Tuesday, November 30, 2010

Seres horríveis

Acordei eram ainda duas e meia da madrugada vergada a um confuso pesadelo. Na verdade nem sabia o que pensar de tudo isto. Tudo tão assustador, tudo tão intrigante, tudo tão estranho.

O cenário era o meu local de trabalho- a padaria. Todos os tabuleiros estavam preenchidos com algo semelhante a cabeças humanas arrancadas brutalmente aos seus corpos, ensanguentadas e desossadas. Da vasta cor encarnada que predominava nos seres monstruosos, sobressaía uma tonalidade branca que parecia ser constituída pelos dentes ou os olhos das criaturas. Eram de facto assustadores, estes monstros sem corpo.

O mais intrigante é que eles pareciam sofrer bastante e imploravam insistentemente que não podiam viver assim. Queriam que acabássemos com eles, que os exterminássemos.

Provavelmente acordei aos gritos e, tal como acontece neste tipo de pesadelos, tinha medo de voltar a adormecer e voltar a ter sequelas destes pesadelos. Tal não aconteceu.

Continuemos com as criaturas estranhas, com estranhos acontecimentos e com embaraços a rodos.

Adoro sonhar com viagens. Escusado é sonhar com estes embaraços todos, estas situações desagradáveis que tenho de passar. Para embaraços e chatices tenho a vida real que me dá bem que fazer. Gostaria que os sonhos fossem um escape. Tal não acontece. Se eu pudesse comandar o meu subconsciente, só aconteceriam situações grandiosas nos meus sonhos. Tudo o que não tenho na realidade. Como agora não descanso durante o dia porque estou a trabalhar, há muito que não tenho um daqueles sonhos a que os especialistas chamam sonhos lúcidos. Aqueles em que sentimos um formigueiro na cara e depois podemos fazer o que nos dá na gana. Normalmente aproveito estas ocasiões para conduzir e andar de bicicleta, voar, estar com pessoas que desejo e muito mais.

Ia eu a dizer que tinha feito uma viagem algures incluída num grupo onde ia muita gente. A certa altura o nosso grupo perdeu-se e teve de se desenrascar indo por atalhos de toda a espécie.

Passámos por terrenos cultivados com erva fofa e já amarelecida pelo Sol e até tivemos de nadar numa espécie de lago com água muito suja e povoada por uns estranhos seres negros e lustrosos, semelhantes a sanguessugas. Eles não nos fizeram mal.

De tanto andar, trazia as calças rotas na zona das virilhas que já iam em ferida. Queria parar para trocar de roupa mas ninguém queria esperar por mim. A situação era mesmo desagradável porque não podia simplesmente andar assim.

Atirei com os meus pertences por um precipício abaixo e depois deslizei eu também por ali fora. Sabia que não me iria magoar porque havia daquela relva fofa que há pouco descrevi.

Afinal tudo não passava de um sonho dentro de outro. Afinal estava em casa, deitada no sofá da minha sala. O genérico de um filme holandês fez-me acordar deste primeiro sonho. Fiquei alarmada. Já era tarde. Nem sei como foi possível dormir tantas horas.

Não sei que horas eram quando acordei na realidade mas não havia que lamentar as horas que se esteve a dormir. Contando que não fosse acometida de pesadelos…

P.S: Por incrível que pareça, a primeira parte deste sonho, a mais horrível, realizou-se. Vão rir a bandeiras despregadas tal como eu me ri ao ver o que jazia nos tabuleiros que vi no sonho. A mesma tonalidade encarnada, as mesmas pequenas partes brancas…mas não eram monstros…eram…eram…a resposta num dos próximos textos.

Monday, November 29, 2010

Léo ferido e abatido



Sonhei que chegava a casa num domingo de manhã e apenas encontrei a Teka e a Feijoa. Perguntei à minha mãe pelo gato Léo e ela respondeu-me que ele tinha desaparecido há alguns dias.

Na tarde desse mesmo dia, uma bela tarde de Sol, estava no meu quarto quando ouvi os gritos lancinantes da minha mãe. Ela tinha achado o gato Léo com um ferimento muito semelhante àquele que vitimou o gato Ju. (ver texto “Ju- o fim de um resistente”).

Desta vez, e em visível desespero, a minha mãe ligou imediatamente para o veterinário para o vir abater porque não o podia ver assim. Em menos de cinco minutos, o carro de cor clara do veterinário estacionava junto ao portão da eira.

Pelas frinchas do estore da minha janela eu tentava não olhar para o que se passava na eira mas uma força superior obrigou-me a assistir à deplorável cena da minha mãe a segurar o gato enquanto o veterinário lhe aplicava a injecção letal.

Visivelmente abalada, a minha mãe pousou lentamente o corpo sem vida do gato Léo no chão da eira. Acordei naturalmente sobressaltada a meio da madrugada.

P.S.: Quando fui a casa naquela semana estava naturalmente ansiosa por encontrar o gato Léo. Para além deste sonho, irei descrever um outro que se pode considerar uma sequela deste. Estava tudo bem com o gato cinzento. Apenas um pormenor intrigante: tinha realmente um ferimento na cara infligido por uma luta com outros gatos. Nada de grave mas a minha mãe prometeu curar aquelas feridas. Entretanto existe um mostro à solta na minha terra que extermina os gatos usando venenos corrosivos. Pena não se apanhar esse indivíduo inqualificável em flagrante para o denunciar. Ele merece sofrer tanto ou mais que os gatos que ele por vezes queima com ácidos. Que raiva!

Nove cães e mil e um disparates

Este é mais um sonho bastante confuso. Nem sei onde fui eu buscar tanto disparate junto. Aquela última parte então é demais. De uma coisa é certa: nem a dormir e nem no meu dia de folga me consigo livrar daquele inferno vivo que é uma colega minha de trabalho. Já não é a primeira vez que sonho com alguém que a possa representar em termos oníricos. Que chaga!

Tudo começa à porta de minha casa, pelo que eu me lembro. A estrada está algo enlameada. De um lado e de outro encontram-se cães de um amarelo dourado. Não parecem mortos, apenas sentados e imóveis. Contei-os. Eram nove. Tal imagem impressionava-me sem saber porquê.

Encontrava-me no meu quarto a ouvir rádio. A estação que ouvia nada tinha a ver com as que ouço habitualmente. Tratava-se portanto de uma estação de rádio onírica que passava também música que não existe na realidade. Com os estores corridos e alheia ao que se passava à minha volta, como sempre, a qualquer hora ouvia aquela rádio desconhecida.

Parece que atropelavam cães na rua e eu nem me apercebia. Na realidade só restavam há pouco tempo três cãezinhos dos nove da ninhada que realmente existiu.

Agora vamos ao momento alto, ao momento mais disparatado deste sonho! Num quarto que não era em minha casa e que eu nem seria capaz de identificar havia estranhos insectos. Moscas? Eram imensas e deslocavam-se aos montes. Tinha-as lá visto mas quando voltei lá já só havia umas poucas.

Na cama desse quarto estava um rapaz aparentando aí uns dezoito anos de idade. Tinha cabelos louros e uma pele muito branca. Parecia vindo de um país nórdico. Da Finlândia me parece.

Coloquei-me ao pé da cama. Ele parecia estar a dormir mas quando cheguei mais perto reparei que ele estava todo transpirado e com febre. Chamei um médico e apareceu…aquela criatura que tenho de aturar sempre. De bata branca ela lá estava. E a bata branca até nem fica mal ao raças da mulher. Dá-lhe realmente um ar de doutora. Ela que sonhe que eu teci este comentário!

Por incrível que pareça ela entrou pela porta da sala de minha casa. O passo seguinte era levar o rapaz ao médico. Ele não reagia. Parecia em coma devido à febre, ao imenso tempo em que já se encontrava naquelas condições. Terá sido picado pelos insectos que eram imensos.

Agora entra o disparate supremo. Realmente isto só em sonhos! Fomos a pé virados a Anadia. A minha caríssima e estimada colega seguia de bata branca à frente com mais uma ou duas pessoas enquanto que eu seguia atrás carregando ao colo com o doente que teimava em me escorregar.

Passámos por uma zona entre Vale de Avim e Moita chamada Pedras Alvas e eu já ia de rastos de transportar o doente ao colo. Ele continuava a escorregar e pesava quase tanto como um cão. Mesmo assim preferia carregar com ele eu sozinha do que pedir ajuda à minha colega que se afastava cada vez mais sem esperar por mim.

Continuava eu a minha difícil caminhada quando acordei. Eram cerca de seis menos um quarto. Estive para me levantar e apontar estas peripécias mas estava muito bem debaixo dos cobertores. Havia tempo de passar frio.

Abram alas para o regresso do Senhor Nuno

Já há muito que não se via um espectáculo assim no Estádio da Luz. À falta de Mantorras, os aplausos e o carinho dos adeptos vão para o capitão Nuno Gomes.

Há muito que o avançado não jogava e os adeptos desesperavam por uma oportunidade de ver novamente em acção um dos melhores pontas- de- lança portugueses e também um símbolo do Glorioso.

Já com a vitória garantida, Jorge Jesus acabou por dar a tão ansiada oportunidade a Nuno Gomes que entrou a quatro minutos do fim sob ruidosos aplausos dos adeptos benfiquistas. Há muito que não havia um aplauso tão efusivo para um jogador. O aproximado foi o que Carlos Martins terá recebido aquando da sua substituição depois do brilhante jogo que fez contra o Lyon para a Liga dos Campeões. Mesmo assim, o aplauso aquando desta entrada de Nuno Gomes em campo terá ultrapassado esse. E como seria se o Jogador Número Vinte e Um marcasse um golo?

Pois bem, quem sabe isso não terá passado também pela cabeça aos próprios jogadores adversários? É que a defesa da Naval parece ter sofrido um ataque súbito de apatia e deu grandes veleidades para que Nuno Gomes se servisse na área de rigor como bem quis.

Mal a bola entrou, o Estádio da Luz explodiu positivamente. Já há muito que não se via uma festa assim aquando da marcação de um golo. Quem estivesse por fora das lides futebolísticas iria certamente pensar que o Benfica acabava de conquistar qualquer troféu importante e que aquele golo fora decisivo. Na verdade aquele golo teve mais de simbólico do que de decisivo porque o Benfica já iria vencer o jogo de qualquer maneira.

Foram quatro golos sem resposta do Benfica à Naval que não se limitou a defender. Na primeira parte a turma da Figueira da Foz até chegou a assustar e fez alguns remates à baliza de Roberto.

Do outro lado o guarda-redes francês Salin também esteve em grande destaque mas o Benfica foi naturalmente mais forte.

Refira-se a título de curiosidade que só aos trinta e seis minutos da primeira parte é que a Naval fez a primeira falta no jogo. Não é todos os dias que uma equipa que joga no estádio de um dos grandes atinge este pecúlio. Por tudo isto a Naval e o seu treinador Rogério Gonçalves estão de parabéns.

Thursday, November 25, 2010

“Os Quatro Grandes” (impressões pessoais)



Não. Não vou falar de Futebol. Este post tem por objectivo esmiuçar o último livro que li e que é da autoria de Agatha Crhristie e protagonizado pelo inconfundível Hercule Poirot. Ou melhor…até vou mesmo falar de Futebol. O que é que acham?

Pois bem, quase desde que nasci que ouço falar dos três grandes do Futebol Português (Benfica, Porto e Sporting) e sempre ficou no ar a questão de quem é o quarto grande. Isto está tão enraizado na cultura desportiva portuguesa que nunca me dei ao trabalho de questionar a origem disto. Provavelmente nenhum dos leitores desta mensagem o fez também. Ao ler este livro, incrivelmente, talvez perceba de onde isto terá surgido e tudo não passou de alguma analogia feita pela Comunicação Social há muitos anos. Foi algo que pegou e que se enraizou de tal forma que hoje ninguém se lembra de ir à génese da expressão “Quatro Grandes” aqui apropriada à hegemonia do nosso Futebol.

Para perceberem melhor isto que acabo de escrever, vou passar a fazer um resumo do que se passou neste empolgante romance policial. Os Quatro Grandes eram um pequeno grupo organizado de criminosos com a finalidade de controlar o Mundo e criar uma nova ordem à sua maneira. Claro está que a ordem que pretendiam estabelecer era a ordem do Mal.

Tal como no Futebol Português, três dos membros dos Quatro Grandes eram conhecidos mas, ao contrário dos clubes nacionais, estes elementos estavam hierarquizados. O primeiro elemento era um chinês com um cérebro perigosamente brilhante. Era ele que pensava todas as ideias terríveis que se punham em prática. Esta organização operava criminosamente em áreas tão diferenciadas que ninguém, mesmo o comum dos cidadãos que passava na rua, estava livre das suas garras.

Para solidificar as ideias deste chinês seria naturalmente preciso dinheiro. O segundo elemento desta seita era um milionário americano que era provavelmente o homem mais rico do Mundo e que estava acima de qualquer suspeita.

Havia as ideias, havia o capital e tinha de haver algo mais. A Ciência. Em terceiro lugar tínhamos uma cientista conceituada, alguém intocável em França, uma mulher que gozava de grande carisma e prestígio mundial. Era considerada uma das maiores cientistas do Mundo. Uma mente brilhante também que fazia experiências com resultados bem surpreendentes para a época.

Havia ainda um quarto elemento cuja identidade se desconhecia. Lá está, discute-se muito quem é o quarto grande do Futebol Português. Aqui quase todo o livro residiu na procura da identidade deste elemento que era um implacável criminoso. Era ele que punha em prática todas as ideias maléficas orquestradas pelo chinês, financiadas pelo americano e apoiadas pelas experiências científicas da francesa. Este indivíduo esteve em todos os crimes que ao longo da história foram acontecendo. Poirot descobria-o sempre, apesar de ele se saber disfarçar muito bem devido á sua experiência no teatro.

Graças à colaboração de uma antiga namorada deste indivíduo que entretanto foi eliminada pelo mesmo, Poirot veio a descobrir que este quarto elemento era inglês e foi em tempos um actor de teatro. A sua antiga companheira sem querer contou ao detective belga que o seu namorado tinha um tique do qual não se apercebia e que consistia em bater com o pão em cima de uma mesa e depois apanhar as migalhas. Por mais disfarçado que estivesse, o indivíduo não deixava de ter esse comportamento. Se num restaurante Poirot visse alguém a fazer isso, depreendia que estava na presença do seu mais temível opositor.

O desfecho da história dá-se num local algo escondido de uma estância turística dos Alpes onde a organização efectuou uma reunião secreta num esconderijo que era o seu quartel-general. Usando o seu irmão, Poirot deixou que o seu opositor o raptasse e subornou uma das pessoas que trabalhava para a organização, convencendo-a a os deixar sair e salvar-se a ela também. É que os criminosos tinham colocado a detonar uma bomba que explodiria em pouco tempo. Vera ajudou o detective a fugir e quem ficou lá dentro foram três dos quatro membros da organização e seus cúmplices. Assim morreram todos. Ali só faltava o chinês que se veio a suicidar depois que soube que tudo o que havia construído desapareceu de repente.

Foi um dos melhores livros de Agatha Christie que li. Teve uma diversidade enorme de personagens, uma grande variedade de crimes diferentes uns dos outros e muita acção. A incerteza quanto ao desfecho prendeu-me do início ao fim.

Sem nada para contar

Dos dias 10, 11 e 12 de Novembro nada houve de relevante para se destacar por aqui. Foram dias em que a rotina fez parte do quotidiano e em que nada de anormal se passou.

Está cada vez mais frio, continuo a trabalhar normalmente e a esperar longo tempo por autocarros ao relento das paragens.

As minhas colegas por vezes continuam irritantes á hora de almoço e vêem televisão com o volume cada vez mais alto, o que torna-me a vida insuportável. Detesto ouvir barulho, especialmente quando quero paz e sossego. Com a televisão em altos berros, naturalmente falam cada vez mais alto e eu fico irritadíssima. Ando mesmo com os nervos em franja.

O computador continua a não ligar com o frio mas descobri que estando ligado á corrente fica um pouquinho mais fácil de ligar. Espero por férias para o levar a consertar e até lá faço todos os possíveis para poupar dinheiro para a reparação.

Não me tenho lembrado dos sonhos, por isso não tem havido nada de interessante para se colocar no blog. Entusiasmada com a leitura, não tenho tido tempo para fazer anotações. Talvez por isso não tenha havido nada para dizer por aqui.

Tuesday, November 23, 2010

O resgate do telemóvel

Ontem, logo que cheguei à paragem, constatei logo que me tinha esquecido do telemóvel em casa. Já ia ter de me chatear. A sorte é que ia ter folga e poderia ir a Anadia apanhar o telemóvel.

Ligar para casa e esperar que alguém atenda é uma tarefa árdua. Tive de pedir um telemóvel emprestado à minha senhoria e ir tentando, tentando, tentando sem obter resposta. Fiquei sem saber o que fazer.

Quando cheguei à ACAPO tentei novamente e aí a minha mãe atendeu. Estavam a matar patos para umas pessoas amigas. Disse-lhe para o meu pai levar o telemóvel à papelaria que eu o lá ia buscar às duas horas.

Assim fiz. Apanhei a camioneta e lá fui até Anadia. Mal coloquei os pés em terra, senti logo as agruras do frio que é mais intenso para aqueles lados. Tive de ir a correr para me abrigar na paragem. Levantou-se um súbito e violento temporal que me fez o guarda-chuva em fanicos. Lá o tive de recompor.

Quando a chuva amainou e o vento se dissipou um pouco, lá fui eu ao local combinado buscar o telemóvel. Ainda deu para comprar dois livros de colecção que ainda não tinha.

Fui a um café em Anadia e comprei uma bifana para afugentar a fome antes de seguir novamente viagem para Coimbra. Liguei para casa a informar que já tinha ido buscar o telemóvel.

Ia na camioneta quando se deu uma pequena discussão. Ia uma viatura agrícola a uma velocidade baixa na auto-estrada. O condutor da camioneta e o proprietário do veículo travaram uma acesa discussão. Infelizmente não deu para eu perceber os impropérios que naturalmente o condutor da viatura agrícola proferia. O condutor do autocarro apenas se limitava a dizer que aquela viatura não foi feita para andar ali.

E lá cheguei a Coimbra. Para trás ficou uma atribulada viagem. Havia agora que descansar.

Para não falarem antes do tempo

Já estava à espera que quem não fosse do Benfica iria gozar com a pesada derrota de ontem. Do que eu não estava à espera era de os sportinguistas começarem também a gozar sem que o seu jogo com o Guimarães fosse realizado. Eu fartei-me de avisar que o Guimarães podia muito bem derrotar o Sporting. Algumas pessoas continuaram.

Como perdi o autocarro por causa de uma enorme carrinha estacionada em frente à paragem que impediu o autocarro de parar não assisti à fase inicial do jogo. O Sporting já vencia quando cheguei a casa. Estava justamente a marcar o segundo golo- aquele que até nem foi golo.

Assisti normalmente à segunda parte. Maniche foi expulso e Targino entrou após longa ausência por lesão com vontade de marcar golos. No espaço de dois minutos marcou dois e o Sporting afundou.

Isto é bem feito para todos aqueles sportinguistas que começaram logo de manhã a gozar com os benfiquistas. As derrotas, sejam elas por que números, implicam sempre a perda de três pontos. Com esta vitória, o Guimarães fica em segundo lugar para toda a gente ficar calada e reflectir sobre o que se passa em cada um dos lados da Segunda Circular.

Nem sei onde me enfiar

Que goleada! Ainda me custa a acreditar que o Glorioso foi goleado no Estádio do Dragão por 5-0. Segundo estavam a dizer, há cinquenta e seis anos que o Benfica não perdia por um resultado tão expressivo com o Porto.

Amanhã irá ser um inferno com toda a gente que não é do Benfica a moer a paciência aos benfiquistas. A sorte é que, invariavelmente, os benfiquistas estão em maioria. Os sportinguistas de uma figa não podem gozar muito porque ainda lhes falta jogar com o Guimarães e devem-se lembrar que perderam contra o Genk que é uma equipa pior do que algumas da Liga de Honra. O Varzim que está em último lugar na nossa segunda liga era bem capaz de lhes ganhar. Por isso calem-se!

Mas que deu ao Luisão para agredir o Guarin à cotovelada? Ainda por cima ele é o capitão de equipa e tem de ser um exemplo para os outros jogadores. É uma tristeza!

Hulk marcou mais dois golos neste jogo e já soma dez golos na Superliga. Falcao marcou dois golos também e o outro golo foi da autoria de Silvestre Varela.

Amanhã seis milhões de portugueses vão ser alvo de chacota de outros quatro milhões. Ainda por cima é segunda-feira. Adivinha-se um dia repleto de chatices.

Thursday, November 18, 2010

Algumas músicas que não ouvia há muito, que não sabia o nome ou quem as cantava

Já não me lembrava que esta música alguma vez existiu. Deste grupo só me lembro de uma outra música chamada "Touch By Touch"



esta música até costuma passar mas no outro dia lembrei-me que, apesar de saber o nome da música, desconhecia quem a cantava:



Desta lembro-me perfeitamente mas nunca mais a ouvi:



Naquele tempo eu apreciava mais músicas do género desta:


Por outro lado não gostava desta mas hoje é uma das grandes músicas que eu aprecio:

Tuesday, November 16, 2010

“A Questão De Bruno” (impressões pessoais)



Aqui vou eu fazer algo inédito neste blog. Vou analisar este livro de forma diferente. Dada a extrema complexidade da obra, vou optar por analisar os seus capítulos separadamente.

Deveria ter lido este livro há uns onze anos atrás. Iria fazer-me bastante jeito para o meu trabalho sobre a guerra nos Balcãs. Nessa altura ainda não tinha sido sequer pensada, pois uma obra desta envergadura e complexidade teve de requerer muito empenho e dedicação.

Ilhas- Neste primeiro capítulo o escritor viaja até à sua infância e relata oma visita ao seu tio que é apaixonado pela apicultura. A viagem é-nos relatada de uma forma cómica com todos os pormenores sórdidos. Neste capítulo faz-se referência a um animal do qual eu nunca tinha ouvido falar. Trata-se do mangusto. Fiquei a saber apenas que se podia tratar de um mamífero e que atacava as cobras. Fiquei a pensar que se tratava de algo semelhante a um ouriço ou a um texugo. Indo consultar agora a Wikipedia e vendo algumas fotos do animal em questão, fiquei deslumbrada. Em nada se parece com algo que eu já conheça. Trata-se de um mamífero carnívoro que se alimenta de insectos, répteis, aves e outros pequenos mamíferos e que também está preparado para se alimentar de vegetais. São conhecidos por serem imunes ao veneno das cobras mais peçonhentas.

A certa altura deste capítulo o escritor refere-se â velhice tal e qual como eu a defendo. Por mais que o Ser Humano viva, retoma sempre ao que foi nos primeiros tempos de vida. Há muito tempo atrás escrevi um texto aqui neste mesmo espaço com essa mesma ideia.

Vida e Obra de Alphonse Kauders- Ora aí está o capítulo mais cómico deste livro! O que eu me ri a ler isto! Aconselho vivamente toda a gente a ler. Cabe agora à minha pessoa ir investigar quem era esta vedeta. Será outro como o Fradique Mendes? Acertei. Este personagem não é mais do que uma invenção do autor deste livro- Alksandar Hemon. Também cá estava a ver. A existir seria sem dúvida um cromo raro em bom Português. Uma pessoa como esta deveria ser um pratinho. Morri de rir com aqueles trechos em que algumas figuras marcantes da política europeia se pronunciavam, imagine-se, sobre os flatos de Alphonse Kauders. Tito e Estaline foram duas das ilustres personalidades a se pronunciarem sobre esta importante temática. Já os estava a ver a serem interrompidos dos seus inúmeros afazeres para darem uma palavrinha sobre um assunto tão importante como o dos flatos de Alphonse Kauders.
O momento alto desta história foi aquele em que se dizia que Alphonse Kauders foi o único homem que teve a coragem de dizer não a Estaline. Sabe-se como Estaline era para quem o contrariasse. Como Alphonse Kauders era um indivíduo que em circunstância alguma usava relógio, disse não a Estaline quando este simplesmente lhe perguntou se ele tinha um relógio.

A Rede de Espionagem de Sorge- Este é o capítulo mais complexo e mais difícil de ler em virtude da grande quantidade de notas biográficas que existem. São quase tantas como a narrativa propriamente dita. Pelo que percebi, o narrador faz uma analogia entre a vida do espião Richard Sorge e a sua própria vida. Digamos que o jovem narrador idolatra Sorge a ponto de desejar ser espião como ele.

O Acordeão- Aqui é relatado um episódio marcante da História Mundial- o assassinato do Arquiduque Francisco Fernando por um jovem sérvio que desencadeou a I Guerra Mundial. O homem do acordeão era o avô do protagonista.

Troca de Palavras Agradáveis- Aqui é relatada uma reunião familiar. Fica-se com uma ideia dos usos e costumes na Europa de Leste. Todos os membros se reúnem, há comida e bebida em abundância e animação com fartura.

Uma Moeda- Seria este o capítulo que me seria de extrema utilidade para o meu trabalho sobre a guerra nos Balcãs. A realidade nua e crua desta guerra é-nos narrada de uma forma bem real e sensacionalista.

Blind Jozef Pronek & Dead Souls- Este é o capítulo mais longo e mais importante desta obra. Trata-se do relato das peripécias de um bósnio que chega aos Estados Unidos e tem aquilo a que se chama um choque cultural. Através de Pronek, o escritor conta-nos provavelmente a sua própria história e as agruras de se ser um estrangeiro na terra das oportunidades. Realço uma passagem neste capítulo que me chamou a atenção. A opinião que a personagem Andrea tem sobre Madonna. Eu também detesto essa cantora. Já há duas ideias em comum: a velhice e os sentimentos nutridos pela excêntrica cantora americana.

Imitação da Vida- Digamos que tudo volta ao ponto de partida de onde começou o livro. Há novamente um regresso à infância e às recordações. Não compreendi a última parte, ou melhor, compreendi que ele sonhou que estava a sonhar. Talvez assim esta parte faça sentido.

Resumindo: é sempre bom ler obras tão complexas como esta que nos obrigam a pensar e tentar saber um pouco mais sobre determinados assuntos. Fiquei a saber o que era um mangusto que nunca tinha visto nenhum e deliciei-me com a facilidade de Aleksandar Hemon em passar de um texto para outro com um estilo completamente diferente. Esta obra é mais do que uma compilação de histórias e contos. Todos os trechos deste livro terão um denominador comum ou não terão simplesmente nada a ver uns com os outros. Se se prestar atenção, em quase todos os textos aparecem os mesmos personagens.

O que mais me chateou foi ter de ler aquele capítulo sobre Sorge com muitas notas lá no meio. Não gosto de ler textos com notas e este estava exageradamente repleto de notas biográficas. Foi por isso que não fui pesquisar sobre Richard Sorge e foi por isso que me demorei um pouco mais a ler esta obra.

Fica uma pergunta pertinente no ar: por que razão foi intitulado o livro desta maneira e não de out

Monday, November 15, 2010

Sinais curiosos que chegam do Céu



Adoro andar na rua de telemóvel em riste prontinha para captar momentos curiosos sob forma de imagens. Este é um desses momentos. Nada me surpreende tanto como os fenómenos naturais para os quais não há explicação. Estes tracinhos no Céu são bem interessantes.

Está engraçada esta foto



Agora que a hora mudou, é possível vislumbrar o Sol e a sombra a fazerem um jogo bem interessante que se projecta nos edifícios.

Computador marado

Foi uma aflição! Quando acordei no meu quarto e vi que ainda não me tinha levantado fiquei aliviada por não me ter chateado á séria por causa do computador.

Bem, isto pode parecer ridículo (sempre que eu conto isto a alguém, a reacção da pessoa é estoirar de rir) mas é a pura verdade. Sempre que chega o frio, este meu computador simplesmente não arranca à primeira. Não sei quantas vezes são precisas para que ele finalmente se mantenha ligado. O ano passado descobri a solução- punha-o ao lume e assim ele não se desligava. Era remédio santo. Bastava uma hora ao pé do lume.

Aqui não tenho fogueira e estou á espera de férias e também de algum dinheiro para o levar a arranjar. Já me disseram que deve ser humidade. Há dias, quando esteve um pouco mais de frio, foi o cabo dos trabalhos para o ligar. Cheguei até a pensar que desta era de vez que avariava e eu sem ter tirado de lá as coisas importantes. Já nem sabia o que fazer.

Também já cheguei à conclusão que, se o deixar ligado á corrente, as tentativas para o ligar diminuem. O azar é que me desligam o botão vermelho da extensão. Quando vejo televisão antes de ir para o computador é uma maravilha para ele arrancar .

Ontem o computador arrancou à segunda tentativa mas a Internet estava lenta. Foi por isso se calhar que eu tive este sonho.

Sonhei que ligava o computador mas este apresentava umas letras e uns números indecifráveis num ecrã negro. Quase fazia lembrar o meu computador fixo quando um vírus lhe destruiu o ficheiro de arranque aqui há uns anos.

Dava ENTER e apareciam-me umas caixas de diálogo a amarelo na opção activa. Dava ENTER novamente e aparecia-me desta vez o ecrã branco com letras e números pretos. Novo ENTER e tudo voltava ao início. Não saía dali. Estava tal e qual como no outro dia quando não conseguia simplesmente ligar o computador.

Acordei. Para cúmulo, hoje ninguém me desligou o botão da extensão e o computador até arrancou à primeira. Só por causa das coisas. E eu que até andei toda a manhã aborrecida por causa deste sonho. Se a Internet está lenta ou não, só daqui um bocado se verá.

Apesar de tudo apurados

O Porto perdeu os primeiros pontos na Liga Europa ao empatar em casa com o Besiktas a uma bola.

A equipa turca deslocou-se ao Porto com algumas baixas. Desde logo foi notada a ausência de Ricardo Quaresma que continua lesionado e assim ficou impedido de defrontar a sua antiga equipa. No Porto Helton pregou um susto no aquecimento ao se lesionar num ombro. A sua participação chegou a estar em dúvida mas o brasileiro, com mais ou menos queixas, lá conseguiu alinhar.

O Porto começou logo ao ataque com Hulk e Falcão a testarem a pontaria. No caso do avançado colombiano, foram duas as tentativas de chapéu ao guarda-redes adversário. Escrevi eu nos meus apontamentos deste jogo que agora estou a ler que à terceira ele acertava. E não me enganei!

Pouco tempo depois, numa assistência em profundidade do central argentino Otamendi, Falcão arranca uma grande penalidade que é assinalada por um dos árbitros de baliza. É o próprio Falcão que a converte e faz assim o 1-0 com que se vai para intervalo.

O Porto fica reduzido a dez elementos quando Cristian Rodriguez entra em picardias com dois jogadores do Besiktas e é brindado com o segundo amarelo.

O golo do empate para o Besiktas surge aos sessenta e dois minutos por intermédio do seu Jogador Número Oito que faz aquilo a que se chama vulgarmente um golo de bandeira.

Os turcos também passam a jogar com dez quando o Jogador Número Vinte também viu o segundo amarelo.

O Besiktas continua por cima apesar do equilíbrio numérico. O Jogador Número Treze desfere uma ameixa que felizmente não acertou no alvo.

Passou a ser um sufoco na área do Porto. Otamendi e Rolando salvaram o Porto em duas ocasiões diferentes de sofrer o segundo golo. Depois há ainda uma outra tentativa que não foi coroada de êxito porque o Jogador Número Treze do Besiktas rematou à trave.

O Porto reclama um golo que deveria ter sido validado a Ruben Micael. Terá ou não o jogador do Besiktas tirado já a bola de dentro da baliza depois de ela passar a linha de golo? As imagens não esclarecem.

Ainda há tempo de Moutinho tirar a bola a um jogador do Besiktas na hora certa. Ele encaminhava-se perigosamente para a baliza de Helton.

Face ao resultado do outro jogo, o Porto está apurado para a fase seguinte da Liga Europa. Os próximos jogos serão para cumprir calendário.

Apurado deveria estar também o Sporting caso não tivesse perdido de forma escandalosa com os belgas do Genk por 3-1.

Sacos de cores diferentes para cada tipo de pão

Como eu digo às vezes, até tenho ideias brilhantes que me chegam através dos sonhos. Esta é disparatada mas não deixa de ter a sua lógica e a sua piada.

Isto resume-se a poucas palavras. Sonhei que tinha chegado uma manhã ao trabalho e me tinha deparado com embalagens de sacos para o pão de cores diferentes. Eram embalagens azuis, laranja, encarnadas, amarelas…

Perguntei para que eram aqueles sacos e foi-me dito que cada tipo de pão agora teria de ter um saco com uma cor específica para não se confundir. Enfim…

Ora essa!

Provavelmente o jogo da vida de Carlos Martins

Lyon e Benfica voltaram-se a encontrar, desta vez no Estádio da Luz, depois de os franceses terem derrotado o Glorioso no seu reduto por 2-0.

Neste jogo são notadas desde logo duas ausências, ambas de jogadores argentinos. Lisandro Lopez não viajou para Lisboa com os seus companheiros devido a lesão e Aimar foi excluído do jogo à última hora estranhamente. Mais tarde veio a saber-se que o pequeno jogador argentino sofreu uma indisposição, tendo sido acometido de vómitos que o impediam, naturalmente, de dar o seu contributo à equipa. Sem Aimar a vida do Benfica neste jogo iria ser bastante complicada mas o tempo veio a demonstrar que o Glorioso é capaz de sobreviver sem o seu maestro.

Logo no início do jogo, num curto espaço de tempo, a bola entra por duas vezes na baliza de Roberto mas os lances ambos protagonizados pelo Jogador Número Sete são anulados pela equipa de arbitragem por fora de jogo.

É aos dezanove minuto que o Benfica inaugura finalmente o marcador por intermédio de Kardec. Já antes Salvio e Fábio Coentrão haviam ameaçado o golo.

Os ânimos azedam entre Lusão e o Jogador Número Cinco do Lyon. Ambos foram brindados com o cartão amarelo.

Mais algumas jogadas individuais de grande qualidade foram presenciadas no Estádio da Luz. Salvio estava a fazer o seu melhor jogo com a camisola do Benfica. O segundo golo não tardou. Nova assistência de Carlos Martins e Coentrão marcou assim mais um golo para o Benfica que estava a fazer uma primeira parte como há muito não se via. Estava a ser emocionante!

Num pontapé de canto apontado por Carlos Martins, Javi Garcia aproveita uma falha do guarda-redes do Lyon e faz o terceiro golo. Vai-se para intervalo com o Benfica categoricamente a vencer por 3-0. O resultado até poderia ter sido mais dilatado caso César Peixoto não falhasse um golo quase certo ainda antes de ser marcado o terceiro golo.

Já na segunda parte chega o quarto golo do Glorioso. É o segundo de Fábio Coentrão no jogo e a quarta assistência de Carlos Martins que está a fazer um jogo como nunca se lhe viu fazer antes.

O Lyon ainda reduz antes de Carlos Martins ser substituído debaixo de forte aplauso dos adeptos a sublinhar o magnífico jogo que fez.

A partir desse momento, o Lyon acreditou que ainda podia fazer alguma coisa senão vejamos:

Depois de Maxi pereira ter concluído de forma displicente por cima da baliza uma jogada individual que poderia ter dado o quinto golo do Benfica, o Lyon de repente marcou dois golos e o Benfica terminou o jogo de credo na boca.

O resultado final é um tangencial 4-3 a favor do Glorioso. Já há muito que não me emocionava tanto a ver um jogo de Futebol. Por mais que puxe pela memória não me consigo recordar da última vez em que isso aconteceu.

Friday, November 12, 2010

No Museu da Água













Numa manhã em que o Sol marcou presença e em que a temperatura até estava agradável, deslocam-nos ao Museu da Água junto às margens do Mondego para assistirmos a uma exposição sobre insectos.

Os gafanhotos eram o pretexto para entrarmos no mundo dos insectos. A atracção era mesmo um robô com a aparência de um gafanhoto migrador que tentava movido a ar comprimido chegar a um enorme copo com água assente num chão coberto de casca de pinheiro.

Nas paredes havia figuras de insectos acompanhados por um elemento do quotidiano que tivesse a textura e a aparência desse mesmo insecto. Houve quem fosse enganado e soltasse um grito de pavor ao pegar numa flor ou numa semente e pensar que segurava um repugnante bicharoco.

O que mais me chamou a atenção neste evento foi um pequeno filme com os movimentos de um gafanhoto. Estive longos momentos a observar a forma como ele se movimentava. É espantoso!

Também adorei saber que os insectos desempenham agora uma importância cada vez maior nas ciências forenses. Quando há um crime o facto de os insectos variarem de um local para outro pode ajudar a desvendar o mistério. Adoro saber estas coisas.

No final, e já que estávamos no Museu da Água, não nos fomos embora sem provar a genuína água do Mondego que nos era fornecida através de uma fonte. Até se bebia por vício.

Palavras para quê? Melhor do que a minha descrição, aqui estão algumas das fotos que tirei e que documentam um pouco do que foi esta visita.

Adília

Logo que cheguei à ACAPO fui confrontada pela notícia da morte da minha antiga colega de formação. A causa da morte foi um AVC. Tal não me surpreendeu devido aos problemas de saúde complexos que a afectavam.

Já na altura que frequentava os cursos a Adília era uma mulher bastante debilitada em termos de saúde e não chegou mesmo a concluir o estágio devido a complicações diversas. Um dos problemas de que padecia era justamente a hipertensão, daí não me surpreender o ataque vascular cerebral.

Caracterizando a Adília, como eu a relembro agora que ela já não está entre nós, posso dizer que era uma mulher cem por cento feminina e que era exactamente o contrário de mim nos gostos e na aparência. Era incapaz de vestir uma t-shirt ou qualquer tipo de vestuário desportivo, tal como eu habitualmente visto. Usava blusas estampadas com motivos de flores e vestidos que realçavam a sua feminilidade. Era apaixonada por flores, sabia costurar e o seu maior sonho era ser decoradora de interiores.

Sobre a sua faceta demasiado feminina recordo agora com alguns sorrisos um episódio que se deu numa aula. É assim que vou recordar a Adília. Foi dito a toda a turma que no dia seguinte toda a gente iria fazer uma sessão de relaxamento no salão com o psicólogo e um dos formadores. Para isso era necessário que os formandos viessem de fato de treino. A Adília tinha ido a uma consulta ou a um tratamento e uma colega nossa estava ansiosa por ver a sua reacção quando soubesse da obrigatoriedade do uso de roupa desportiva.

Adília entrou e a outra colega tratou de a colocar ao corrente da situação:
- Olha Adília, amanhã vai haver uma aula no salão e toda a gente tem de vir de fato de treino:
Resposta pronta e com bastante ímpeto:
- QUEM FOI QUE DISSE ISSO?
A turma irrompeu em gargalhadas.

As pessoas vão, as recordações permanecem para sempre gravadas na nossa memória. Que descanse em Paz!

Agricultura biológica dos neozelandeses

Eu ando muito preguiçosa para apontar sonhos ultimamente. Só o trabalho de ligar este computador agora que o frio chegou desencoraja-me a os registar no próprio dia.

Foi uma noite repleta de sonhos, uns mais disparatados do que outros. O mais parvo foi aquele em que alguém me contou como é que os nossos antípodas cultivavam as terras.

Eu nunca mais peguei naquele texto que comecei a escrever…em Julho sobe o intercâmbio entre Portugal e a Nova Zelândia. Mais uma vez penso que os sonhos são os principais fornecedores de ideias para as minhas “obras”.

Desta vez disseram-me que o segredo para os legumes mais verdes e frescos, para os frutos de maiores dimensões e para os cereais mais ricos em nutrientes era…como é que eu vou dizer isto?...um estrume bem natural e facílimo de arranjar: excrementos humanos.

Quando acordei lembrei-me desta música.

Dia de Todos os Santos- um dia bem mórbido

Assinala-se o Dia de Todos os Santos. Neste dia é tradição as famílias se deslocarem aos cemitérios para homenagearem os seus entes queridos ali sepultados. É feriado mas eu vou trabalhar na mesma.

Mesmo que não tivesse de ir trabalhar, este dia iria certamente passar-me ao lado. Nunca me deu para ir ao cemitério. Quando era pequena ainda ia mas para uma pessoa com tendências depressivas como eu é necessário um local mais animado.

Há pessoas que andam um ano inteiro sem colocar os pés junto às sepulturas dos familiares mas no dia um de Novembro gastam balúrdios em arranjos de flores que hão-de apodrecer ao longo do ano até que o vento leve a última pétala murcha. Ao menos eu não vou lá nem no dia um de Novembro.

Sempre achei este dia mórbido demais, deprimente demais. Depois aborrece-me o facto e a minha mãe já andar a pensar nos enfeites das sepulturas uma boa temporada antes. Nos telefonemas que faz para a minha prima não fala de outra coisa. Que seca!

Ainda bem que estou longe de casa este ano! É por uma boa causa. Estou a trabalhar. Para o ano ainda não sei se continuarei empregada mas espero bem que sim. Nem que passe este dia a trabalhar.

Houve colegas minhas que se escandalizaram com esta minha tomada de posição face a esta efeméride. Não queria ferir susceptibilidades. Esta simplesmente é a minha opinião e vivemos num país livre para pensar e dizer aquilo que sentimos. Compreendo que elas atribuam a este dia um significado especial por terem perdido os pais. Espero não perder os meus pais tão cedo para sentir na pele aquilo que elas e a minha mãe sentem quando aguardam ansiosamente que este dia chegue.

Sonhei que ia ser tia

O sonho é curto, também porque se foi perdendo com o passar dos dias. Por estar muito mau tempo e não poder ligar o computador que também já se ressente do frio não foi possível registar este sonho no próprio dia. Depois o tempo foi passando e nunca mais me lembrei.

Bem, isto resume-se em poucas palavras. Estava eu e a minha irmã animadamente a conversar ao ar livre num espaço verde quando ela surpreendentemente me anuncia que está grávida de um rapaz que irá ter o nome de Vítor Hugo.

No meu sonho já era Novembro e eu fui perguntando, imagine-se, se o Vitinho iria nascer antes do Natal que era para eu lhe dar uma prenda.

Uma espécie de Pólo Aquático



Estava uma terrível noite de tempestade na cidade de Coimbra e estava marcado um escaldante Académica- Porto para essa mesma noite.

Para começar, a emissão da TVI estava constantemente a ser interrompida por constantes falhas de transmissão do jogo. Sempre havia a Rádio Universidade de Coimbra para acompanhar as incidências de uma partida que, na minha opinião, deveria nem sequer ter começado.

Já vi alguns jogos serem adiados ou interrompidos por menos. Lembro-me de um jogo entre o Belenenses e o Campomaiorense no Restelo que foi interrompido ao intervalo porque o campo estava encharcado. Também em Espanha vi ser interrompido um jogo ainda na primeira parte. Tratava-se do dérbi da cidade de Barcelona entre o Espanyol e o Barcelona. Na altura ainda lá jogava Figo.

Penso que os jogadores nadavam melhor ali do que corriam e não estou a exagerar. Foi incrível como o jogo continuou!

O mau estado da relva antevia muitas lesões e muitas dificuldades para a equipa de arbitragem ajuizar os lances. Fernando foi a primeira vítima destas condições de jogo e teve de abandonar a partida.

Numa altura em que a chuva caía com mais intensidade, Varela apanhou a bola no pé, deu meia volta e marcou um golo monumental.

Já na segunda parte João Moutinho falha uma grande penalidade que foi assinalada pelo árbitro auxiliar por mão de Hélder Cabral na área de rigor. Podia ter sido o segundo golo do Porto.

A Académica teve uma grande oportunidade de empatar o jogo mas os seus atacantes foram displicentes.

Para o final fica este episódio curioso: o guarda-redes da Briosa viu um cartão amarelo…quando estava a atacar. Houve um pontapé de canto e o francês foi lá tentar a sua sorte também. Num lance confuso acabou por ver o cartãozinho.

Tuesday, November 09, 2010

TV da minha infância



Estava eu a ouvir com um pouco mais de atenção esta música dos Táxi e logo a minha memória começou a viajar para um passado longínquo- o dos meus primeiros anos de vida, quando a televisão ainda era a preto e branco e só havia ainda dois canais.

Eu ainda sou do tempo (é engraçado, quando as pessoas começam a proferir esta expressão é um sinal claro de que a velhice está a chegar) em que em minha casa havia um enorme televisor a preto e branco. Foi o nosso primeiro aparelho de televisão. Lembro-me que a minha avó nos tinha dito que aquele senhor que ali estava vinha trazer a televisão aos meus pais. Deveria ter aí uns cinco anos ou menos nessa altura.

A televisão chegou a estar em cima de um móvel que terá sido pendurado na parede. Em casa de deficientes visuais, teve de dar mau resultado a televisão ali. Para eu ver televisão de perto subia para cima da mesa de madeira com séculos de existência, ainda do tempo do Poeta Cavador. Aos domingos dava programação infantil e lá estava eu em cima da mesa.

Lembro-me de ter caído da mesa duas vezes. Numa delas parti um dente (terá sido por isso que os dentes me começaram a cair muito antes dos seis anos). Da segunda vez magoei-me mais a sério. Lembro-me de ter um enorme golpe numa das frontes. Tempos já houve em que recordava na perfeição esse episódio. Agora ele foi apagado da minha memória, talvez para dar espaço a outros acontecimentos marcantes na minha vida.

Outro inconveniente de a televisão estar lá em cima era o facto de ser difícil desligá-la quando “cortava a fita” como se dizia lá em casa. Refira-se que na altura não havia comando. Quando a emissão era interrompida, era emitido um silvo desagradável que feria os ouvidos logo ao primeiro centésimo de segundo da sua audição. No ecrã aparecia um grupo de barras verticais que fiquei a saber mais tarde que eram coloridas.

Ainda me lembro de a televisão estar ainda na sala de estar. Quando eu e a minha irmã corríamos pela divisão ou saltávamos, apareciam uns riscos no ecrã. Era ali que a família se concentrava para ver a novela que na altura era só uma e dava a seguir ao noticiário. Só se seguia mesmo aquela e assim é que estava bem. Que saudades!

Quando nós já andávamos na escola primária a televisão já estava na sala onde está agora (a televisão principal porque existe uma no quarto dos meus pais e outra no quarto da minha irmã também). Obviamente que a televisão já não é a mesma.

Houve alturas em que só tínhamos escola de tarde. De manhã fazíamos os trabalhos de casa, brincávamos nas manhãs de verão ou simplesmente ficávamos na cama até mais tarde com a nossa avó. A emissão da televisão abria lá por volta do meio-dia. Antes havia música com uma imagem de barras e linhas no ecrã. Há tempos vi um Hi5 de alguém que tinha essa foto no perfil. Achei piada e admirei-me de alguém se ter lembrado disto.

A emissão abria com aquele hino que deve ser o hino da RTP. Numa ocasião estávamos na praia como os nossos vizinhos e vimos isso a passar numa televisão a cores- que para nós era uma enorme novidade- lembro-me que havia muitas tonalidades de amarelo. Uma descoberta tremenda.



Havia o noticiário por volta da uma hora, tal como há hoje. Depois voltava a passar música naquele fundo de ecrã que descrevi há pouco. Quando passámos a ter escola de manhã, descobrimos que, para além da música e daquela imagem fixa, havia também aulas- Telescola. Não sabia para que servia aquilo. Pensava até que era para dar explicações aos alunos com mais dificuldades. Depois vim a descobrir que era para os alunos de localidades sem acesso a escolas acompanharem as aulas.

Por volta das cinco horas a emissão abria novamente com os desenhos animados. Era o espaço mais aguardado por mim. Adorava “As Fábulas da Floresta Verde”, o Bocas e as histórias tradicionais.

Depois dos desenhos animados dava um concurso até ao telejornal. Hoje isso ainda acontece com o “Preço Certo”. O telejornal penso que nunca mudou de horário. Depois de actualizadas as notícias vinha então o tão aguardado capítulo da novela. Tínhamos de seguir aquela. Não havia tanta escolha como hoje. Naquela altura seguia a novela, hoje ironicamente não sigo nenhuma. Passaram a ser muitas. A última que acompanhei foi o ano passado- as “Chamas da Vida” com um espectacular desempenho da actriz Lucinha Lins como a vilã da história. Foi um espectáculo! Adorava-a a ver naquele papel. Ela está de parabéns.

Dependendo dos dias da semana, havia filmes, concursos, concertos...por volta da meia-noite havia um último noticiário e, tal como refere a música dos Táxi, a emissão fechava invariavelmente com o Hino Nacional. Refira-se que naquele tempo ainda não havia televendas e os filmes rareavam.

Uma coisa de que tenho bastante saudade, mas que hoje não acontece, é aquela situação em que se tem de tapar buracos. Hoje, por exemplo, se é impossível estabelecer ligação com um dado local onde se realiza um evento, a emissão segue com anúncios e mais anúncios até finalmente se normalizar o problema. Antigamente passava-se um clip que podia ser de música ou de apanhados. Lembro-me de um de canoagem que adorava ver.

Talvez por os programas obedecerem a uma rigidez de horário maior do que hoje (hoje, mesmo na RTP, não há um único programa que comece a horas) tinha-se de tapar os espaços vazios com alguma coisa. Passava-se música ou uma sucessão de imagens também elas acompanhadas de um tema instrumental.

De referir que só a partir aí de 1992 é que passámos a ter acesso ao Canal 2. Era preciso ter um suplemento de imagem para o captar porque esta zona não é muito propícia para a proliferação de sinais seja do que for. Foi nessa altura que eu passei a ser uma assídua adepta de Futebol. Como os jogos davam todos no segundo canal, não os podia acompanhar. O primeiro jogo nessas condições que eu segui foi um encontro entre o Boavista e o Belenenses da Época 92/93. Hoje quase todos os jogos dão em canal fechado e passou também a ser complicado acompanhá-los. Naquela altura já havia uma enorme dispersão de horários mas os jogos davam todos num só canal. Hoje é uma ginástica autêntica para acompanhar a nossa liga principal. Na minha opinião, esta é uma das razões pelas quais o Futebol está a perder adeptos. Nem o relato de alguns jogos dá na rádio!

Na minha infância e adolescência ainda via cinema. Depois que passei a ver apenas de um olho deixou de ser possível eu seguir um filme, a menos que seja um filme português. Antes ainda lia as legendas, agora é impossível. O cinema passou a não me fascinar. Gostava essencialmente de séries policiais, mais do que filmes. Uma das séries que acompanhava com mais assiduidade era “O Polvo”. Também acompanhei Twin Peaks. Na minha infância vibrava com “O Justiceiro”.

Para o fim deixei aquilo que mais gostava de assistir pela televisão. Para os seguidores assíduos e atentos deste blog tal não constitui surpresa. Eram os programas de música que eu não perdia por nada. Decorava tabelas de vendas completas e guardo ainda hoje na memória alguns videoclips que me fascinavam e músicas que nunca mais ouvi e não consigo voltar a ouvir de novo por não me recordar dos títulos. Aquele tema do Elton John (mais famoso cá pelos meus lados por causa do videoclip) é o exemplo mais gritante mas há por aí temas que eu nem sei o nome do artista ou grupo que os cantou. Lembro-me de uma música que tinha um videoclip fantástico que começava com alguém que entregava um CD a outra pessoa. Só vi aquele videoclip e ouvi aquela música uma vez mas nunca mais me esqueci porque antes havia sonhado com uma situação semelhante. Se eu soubesse o nome de todas as músicas de que me lembro, acho que o pessoal das Manhãs da M80 me iria erguer uma estátua. Fartam-se de pedir aos ouvintes que sejam originais, que puxem pela memória e sugiram aquelas músicas de que ninguém se lembra. As pessoas acabam sempre por pedir as mesmas ou dos mesmos artistas. De vez em quando lá alguém se lembra de coisas mais bem elaboradas que eu prontamente tenho assinalado aqui neste espaço. Se calhar as pessoas também são como eu. Provavelmente lembram-se de mil e uma músicas mas não se lembram dos títulos ou de quem canta os temas.

E assim foi mais uma viagem alucinante aos meus tempos de menina. Ao tempo em que só havia um canal de televisão, uma novela para seguir e não havia comando. Não sei como é que o meu pai sobreviveu a esses tempos conturbados. Hoje quatro canais não lhe chegam, quer assistir a todas as novelas ao mesmo tempo e não vive sem o inseparável comando para que lhe seja possível acompanhar o maior número de filmes e novelas possível em simultâneo. Quanto a mim, pouco ligo à televisão hoje em dia. Prefiro o rádio, o computador, o leitor de mp3 e os livros. Assisto unicamente ao noticiário das oito na RTP1, às reportagens no mesmo canal, ao “Quem Quer Ser Milionário” e a eventos desportivos. Onde eu estou tem TV Cabo mas o tempo escasseia para usufruir dela. Também não é a dedicar-me a escrever textos tão longos como este que irei almejar tal disponibilidade.

Tuesday, November 02, 2010

Vou-me casar



Ao lerem o título disto, muitos dos meus amigos, inimigos, conhecidos, familiares, simpatizantes…já terão morrido de susto. Muitos terão ido buscar o comprimido para colocar debaixo d língua, outros ainda estão por esta altura a questionar o estado em que se encontra a minha sanidade mental.

Toda a gente sabe que eu sou alérgica ao casamento. Mesmo que me apaixone por alguém, serei incapaz de casar. Pessoas com o meu feitiozinho especial jamais pensarão em casar. Não vai dar certo de maneira nenhuma.

Eu sou uma pessoa que gosta de chegar à noite do trabalho, cansada que nem um cão, e fazer o que me apetece. Gosto imenso de estar sozinha no quarto, que outras pessoas aturei eu durante o dia com fartura. Que bom é estar a reflectir, a ler, a escrever, a ver televisão, a ouvir música sem que ninguém incomode. Já basta a liberdade de que sou privada diariamente. Chegar ao fim do dia e me sentir livre para fazer o que bem me apetece é o prazer supremo a que uma pessoa pode chegar. Para quê casar e substituir esses belos momentos de descontracção e de algum trabalho intelectual por uma monótona e pouco confortável vida a dois?

E partilhar o quarto? Eu odeio isso. Gosto tanto de estar sozinha….Aturar o parceiro a ressonar não é nada agradável. Se já uma pessoa a dormir sozinha acorda de noite ao mínimo barulho, então com o parceiro a roncar mais que um barco a vapor não vai dormir absolutamente nada.

Bom, agora cidadãos como eu que abominam a vida a dois podem finalmente usufruir do direito de ter o seu casamento como toda a gente. O precedente foi aberto por uma jovem tailandesa que não encontrava noivo. Isso não foi obstáculo, a asiática subirá ao altar sozinha e casará consigo própria. Ah valente! Acabou de dar um passo importante para resolver o problema das pessoas que desejam casar mas não têm feitio para isso ou então não encontram a pessoa ideal com quem partilhar a sua vida.

E eu fazer o mesmo. Sempre desejei viajar para um local paradisíaco. Normalmente essa oportunidade surge com a lua de mel. Depois ainda havia discussões sobre o destino a escolher. Assim vou para onde quero e está feito. Ali a gozar umas férias sem ninguém a chatear-me. Que bom!

Os presentes de casamento seriam todos para mim, obviamente. Nos divórcios é sempre uma chatice dividir os presentes de casamento e o dinheiro. Ora aí está mais um dos bons motivos por que se deve casar sozinho.

E por falar em divórcio, para quê haver divórcio num casamento deste género? A menos que a pessoa se farte de si própria. Ia ser giro!

As lutas oníricas entre mim e a minha mãe

Não sei se alguma vez abordei este assunto neste espaço mas, seja como for, volto a abordar novamente esta temática.

É muito frequente eu sonhar que travo discussões um pouco violentas com a minha mãe . Senhores psicanalistas, vós que entendeis destes afazeres, que significa isto? Em muitos destes confrontos entre nós, não nos limitamos a discutir. Há murros, pontapés, beliscões e até mordidelas.

Neste caso específico, o motivo da discussão foi a mudança de horário. Na opinião dela, não devia ter trocado o horário. Depois lá nos engalfinhámos em mais uma acesa e imprevisível disputa.

Alguém está enganado



Olhem o que eu encontrei! Uma revista com um erro tão incrível. Agora eu pergunto: como foi possível as Toupeiras Dum raio terem deixado que isto fosse assim impresso sem ao menos reverem?

Os erros por vezes são tão escandalosos que até eu fico com dúvidas quanto à verdadeira ortografia das palavras. Por vezes penso até que estou a ficar senil e esclerosada, tal é a grandeza da gaffe.

Olhando para esta, ainda perguntei se acaso heróis se escrevia com H. Eu bem tinha a certeza mas estas criaturas conseguiram-me baralhar o sistema. A menos que seja propositado o erro. Aí já não são eles os maus da fita mas sim eu que não entendi que isto se calhar era um jogo de palavras. É que entretanto lembrei-me de uma palavra com uma grafia semelhante a esta mas com um sentido…manhoso, digamos assim.