Friday, January 31, 2014

Que seria de Coimbra sem as praxes?



Quem visita a cidade de Coimbra em inícios de Outubro, é envolvido por uma atmosfera única e inesquecível. O preto dos trajes académicos povoa as ruas, salpicado aqui e ali pelas cores garridas das roupas dos caloiros, muitas vezes envergando as cores da faculdade que os acaba de receber.

Cânticos berrados a plenos pulmões são entoados, abafando todos os sons habituais numa cidade normal. Vive-se um ambiente mágico, respira-se tradição, quem vive na cidade de Coimbra não pode deixar de sentir uma ponta de orgulho. A maioria de nós, que aqui vivemos e trabalhamos já passou por isso, também nós fomos protagonistas e fizemos parte destas tradições seculares. É com saudade que, ao ver a festa dos estudantes na rua, recordamos os tempos em que também nós fomos caloiros e fomos praxados, em que também nós praxámos os caloiros que entraram no ano seguinte e assim por diante, até que terminámos os nossos estudos.

São as tradições académicas que atraem ainda muita gente a Coimbra, à Latada, à Queima das Fitas, simplesmente a uma cidade com largas tradições e uma mística especial em termos académicos.

Agora imaginemos o que será desta cidade se o nosso Governo, reagindo a quente, proibir toda e qualquer manifestação de recepção ao caloiro? Simplesmente não estou a imaginar tal cenário, talvez porque nunca tenha visto a cidade de Coimbra sem o preto dos trajes e o som alegre dos caloiros cantando pelas ruas. Que seria dos turistas de todo o País e até do estrangeiro na cidade? Simplesmente desapareceriam.

Sinceramente, por algo que, segundo me quer parecer ao dar uma vista de olhos pelas notícias e reportagens que passam insistentemente nos noticiários nos últimos dias, nada tem a ver com tradições académicas, antes lembra qualquer organização iniciática e secreta que tem as tradições académicas como fachada, vai-se proibir algo com séculos de existência e que tantas saudades deixa a quem já foi estudante?

Sim, quando cada um de nós deixa o Ensino Superior não tem saudades das salas de aulas, muito menos dos professores. É do convívio, da confraternização, das festas, das praxes que tem saudades.

Proibir-se algo só porque infelizmente se deu uma tragédia não faz sentido algum, até pelos contornos envoltos em mistério desse caso. Eu olho para o que aconteceu e comparo com as praxes que vivi, a que assisto nas ruas de Coimbra. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Vendo as reportagens, eu depreendi que nenhum dos que morreram na praia do Meco eram caloiros a serem praxados por elementos mais velhos, depreendi sim que havia um qualquer ritual como há em qualquer organização secreta, daqueles em que há desafios rigorosos que se têm de superar para completar mais uma etapa. Isto não é praxe académica.

Pode ser que haja bom -senso na cabeça dos nossos governantes e que não se confunda aquilo que se terá passado na madrugada de 15 de Dezembro de 2013 com o que é comum nas tradições académicas. Para bem das tradições académicas e da própria cidade de Coimbra que já não se consegue dissociar da vida estudantil.

Thursday, January 30, 2014

Debilitada demais para jogar Ténis

Depois de ter sonhado há dias que estava que nem podia, eis que agora sonho com o drama e a tristeza de uma colega minha que, tendo ficado doente numa altura imprópria, não participou em certos eventos como esperava participar. Foi mesmo azar!

A acção passa-se aí por alturas do Natal e o cenário é indefinido, apesar de eu e a maioria das pessoas estarmos na terrinha. Eu até me lembro de ouvir o Desporto na Antena 1 para acompanhar o encerrar do mercado futebolístico.

Havia uma série de eventos num local deserto lá na terra onde participavam muitos colegas de trabalho. Digamos que era uma espécie de olimpíadas nossas. Vários eventos, especialmente desportivos, tinham ali lugar mas, curiosamente, eu só chegaria lá mais tarde. Consta que iria correr mas não tenho a certeza.

Estando eu em casa, chegou-me ao conhecimento que uma colega minha estava lavada em lágrimas. Ah, isto passava-se numa sexta-feira. A causa da tristeza dela era o facto de não se sentir com forças para jogar Ténis, imagine-se. Sinceramente não a estou a ver a jogar Ténis mas os sonhos são assim disparatados.

Havia que recuar cerca de dois dias atrás para perceber o quão debilitada fisicamente ela estava. Tudo terá acontecido assim de repente. Inicialmente contaram-me a versão de que tinha havido uma festa de aniversário em que os presentes haviam apanhado todos uma intoxicação alimentar, sendo essa minha colega a que pior ficou, pois os outros já andavam finos ali pelo local dos eventos desportivos.

Depois liguei eu própria para outra colega que se encontrava a trabalhar e que me contou o que realmente se passou. Realmente foram todos à festa mas só ela adoeceu fortemente. Os outros nem uma sensação de enfartamento sofreram.

Tendo começado o dia normalmente, a minha colega terá também vindo bem-disposta do evento social. Depois, lá para essas quatro horas, começou a sentir-se doente. Isto havia-se passado na quarta-feira e estávamos na sexta. Na quinta-feira ela não veio sequer trabalhar.

Mudemos agulhas agora para uma notícia que passava num noticiário. Toda a gente que estava num café se calou para ouvir a notícia. Vendo que esta não tinha ocorrido cá no nosso Portugal, logo começaram a falar mas eu mantive-me atenta.

Eu não percebi bem o que se tinha passado, ouvi falar de um casal, de três indivíduos todos menores. Parece que, fosse o que fosse, decorreu em Itália. Na televisão via-se uma mulher a gritar histericamente. O marido (presumi que fosse o marido) enfiou-lhe uma potente bofetada naquela cara e ela calou-se no mesmo segundo. Ambulâncias ou carros da polícia passavam por ali cortando o silêncio que se gerou. Presumi que se tivesse tratado de um assalto.

Acordei. Com maior ou menor disposição, havia que ir trabalhar.

“O Preço Do Dinheiro” (impressões pessoais)


Gostei tanto da obra “o Terceiro Gémeo” de Ken Follett que resolvi pegar noutra obra do mesmo autor para ler. Bem, na verdade foi a que calhou em sorte.

Devo dizer que este livro me desiludiu um pouco. Não gostei do seu final particularmente. Sei que nem todas as histórias devem acabar bem e que até dá algum gozo por vezes isso não acontecer mas esta obra simplesmente não teve final. Dá a impressão que poderia ter continuado. Talvez a intenção seja essa. Vou acreditar que sim, que teremos Tony Cox e Felix Laski fazendo das suas e apanhando mais criaturas honestas nos seus esquemas fraudulentos.

Agora que Laski é dono do jornal, nada lhe falta. Quanto a Cox, terá de procurar quem com ele ajustou contas de uma forma tão cruel. Só digo uma coisa: ele não desconfiará da pessoa que dele se vingou e quais os seus motivos.

O resto da história é interessante, aparte os meus escassos conhecimentos na área dos negócios e das finanças. Compreendi mais ou menos o que estava em causa. Digamos que Laski resolvia um problema das suas trapalhadas com outra fraude ainda maior. Digamos que esse indivíduo é um trapaceiro de primeira apanha.

Também achei interessante a trama se passar no espaço de algumas horas. Não é o primeiro livro que leio com a acção a desenrolar-se em tão curto espaço de tempo mas este tipo de ocorrências são um pouco raras na literatura. Se calhar daí vem o facto de a obra ter aquele final.

Agora vou desanuviar e com um personagem que muito contribui para isso. Fiquem só com uma amostra!


O temporal ruge, grita, assobia…

Isto não é normal. O vento faz tanto barulho, que penso que jamais ouvi coisa igual na vida.

As janelas estremecem, os sons que chegam da rua acordam-me violentamente. Depois tudo fica mais calmo para, segundos mais tarde nova rajada de vento sacudir tudo e ameaçar levar tudo à frente.

Esteja onde estiver, o vento é uma presença constante e faz sempre o mesmo som ameaçador, terrível, muitas vezes se confunde com veículos de grande porte a passar na estrada, fazendo com que as paredes e o chão dos edifícios vibrem vergados à sua fúria.

Estamos há dois dias nisto. É impossível que tamanho vendaval não tenha causado estragos.

Wednesday, January 29, 2014

Larasma

Esta é mais uma crónica de um sonho muito recorrente, desta vez com uma variante bem curiosa.

Acontece frequentemente eu sonhar que me encontro extremamente cansada, que demoro uma eternidade a atravessar uma estrada quando deveria ser mais rápida e que um estranho cansaço se apodera de mim sempre que corro ou que me tenho de despachar.

Desta vez já me encontrava extremamente cansada à saída do trabalho. Tinha de ir a pé para cada, tal como aconteceu no Verão passado. A subir as escadas, teve de ser de gatinhas e terei caído aí umas dez vezes. A subir aquela ladeira, já de si muito íngreme, quase nem saía do sítio. E fui com as mãos ao chão centos de vezes. Estava mesmo péssima.

Tinha comprado uns carapaus e um coelho que levaria para casa, imagine-se. Como se em casa não houvesse comida.

Tinha de apanhar o autocarro a tempo e horas e, estando no lastimável estado em que me encontrava, logo tentei arranjar maneira de lá chegar fazendo o menor esforço possível. Saiu-me o tiro pela culatra. Não estava em condições para explorar novos atalhos. O caminho assim ainda me pareceu mais longo.

Cheguei a casa, poisei o saco das compras e fui para o meu quarto descansar. Estava mesmo cansada. De madrugada ouvia um programa onde falavam de questões de saúde. O tema do programa daquele noite era uma doença chamada…larasma. Os sintomas iniciais eram cansaço extremo e falta de forças. Comecei logo a congeminar que talvez padecesse de larasma. Ainda há bem pouco tempo estava aí toda pujante.

Prosseguiram com as explicações e os esclarecimentos sobre essa doença que desconhecia. Tratava-se de uma febre hemorrágica. Bem, de hemorragia e de febre não tinha nenhum sinal…para já. Tinha de estar alerta, pois isso pegava-se.

Alguns dias depois eu ainda sentia aquele cansaço mas de forma mais ligeira. Abordaram-me na rua e disseram-me que eu estava gorda demais. Eu fui dizendo que já tinha estado mais gorda e que ultimamente tinha tido alguns problemas. O despertador tocou nessa altura.

Com os olhos postos num jogo e os ouvidos noutro

Esta é uma maratona de Futebol às antigas, uma jornada que vai ficar para a História do Futebol Português. Já lá vamos. A pergunta que se impõe é: quem acompanha Benfica e Braga para as meias-finais da Taça da Liga?

O jogo de Penafiel começou primeiro. Mas não era suposto os dois jogos começarem em simultâneo? Enfim…isto ainda vai dar que falar.

Estou a ver o jogo do Sporting na televisão e a ouvir o jogo do Porto que só agora começou pela rádio.

E o Jogador Número Trinta E Sete do Penafiel remata.

Maurício viu o cartão amarelo por falta sobre o Jogador Número Noventa do Penafiel.

Agora, como o relato passou para Penafiel, mudei de canal para acompanhar o jogo do Porto com o Marítimo.

O Penafiel marca. São estas as notícias que chegam via rádio. Terá sido Aldair. E num canto do ecrã mostram imagens desse golo.

O Porto marca numa altura em que passei a televisão para o jogo do Sporting e a rádio tinha passado a emissão para o Dragão. Foi Jackson, pois claro!

O Marítimo empata por Artur. Isto promete esta noite.

E volto a colocar a televisão no jogo do Porto.

O guarda-redes do Marítimo parece que chocou contra o poste e está a queixar-se imenso.

Wilson Eduardo prepara-se para entrar e nem é preciso adivinhar que Joaquim Rita vai logo dizer que é para substituir Carrillo mas é Vítor quem sai.

Artur marca o segundo golo do Marítimo. Eu penso que as equipas estão igualadas. Não. O Porto ainda tem vantagem.

O Sporting marca por Carlos Mané e tudo se altera nas contas.

E o Marítimo carrega, numa altura em que já atingimos o intervalo em Penafiel.

Fernando terá saído lesionado e entrado Josué para o seu lugar. Já não há Lucho que vai para as Arábias.

Os dois jogos estão no intervalo: Porto 1-Marítimo 2 e Penafiel 1- Sporting 1. O Sporting segue em frente com estes resultados.

Já começaram ambos os jogos (o do Porto aí uns três minutos depois). Afinal o primeiro golo do Marítimo foi apontado por João Diogo e não por Artur.

Volto a virar antenas para Penafiel, uma vez que o relato vai para o Dragão.

Parece que o Porto está contra o árbitro. Grassa a confusão no Dragão.

Cada vez que um jogador do Marítimo se demora a levantar, logo as bancadas irrompem em assobios e apupos. Isto acontece porque o Porto (a jogar com os titulares) perde em casa com segundas linhas do Marítimo. Consta que Fabiano vê o cartão amarelo por protestos.

O Sporting marca o segundo golo em Penafiel por Wilson Eduardo.

Há grande penalidade em Penafiel para o Sporting. Adrien converte.

Danilo Dias quase marcava também o terceiro golo para o Marítimo.

Terá ficado por marcar uma grande penalidade a favor do Penafiel por mão de Adrien na área de rigor.

Danilo do Porto vê o cartão amarelo por ter chutado a bola para longe depois de o jogo já estar interrompido.

Na sequência de um canto, Carlos Eduardo empata o jogo no Dragão a dois golos.

E termina o jogo em Penafiel. O Sporting tem de aguardar que o jogo do Porto termine para ver se se apurou ou não. Isto de os jogos não terem começado rigorosamente ao mesmo tempo não dá com nada.

Já estamos nos descontos e há uma grande penalidade para o Porto e expulsão de Igor Rossi.

Josué converte a grande penalidade. Agora quem passa?

Já terminaram os dois encontros: Porto 3-Marítimo 2 e Penafiel 1- Sporting 3.

Mas passa o Porto como? Ficaram com a mesma diferença de golos. Ah, é por o Porto ter sete golos marcados e o Sporting seis. Já percebi.

Esta jornada ainda vai dar imenso que falar pelas incidências finais no Dragão e por os jogos não terem começado ao mesmo tempo. É estranho. Mais um episódio macabro do Futebol Português!



Monday, January 27, 2014

“História Tragico-Marítima” (impressões pessoais)


Esta é mais uma incursão literária pela sempre fértil época dos Descobrimentos em que tantas aventuras e desventuras se desenrolaram em terra e no mar.

António Sérgio adaptou estes textos e deu-nos a conhecer todas as peripécias narradas por quem viveu de perto estes momentos dramáticos.

Os relatos são impressionantes e elucidam as gerações de hoje para as dificuldades e os perigos vividos pelos nossos navegadores na conquista de novos mundos.

Foi uma leitura bem agradável e positiva. Basta dizer que é uma obra de uma época especifica da História, o que muito me agrada.

Começámos o ano com Ken Follett e continuamos com ele. Vamos conhecer “O Preço Do Dinheiro”.

Thursday, January 23, 2014

“Morte De Um Estranho” (impressões pessoais)


Esta é mais uma obra inspirada no sempre inesgotável e riquíssimo mundo d Máfia. Vamos conhecer Victor, mais um que trabalhava para um grupo mafioso e ignorava-o completamente. Aliás, deve ser uma das características da Máfia, recrutar gente honesta por ai para fazer o que eles querem, por mais estranho que pareça. Se um empregador for ao Centro de Emprego e abordar alguém dizendo de caras que vai trabalhar para a Máfia, quem aceiraria a proposta de emprego? Acho que ninguém. A não ser por ficar aterrorizado. Por mais desesperado por trabalho que se esteja, ninguém aceitaria de livre vontade trabalhar para a Mafia.

Este livro escrito por Andrei Kurkov conta-nos a história de Victor- um jornalista desempregado que também escreve uns contos. Victor levou um pinguim do Zoo de Kiev para casa para cuidar dele e era a sua única companhia. Como o pinguim se alimenta de peixe congelado e exige cuidados que um gato ou um cão não exigem, Victor estava desesperado por um trabalho e resolveu levar os seus escritos a jornais para passar a colaborar com eles. Todos recusaram, menos um que não se cingiu a publicar os contos de Victor. O chefe de redacção propôs-lhe um trabalho estranho e macabro: escrever obituários de pessoas que ainda estavam vivas.

Com o tempo, Victor constatou que as pessoas que eram protagonistas dos seus escritos morriam e a sua obra era publicada no jornal. Ele e o pinguim começaram a ser convidados a assistir aos funerais luxuosos de algumas dessas pessoas. Algo estranho se passava.

O que realmente se passava era que um grupo (para o qual Victor trabalhava sem o saber) estava a fazer aquilo a que chamavam “limpeza sanitária”, abatendo figuras da sociedade ucraniana com sucesso pessoal e financeiro e que parecia que nada lhes chegava em termos de justiça. Terão cometido fraudes mas continuavam impunes. Então a Mafia encarregava-se de fazer justiça com as suas próprias mãos.

Victor fica a saber de tudo quando persegue pelos seus próprios meios um indivíduo que ele desconfiava que o andava a seguir com más intenções. Chegando a casa deste, percebe que já não trabalha mais no jornal que terá mudado de direcção e de chefias. O indivíduo era o seu substituto e estava a elaborar o obituário de Victor com todos os pormenores do que ele tinha feito sem ter conhecimento disso.

Então Victor tem de fugir. Está sentenciado de morte, como todos os outros de quem fez os seus obituários.

Foi curioso perceber algumas coisas nesta obra. Ri-me ao ler o que Victor estava a escrever num obituário para uma cantora lírica. Também não sabia que era hábito na Ucrânia as pessoas virem de um funeral e comerem e beberem em honra do defunto até mais não poderem. Digamos que as bebedeiras nesses banquetes eram mesmo do caixão à cova, passe a expressão. Também percebi que, sempre que for a casa de um ucraniano, terei de tirar os sapatos à porta de casa e calçar uns chinelos.

Foi uma leitura agradável, apesar do pouco suspense que a obra teve.

Uma última nota: no momento em que escrevo estas linhas, ouço as notícias. Da Ucrânia chegam notícias de graves confrontos nas ruas e de manifestações reprimidas.

Da Ucrânia dos anos noventa, passemos para os Descobrimentos. Vou ler “História Tragico-Marítima”.

Wednesday, January 22, 2014

Dentes arrancados por razões estéticas

E estão abertas as hostilidades oníricas, no que a 2014 diz respeito. Aqui claramente, houve um decalcamento e uma assimilação distorcida daquilo que foi a vida real.

No dia 1 de Fevereiro, no último dia do nosso curso de massagens, está prometida uma sessão dedicada à estética para tentar colocar o pessoal mais bonito.

Ontem à noite comentava isso mesmo com uma amiga minha antes de iniciarem as sessões de Reiki e tive de sonhar com esses tratamentos estéticos.

De certeza que não valerá arrancar dentes mas foi com isso que sonhei. A alegada sessão de estética decorria no meu quarto e alguém que não conhecia (uma presumível aluna da professora de massagens) anunciava que me ia arrancar todos os dentes. Eu morria de terror.

O dia chegou e eu estava ansiosa e assustada. No meu quarto mergulhado na sem-luz, ela sacou de um alicate e começou por me tentar arrancar o dente canino de cima do lado esquerdo. Eu perguntei se isso era assim e não havia anestesia. Ela disse que tinha de ser assim que me ia arrancar os dentes todos. Nem um me iria deixar. Eu não me conformava.

A certa altura, já quando ela me tinha posto o dente a abanar, mudou de ideias e disse que não era mais necessário arrancar-me os dentes porque tinha recebido novas ordens.

Também consta que sonhei que tinha trazido na mochila um gato preto de bem longe. Soltei-o em casa mas estava difícil ele se adaptar.

E assim decorreu mais uma viagem onírica (a primeira de 2014) numa noite em que dormi extremamente bem.

“How Do You Do”- Roxette (Música Com Memórias)



Estávamos no final do ano de 1992 quando problemas de saúde me empurraram para a cama por longos períodos. Apesar da doença, o meu rádio nunca deixou de estar ligado. A música ajudava a amenizar um pouco os sintomas físicos e psicológicos.

Este tema dos Roxette era um dos que mais passava por ser recente. Na altura não havia os programas de edição de rádio que geram playlists e que impedem os locutores de ir buscar um disquito que não ouvem há muito para passar. Bem, poder podem mas isso implicará colocar o sistema em modo manual. Dá menos trabalho o sistema estar sempre em modo automático.

Dizia eu que ouvia imenso esta música. Passava q)quase a toda a hora e eu tinha sempre o mesmo comportamento ao ouvi-la e que não mudou, mais de vinte anos depois. A certa altura na música, o vocalista dos Roxette (não me estou a recordar do nome dele e não estou para ir ao Google ver) tem uma parte falada dentro da música. Há risos de fundo. Eu tentava sempre descobrir o que teria tanta piada. É assim que recordo esta música.

Pois é, o tempo passa. Parece que foi ontem que ouvia esta música deitada na cama com muita atenção. Já se passaram pelo menos vinte e um anos.


Que sorte!


A caminhada deste Domingo tinha lugar em Alfafar, perto de Condeixa , e eu já tinha como dado adquirido que ia apanhar uma molha até aos ossos, pelo muito que chovia na véspera e pelo que prometia chover no dia seguinte. Felizmente enganei-me.

Também pensei que a caminhada fosse mais difícil e afinal achei-a bastante acessível. Tinha uma subida ou outra mas nada que pudesse suscitar dificuldades. Os trilhos também não tinham grandes obstáculos. Havia apenas uma árvore de grande porte a barrar um trilho mas passámos ali por engano.

De referir que esteve sempre um Sol esplêndido e um Céu azul quase de Primavera. As fotos demostram isso mesmo.

Cavalgando até às meias-finais

O Benfica é a primeira equipa a apurar-se para as meias-finais da Taça da Liga. Venceu os Leixões no Estádio da Luz por 2-0, mesmo com uma equipa muito diferente da que alinhou no passado Domingo e que venceu o Porto por igual resultado.

O Benfica começa por criar perigo desde logo. A cruzamento de Ola John, Funes Mori corresponde.

O Jogador Número Dezasseis do Leixões remata mas sem perigo.

Num espectacular remate de bicicleta, Steven Vitória cria perigo. O guarda-redes do Leixões ainda defende.

GOOOLOOOO DJURICIC! O Glorioso já vence.

Artur volta a espalhar o seu charme, oferecendo uma bola ao adversário. Ele que regressa à baliza do Benfica. Felizmente o jogador do Leixões também falha.

A bola ainda entra na baliza do Leixões mas Funes Mori estava fora de jogo. O jogo chega ao intervalo com o Benfica apenas e só a vencer por 1-0. Podia estar a vencer por mais.

O Leixões beneficia de um livre. Zé Pedro remata sem perigo.

Quase que era autogolo agora.

João Viana do Leixões tira a bola praticamente de dentro da sua baliza.

Num lance individual, Ivan Cavaleiro remata para o guarda-redes do Leixões defender.

Rodrigo vê o primeiro cartão amarelo do encontro por uma falta dura junto à linha lateral.

Rodrigo agora tem um remate perigoso.

Sai cartão amarelo para o Jogador Número Dezasseis do Leixões por falta sobre Lima.

IVAN CAVALEIRO! QUE GOLAÇO! Já está ganho!

E com isto, o Benfica até pode jogar com o Gil Vicente com a equipa B completa, já ninguém tira o apuramento ao Glorioso.

Nesta tarde chuvosa, o Porto venceu o Penafiel por expressivos 4-0. Destaque para o golo de Quaresma e para o facto de o jogo ter estado interrompido mais de meia hora devido a forte queda de chuva.

Ainda a contar para a Taça da Liga, Rio Ave e Vitória de Setúbal empataram a uma bola em Vila do Conde. As condições climatéricas não davam para muito.




Bola de Ouro merecida para Cristiano Ronaldo



O vencedor da Bola de Ouro da FIFA não poderia ser outro em 2013, que não Cristiano Ronaldo pela excelente temporada e os excelentes momentos que proporcionou.

Estranho seria se o troféu fosse atribuído a outro dos candidatos, a Ribery, por exemplo. Apesar de ter ganho todos os trofeus que havia para ganhar pelo seu clube, o jogador francês não teve aqueles momentos que encheram as medidas que Cristiano Ronaldo teve ao marcar sessenta e nove golos em todo o ano de 2013 e ainda ter carregado ao colo a Selecção Nacional rumo ao Mundial 2014 no play off contra a Suécia.

Quanto a Messi, as lesões impediram-no de ter um ano ao seu nível. Estaria mais longe da Bola de Ouro por isso.

Há que dar os parabéns a Cristiano Ronaldo pela excelente época que fez e por esta importante conquista.

Friday, January 17, 2014

“Eusébio- biografia Autorizada” (impressões pessoais)


Como fervorosa adepta do Benfica e grande admiradora de Eusébio enquanto jogador e Ser Humano, tinha de comprar o seu livro assim que o vi exposto algures.

Já na altura me admirei pelo facto de uma biografia de tão ilustre personalidade que tanto deu ao Glorioso SLB e a Portugal ser tão breve.

O livro é da autoria de João Malheiro e retracta a vida do “Pantera Negra” desde a sua infância em Moçambique até ao seu reconhecimento mundial, sem esquecer as peripécias com a sua transferência e os momentos das lesões e do ocaso de uma carreira recheada de títulos.

São escassas as páginas deste livro mas nelas estão espelhadas todas as qualidades futebolísticas e humanas de Eusébio.

Trouxe de casa um novo livro para ler. Vamos para Leste. “Morte De Um Estranho” de Andrei Kurkov foi a obra que me veio à mão e que vou ler de seguida.

O jogo da vida de Eusébio e de todos os Portugueses

Ainda no decurso das inúmeras e sentidas homenagens a Eusébio, a TVI 24 voltou a exibir aquele que foi indubitavelmente o jogo da vida de Eusébio e um dos mais épicos jogos da Selecção de Todos Nós em toda a história. Tratou-se do Portugal-Coreia do Norte do Mundial de 1966.

Assim que soube que ia dar esse jogo, fiquei logo curiosa para assistir. Não podia perder essa maravilha futebolística a que, obviamente, não assisti mas de que tanto ouvi falar, especialmente sempre que Portugal marcava presença num Mundial.

Também estava curiosa para ver o que tinha mudado no Futebol desde esses gloriosos tempos. Muita coisa mudou, difícil é dizer o que ainda se mantém. A bola (maior e mais pesada, ou é impressão minha?), as balizas (parece que nesse tempo eram de madeira) e onze jogadores empenhados (naquele tempo eles não ganhavam milhões, o que faz deles uns autênticos heróis).

Admirei-me de o Futebol já ser jogado a um bom ritmo, apesar de a preparação atlética dos jogadores ser escassa ou quase nula. Hoje complementa-se o treino com bola com ginásio, corrida ou outros exercícios e dão-se suplementos alimentares para o bem-estar e desenvolvimento do atleta. Os coreanos só corriam e eram tão pequenos, que nenhum hoje vingaria num treino de captação de qualquer clube por não terem altura suficiente.

Uma coisa que regrediu na minha opinião foram os equipamentos. Naquele tempo os jogadores jogavam de perna completamente ao léu. Hoje jogam completamente tapados, o que e uma chatice para se observarem os seus atributos físicos. Se os jogadores de hoje jogassem com aqueles equipamentos (desenvolvidos com as fibras e as novas invenções de hoje) mais público feminino frequentaria os estádios. Aqui em Portugal estava resolvido o problema das fracas assistências, fosse à sexta-feira à noite, fosse ao Domingo à tarde, fosse à segunda-feira às três da tarde, quando o cidadão se encontra alegremente a trabalhar para o seu sustento.

Bem, para o nosso craque de hoje, Cristiano Ronaldo, jogar com tais calções não seria problema. Eu curtia ver era esse tipo de indumentária mais sexy implementada no Campeonato cá do burgo. Bem, ouvi alguém dizer (penso que foi Pelé) que esses calções curtos davam azo a que mais manobras rasteiras houvesse na marcação dos cantos, por exemplo, havia o hábito de puxar pelos pêlos das pernas aos adversários para os distrair. E aquilo devia doer. Também contaram que houve um jogador lá da América do Sul que trazia sempre uma pedra bem afiada na mão para magoar os adversários aquando desses lances de bola parada em que os jogadores andam à molhada junto a uma das balizas.

Bem, naquela época o Futebol era algo cruel, especialmente por não haver substituições. Quer-se dizer, podia-se jogar com uma lesão nos ligamentos ou com uma ruptura muscular até ao fim…ou com uma perna partida. O importante era a equipa não ficar reduzida a dez elementos. E eu pergunto: e se um jogador sofresse de um desarranjo intestinal daqueles mesmo fortes? Certamente se pararia o jogo e se faria como, não há muitos anos, se fez na Argentina, parando-se o jogo para que o guarda-redes de uma das equipas se fosse aliviar ao balneário. Mas…eu continuo com a minha. E se o jogador tivesse mesmo um daqueles desarranjos bem fortes em que tivesse de se deslocar à casa de banho de cinco em cinco minutos?

Foi insistentemente falado que antigamente se podia atrasar a bola com os pés ao guarda-redes e ele podia agarrá-la com as mãos. Eu ainda me lembro de isso acontecer. Creio que essa alteração se implementou no Mundial 98 ou 2002. Julgo não ser mais antiga do que isso.

O que de positivo se perdeu de esses tempos para hoje? A garra, a entrega, a determinação. Hoje parece haver mais calculismo, mais gestão, não se joga com aquela alegria e aquele prazer de outrora. Isto é a minha opinião vendo como se jogava noutros tempos, especialmente na Selecção. Seria impensável alguém renunciar vestir a camisola da sua Pátria como acontece hoje, independentemente da idade do jogador ou do clube em que joga. Jaime Graça era do Vitória de Setúbal e foi ao Mundial 66. Talvez o Vitória de Setúbal naquela época fosse um clube de dimensão maior do que é hoje mas, mesmo assim, qual e o jogador de um clube sem ser o Benfica, o Porto, o Sporting ou o Braga que vai à Selecção? Daqui a uns anos, se virem um jogo deste tempo de agora, também deverão perguntar porque é que os jogadores do Braga envergavam a camisola de Portugal, não sei.

Quanto a Eusébio, faltam adjectivos para classificar a sua entrega e a sua determinação neste encontro. Foi graças a ele que passámos de uma derrota humilhante para uma vitória memorável. Chega a ser comovente e isto não tem a ver com o facto de ele nos ter deixado, tem a ver com os autênticos milagres que operava em campo e que neste jogo em concreto fizeram a diferença.

Para quem não teve oportunidade de ver este jogo (e também para quem adormeceu a vê-lo) aqui ficam os links. Não quero que vos falte nada, muito menos o que nos encha de orgulho como foi esta partida de Futebol.





Wednesday, January 15, 2014

“Viagens De Gulliver” (impressões pessoais)


Bem, o que dizer de uma obra sobejamente conhecida da maior parte das pessoas?

Esta obra foi escrita no século XVIII numa altura em que se vivia um grande fulgor intelectual.

O britânico Jonathan Swift escreveu esta obra como forma de satirizar a sociedade do seu tempo mas acabou por se tornar num clássico intemporal da Literatura.

As metáforas que utiliza para descrever a percepção que o protagonista tinha dos habitantes das zonas que visitava em relação a si próprio estão de mais.

Toda a gente conhece a história de Gulliver em Liliput- um local onde os habitantes eram pouco maiores que formigas. Eram mesquinhos, belicistas e o protagonista ao pé de eles era um gigante.

Depois volta a navegar e vai até outro local onde ele é do tamanho de um soldadinho de chumbo e os habitantes são gigantes. Gulliver é inferior a eles no carácter e nos valores, pois eles são leais uns para os outros e gostam verdadeiramente dele. Só sai de lá quando é levado por um pássaro e é achado em Alto Mar.

Votando a navegar, Gulliver foge dos piratas e vai dar a um local onde os habitantes civilizados são os cavalos e os habitantes rudes são umas criaturas a que estes chamam Yahoos e são muito semelhantes ao Homem. Isto tem a ver metaforicamente com o facto de o último contacto de Gulliver com a civilização humana ter sido com os piratas. Os cavalos menosprezam os yahoos e consideram Gulliver também um Yahoo.

Já sei porque é que se deu o nome “Yahoo” a um motor de busca. Parte-se do princípio que, se alguém vai procurar alguma coisa, é porque tem alguma ignorância face a essa matéria. Sim senhor!

Voltando aos cavalos, eles acabam por não querer lá Gulliver quando este relata que na sua terra os homens andam montados em cavalos e que os usam para os transportarem nas carroças elegantes pelas ruas.

Gulliver acaba por regressar definitivamente ao seio da sua família, seguramente mais valorizado enquanto pessoa depois de todas aquelas aventuras.

Pois é, Eusébio deixou-nos. Tendo aqui a sua biografia, vou lê-la a seguir.

Azevias


Com toda a gente regressada das festas de Natal e Ano Novo, logo as conversas descambaram para os quilos que ganharam a devorar os petiscos e os doces tradicionais desta época do ano.

A certa altura, alguém falou em azevias. Mas que raio era isso? Nunca tinha ouvido falar em tal coisa. Perguntei se isso era doce, se era salgado, se era frito…Explicaram-me mais ou menos o que era mas não me satisfiz com a explicação. Tinha de provar.

Perguntei onde as havia. Disseram que as pastelarias e os supermercados vendiam. Não me apetecia andar de noite pela rua a bater a todas as portas a perguntar se tinham azevias. O Destino encarregou-se de me poupar trabalho.

Cheguei ao trabalho e logo ouvi anunciar que as azevias de grão estavam em promoção. Quando saísse, iria procurá-las para provar finalmente.

E lá estavam as azevias a olhar para mim e a implorar que as levasse. Nem era preciso dizer. Peguei numa embalagem delas e levei para casa. Logo tirei duas para provar.

Como descrever uma azevia a quem como eu não conheça? É tipo uma chamuça de carne, recheada com algo doce com canela e açúcar. No caso destas, o recheio para o seu interior parece ter sido feito de grão moído, açúcar e canela. Uma delícia!

Bem, já não morro estúpida!

As minhas memórias com Eusébio



Ia na caminhada e, a certa altura, ouvi uns colegas perguntarem um ao outro que idade tinha o Eusébio. Confesso que fiquei intrigada com a pergunta já feita no passado e fiquei alerta. Depois mudaram de assunto e eu ultrapassei-os.

Quando cheguei a casa eram duas da tarde em ponto e logo apanhei as notícias na M80. Foi aí que soube da morte de um dos meus ídolos e associei que aqueles colegas talvez já soubessem da morte do “Pantera Negra”.

A morte de alguém, por mais problemas de saúde que tenha, deixa sempre uma onda de perplexidade e de estupefacção. Sendo uma figura tão carismática, Eusébio provocou no povo português esses sentimentos, aliados também aos sentimentos de vazio e de perda.

Nestas alturas pouco há a dizer, apenas aqui recordo as minhas memórias das duas vezes em que tive o prazer de estar com Eusébio pessoalmente.

Ambos os encontros decorreram em Anadia, mas em locais e circunstâncias diferentes. Em 1994 ou 1995, houve um evento qualquer no Estádio do Anadia. Havia um jogo entre veteranos do Anadia e Velhas Glórias de Portugal. Lembro-me que Toni envergava o equipamento azul e branco (igual ao do Porto) do Anadia.

O meu ansiado encontro com Eusébio decorreu em circunstâncias um pouco embaraçosas. Era Novembro e estava a chover. O relvado estava mais castanho do que verde. Vendo jogar a bola, eu não resisti em juntar-me para jogar também. A certa altura, deslizei por ali fora e fiquei toda enlameada. Tive de me desenrascar lavando as mãos numa torneira pequena que existia junto ao relvado mas não consegui tirar a lama toda que escorria. Então apareceu-me Eusébio e eu, para não perder este raro momento, não tive outro remédio, que não cumprimenta-lo com as mãos todas sujas. Lembro-me também que nesse dia estive largo tempo a conversar com Vítor Damas e que já aqui narrei esse meu encontro aquando da morte do antigo guarda-redes do Sporting.

O segundo encontro com o meu ídolo (apesar de ainda não ser nascida quando Eusébio estava no auge da sua carreira, admirava-o enquanto jogador e enquanto pessoa, era um símbolo também do clube que aprendi a amar) ocorreu aquando da inauguração da Casa do Benfica da Bairrada em 2003.

Na Câmara Municipal de Anadia estava Eusébio à entrada dando autógrafos. Eu fui ter com ele e pedi-lhe que me assinasse um exemplar da revista “Doze” que tinha comprado nessa manhã. Também gracejei que dessa vez não tinha as mãos sujas de lama. Para dizer a verdade, estava equipada a rigor, com a camisola do Glorioso SLB e tudo. Tirei imensas fotos com Eusébio. Guardo algumas lá em casa e tiraram ainda outras para arquivo do Benfica e da Casa do Benfica da Bairrada. No Facebook ainda há uma foto desse dia mas Eusébio não está por ali. Depois lembrei-me que ficou à entrada do edifício camarário a distribuir autógrafos a quem chegava.

Foi um orgulho conhecer pessoalmente tão ilustre símbolo de Portugal e do Benfica. Hoje, independentemente da cor clubística, Portugal está a lamentar a perda de Eusébio. Hoje ele desapareceu do nosso mundo mas jamais deixará de desaparecer dos nossos corações e das nossas memórias.

Obrigada Eusébio por tudo quanto nos deu!

Ainda deu para molhar os pés




Há já alguns anos que eu não ia a Mira e não punha os pés naquele areal. Se a memória não me falha, penso que não ia àquela praia desde que vim para coimbrã. Aí passava as férias de Verão em São Martinho do Porto e depois nas praias da Figueira da Foz.

Lembro-me que fui para Mira desde aí os meus seis anos nas excursões que os meus vizinhos faziam todos os Domingos. Talvez tenha sido aí o meu baptismo de praia.

Falando desta caminhada, ela começou na vila de Mira e seguiu por uma pista até à praia. À saída da vila, dois cães acompanhavam-nos- um amarelo claro e um preto. Depois devem ter voltado para trás.

Como não havia dificuldades de maior, andei quase sempre na frente, até que chegámos à praia e começámos a tirar fotos junto a um barco que lá estava. A maré estava baixa, nada de ondas fortes. Como já trazia os pés molhados, resolvi experimentar a água do mar que não estava nada fria. Digo mais, já tenho tomado lá banho naquele mar no Verão e a água tem parecido mais gelada.

Maiores obstáculos? A água que, a certa altura, transformou a pista numa pequena lagoa com água até aí aos tornozelos.

Ficam as fotos deste agradável passeio que não teve a visita inoportuna da chuva que resolveu dar umas tréguas. Como a minha máquina fotográfica ficou sem pilhas, tive de prosseguir o registo fotográfico com o telemóvel. Está bom na mesma, espero que gostem!


Thursday, January 09, 2014

“O Terceiro Gémeo” (impressões pessoais)


Havia Steve- o bom, Dennis- o mau e…o outro que ainda consegue ser pior que mau. Este é o ponto de partida para esta alucinante obra do britânico Ken Follett que li avidamente, apesar de o livro não ser pequeno.

A obra começa com o outro a violar Lisa, a melhor amiga da cientista Jeannie Ferami que está a investigar gémeos univitelinos (os que conhecemos por gémeos verdadeiros, aqueles que não têm diferença nenhuma um do outro) que tenham sido criados separadamente para averiguar o que é herdado da genética e o que é herdado no meio em que são criados.. A cientista convida Steve para efectuar os testes para depois comparar com os que irá fazer a Dennis que se encontra preso e condenado por homicídio. Entretanto a Policia prende Steve por ser parecido com o violador e posteriormente Lisa identifica-o mesmo como sendo o autor do crime sexual de que foi vítima. Na verdade não foi Steve e muito menos foi Dennis a cometer o crime. A esperança de Steve eram os testes de ADN para comprovar a sua inocência mas, para sua grande surpresa, o ADN era mesmo o dele, que por sua vez era igual ao de Dennis.

Entretanto, ao ver Steve, o mentor de Jeannie quase tem um ataque ao verificar que a sua assistente está a vasculhar segredos escondidos há muito por ele e uma empresa de engenharia genética que é a maior investidora da própria investigação académica que Jeannie está a fazer. Há que fazer alguma coisa para impedir que a jovem chegue à verdade e isso torna a obra mais interessante. Interesses mais altos e mais poderosos do que o conhecimento científico se levantam.

Para impedir que Jeannie continue as suas investigações, é engendrado um esquema para obrigar a universidade a despedi-la. Entretanto Steve também luta por provar que não foi ele que violou Lisa, apesar dos testes de ADN demonstrarem o contrário. Steve e Jeannie lutam contra os seus poderosos opositores para descobrir a verdade que se esconde por detrás do mistério de pelo menos três seres iguais, nascidos do ventre de mães diferentes, em dias diferentes e em localidades separadas por milhares de quilómetros nos Estados Unidos.

Foi uma leitura viciante e bem agradável. Esta obra não teve muitos tempos mortos e dava-nos constantemente a perspectiva e a acção de um lado e do outro da contenda. Muito bom mesmo!

Fiquemos pelo Reino Unido (ou pela Irlanda). Irei ler uma obra deveras conhecida- “Viagens de Gulliver”.

2013

Como é habitual sempre que o calendário dobra para um novo ano, há que fazer um balanço do ano que passou.

No geral, pode-se dizer que o ano decorreu com relativa normalidade e que o balanço pode considerar-se positivo.

Acontecimento do meu ano? O incêndio que deflagrou no meu local de trabalho e que pode ser o único factor negativo que a passagem de 2013 trouxe. Foi sem dúvida um momento marcante neste ano que passou.

2013 foi um ano de experiências novas e descobertas. Foi o ano em que me encantei com os desportos aquáticos adaptados e em que também comecei um curso de massagens. O Reiki também fez parte das experiencias vividas no final do ano. Em 2014 espero continuar e, um dos objectivos que tenho para este ano é aprender também a fazer.

Em termos musicais, o incêndio levou-me a um local onde só podia sintonizar a Rádio Sim e isso fez-me ouvir músicas que já não ouvia há mais de vinte anos e conhecer outras que não sabia que existiam. E difícil escolher a melhor música que os meus ouvidos conheceram em 2013, tantas são as canções que ouço diariamente. Se calhar, por ser a única música de que gosto deste fadista português (e nem sabia que ela existia) escolho Fernando Farinha com “Guitarras De Lisboa”.


E se é difícil eleger uma música que me tenha agradado bastante em 2013, já é mais fácil escolher o meu filme de eleição. O destaque vai para “Fenómenos Paranormais”. Vi também o segundo mas não achei tão bom.



Apesar de muitos terem sido os livros que li no ano que passou, também não tenho dúvidas ao eleger “Ritual” de Mo Hayden como o melhor livro que li em 2013.

Passando para o blog (este espaço onde nos encontramos) também foi extremamente complicado eleger um post de entre 270 que escrevi por aqui (um número inferior a 2012). Escolho um que tem o título “JÁ VOU!” por serem muitas as peripécias abordadas numa só noite.

Desafios e objectivos para 2014 que agora começa? Acima de tudo, que corra pelo menos como este ano que passou, caso seja impossível correr melhor. Aguardam-me grandes desafios já nos próximos tempos a nível profissional e também tenciono abraçar alguns projectos a nível pessoal. Já aqui falei de alguns que tenciono continuar ou concluir.

Acima de tudo, que este ano nos traga mais momentos para sorrir do que para chorar.

Uma divertida passagem de ano

2013 chega ao fim com muita comida, bebida e boa disposição na companhia da família.

À mesa havia bifes de atum grelhados com grelos a acompanhar e havia carne que a minha vizinha já preparava antes de a terem vindo convidar para se juntar a nós.

Os doces e guloseimas também povoaram a mesa, com o meu pai a comer filhós como se não houvesse amanhã.

Aguardava-se ansiosamente pela chegada da meia-noite para se cumprir todo um ritual de brindar com champanhe e comer doze passas, acompanhadas com a formulação de outros tantos desejos para o ano que agora começa.

Tinha ouvido dizer nessa tarde que colocar dinheiro no bolso dava sorte. Foi a primeira vez que ouvi tal coisa mas decidi ir buscar uma moeda de um euro para experimentar.

Ainda fomos para um café lá na terra onde havia um karaoke. Eu resolvi cantar também um pouco.

Regressámos a casa. Estava a começar a chover. Cada um foi para seu lado e eu ainda fui ouvir um pouco de rádio.

Foi assim que decorreu a entrada em 2014. Para trás ficou um 2013 do qual vou fazer o balanço no post que se segue.