Que tristeza! Mais uma derrota do Glorioso por 2-1. Desta vez o adversário foi o Nacional da Madeira e Roberto fez uma exibição de bradar aos céus de tão má que foi. Os adeptos, eu incluída, estão com ganas de dar uma monumental tareia ao guarda-redes espanhol que está ali especado sem sair dos postes a um cruzamento.
Dizia Jorge Jesus que Roberto era um dos três melhores guarda-redes da Europa e que daria muitos pontos. Quanto a ser um dos três melhores guarda-redes da Europa, só se for a dar fífias monumentais. De facto é difícil ver pior por esta Europa fora. Conheço mais do que três guarda-redes melhores do que Roberto. Aliás, eu nem conhecia o Roberto antes de ele vir para o Benfica. Casillas, Van Der Sar, Neuer, o jovem guarda-redes do Atlético de Madrid, Até Eduardo e muitos outros serão os melhores da Europa. Mas quem é Roberto?
Defendendo o seu guarda-redes depois desta noite inqualificável, o treinador do Glorioso disse que todos os guarda-redes têm, por vezes, dias menos bons. Roberto deve ser ao contrário. Nos intervalos dos dias maus, que parece que fazem parte do seu estado normal, arranca boas exibições.
Nem um cruzamento sabe defender, aquele indivíduo que veste de amarelo e parece que tem medo que a baliza lhe caia em cima se acaso sair de dentro dela. Nunca ninguém lhe ensinou a defender uma bola cruzada? É incrível! Mais vale fazer as malas, pendurar as luvas e comprar um kit de aprendizagem de costura. Aí passará mais despercebido, só para verem a dimensão das figuras tristes que ele faz.
Guarda-redes vindos de Espanha aqui para a nossa Liga? Imediatamente me recordo de um artista que jogou no Chaves na época 94/95. Esse era incrível. Era um homenzinho horrível, ainda por cima. Usava um bigodinho à contrabandista e já era um pouco calvo. Isso dava-lhe um ar pouco agradável. Ao contrário de Roberto que é um figurão, aquele até era baixote para guarda-redes. As suas fífias eram incríveis. Foi essa criatura que sofreu no último minuto o golo marcado pelo guarda-redes do Estrela da Amadora Hubart. Lembram-se? Até bati as palmas porque ele era uma pessoa...enfim...eu não gostava dele. E é que o indivíduo nunca me fez mal. Tinha-lhe uma raiva...
A sua especialidade era fintar os avançados das equipas adversárias em zona proibida. Num jogo contra o Sporting, Baston (que nome mais ridículo, bem a condizer com a pessoa que o possui!) tentou mostrar a sua arte de fintar frente a Juskowiak, salvo erro. Claro que o avançado lhe tirou a bola e marcou golo. Os jornalistas pediram ao artista um comentário sobre esse golo e ele, cheio de maus modos e quase batendo nos jornalistas, não comentou o lance. O que foi feito dessa ave rara? Na altura já tinha aí uns quarenta anos...já deve ser bem velho e resmungão. Já o era.
Já sei porque não simpatizava muito com o Baston! Na altura ainda não havia a Lei Bosman e os espanhóis ainda contavam como estrangeiros. Naquela época, no início daquela época, o Chaves tinha imensos jugoslavos e tinha um com quem eu simpatizava em particular- o Zoran...Vukcevic. O Chaves substituiu os jugoslavos por espanhóis e veio essa pérola do outro lado da fronteira. Não sei onde ele jogava. Provavelmente veio da segunda divisão espanhola ou mesmo da terceira. E ele passou a época a espalhar o seu charme por aí.
O Zoran acabou por ser cedido ao Portimonense e marcou imensos golos. No ano seguinte voltou a ser emprestado ao Feirense onde era o único estrangeiro da equipa. Lembro-me de ele ter rematado aí de uns trinta metros num jogo contra o Académico de Viseu e o guarda-redes João Ricardo para defender aquela bola deu com a cabeça na trave. Foi um dos melhores marcadores da segunda divisão nessa época. No ano seguinte regressou a Chaves, ficou mas parece que só jogava bem na segunda divisão portuguesa. A última vez que soube dele, jogava num clube esloveno cujo nome agora não me recordo. Era o craque da equipa.
Por falar em jogadores dos Balcãs, não deixo de aplaudir o facto de o adversário do Benfica- o Nacional da Madeira- ter uma série de jogadores oriundos dessa zona. Para mal dos meus pecados, foi uma coisa que caiu em desuso. Eu ainda sou do tempo do Salgueiros de Filipovic e do União da Madeira. Agora contavam-se pelos dedos de uma só mão os balcânicos que aqui alinhavam. Comandado por Jokanovic, o Nacional é uma equipa simpática para mim. Não gostei desta derrota como benfiquista mas gostei desses miúdos eslovenos que este ano enriquecem a nossa Liga. Força Joka! Boa sorte!
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