Tuesday, October 31, 2017

Só jogar bem não chega

Benfica e Sporting não venceram mas proporcionaram excelentes exibições. O Benfica teve imenso azar em Old Trafford e perdeu com o Manchester United por 2-0. Com uma exibição de arregalar o olho, o Sporting não foi além de um empate com a Juventus a uma bola em sua casa.

Tudo ou nada para Benfica e Sporting, especialmente para o Benfica, vai ser difícil mas não custa nada sonhar com a vitória.

Svilar com uma fita vermelha na cabeça e com umas luvas vermelhas.

Saiu o primeiro cartão amarelo do encontro para Rúben Dias.

Quase que era golo de Bruno César em Alvalade.

Há grande penalidade para o Manchester United por falta de Douglas sobre Martial. Svilar defende! Que festa! Foi Martial que foi chamado a converter mas Svilar, com as suas luvas vermelhas, defendeu.

De Gea nega o golo a Diogo Gonçalves.

Lingard agora está literalmente de gatas no relvado. Provavelmente lesionou-se.

O Sporting marca em Alvalade. Foi Bruno César.

Saiu o cartão amarelo para Bailey.

Parece que Lingard também viu o cartão amarelo.

Blind agora também se estava a queixar.

Martial tem uma belíssima jogada mas leva longe de mais o seu esforço.

Martial volta a criar perigo. Está endiabrado, o jogador francês.

Há golo do Manchester United. Foi Matic. A bola ainda bate nas costas de Svilar. Foi um remate de muito longe.

Svilar nega o golo a Lukaku após uma perda de bola comprometedora de Samaris.

Com o mesmo resultado chegam ambas as partidas ao intervalo. 1-0.

A segunda pare começa com Gelson Martins a fazer das suas mas sem resultados práticos.

Em Alvalade a Juventus ameaça.

Acho que foi o Raul Jimenez a rematar par De Gea defender. Foi o Diogo Gonçalves afinal.

Eliseu vai entrar e Grimaldo vai sair. Será uma substituição forçada.

Diogo Gonçalves, o mais inconformado, volta a colocar David De Gea à prova que defende para canto.

Raul Jimenez envia a bola ao poste.

Saiu o cartão amarelo para Salvio.

Samaris faz falta sobre Rashford. Vamos a ver se Svilar volta a defender. Agora é Blind. Blind não falha desta vez.

Entretanto também a Juventus marca em Alvalade por Higuain. Coates protestou, viu o cartão amarelo e ficará de fora no próximo jogo.

Bruno Fernandes tem um remate dos seus mas não acertou na balia. Foi por cima.

Chegam ao fim ambos os jogos . Tudo ainda complicado para as equipas portuguesas.


















A mangueira da minha vizinha

Em dia de se fazerem travessuras, eis que o meu subconsciente se alia à festa e me brinda com este pedaço de pura diversão.

Isto vem no seguimento dos últimos tempos, quando eu vou correr para a Baixa e me aparecem mangueiras no meio do caminho a deitar água.

Quando eu era pequena, muitas vezes a minha vizinha regava o jardim com mangueiras que nós tentávamos apanhar para a molhar mas ela acabava invariavelmente por nos molhar a nós.

Este sonho não se passa na minha infância. Passa-se na atualidade. Era já quase noite quando chegava a casa a pé vinda de Anadia. Ora a minha vizinha não sabia que eu tinha vindo para casa, nunca iria saber que fui eu a bufar para dentro da ponta da mangueira.

Na estrada encontrei uma mangueira que eu sabia que ia dar à adega, ao barracão ou lá o que era. Então que fiz eu? Pequei na ponta e comecei a soprar lá para dentro. O barulho que dali surgiu surpreendeu-me de tal maneira, que desatei a rir, denunciando-me.

E lá vinha a minha vizinha, arrastando-se, com a muleta empunhada. Eu a tentar esconder-me mas não cabia em mim de tanto rir. Aquilo fazia de facto um barulho muito cónico.

O despertador tocou. Lá tinha eu de ir para a rua. Sim, havia mangueiras hoje também na rua.

Monday, October 30, 2017

Almas Santas

De vez em quando, sou transportada para memórias e situações que há muito foram apagadas pelo tempo. Por que razão isso acontece, ainda busco uma explicação mas, até à data, ainda não consegui entender o que se passa.

São memórias que surgem do nada, muitas vezes acompanhadas, sobretudo, por sensações olfativas e por sentimentos, uns mais positivos que outros. Desta vez, fui transportada lá para bem longe no tempo. Ao tempo em que tinha medo do escuro e dormia sempre aconchegada à minha falecida avó, acordando-a e pedindo que continuasse a rezar ou que contasse uma história.

Sou transportada para uma longa noite bem escura e fria. Devia ser Inverno, pois tenho a ideia de que estava bastante frio, a minha avó foi para a sala à espera que viessem canta as Almas Santas. Naturalmente eu, como não queria ficar na cama sozinha, acompanhei-a até altas horas da madrugada. A espera foi em vão, pois as pessoas tinham de correr o lugar todo, tal como se faz pelas Janeiras. A diferença é que, vá lá saber-se porquê, eram já altas horas da noite e a minha avó sentada na sala à espera das Almas Santas.

Estava cansada e com frio. A minha avó acabou por se render e ir para a cama. Nessa noite não houve Almas Santas para ninguém. Provavelmente foram a outras casas, deixando a nossa para o outro dia mas não me consigo lembrar se chegaram a vir no outro dia.

Nunca mais na vida estive à espera das Almas Santas e nunca mais ouvi falar de tal. Já lá vão uns longos anos. Nem sei em que época do ano elas eram cantadas pelas aldeias portuguesas.

Lembrei-me disto por acaso, foi até onde as minhas memórias repentinas me levaram.

Paúl da Arzila











Desta vez, sob um radioso dia de Sol, a deslocação não foi longa mas o autocarro, mais uma vez, teve dificuldades em manobrar em ruas tão estreitas e com outros veículos estacionados. Apesar de a caminhada não ter sido difícil, houve algumas peripécias dignas de registo.

Falei do autocarro ter dificuldade em se movimentar em ruas estreitas. Pois bem, indo eu atrás, como sempre, fui testemunha privilegiada de um incidente em que o veículo de passageiros de grande porte que nos transportava raspou na parte de baixo de uma varanda.

A lama finalmente apareceu, fruto da pouca chuva que caiu nos últimos dias. O tema dominante das nossas conversas era, naturalmente, este tempo de verão já muito arrastado e os incêndios que, mais uma vez trouxeram destruição e morte às nossas terras.

Resolvemos almoçar ao ar livre num parque de merendas. Aí esperava-nos companhia. Tratava-se de uma espécie de lagartas pequenas e verdes. Os bancos e as árvores estavam repletos desses estranhos seres que nos importunaram durante o almoço e durante a Assembleia Geral que também foi ao ar livre. Parece que aquelas estranhas criaturas não mordiam mas andavam por todo o lado.

Infelizmente não tirei foto a esses bichinhos verdes mas tirei algumas durante a caminhada para aqui poder partilhar, como sempre acontece.



Vinte e oito anos de ACAPO





Penacova recebeu mais um almoço-convívio de todos os associados da ACAPO que se quiseram juntar ao evento e assim conviver um pouco. Muitos de nós se se conseguem encontrar nestas ocasiões.

Eram as comemorações do vigésimo oitavo aniversário da ACAPO a nível nacional e, paralelamente, o vigésimo quinto aniversário da delegação de Coimbra. Foi por isso que organizámos as comemorações aqui no nosso distrito.

Não estavam tantos participantes como em anos anteriores mas, as altas instâncias do mundo das deficiências marcaram presença, com natural destaque para Ana Sofia Antunes- Secretária de Estado da Inclusão.

Pela minha parte, tinha grande expectativa em rever os amigos que fiz no passado verão na colónia de Férias organizada pela delegação do Porto. Parte desses amigos, ou mesmo quase todos, marcaram presença.

São assim vinte e oito anos de história, de conquistas, de afirmação, de avanços e recuos, de abnegação, de luta incessante pela Igualdade. Cada vez mais mostramos aos outros que temos vontade de fazer algo e que o vamos conseguir, caso nos deem oportunidades para isso.

Wednesday, October 25, 2017

Levei a Feijoa a jantar fora

Nem queria acreditar quando fui ver se o meu boletim do Euromilhões tinha alguns trocos e de lá saiu uma quantia choruda que dava para viver à grande durante algum tempo. Resolvi aproveitar. Então não?

Para começar, comprei umas roupas de marca, nada de muito espampanante, pois não gosto dessas coisas, e resolvi marcar mesa num restaurante de luxo em Lisboa para duas pessoas. Bem, não era uma mesa para duas pessoas- era para mim e para a Feijoa. Ai de quem se atrevesse a pô-la na rua!Agora os animais de companhia já podem entrar nos restaurantes. A Feijoa iria sentar-se à mesa. Pelo menos iria tentar.

Aluguei uma vistosa limusina para nos transportar até ao restaurante. A noite estava amena e encontravam-se no parque de estacionamento veículos de alta cilindrada. O restaurante era frequentado por gente fina.

Ao longo da viagem para Lisboa, a minha ilustre convidada resolveu, para não variar, enterrar as suas unhas bem compridas nos estofos da limusine. Pois, eu não cortei as unhas à minha gata. Ela não deixou. Também não deixou dar-lhe banho e tive medo de ela morrer. Nunca na vida tomou banho com champô e esses produtos que costumam comprar para dar banho e perfumar os animais. A Feijoa foi para o restaurante a cheirar a palha do palheiro lá de casa. Quem não quisesse ver, que tapasse os olhos!

O motorista com o cabelo a brilhar de tanto gel, abriu-nos a porta da viatura para que saíssemos para o exterior. Eu peguei na Feijoa ao colo e ela logo enterrou as suas temíveis unhas no meu pescoço, fazendo-me um vistoso arranhão que se ira ver do outro lado do restaurante, por mais que a refeição fosse à luz das velas.

Entrámos para um sumptuoso hall onde o chão de madeira estava lustroso e bem cuidado. Resolvi colocar a Feijoa no chão. Fui recebida por um senhor elegantemente vestido com um fato de bom corte que me indicou a mesa. Perguntou se eu esperava mais alguém e pareceu arvorar um sorriso de escárnio quando lhe disse que era só eu e a minha gata.

Quem se riu depois fui eu, pois ambos os julgares estavam preparados para a refeição com requintados talheres de prata e copos de cristal. Veio outro empregado de mesa perguntar se queríamos beber alguma coisa. Eu afirmei que não. Para a Feijoa sempre podia ser água da torneira mas não naqueles copos que se iam acabar por partir.

O espaço estava iluminado de forma sóbria, bem formal. Suaves acordes de jazz provinham da instalação sonora. Era o tipo de ambiente ideal para se jantar com a cara-metade ou para uma refeição de negócios. Na mesa da frente estava um casal de meia-idade. Não pareciam ser portugueses. Seriam americanos talvez. A mulher estava exageradamente maquilhada e exibia um impressionante número de joias de incalculável valor. O seu acompanhante era um homem de estatura média com um fato em tons claros. Conversavam animadamente e iam bebendo champanhe enquanto a comida não chegava. Mal me distraí a olhar para eles, perdi de vista a Feijoa que se tinha sentado em cima da toalha branca de uma mesa das que ainda se encontravam desocupadas. Logo exibiu as marcas da sua passagem. Chamei-a em surdina mas ela não me obedeceu. A solução foi ter de a ir lá buscar. Ela começou a miar excessivamente alto.

Numa mesa encontravam-se quatro senhores muito elegantes nos seus fatos de alta costura. Pareciam ser políticos ou empresários. Mesmo que fossem políticos conhecidos, eu não os reconheceria e muito menos me iria dirigir a eles. Ainda se fossem desportistas…

Ouvindo a Feijoa a miar, fazendo uma barulheira infernar (acreditem que a criatura é tremendamente chata e não joga com o baralho todo), aqueles senhores não disfarçavam o seu enfado e bufavam ruidosamente. Para disfarçar, perguntei a um deles que horas eram mas nenhum deles me respondeu.

Chega um empregado com a ementa. Tudo pratos com nomes estrangeiros que eu não sabia o que eram. Tal como aconteceu quando no Verão de 2007 estive na Holanda, chegava aos restaurantes e tinha de perguntar o que era a ementa e que raio era isso, aqui em plena cidade de Lisboa tive de fazer o mesmo. Com um ar de gozo, o empregado perguntou o que ia desejar a minha convidada. “Juízo” gracejei eu ainda o gozando.

O senhor foi muito atencioso e sempre arranjou para a Feijoa...um requintado filete...de peixe-gato. Eu nem sabia o que comer. A Feijoa atirou-se ao seu prato que não era de plástico, como devem calcular, e devorou a sua comida num ápice. Quando acabou de comer, saltou para cima de uma mesa onde estavam sentadas duas pessoas que estavam em contra-luz e eu não conseguia distinguir quem eram. As pessoas tentaram enxotar a Feijoa de cima da mesa mas ela cravou-lhes as unhas (a sua temível arma) nas costas das mãos. As pessoas pegaram nas suas coisas, foram-se embora e nem pagaram a conta. Em cima da mesa tinha ficado uma garrafa de um vinho muito exclusivo. Devia custar uma fortuna.

Aos poucos, o restaurante foi ficando vazio. Não estava a ter a noção da barracada que estávamos a dar. Só estávamos nós à mesa. Que bom! Um restaurante todo chique só para nós. Se o tivesse reservado só para esta noite, não ficaria melhor servida.

O pior ainda estava para vir. Quando já me despedia e pedi a conta, fiquei fora de mim ao olhar para os números completamente surreais que o empregado me apresentou. Não só tinha de pagar as minhas despesas, como tinha de pagar os estragos, os danos morais e patrimoniais provocados pela presença da gata e toda a comida e bebida que as outras pessoas acabaram por deixar abandonada em cima das mesas e que não se atreveram a comer. Num dos casos, a Feijoa não se fez esquisita como eu e comeu pelas bordas de um prato um requintado menu que a mim me fazia revolver o estômago. Para gozar comigo, ainda escancarou aquela boca junto a mim e começou a lamber os seus bigodes já brancos de treze anos de vida.

E assim gastei eu a pequena fortuna que havia ganho no Euromilhões. Se calhar naquele restaurante já não vão deixar entrar mais nenhum animal de companhia.

Seguimos no nosso transporte. Apesar de ter pago todo aquele estrago, ainda me vinha a rir. A cara de algumas daquelas pessoas era impagável. Feijoa dormia de barriga cheia enroscada no banco junto a mim.

Wednesday, October 18, 2017

“The Way”- Fastball (Musica Com Memórias)


Para hoje reservo uma música daquelas que, há cerca de uns vinte anos, associei a alguém. E que memórias me traz esta música! Este post será então uma espécie de “que e feito de si?” ou como eu costumo dizer de forma mais dramática: “ainda é vivo?”.

A vida passa, as pessoas vão passando pelas nossas vidas, as músicas passam na radio, vão sendo substituídas por outras, e as memórias por vezes assolam-nos assim de rompante.

Tenho ouvido esta canção algumas vezes. Agora costuma passar na M80 mas era presença assídua na Rádio Cidade aí no ano de 1997 ou 1998. Sei que foi no ano em que o Chaves desceu de divisão, só regressando na época passada. O que é que isso tem a ver com esta música? Tudo.

Ora no Desportivo de Chaves, por essa altura, alinhava um guarda-redes montenegrino chamado Dragoslav Poleksic. Sei que ele não começou essa época a titular mas veio a ganhar a titularidade depois, fazendo boas exibições. Lembro-me que talvez ele tenha feito o jogo da sua vida no Estádio das Antas contra o Porto. Não evitou, porém, que o Chaves descesse.

Esta era a música dele, a música que o meu subconsciente lhe associou. Andava também a passar muito na altura.

Na época seguinte, esse guarda-redes transferiu-se para o Campomaiorense que veio a Coimbra vencer a Académica por 0-5. Ah, agora consigo situar melhor estas memórias. Foi mesmo em 1998.

Por onde anda o Dragoslav Poleksic? Não faço ideia. Em 2013 alinhava no Hajduk de Belgrado e tem o record de futebolista mais velho a jogar na primeira liga da Sérvia. Se calhar já é avô.

Para terminar, não sabia (ou se calhar não me lembrava) que ele também tinha alinhado no Espinho.

P. S.: Procurando imagens desses tempos de Liga Portuguesa, não consegui encontrar. Ilustra este post uma foto mais recente, de 2011, em que Poleksic evolui contra o Estrela Vermelha.

Tuesday, October 17, 2017

Chuva de golos na primeira parte

O Porto foi à Alemanha e perdeu por 3-2 frente ao Leipzig num jogo a contar para a Liga dos Campeões. Sérgio Conceição optou por José Sá na baliza em vez da experiência de Casillas e isso terá sido fatal. Nestes jogos não se pode errar.

Que surpresa! Casillas hoje não joga. O que se passou? Vai para o banco, o Casillas.


Sérgio Oliveira volta a ser titular na Champions.

A bola vai por cima rematada pelo Jogador Número Dez do Leipzig. É o primeiro remate da partida.

A equipa alemã marca e José Sá tem algumas culpas neste golo que surge na sequência de um canto algo discutível. O guarda-redes do Porto terá andado ali um pouco perdido.

Troca de botas, o Brahimi. Aquelas não lhe estavam a dar sorte.

Dá a impressão de que o Porto acusou bastante aquele golo. Anda um pouco desnorteado em campo.

E quem mais poderia fazer o golo do Porto? Aboubakar.

Se não fosse Marcano, era o segundo golo dos alemães.

Fica-se a pedir fora de jogo mas o Jogador Numero Dez do Leipzig marca mesmo.

Agora é um erro de Marcano. Augustin não desperdiça.

Marcano redime-se do erro de há pouco e marca na sequência de um canto.

Já vimos cinco golos só na primeira parte. Nada mal. 3-2 a favor do Leipzig é o resultado ao intervalo.

Hoje o Brahimi não está nos seus dias. Fez falta sobre o adversário e foi mesmo o primeiro jogador a ver o cartão amarelo das mãos do árbitro italiano.

Também há cartão amarelo para um jogador alemão, ainda por cima o capitão de equipa, por falta sobre Aboubakar. O livre é perigoso. A bola não passa a barreira.

Sérgio Oliveira viu também o cartão amarelo por agarrar a camisola do Jogador Número Dez do Leipzig quando este seguia veloz para o ataque.

Quase que era o quarto golo da equipa alemã.

Augustin volta a criar perigo.

Marega cabeceia ao lado.

O Porto ainda tenta um golo que lhe dará o empate nestes instantes finais.

O jogo termina tal e qual como foi para intervalo. As equipas não mais marcaram.







Atirando com uma bota velha para a estrada

Depois de se estar longo tempo sem dormir, surgem aqueles sonhos completamente estúpidos que controlamos parcialmente. Quem no seu perfeito juízo e no estado de vigília fazia um disparate desses?

Sonhei que me encontrava à beira da estrada perto de minha casa num início de noite ventoso e a cheirar a fumo dos incêndios. Talvez o cheiro do fumo tenha sido transportado da realidade para o sonho.

Do nada foram-se acendendo pequenos focos de incêndio, parecendo chamas de isqueiro. Eu ia-as apagando mas cada vez se acendiam mais e em lugares ainda mais dispersos. Por fim, lá consegui apagá-las todas.

Depois de todas as chamas apagadas, resolvi vir para dentro de casa. Quando me deslocava para a eira, achei uma bota velha e molhada com atacadores. Cheirava imenso a mofo. Era só uma, não tinha par.

O que fazer com um achado desses? Depressa arranjei solução. Iria arremessar a bota contra o primeiro veículo que passasse na estrada. A sorte coube a uma velha motorizada que transportava duas pessoas. Ainda lhes acertei de raspão e comecei-me a rir.

Acordei ainda a pensar em tal loucura.

“Still Loving You”- Scorpions (Música Com Memórias)


Já aqui referi que, quando era mais jovem, detestava certas canções e artistas que adoro nos dias de hoje. Os Scorpions são aquilo que se aproxima mais hoje em dia de uma banda favorita, se bem que eu costume afirmar que não tenho bandas ou artistas favoritos. Apenas gosto de músicas.

Esta minha aversão pelos Scorpions em parte se deve à memória que guardo de certa tarde que também deveria ser de outono. O meu pai ouvia rádio, no intervalo das músicas eram dadas as previsões para os signos- lembro-me bem. Era também na altura em que eu julgava que o signo era algo que se escolhia quando se chegasse a certa idade. Quando se fosse maior, dizia eu. Então eu queria ser balança, sem sequer imaginar que já o era e que tudo tinha a ver com o dia em que nasci- 28 de setembro.

Lá em casa havia uma enorme arca de madeira. Julgo que ainda existe mas sem aquela magia que tinha quando era criança. Eu adorava explorar essa arca quando não tinha mais nada que fazer. Sempre lá encontrava coisas interessantes. Em parte, o seu conteúdo era composto por roupas velhas que contavam uma história. Lembro-me por exemplo de umas calças verdes de ganga que se dizia que o meu pai comprou à pressa numa feira em Lamego porque rasgou as que trazia ao saltar arame farpado para ir fazer as necessidades a um terreno.

O que eu mais gostava de ali encontrar eram livros, naturalmente. Parece que todas as vezes que eu ia mexer na arca, eram plantados lá livros novos que eu nunca tinha visto.

Nessa tarde sentia-me algo melancólica, talvez por ser Outono. O Sol já se ofuscava, sinal de que a noite ia cair dali em breve. À medida que o sol ia ficando mais amarelecido, eu ia-me sentido mais soturna. As peças de roupa que iam passando pelas minhas mãos adquiriam um ar misterioso e algo assustador.

Esta música tocava na rádio. Na altura era um grande sucesso. Nessa altura, lembro-me de ter nas mãos uma camisola de lã que devia ser da minha mãe, mas que ela parece ter esquecido ali. Era de umas cores lúgubres. Uma espécie de grená e roxo. Esta música a tocar e aquela camisola nas minhas mãos, sob um sol amarelado de fim de tarde eram condimentos para a minha melancolia.

Ao longo de muitos anos, as sensações ao ouvir esta música eram muito negativas. Não sei ao certo quando é que tudo mudou. Quando cresci e comecei a apreciar melhor música. Mesmo assim, esta canção está longe de ser uma das minhas favoritas dos Scorpions. Gosto por exemplo de outra canção que julgo já ter falado aqui- “When The Smoke Is Going Down”

Tuesday, October 10, 2017

Estamos apurados

Conseguimos estar no Mundial 2018 que se realiza na Rússia. Mais uma vez, o Estádio da Luz foi o palco de toda a festa com as cores lusitanas.

Que nervos!

Este formigueiro, este nervoso miudinho toma conta de mais de dez milhões de corações portugueses.

Hoje o Seferovic joga em casa e logo de vermelho e branco. Espero bem que ele não se engane.

Portugal entra com tudo, como seria de esperar.

Fica-se a reclamar uma grande penalidade sobre André Silva mas o árbitro turco nada assinala. André Silva ainda protesta.

Madonna está a ver o jogo no “seu” Estádio da Luz.

Saiu o cartão amarelo do bolso do árbitro turco para um jogador helvético. Parece que foi para o Jogador Número Oito.

Quase que Bernardo Silva marcava mas o guarda-redes suíço defendeu. Ainda é canto. E agora é outro do outro lado.

E Portugal chega finalmente ao golo com Djourou a marcar na própria baliza.

Seferovic cria perigo.

Eliseu viu o cartão amarelo por falta sobre um adversário.

Seguimos apurados para o intervalo. Vamos ver o que acontece na segunda parte.

Shaqiri cria perigo e obriga Rui Patrício a defender.

Ronaldo remata ao lado depois de um bom entendimento com Bernardo Silva.

Desta vez Portugal chega ao segundo golo por André Silva numa jogada de insistência. Temos de aguentar este resultado. Estamos quase apurados.

Seferovic a ser assobiado no Estádio da Luz? Que coisa tão estranha...ou então não.

Shaqiri remata para fora.

O Jogador Número Dezassete da Suíça viu o cartão amarelo por travar um contra-ataque comprometedor das nossas cores.

Sommer nega o golo a Pepe.

Também é um pouco estranho Ronaldo falhar golos fáceis como agora.

E o jogo termina. O apuramento para o Mundial é uma realidade.






Queda livre

Ando a ler um livro sobre os sonhos mais comuns e sonhar que se está a cair para o vazio é um dos sonhos mais frequentes em todo o Mundo.

Eu raramente sonho que vou a deslizar pelo vazio mas, nesta noite que passou, tive essa experiência onírica.

Num final de tarde, ia eu num trilho com um grupo de pessoas. Havia uma subida bastante íngreme que, à partida, não se afigurava de grande dificuldade para mim. Talvez por já estar um pouco cansada ou por simplesmente ter colocado mal o pé, resvalei para trás, mergulhando num vazio que pareceu uma eternidade.

Isso fez-me lembrar uma situação quando era criança. Nessa altura, tentei descer de costas a parede do pequeno ribeiro que fica perto de minha casa. O objetivo era apanhar uma garrafa de detergente para brincar. Sim, eu adorava brincar com embalagens vazias de qualquer coisa. Por sorte, estava um molho de feno ou de agulhas justamente no local onde eu fui cair. A sorte protegeu-me nesse dia numa queda onde me senti a transportar para o vazio, tal como senti neste sonho.

Acordei bem cedo. Tive de ir correr.

Monday, October 09, 2017

“A Nossa Vez”- Cadema (Eu Não Conhecia Isto)


Calculo que esta canção seja muito recente. Mesmo assim não deixo de a partilhar aqui.

Faz-me lembrar uma outra música que também aqui apresentei há uns tempos do Nelson Freitas. São duas músicas com excelentes poemas e que cativam bastante.


Aquele azul típico da Casa dos Pobres








A deslocação não foi longa, daí cada um ir no seu próprio meio de transporte até São Martinho do Bispo. A caminhada era solidária e tinha como objetivo angariar fundos para a Casa dos Pobres- instituição com excelentes instalações que alberga hoje em dia seniores.

Toda a gente envergou aquele azul carregado que estava presente por todo o lado dentro da instituição. Fizemo-nos à estrada com uma temperatura amena e o Céu impregnado de fumo- o que tornava a atmosfera um pouco estranha, em tons amarelados.

O percurso não teve nada a assinalar em termos de dificuldade. Foi muito fácil.

De referir que o almoço estava divinal. De manhã quando chegámos já se fazia sentir um agradável cheirinho a comida. Eu sempre fui apostando que o almoço era lombo e quase acertei.

Seguem também algumas fotos, à semelhança de caminhadas anteriores.

Ronaldo entra e resolve mais uma vez

A jogar num campo sintético e bastante pequeno, Portugal teve de se socorrer de Ronaldo que tinha ficado no banco para se precaver de um cartão amarelo que o afastasse do jogo decisivo frente à Suíça para desbloquear o jogo.

Ronaldo fica no banco por estar tapado com amarelos.

Tal como Ronaldo, existem seis jogadores em risco de ver um cartão amarelo que os afasta do jogo decisivo com a Suíça.

Cheira-me que o Quaresma vai ver um cartão amarelo. Pode ser que não…

Este campo e tão estranho...já se sabia que era um sintético mas parece quase um ringue de pavilhão. Será que Portugal o vai estranhar?

Quase que era o primeiro golo de Portugal. Foi Quaresma a cabecear para fora.

Gomez nega o golo a Quaresma. Foi a primeira defesa do guarda-redes de Andorra.

Gomez sai aos pés de bernardo Silva.

André Silva agora falha um golo quase certo. Portugal começa a cheirar o golo.

Estou a ver que tem mesmo de entrar o Ronaldo para resolver este jogo!

O Jogador Número Catorze de Andorra é o primeiro a ver o cartão amarelo das mãos do árbitro checo.

Gomez está a ser a figura do jogo. Mais uma defesa apertada do guarda-redes de Andorra que é o responsável pelo nulo no marcador.

Agora Eliseu socorre-se da sua arma- o remate de longe. Vai ao lado.

É com um nulo no marcador que se chega ao intervalo. Ronaldo tem de entrar para resolver isto.

Ronaldo entra mesmo a seguir ao intervalo. Não há tempo a perder. A Suíça está a ganhar confortavelmente à Hungria por 3-0. Saiu Gelson Martins que era outro jogador que não podia ver o cartão amarelo.

Por travar Bernardo Silva em falta, o Jogador Número Quinze de Andorra viu o cartão amarelo.

E tinha mesmo de ser Ronaldo a desbloquear um jogo que já começava a ser exasperante. Assim está melhor!

Ronaldo vai marcar um livre de uma falta ganha por Eliseu. A bola foi por cima desta vez.

Quaresma remata ao lado.

Incrivelmente a bola não entra na baliza de Andorra nesta jogada.

Rodriguez viu o cartão amarelo por entrada dura sobre Ronaldo.

E Quaresma não viu cartão amarelo. Acaba de ser subsistido por William Carvalho.

Ronaldo remata ao lado.

Gomez defende um remate de meia distância de Ronaldo.

André Silva marca o segundo golo de Portugal. Claro que o cruzamento inicial é de Ronaldo.

Sergio Moreno viu o cartão amarelo por falta sobre Danilo.

Com maior ou menor dificuldade, Portugal acaba por passar neste difícil teste em Andorra. As decisões ficam para a próxima terça-feira no Estádio da Luz perante a Suíça.






Onda rosa contra o cancro






Foram às centenas, os que marcaram presença na Praça da República numa marcha simbólica na luta contra o cancro.

Envergando camisolas rosa e empunhando balões da mesma cor, os presentes rumaram ao Parque Verde onde os balões subiram e se perderam nos Céus de Coimbra tão massacrados pelos fogos anormais para esta época do ano.

Ali houve uma aula de zumba para colocar toda a gente a mexer e a presença de um grupo coral de música tradicional portuguesa.

Sei que esta iniciativa se realiza todos os anos mas nunca tinha estado presente. Para o ano espero voltar de novo.

Thursday, October 05, 2017

Do Choupal até à Lapa

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Começamos este post com a música que se impõe e que foi ouvida cantar ao vivo na Lapa. Um momento alto, sem duvida.


Este ano, o Dia Mundial do Coração foi comemorado precisamente com uma caminhada com sensivelmente dez quilómetros do Choupal até à Lapa como diz a canção.

Envergando a tradicional cor vermelha- cor do coração- um numeroso grupo de participantes constituído por pessoas de todas as idades e alguns cães de diferentes tamanhos reuniu no Choupal para a prática de exercício ao ar livre.

Confesso que nunca fui até à Lapa...e vivo ha tantos anos em Coimbra mas a primeira vez foi memorável. Como disse acima, ali ouvimos cantar ao vivo esta canção e o trinado das guitarras de Coimbra num tema instrumental

Seguem algumas fotos que escolhi para ilustrar esta manhã bem agradável.


Tempo de mudança

Certamente terão dado pela minha falta por aqui...ou então não. Pois bem, a verdade é que tenho andado bastante atarefada. Tenho grandes novidades para vos dar!

Não me casei, nem emigrei. Simplesmente...mudei de casa e isso implica, naturalmente grande azáfama e muito esforço.

Com a viragem de um novo ano na minha vida (o meu aniversário também foi por estes dias), novos desafios me aguardam nos próximos tempos. Terei de alterar algumas rotinas e alguns hábitos. Afinal de contas, nunca tinha estado a viver por minha conta.

Para já tudo está a correr bem. Estou a adorar o sossego que agora me é proporcionado. Não dependo de ninguém.