favorita da banda alemã.

Depois de votas e mais voltas, peripécias e mais peripécias, a noite onírica acaba por voltar aonde tudo começou. Lembram-se? Um estranho temporal.

Agora a minha mãe teima em ir para a rua. Ate à Moita ou até Vila Nova. Nós fazíamos de tudo para a demover. No horizonte traçava-se um estranho temporal que prometia fazer grandes estragos. Sempre era melhor ficar em casa resguardada daquela intempérie. Eu disse-lhe que havia sonhado com um estranho temporal. Estava-me a referir ao primeiro sonho que tivera nesta agitada travessia onírica.

Conseguimos que ela ficasse mesmo por casa. Uma prima minha e outra rapariga desconhecida passaram por lá. Traziam imensas canetas. Algumas delas estavam partidas e outras já não me serviam para coleccionar porque já tinha iguais.

Acordei. Já há muito que não tinha uma noite tão agitada. Há anos mesmo. De referir que andei quase todo o dia a pensar qual era o título daquela música dos Scorpions com que sonhei. Ao fim de muito puxar pela cabeça, consegui lembrar-me. A música era esta:



Quanto ao jogador que fez parte do meu sonho, lembro-me de há dias ele ter disputado um qualquer jogo da Taça mas não me recordo em que clube é que ele joga. No Guimarães não é de certeza.

Thursday, December 15, 2011

A praga

Este sonho é curioso. Não sei onde foi o meu subconsciente buscar isto.

Sonhei que o meu gabinete estava cheio de uns pequenos insectos semelhantes a formigas. Imediatamente avisei os meus superiores do ocorrido e eles pediram-me para fazer um relatório pormenorizadíssimo do que estava a suceder.

Tive de ficar a trabalhar até bastante tarde por andar à procura da designação científica desta espécie de pequenos seres. Eu nem sequer sabia que bicharocos eram aqueles, quanto mais a que espécie pertenciam.

Acordei deste sonho completamente disparatado e estive perto de uma hora sem voltar a adormecer.

Sonhei depois que estávamos todos reunidos lá em casa e o marido da minha madrinha já dormia profundamente a um canto do sofá que ficava ao pé do fogão. Devia-lhe estar a saber bem a soneca mas já era tarde e todos queriam ir embora dormir para suas casas.

A solução foi chamarem-no mas nem assim ele acordava completamente. Tiveram de ser várias pessoas a transportá-lo para a rua. Durante o trajecto ele ainda ia a dormir.

Wednesday, December 14, 2011

“LA Confidential” (impressões pessoais)




Quando a leitura me está a agradar verdadeiramente, e sempre que eu tenho tempo para isso, não largo o livro enquanto não o tiver lido. Foi o que aconteceu com este.

Trata-se de um verdadeiro romance policial à americana com muita acção, suspense, mistério, crime, morte, luta…tudo o que me fascina na leitura de uma obra. Pode-se mesmo dizer que este foi o verdadeiro livro que deu luta.

Esta história tem três protagonistas principais? Não concordo. Pelo modo como a acção se desenrolou, diria que tem apenas um como a maioria das histórias. Esse protagonista chama-se Ed Exley. Vilões para ombrear com ele é que tem muitos. Para além dos criminosos que devem ser os vilões de qualquer polícia, o principal oponente de Exley seria Bud White. No início da obra eles eram o oposto um do outro. Depois eu noto que ambos convergiram para uma linha intermédia das duas personalidades e as divergências que existiam entre eles desapareceram. Estiveram os dois do desmantelamento do crime principal e dos crimes acessórios a esse. No final, apesar de terem seguido linhas opostas, conseguiram chegar ao mesmo resultado também.

A história começa verdadeiramente quando se dá o massacre de seis pessoas num café chamado Mocho da Noite. Os três protagonistas- Bud, Ed e Jack- investigam o caso seguindo pontas soltas, cada uma com os seus interesses. Ed inteira-se somente deste massacre, Jack pega no caso de distribuição de pornografia que andava a seguir no seu departamento e Bud interessa-se por estranhos assassínios de prostitutas.

Todos estes crimes estão relacionados uns com os outros. Aliás, na origem do crime principal está precisamente a luta pela posse do negócio da pornografia.

Ao massacre seguiram-se mais alguns crimes violentos que estavam igualmente interligados. Digamos que eram réplicas do crime principal. A principal dessas mortes foi a do amigo de Jack que foi esquartejado e desmembrado. Jack logo associou esse crime com as obras pornográficas que havia confiscado por haver muitas semelhanças.

O caso do massacre das seis pessoas mortas no café é arquivado porque inicialmente se atribuiu a culpa a um grupo de negros que nessa noite também haviam violado uma mulher mexicana que acaba também por ser disputada por Ed e Bud. Os negros fogem da prisão mas Ed persegue-os e mata-os como forma de agradar à mexicana que fora violada por eles. O caso é arquivado. Eles não passaram de bodes expiatórios que os verdadeiros culpados forjaram para livrarem a sua pele.

Entretanto a investigação dos outros crimes prossegue com muitas pontas soltas e muitas histórias mal contadas e sem sentido.

Tudo se altera quando um cidadão negro que se encontrava detido afirmou que os quatro companheiros mortos por Ed estavam inocentes porque estiveram toda a noite com ele sem terem tempo para irem ao café cometer o crime.

Após grande pressão popular e uma agressiva campanha na imprensa contra Ed, o processo do massacre no café é reaberto agora com uma ténue ligação entre todos os crimes que aconteceram antes e depois desse. A pornografia que Jack confiscara foi o móbil do crime, um dos assassinos do massacre do café era simultaneamente o assassino em série de prostitutas e outras mortes estiveram ligadas também com esse mesmo caso.

Faltava saber quem havia morto o amigo de Jack. Quem o matou foi o filho ilegítimo do amigo inseparável do pai de Ed que ninguém sabia que existia, que fora modificado e escondido e desde criança que se transformou num temível psicopata. No final ele mata mesmo o próprio irmão sem dó nem piedade. É ele quem fabrica as obras que aparecem nos livros obscenos que estão na posse de Jack. Para desgosto de Ed, aquele jovem foi um dos que matou e esquartejou crianças num crime que deu a fama e a glória ao seu pai. Afinal ele foi escondido durante anos e o outro filho do amigo do pai de Ed foi morto pelo pai de Ed no lugar deste que quase ninguém sabia que existia mas que era extremamente parecido com o filho legítimo. Foi o pai de Ed e o próprio pai do jovem que o fizeram desaparecer por haver testemunhas de que ele havia raptado e morto uma criança no recreio da escola. Tinha sido aquele que no final acaba por ser encontrado por Ed e levado para a clínica psiquiatra do mesmo médico que lhe havia feito as operações plásticas.

Afinal quem esteve por detrás do crime do Mocho da Noite? Por incrível que pareça, o cabecilha do grupo é o chefe de Bud White- Dudley Smith- que escapa completamente impune ao caso. Os pistoleiros que perpetraram o massacre faziam parte do bando de um gangster que se encontrava na prisão e que faziam jogo duplo entre Polícia e gangsters. Só esses no final foram castigados e mortos novamente por Ed Exley.

Quem também passou impune foi o assassino dos irmãos donos da tipografia onde foram impressas as obras pornográficas e que acabariam por ligar o caso da pornografia ao massacre. Quando o pai de Ed e o amigo se suicidam depois de descoberto o seu segredo- a ocultação do verdadeiro culpado dos brutais crimes contra crianças e o sacrifício de um inocente- o antigo polícia Art De Spam herda parte da fortuna do pai de Ed. Fora ele quem matou os dois irmãos.

No final há um motim que seria organizado quando vários prisioneiros seguissem para outra prisão de comboio. Avisados, os três protagonistas vão até ao local. Jack acaba por morrer durante a troca de tiros. Bud fica gravemente ferido e incapacitado para o resto da vida no confronto directo com o seu rival que andou ao longo de toda a obra a perseguir- o assassino das prostitutas e um dos autores materiais do tiroteio no Mocho da Noite. Ed é condecorado pelo brilhante desempenho novamente no caso do massacre e dos crimes que estiveram interligados.

Ao longo desta obra esteve sempre presente o clima de corrupção e impunidade, especialmente envolvendo a classe policial que não sai muito valorizada.

O episódio que mais me marcou nesta obra ocorreu quando Jack foi procurar o seu amigo a sua casa e o encontrou todo retalhado aos bocados. Depois chamou a Polícia e apareceu lá depois já como polícia como se tivesse visto aquilo pela primeira vez.

Realce-se a violência das descrições dos crimes. Muitos deles, especialmente os perpetrados por Douglas Dietering/David Mertens, andam algures entre o hediondo e o terro puro. Serviram para apimentar a obra.

Como tive oportunidade de referir no início, foi um livro que me cativou. O enredo era um pouco complexo mas houve muita acção e suspense, o que é sempre do meu agrado.

Agora vamos acalmar um pouco. Para desanuviar irei ler “O Doente Inglês”.

Afirmações

Já apurado para a próxima fase da Liga Europa, o Sporting cumpre apenas calendário frente ao Zurique em Alvalade.

Houve um pontapé de bicicleta, parece-me a mim, de Daniel Carriço. Depois há um remate de Van Wolfswinkel a passe de Capel.

Leoni- guarda-redes do Zurique- faz duas defesas consecutivas a remates de jogadores do Sporting.

Já cheirava ao golo do Sporting que surgiu aos catorze minutos por intermédio de Van Wolfswinkel.

O Zurique responde prontamente com um remate á baliza do Sporting mas o lance já estava anulado por fora de jogo.

Carriço volta a aparecer em zona de finalização e volta a rematar. Boginov agora tentou adornar tanto o lance que a oportunidade de golo se perdeu.

Comentador da SIC depois daquela jogada do Boginov:
- Olha como o Boginov já pisa diferente no relvado! Perdeu dez quilos.

Ah, só agora reparei que está o Marcelo a defender a baliza do Sporting em vez do Rui Patrício. É sinal de que o ataque do Zurique tem sido pouco mais que nulo. Agora Marcelo defende um cruzamento vindo do ataque do Zurique.

Van Wolfswinkel dá sinais de estar lesionado. A confirmar-se esta lesão, vai ser um grande rombo para o Sporting para este e para os jogos que se vão seguir. Estamos quase no intervalo. A haver substituição, será no início da segunda parte.

Ao intervalo o Sporting vence o Zurique por 1-0 com um golo de Van Wolfswinkel que afinal recuperou da eventual lesão e regressa para a segunda parte.

Este Jogador Número Vinte E Três do Zurique com quem os comentadores da SIC engraçaram já é um velho conhecido. Lembro-me de uma ocasião em que ele jogou contra Portugal num jogo de selecções jovens. Lembro-me que ele teve de sair por, alegadamente, ter sido vítima de uma indisposição. Como está velho!

Siga o jogo! O Boginov merecia este golo. Magnin- o nosso amigo- ficou a vê-lo jogar.

Acabadinho de entrar, André Santos rematou logo à baliza do Zurique. O mesmo jogador ainda viu o cartão amarelo também.

O Sporting venceu o Zurique por 2-0. Foi um jogo de afirmações de jogadores ainda muito jovens ou de outros que não têm sido muito utilizados. André Martins fez um excelente jogo e promete baralhar as contas a Domingos Paciência. Boginov pareceu rejuvenescido neste jogo e Daniel Carriço parece ter feito um jogo interessante agora a jogar como médio mais recuado.

Thursday, December 08, 2011

Roendo limão

Hora do almoço. A fome é muita e o tempo para comer é pouco. São estes dois factores que levam a que eu coma por vezes com sofreguidão. Depois ainda quero ler um pouco até ser hora de voltar novamente ao trabalho.

Como já tinha saído um pouco mais tarde, e tenho apenas uma hora para almoço, tinha obrigatoriamente de me despachar a comer.

No restaurante ainda tive de esperar pela comida. No prato vinha uma rodela de limão. Já não me recordo da ementa deste almoço.

Pensando que estava a roer qualquer outra coisa, dei uma dentada enorme na rodela do limão que vinha no prato. Só quando os meus dentes tocaram a casca é que eu dei conta e comecei-me a rir.

Numa manhã algo fria

Ainda estava escuro e muito frio quando saí de casa. Tive de sair bem cedo porque tinha de ir até aos Covões.

Estava realmente muito frio, provavelmente este era um dos dias mais frios do ano. Estamos quase em Dezembro. É natural que esteja frio.

Na paragem sempre faz muito vento e mito frio. As pessoas tiritavam e ouvia-se mesmo o bater de dentes. Toda a gente a queixar-se do mesmo. Do frio.

Para além do bater de dentes e do tiritar de frio, também se ouviam murmúrios sussurrados e tosse. Este tempo frio não faz nada bem.

A paragem estava a abarrotar de gente que esperava os autocarros. Um bafo putrefacto do hálito de alguém chegou-me às narinas trazido pelo vento.

O autocarro chegou. Pela janela olhava o nascer do dia com ar sonhador. Estava uma bela manhã!

Repetiu-se o resultado da época passada

Depois da vitória de ontem do Benfica frente ao Sporting por 1-0 com um golo de Javi Garcia e depois de a jaula ter ardido, as emoções estão agora centradas no Dragão onde nos preparamos para assistir a um sempre apetitoso Porto-Braga.

Quim já começa por defender um cruzamento de Djalma. Na outra baliza, Douglão cabeceia para fora após canto.

Lance mais rasgadinho agora entre Alan e Alvaro Pereira. O árbitro fica-se apenas pela admoestação verbal a Alan. Não tardaria muito a amostragem do cartão amarelo a Alvaro Pereira por falta sobre Salino. Provavelmente Alvaro Pereira confundiu Salino com Alan. Ambos usam trancinhas.

Hulk já é assobiado pelos adeptos. Entretanto o canto foi marcado directo por parte dos jogadores do Braga. Valeu Fernando a salvar.

Grande correria de Lima que chuta para fora. O Braga carrega em pleno Dragão. Maicon antecipa-se a Paulo César e cede canto.

Quim defende um livre de João Moutinho. Depois o guarda-redes do Braga volta a fazer nova defesa, desta vez com os pés, a remate de Hulk.

James remata mas a bola vai muito por cima. Do outro lado do campo, Paulo César falha um golo que parecia ser certo a cruzamento de Alan.

Sai um remate de Defour contra Douglão que cede canto.

Djalma é agora alvejado com um remate com toda a força e à queima que lhe acertou no traseiro. O público sempre malicioso manifesta-se ruidosamente.

Helton resolve ali brincar um pouco com a bola. É arriscado mas não deixa de ser bonito.

Há golo do Porto marcado por Hulk. Estamos com cerca de trinta e seis minutos de jogo. O golo é marcado de cabeça- coisa rara em Hulk.

O Porto continua mais rematador nesta fase e James agora remata para fora. Quim talvez tenha ainda tocado na bola.

Hulk também remata para fora. Douglão ainda cede canto. No decorrer desse lance Quim ainda defende mas a jogada já havia sido interrompida por falta ofensiva.

Ao intervalo o Porto vence o Braga por 1-0.

Já na segunda parte, Maicon vê amarelo por falta sobre Mérida.

O Porto cria perigo num livre de Moutinho. Nessa jogada Maicon estava fora de jogo.

James cabeceia para defesa de Quim.

Finalmente uma jogada de ataque do Braga que se veja nesta segunda parte! O remate de Hugo Viana vai por cima. Alan faz um novo remate que Helton defende para canto.

Salino faz uma falta cirúrgica sobre Alvaro Pereira e vê cartão amarelo.

Sai um já esperado coro de assobios para Nuno Gomes que vai entrar. Entretanto o jogo prossegue e com o segundo golo do porto marcado também por Hulk num remate fulminante.

A bola ainda entra na baliza do Braga mas foi assinalado indevidamente fora de jogo a James. Quim opõe-se com uma grande defesa a um remate de Rodriguez.

Kleber faz o terceiro golo do Porto. A jogada foi de Hulk.

O Braga responde com um remate bem perigoso de Lima. O Braga acorda no jogo.

Que giro! Hulk comete uma grande penalidade sobre Salino. Lima converte-a. Lima ainda faz um novo golo para o Braga, desta vez de bola corrida.

O Porto ainda tenta o quarto golo em cima do apito final mas o 3-2 não se alterou. Repetiu-se o resultado da época passada mas o jogo não teve a mesma intensidade.

Afinal quantos dias dura a greve?

A greve foi ontem mas, segundo fonte da CP, hoje ainda se sentirão supressões e atrasos nos comboios…e amanhã ainda poderão haver perturbações.

De referir que anteontem à tarde já havia problemas com as ligações ferroviárias. Enfim…

Estas greves já começam a irritar!

Greve precisamente um ano depois

Acho que se tem de instituir o dia 24 de Novembro como o Dia Nacional da Greve E do Protesto Contra o Governo. É que, há precisamente um ano atrás, também se fez uma greve geral que, como este texto de arquivo documenta, foi mesmo geral. Até os jogadores do Benfica aderiram a ela.

Este ano a greve não me afectou porque não tinha transportes a apanhar. Foi um dia normalíssimo de trabalho.



A greve foi mesmo geral


Mesmo a muitos quilómetros de distância, os jogadores do Glorioso não se esqueceram que estava marcada para este dia 24 de Novembro uma greve geral para protestar contra as medidas de hostilidade do Governo de José Sócrates. Solidários para com seis milhões de portugueses que os apoiam incansavelmente, os jogadores decidiram aderir.

Só mesmo uma adesão à greve que quase fez parar Portugal justifica uma derrota por 0-3 em casa de uma equipa tão modesta como é o caso do Hapoel. É que de outra forma não se compreende este desaire por números tão esclarecedores. O pacato cidadão português e dedicado adepto do Glorioso está sem saber se deve aplaudir este acto de solidariedade dos seus ídolos que até coloca em causa a sua continuidade nas competições europeias (a Liga dos Campeões já foi à vida com este resultado) se deve protestar e fazer uma greve para demonstrar isso mesmo: não apoiar o Benfica, nem assistir aos seus jogos pela televisão ou ouvir os relatos pela rádio.

Tem juízo o meu pai quando nos jogos importantes em que o Benfica participa se enfia na cama com os rádios e as televisões desligadas. Só no dia seguinte é que me pergunta como ficou o jogo. Estou a pensar seriamente em fazer a mesma coisa mas eu gosto em demasia de Desporto para fazer greve a tal tipo de eventos. Eu que não me importava que as televisões passassem Desporto vinte e quatro horas por dia. Nem que fosse tiro aos pratos.

De referir que não fiz greve. Tive de me levantar mais cedo e entrar ás sete horas da manhã para conciliar o transporte com a minha chefe que entrava a essa hora. Nunca fui de fazer greve. Prefiro outras formas de luta que não envolvam a ainda maior precariedade económica que um dia sem ganhar salário implica. Prefiro protestar contra os desperdícios do Governo e os cortes nos parcos rendimentos dos cidadãos através de um blog que quase ninguém lê. Pode ser que algum político, procurando na net páginas alternativas àquelas que toda a gente diz que lê e usa para descarregar a sua indignação, encontre este blog e fique desesperado a ponto de tomar outras medidas porque até num espaço como este se protesta contra as medidas de hostilidade do Governo.

Nem parecia um corpo humano

Retirei o título para dar a esta descrição de mais um pesadelo a uma das falas de um personagem de um livro que li e aplica-se lindamente. Trata-se de um daqueles sonhos que começa do nada e avança para o mais terrível dos pesadelos.

Faltavam apenas vinte e três minutos para as seis e meia da manhã (que é a hora de acordar) quando acordei sobressaltada. Inicialmente não identifiquei logo o que me fez acordar assim. Havia dormido ininterruptamente, o que é raro.

Bastaram breves segundos para me vir à memória a imagem forte deste pesadelo: um corpo esquartejado em cima da mesa da sala e a minha mão a tocar inadvertidamente em carne que se encontrava por cima de um plástico que, por sua vez, estava em cima do sofá.

Antes deste pesadelo sonhei que tinha uma aula de Educação Física no Pavilhão do liceu de Anadia. Dava uns toques numa bola amarela. Alguém queria a toda a força que eu fosse jogar Goalball. Por mais que eu quisesse, não poderia por causa do risco de pancadas na cabeça.

Agora vem o que realmente interessa mas que era desnecessário para aqui- o pesadelo. O protagonista desta história é um homem chamado Fernando que até tinha morrido de morte natural.

O corpo dele encontrava-se na sala de minha casa e eu recusava-me a colocar lá os pés enquanto lá estivesse. O clima lá em casa era digno de um filme de terror. Um misto de medo e melancolia invadia o meu espírito.

Procuravam roupas lá por casa para vestir o defunto. A certa altura, a minha mãe veio-me chamar. Eu estava no quarto da minha irmã e todas as luzes de casa estavam acesas.

A minha mãe queria que eu assistisse à dissecação do cadáver que iria ser feita por ela própria. A mesa da sala havia sido arrastava mais para o lado do fogão, mesmo para debaixo do candeeiro para se conseguir ver melhor.

Com um ar divertido e indiferente, a minha mãe queria imenso que eu assistisse à sua autopsia daquele corpo desconhecido. Eu não queria ir mas ela insistia.

Ao fim de tanta insistência, enchi-me de coragem e fui até à sala onde o cadáver jazia em cima da messa. Apresentava uma tonalidade estranha. Dava a sensação de já ter sido tostado no forno. Umas opulentas coxas sobressaíam. Pareciam gigantescas coxas de frango sem a parte de baixo das pernas.

O sofá da sala estava coberto com plásticos. Em cima deles estava um enorme monte de carne gorda e fria que já havia sido extraída do cadáver semi-humano. Inadvertidamente coloquei-lhe a mão em cima mas logo a afastei com extremo pavor e repulsa. Espantava-me o facto de a minha mãe estar a dissecar aquele corpo com a mesma naturalidade com que disseca um frango ou carne de porco.

Corria o boato de que tinha morrido mais alguém da minha terra mas devia ser mentira. A fonte de onde provinha a notícia não era lá muito credível.

Que noite de pesadelo! Dado o adiantado da hora, não havia a oportunidade de voltar a adormecer. Lá tinha eu de ir trabalhar já nervosa.

Constança Barreto- a menina da Maratona

Constança Barreto, a nossa promessa no fundo feminino no Maxithlon apurou-se para o Mundial de Juniores do Maxithlon nos dez mil metros e na Maratona.

A prova decorreu debaixo de chuva em Itália e a nossa representante conseguiu brilhar mesmo assim, especialmente na Maratona, já que os dez mil metros foram uma espécie de aquecimento para o seu grande momento. Mesmo assim, Constança Barreto alcançou o décimo nono lugar de entre vinte e cinco participantes com 43:10:35. Constança chegou incluída num grupo de quatro atletas que sempre estiveram juntas ao longo de grande parte da prova.

De referir que a campeã do Mundo de dez mil metros foi a também portuguesa Aida Infante com a espantosa marca de 41:10:23.

A Maratona é, sem dúvida, a grande paixão de Constança Barreto que partia para esta prova com a secreta esperança de uma medalha. Tal não foi possível. O décimo segundo lugar conseguido mesmo em cima do risco final da meta e a melhor marca pessoal situada agora em 1:56:95 foram os seus troféus.

Com a saída de Iva Belo na próxima época, Constança Barreto será a nossa aposta na Maratona.

Este clube promete nas próximas épocas dar mais duas fundistas. Treinam na Academia as promissoras Irina Cláudio e Augusta Cardia que também serão apostas para o próximo mundial daqui a duas épocas.

Calámos Old Trafford

Já há muito que não via o Benfica jogar tão bem como hoje. Vendo a equipa do meu coração a fazer uma exibição destas frente ao todo-poderoso Manchester United em Old Trafford, só me enche de orgulho.

À partida o espectáculo futebolístico estava garantido e começou praticamente com o primeiro golo do Benfica apontado por Phil Jones na própria baliza na tentativa de anular o cruzamento de Gaitan.

Após um canto, Bruno César remata para fora. Entretanto sai o primeiro cartão amarelo da partida mostrado a Garay por travar Nani em falta. O próprio Nani marca o livre mas a bola vai ter às mãos de Artur.

De livre, Berbatov empata o jogo.

E a vez de o guarda-redes do Manchester United negar o golo a Aimar. Do outro lado, Artur protesta um alegado fora de jogo num lance em que a bola ainda entrou na sua baliza e vê o segundo amarelo da partida.

Empolgado com o golo que marcou, Berbatov ainda remata por cima mas o jogo chega ao intervalo com um empate a uma bola.

Gaitan abre as hostilidades no que respeita a remates na segunda parte mas a bola vai à figura do guarda-redes do Manchester United.

O Manchester United parece ter entrado bem nesta segunda parte e está a carregar fortemente. É nessa altura que Luisão se lesiona e é obrigado a sair. É um grande rombo nas nossas aspirações para este jogo e também para o jogo contra o Sporting que se aproxima. Dá ideia de se tratar de uma lesão muscular.

O que nos vale nesta altura de maior aperto por parte dos ingleses é que temos Artur.

O Manchester United acaba mesmo por marcar o segundo golo. Já se adivinhava. Já vinha cheirando a ele desde o começo da segunda parte.

A vantagem dos ingleses não duraria muito porque, logo no minuto seguinte, Aimar restabelece a igualdade. Mais uma vez, Phil Jones aparece no lance. Por acaso desta vez até foi Ferdinand.

Ouvem-se os cânticos dos adeptos do Glorioso. Quem diria!

A bola entrou na baliza do Benfica mas foi assinalado fora de jogo a Young.

Se a bola entrasse, seria um belo golo de Aimar. Aí é que os ingleses se calavam mesmo.

Do lado do Manchester United também houve um remate de longe e por cima. Noutro lance do ataque do Manchester United, Berbatov por pouco não voltava a marcar.

Finalmente um remate de Rodrigo! O jovem avançado tem passado ao lado do jogo e só agora aparece. Ele volta a rematar no lance seguinte do jogo mas para fora. Parece ter acordado. Foram os cânticos dos adeptos do Benfica que se ouvem nas bancadas.

O Jogador Número Doze do Manchester United remata de forma quase patética bem lá para cima da bancada. Aposto que a bola até saiu das imediações do estádio. Tal foi a ganância!

E terminou o jogo com um belo resultado, tendo em conta o poderio do adversário e uma exibição memorável. Que orgulho é ser benfiquista!

Monday, December 05, 2011

George Wright

Vi esta noite um excerto de uma reportagem na RTP 1 sobre o cidadão americano que fora um terrorista no passado e que agora é um pacato cidadão português acima de qualquer suspeita.

O Governo norte-americano quer levá-lo de volta para o seu país mas as autoridades portuguesas recusam a sua extradição porque entretanto Wright adquiriu nacionalidade portuguesa e tem a sua vida e a sua família em Portugal.

O que mais me espanta neste caso tem a ver com a capacidade deste homem em romper completamente com o seu passado criminoso e tornar-se um cidadão respeitado e honesto, um bom vizinho, um bom pai de família, um homem sempre disposto a ajudar o próximo.

Depois de capturado pela Policia Judiciária Wright encontra-se em prisão domiciliária. Os Estados Unidos querem-no julgar e condenar no seu território mas o Governo Português não o permite. Provavelmente nos Estados Unidos seria condenado a uma pena muito severa sem ter em conta a atenuante da completa reabilitação deste homem.

Na minha opinião, face ao processo de aprendizagem e de auto-reabilitação por que passou ao longo destes anos, cortando completamente com o seu passado, o melhor é deixar as coisas como estão. Privar este homem de tudo o que ele conseguiu seria uma condenação extrema. Assim está perto da sua família em sua casa, longe das cadeias norte -americanas que são autênticas escolas do Mal.

Friday, December 02, 2011

Aquela inspiração repentina e inadiável

Estava no meu quarto a ouvir rádio. Sem fazer nada, portanto.

Comecei a notar que estava inspirada através da nitidez de pensamento que me proporcionava uma imaginação muito apurada.

Normalmente este estado ocorre sempre quando eu estou no sítio errado e à hora errada. Muitas são as vezes em que estes ataques agudos de imaginação e inspiração se dão no meio da rua e quando eu estou a deslocar-me para outro local que não seja para casa.

No trabalho também sou acometida desse toque de inspiração. De situações reais surgem não poucas vezes puras obras de ficção que, se acaso eu me atrevesse a transcrevê-las, posso jurar que dariam best sellers, modéstia à parte.

Desta vez a inspiração apareceu na hora certa e no local certo. Imediatamente liguei o computador e aproveitei para escrever um texto para um concurso literário. Havia que aproveitar.

Magusto não é só comer castanhas








Para esta tarde de Sábado que até estava algo amena, estava marcado o nosso Magusto.

Para além das saborosas castanhas bem quentinhas, um grupo folclórico havia sido convidado para animar a festa.

Antes do começo das festividades propriamente ditas, houve uma reunião entre todos os associados com interesse em actividades desportivas para se fazer um levantamento das suas expectativas. Pela minha parte, estou mais interessada nas caminhadas, ate porque me falta disponibilidade para Ginástica e outras actividades. Saio muito tarde e cansada para, sobretudo no Inverno, me deslocar até lá acima, trocar de roupa, fazer Ginástica, voltar a trocar de roupa e voltar de autocarro. Estar longo tempo na paragem ao frio a esperar um autocarro. Tudo era diferente quando morava lá perto e ia logo para casa.

Os primeiros acordes da presença do grupo folclórico já se faziam ouvir. Deslocámo-nos todos para o terraço onde estava a decorrer toda a animação. É certo que havia uns jogos de mesa no salão mas eu não me interesso por essas coisas. Nunca me fascinaram.

No terraço as castanhas eram assadas. O fumo propagava-se pelo ar e o cheiro delicioso dessa iguaria também. O rancho tocava e dançava umas modas.

Que surpresa! O rancho convidou todos os presentes para dançar. Da primeira vez em que isso aconteceu, preferi ficar a fotografar e a filmar mas depois juntei-me à festa na companhia de uma das senhoras que fazia parte do grupo. Vendo os vídeos, posso dizer que até me saí melhor do que eu pensava. Para dançar, sempre tenho pés de chumbo.

Pode-se dizer que dançámos mesmo até ao cair da noite. Ficaríamos mais algum tempo a dançar no terraço se acaso a chuva não começasse a cair. À pressa, todo o grupo se deslocou para o salão sem deixar de tocar enquanto desmobilizava da rua.

A festa continuou lá dentro. Eu dançava com um amigo meu agora. Não estávamos mesmo a afinar. Mesmo assim, estivemos até ao fim. Até a festa terminar e dar lugar à patuscada com caldo verde, frango, castanhas, bebidas e bolinhos.

Foi uma tarde bem passada e divertida. Sabe sempre bem fazer coisas diferentes, confraternizar e estar na companhia animada dos amigos. Assim se passou uma bela tarde!

Thursday, December 01, 2011

“To France”- Mike Oldfield (Musica com Memórias)



Já que esta música passa na rádio neste momento, recordo o dia em que a ouvi pela primeira vez também na rádio.

Tenho aqui a indicação de que esta música é de 1984. Pois devíamos estar nesse ano mesmo. Na altura eu sofria crises repetidas de amigdalites que me levavam a estar longos dias de cama. Hoje costumo dizer por brincadeira que é raro adoecer porque já esgotei a minha quota de estar doente na cama. Na altura era o meu estado normal. Tinha alturas de fazer crises com intervalos de duas semanas.

Numa ocasião, julgo que estávamos no Inverno, estava eu na cama vergada a uma amigdalite. Era um final de tarde e o meu pai tinha o rádio ligado. Passou uma música (esta mesmo) que eu nunca tinha ouvido mas que logo me transmitiu uma certa paz de espírito, uma sensação de tranquilidade. Lembro-me que a ouvi com atenção.

Sempre que ouço esta música, recordo essa primeira vez em que a ouvi. Hoje foi o caso e estava na hora de escrever sobre isso.

Um aparte para fazer um comentário ao videoclip que arranjei. Está simplesmente fantástico. O contraste entre água e fogo foi muito bem conseguido. Adorei!

Teka possessa




Foi uma noite agitada por sonhos inquietantes. Nesta torrente de sono pouco reparador e de intensa actividade onírica, destaco dois episódios que passo a narrar.

O primeiro, o episódio principal, tem como protagonista a gata Teka.

Cheguei a casa num Sábado à tarde. Teka correu para mim e atirou-se violentamente. Estava muito estranha e extremamente agressiva. Por momentos até me queria morder sem que eu lhe tivesse feito mal algum. Notava-se que estava em sofrimento. Teria sido atropelada?

Ninguém a conseguia agarrar. Sempre que tentávamos, ela virava-se a nós com ar ameaçador.

Finalmente o meu vizinho e o meu pai conseguiram detê-la com dificuldade. Toda a gente estava na eira. Observaram-na e constataram que ela havia sido atingida por um tiro de um caçador dos que andam por vezes a caçar nas imediações de minha casa.

A eira estava repleta de gatos embalsamados. Juju- a irmã da Teka- também se encontrava ali para a relembrarmos.

Também me recordo de ter sonhado que estava no meu quarto e que notava que um veículo rondava a nossa casa. Já era de madrugada e bem tarde mesmo.

O veiculo parou mesmo em frente da nossa porta. Dois homens de meia-idade forçaram o estore da janela do meu quarto, apesar de ser difícil abri-lo. Olhavam-me de uma forma estranha.

Foi noutro quarto que acordei. Não estava em minha casa e ninguém me forçou a janela para me olhar longamente.

Estamos apurados

Que belo espectáculo de Futebol! Houve golos, belos momentos e no final houve festa porque estamos apurados para o Euro 2012 que se irá disputar na Polónia e na Ucrânia.

O público que se deslocou em massa ao Estádio da Luz para apoiar a Selecção de Todos Nós assobia ruidosamente o hino da Bósnia como retribuição da mesma atitude que tiveram os nossos oponentes na passada sexta-feira ao também assobiarem “A Portuguesa”. Diziam os comentadores que não se lembravam de alguma vez os Portugueses terem assobiado o hino nacional de uma selecção estrangeira. Eu consigo-me lembrar e não foi há assim tanto tempo. Penso que o jogo também foi no Estádio da Luz. O público assobiou o hino da Bélgica de Stijn Stijnen por incidentes causados por este mesmo indivíduo antes do embate entre as duas selecções.

Vamos ao jogo propriamente dito que já começou! É assinalada falta atacante de Cristiano Ronaldo sobre o Jogador Número Vinte da Bósnia. Meireles ia marcando pouco depois. Foi mesmo azar!

GOOOOOLOOOOO! Aos sete minutos, o Jogador Número Sete de Portugal marca um livre de forma irrepreensível a penalizar uma falta sobre si próprio.

Lulic mostra agora a Pepe como se faz uma entrada à maneira. Espera-se a resposta por parte do luso-brasileiro.

Desta vez Begovic defende o livre de Ronaldo quando as gargantas já se estavam a afinar para gritar mais um golo. É canto.

Que golaço de Nani! Não há palavras para descrever este golo. Estávamos com vinte e quatro minutos de jogo.

Bruno Alves cabeceia após um canto mas a bola sai por cima. Na resposta dos bósnios, a bola ainda vai à barra da baliza de Rui Patrício mas já havia fora de jogo.

Postiga vê amarelo por simular uma grande penalidade. Entretanto seria golo de Portugal se Moutinho tivesse rematado de primeira em vez de passar a bola a Ronaldo.

Rui Patrício defende agora um remate dos bósnios. Isto dá-se imediatamente antes de ser assinalada uma grande penalidade a favor da Bósnia por mão de Fábio Coentrão que alegadamente terá sofrido falta. Misimovic converte a grande penalidade em golo.

Calem-se mas é! O árbitro assinalou, está assinalado! Ponto final! Se o árbitro expulsar jogadores do banco por protestos, depois vai ser o lindo e o bonito.

Por falta sobre Ronaldo, o Jogador Número Seis da Bósnia vê amarelo. Ronaldo encarrega-se de marcar o livre resultante desta falta mas o remate vai para fora. O intervalo chega com Portugal a vencer a Bósnia pela margem mínima. 2-1 é o resultado verificado no marcador.

O Jogador Número Dezoito da Bósnia vê amarelo por falta cometida sobre Raul Meireles.

Cristiano Ronaldo aponta o terceiro golo de Portugal e o seu segundo golo no jogo. Entretanto Lulic é expulso por protestos. Tal como aconteceu na primeira parte, CR7 também apontou o golo aos sete minutos.

Chapéu de Coentrão. Por cima. Cristiano Ronaldo entretanto pisa um adversário.

Fica por assinalar uma grande penalidade por mão de Papac na área de rigor. Coentrão quase marcava novamente para Portugal.

Assim como quem não quer nada, a Bósnia faz o segundo golo. O lance é precedido de fora de jogo que não é assinalado a Papac.

Hoje o nosso amigo-o Jogador Número Catorze da Bósnia- que tantas dores de cabeça deu aos nossos defesas, não vai entrar e é melhor que não.

Postiga coloca o marcador em 4-2. Pelo menos golos há…e cartões também. Ruben Micael acaba de ver um de cor amarela por falta sobre Misimovic.

De livre, a punir uma mão de Papac (não sabe estar quieto com as mãozinhas e desta vez o árbitro viu) Miguel Veloso aponta o quinto golo da Selecção de Todos Nós.

É das Caxinas que vem o sexto golo que confirma o apuramento de Portugal para o Euro 2012. Assim com um cheiro a mar e a peixe. A passe de Coentrão, Postiga aponta o golo que fecha o marcador.

Rubem Micael ainda tentaria o sétimo golo mas o marcador não se alterou ficando-se pelos 6-2.

Euro 2012, aqui vamos nós!

Tuesday, November 29, 2011

As minhas botas novas





Acordei por volta das cinco da manhã com uma chuva diluviana que parecia arrasar tudo com água.

Estive longo tempo acordada. Só quando a chuva é de facto muito forte é que eu a consigo ouvir do meu quarto. Em algumas ocasiões cheguei a sair à rua contente da vida e afinal estava a chover. Lá tive de ir eu virada à estação dos comboios a apanhar chuva.

Adoro ouvir a chuva a cair e estava-me a saber bem ouvi-la no aconchego dos lençóis como faço em minha casa. Assim voltei a adormecer.

Sonhei que as minhas lustrosas botas novas apresentavam uns buracos enormes nas biqueiras que deixavam sobressair os dedos grandes de cada um dos pés.

Estava indignada pelo pouco tempo que o meu belo calçado durou. A solução foi…fazer-lhes umas dobras nas biqueiras para disfarçar, imagine-se.

De manha, quando me estava a calçar, inspeccionei minuciosamente as botas. Nem uma beliscadela apresentavam.

Incrivelmente não apanhei chuva

Como eu odeio o Inverno! Nem um fim-de-semana decente se pode ter nesta época do ano sem que tenha de haver preocupações com a chuva e o transporte.

Estive para regressar a Coimbra no Domingo à tarde mas…estava um tempo horrível com chuva, trovoada, vento…tudo o que caracteriza esta época do ano.

O pior era que corria o risco de estar assim no outro dia de manhã. É complicado arranjar táxi para nos levar até à paragem do autocarro. A solução passava por ir com o meu pai de motorizada.

Lá pelas quatro da manhã caiu uma enorme chuvada e o vento fustigava com força os vidros das janelas. Que chatice! Já podia contar com uma valente molha. Foi por isso que não vesti as minhas calaças pretas com que tinha de trabalhar. Vesti umas calças normais e vesti umas velhas calças de oleado para prevenir da chuva.

Por incrível que pareça, durante o tempo que durou a nossa viagem até à paragem da camioneta, nem um pingo de chuva caiu. A chuva só começou a fazer-se sentir quando eu já estava resguardada dentro da camioneta. Tive mesmo sorte!

Monday, November 28, 2011

“A Casa Dos Espíritos” (impressões pessoais)




Esta é mais uma das minhas incursões pela literatura clássica, aquela de que toda a gente já ouviu falar. Desde muito jovem que ouço falar deste livro, sempre tive curiosidade em o ler mas só agora foi possível.

De um modo atraente para o leitor, com a cruel realidade a misturar-se com o fantástico e o sobrenatural, Isabel Allende faz passar a sua mensagem e dá-nos a conhecer, de certa forma, como se vivia no Chile antes e durante a ditadura militar liderada por Pinochet que conquistou o Poder à custa da morte do próprio pai da autora deste livro que havia sido eleito democraticamente.

Através de personagens fictícias, é contada toda a história de guerrilhas políticas que já vêm acesas de há muitas décadas e que culminam com a perda de toda a liberdade e democracia.

Conhecedora do que se passou no Chile a 11 de Setembro de 1973 e achando este episódio lamentável e triste, pude compreender melhor o teor desta obra. Há uns anos ouvi na rádio os registos sonoros da queda de Salvador Allende, do silenciamento de todos quantos entoavam trovas de paz e liberdade, dos que simplesmente desapareceram às mãos da brutalidade de Augusto Pinochet. Um episódio lamentável da História Mundial. Aquele homem merecia morrer de morte mais violenta que existe por tudo quanto infligiu ao seu povo. Não, o monstro morreu de velho e de forma tranquila. Aquando da notícia da sua morte, não usei o velho chavão de dizer bem de quem acabava de partir e não poupei este homem (procurar texto “o homem mau”).

Para além do rigor histórico, o sobrenatural e a fatalidade estão fortemente presentes nesta obra. O conceito de Destino e (quem sabe) de reencarnação estão presentes através da influência de Clara que contrapõe com o pragmatismo do seu marido que vive todos os acontecimentos retratados na obra e é um dos seus narradores juntamente com a sua neta Alba que se serve dos cadernos de anotar a vida da sua avó Clara para escrever a obra.

Episódio marcante desta obra? O aparecimento do espírito de Férula quando toda a família estava reunida à mesa. Só Clara se apercebeu que se estava na presença do espírito da cunhada. Os outros correram para a abraçar porque já não a viam há muito e ficaram contentes com o seu hipotético regresso.

Ao longo da obra são repetidas várias vezes as mesmas descrições para reforçar o teor da fatalidade, da influência do passado no futuro. Estou-me a lembrar das descrições dos banhos que Férula e a ama davam a Clara. Aquando da sua morte, Férula foi banhada por Clara e a autora recorreu exactamente à mesma descrição.

Isabel Allende não caiu na tentação de colorir a sua narrativa com longas e enfadonhas descrições. Com simplicidade, a autora ia descrevendo todos os acontecimentos, recorrendo por vezes a uma linguagem muito pouco literária e muito pouco delicada. Como exemplo, assinalei este parágrafo na página cento e sete do meu exemplar. Ao ler isto nós imaginamos mesmo os protagonistas. Está simplesmente deliciosa esta descrição.

“Foi o ano do tifo exantemático. Começou como outra calamidade dos pobres e logo adquiriu características de castigo divino. Nasceu nos bairros indígenes, por culpa do Inverno, da destruição, da água suja das regueiras. Juntou-se ao desemprego e repartiu-se por todo o lado. Os hospitais não davam vencimento. Os enfermos deambulavam pelas ruas com os olhos perdidos tiravam os piolhos e lançavam-nos às pessoas sãs. Pegou-se a praga, entrou em todos os lugares, infectou os colégios e as fábricas, ninguém podia sentir-se seguro. Todos viviam com medo, interpretando os signos que anunciavam a terrível enfermidade. Os contagiados começavam a tiritar com um frio de gelo nos ossos e aos poucos eram tomados pelo estupor. Ficavam parados como imbecis, consumidos pela febre, cheios de manchas, cagando sangue, com delírios de fogo e de naufrágio, caindo ao chão com os ossos de lã, as pernas de trapo e um gosto de bílis na boca, o corpo em carne viva, uma pústula vermelha ao lado de outra azul e outra amarela e outra negra, vomitando até as tripas e gritando a Deus que tivesse piedade e que os deixasse morrer de vez, que não aguentavam mais, que a cabeça se lhes rebentava e a alma se lhes ia em merda e espanto.

Para terminar, há que referir alguns personagens que terão uma correspondência com personagens reais que existiram no Chile aquando da tomada do Poder por Augusto Pinochet. São personagens que nos deixaram um espólio cultural enorme e ainda hoje são recordados como ícones do Chile. Não se fala de Chile sem que nos lembremos destes dois nomes. O Poeta tantas vezes citado nesta obra seria provavelmente Pablo Neruda. Pedro Tercero Garcia- pai de uma das narradoras desta obra- teria muitas semelhanças com o trovador e músico Victor Jara.

Foi uma leitura agradável e extremamente positiva. Adorei ler este livro.

Passemos agora em termos de literatura para algo completamente diferente. Passemos para o típico romance policial americano. “LA Confidential” é a obra a merecer a minha atenção ao longo das próximas semanas

Castanhas, relato e televisão

Depois de mais uma semana de trabalho, soube bem ir para casa e estar aconchegada junto da família, dos gatos e dos cães.

Festejava-se o S. Martinho. Ontem nem toquei nas castanhas mas havia-as lá em casa à minha espera. Como as coisas não estão de feição para se gastar dinheiro em coisas supérfluas, a minha mãe comprou as castanhas mais reles que havia na mercearia só porque eram mais baratas. Eram mais as castanhas estragadas do que as que comi. Mesmo assim comi bastantes. O barato saiu caro.

A minha irmã colocou o rádio do meu pai a trabalhar. Ao sintonizá-lo, apanhou uma rádio de Aveiro que transmitia um relato. O Beira-Mar defrontava o Moreirense em casa e foi eliminado da fase seguinte da Taça da Liga.

Terminei a noite a ver um pouco de televisão. Não perco uma eliminatória do concurso “A Voz De Portugal”.

Não sair de casa é a solução?

Dou uma espreitadela nas notícias enquanto faço a descompressão de mais um intenso dia de trabalho. Já há muito que não vejo as notícias. Para quê? Para ouvir falar da recessão económica, das agências de rating, da decadência da Zona Euro e do descrédito da banca nacional?

Hoje vou ver o noticiário. Sempre quero ver o que está a acontecer por cá e por lá. Bingo! Que bela sucessão de notícias que acaba de ser emitida! Que texto valente isto vai dar!

Em primeiro lugar, há a registar as greves nos comboios que fizeram com que muitas pessoas ficassem retidas e não pudessem regressar aos seus destinos. Foram muitos os trabalhadores e estudantes que ficaram com a perspectiva de um fim-de-semana passado com os seus familiares gorada. Já começam a ser demais, as greves dos comboios. Se soubessem o transtorno que causam…há quem esteja farto de trabalhar e queira ir para casa para junto da família e corre o risco de dormir nos bancos frios das estações ferroviárias.

A seguir à incómoda greve dos comboios, vem a notícia de que o Governo vai cortar os descontos nos passes de autocarro para os estudantes e idosos. Mais um rombo nas depauperadas finanças dos estudantes que mal têm dinheiro para comer…mas as discotecas aqui no burgo devem estar sempre cheias e com o álcool e as drogas sintéticas sempre a bombar. Não percebo.

Os idosos deixam de sair de manhã de casa para percorrerem a cidade inúmeras vezes de autocarro. Ao longo dessas viagens, muita gente se senta ao pé deles nos bancos do autocarro e eles aproveitam para meter conversa. É uma forma de matar a solidão. Muitas dessas pessoas vivem sozinhas e precisam de espairecer. A solidão nas grandes cidades é um flagelo e os autocarros ajudam de certa forma a amenizar a vida solitária dessas pessoas. Não concordo muito com os cortes do subsídio do passe aos idosos, sejam eles ricos ou pobres.

Como não há duas sem três, eis que surge mais uma notícia que promete complicar bastante a mobilidade dos cidadãos portugueses. Mais portagens vão ser implementadas em troços que eram até aqui gratuitos. Os cidadãos revoltam-se, pois claro.

Com os comboios constantemente em greve, com o corte no subsídio dos passes dos autocarros e com cada vez mais auto-estradas com portagem, começo a pensar que os cidadãos nacionais que não descalçam os chinelos de quarto, que olham fixamente a caixa do correio à espera que caia o cheque do subsídio mensal e que vêem estas notícias sem um único esgar de preocupação é que têm juízo. Quem tem de apanhar transportes ou se deslocar na própria viatura para o trabalho que aguente com isto e que pague a crise!

Ainda há outra alternativa mais económica e ecológica. Sempre que for possível, por que não ir a pé ou de bicicleta. Até ver, ainda não inventaram portagens para quem assim se desloca.

Faltou um para completar o cabaz

Portugal venceu a Moldávia em Rio Maior por expressivos 5-0. Sigam-me na impressionante crónica desta partida. A julgar pelos apontamentos que tirei, isto promete arrasar...e ainda prometeria mais se acaso tivesse sido colocada no blog na própria noite do jogo. Fica para a história aquele craque que animou aqui as hostes- o Jogador Número Dezassete da selecção de sub- 21 da Moldávia. Foi só ele entrar em campo para dar outro colorido...e outra agressividade a isto.

Que engraçado que é o hino da Moldávia!

O jogo já começou e Sana abre as hostilidades em termos de remates. Este vai por cima.

Nelson Oliveira inaugura o marcador com seis minutos de jogo. A defesa da Moldávia poderia ter feito melhor.

Sai agora um remate cruzado de um jogador da Moldávia. Rui Fonte responde com um remate para as mãos do guarda-redes adversário.

É exibido o primeiro cartão amarelo do encontro para o Jogador Número Cinco da Moldávia por interceptar a bola com a mão.

A remate de André Martins, o guarda-redes da Moldávia responde com uma grande defesa.

Demoraram tanto tempo a marcar o livre, os jogadores moldavos, que a jogada teve de se perder.

Estavam decorridos vinte e dois minutos da partida quando Rui Fonte apontou o segundo golo para as nossas cores através de um cabeceamento. Que golaço de Sana logo na jogada seguinte! O guarda-redes foi impotente para conter o remate.

Remate de André Martins após um lançamento lateral que não chegou ao golo. O quarto golo seria da autoria de Nelson Oliveira pouco depois. Por este andar, vão levar aí uns dez!

O pequeno Sana consegue rematar de cabeça perante adversários que são bem mais altos do que ele.

Abrem aqui as hostilidades. A partir daqui esta crónica não será mais a mesma. É a partir do momento em que se dá esta substituição do lado da selecção da Moldávia. O Jogador Número Quatro sai. Vai dormir, que bem precisa. Esteve simplesmente uma nódoa! Há dias em que nem levantar da cama um indivíduo pode. Este deveria ter ficado a dormir, se é que ele já não estava em campo. Bem acordado virá o seu substituto.

Entretanto sai mais uma oportunidade de golo para Portugal por parte de João Pereira. De livre, André Martins proporciona uma espectacular defesa ao guarda-redes da Moldávia.

Brinca-na-areia típico e inconsequente exibindo-se um pouco para que algum clube cujos olheiros estejam em prospecção em Rio Maior mostre o seu interesse nele. Estou a falar do Jogador Número Onze da Moldávia.

Agressivo é o Jogador Número Dezassete da Moldávia que entrou a substituir o Jogador Número Quatro que esteve presente em todo o lado, menos no terreno de jogo. Este jogador nem precisa de olheiros a observá-lo para arranjar clube. Encaixa perfeitamente na concepção de jogo que um clube que também veste de azul vem desenvolvendo. A equipa do Porto de futuro teria como centrais o Mangala e este jogador. Seria brutal! Acho que o Campeonato Nacional teria a maior incidência de lesões de que alguma vez houvesse memória. Como ficaria feliz Pinto da Costa com a sua aguerrida dupla de centrais enquanto que lesões nos mais influentes jogadores das equipas adversárias eram lamentadas semana após semana!

Deixemo-nos de disparates, até porque o jogo já chegou ao intervalo com Portugal a cilindrar a equipa da Moldávia por 4-0.

Eu não disse que havia olheiros! Disse na brincadeira mas está agora a ser divulgada uma lista deles.

Um clube que aprecie caceteiros deve vir todo babado com o achado que conseguiu aqui em Rio Maior- o Jogador Número Dezassete da Moldávia que tudo leva à frente a cada disputa de bola. Os jogadores mais indisciplinados do Mundo ao pé dele eram uns meninos de coro. Gostava de ver, por exemplo, uma disputa de bola a meio-campo entre ele e o também impetuoso Pepe. Seriam só chuteiras e bocados de osso pelo ar.

Abel agora também não se fica atrás em termos de agressividade e mostra os seus dotes ao olheiro que tenha vindo a Rio Maior observar caceteiros.

Resumindo, o Jogador Número Dezassete da Moldávia veio trazer agressividade ao jogo. Muito bem! Espera-se que essa agressividade não resulte em violência ou em lesões para os nossos jogadores.

Quase que era golo de Pedro Mendes. Entretanto preparam-se para entrar mais dois impetuosos jogadores na equipa da Moldávia. Como os que entraram de início eram macios de mais e não conseguiram evitar a chuva de golos das nossas cores, o seleccionador da Moldávia (também ele vítima de um bárbaro episódio de agressividade há uns anos quando foi assaltado, se bem me lembro) resolve recorrer ao plano B que é o da intimidação e lança os praticantes de Vale Tudo em campo, retirando os jogadores de Futebol que são muito mas muito fraquinhos.

O Jogador Número Treze da Moldávia tira com fúria a camisola de dentro dos calções. Já eu fazia o mesmo nos meus tempos áureos de desportista em que conhecia gente da Moldávia pessoalmente.

Salvador remata mas a bola sobe muito.

Lance dividido ente Josué e o Jogador Número Treze da Moldávia que fica magoado. O árbitro tirou o cartão amarelo do bolso mas parece não o ter mostrado a ninguém.

Entretanto Abel marca o quinto golo para Portugal.

No campeonato particular de agradar mais ao olheiro que capta jogadores agressivos, Abel consegue mais uma entrada bem impetuosa sobre o Jogador Número Cinco da Moldávia. Aguarda-se a resposta do Jogador Número Dezassete da Moldávia, tendo em conta que o olheiro só irá referenciar o mais agressivo dos mais agressivos e o contrato é chorudo. Aliás, eu adoraria ver um confronto directo entre Abel e o Jogador Número Dezassete da Moldávia. Isso é que era! Nesse caso, o olheiro levaria o que tivesse saído menos magoado do confronto.

Olha que novidade! O amigo que arranjámos no jogo de hoje- o Jogador Número Dezassete da Moldávia- só agora vê o cartão amarelo. Motivo? Nem preciso de dizer por que foi. Até parece que não sabem. Foi por uma entrada bem agressiva, impetuosa, viril e violenta sobre Josué. Entretanto o Jogador Número Sete da Moldávia também vê amarelo.

Josué queria-se vingar dos dois amigos que acabou de arranjar e ia marcando um golo. O Jogador Número Treze da Moldávia remata à baliza de Mika que defende sem dificuldades.

Ia sendo golo de Portugal. De Rui Fonte. O último remate do desafio pertence a Cedric e sai ao lado. O jogo termina com uma goleada de Portugal à Moldávia por 5-0.

Na próxima segunda-feira, os jovens portugueses irão deslocar-se à Albânia para mais um jogo de apuramento para o Euro 2013 que se disputa em Israel.

O uivo II



Sonhei muita coisa numa noite em que estava sempre a acordar e em que me custou um pouco a adormecer. A isso não era alheio o frio que se fazia sentir.

O sonho mais relevante que tive passou-se em minha casa. Eu estava de pé junto ao fogão da sala. Era de dia e ele estava apagado. Situo a acção numa bela tarde de Primavera ou Verão.

O meu pai estava a ver televisão no quarto. A minha mãe e a minha irmã tinham saído juntas. Provavelmente tinham ido às compras.

Na estrada passou uma viatura que buzinou demoradamente. Pensei que fosse a carrinha da padeira mas não era. Tal como acontece sempre que ouve a buzina da padeira, Chalana começou a uivar.

Ouvindo o uivo do cão, o meu pai chamou-me aflito e perguntou-me por que é que o cão estava a uivar.

Fui à rua ver o que se passava. Não vi carro nenhum. Passou simplesmente e buzinou. A minha mãe e a minha irmã regressavam a casa. Disse ao meu pai que o cão tinha uivado por ver a minha mãe e a minha irmã de volta a casa e com sacos de compras. Ele não ficou convencido.

Também me lembro de ter sonhado com um atleta norueguês que se sentiu tremendamente indisposto imediatamente após uma corrida de dez mil metros. O vídeo estava disponível no Youtube e vi-o inúmeras vezes, até porque estive presente nessas proas e recordava perfeitamente esse atleta no convívio que houve a seguir.

Para descansar esta noite não serviu muito.

“In The Army Now”- Statusquo (Música com Memórias)

Era o tempo em que não perdia uma única contagem do top das músicas mais vendidas em Portugal.

Hoje se me perguntarem qual a minha música favorita eu não sei responder. Naquela época era diferente. Se me perguntassem qual era a minha música favorita, eu nem hesitava em afirmar que era esta.



Estava sempre nos primeiros lugares do Top que normalmente era liderado pela balada “Lover Why” dos Century. Era por isso que eu na altura detestava essa música porque “In The Army Now ” não passava do segundo lugar por causa dela. Na altura, diga-se de passagem, não apreciava muito baladas, ao contrário do que acontece hoje. Por esse motivo, hoje a canção que abominava naquela época é uma das minhas favoritas. Como as nossas convicções mudam à medida que vamos crescendo!

Apesar de bem classificada na tabela semana após semana, poucas vezes era passada na íntegra. Quando isso acontecia, então eu fazia uma festa. Na rádio que eu ouvia na altura, cheguei a pensar que eles não tinham este single. Houve uma ocasião em que passaram esta música à hora do almoço mas nunca mais a voltei a ouvir naquela frequência. O disco estaria, segundo a minha fértil imaginação da altura, escondido no “Estúdio 2” que era como eu chamava ao andar de cima do edifício onde estava a rádio mas que não era usado pela mesma. Eu é que pensava que havia lá uma imensidão de discos escondidos, discos esses que seriam descobertos por mim e pela minha amiga Cristina. Mais tarde até fizemos isso as duas mas foi noutra rádio. Até que foi engraçado. Quando fizer um “Música Com Memórias” destinado a uma outra música, conto essa história mas penso que até já a contei há tempos.

Voltando à música que me despoletou as memórias de hoje, lembro-me de uma ocasião em que era véspera da festa da minha terra. Eu estava quase no fundo do lugar com a minha mãe e a minha irmã em casa de uma senhora da minha terra.

Pela instalação sonora da aparelhagem ouvi os acordes desta música e logo corri que nem louca pela ladeira acima na direcção da capela para a ouvir mais de perto. Era a loucura!

Hoje ouço-a com muita frequência na M80. Por ter acabado de passar e por ainda não ter nada para escrever hoje, resolvi dar-lhe destaque e descrever como ela foi importante na minha tenra juventude.

Friday, November 25, 2011

Exame alarmante

Já não é a primeira vez que tenho este sonho em que um médico me alerta para o facto de ter a tensão arterial bastante elevada.

Segundo as sábias páginas de um livro que li no início deste ano e que origina que eu aponte todos os sonhos de que me consigo lembrar, os sonhos relacionados com a saúde são aqueles que têm tendência a serem os chamados sonhos premonitórios.

Sonhei que tinha ido a uma consulta de rotina e tinha a tensão arterial com valores elevadíssimos.

Não sabia o que fazer porque o problema não tinha a ver com o facto de eu cometer erros alimentares. Atribuía o fenómeno a nervos, ansiedade e stress constante.

Estranhos incidentes em final de tarde futebolística

Para o final de tarde deste normal Domingo de Futebol estavam marcados os jogos entre o Braga e o Benfica e entre o Sporting e a União de Leiria.

Em Braga, os problemas com o sistema de iluminação eléctrica começaram logo no aquecimento. A partir daí, o jogo conheceu três longas interrupções devido à fala de visibilidade suficiente para se poder jogar.

Estranhamente a luz deixou de falhar durante a segunda parte. No final do jogo, os jogadores depararam-se com a falta de água quente nos balneários para poderem tomar o seu reconfortante banho após uma longa (foi mesmo longa) batalha travada no campo.

No final do encontro, Artur incendiou a polémica ao alegar que em Braga aconteciam sempre coisas estranhas sempre que o Glorioso la ia jogar. Recorde-se que na época passada o guarda-redes brasileiro vestia as cores arsenalistas.

Refira-se que o jogo da época passada foi marcado pela expulsão de Javi Garcia e pelo arremesso de bolas de golfe a jogadores do Benfica durante o jogo. Há duas épocas atrás, deram-se incidentes no túnel. Esses incidentes resultaram no castigo de Vandinho por três meses.

Ah, este jogo terminou empatado a uma bola.

O Sporting venceu tranquilamente a União de Leiria por 3-1. No final do jogo, Diego Capel foi entregar a sua camisola a um adepto que lha tinha pedido. Como habitualmente acontece, gerou-se uma luta tremenda pela posse do valioso objecto. Dois adeptos leoninos esticaram-se com mais empenho na tentativa de agarrar a camisola do espanhol e caíram ao fosso.

No dia seguinte, Diego Capel deslocou-se ao hospital onde estava internada a vítima mais grave da queda. Um gesto que se aplaude!

Condenada a ir para longe

Sonhei que estava deveras chateada porque as coisas não me corriam de feição no trabalho.

Uma senhora de nome Cristiana foi muito dura comigo por causa de coisas que estavam menos bem numa das lojas.

Como as coisas já não me estavam a correr bem desde há uns tempos, resolveram deportar-me para o último local para onde iria de livre vontade. Nunca gostaria de viver ou trabalhar ali. Não há dinheiro que pague o sossego e a tranquilidade. Mesmo que me oferecessem o dobro do salário, acho que não conseguiria trabalhar ali devido à insegurança que se faz sentir nas ruas. Há assaltos e outros tipos de desacatos e seria mesmo um castigo se para ali fosse. Gabo a coragem de colegas minhas que saem do trabalho a altas horas para aquelas ruas. Mas elas são dali. Já se habituaram. Imaginem eu que morro de medo de assaltos e perseguições e que, ainda por cima cresci no campo, a trabalhar e a viver ali!

Fui para lá com a disposição de quem outrora ia para um campo de concentração. Era o verdadeiro degredo. Que fazia eu da minha vida sem as minhas caminhadas tranquilas pela rua? Era outra realidade, outro movimento e tinha de me adaptar.

Deparei-me com um prédio enorme, com muitos andares, e com uns elevadores que nunca paravam onde queríamos.

Estava mesmo desolada e triste. Ainda bem que acordei em minha casa e na minha cama!

Thursday, November 24, 2011

Vento frio

Foram muitas as peripécias que vivi em mais uma noite de sonhos. Eis o que restou para contar e que não é pouco.

No meu quarto, tinha o rádio e o computador ligados à mesma extensão eléctrica. Houve um qualquer mau contacto que fazia com que eu sofresse pequenos choques eléctricos. Na realidade, o rádio e o computador fixo estão ligados à mesma extensão mas não estão no meu quarto.

Estranhamente também não se podiam ligar dispositivos USB ao computador porque ele, pura e simplesmente, não os reconhecia. Era por isso que não tinha Internet. Por sorte captei uma rede sem fios desprotegida.

Um colega meu dizia que o problema era do rádio e eu concordei. Este sonho terminou sem que eu resolvesse o problema.

Isto foi só o aquecimento para o sonho que passo a descrever e que nada tem a ver com estas questões electrónicas. Falar de aquecimento neste sonho é um pouco…como hei-de dizer…?

Havia um qualquer evento na terra mas, infelizmente, eu não podia participar porque me tinha magoado ou tinha sido operada. Muito eu gostaria de participar no jogo de Futebol!

Do meu quarto onde convalescia, ouvia o vento a soprar anormalmente forte e a minha mãe a falar ao telefone com uma prima nossa. Ela demostrava a sua preocupação pelo desaparecimento de um dos dois gatinhos pretos e brancos que tinham aparecido lá em casa. O pequeno gatinho não estava morto na estrada e também não aparecia em lado nenhum. Estava um frio insuportável e um tremendo vendaval. Onde estaria ele com estas condições climatéricas?

Na casa de forno, a minha irmã confeccionava um prato à base de batatas fritas que logo arrefeciam e ficavam duras. Não se suportava o frio ali. Nunca na vida havia sentido tanto frio.

Quando voltei para a sala, o fogão estava aceso com uma grande fogueira. Foi reconfortante sentir o calor a invadir o meu corpo. Eu tiritava de frio. Na rua o vento fazia-se ouvir de forma cada vez mais ruidosa.

Na televisão passavam imagens em directo do jogo de Futebol lá da terra. A pena de não ter podido participar era enorme. Iam lá estar grandes craques e havia a possibilidade de trocar as camisolas com eles.

No sonho não se registou chuva, apenas vento forte e frio quase glaciar.

Naqueles vagões



Sonhei que esperava o comboio ou esperava alguém que vinha no comboio. Vou mais para a segunda hipótese.

Tal como acontece na realidade, é anunciada pelos altifalantes da instalação sonora do apeadeiro a passagem de um comboio sem paragem. Tal como acontece sempre que ouço este aviso, desviei-me para o mais longe possível da linha.

Vinha lá um comboio rápido de passageiros igual a este que aparece no vídeo. Quando chegou perto de mim, descarrilou e as suas carruagens separaram-se umas das outras. Que sorte eu ter-me arredado! Uma carruagem desgovernada imobilizou-se a escassos centímetros de onde eu estava.

Houve imensos feridos naquele acidente, alguns mesmo em estado grave. Não consta que tivessem havido vítimas mortais a lamentar.

Foi anunciada a passagem de outro comboio sem paragem. Era um dos temíveis comboios de mercadorias com aqueles vagões feios como tudo. Aqueles comboios são sempre iguais, por mais anos que passem. Já quando eu tinha uns oito anos eles tinham este aspecto. Quando eu for rica, juro que mando pintar aqueles vagões horríveis com cores garridas. É para eles não serem tão assustadores.

Tal como aconteceu há dias, aquele horrível comboio parou. Dos seus vagões que,incrivelmente eram abertos em cima, acenavam pessoas felizes que entoavam cânticos, imagine-se.

Sonhei igualmente com aulas de Alemão e com a leitura de qualquer coisa.

P.S: Falando com a minha irmã nesse dia, calhei a descrever-lhe o sonho. Por coincidência, também ela alegou ter sonhado com descarrilamento de comboios. Ficámos intrigadas porque teríamos de nos deslocar ambas nesse meio de transporte no dia seguinte. Foi apenas e só uma coincidência engraçada. Nenhum comboio descarrilou. Nesse dia passou o comboio que aparece no vídeo que ilustra este sonho.

Chuva de golos

Já apurado para a fase seguinte da Liga Europa, o Sporting quebrou uma impressionante corrente de jogos sem perder e consentiu uma derrota na Roménia ante o Vaslui por 1-0. Este jogo fica marcado pela grave lesão do médio argentino Rinaudo logo nos instantes iniciais do jogo.

O Braga iria entrar em campo para jogar a sua sorte. Se não vencesse, as coisas ficariam muito complicadas.

Estamos com quatro minutos de jogo e Andanovic comete um erro crasso que permite a Lima apontar o primeiro golo. Para já tudo começa bem para as cores arsenalistas.

Alan cruza para remate ao lado do seu compatriota Márcio Mossoró. O Maribor responde com um remate que não cria perigo.

QUE GOLAÇO DE ALAN! Estamos ainda nos instantes iniciais da partida e o Braga agora ia marcando o terceiro golo num cabeceamento de Hélder Barbosa.

Remate do Jogador Número Dez do Maribor mas passou ao lado. Na sequência de um canto, já do outro lado do campo, Paulo Vinícius cabeceia ao lado. O mesmo jogador ainda teve outra tentativa para marcar o terceiro golo do Braga na sequência de um livre.

O guarda-redes do Maribor executa uma grande defesa a mais uma jogada de ataque do Braga. No lance seguinte, o Jogador Número Seis do Maribor esteve a uma unha negra de marcar golo na própria baliza. Que sorte para o Maribor e que azar para o Braga!

Sai um cartão amarelo para o Jogador Número Oito do Maribor. Ele é famoso por ver muitos cartões. Eu não o conheço. Não tarda nada e está a jogar no Porto. É um jogador que se deve enquadrar bem no espírito dessa equipa. Como eles passam impunes no nosso campeonato, vale a pena contratá-los para usarem do seu jogo rasteiro e extremamente lesivo para os adversários.

Bem, aquela colectividade desportiva de que estava a falar não está a jogar. Jogou anteontem. E perdeu, diga-se de passagem. O Braga é que está a jogar e ganha. Já poderia até estar a ganhar por muitos.

Num lance confuso com muitos jogadores das duas equipas junto á área da equipa eslovena, Elderson faz o terceiro golo. O defesa nigeriano havia marcado no jogo da primeira volta na Eslovénia. O verdadeiro carrasco do Maribor. Ele que não marca assim tantos golos. Acontece frente ao mesmo adversário porque o seu oponente- o Jogador Número Seis- é um miúdo bem verdinho que terá aí uns dezoito anos. Foi aquele jogador que há pouco quase marcava na própria baliza. Como esse jogador é inexperiente e, ainda por cima, adianta-se em demasia no terreno, o nigeriano faz ali o que quer pelo corredor esquerdo. Neste golo, mais uma vez, Alan está presente. Ele está nos três golos do Braga. Grande jogo do jogador Número Trinta do Braga!

Lima vê cartão amarelo por ter saído antecipadamente da barreira aquando da marcação de um livre que não ofereceu grande perigo…a não ser para Mossoró que levou com a bola na cara.

Grande defesa de Quim a responder a um remate do Jogador Número Setenta (penso que era esse o número da camisola dele). Sem deixa cair a bola, o jogador do Maribor rematou de primeira e Quim teve de defender categoricamente para canto. Ainda no rescaldo desse lance, Quim volta a aplicar-se.

O Maribor carrega e Quim responde “presente”. Acordaram agora, os eslovenos.

Do outro campo do mesmo grupo chegam boas notícias para o Braga. O Bruges está a vencer o Birmingham. Em Braga, o jogo chega ao intervalo com uns concludentes 3-0 no marcador.

Alan ia marcando o quarto golo. A segunda parte ainda mal tinha começado. O brasileiro hoje está bem disposto e empenhado. O Braga começa a segunda parte tal como havia iniciado o jogo. Está a carregar intensivamente. Quase sufoca a equipa adversária.

O Maribor responde também com perigo. Mossoró responde com um remate cruzado e sem perigo.

Empunhando o cartão amarelo, o árbitro corre com ar ameaçador na direcção do Jogador Número Seis do Maribor para lho mostrar. Este jogador cometeu uma falta sobre Mossoró.

O jogador que há pouco viu o cartão amarelo cruzou milimetricamente para o golo do Jogador Número Dezassete. Estamos com sessenta e dois minutos de jogo.

De livre, o Jogador Numero Dez do Maribor faz a bola bater com estrondo no poste da baliza defendida por Quim. Entretanto o autor do golo do Maribor ameaça voltar a marcar.

Andanovic soca um potente remate de Hugo Viana. Agora é Baiano por cima. O jogo está bom nesta fase.

Elderson rematou mas devia ter cruzado. Entretanto sai um cartão amarelo para Hélder Barbosa por alegadamente estar a demorar a sair. Ele foi substituído por Paulo César.

Do outro jogo chega a notícia do empate a dois golos entre Bruges e Birmingham.

O Braga carrega. Lima remata ao poste enquanto que Paulo César acerta na malha lateral da baliza defendida por Andanovic.

Djamal também tenta a sua sorte mas o guarda-redes esloveno defende para canto. Este lance viria a dar o quarto golo do Braga que foi da autoria de Paulo Vinícius. Para não variar, Alan interferiu na jogada.

O espanhol Mérida tenta a sua sorte mas a bola não entrou. Seria um golaço! O espanhol volta a tentar e desta vez obtém o que procurava- o golo. É o quinto para o Braga que nesta noite de chuva goleia o Maribor por concludentes 5-1.

E sair de casa com este tempo?



Nada se fez nesta manhã porque estava um temporal dos diabos.

Wednesday, November 23, 2011

Ficção

Vamos então narrar o que restou de uma noite de sonhos em que estive constantemente a acordar.

Sonhei que lia um livro. De início a obra era um pouco enfadonha mas, aos poucos, foi tendo relatos impressionantes de cenas de extrema violência e brutalidade.

A trama desenrolava-se em torno de um cidadão russo, no tempo da Guerra Fria, que foi para a américa Latina armado em espião e ali cometia crimes do mais hediondo que havia.

Como já me estava a assustar (coisa que nunca me acontece na realidade), passou-me pela ideia deixar de parte aquele livro. Que coisa impensável no mundo real! Quanto mais acção, crime, intriga e morte um livro tiver, é da maneira que o devoro mais rapidamente.

Tinha chegado a minha casa um casal da Figueira da Foz que iria desenvolver umas actividades na minha terra. Eles eram amigos da minha irmã e por isso ela lhes deu guarida lá em casa.

O elemento masculino do casal chamava-se Paulo Pinho e estava ainda a recuperar de uma gastroenterite que havia contraído. Eu e os desarranjos intestinais de desconhecidos. Mais um dado intrigante para os psicanalistas empenhados em estudar casos difíceis tentarem decifrar.

Estávamos todos em casa a ver televisão a seguir ao noticiário da uma. A seguir ao noticiário normalmente dão novelas. Se é assim na vida real, não será muito diferente nos sonhos.

Numa novela, um casal que se encontrava clandestinamente estava prestes a ser flagrado pelo marido da protagonista. O clima era de suspense. No momento em que se ia dar o indesejável encontro, o meu pai mudou a televisão de canal para ver uma insonsa novela brasileira em que nada de relevante se passava. Ficámos todos desolados.

Ainda pensava que ia ter tempo de dormir mais um pouco mas o despertador tocou. Eram horas de passar da ficção à realidade.

Lembram-se de Manduca?

O programa futebolístico para hoje consistia em ver o que faziam Hulk e seus companheiros numa partida a contar para mais uma jornada da Liga dos Campeões onde o Porto não goza de muito boa saúde.

Frente a uma equipa que jogava quase com tantos portugueses de início como o Porto, os tripeiros voltaram a arrastar-se no campo e a perder. As coisas estão complicadíssimas para o vencedor da Liga Europa da época passada.

Para já o nosso amigo Hulk começa com um remate extremamente fraco. Ele personifica toda a sua equipa. Está uma sombra do que foi na época passada.

Então? Nem uma oportunidade de golo para amostra? Que pobreza está este jogo! Bah!

Há uma queda suspeita do capitão de equipa do Apoel na área do Porto num lance com Rolando. Nada foi assinalado. Alguns instantes depois é assinalado fora de jogo a anular uma jogada de algum perigo dos cipriotas.

Alvaro Pereira apresenta algumas queixas. Levanta-se do banco Sapunaru para aquecer.

Sai mais um remate do nosso amigo Hulk para defesa de Pardo.

Que perigo! Ailton cabeceia ao poste da baliza do Porto. É canto. Este lance surge antes de Mangala cometer uma grande penalidade sobre o Jogador Número Oito do Apoel que, se não me engano, é o mesmo jogador que havia enviado a bola ao poste instantes antes. Estou a falar de Ailton. É ele que converte em golo o castigo máximo.

O intervalo chega com o Porto a perder por 1-0. Este golo vem na melhor altura para os cipriotas. Estávamos a minuto e meio do apito do árbitro quando a grande penalidade foi convertida.

Ailton já está a meter nojo aos jogadores que vestem de azul e branco. Sendo um jogador duro, Mangala já o tenta lesionar. O jogo endurece. Agora é o português do Apoel Nuno Morais que se queixa deitado no relvado.

Na sequência de um livre, Mangala quase marcava. James Rodriguez também tenta o golo mas o remate vai direito às mãos de Pardo.

Aposto em como o Porto se vai queixar do estado da relva se perder!

Prepara-se para entrar o Jogador Número Cinco do Apoel- um bósnio chamado Jahic- que eu me lembro de ter defrontado Portugal há dois anos, aquando da disputa do apuramento para o Mundial 2010. Agora a história repete-se. Portugal volta a discutir o apuramento para uma grande competição- o Euro 2012- também com os bósnios. Segundo os sábios comentadores televisivos, este jogador que acaba de entrar e que se chama Jahic, é uma presença habitual nas convocatórias da selecção da Bósnia…mas já não joga na selecção desde 2010. É um jogador que pode defrontar Portugal, ai disso não haja dúvidas. Enfim…se ele não fez falta ao seleccionador bósnio durante a fase de qualificação, acho que não é agora que vai fazer, digo eu.

Os mesmos comentadores televisivos que disseram que um jogador que não vai à selecção nacional desde 2010 é uma presença habitual nas convocatórias dizem agora que o Jogador Número Vinte E Dois do Porto tem tido intervenções muito proveitosas. Pois tem. Se a memória não me falha, até foi ele que cometeu a grande penalidade que deu o golo com que o Porto está a perder o jogo. O que realmente se tem visto fazer ao jogador francês é tentar lesionar os jogadores mais influentes da equipa adversária. Não tarda está na rua! Com outro árbitro a apitar este jogo, aqueles cotovelos perigosamente levantados ao nível das cabeças dos adversários e algumas entradas mais impetuosas que tem tido já lhe dariam direito a um banhinho de água quentinha antes de todos os outros jogadores.

Nos últimos tempos, Hulk não tem ouvido outro som que não uma monumental assobiadela. Como se não bastasse ser assobiado pelos próprios adeptos do Porto no seu próprio estádio, aqui os adeptos cipriotas brindam-no com igual tratamento de cada vez que toca na bola.

Sai mais um remate perigoso que Helton resolve com relativa facilidade.

Aquele é o mesmo Solari que jogava no Real Madrid no tempo em que Figo e Zidane também lá jogavam? Na camisola tem escrito “Tano”.

Agora é assinalada uma grande penalidade sobre James . O Porto tem oportunidade de empatar o jogo. Foi esperto, o colombiano do Porto. Não era grande penalidade nenhuma. Hulk transforma a grande penalidade. Mais um insuportável coro de assobios!

O Porto mal teve tempo de saborear o golo do empate porque volta a haver golo para o Apoel. O autor do golo foi Manduca- antigo jogador do Benfica e que, para além do Glorioso, evoluiu noutros emblemas do nosso Campeonato. Depois de ter apontado o golo que pode valer três pontos para as suas cores, Gustavo Manduca sai para a ovação.

O Porto ainda tenta um último forcing mas já parece ser tarde. Ainda assim, Fucile cabeceia para defesa de Pardo.

Que quer Hulk????? O jogo já acabou e o Porto perdeu com o Apoel de Nicósia por 2-1. Agora terá de vencer os próximos jogos para seguir em frente na Champions.