Respondendo com golos

 

Cada vez me sinto mais orgulhosa do meu craque. Apesar de o Destino não ter conspirado para que ele jogasse no meu clube e assim pudesse compartilhar na plenitude todos os seus êxitos, adorei a resposta cabal que o taremi deu a todos aqueles que têm como atividade dizer mal dele.

 

Os verdadeiros campeões respondem dentro do campo, não andam a alimentar  polémicas fora dele. Por mais que sejam muitas as vozes que o tentam deitar para baixo, estoicamente ele  consegue estar bem em cima, olhando do alto para aqueles seres a rastejarem para o esgoto de onde vieram, recolhendo aquelas línguas afiadas e venenosas e  colocando entre as pernas as suas caldas repugnantes que tiveram erguidas por algum tempo.

 

Aquelas bocas sujas calaram as suas vozes de escárnio e gozo e passaram simplesmente a murmurar ensurdecedoramente para quem ainda as conseguiu ouvir a muito custo.

 

Aquilo que fizeram ao Taremi, especialmente da parte de um ser que eu tenho dificuldade em qualificar como Ser Humano, quanto mais antigo árbitro, no passado domingo não o enfraqueceu como muitos julgavam. Antes deu-lhe uma força e uma motivação extraordinária.

 

É em campo que se vê a atitude dos heróis e campeões, não é num estúdio de televisão, escondendo-se atrás da cobardia de uma chamada eletrónica que aqueles que andaram no Desporto se exibem.

 

Agora onde é que eles vão inventar penaltis, antijogo, simulações, falta de honestidade, batotice e tudo mais que servia para denegrir e fragilizar um atleta de excelência.

 

Terem ficado sem nada para dizer, com as repugnantes bocarras abertas sem palavras para proferir, más ou boas, foi a melhor resposta que o  taremi deu. Os detratores ficam desde já avisados, ele não se deixará vergar pelo som das suas vozes. Os insultos serão palavras de incentivo, as acusações serão um bálsamo para a sua motivação.

 

Ontem o Taremi esteve em grande contra o Tondela. Ajudou a sua equipa a conquistar um trofeu, por mais que essa equipa não seja a minha. Apesar disso, sinto orgulho no meu craque.

 

Força Taremi!

 

“A Fúria De papeis Espalhados” (impressões pessoais)

 

Termino a sequência de leituras desta semana com uma amostra de um pequeno livro de crónicas, ensaios ou lá como queiram chamar.

 

São artigos de opinião que se escrevem em jornais e revistas sobre tudo e sobre nada. Sobre o que povoa o mais íntimo do autor. Quem escreve para jornais e revistas espera ser lido, apreciado. Secretamente, o cronista, ensaísta e fazedor de opinião espera que outros o sigam,  comunguem dos seus pensamentos, por mais estranhos e fora da caixa que sejam.

 

Daqui a trinta anos, ainda haverá quem escreva crónicas ou artigos de opinião em revistas e jornais? É que cada um de nós hoje tem redes sociais. Pode escrever sem obstáculos o que lhe vai na real gana, o que grita a sua alma, oque  lhe sussurra a sua mente.

 

Tal como os poetas, também os filósofos- como é o caso do autor destes textos- possuem uma linguagem própria. São capazes de dizer que este livro não presta recorrendo a floreios semânticos e são capazes de dizer mal deste ou daquele político numa verborreia capaz de ludibriar o lápis azul da censura do mais opressor regime político.

 

Afinal de contas, opinar também é uma arte.

 

Leandro

 

Sonhei com uma pessoa da qual não tenho uma opinião positiva. Naturalmente não conheço este cantor português pessoalmente mas o que vem na opinião pública não é muito favorável á sua imagem e reputação.

 

Recentemente, Leandro participou no “big Brother” e eu li por alto que só causava problemas e desordem. Outras pessoas que o conhecem e com ele privaram vieram para as redes sociais contar histórias de ingratidão e violência. Como disse, opiniões tão desfavoráveis á reputação de alguém fazem com que pessoas que não conhecem o cantor como eu formulem também uma opinião negativa.

 

Não sei por que fui eu sonhar com Leandro. Nem sou fã da sua música. O que ele faz ou diz não me interessa muito. Por vezes encontro notícias sobre ele, quase sempre pouco abonatórias para a sua imagem e é dessas notícias que vou tendo uma opinião sobre a pessoa em questão.

 

Sonhei que havia uma estrada plana e cinzenta com piso em excelentes condições. Estava ótima para se andar de bicicleta ou de trotineta. Aí começou a minha aventura com alguém improvável que não sei como surgiu ali, dados os motivos que acima expliquei.

 

Surgiu ao pé de mim para me ajudar um jovem de camisola vermelha que se destacava claramente do cinzento que dominava o sonho. Ele pegou num misto de  bicicleta com trotineta elétrica e arrancou em alta velocidade comigo. Era o cantor Leandro.

 

Estava feliz. O vento a bater-me na cara, toda aquela velocidade me inebriava. Era uma sensação de liberdade incrível. Assim seguimos por aquela estrada pelo que me pareceram horas.

 

No dia seguinte, na mesma estrada, havia o mesmo evento. Não vi o Leandro em parte alguma. Resolvi arriscar, desta vez pedalando uma bicicleta convencional. Pedalei furiosamente. Estava praticamente a voar.

 

Nos sonhos adoro conduzir veículos. É o que eu tenho mais pena de nunca ter feito. Ainda alimento o sonho de aprender a andar de bicicleta. Tenho  amigos meus cegos de nascença que aprenderam a andar. Não sou mais nem menos do que eles. Seria algo que me iria realizar.