Monday, December 25, 2017

Visitas à morgue e outras peripécias oníricas

Sonhos pouco natalícios e pouco pacíficos para esta época do ano.

Sonhei que eu e a minha mãe andámos uns dias a visitar uma morgue onde o cheiro a carne fresca era uma constante. Aquilo mais parecia um talho, diga-se de passagem. Pedaços de carne indefinidos jaziam em tabuleiros metálicos de inox. A carne era muito branca, desprovida de sangue.

Eu não queria estar ali mas, por incrível que pareça, a minha mãe seguia como se nada fosse. É curioso e eu lembro-me de já aqui ter abordado esta questão tão peculiar que só acontece em sonhos. Já uma vez sonhei que a minha mãe mexia alegremente num cadáver e incitava-me a fazer o mesmo. Na altura eu refleti sobre a troca de papeis nos sonhos entre nós duas. Na vida real, a minha mãe tem pavor dos mortos e eu não tenho medo deles. Nos sonhos dá-se o inverso. Eu morro de medo e fujo dos cadáveres e a minha mãe lida com eles como se fosse esse o seu trabalho.

Lá apanhávamos o transporte todos os dias para regressarmos a sítio tão macabro. Ia sempre com o coração nas mãos.

Acordei a tremer. As minhas narinas ainda registavam aquele cheiro a carne cortada e a éter ou lá o que era.

Fechava os olhos e o sonho continuava. É uma propriedade também dos sonhos menos bons. Eles continuam sempre. Os bons, aqueles que queremos manter para sempre, esfumam-se ao mais ténue abrir de olhos.

Houve uma altura em que o rumo do sonho mudou. Ia eu numa excursão e estávamos a regressar a casa. Havia um problema: o motorista do nosso autocarro tinha confraternizado connosco e exagerou no álcool. Não podia pegar no autocarro. E agora? O pessoal todo já vinha bem bebido menos...o Hichem? O Hichem do Moreirense, esse mesmo. Se calhar a excursão era à Senhora da Penha. E lá até dão vinho em malgas grandes. Já lá fui há uns anos com o meu pai e o pessoal que ia na excursão saiu de lá bem bebido.

As velhotas que não sabiam conduzir viram um estranho pegar no autocarro e dizer que tinha carta de pesados. Se a polícia aparecesse sempre era melhor haver alguém que não estivesse habilitado para conduzir aquele veículo do que estar ao volante um motorista profissional podre de bêbado.

E lá ia o autocarro pela auto-estrada fora. A dúvida estampada no rosto dos passageiros que ainda tinham a cabeça em condições para raciocinarem. Era o meu caso enquanto olhava para a estrada. Estava a anoitecer. Eu pensava que provavelmente ele terá tirado a carta de pesados lá na Argélia. Havia que dar o benefício da dúvida. Ele também seria responsável ao ponto de não se meter à estrada com um autocarro de passageiros se não tivesse capacidade para conduzir. A questão que se punha era se a carta de pesados tirada na Argélia dava para conduzir cá. Mas a carta de veículos ligeiros dele dá. De certeza que ele conduz nas estradas portuguesas.

Enquanto isso, o autocarro seguia sem sobressaltos na estrada. O condutor improvisado era muito cauteloso mas a cara das velhotas que vinham de algum Santuário no Norte do País era impagável. Ia jurar que iam a rezar o terço temendo que o autocarro se despistasse e fosse parar a uma ravina.

Antes de dar por finda a atividade onírica para esta noite, ainda sonhei que corria às voltas na sala lá em casa, já que não estava em Coimbra. Para além de correr, fazia flexões de pernas e saltos. As pernas até já me doíam e tremiam, como acontece quando se treina força. Depois de tanto esforço, reparei que não tinha ligado a aplicação de corrida.

Acho que quem corria mesmo pelo soalho era o meu sobrinho. Era hora de me levantar.

“666 Park Avenue” (impressões pessoais)

Para leitura desta época natalícia, calhou em sorte esta obra de pura ficção sobre bruxas e a rivalidade entre elas.

Há quem acredite que ser bruxa simplesmente se herda. Outros defendem que tais habilidades se podem trabalhar, tal como se treina a escrita ou uma modalidade desportiva.

Nesta obra trata-se da herança dos dons de bruxa que passam de mãe para filha. E se a bruxa não tiver nenhuma filha que continue o seu legado? Fará de tudo para casar o seu filho com uma bruxa verdadeira, uma puro sangue. Nem que para isso tenha de ir ao outro lado do Mundo. A França? Sim, sempre ouvi dizer que França era um local muito bom para bruxas.

Só que a bruxa francesa não sabia que era bruxa até a avó aparecer morta na quinta isolada de tudo onde vivia e nem sabia no que se estava a meter ao casar com um rapaz americano vindo de uma família muito chique, da alta sociedade. Uma família de bruxas malvadas, portanto.

Assim se desenrola esta história que li de uma penada. Bem, também tive algum tempo para ler.

Já tenho em mãos outro livro, outras aventuras. Agora vamos para um romance de época, uma narrativa de viagens, o que lhe queiramos chamar.

INEM na ACAPO

Sonhei que o INEM tinha ido à ACAPO fazer uma ação de formação, tal como a Polícia fez há tempos. Distribuíam kits e t-shirts brancas muito grandes, mais pareciam túnicas.

Eu estava lá a assistir sem participar na atividade. A assistente social da ACAPO veio ter comigo com uma t-shirt dessas na mão. Até parecia maior que as outras. Pensei que era para mim mas ela disse que era para entregar à minha irmã. Mas por que carga de água? Ela nem ali estava. Fiquei completamente possessa.

Queriam que eu respondesse a um questionário mas não me queiram dar nenhum daqueles brindes. Eu fui dizendo que, sem kit, não havia respostas a questionário nenhum. Eles estavam a insistir. Queriam muito a minha colaboração. Eu não estava pelos ajustes. Ou me davam também daquelas coisas, ou não havia resposta a questionário nenhum. Acabou! Eles disseram que não tinham mais kits para distribuir. Ah, mas questionários para fazer já tinham!

Depois, como se isso já não fosse suficiente, havia por lá comida e bebida com bom aspeto. Eu, para me darem um pouco, menti que não tinha comido nada ainda mas tinha acabado de almoçar.

Quando acordei, logo comecei a pensar: Então eu fiquei intrigada por terem-me entregado uma t-shirt para entregar à minha irmã. Na vida real, ficava com ela e nem mais um pio. Quanto aos inquéritos, agiria da mesma forma. Queriam que colaborasse, tinham de arrotar. Afinal estava ou não a participar no evento?


“Anatomia Do Medo” (impressões pessoais)

Depois da leitura de uma obra desprovida de qualquer suspense, eis que lá em casa tinha este livro à minha espera. Foi oferecido por uma amiga minha mas, como eu só há poucos dias fui a casa, surgiu a oportunidade de o trazer.

Esta obra tem a particularidade de ser escrita por um desenhador, não por um escritor, daí a inclusão do desenho na narrativa. Eu sempre defendi que, quem tem jeito para uma arte, também tem para outras. Não é raro encontrar jornalistas que também são escritores, dramaturgos, até constroem cenários…

Por falar em desenhos e no poder dos mesmos, eu própria, ao ler esta obra, resolvi testar como ainda estavam as minhas habilidades para desenhar. Cheguei à conclusão de que não estão más de todo. A partir de uma selfie, desenhei o meu auto-retrato. Estou a pensar seriamente desenhar também um seguidor meu no Instagram, já que a criatura me contactou para eu ver fotos dele que um outro tipo tinha tirado e pediu que o seguisse. Parece que aquele fotografo não tem mais nada a que tirar fotos senão àquele jovem. E se eu o desenhasse? O que é que ele fazia?

Haver um assassino que deixa desenhos das vítimas como assinatura é um bom começo para uma história interessante e cheia de ação. Daqueles livros que dão luta, como costumo dizer.

Este foi um dos melhores livros que li neste ano que está quase a terminar.

Gostámos tanto das peripécias que se passam em Nova Iorque que não queremos sair de lá. Continuemos então...mas com uma história diferente. Ficção pura e dura.

Cinza e gelo








Depois de termos feito uma caminhada em Serpins há uns tempos atrás, voltámos a um local bastante fustigado pelos incêndios de Outubro deste ano.

O nosso destino era Oliveira do Hospital, mais concretamente Avô. Fazia imenso frio mas o dia estava luminoso. Nos primeiros quilómetros da caminhada, andámos mesmo por zonas com gelo e faziam-se sentir ainda as marcas do fogo. Em alguns locais, o trilho estava completamente vestido de cinzento- fusão entre cinza e gelo.

Este seria provavelmente um dos local mais bonitos por onde caminhámos. A combinação de cores e aromas sem os tons acinzentados e o cheiro a cinza seria maravilhosa.

Quando o caminho se tornou mais difícil, tive a ajuda de uma companheira que conheceu este local antes do fogo. Ela disse-me que aquele sítio era deslumbrante. Agora estava a recuperar das cinzas mas já as silvas e as acácias irrompiam no trilho. Se ninguém limpar, haverá o perigo de novos fogos no verão que vem.

Depois da caminhada, teve lugar o nosso almoço de Natal onde uma tuna universitária nos presenteou com uma música.

À vinda para cá, parámos num armazém de produtos regionais e pudemos comprar queijo da Serra e outras iguarias da região.

“Os Sítios Sem Resposta” (impressõles pessoais)

“Um homem pode mudar do que quiser, menos de clube”. Isto é o mote para esta obra da autoria de Joel Neto que conta a história de um açoriano que veio trabalhar para Lisboa.

Para trás deixou o seu pai e a sua terra- São Bartolomeu- onde juntamente com o seu pai, festejava as vitórias do Sporting.

Um dia, farto de ver o Sporting a perder, Miguel decide tornar-se benfiquista, escandalizando os seus amigos e colegas de trabalho que também eram do Sporting.

Ao mesmo tempo, uma mulher misteriosa entra-lhe em casa, fazendo-o viver as mais tórridas experiências íntimas. Fico com a ideia de ter sido a ex-mulher do protagonista que a mandou lá ir. Parecia uma daquelas prostitutas de luxo mas era a mulher quem deixava dinheiro a Miguel depois do ato sexual, o que o intrigava bastante.

Indo de férias aos Açores, o pai convidou Miguel para assistir a um jogo entre o Benfica e o Sporting mas ele não tinha coragem de desiludir o pai e lhe contar que agora era benfiquista.

Sobre esta obra, devo dizer que é daqueles livros que não dão luta. Não houve ali muito suspense, faltou algo mais para prender o leitor. O final também deixa um pouco a desejar. Há coisas que não se ficam a saber. Talvez seja por isso que este livro tem este título. Ficaram algumas coisas sem resposta, realmente.

Também realço aqui algo que para uma mulher como eu (louca por futebol) não faz muito sentido. Então as mulheres ficavam nos carros a fazer malha enquanto que os homens iam ver o jogo lá dentro? Dava a ideia de não as deixarem entrar, de uma terra muito tacanha mesmo. Pela descrição, dá mesmo a ideia de nem uma mulher estar lá a ver o jogo, quer no estádio, quer no salão da coletividade lá do sítio. Um bocado mau, no meu entender. Machista no mínimo.

Como nos Açores o suspense esta fraquinho, vamos para Nova Iorque!

“Nunca mais aqui passo!”

Ao longo dos últimos meses, por razões óbvias, muito se tem falado em Pedrógão Grande e naquela estrada onde morreram algumas dezenas de pessoas.

No meu sonho, tinha havido uma tragédia muito semelhante mas numa estrada aparentemente inofensiva em plena cidade de Anadia. Um local onde tantas vezes tenho passado a pé.

Terá havido ali um grande acidente de proporções consideráveis. Uma tragédia com muitas vítimas, muitos corpos mutilados, muita dor, muito sangue. Sangue que teimava em não desaparecer do asfalto, por muito que chovesse e por muito que limpassem a via.

Estive algum tempo sem vir a casa depois desse horrível acidente mas, num final de tarde, com o Céu já a escurecer, tive de lá passar. As marcas da morte e da destruição eram bem visíveis. O sangue tingia ainda a via como se tivesse sido ontem. Eu tentava não olhar mas, ao mesmo tempo, os meus olhos teimavam em se fixar ali. Tentei parar de olhar mas, teimosamente, mesmo virada de costas, ainda via a estrada tingida de vermelho.

Com um ar horrorizado, jurei que nunca mais ali passaria. Mas como iria fazer?

Acordei. Foi com horror que me lembrei que tinha de ali passar nessa tarde. Ia para casa. Já ali passaria de noite mas seria um dado adquirido que ali tinha de passar. Não passaria a pé mas, se tivesse de acontecer algo, aconteceria na mesma. Sei disso e não poderia fugir.

Tuesday, December 05, 2017

Mais uma noite sem pontos para as equipas portuguesas

Benfica e Sporting perderam pelo mesmo resultado com Basileia em casa e Barcelona fora, respetivamente. O Benfica terminou o périplo pela liga milionário com zero pontos, catorze golos sofridos e apenas um golo marcado. Quanto ao Sporting, segue para a Liga Europa com Juventus e Barcelona a ocuparem os lugares de apuramento no grupo.

Como o Benfica joga apenas para cumprir calendário, concentremo-nos mais no Sporting que vai jogar em Barcelona contra a colossal equipa dessa cidade.

E o Basileia já vence no Estádio da Luz.

Denis Suarez remata de longe e por cima.

André Gomes também tenta a sua sorte de longe mas o remate vai ao lado.

Com uma estrondosa defesa com as pernas, Rui Patrício nega o golo a Suarez.

O primeiro cartão amarelo em Barcelona e exibido a Alan Ruiz por entrada sobre Piqué.

Saiu o cartão amarelo para Nelson Semedo.

Ao intervalo o Benfica perde com o Basileia por 0-1 e regista-se um nulo no marcador entre o Barcelona e o Sporting.

Bas Dost e Gelson Martins apresentam-se para a segunda parte. Ernesto Valverde responde a Jorge Jesus e Messi salta do banco para aquecer. Trunfos jogados para os quarenta e cinco minutos que faltam.

Vidal remata para fora.

Gelson Martins tem uma jogada individual daquelas que colocam os adeptos em qualquer estádio do Mundo em delírio. Pena ter finalizado ao lado.

Na sequência de um canto, o Barcelona chega ao golo por Paco Alcacer.

Aí vem ele! O Messi.

Quase que Bas Dost empatava.

Na Luz, o Basileia marca mesmo. É o segundo golo.

Rui Patrício nega o golo a Messi que já ali está outra vez para fazer estragos.

Mais uma vez, Bas Dost cria perigo.

Mathieu marca na própria baliza a favor da sua equipa anterior.

Os dois jogos terminam ao mesmo tempo com duas derrotas para as equipas portuguesas. O Sporting segue para a Liga Europa.




Comida, bebida, convívio…

Frequentemente, sonho que há festa lá na aldeia. Desta vez as coisas funcionavam de forma um pouco diferente.

Havia um recinto parcialmente coberto com comida, muita bebida e muita gente. Havia um grupo de atletas vindos de Espanha que também estavam presentes. Eu preparava-me para comer e beber bem mas o meu vizinho sempre foi insistindo que não podia beber mais cerveja, apesar de ela sempre me saber ao néctar dos deuses nos sonhos, vá-se lá perceber porquê.

Acabei por encontrar outras pessoas e acabei por beber uns copos com elas.

Mais tarde perguntei se haveria fogo de artifício no arraial daquela noite. O meu vizinho disse que este ano não iria haver. Era estranho. Estava um pouco desolada por esse motivo.

Acabei por acordar. A manhã estava fria, mas não tão gelada como ontem.

Monday, December 04, 2017

“Não havia uma subida…?”







Mais uma vez, visitámos Penela para mais uma caminhada. Desta vez não fomos ao Castelo, por acaso.

Não sabia em que condições vinha para esta jornada que se afigurava um pouco dura. Os problemas de saúde que me afetaram na última semana levavam a que não soubesse como estaria para abordar as agruras do percurso.

Logo de início, as sensações foram boas, o que me deixou um pouco mais tranquila. Falava-se em subidas íngremes e eu estive a resguardar-me para elas. E se não estivesse?

Houve uma primeira inclinação que requeria algum cuidado devido à gravilha e ao gelo no chão. Logo aí fiquei a saber que não havia nada a temer quanto ao estado físico.

Sensivelmente a meio da caminhada, houve uma subida. Estando-me a resguardar para uma subida ainda mais difícil, fui nas calmas. O que é certo é que eu ia na frente do grupo também aí. Quando parámos para reagruparmos e comermos alguma coisa, foi informado que a partir dali ira ser quase sempre a descer, o que para mim não seriam boas notícias. “E aquela subida difícil?”- perguntei eu. “Já a passámos.”- disse o Pedro. “O quê?!!!”- eu continuava incrédula. O problema daquela subida não foi a inclinação mas sim o estado do trilho com paus e troncos no meio do caminho. Se calhar era por isso que devia ser difícil.

A descer, as coisas são diferentes para mim. Valeu mais uma vez a ajuda preciosa dos companheiros que são incansáveis.

Tudo correu bem. Afinal de contas, estava completamente recuperada. Pronta para outra.

Wednesday, November 29, 2017

Avistaram Gabigol numa agência bancária e numa praia

E Nuno Matos fartou-se de perguntar por onde andava Gabigol. A resposta, um pouco atabalhoada, diga-se, surgiu do meu subconsciente.

Pois é, andava tudo à procura do Jogador Número Onze do Glorioso SLB. No Seixal a treinar é que não estava.

Então surgiram dois relatos de avistamento de Gabriel Barbosa numa agência bancária. Sim, ele tem cara de quem vai muito ao banco. Se calhar vai mandar guardar o chorudo ordenado que aufere, apesar de não jogar. Há quem diga que ele deveria ter mais oportunidades mas o treinador, que trabalha com ele todos os dias, é que sabe como ele treina diariamente. E que dizer então da pessoa que afirma tê-lo visto no banco? Se Gabigol tem cara de quem não passa parte do tempo em filas de bancos, então o jovem que afirma que o viu lá muito menos. Ele existe na realidade. Chama-se Eslam. Conheço-o do Instagram. Não sei se ele sabe quem é o Gabriel Barbosa.

Completamente desconhecida é a rapariga que afirma tê-lo visto na praia. Sim, esse realmente era um sítio onde um baldas deveria estar mesmo. Se o tempo está bom, quem não trabalha vai para a praia. A jovem chamava-se Rita e contou como o jogador brasileiro passou a tarde refastelado na praia enquanto os companheiros buliam no Seixal. Não se sabe se a Rita o avistou ou foi mesmo ter com ele. Ela simplesmente disse que o viu.

Também constava que Júlio César não se treinava mas estava devidamente autorizado para consultar especialistas para o tratamento da sua lesão.

P.S.: Gabigol não foi avistado nem num banco, nem numa praia. Foi visto num local mais que óbvio para jogadores que gostam de curtir e se baldam aos treinos- na discoteca. A porta da saída está escancarada para ele. Júlio César rescindiu com o Benfica devido aos problemas físicos que realmente o afetam. Saiu de cabeça erguida como os campeões devem sair de um clube quando, inevitavelmente, chega a hora de partir. Não deixa de ser curioso eu ter sonhado com os dois.

“A Nossa Mente À Note” (impressões pessoais)

Os habituais seguidores deste meu humilde espaço sabem que os sonhos são uma temática pela qual eu nutro bastante estima. Parte do conteúdo do meu blog e composto precisamente pela descrição de sonhos.

Fiquei a saber através da leitura deste livro, que as pessoas que se interessam mais pelos sonhos e que os recordam são mais intuitivas e criativas. Exatamente como eu sou. Eu nem sempre tenho ali o caderno à cabeceira para registar os sonhos. Tenho-o mais a frente e registo os sonhos por tópicos que vou desenvolvendo. Talvez muitos pormenores me escapem mas já aqui brindei os meus estimados leitores com grandes narrativas oníricas, umas mais bizarras do que outras. Algumas davam mesmo um belo argumento para um filme.

Fiquei também a conhecer história incríveis de sonhos que deram origem a grandes ideias. Talvez a mais gritante tenha sido esta música que dispensa apresentações e que foi sonhada por Paul MacCartney certa noite. Eu não sabia disso.


Apesar de esta obra fazer uma abordagem mais técnica e mais científicaà temática do sono e dos sonhos, adorei a sua leitura. Havia muita coisa que desconhecia, nomeadamente as partes do cérebro que poderão estar na origem da bizarria das tramas oníricas e sobretudo do exacerbar de emoções que por vezes nos acompanham ao longo do dia, sobretudo quando são negativas.

Curiosamente não vi nesta obra nenhuma referência à paralisia do sono, algo que influencia e de que maneira o decorrer de uma noite. Talvez o aproximado que tenha havido tenha sido a abordagem dos sonhos lúcidos que também poderão ter origem nesse estado.

Em suma, tratou-se de uma abordagem diferente de uma temática pela qual nutro bastante curiosidade.

Quando tens imensos planos para o fim de semana e eles saem todos furados

Ele há fins de semana assim. Fins de semana extremamente bem preenchidos, bem programados mas...eis que algo os vem destruir num ápice e esse algo é o imponderável de se ficar doente.

Aconteceu-me este fim de semana. Tinha as minhas habituais atividades de Sábado que consistiam em ir nadar e estar com os amigos. Ao invés, foram forçosamente substituídas pela cama, pelo mal-estar, pelas voltas dadas sem saber em que posição estaria mais confortável, pela prostração. Nem tudo foi mau de todo. Deu para acompanhar os jogos de Futebol todos, apesar de a disposição andar pelas ruas da amargura.

No Domingo iria ter uma caminhada solidária que também tive de desmarcar. No estado em que me encontrava, nem conseguiria ir até à esquina, quanto mais fazer uma caminhada. Bem, sempre deu para terminar o meu livro há muito inacabado.

A maleita pedia descanso. Havia que aproveitar o fim de semana para descansar um pouco. Segunda-feira, mal ou bem, teria de ir trabalhar como estivesse.

Monday, November 20, 2017

Celso Pombinho e outras peripécias oníricas

Para além de mal dormida, esta noite foi repleta de inúmeras aventuras oníricas bem estranhas que me fizeram, mais uma vez, tirar do sério.

Sonhei que os programas de rádio que normalmente costumo ouvir estavam todos trocados. Havia uma espécie de guerrilha declarada da Comunicação Social que levava a que alguns animadores se opusessem a outros. Era estranho.

Então baralharam a programação toda das rádios e foram introduzidos elementos novos. Às cinco da tarde, tínhamos a fazer programa um tal de Celso Pombinho que não tinha grande jeito para o ofício de animador de rádio. Passava música e pouco mais.

Estava eu a ouvir o programa lá em casa, quando me apercebi com horror que já estava escuro. Logo tentei vir para a cozinha que sempre tinha janelas. A minha mãe falou-me da casa de forno ou não sei de onde que para a próxima podia ser tarde demais. Quando acordei, depreendi que talvez houvesse ali uma mensagem mas o que significava? Fiquei ali a refletir no assunto até voltar a adormecer.

Agora a questão é bem mais intrigante e leva-me à loucura. Chego a casa e à minha espera estão a minha mãe e a minha irmã. Querem-me internar compulsivamente numa clínica...na Sertã. Isto porque eu estou muito gorda, imagine-se. Olhei para a minha irmã e pensei: “e tu?”. Eu sempre argumentei que tinha de ir trabalhar, que não podia meter baixa, que o meu trabalho ninguém o fazia...nada as demovia.

Não tive outra alternativa, que não fugir-lhes. Até atravessei um semáforo vermelho para peões.

Não me livrei dos problemas. Fui para picar o cartão e constatei que o código de barras estava danificado.

Isto foi sempre a subir em termos de peripécias. Se continuasse a dormir, que mais me iria acontecer?

Resta dizer que acordei mais tarde. Não estava em condições de ir correr devido à dureza da caminhada de ontem. Vamos a ver amanhã...

Logo aos primeiros metros, soubemos logo ao que vínhamos







Fazia um frio cortante junto aos moinhos em Penacova. Já antes ali havíamos estado, num dia de muita chuva, a seguir ao grande temporal.

As dificuldades começaram logo aos primeiros metros com trilhos muito íngremes a descer. Iria ser assim ao longo dos mais de dez quilómetros do percurso. Indubitavelmente, esta foi, para já, a caminhada mais difícil desta época.

Dada a dureza do percurso, uma vez mais, contei com a preciosa ajuda dos meus companheiros a quem não podia deixar de agradecer. Foram incansáveis, apesar de as dificuldades serem para todos, uns com mais do que outros.

No final, havia a alternativa de ir pela estrada. Claro que fui por lá.

No único trilho de terra batida que houve, entusiasmei-me e ia na frente. Só que andava também por ali outro grupo. Pensando que se tratava de elementos do nosso grupo, seguia com eles. Só depois me chamaram para trás.

No final desta caminhada, merecemos bem confraternizar com castanhas, jeropiga e dança.


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Viagem inesperada a Angola

E a música nem podia ser outra. Siga!


Depois de vir do trabalho ainda fui ver as notícias. Falava-se sobre as mudanças políticas em Angola e o meu subconsciente, tal como havia acontecido há uns anos atrás, levou-me até lá.

Da outra vez, o que havia motivado a minha viagem onírica a Angola tinha sido um folheto, hoje é uma notícia. Da outra vez o sonho foi desolador, pois fui para Angola e não estava a gostar nada. Tudo era de cores baças e tristes.

Desta vez apenas fazia os preparativos para o regresso. Não sei como, o meu subconsciente havia guardado a informação da viagem da outra vez. Ela realizou-se mesmo. Um sonho dentro de outro.

A viagem tinha fins humanitários. Iria ajudar e estava muito entusiasmada, apesar da experiência anterior. Preparava tudo com afinco e falava com a minha mãe na casa de forno sobre o que iria fazer e o que iria encontrar. Ela, como não podia deixar de ser, mostrava algumas reservas, apesar de eu lhe garantir que ia correr tudo bem.

Tudo estava pronto para seguir viagem. Só não sabia onde tinha deixado o encarregado do telemóvel e muita falta me iria fazer para tirar fotos.

Acordei. Nada do calor de África. A manhã estava fria.

Tuesday, November 14, 2017

O que é um jogo de Futebol comparado com o que fizeram?

Antes do jogo entre Portugal e os Estados Unidos, não posso calar a minha revolta pelo que fizeram ao Pinhal de Leiria- um símbolo nacional com tanto significado e tanta história. Algumas horas de fogo bastaram para destruir oito séculos de história, o tempo que durou o incêndio. Mas que género de portugueses são capazes de fazer uma coisa destas? Criaturas como essas nem devem ser apelidadas de pessoas, quanto mais de portugueses. Não têm amor à Pátria. São uns monstros. Mas o que lhes passou pela cabeça para queimar o Pinhal de Leiria? É simplesmente triste e desolador, revoltante até, ver desaparecer uma parte tão importante e tão simbólica de Portugal. Uma tristeza!

Os Estados Unidos começam por criar perigo mas Beto segura. Os Estados Unidos continuam a carregar por Acosta.

Pepe parece lesionado. Neto aquece e parece que vai entrar mesmo a frio. Pepe sai a coxear e entrega a braçadeira de capitão a Danilo Pereira. Se aquilo é coxear ligeiramente, senhor jornalista, coxear bastante deve ser arrastar-se pelo chão. Ele estava a coxear imenso.

O Gelson agora também se lesionou? Isso é que seriam más notícias para o Sporting. Está muito frio, as lesões podem aparecer. Vamos a ver se o Gelson aguenta!

Bruma falha um golo quase certo. Que perigo!

Sai mais um remate do Jogador Número Vinte E Três dos States que é o Acosta.

Adams tenta a sorte mas Beto controlou a situação.

E o Jogador Número Oito dos Estados Unidos faz um golo que já se adivinhava e fez gelar ainda mais as bancadas de Leiria.

Um golo bem estranho dá o empate a Portugal. O guarda-redes dos States meteu ali água. Ainda bem! Digno de apanhados. Acho que foi o Antunes a cruzar. A quem foi atribuído o golo?

Saiu bomba de Manuel Fernandes, talvez a testar o estado anímico do guarda-redes norte-americano.

No meu entender, Antunes está a ser um dos melhores da nossa seleção.

Outra vez o guarda-redes dos States a fazer asneiras, desta vez jogando com os pés. Talvez Bruma se tenha deslumbrado. Nota-se que treme que nem varas verdes, o indivíduo.

Onde é que joga mesmo este camarada? Tenho de ir ver. Que desastre de guarda-redes! Agora segurou a bola nas mãos…

Donald Trump estará a ver este jogo? Se está, sai um tweet daqui a nada a decretar que não quer aquele guarda-redes a defender a baliza dos States.

Tira notas, o selecionador dos Estados Unidos. Ao intervalo terá de fazer alterações na baliza.

A bola entra na baliza de Beto mas tinha havido uma falta atacante.

Ah, afinal ele defende alguma coisa!

Chega-se ao intervalo com um empate a uma bola. O resultado aceita-se.

Tal como eu previa, vai haver alteração na baliza norte-americana.

Beto nega um golo que o jogador dos Estados Unidos já festejava.

Mais uma vez, Beto tem de se aplicar.

Agora é a trave que nega o golo ao jogador que marcou o golo dos Estados Unidos na primeira parte. Portugal está a começar a segunda parte do jogo como tinha começado a primeira- a entrar completamente em falso.

Bruma agora cria perigo.

Quase que Gonçalo Paciência marcava mas a bola foi à trave.

Beto defende mais um lance de perigo dos norte-americanos.

Antunes aplica uma bomba. Quase que era um golo que o Jogador Número Cinco da Seleção de Todos Nós já merecia.

Williams remata ao lado.

Termina o jogo com um empate a uma bola. O importante foi mesmo ajudar todos aqueles portugueses que perderam as suas casas nos incêndios.




Monday, November 13, 2017

As minhas atividades

Sonhei que havia uma atividade da ACAPO numa praia fluvial. Uma cantora que estava a ter muito sucesso tinha sido convidada para abrilhantar o programa. Ela chamava-se Cândida Sofia e estava em primeiro lugar com uma música muito ordinária.

Eu não queria saber da música dela para nada. Queria saber de andar na água, pois é disso que eu gosto. Haviam umas pontes de madeira no rio. Disseram-me que eu podia nadar até uma ponte que ficava mais distante mas, à medida que eu avançava, a agua ia ficando menos profunda, transformando-se em lodo e lama e não dando para nadar.

Agora o meu sonho muda de rumo. Estou no meu quarto lá em casa sozinha a ler um livro. Já há uns anos tive um sonho muito semelhante. Estou a ler um livro de um autor português clássico. A certa altura, achei melhor parar. Estava a ter uma sensação estranha e desagradável. Um misto de tristeza, vazio, desolação, medo...Não compreendia o que se estava a passar.

O sonho muda de cenário novamente. Não estou só. Ali algures numa estrada, concentra-se um enorme grupo que vai correr ou caminhar. Alguns envergam coletes de guia. Ali encontram-se antigos colegas meus do Desporto, atletas recentes que já não cheguei a apanhar, colegas da ACAPO que nunca fizeram desporto e...colegas de trabalho. Havia também imensos figurantes- pessoas que não consegui identificar. Perfeitos desconhecidos que estavam a participar.

“Ainda por cá andas?!!!”- saudei eu o Nuno Alves que reconheci no meio da multidão. Ali estavam também outros que agora participam nos Jogos Paralímpicos. Gente que eu não conheço nem eles me conhecem a mim.

Soou o tiro de partida. O pelotão colorido começou-se a afastar. Eu ia com uma colega minha de trabalho. Acho que ela era minha guia mas, a certa altura, vendo todos se afastarem, já a arrastava. Berrei-lhe que havia que apressar. Estávamos a ficar demasiado para trás e podiamo-nos perder.

Por falar em correr, mais uma semana de corrida se avizinhava ao toque do despertador.

Mel de castanhas

Decorreu nas instalações da ACAPO mais um magusto. Este ano, o evento contou com a presença de um apicultor da zona da Lousã que nos esteve a ensinar a arte de produzir mel.

Com os incêndios que devastaram fortemente a Serra da Lousã, o Senhor Vicente ficou sem noventa colmeias.

A seca que Portugal atravessa também será um problema para as abelhas. É necessário depois comprar-lhe comida para as alimentar no Inverno. Cada colmeia requer tempo, dinheiro e dedicação.

Para além do mel, não podiam faltar as castanhas assadas a crepitar no terraço. Para as acompanhar, a apetitosa jeropiga e a musica dos Foles E Cantorias de Santa Clara.

Caía a noite já quando a festa terminou. Mais uma tarde bem divertida.

Friday, November 10, 2017

Mostrando serviço

Mais de seis mil espetadores deslocaram-se ao Estádio do Fontelo em Viseu numa noite fria e viram Portugal a vencer a Arábia Saudita por 3-0. Manuel Fernandes e Gonçalo Guedes regressaram à Seleção muito tempo depois e logo se viu que estavam empenhados em mostrar serviço. O resultado deste encontro era o que menos interessava, mais importante era ajudar as pessoas que perderam tudo nos incêndios a refazerem as suas vidas.


Hoje o resultado e o que menos interessa. Muito mais que um jogo de Futebol.

Kevin Rodrigues é uma estreia absoluta na Seleção De Todos Nós. Por sua vez, Manuel Fernandes reaparece muitos anos depois.

O regressado Manuel Fernandes abre as hostilidades quanto a remates nossos diz respeito.

João Mário envia a bola à trave. Portugal carrega.

Cheira a golo de Portugal que pode acontecer a qualquer momento.

Quase que Gonçalo Guedes marcava depois de um canto.

Só agora a Arábia Saudita chega à nossa área com perigo.

Nem num jogo particular e solidário Pepe deixa de ver o cartão amarelo.

Danilo remata por cima depois de muita confusão e depois de o guarda-redes árabe ter metido imensa água.

Manuel Fernandes andava desde o início do jogo à procura do golo. Agora conseguiu-o. Fez por merecer.

João Cancelo remata com perigo.

Gonçalo Guedes remata por cima.

Saiu cartão amarelo também para o Jogador Número Dezoito da Arábia Saudita.

Saiu o enésimo remate de Gonçalo Guedes neste jogo. Também ele procura o golo. Está em excelente forma.

Quase que era o segundo golo da Seleção De Todos Nós.

Saiu mais um vistoso remate de Gonçalo Guedes. Já merece um golo! Sem dúvida.

Vamos para intervalo a vencer apenas por 1-0, apesar das inúmeras oportunidades.

Ricardo Pereira entra para o lugar de João Cancelo. Entretanto Portugal cria perigo.

E Gonçalo Guedes também consegue um golo que andava a perseguir e que já merecia. O passe foi de Ricardo Pereira. Foi mais de meio golo.

Tinha entrado há escassos minutos e logo aplicou um dos seus inconfundíveis remates. Estou a falar de Bruno Fernandes.

Agora o jogo decaiu de qualidade e de interesse. Troca-se a bola a meio-campo.

Bruma que também se estreia remata com perigo.

A Arábia Saudita agora mostra um ar da sua graça.

O jogo termina com aquilo que pode ser considerado a cereja no topo do bolo- um enorme golo de João Mário. Era o golo que o público de Viseu vinha pedindo das bancadas.

Gelson também tenta fazer um brilharete mas sem perigo.

O jogo termina mas na próxima terça-feira, em Leiria, nova jornada solidária está marcada para ver também mais estrelas de Portugal e dos Estados Unidos.






Foram a uma corrida e não me disseram nada

Estou a conhecer um pouco do mecanismo dos sonhos através da leitura de um livro que conto esmiuçar nos próximos dias. Mesmo assim, o mundo onírico continua para mim um mistério. Mas há necessidade de eu me chatear sempre durante os sonhos? Pelo que leio, sou eu e toda a gente que sonha ou se lembra do que sonhou.

Introdução feita, vamos ao problema onírico da noite de 10 de Novembro de 2017.

Cheguei um dia ao terraço da ACAPO que mais se assemelhava ao pátio da minha escola primária. Segundo o livro que ando a ler, enquanto dormimos, o nosso cérebro vai selecionar memórias e mistura-as umas com as outras, criando estes cenários tão estranhos.

Duas amigas minhas que se destacavam do grupo exibiam umas t-shits rosa choque um pouco mais claras do que as que havia na caminhada do cancro da mama onde o mesmissimo grupo do sonho esteve todo presente. Eu perguntei onde é que elas tinham arranjado aquelas camisolas e entretanto vi mais gente com camisolas iguais.

Então disseram-me que no dia anterior tinha havido uma corrida. Fiquei fora de mim. Então havia uma corrida e não me disseram nada? Comecei logo ali a disparatar, até porque eu, apesar de não correr por aí além, sempre corria melhor do que aquele pessoal todo junto. Mas há dúvidas?

Então algo estranho aconteceu, algo que também li no meu livro que pode acontecer no mundo dos sonhos. A minha colega quis oferecer-me a sua camisola que era rosa, saliente-se. Porém, quando a camisola passou para as minhas mãos, ficou vermelha. Nem parecia a mesma.

O despertador tocou. Ia mesmo correr.

Amanhã irei estar com muitos dos protagonistas deste sonho, se não com todos. Ainda me vou rir.

Thursday, November 09, 2017

“Rain”- The Script (Eu Não Conhecia Isto)


Numa altura em que quase imploramos por chuva, dada a situação grave de seca que Portugal atravessa, hoje tropecei nesta música.

Tem ar de ser recente mas adorei ouvi-la. Aliás, esta banda o ano passado ou há dois anos, por altura do lançamento de um CD de êxitos dos anos oitenta cantados por artistas atuais, fez uma versão do tema “Drive” simplesmente estrondosa. Não sou fã do tema original mas adorei a versão deles.

Fica aqui também essa música. Adoro ouvi-la!

Entornando urina

Sonhei que estava numa piscina ou noutro local público. Havia lá um evento onde estava muita gente famosa. Roberto Leal era um dos ilustres convidados. Eu estava admirada por ele ser tão alto. Julgava que ele fosse bem mais baixo.

Eu estava nesse evento social com a minha avó. Tinha comprado umas cuecas iguais a umas que eu já tenho para estrear naquela noite mas elas não apareciam, por mais que as procurasse. Se calhar não as tinha trazido mas eu tinha quase a certeza que as tinha colocado na bagagem.

Na festa, acabei por beber imenso champanhe. Estava fresquinho e sabia bem. Depois de bem bebida, voltei atrás para procurar as famigeradas cuecas e desta vez encontrei-as mesmo.

Permaneci no quarto que era muito semelhante aos que existem na colónia de férias da Árvore em Vila do Conde. As casas de banho estavam fechadas e, como tinha bebido muito, a certa altura, tive necessidade de verter águas.

Por acaso achei um penico mas, o volume de urina era tanto, que acabei por entornar. Quando a minha avó chegou ao quarto, logo desconfiou de alguma coisa, pois andava à procura de algo no chão e até em cima da cama. Eu não queria que ela soubesse desta minha peripécia na festa mas não conseguia fazer nada para esconder a situação.

O despertador tocou. Hora de meter pés ao caminho!


Monday, November 06, 2017

O companheiro da Feijoa e a exposição da ACAPO

Mmúsica, quie isto assim não pode ser…


Segundo o livro que ando a ler, as emoções intensas que vivenciamos durante os sonhos poderão ter origem na amígdala. Eu sei lá onde é que podem ter origem! Parra me chatear já basta a vida real mas, o que é certo, é que eu me chateio ainda mais durante os sonhos.

Sonhei que tinha comprado um gatinho já grande a um senhor da minha terra, apesar de toda a gente me incriminar por isso. Eu não dei ouvidos e levei o gatinho parra casa. Era cinzento e branco. Quando a Feijoa o viu, ficou toda contente e começaram a brincar os dois na cozinha. Eu fechei as portas para eles não correrem para a rua. Dava gosto ver a Feijoa assim a brincar. Ela que pede licença às patas de trás para mexer as da frente quando lhe interessa. É raro correr.

Entretanto, na ACAPO, havia uma exposição temática dedicada...a Carlos Paião. Reuniram uma coleção de objetos pessoais do cantor para colocar em cima de uma mesa. Eu queria-me ir embora mas tinha de lá permanecer. Ainda faltava alguma coisa de que estavam à espera. Eu é que já estava impaciente porque tinha de ir a outro lado.

Termino esta crónica de peripécias noturnas com um episódio hilariante. Como dá bastante trabalho a mudar o horário ao meu cronómetro, e uma vez que ele não acorda mais ninguém a não ser eu, ficou com o horário de Verão. Então ele desperta sempre às cinco e meia da manhã. Acordei sobressaltada e pensei que já era para me levantar. Só quando olhei para o telemóvel é que vi que podia estar mais meia hora na cama. Até julgo que voltei a adormecer antes de serem seis da manhã e me levantar para ir correr.


Terra queimada











Estava uma bela manhã de Novembro em Serpins, onde iniciámos mais uma caminhada. No ar ainda pairava um forte cheiro a queimado e em algumas zonas até parecia que ainda se via fumo, resultado dos fogos que assolaram aquela zona em Outubro.

A caminhada revestia-se de alguma dificuldade. Para mim as subidas não são problema, muito menos este ano. Parece que estou a dar continuidade ao estado de forma a subir que evidenciava no final da época de caminhadas. Treinar para a caminhada com corrida surte os seus efeitos.

As maiores dificuldades surgiram aos cinco quilómetros com um trilho com pedras. Tinha de se ter bastante atenção, pois algumas rolavam debaixo dos pés. Também havia alguma lama mas não era muito significativa.

Em alguns locais, via-se mesmo que o fogo andou a lamber as casas, pegando mesmo em algumas. Nem a capela mortuária num cemitério escapou!

Seguem algumas fotos do Rio Ceira e de outros locais por onde passámos.

Friday, November 03, 2017

“Beirã”- Rui Veloso (Música Com Memórias)


Esta é mais uma música das que eu tinha guardadas para aqui apresentar num dia em que não tivesse nada para escrever. Chegou a vez de contar este episódio da minha infância, quando tinha aulas da parte da manhã e passava a tarde toda a ouvir rádio.

Tenho quase a certeza que andava na terceira classe (tinha o meu livro escolar- ainda o guardo e hei-de o procurar a ver se realmente tem parte da letra desta música la escrita).

Houve uma ocasião em que eu devia estar a fazer os trabalhos de casa, coisa que eu detestava fazer. Tinha o meu livro de leitura (na altura chamava-se assim) e um lápis. Então eu peguei no lápis e comecei a escrever os nomes das plantas conforme iam surgindo no refrão desta música.

Bem, como podem ver, desde cedo comecei a escrever nas capas dos livros e, se escrever nomes de plantas não tem mal nenhum, já tecer comentários sobre professores é um pouco pior. Hei-de um dia procurar os meus livros e os meus cadernos. Alguns nem um milímetro têm que dê para escrever mais alguma coisa.

Não sei quando perdi a mania de escrever nos livros mas hoje já não o faço, a menos que tenha de anotar alguma coisa importante. Quando estou a ler

Wednesday, November 01, 2017

“Raposas De Fogo” (impressões pessoais)

Devo dizer que o que mais me ressalva da leitura desta obra é facto de me identificar bastante com a personagem principal – a adolescente “Pernas”-chefe do gangue feminino “Raposas De Fogo”.

Esta personagem detesta roupas femininas e gosta de fazer tudo o que normalmente os rapazes gostam de fazer. Também se insurge contra os homens que, mal veem uma mulher bonita na rua, pensam logo em conquistá-la. O gangue por ela criado tinha como suas principais vítimas esses predadores que andam pela rua e, mal encontram uma rapariga sozinha num local público, tentam logo passar à ação mas com estas não tinham grande sorte. Ainda se davam mal.

Estávamos nos Estados Unidos nos anos cinquenta, subúrbios de Nova Iorque. É aí que inicialmente cinco raparigas se juntam e criam um gangue só de raparigas que luta pela afirmação num mundo masculino.

A narrativa da história está um pouco confusa. Há partes que são narradas pela Maddy- que saiu do gangue antes de ele ser destruído com base no seu caderno de apontamentos e confissões. Depois há partes que, penso eu, são narradas por um narrador que não pertencia ao grupo com base em notícias e outro material de investigação.

Há que realçar que este livro no final deixa muito a desejar, pois muito promete ao longo das suas páginas. Não chego a saber se a rapariga com quem eu já referi que me identifico morreu ou não.