Friday, March 31, 2017

“Quero Um Cavalo De Várias Cores”- João Maria Tudela (Eu Não Conhecia Isto)


Para hoje, música nacional. A esperança de encontrar esta música para aqui postar não era muita mas por acaso hoje tive sorte e não andei muito para a encontrar.

O que eu sinto ao ouvir esta canção? Uma sensação de liberdade, de rédea solta, por assim dizer. O ritmo e a letra da canção são fundamentais para que logo imagine cabelos ao vento, cavalgadas desenfreadas através de trilhos onde se podem ver campos verdes e floridos de uma lado e de outro.

Em suma, uma canção mesmo a condizer com este tempo de Primavera.

Mais duas músicas “novas”

O normal para se construir este post é ouvir uma música na rádio que alegadamente não conheço e apresentá-la aqui para que todos a possam também ouvir. Aconteceu com a primeira canção que aqui trago de uma cantora bem conhecida- Doris Day. Trata-se de uma balada muito suave, uma canção mesmo muito bonita.


A segunda escolha também é de um cantor bem conhecido por cá, tão conhecido que sonhei com ele na outra noite. Foi precisamente à procura de musicas para preencher o post anterior deste meu humilde espaço que achei esta canção. Não a conhecia de todo. Para além de a ter incluído no outro post, também achei que fazia sentido colocar neste.


Havia uma terceira canção mas constatei que afinal já a conhecia e, por via das dúvidas, não a coloquei aqui.


Thursday, March 30, 2017

Marco Paulo nas festividades lá da aldeia


Já não é a primeira vez que sonho com a vinda de gente famosa do mundo da música à humilde festa anual da minha aldeia. Agora sonho que era já a segunda vez que Marco Paulo abrilhantava o programa de festas. Atenção! Não é a segunda vez que sonho com um concerto de Marco Paulo na minha terra, sonhei que era a segunda vez que ele lá ia. Da primeira, rezam as crónicas que ele não conseguiu cantar por razões técnicas e ficou pelo bar a confraternizar com o povo.


Escusado será dizer que se tratava de um acontecimento. Muita gente se dirigia à modesta capela para ver aquele que é considerado por muitos um dos melhores cantores portugueses. Pela minha parte, escolhia roupa para levar ao evento (por esta altura já devem saber que quando eu me ponho a escolher roupa para ir ao arraial, normalmente dá mau resultado- escrevendo isto já me estou a rir, é mais forte do que eu). Desta vez resolvi ir por meios menos convencionais, já que não fui bem sucedida na busca de roupa.


Resolvi aparecer por lá sem que ninguém me visse. Usando a projeção astral, levantei voo da eira e percorri as familiares ruas do lugar pairando sobre as casas. Chegando às imediações da capela, resolvi ficar por ali a ver o ambiente. Marco Paulo já ali se encontrava e confraternizava amavelmente com quem ali estava, independentemente de ser da terra ou ter vindo de fora. Foi aí que descobri que da outra vez não houve concerto por razões técnicas. Tinha faltado a luz.


Afinal, Marco Paulo tinha-me visto, apesar de aparentemente eu estar invisível para que as pessoas não vissem que ainda estava de pijama e roupão. Veio ter comigo e beijou-me. Pude sentir o seu perfume.


Fiquei por ali até à uma da madrugada, regressando a casa usando os mesmos meios que me levaram até lá.








“Amigos Para Siempre”- José Carreras & Sarah Brightman (Música Com Memórias)


Há quem diga que o hino oficial dos Jogos Olímpicos de 1992 que se realizaram em Barcelona era “Barcelona” do Freddie Mercury. Não está errado mas a canção que foi feita de propósito para este evento foi esta. A canção do Freddie Mercury já existia. Como o vocalista dos Queen faleceu em finais de 1991, resolveram também incluir a sua canção na banda sonora do evento.

Esta música marca o começo de um sonho da minha parte. Como não havia o problema da diferença horária para acompanhar as provas, segui essas olimpíadas até à exaustão. Ao mesmo tempo ia sonhando com algo que julgava impossível, dada a minha deficiência visual- também participar num evento como este.

Talvez tenham sido as Olimpíadas que acompanhei mais ao pormenor, pela razão que mencionei acima e também porque as provas davam nos dois canais. Não havia muita escolha para quem queria ver outra coisa na televisão. Só havia ainda o primeiro e o segundo canal. Lembro-me que no segundo canal até estava a dar uma novela ou uma série brasileira que dava ao fim de semana chamada “Riacho Doce”. Não sei distinguir o que era série ou novela. A diferença não será muita. Houve um episódio em que tinham matado alguém. Também entrava uma senhora que fazia vodu. Passei para o primeiro canal e estava a dar esta canção. Foi quando a ouvi pela primeira vez.

Ao longo do tempo que durou a competição, passava sempre e sempre foi agradável ouvi-la. Alguns dias mais tarde, descobri que também havia atletas deficientes a pratica Desporto. Havia os Jogos Paralímpicos. O sonho renasceu para mim então ao ver que até havia atletas portugueses a ganhar medalhas correndo com guias. Não haveria limites para sonhar!

Wednesday, March 29, 2017

Intruso sueco na festa de Ronaldo

Num jogo que se queria de festa na Madeira, Portugal perdeu com a Suécia por 2-3. No final da partida, Fernando Santos mostrou-se agastado com o resultado e, sobretudo, com a fraca exibição da equipa na segunda parte. Até parecia que tinha acabado de perder o Europeu. Destaque neste jogo para o Jogador Número Seis da Suécia. Eu não o conhecia mas foi a figura deste jogo ao apontar dois golos.

É o delírio cada vez que Ronaldo toca na bola. Está na Madeira. Está em casa. Entretanto Renato Saches rematou com perigo.

É incrível! Então não é que eu não estou a conhecer nenhum jogador da Suécia! Mas isto é mesmo a seleção principal da Suécia?

Larsson, o Número Dezanove, remata por cima. Mesmo assim, o público continua em festa.

Em estreia absoluta pela Seleção De Todos Nós, Marafona defende o remate do temível Jogador Número Seis da Suécia.

O Jogador Numero Vinte E Dois da Suécia remata com perigo. Marafona vai ao chão e segura.

A Suécia carrega.

Agora é que o estádio do Marítimo vem abaixo! Ronaldo marcou em casa a passe de Gelson Martins.

O Jogador Número Seis da Suécia remata por cima.

Como é que aquele jogador sueco falhou este golo?!!!!

Portugal chega ao segundo golo...apontado pelo guarda-redes sueco na própria baliza.

Chegamos também ao intervalo a vencer por 2-0.

Há um livre perigoso para a Suécia a punir uma mão de William Carvalho na bola. Marafona defende.

Terá ficado por assinalar uma grande penalidade sobre Ronaldo.

Marafona ainda defende um primeiro remate da Suécia mas o Jogador Número Seis acaba por marcar.

Marafona volta a negar o golo ao Jogador Número Seis da Suécia.

Portugal cria perigo. Eder ainda fica a reclamar uma grande penalidade.

A Suécia cria perigo mas já havia falta também.

Já há muito que se adivinhava o segundo golo da Suécia. Foi o Jogador Número Seis, claro está. Tinha de ser!

Portugal corre agora em busca do terceiro golo.

Mesmo no último lance do desafio, João Cancelo marca um autogolo na mesma baliza onde também o guarda-redes sueco na primeira parte havia marcado a nosso favor. Um resultado inglório. Muito se facilitou e depois havia que ter cuidado com aquele Jogador Número Seis da Suécia que não sei de onde veio mas que mostrou qualidade acima da média. Era tudo dele!

P.S: O jogador sueco que ontem nos marcou dois golos e nos complicou bastante a vida chama-se Victor Claesson.


Tuesday, March 28, 2017

Um cheirinho de praia









E que tal irmos até à Figueira da Foz? Até à praia? Sim, apesar do mau tempo, fomos mesmo até à Figueira da Foz. Faltou molharmos os pés no Mar mas acabámos por molhar o corpo todo no final da caminhada porque começou a chover.

Esta caminhada teve a particularidade de ter iniciado nuns passadiços que estavam cobertos de areia. Tivemos de subir alguns montes de areia mas isso até foi divertido. Houve quem tivesse caído ali, tal como eu, mas sempre deu para sentir a areia da praia. Um vislumbre dos tempos de Verão num dia tão cinzento.

A caminhada foi fácil e deu para apreciar a paisagem e tirar fotos. O Mar rugia, de uma tonalidade cinzenta. Mais para o fim, chovia bastante. Apesar da chuva, estava a ser bastante agradável contemplar o Mar.

Seguem algumas fotos, como sempre. Em muitas, o Mar é mesmo presença constante.

Carro de mão de madeira

O que eu vou passar a narrar a seguir aconteceu há muitos anos, ainda a estrada de Vale de Avim não era alcatroada. Estou a contar isto agora porque sonhei que o estava a contar também ao meu cunhado, à minha irmã...e ao meu sobrinho que se encontrava ao colo do pai. Foi para quem me quis ouvir.

Numa tarde, a minha mãe pegou num atrelado de madeira que tínhamos na altura e resolveu levar-me às compras. Não fomos pela estrada principal. Pelo menos não viemos por lá de certeza. Isso faz toda a diferença no desfecho desta historia.

Naquele tempo, para além de não haver ainda a chamada “estrada nova” de Vale de Avim, também os refrigerantes, naquela altura todos conhecidos por laranjada ou por gasosa, vinham em garrafas de vidro de um litro ou lá o que era que depois se tinham de devolver.

Naquela tarde, a minha mãe levou-me então às compras no velho carro de madeira que só tinha duas ripas de lado para nos segurarmos. Pediu-me então que segurasse bem a garrafa com as minhas pequenas pernas, já que precisava dos braços para me segurar.

Quando saímos da estrada principal e chegámos ao fundo do trilho que dava para aquele local onde iria ficar a estrada, mas que ainda não estava alcatroada, a minha mãe guinou o carro com força, na ânsia de me segurar, soltei as pernas e as compras ficaram todas espalhadas no meio da estrada de terra batida. Escusado será dizer que a garrafa da laranjada se partiu em mil pedaços e o líquido borbulhava no chão.

Outros tempos, sem dúvida. Hoje quem transporta as crianças num carro de madeira? Quem lhes coloca à guarda garrafas de vidro? Crescemos assim e ainda cá estamos.

Até pareceu fácil

Portugal venceu a Hungria no Estádio da Luz por 3-0. Cristiano Ronaldo e André Silva foram os artilheiros de serviço, concluindo com nota artística de fino recorte belas jogadas coletivas das quais muito nos orgulhamos. Um Futebol digno de campeões europeus que somos.

Também a Hungria tem o seu jogador brasileiro naturalizado. O deles também é central tal como o Pepe e chama-se Paulo Vinicius.

Ronaldo já remata de longe.

André Silva sofre falta do tal do Paulo Vinicius. Na cobrança do livre, Ronaldo remata por cima. Ainda é canto.

Ronaldo cabeceia para fora a passe de Quaresma.

O Jogador Número Nove da Hungria cria perigo.

André Silva marca o primeiro golo. A assistência foi de Raphael Guerreiro. Foi uma excelente jogada coletiva.

Agora é Ronaldo quem marca e André Silva a assistir.

Ronaldo tenta o golo de bicicleta mas sem resultado desta vez.

Vamos para intervalo a vencer confortavelmente por 2-0.

João Mário remata por cima.

Saiu o cartão amarelo para o Jogador Número Sete da Hungria que é também o capitão de equipa. O tal que nos deu que fazer no Euro 2016 que vencemos.

De livre a castigar uma falta do Jogador Número Catorze da Hungria sobre Quaresma, Ronaldo marca um magnífico golo. É a cereja no topo do bolo que é este jogo. Grande momento!

Aquele remate bem perigoso da Hungria tinha de vir dos pés do Jogador Número Sete. Aposto como no fim do jogo trocará a camisola com o Ronaldo.

Saiu o cartão amarelo para o avozinho Gera por falta sobre João Mário que quase tinha idade para ser filho dele.

Por falta sobre Cedric Soares, o Jogador Número Quatro da Hungria viu também o cartão amarelo das mãos do árbitro polaco.

Depois de um lance de elevada nota artística por parte de Quaresma, Bernardo Silva finaliza por cima.

Há um jogador da Hungria que remata por cima mas nada mais há a fazer. Mais três pontos e nota artística elevada. Os adeptos saem satisfeitos com este magnífico espetáculo de Futebol.

Monday, March 27, 2017

As sapatilhas que encolheram só para me servirem

Falava-se de coisas em que acreditávamos quando éramos crianças e, não sei como, veio-me à memória este episódio, tão enterrado que estava no fundo do meu longo amontoado de memórias.

A história conta-se em poucas linhas. Certo dia, eu, a minha irmã e o meu vizinho estávamos no barracão de casa dele. Era uma espécie de divisão onde se amontoavam coisas velhas. Lembro-me que ali sempre encontrava daquelas fotonovelas a preto e branco. Já não existe nada disso hoje. Eu passava o tempo a imaginar as cenas que se passavam naquelas páginas.

Nesse dia, apareceram por lá umas sapatilhas muito velhas e muito sujas que outrora haviam sido do meu vizinho. Ele perguntou se eu as queria. Eu peguei nelas muito admirada. Da última vez que tinha visto essas sapatilhas...elas eram enormes. Agora estavam do tamanho das que eu trazia calçadas. Naquela altura não depreendi que tinha sido eu que tinha crescido. Com o ar mais inocente desse mundo perguntei como é que as sapatilhas tinham diminuído de tamanho até me servirem.

Ao recordar esta pequena história da qual já nãop me lembrava, não pude deixar de sorrir.

P.S.: Agora lembrei-me também de um casaco que era do meu vizinho mas que eu adorava vestir. Uma vez caí das escadas de casa da minha vizinha com ele vestido. Na altura dava-me pelos joelhos. Ironia do destino, anos mais tarde, andava eu na escola primária, a minha vizinha achou esse casaco, lavou-o e deu-mo. Acabou os seus dias na minha mão. Eu sempre o levava para a escola e dava imenso jeito quando estava a chover.


Dança dos bancos

Já aqui referi que o Futebol está mesmo louco em matéria de haver pouca tolerância para o fracasso nos comandos técnicos das equipas. O cúmulo dessa dependência cega de resultados foi o despedimento de Claudio Ranieri do comando técnico do Leicester depois do que ele conseguiu.

Aqui por Portugal, ao longo desta época, tem-se vindo a assistir a uma sucessão nunca antes vista de mudanças de treinadores na Primeira Liga, o que nos faz pensar que o trabalho de treinador é muito ingrato e muito desgastante, com a pressão constante a pairar sobre as suas cabeças.

Mas afinal o que se anda a passar por aqui e também pelo Mundo fora? Simples. Cada vez mais estamos dependentes de resultados. Sem eles não há lucro nesta indústria em que o Futebol se tornou. Sem ganhar não há patrocinadores, sem patrocinadores não há combatividade e sem combatividade...não há resultados.

Mas afinal por que razão o treinador é o primeiro a sair quando as coisas correm mal? Mesmo que tenha operado o milagre anteriormente de ter sido campeão nacional com um orçamento e um plantel que nada tinham a ver com os valores da concorrência? Em primeiro lugar, só se olha para a frente. O que está para trás pouco importa, pois não é isso que agora poderá gerar o lucro, quer na potenciação de jogadores para futuras vendas, quer para as receitas de assitências no estádio e de transmissões televisivas.

Para além disso, pode-se mudar de treinador em qualquer altura. Já de jogadores não é bem assim. Existem as janelas de trasnferências. É isto que deixa a classe de treinadores muito vulnerável, no meu entender. A solução talvez esteja em regulamentar também as entradas e saídas de treinadores. Provavelmente tal ideia não reuniria muitos simpatizantes mas os treinadores estariam muito mais resguardados nos seus interesses.

Em alguns países tentam-se criar regras como impedir que um treinador que saiu de uma equipa venha a treinar outra do mesmo campeonato mas pouco mais se faz. Da maneira como as coisas estão por este Mundo fora, um treinador que tenha o azar de não ter os jogadores do lado dele, pode ser vítima dessa antipatia. Basta os jogadores se andarem a arrastar em campo e não darem ouvidos ao que ele diz. Sabendo da facilidade que os dirigentes têm em despedir o treinador, é apelativo um plantel inteiro, seja em que pare do Mundo for, tentar que o mister seja despedido. E não bastam muitos jogos sem ganhar…

As mudanças, a haver algumas, terão de vir de cima. Regulamentar as chicotadas psicológicas será a solução. Ou criando cláusulas de rescisão mais altas (os treinadores podem exigir isso, basta quererem) ou, como disse atrás, criar uma espécie de mercado de transferências para treinadores que, na minha opinião, deverá coincidir também com o mercado de jogadores para que o treinador novo possa dispor dos meios para moldar o plantel que encontrou às suas ideias de jogo. Estes treinadores, sempre a entrar e a sair dos nossos clubes, deparam-se com os jogadores que lá encontraram. Pouco ou nada poderão fazer em muitos casos.

Milagre fez Claudio Ranieri e foi despedido. Proeza foi o Moreirense de Augusto Inácio vencer a Taça da Liga com Benfica e Braga pela frente. Também ele conheceu a porta de saída.

“A Rapariga No Comboio” (impressões pessoais)

Este é um dos livros do momento. Também já deu direito a um filme. Por acaso estou curiosa para ver como pegaram na história para adaptar ao cinema. Já tenho visto alguns filmes adaptados de livros e normalmente fico dececionada porque, se fosse eu a adaptar, acho que tornaria a história muito mais interessante. Há sempre algo que se perde.

Esta história é muito interessante. Quem é que nunca imaginou como seria a vida de alguém que se cruza connosco na rua? Que se senta à nossa frente no banco do autocarro? Que coloca as compras à frente das nossas no tapete rolante da caixa de supermercado?

Por acaso eu até tenho outra versão para esse exercício mental: imaginar como é a vida de pessoas que eu apenas conheço do Instagram através da postagem de fotografias ou de vídeos. Aí é um nunca mais acabar de histórias que invento. O Facebook não dá para fazer isso porque no Facebook conheço a esmagadora maioria das pessoas. No Instagram não conheço as pessoas. Aí noventa por cento delas são de fora de Portugal. Uma simples foto e a minha mente começa a trabalhar freneticamente.

A personagem deste livro- Rachel- dava nomes às pessoas que via da janela do comboio. Eu não faço isso, apenas começo a conjeturar como está a correr a vida da pessoa, o que fez antes de postar a foto, o que fará a seguir. Complicado? Vamos a exemplos para apimentar isto! Vou utilizar as duas pessoas que me aparecerem primeiro. Coitados!

O.E. (iniciais do nome)- envergando a sua camisola vermelha de que tanto gosta, (grande parte das suas fotos são tiradas com essa peça de vestuário), segue pela rua com um largo sorriso nos lábios, assobiando baixinho uma canção que ouviu na esplanada de um café que fica do outro lado da rua onde ele se encontra agora.

E.S.- e lá se passou mais um fastidioso dia de aulas! Agora é tempo de sentar, relaxar, exibir um largo sorriso. Amanhã há mais mas isso agora pouco importa. Há que aproveitar os momentos de puro ócio e descontração.

Estão a ver como isto funciona? Há que dar mesmo largas à imaginação, como também fazia a Rachel. Ela chegou mesmo a confundir a vida que imaginou para as duas pessoas que via da janela do comboio com aquilo que realmente elas eram. Até lhes deu nomes e tudo. Depois veio a saber os nomes verdadeiros deles e veio a descobrir que afinal eram pessoas com os seus defeitos, tal como ela própria os tinha.

Também para grande choque da Rachel, essas pessoas afinal faziam mais parte da vida dela do que ela jamais imaginou. E como faziam!

É melhor vocês lerem este livro. Vale bem a pena!

Tuesday, March 21, 2017

“Tired Of Toein’ The Line”- Rocky Burnette (Eu Não Conhecia Isto)


Pois é, a Primavera está a chegar! Com ela os dias longos, o começo do calor, longas horas ao ar livre...Música animada a lembrar que o frio tende cada vez mais a desaparecer.

Esta é daquelas músicas que, ouvindo com os olhos fechados, somos transportados para a praia, para uma esplanada onde esteja muita gente com roupas tipicamente de Verão e para carros descapotáveis com passageiros de longos cabelos ao vento e esta música tocando no auto-rádio de modo a que toda a gente que passa na rua a possa ouvir. É esta a magia da música, de algumas canções. Esta característica pode-se experimentar logo da primeira vez que as ouvimos. Foi o que me aconteceu com esta música.


Adie e Feijoa e as suas novas aventuras






Um mês depois, regresso a casa e logo encontro Adie e Feijoa frescas e fofas, com boas cores, vendendo saúde, com algo para mostrar.

Feijoa está cada vez mais caprichosa, chata e teimosa. Só faz mesmo o que lhe dá na real gana. Andou uns dias por cima dos telhados sem querer descer. Quem quisesse que fosse lá dar de comer a Sua Excelência, pois claro.

Já a Adie é um pouco mais rebuscada, embora continue má como as cobras. Não deixa de fazer companhia à minha mãe sempre que ela se vai deitar e, desta vez, para que nada lhe faltasse, resolveu até dar-lhe música. Então não é que ela ligou o rádio do quarto dos meus pais! A música que passava era esta:


A minha mãe assustou-se, até porque não sabia como dsligar o rádio e quem o ligou também não lhe sabia explicar. Quando o meu pai veio, desligou-o.

E assim vão as tropelias das minhas caríssimas gatas.

Romero “Mata”aspirações do Rostov

O Manchester United segue em frente na Liga Europa ao afastar os russos do Rostov. Depois do empate na Rússia a um golo, num relvado que mais parecia um batatal, um golo de Juan Mata ditou a sorte da equipa de José Mourinho.

O rRostov, para além de ter aquele relvado que toda a Europa conhece, hoje só tem quatro jogadores suplentes. Por acaso essa coletividade que veste de amarelo não tem equipa B ou Futebol de formação para arranjar mais dois jogadores para o banco?

Medvedev já tem de se aplicar a cabeceamento de Rojo.

Pogba remata de longe.

O Manchester United carrega.

Ibrahimovic aplica uma potente ameixa que bate com estrondo no poste. Se entrava…

Em cima do intervalo, Medvedev nega o golo a Pogba com uma monumental defesa. A primeira parte acaba logo de seguida com o Manchester United em vantagem na eliminatória, pois empatou a um golo em casa do adversário.

Pogba aparenta ter uma lesão muscular e vai mesmo sair.

Romero nega o golo ao Jogador Número Vinte do Rostov- o tal que já foi associado ao Benfica.

O Rostov está a colocar as mangas de fora, como se costuma dizer.

Valencia cruza e Ibrahimovic cabeceia por cima.

Blind também sai lesionado. Mourinho pode-se queixar de alguma falta de sorte.

Juan Mata faz o golo do Manchester United numa altura em que já parecia preso por arames em termos físicos.

Rojo come uma banana em pleno jogo e foi Mourinho que lha deu. Nunca tinha visto tal coisa antes. A larica já ataca o jogador argentino.

Romero nega o golo ao Jogador Número Onze do Rostov.

Justamente o Jogador Número Onze do Rostov viu cartão amarelo. Acho que é o primeiro exibido pelo árbitro lituano.

De livre, Noboa vê Romero a negar o prolongamento à equipa russa.

O jogo termina com o Manchester United a seguir em frente na Liga Europa.

Wednesday, March 15, 2017

Votar em qualquer dia, a qualquer hora e em qualquer lugar

Hoje há eleições na Holanda. Estranha-se ser numa quarta-feira. Aqui em Portugal normalmente vota-se ao Domingo porque não se pode parar o trabalho para se ir cumprir o dever cívico.

Estas eleições holandesas também têm uma coisa boa: não é preciso os eleitores se deslocarem às assembleias de voto que por vezes cá no burgo ficam muito longe do local onde o eleitor vive. O cidadão pode votar lá em qualquer lugar, nos supermercados, nas estações de transportes, até nos cafés...Assim, antes ou depois do trabalho, os eleitores podem ir votar sem problemas, evitando assim perder tempo. Com isto a taxa de abstenção desce.

Aqui em Portugal, para além de se votar ao Domingo que é dia em que as pessoas preferem ficar a descansar, desfrutando da companhia dos familiares, especialmente se o tempo está mau, ainda se tem de cumprir a formalidade de votar numa assembleia de voto onde está concentrada muita gente- a que ainda vai votar.

Depois ainda dizem que a abstenção nunca foi tão elevada. Os tempos mudaram. As disponibilidades e a disposição das pessoas para a política também. Há que modernizar, que inovar, que aprender com os exemplos que chegam lá de fora. Nem que para isso se coloquem mesas de voto nos cafés, nos centros comerciais, junto às praias se já estivermos em tempo de Verão…

O que interessa é manter os cidadãos presentes nas decisões do País. Impedir que eles deixem que os outros decidam por eles. Estas ideias que chegam de outros países talvez sejam o caminho a seguir. Para que cada um de nós seja parte ativa no futuro do nosso país.

Desfecho esperado

Para a próxima já sabem: se algum dia o Casillas for expulso, se lesionar ou lhe der uma dor de barriga, se acaso já tiverem esgotado as substituições, já sabem quem colocar na baliza. Foi sem dúvida uma grande defesa do Jogador Número Dois do Porto- tanto tempo no Glorioso SLB e nunca mostrou essas suas habilidades. Com isto tudo, o Porto voltou a perder e voltou a jogar com dez jogadores.

A Juventus começa logo por atacar com o argentino Dybala a rematar ao lado.

Brahimi já faz das suas. Tira um cruzamento bem venenoso e bem puxado. Soares não chegou.

Soares remata agora.

Cuadrado vê o primeiro cartão amarelo do jogo.

Mandzukic cabeceou com perigo. Casillas estava a controlar.

Que perigo agora junto à baliza do Porto!

Mais um capítulo do duelo entre Cuadrado e Layun (ui, dois sul-americanos, está quentinho). Desta vez foi o mexicano a ver o cartão amarelo.

André viu também o cartão amarelo.

Depois de um canto, Mandzukic volta a cabecear com perigo.

QUE GRANDE DEFESA! Que reflexos! Não, não foi Casillas a brilhar. Por acaso o experiente guarda-redes espanhol defendeu como pôde mas o Jogador Número Dois do Porto resolveu tentar ensinar-lhe como é que se defende com categoria, como se o Casillas não soubesse ou tivesse esquecido como se faz. Quem não apreciou tal recorte técnico foi o árbitro romeno que lhe exibiu o cartão vermelho direto e assinalou a respetiva grande penalidade que Dybala converteu.

Aliás, se Van Basten estiver a ler isto (duvido que leia), vai uma ideia interessante da minha parte. Quem comete a grande penalidade deveria ir para a baliza tentar defendê-la um pouco como acontece no Goalball. Não é agora vir para a rua e quem fica em campo que se desenrasque. O árbitro pode expulsar até o jogador depois mas primeiro, antes de deixar a equipa reduzida a dez jogadores, terá de tentar emendar a asneira que fez. Neste caso, já que Sua Excelência mostrou os seus dotes de guarda-redes de forma tão descarada, porque não continuar e tentar defender o penálti? Está registada aqui esta minha ideia.

Chegamos ao intervalo com a tarefa ainda mais difícil para o Porto que perde por 1-0.

Danilo quase fazia autogolo. Tal não aconteceu porque Casillas impediu mas foi mesmo in extremis.

Completamente isolado e com tudo para fazer o golo que Nuno Espírito Santo já se preparava para festejar, Soares remata ao lado.

Pjaca também remata ao lado.

Higuain também falhou um golo cantado, como se costuma dizer. Não é nada normal no avançado argentino mas acontece aos melhores.

Diogo Jota quase marcava também.

O jogo termina. Já não há equipas portuguesas nas competições europeias.

Monday, March 13, 2017

As subidas são o sal e a pimenta das caminhadas








Com o Céu em tons muito cinzentos, ameaçando chuva a qualquer instante, rumámos à Serra da Atalhada nos arredores de Penacova para uma caminhada de grau de dificuldade médio/alto. Estava prometido espetáculo nos quilómetros finais...e uma paisagem deslumbrante também.

Depois de algumas caminhadas sem praticamente subidas nenhumas, tivemos de subir a sério nos últimos quilómetros desta caminhada. Eu até gostei bastante desta subida. Pode ser dura mas é isso que dá emoção às caminhadas, na minha modesta opinião. Qualquer atividade desportiva tem os seus encantos. O encanto da caminhada é a subida. No final de uma árdua subida, sente-se uma felicidade imensa, até parece que o espírito fica mais leve. No caso desta caminhada, havia uma paisagem deslumbrante para apreciar.

Estou eu aqui a falar nos encantos desta caminhada mas o melhor é colocar algumas das fotos que fui tirando.

Friday, March 10, 2017

Há onze anos atrás era também sexta-feira

Hoje é um dia especial. Este meu humilde espaço completa onze anos de existência. Pois é! O tempo passa depressa e lembro-me bem desse dia em que estava empolgada por ir até ao Alentejo no dia seguinte.

O que mudou? Algumas coisas mas uma coisa reparo agora que se mantém. No dia em que criei este meu espaço, trazia este casaco vestido. É uma coincidência, por acaso não fiz de propósito. Sei porque tenho uma fotografia tirada poucos minutos antes. Estava a treinar de olhos vendados junto ao muro amarelo da ACAPO para a aula de Mobilidade. Naquela altura, pairava sobre mim o espectro da cegueira num curto espaço de tempo. Felizmente, onze anos depois, ainda continuo a ver, coisa que não acreditava naquela altura que pudesse acontecer. Não tenho essa foto em formato digital. É pena.

São mais de dois mil posts que compõem este meu blog. Onze anos de história da minha vida, de peripécias, de experiências, de loucuras. Tudo isto contado à minha boa maneira. Foi o impulso para voltar a escrever depois de dois anos muito difíceis em que tudo perdi e me tive de reinventar.

Há onze anos atrás julgava estar onde estou hoje? Claro que não e também ninguém sabe onde estarei e como estarei daqui a onze anos. Nessa tarde de sexta-feira, 10 de Março de 2006, véspera de uma viagem de dois dias a Évora, tentei a minha sorte na blogosfera tão em voga nessa altura. Não sabia o que eram redes sociais, o objetivo era dar continuidade a um trabalho que tinha ficado para trás e que, durante algum tempo, me recusei a prosseguir. Sempre gostei de escrever desde que sou gente. Se algum dia deixei de o fazer (ainda me custa a acreditar que isso aconteceu) foi porque realmente atravessei momentos muito amargos e algo de muito grave me povoou o espírito nessas alturas.

Aos poucos, graças a este espaço que criei num dia que estava um pouco mais animada do que naqueles últimos dois anos, fui recomeçando e hoje é praticamente o único meio que me liga ao que eu gosto de fazer, aos meus sonhos, às minhas expectativas. A tudo o que eu sou e quero transmitir aos outros, a quem tem um pouco de tempo para aqui vir e ler o que escrevo.

A todos os que continuam a ler os meus posts, a ouvir as músicas que nos últimos tempos aqui tenho trazido, que no fundo aturam as minhas loucuras diariamente, vai o meu sincero agradecimento do fundo do coração. Não sei se haverão mais onze anos para caminharmos juntos. Estes onze anos que passaram já ninguém apaga.

Thursday, March 09, 2017

“Palhaço Até Ao Fim”-Victor Espadinha (Eu Não Conhecia Isto)


Grande canção! Fantástica letra! Extraordinário poema! Em suma, uma música muito bonita que alguém pediu hoje nos discos pedidos e que eu desconhecia totalmente.

Falar de Victor Espadinha é falar sobretudo de “Recordar É Viver”- música que um dia destes também hei-de aqui esmiuçar no “Música Com Memórias” mas Victor Espadinha tem outras canções. Ainda agora, quando procurava esta, encontrei a música que coloco abaixo e que posso garantir que não ouvia desde tenra idade. Era uma música que ouvia muitas vezes na rádio quando era pequena e que se perdeu com o advento das playlists. Já toda a gente sabe que as playlists tiram toda a criatividade de se poderem passar as músicas que nos dava na real gana para antigamente passarmos. Eu não sei por onde anda a minha amiga Cristina, ela que adorava passar tudo o que era estranho, tal como eu. Esta música passava na rádio onde ambas iniciámos mas muito antes de nos termos ali cruzado. Bela recordação também!

Wednesday, March 08, 2017

“Don’t Get Me Wrong”- The Pretenders (Música Com Memórias)


Recuemos aos belos tempos da minha infância, sempre com as músicas que acompanharam o meu crescimento, as minhas brincadeiras improvisadas e também algumas aventuras e peripécias.

Falo de brincadeiras improvisadas, pois é disso que vou falar neste post mais uma vez. Eu brincava com tudo e mais alguma coisa, algo que hoje é inconcebível, digo eu. Uma embalagem vazia de qualquer coisa para mim era o mais sofisticado dos brinquedos. Inventava mil e uma maneiras de brincar. Passava horas a brincar com algo tão simples como um pequeno frasco de bolinhas coloridas de açúcar para colocar nos bolos.

Eu não sei se ainda há disso à venda mas penso ter visto há muito poucos anos alguns frasquinhos desses. Eram transparentes, com uma tampinha branca e tinham números nos rótulos, vá-se lá saber porquê. Lembro-me que andava a brincar com um que era o oitenta e dois. Se calhar tinha a ver com a qualidade das bolas. Aquelas eram de muitas cores mas também as havia de chocolate, maiores, ainda mais pequenas, só de açúcar…

Lembro-me de andar a soprar para dentro de um frasquinho desses ao som desta música. Uma memória já muito distante no tempo mas que me surgiu repentinamente enquanto esta música passava na rádio.

E com isto escrevi assim mais um capítulo delicioso dos tempos da minha infância.

Tuesday, March 07, 2017

“Não Há Como O Primeiro Amor” (Música Com Memórias)


Falava-se de aulas de Educação Física na rubrica “Macaquinhos No Sótão” de Susana Romana. Eu também não gostava das aulas de Educação Física, especialmente no sexto ano em que tinha um professor que tinha a fama de bater nos alunos e de os atirar para a piscina. Foi épica a perseguição que fez a uma aluna que fugiu da aula até casa. Também eram famosas as tardes em que o pavilhão estremecia com os seus berros.

Mas eu gostava de correr. Não gostava de fazer ginástica naqueles aparelhos. A correr sempre fui melhorzita e lembro-me de inúmeras vezes em que dava voltas à escola. O episódio que eu vou contar relata um dia de Novembro. Era quinta-feira de manhã e a minha turma corria no campo. Por acaso até fiz a aula muito bem, atendendo ao que vou contar a seguir. Ainda hoje não me consigo lembrar por que me senti tão mal de repente. Sei que envergava uma t-shirt branca e, apesar de ser inverno, estava calor e eu estava a fazer a aula com uns calções azuis.

Depois da aula, era hora de almoço e, só o cheiro da comida me fazia sentir mal. Do almoço constavam uns bifes enormes assados ou estufados. Um funcionário comentou que eram bifes de bois de África. Eu é que não consegui comer nada. Sentia-me febril de repente. O estranho é que estava bem de manhã quando cheguei à escola. Até fiz a aula de Educação Física na boa.

Lembro-me que as duas últimas horas da tarde eram dedicadas às aulas de Português. A nossa professora era brasileira e chamava-se Laura. Mais tarde, essas duas horas foram ocupadas com a leitura de livros. Foi aí que tive contacto com os livros da coleção “Uma Aventura”. Nessa tarde decorria uma aula normal. Bem, para mim não era normal pois mergulhei num estranho torpor a que a febre que subiu repentinamente me vergou. Eu nem sabia por que tinha febre. A certa altura, desliguei mesmo.

Mesmo doente, tinha o hábito de ligar o rádio. Como sempre havia discos pedidos. Lembro-me de me ter enfiado na cama e de ter enfiado muita roupa. Não aguentava o frio. Não sabia o que se passava comigo. A certa altura, alguém pediu esta música. Foi aí que acordei momentaneamente do torpor febril em que me encontrava. Consegui erguer a cabeça e escutar. Apesar de não ser a primeira vez que a ouvia, naquela altura e naquelas condições, pareceu-me a mais maravilhosa das melodias. Dino Meira ainda era vivo nessa altura. Estávamos em finais de 1989.



No dia seguinte, acordei fresca que nem uma alface. Estranhamente não exibia marcas do dia anterior. Será que sonhei?

Tomei-lhe o gosto

Apresento mais um bloco de músicas que “descobri”. Não é um bloco de canções tão diversificadas como no post anterior mas estas canções também são interessantes. Se assim não fosse, não as postava aqui. Comecemos com John Mellencamp.


Tenho dúvidas se ouvi alguma vez esta música e me esqueci. O nome da banda não me diz absolutamente nada.


A melhor deste bloco:


A música mais estranha deste bloco. Nem sei se a vou encontrar mas provavelmente vou. E encontrei!


E é tudo!

Friday, March 03, 2017

Encontrarei eu todas as músicas que vou procurar?

Bem, acabo de chegar a casa e trago imensas músicas que não conhecia para procurar. De certeza que não as vou encontrar todas...pelo menos vou tentar.

Começamos com os Foo Fighters. Se eu achar todas as músicas, fico aqui com uma pequena lista de músicas muito diversificada.


Agora é que vem a dificuldade em encontrar a música que eu vou procurar, um fado, uma música portuguesa. Estou a contar em não a encontrar. E não encontro mesmo. Já sabia!

Agora tenho uma música de um artista francês do qual nunca ouvi falar. Vou googlar um pouco.


Bem, consta que este senhor Michel Polnareff ainda é vivo e encontra-se ainda no ativo. Nunca antes tinha ouvido falar dele. O mesmo não posso dizer do senhor que se segue que dispensa apresentações. Esta canção é que parece que não conhecia. A cantora que o acompanha- Vicky Leandros venceu o Festival Eurovisão pelo Luxemburgo em 1973 salvo erro. Ainda vou ver. Foi em 1972 e por acaso vim a descobrir que esta cantora é grega, tal como Demis Roussos. E cantam em Francês aqui.


E assim viajámos pelo Mundo em termos musicais.




Thursday, March 02, 2017

Razão tinha eu em não querer ir à festa

Presume-se que quando vamos dormir seja mesmo para descansar, não para nos preocuparmos com coisas que na realidade nem existem...mas que, ao as vivenciarmos nos sonhos, elas nos parecem tão reais que nos tiram do sério e nos fazem acordar de manhã com a cabeça completamente moída. Foi o que me aconteceu esta noite.

Tudo começa quando alguém que na realidade não existe nos convida para uma requintada festa de um tal Nelson que se presume que foi nosso colega...mas que não víamos há anos. Se não nos víamos há anos, por que raio convidou ele toda a gente. Estava tão bem em casa!

A festa teria lugar num Sábado à noite. Alguém nos iria buscar a casa para estarmos presentes. Pois. Pelos vistos, nem o facto de não termos transporte foi entrave a que eu e a minha irmã fossemos convidadas mesmo assim. Faziam mesmo questão que estivéssemos presentes. Eu fazia questão de não estar. Não me apetecia mesmo nada sair.

Toda aquela tarde foi passada com cara de poucos amigos. Parece que tinha de ir toda fina lá para a festa. Depois algo me preocupava. Iria muita gente e seria uma confusão.

Chegou a hora de me arranjar e, não sei bem como, os meus óculos caíram ao chão. Quando os apanhei, constatei com horror que estavam partidos. E agora? Como iria eu trabalhar? O que iria dizer? Parecia mesmo que estava a viver aquele momento como se fosse real. Estava mesmo angustiada. O que iria fazer na segunda-feira quando chegasse ao trabalho? Lembrei-me de um colega meu que perdeu os óculos no autocarro e teve de meter baixa do trabalho porque não conseguia andar na rua sem eles.

Chegou a segunda-feira. Não sei o que se passou na festa. Se calhar até nem fui por causa da tristeza dos óculos partidos que danifiquei justamente quando me estava a arranjar para esse famigerado evento.

Era segunda-feira agora e eu corria atrás do autocarro numa rua completamente desconhecida. Lá o consegui apanhar mas, quando procurava moedas para pagar o bilhete, só me apareciam pedaços dos meus óculos partidos, voltando-me a recordar que tinha um problema em mãos.

Estava a recolher pedaços de vidro minúsculos nas minhas mãos com ar abatido quando fui salva pelo despertador. Terá sido um dos dias em que me soube bem ouvi-lo.