Monday, October 31, 2011

Vinho derramado

Sonhei com muitas coisas, das quais destaco este pequeno episódio. Afinal de contas, é esta a imagem que fica da noite.

Havia qualquer evento lá na aldeia. Eu passava pelo lugar, o que é raro na vida real. Junto ao café cheirava intensamente a vinho.

Pela estrada caminhava uma jovem desconhecida. Trajando mesmo à trabalhadora rural, com roupas floridas de chita, ela carregava aos ombros um recipiente quase a transbordar de vinho. Parecia ter dificuldade em o transportar. Seria peso a mais para o seu frágil porte.

Ela praguejava, queixando-se da dureza do trabalho, mas cá para mim ela ia bebendo à medida que ia transportando o vinho. Parecia entrelaçar as pernas uma na outra e o seu passo era oscilante. Estava-se mesmo a ver o desfecho deste número!

A certa altura, a vasilha do vinho escorregou-lhe dos ombros e rolou para o meio da estrada. O líquido avermelhado misturou-se com o que ela havia entornado antes e o odor forte a vinho quase que dava para embriagar quem por ali passava. Estavam ali litros e litros de vinho derramado no asfalto.

Teimosamente a bola não quis entrar

Em jogo a contar para o apuramento para o Europeu de sub-21, Portugal recebeu e empatou com a Polónia a uma bola em Rio Maior.

Antes de passar á crónica deste jogo propriamente dita, devo dizer que toda a sua envolvência me fez recordar com saudade uma fase da minha vida muito especial. Talvez tenha sido a fase mais feliz da minha curta existência.

Para além de o jogo se disputar mais uma vez em Rio Maior- uma localidade que visitava uma vez por ano, pelo menos, quando praticava Desporto e que, desde que abandonei a prática desportiva, nunca mais sequer cheguei perto, ainda me arrepiei por ouvir…o hino da Polónia.

Dez anos passados sobre o dia do encerramento dos Europeus de Atletismo para Deficientes Visuais em que se fechou a competição como se abriu- com o hino nacional do País organizador, ainda recordo a emoção que senti naquele momento. Um arrepio percorre o meu corpo e sinto uma lágrima teimosa a formar-se. São coisas que eu jamais esquecerei e que nunca mais terei oportunidade de viver.

Deixemo-nos de saudosismos. Está um jogo a decorrer e Mário Rui já cruza com perigo mas a bola é desviada para canto.

Estamos com oito minutos de jogo. É nessa altura que surge o golo de Portugal marcado de cabeça pelo central Pedro Mendes na sequência de um canto.

Wilson Eduardo tenta a sua sorte mas o remate sai um tudo nada ao lado. Depois é a vez de André Almeida rematar com perigo.

Há uma jogada perigosa agora para a equipa da Polónia. Os jogadores portugueses pararam todos a pedir fora de jogo.

O guarda-redes polaco faz um disparate tremendo. Wilson Eduardo não consegue aproveitar a oferta.

Remate do Jogador Número Dez da Polónia mas saiu à figura de Mika que hoje é titular.

André Martins- o meia-leca- corresponde …de cabeça a um cruzamento de Mário Rui.

O Jogador Número Seis da Polónia vê o primeiro cartão amarelo do jogo. Parece que foi por protestos.

Há golo da Polónia marcado pelo Jogador Número Sete. Estamos com mais de meia hora de jogo.

Reclama-se agora grande penalidade num lance que envolveu o Jogador Número Onze da Polónia e Mário Rui.

Um pouco sem querer, o central Pedro Mendes quase marcava o segundo golo de Portugal que era também o seu segundo tento neste jogo.

Já em tempo de descontos, é assinalada grande penalidade a favor de Portugal e é expulso o guarda-redes polaco. O autor do golo da Polónia sai lavado em lágrimas para entrar o guarda-redes suplente. Wilson Eduardo falha a grande penalidade. Incrivelmente a bola não entra na baliza dos polacos.

O intervalo chega com uma igualdade a uma bola.

Já há um canto nesta segunda parte do qual não resultou nada de especial.

Sai um cartão amarelo para o Jogador Número Cinco da Polónia por rasteirar André Almeida.

É servida uma ameixa por parte de Wilson Eduardo mas não causou perigo. De livre, Josué não cria tanto perigo quanto aparentava o lance.

Ena! Que coisa fofa acaba de entrar em campo para a equipa da Polónia!

A Polónia agora está muito recuada. Parece ter enviado o autocarro para dentro do relvado.

Jogada perigosa de Wilson Eduardo que se lesiona e terá de ser substituído. Portugal agora massacra fortemente a Polónia e o público aplaude de forma ruidosa.

O Jogador Número Onze da Polónia aproveitou o facto de a equipa portuguesa estar toda balanceada no ataque para, sozinho, encetar um contra-ataque bem venenoso.

De livre, Diogo Viana coloca em apuros o guarda-redes polaco.

O Jogador Número Quatro da Polónia quase marcava na própria baliza. No seguimento do lance, André Almeida cabeceia ao poste.

Por pouco não é golo para Portugal. O jogo chega ao fim com um empate a uma bola conseguido ainda nos primeiros quarenta e cinco minutos. A jogar toda a segunda parte com mais um jogador e a dominar por completo o jogo, só por azar Portugal não conseguiu os três pontos neste jogo que lhe dariam uma maior tranquilidade para a viagem a Moscovo na próxima terça-feira.

Thursday, October 27, 2011

“A Trilogia De Nova Iorque” (impressões pessoais)





Está assim concluída a leitura de mais uma obra. Nem gostei nem desgostei de a ler. Teve alguma emoção e foi interessante em certos aspectos.

Nesta obra clássica do norte-americano Paul Auster estão presentes três histórias independentes umas das outras mas afinal, e segundo o autor, são a mesma história.

As três histórias de facto têm muito em comum. Desde logo, em minha opinião, terá sido usado um mesmo tema para as elaborar- o que por si só já foi uma brilhante ideia. Qual terá sido o tema? A perda de identidade? Mudança de identidade? Encarnar a vida do outro?

Nas três histórias temos três homens que investigam outros três homens. O primeiro recebe um telefonema estranho e persegue um homem até cair em desgraça sem saber mais quem é. O segundo recebe uma proposta choruda para investigar também um homem com uma vida monótona. No final descobre que o homem que o contratou é o mesmo que queria que seguisse e, ele próprio ,estava-lhe a seguir os passos. Na terceira história, um romancista é levado pela mulher do seu melhor amigo a publicar o que ele deixou escrito quando desapareceu. O escritor deixa-se levar e é embrenhado na vida do outro até cair em desgraça.

Nas três histórias há uma perda de identidade, uma degradação social inerente a essa mesma perda de identidade, a confusão…

A ilação que tiramos da leitura desta obra é a de que as coisas são o que lhes queremos chamar e que existem independentemente do nome que lhes damos.

Esta narrativa está muito bem conseguida, bem fluente. É uma forma de manter a atenção do leitor, mesmo que nada de interessante se esteja a passar.

Destaco dois episódios que li neste livro e que me saltaram à vista. O primeiro prendeu-se com o facto de, a certa altura, o personagem referir que, quando estava a fazer algo que não fosse escrever, sentia uma enorme inspiração para a escrita. Quando finalmente se sentava com o propósito de escrever, surgia um vazio de ideias. Isso às vezes também me acontece. Quantas vezes ando eu pela rua e sinto uma vontade irresistível de escrever sobre tudo e mais alguma coisa? Muitas vezes chego a casa, ligo o computador para escrever e a inspiração esfuma-se num ápice. Por que é que isto acontece?

O segundo episódio que destaco é o que eu referi no texto anterior e que deu origem a parte do sonho nele descrito. Que bela ideia, a do personagem da terceira história! As pessoas não queriam responder aos questionários e eles tinham de ser feitos? Toca de inventar uns nomezitos e umas moradas. Deve ser interessante, não haja dúvidas!

Já que adorei ler “Anjos E Demónios” de Dan Brown, vou ler mais uma obra do mesmo autorr. Espero que seja tão ou mais interessante do que esta.

Sonhos em dia feriado

Este dia foi aproveitado para descansar das agruras dos dias anteriores. Dormir até mais não poder era do que eu precisava para acalmar.

Como dormi mais horas, naturalmente que as aventuras oníricas foram mais que muitas. É mesmo uma longa jornada de acontecimentos, cada um mais estranho do que o outro.

Sonhei que estava aqui na minha cama. No meu sonho eram dez da manhã mas, na realidade, não sei precisar a que horas se deu o sonho. Sei que ouvia imenso barulho nos corredores da residencial.

Quando saí para ir a casa de banho, estava um casal já de certa idade a conversar com a senhoria.

Quando estava muito descansada na casa de banho, aqueles dois elementos desconhecidos, não sei como, abriram-me a porta de rompante. Que descaramento! Eu fechei-lhes imediatamente a porta na cara sem mais rodeios. Fechei-a a pontapé mesmo, tal era a minha indignação por me terem invadido a privacidade. Ia protestando e mandando-os mesmo para locais onde eles não gostariam mesmo nada de ir.

Enquanto resmungava e me preparava para tomar banho, a velha ia também tecendo o seu discurso do lado de fora da porta. Acusava esta juventude de agora de ser uma cambada de malandros, que a uma hora destas eu ainda me estava a levantar em vez de já estar quase com meio dia de trabalho. Enfim…eu não estava a gostar nem um pedacinho daquela conversa.

Quando acabei de tomar banho e vim para fora, a minha senhoria informou-me que aqueles senhores eram os verdadeiros donos da residencial. Fiquei boquiaberta porque sempre pensei que era ela a dona daquilo. Afinal só era uma simples funcionária deles. Explicou-me também que eles iam subir a renda em onze euros e, dali em diante, havia que comprar um brinquedo e entregar-lho. Essa era boa! Em troca receberia um jornal com notícias de associações de solidariedade social que deveria ajudar com esses brinquedos. Em segredo, a minha senhoria foi buscar uma pequena bola branca de borracha, daquelas que saltam imenso, e entregou-ma para oferecer àquele casal de quem eu não estava a gostar mesmo nada. Cambada de mexeriqueiros que não têm mais que fazer e chateiam quem anda farto de trabalhar e quer paz e sossego.

Mudemos de cenário onírico. Agora o sonho passa-se numa rádio nova onde a minha amiga Cristina que eu já não vejo há anos se encontrava a trabalhar. Que diferente ela estava! Havia casado novamente e a voz estava diferente, mais madura.

Ela apresentou-me um rapaz que fazia a técnica do seu programa. Chamava-se Bruno. Era bom rapaz e muito bonito mas…tinha um mau hálito que ninguém aguentava.

Estava la também um colega nosso que conhecemos na ACAPO e que eu não vejo também há imenso tempo. Ele é advogado. Ficou célebre entre a comunidade deficiente visual por ter entrado em campo para jogar Futebol com a bengala branca.

Ele e Cristina preenchiam formulários, tipo censos. Já sei de onde veio esta parte. Veio do livro que ando a ler. Eu disse aos meus companheiros que fizessem exactamente a mesma coisa que o personagem criado por Paul Auster, que inventassem pessoas para preencher os formulários. Com a criatividade e bom humor que se lhe reconheciam, Cristina faria ali um trabalho memorável.

Quando cheguei a casa, fui confrontada com a notícia de um surto de papeira que alastrava por Anadia e arredores. Muita gente já havia adoecido de um momento para o outro. Eu também poderia adoecer. Nunca tive nada daquelas doenças infantis em criança.

Acordei. O dia estava mesmo quente. Tive de sair para a rua. Havia que estar presente na assembleia da ACAPO. Lembrar-me ia do da parte do preenchimento dos questionários que atribuí à leitura. O psicólogo também preenchia formulários naquela tarde. Que engraçado!

Wednesday, October 26, 2011

“Coming Around Again”- Carly Simon (Música com Memórias)

Há uns dias atrás recordei a música “De Volta Pro Aconchego” de Elba Ramalho. São sensivelmente da mesma época as memórias que esta música me traz.



A história é simples e conta-se em poucas palavras. Não é de agora que tenho pesadelos. Em criança também acordava vergada ao seu reinado e não conseguia dormir mais porque as imagens me assolavam o espírito. Naquela altura não tinha o hábito de apontar os sonhos. Era ainda uma criança aí com uns nove ou dez anos de idade e por isso o conteúdo deste pesadelo apagou-se com o tempo.

Naquela noite acordei sobressaltada depois de um sonho indesejável. Para apagar as lembranças desse sonho, tentei pensar noutra coisa a ver se resultava. Naquela longínqua madrugada, o que me veio à cabeça foi o som desta musica. Era uma música de que eu já gostava muito na altura e ainda gosto.

Foi ouvindo esta melodia mentalmente que consegui adormecer novamente. Não consta que houvessem réplicas ou continuações do pesadelo, com ás vezes acontecem.

Ida ao dentista

Mal dormi durante aquela noite. Os acontecimentos que se deram lá em casa deixaram-me completamente destroçada.

Tinha uma consulta marcada na dentista para esse sábado de manhã. Levantei-me bem cedo e meti pés ao caminho. Uma boa caminhada era tudo o que eu necessitava para desanuviar um pouco. Não encontrei boleia. Tive sorte em percorrer a pé todo o caminho. Caminhei com fúria para descarregar toda a minha revolta.

Cheguei exactamente à hora marcada. Nem mais um minuto. Depois de examinar um dente que sempre me costuma doer, a dentista achou que não seria necessário extraí-lo. Apenas havia que o reparar. Foi isso que aconteceu.

Estive longos minutos de boca aberta. Já me doíam os maxilares.

A minha irmã veio ao meu encontro. Tinha combinado com a nossa colega que iríamos tomar café. Como fiz anos, tive de pagar o café a elas duas.

Ainda com a boca anestesiada, cheguei a casa. A minha irmã foi colocada ao corrente de tudo o que se estava a passar mas nada se pode fazer.

Que mau ambiente lá em casa!

Vem uma pessoa farta de trabalhar durante a semana, a pensar que vai descansar para casa e recarregar baterias para nova semana de trabalho e depara-se com o pandemónio que encontrei.

Ainda por cima vim a pé até uma senhora da minha terra me dar boleia até casa. Estava até uma noite agradável para se caminhar. De repente a noite esplêndida transformou-se em noite de pesadelo.

Mal cheguei a casa, verifiquei que o meu pai andava pela rua de um lado para o outro. De semblantes carregados a minha mãe e a minha vizinha estavam em silêncio à porta da sala. As coisas entre a minha mãe e o meu pai estavam péssimas.

O motivo destas discussões bem acesas prende-se com as cabras que o meu pai faz questão em manter mas pouco ou nada faz para cuidar delas, deixando essa tarefa para a minha mãe que trabalha quase de sol a sol sem necessidade nenhuma disso. Custa ouvir o meu pai a acusar a minha mãe de não fazer nada, quando ele, depois da hora do almoço, se estende no sofá da sala a ver todas as novelas que passem na televisão enquanto a minha mãe se arrisca pelas terras e pelos pinhais a apanhar comida para os animais.

Temo que um dia a minha mãe, com baixa visão e diabética, tenha um acidente numa terra ou num pinhal e ninguém saiba sequer onde ela está para a socorrer. O meu pai não compreende que a idade vai avançando e que a capacidade de trabalhar diminui. Cada um com a sua reforma, poderiam viver descansadamente sem sobressaltos. Apenas cultivariam uns produtos hortícolas nos quintais à volta de casa e gozariam a velhice descansados.

Não, o meu pai resolveu agora arranjar trabalho extraordinário à minha mãe e ainda a acusa, no meio de uma torrente de palavrões e insultos do pior que há, de não querer trabalhar.

Para agravar as coisas, dava-me a sensação de o meu pai já estar embriagado. Continuava a andar como louco às voltas pela rua a praguejar bem alto e, inclusive, a insultar quem já morreu. Mas para que é que eu vim para casa? Para me chatear? Para chorar amargamente e me preocupar com a iminência de uma tragédia? Malditas sejam as cabras!

Completamente fora de si, o meu pai ameaçou ir-se embora. A minha mãe fechou os portões todos de casa e tirou as chaves. Pediu à minha vizinha que as guardasse no bolso. Ele procurou-as como um louco. Já de há muito que eu, a minha irmã e até o meu vizinho achamos que o meu pai não anda lá muito bem em termos mentais. Não anda mesmo bom da cabeça. Quando o vi a correr pela casa a procurar as chaves, passou-me pela cabeça chamar os Bombeiros para o deterem e o mandarem directo para a Psiquiatria com um cocktail de calmantes. Às vezes não o podemos aturar. A minha irmã diria no dia seguinte que faria isso se acaso tivesse assistido à lamentável cena da véspera.

Fiquei completamente destroçada com tal recepção. Quando chego a casa, quero que tudo esteja em paz e sossego, não com aquele clima carregado. Mas o que é isto agora? Se as coisas continuarem assim, deixo simplesmente de ir a casa até que tudo acalme.

Não há palavras para descrever a tristeza que sinto com tudo isto. Não há mesmo necessidade nenhuma de isto estar a acontecer.

É muito triste mesmo!

Jogo de sorte e de sacrifício

O Sporting entra em campo para defrontar a Lazio de Roma depois de ser conhecida a derrota do braga em casa com os belgas do Bruges por 1-2. Está em andamento mais uma quinta-feira europeia em que a Liga Europa conhece mais uma jornada- a segunda.

Preparemos tudo bem cedo porque o Sporting já nos habituou a marcar golos, mal os espectadores têm tempo de se sentarem.

No ataque da Lazio pontifica o sempre temido Miroslaw Klose que já remata à baliza mas o lance é invalidado porque o alemão jogou a bola com a mão. No lance seguinte, Klose volta a tentar a sua sorte, desta vez com mais perigo. Que pesadelo vai ser esta noite com este jogador!

É sempre ele! Agora estava fora de jogo mas já se sabe como ele é. Já o deviam conhecer. Já repararam que eu só estou a dar conta dos lances do Klose? Ele não está a jogar sozinho. Estão mais vinte e um elementos em campo, obviamente.

O protagonista agora muda. Há uma jogada perigosa do argentino Insua que é cortada por um jogador da Lazio. Ainda no seguimento dessa jogada, o peruano Carrillo remata por cima.

O Sporting chega ao golo marcado pelo avançado holandês Van Wolfswinkel.

Polga, cuja finalização não é o seu forte, tenta um remate após a marcação de um canto mas o guarda-redes da Lazio defende. De muito longe remata Carrillo mas o remate é bem perigoso, apesar de nada de grave para a Lazio ter resultado dali.

A cinco minutos do intervalo, a Lazio marca o golo do empate. Autor do golo? Esse mesmo que estão a pensar. Klose. Empolgados com o golo, os italianos tentam mais um remate.

Tenho a impressão de que Rinaudo viu um cartão amarelo.

O Sporting vai novamente para cima da Lazio e consegue apontar ainda antes do intervalo o segundo golo por intermédio de Insua. É com a vitória parcial do Sporting por 2-1 que se atinge o intervalo.

Vai entrar o incorrigível avançado francês Cissé. Estranhamente quem sai é…Klose. Que estranho! Terá sido por lesão ou qualquer outro problema físico. Melhor para o Sporting! O problema de Cissé é que coloca em risco a integridade física dos adversários, mais nada. É espantoso como do avançado francês está sempre pronta a sair uma bofetada, um pontapé, um murro, uma cabeçada…

O guarda-redes da Lazio agora comete a proeza de chutar uma bola contra a mão do avançado Van Wolfswinkel do Sporting.

O Sporting fica agora reduzido a dez jogadores porque Insua é expulso por acumulação de amarelos. O primeiro cartão amarelo visto pelo lateral esquerdo argentino ocorreu quando ele pontapeou a bola para longe aquando dos festejos do seu golo. Seja como for, o jogador Número Quarenta E Oito do Sporting poderia ter sido expulso por vermelho directo por assentar a mão na cara de Alvaro Gonzalez.

Com esta expulsão, Domingos Paciência tem de remendar a defesa. Sacrifica Carrillo e faz entrar Evaldo para ocupar o corredor esquerdo.

Este árbitro belga tem a mão leve a mostrar cartões. Já parece um árbitro português há uns dias atrás a apitar um jogo da Liga de Honra no estádio do Penafiel. Bem…não exageremos! Até agora ainda só foi um tomar banho mais cedo. E é se ele não ficou sentado num banco por lá a ler o jornal e a esperar pelos colegas para tomar banho ao mesmo tempo que eles.

Cissé vê o cartão amarelo. Que novidade! Deve ser o primeiro que ele vê na carreira…porque está acostumado a ver vermelhos directos. Realmente ver amarelos deve ser raro. Entretanto os cartões de há pouco estavam errados. Com tanta amostragem de cartões, até os senhores das estatísticas da UEFA ficam baralhados.

A Lazio faz pela vida. Cissé remata perigosamente e o Jogador Número Sete da Lazio remata por cima.

Agora há um lance de pura sorte para o Sporting. Quando esta não entrou….Foram três tentativas seguidas no mesmo lance para a equipa da Lazio. Incrivelmente ninguém finalizou com sucesso.

Sai uma espécie de remate de um jogador da Lazio. A perder, a Lazio agora está a sufocar o Sporting.

O capitão de equipa da Lazio falha agora de forma incrível.

Saem dois cartões amarelos de rajada para dois jogadores da equipa italiana.

Com todas estas incidências de jogo, o Sporting consegue uma vitória sofrida e com alguma sorte. Soube mostrar um enorme espírito de união e sacrifício quando se viu reduzida a dez unidades durante toda a segunda parte. Aquele lance de extremo perigo que não entrou quase por interferência de forças superiores acabou por ser decisivo. Foi muita sorte mesmo aquela bola não entrar!

Tuesday, October 25, 2011

Deixaram-me em casa

A história deste sonho é simples. Numas férias passadas fora, simplesmente me deixaram ficar. Nada mais angustiante. Ainda bem que isto não passou de um sonho que passo a narrar já de seguida.

Estávamos numa colónia de férias que durava há mais de uma semana e que estava deveras aborrecida.

Enquanto me ausentei para ir à casa de banho, os meus colegas aproveitaram para se irem embora para a praia.

Quando regressei e vi que já tinham partido, fiquei desolada. Tentei ir para cima, para o meu quarto descansar um pouco, mas a dona da estalagem onde estávamos hospedados não me deixou. O que fazer?

Não me restou outra alternativa que não ficar cá em baixo, sentada num sofá, enquanto a dona da pousada via televisão. Notava-se que ela não estava a gostar nada da minha presença ali e eu também não estava a apreciar o facto de estar ali sem nada para fazer.

Foi então que começou na televisão um estranho evento desportivo onde apenas participavam atletas portugueses, romenos e búlgaros. Era uma espécie de Torneio Das Três Nações, portanto. Refira-se que este evento se realizava cá em Portugal.

O torneio era para atletas de todas as idades e os atletas portadores de deficiência não eram esquecidos. Até Boccia se praticava.

Seria um dia em que o Desporto estaria em destaque mas nada de torneios utópicos.

Um dia especial

Neste dia do meu trigésimo quinto aniversário resolvi fazer algo diferente. Para os saudosos dos meus antigos posts neste blog, vou fazer um diário à antiga.

Está uma manhã anormalmente quente para a época do ano. Acordo ensonada mas pronta para seguir a rotina normal antes de ir trabalhar. Para vestir, escolho uma camisa aos quadros.

Estou de muito bom humor, com a pica toda, como se costuma dizer. Ligo o computador e escrevo duas entradas para o blog.

Saio de casa. Apesar de o Ceu estar algo cinzento, está uma manhã bastante agradável. Na rua está uma maravilha. Se tinha calor quando acordei, é porque a casa ainda está quente.

Depois de tomar um café, e antes de ir trabalhar, faço umas compras. Tinha de comprar um livro no dia de hoje.

Subo para o meu gabinete para um normal dia de trabalho que prevejo ser calmo.

A minha irmã ligou-me depois de eu ter activado as mensagens gratuitas que me ofereceram neste dia especial.

Cantando e assobiando, lá ia enviando uns mails. Estava muito bem-disposta.

Saio para a rua. A jornada matinal do trabalho ficava para trás. Caem uns pingos grossos de chuva na minha cabeça mas não será nada que me incomode por aí além.

O almoço consiste em entrecosto com esparguete e macedónia de legumes. Que maravilha! Adoro entrecosto! Nada poderia ser mais perfeito para este dia.

A tarde de trabalho decorre sem aflições de maior. Parece que toda a gente adivinhou que eu fazia anos e ninguém me aborreceu.

Também em dia de aniversário, o Porto perdeu em San Petersburgo com o Zenit por 3-1. Fucile foi expulso ainda durante a primeira parte e Kleber saiu lesionado sem que o Porto tivesse no banco outro ponta de lança disponível. Quem mandou não inscreverem o Walter!

Quando cheguei a casa, tentei escrever um texto que não ficou concluído porque os amigos ligavam constantemente a felicitar-me. No Facebook também choveram mensagens no meu mural vindas de todos os quadrantes.

Uma das conversas com amigos durou mais de uma hora. Enquanto conversávamos, dava na televisão “O Elo Mais Fraco”.

Terminei o dia de forma normal. Ouvir a informação desportiva e ler um pouco são sempre as últimas coisas que faço antes de me deitar. Neste dia especial não foi diferente.

Só nos instantes finais houve emoção

Num jogo morno, o Benfica venceu em Bucareste os desconhecidos do Otelul Galati por 1-0. Bruno César apontou o golo.

A crónica desta partida começa a ser escrita apenas com oito minutos de jogo quando Gaitan ensaia o primeiro remate para fora.

Depois é Witsel quem tenta a sua sorte. A bola só não entra porque bate num adversário.

Com meia hora de jogo, Bruno César faz um remate que se veja mas a bola vai para fora.

Perto do intervalo, Saviola remata à figura do guarda-redes adversário. O jogo só não chega ao intervalo com um nulo no marcador porque Bruno César executa um belo remate de pé direito. O Benfica vai para os balneários a vencer por 0-1.

Na segunda parte os romenos mostraram, nos minutos iniciais , que pretendiam dar um ar de sua graça. A perder, tinham de fazer algo para alterar o rumo dos acontecimentos. Começaram logo por rematar mas sem perigo.

Saem mais dois remates de rajada dos pés dos jogadores do Otelul. Que perigo! Eles parece que não estiveram cá durante a primeira parte.

Bruno César volta a rematar com perigo à baliza da equipa da casa. O guarda-redes executa uma grande defesa. O guarda-redes do Otelul volta a brilhar para se opor a um cabeceamento de Cardozo.

Este jogo dá para tudo de tão morno e monótono que está. Até para o Futebol cómico. Nolito faz falta…sobre Luisão, imagine-se.

Sai um remate perigoso do Jogador Número Dezanove do Otelul. Artur defende brilhantemente e segura para já o resultado.

Tentativa de remate de Rodrigo que sai um tudo nada ao lado. O resultado não se alterou, apesar do forcing final da equipa da casa.

Foi, sem dúvida, um excelente resultado para o Glorioso que agora terá de vencer os próximos confrontos com o Basileia para ter o apuramento garantido para a próxima fase da Liga dos Campeões.

Wednesday, October 19, 2011

Vieram para assaltar e acabaram a amassar bolos

Há sonhos bem curiosos e estranhos. Acordamos e ficamos admirados com a capacidade que o nosso subconsciente possui para inventar cenas dignas de terror ou de uma comédia pura.

Este sonho é deveras curioso. Se um dia eu for em frente com a ideia de compilar os melhores sonhos que tive, com toda a certeza que este terá entrada directa nessa obra.

Foi uma noite em que até sonhei com bastantes coisas diferentes mas é este o episódio que recordo mais nitidamente.

Estávamos no nosso quarto. Nos meus sonhos aparece sempre o quarto onde agora dorme apenas a minha irmã e, nos sonhos, aparece ainda com as janelas a dar para a rua. Hoje a janela do quarto da minha irmã dá para outra divisão da casa. A explicação que eu encontro para ainda sonhar com o quarto como ele era antigamente é a de que o meu subconsciente busca factos do passado, mais propriamente da infância. Na infância o quarto era assim e nele dormia eu, a minha irmã e a minha avó.

Parecia estar uma noite fria. Encontrava-me sentada na cama da minha irmã, debaixo de espessos cobertores e com a luz acesa. De repente, um movimento estranho na janela chamou-me a atenção e logo alertei o resto da família.

O medo apoderou-se de mim. Claro que eram assaltantes. Tinha receio de que eles fossem muitos, fossem extremamente violentos e que viessem fortemente armados.

Saímos todos para a rua e o meu pai encetou uma caça ao homem naquele momento, mesmo ignorando com o que podia contar. Acabou por encontrar o ladrão no quintal, junto às ameixieiras, com uma enorme saca plástica a abarrotar de ameixas. Espera aí, não era Inverno? Bem, da maneira como o clima anda, isso não interessa nada. Também isto é um sonho e podem perfeitamente haver ameixas no Inverno…e um assaltante como este também.

Afinal o meu pai apanhou só um elemento da “quadrilha” que era composta por um casal de Leste. A mulher chamava-se Olga. Estavam ali a assaltar porque tinham fome. Apenas e só. Nada de armas ou de resistência.

A minha mãe convidou o casal a entrar. Em cima da mesa estava um alguidar de massa para bolos caseiros que a minha mãe amassava quando foi interrompida pelo rebuliço do assalto.

Apesar de trazer umas mãos muito encardidas, Olga resolveu ajudar a minha mãe a amassar os bolos. Um carrinho de bebé encontrava-se estacionado à porta da casa de forno. Não tendo comida para dar à criança de tenra idade, o jovem casal da Moldávia aventurou-se no roubo de fruta. Nada de fazer mal.

Acordei espantada com a bela história digna de romance policial e comédia ao mesmo tempo que o meu subconsciente me preparou.

Tudo correu bem…ou quase

Não fosse o facto de o meu mp3 inexplicavelmente ter aparecido com um botão partido, este dia teria corrido na perfeição.

Como acontece todas as segundas-feiras, o dia começa bem de madrugada. Meti pés ao caminho e lã fui mesmo sem música. Medo do escuro? Que se teme no escuro? Almas penadas? Não tenho medo disso.

No trabalho o dia ficou marcado pelo aparente regresso à normalidade depois da intensa actividade que se viveu nas últimas três semanas. Estava de muito bom humor e muito bem-disposta, vá lá saber-se porquê. Nem parecia o meu estado habitual numa segunda-feira.

Cheguei a casa cedo. Resolvi ligar o mp3 danificado ao computador e consegui coloca-lo a funcionar, o que foi uma maravilha.

O dia chegou ao fim com a vitória da Briosa em casa por 4-0 ante o Feirense a que eu assisti pela Internet. O resultado começou a ser construído ainda na primeira parte e o caminho ficou mais facilitado quando Paulo Lopes, guarda-redes do Feirense, foi expulso ainda aos vinte minutos da primeira parte.

Assim se viveu um dia quase perfeito.

Tuesday, October 18, 2011

“Hannibal” (impressões pessoais)

Este foi mais um daqueles livros que eu li num abrir e fechar de olhos. Quando a obra me interessa e me empolga, o tempo que demoro na sua leitura é claramente menor.

Com esta obra viajámos até ao interior da mente de um criminoso muito frio que atingiu o estado puro da maldade ao ver a sua família ser massacrada durante a Segunda Guerra Mundial. Até aqui, Hannnibal e a sua irmã que ele adorava viviam felizes e confortáveis com a sua família no castelo onde nada lhes faltava.

A guerra chegou e a família teve de se refugiar num velho pavilhão de caça. Mais tarde foram encontrados e massacrados. As duas crianças ficaram a mercê de um grupo de malfeitores que sempre aparecia a seguir aos massacres para pilhar as casas das vítimas.

Este grupo de indivíduos cuidou sempre das duas crianças até ao dia em que lhes faltou a comida. A morrer de fome, o grupo não teve escolha e resolveu caçar algumas crianças para se alimentar. Quase a morrer de fome, a irmã de Hannibal foi morta também e comida pelo grupo.

Traumatizado com o fim triste da irmã que tanto amava, Hannibal era frequentemente visitado em sonhos por aquela lembrança e não descansou enquanto não encontrou os indivíduos que tinham vivido no pavilhão com ele.

Quando o castelo da família Lecter se transformou num orfanato, Hannibal foi dali resgatado pelo seu tio e foi viver para França onde se iniciou no mundo do crime ao matar um carniceiro do mercado por o achar parecido com um dos seus raptores. Não satisfeito com a morte do homem, Hannnibal decapitou-o e alimentou-se das suas bochechas.

Ao lonuo da obra vamos assistindo á perseguição e eliminação de todos os elementos do grupo de saqueadores que viveram no pavilhão. Ao primeiro que encontra, Hannibal também lhe dilacera as faces e assa-as num fogo improvisado. Um a um, os outros vão-se seguindo.

Ninguém que conhece Hannibal dirá que, por detrás do aluno exemplar que é um prodígio na Medicina, se esconde um criminoso sem escrúpulos. Hannibal é o mais temido dos psicopatas.

Ao longo da obra, na luta entre Hannibal e os seus oponentes, eu sempre torci por Hannibal porque eles foram os culpados de a personalidade dele ter sido formada assim. Criaram o monstro, agora são vítimas dele.

Para o fim ficou o saqueador de que Hannibal lembrava com mais nitidez. Antes de sucumbir aos tratos implacáveis de Hannibal, conseguiu chocá-lo ao lhe dar conhecimento de que também ele havia comido a sua própria irmã juntamente com o caldo que os raptores lhe deram para poder continuar vivo. Hannibal ficou transtornado e aplicou toda a sua fúria a eliminar o malfeitor.

Com o desgosto de ver partir para o Japão a ex-mulher do seu falecido tio, Hannibal inicia um périplo pela América com escala no Canadá onde vai assassinar o último dos seus raptores e o único deles que ganha a vida honestamente e abandonou a vida de criminoso. Apesar disso, Hannibal não o poupou.

Estou tentada a adquirir os restantes livros da saga de Hannibal. Quero ver como é que ele agora vai escolher as suas vítimas.

Saídas fortaleceram Sporting

O Sporting conseguiu, provavelmente, a sua melhor exibição da época 2011/2012 frente ao Vitória de Setúbal. O indiscutível triunfo por 3-0 conseguido logo bem cedo catapultou os leões para uma noite tranquila.

Ultimamente a imagem do Sporting tem sido apontar golos nos primeiros segundos de jogo. Assim aconteceu desta vez. A dupla holandesa tem imensas responsabilidades nestes golos madrugadores e na ascensão do Sporting.

Por incrível que pareça, a impressão com que eu e muitos adeptos ficam é que o Sporting começou a melhorar e a partir para excelentes exibições e resultados desde que Postiga e Yannick rumaram a outras paragens.

Postiga era titular indiscutível mas estava a falhar imensos golos. Van Wolfswinkel estava no banco, na sombra do avançado português, e não podia mostrar o seu valor. Nas hostes leoninas já se comentava mais um fracasso nas contratações. Tudo mudou. Postiga rumou ao Saragoça deixando em aberto a possibilidade de o avançado holandês ser titular. Assim aconteceu e ele não desperdiçou. Já lá vão imensos golos em muito poucos jogos. Já existem até grandes colossos europeus a seguir o jovem avançado.

Diego Capel- outra das figuras da ascensão leonina- também tinha o seu lugar tapado por um inofensivo Yannick que, devido ao atraso na sua inscrição pelo Nice, está agora sem jogar.

Outro factor decisivo para esta ascensão do Sporting foi a contratação do brasileiro Elias, um jogador que inexplicavelmente foi dispensado pelo Atlético de Madrid. O elevado valor que o Sporting pagou pela sua aquisição está a ser fortemente compensado com as exibições decisivas que o brasileiro consegue em campo.

O problema do Sporting, no entanto, continua a ser o seu sector defensivo mas também aí se registou uma melhoria no sector esquerdo com a contratação recente do argentino Insua que é um primor a assistir os companheiros para golos e a marcar os seus próprios tentos.

Os simpatizantes do Sporting já vibram com as exibições e os resultados conseguidos agora pela equipa e dão graças a Deus por Postiga e Yannick terem rumado a outras paragens. Com a teimosia em lhes dar a titularidade, outros jogadores passariam ao lado do sucesso em Alvalade sem honra nem glória.

Como me senti infeliz!

Quando acordei na minha cama lá em casa, fiquei aliviada por nada daquelas chatices terem acontecido e de tudo continuar a correr dentro da normalidade em termos laborais.

Certo dia, estava eu normalmente no meu local de trabalho, que estava irreconhecível devido a muita maquilhagem onírica. Apareceu o meu superior hierárquico no meu gabinete mas isso e normal acontecer.

Desta vez não vinha sozinho. Trazia uma outra colega vinda de Lisboa que envergava umas calças vermelhas e uma camisola preta.

Ela veio de propósito para me dar um sermão que me deixou completamente de rastos em termos anímicos. Cada palavra que ela dizia, magoava-me como se eu tivesse sido espetada por um punhal que ia entrando lentamente no meu corpo e me dilacerava a carne.

A certa altura já eram os dois a tecerem comentários negativos ao meu trabalho e a mim própria. Quando se aperceberam que eu já estava em ponto de rebuçado em termos de humilhação, afastaram-se pura e simplesmente e deixaram-me ali sozinho com a minha dor, a remoer cada palavra pejorativa que haviam proferido sobre mim e o meu trabalho.

Houve uma catástrofe qualquer no edifício. Ninguém me estava a ligar nenhuma. As pessoas, pura e simplesmente haviam deixado de me falar. Tive de me salvar pelos meus próprios meios, uma vez que ninguém se dignou a ajudar-me.

Thursday, October 13, 2011

“Alive And Kicking” – Simple Minds- (Música Com Memórias)

Este post vale pela procura do videoclip original que eu via na altura em que este tema andava pelas tabelas nacionais de vendas de discos. Agora que o consegui encontrar, não pude deixar de esboçar um sorriso e de reflectir como a nossa percepção daquilo que vemos vai mudando consideravelmente à medida que vamos ficando mais velhos.



Na altura eu assistia a este vídeo com um pouco de receio de que as árvores caíssem em cima da banda, imagine-se.

Este videoclip passava quase todas as semanas. Eu lembro-me e todas as semanas vivia com a expectativa da catástrofe

Depois, como passei a ouvir rádio, sempre que tocava esta música, não me podia esquecer do videoclip. Hoje ao ouvi-la na rádio, lembrei-me de a trazer para aqui e de contar este pequeno episódio a ela associado.

Wednesday, October 12, 2011

“A História Da Minha Vida” (impressões pessoais)



“Hoje é tudo uma pouca vergonha. No meu tempo não era nada assim”. Estas sábias palavras são proferidas pela minha mãe sempre que se afigura uma oportunidade para tecer comentários sobre episódios mais picantes sobre pessoas lá da terra.

Isso não é verdade. Casanova viveu numa época em que nenhum dos nossos familiares viveu e, no entanto, já havia as poucas vergonhas. O que acontece é que os intervenientes faziam de tudo para esconder o que se passava porque os valores vigentes eram de uma índole mais conservadora do que aquilo que são hoje.

Com a emancipação feminina e com as descobertas científicas, hoje não é crime ter-se uma relação mais íntima fora do casamento. A mulher já não é vista como uma libertina sempre que troca de parceiro, pelo menos em meios urbanos.

O que me espanta nesta obra que não é mais do que uma autobiografia de Casanova, é o facto de os conventos em Itália terem uma reputação tão baixa. A certa altura, provavelmente quando estava a ler esta obra com ar ensonado, fiquei na dúvida se se estava a falar de um convento ou de uma casa de alterne. Como andava perdido o clero nessa altura! Ou será que sempre andou e as pessoas altamente crentes é que fechavam os olhos. Que os padres não cumprem os votos de castidade, toda a vida se ouviu falar disso pelas aldeias. Sempre julguei que as freiras fossem mais recatadas mas estava enganada.

A julgar pelos relatos de Casanova, as freiras conseguem ter uma instrução no que diz respeito ao sexo de fazer inveja a muita profissional desse ofício. Sim senhor.

Achei piada a este livro porque Casanova era uma personagem bastante singular. Houve episódios muito engraçados resultantes do excelente aproveitamento que o protagonista fazia das situações para possuir a mulher que desejava. Estou-me a lembrar de uma cena nos capítulos iniciais em que ele se aproveita do medo que uma acompanhante sua tem da trovoada pra a possuir ali mesmo na estrada.

O último capítulo em que é descrito um ritual feito para uma marquesa também é cómico. Foi um ritual inventado por Casanova, fruto da sua imaginação.

De seguida vou ler um livro que se lê muito bem. O assunto tratado será totalmente diferente. Tal como Casanova, também o personagem da próxima obra ficou na História pelo seu comportamento bem singular.

Lá pelas três da manhã

Sonhei que havia um evento qualquer a que se tinha de assistir de madrugada. Não sei se era um evento desportivo ou outro tipo de evento.

Depois de ter dormido algum tempo, fui para a sala e liguei a televisão. O computador também estava ligado e preparei-me para estar ali sossegada.

Na rua havia um movimento anormal de veículos. Os estores das janelas estavam corridos. Mesmo assim, apesar de também manter o olhar fixo na televisão, conseguia ver os faróis dos carros. Este é um sonho muito recorrente.

Mesmo quando fechava os olhos, não podia deixar de ver os faróis dos carros que passavam lá fora.

O barulho do tráfego também me estava a incomodar bastante. Aquilo estava-me realmente a enervar e de que maneira.

Acordei. Ironicamente comemorava-se...o Dia Europeu Sem Carros.

Tuesday, October 11, 2011

Restaurante de Pinto da Costa para os lados do Sul

Restaurante de Pinto da Costa? Para os lados do Sul? Escusado será dizer que se trata de um sonho, pois claro.

Bem, sonhei que estava em casa a ver televisão. A certa altura, passou uma reportagem com Pinto da Costa que mostrava um ar risonho e descontraído.

O presidente do Porto era proprietário de uma espécie de restaurante. Na reportagem toda a gente almoçava animadamente ao ar livre.

Naquele restaurante comia-se maravilhosamente e os clientes elogiavam principalmente...a broa. Alguém perguntou ao dirigente portista se podia levar a broa para casa e ele negou com um sorriso rasgado, alegando que era o segredo da casa.

Havia um autocarro pronto a partir...da antiga paragem do liceu de Anadia mas não o podia fazer porque ainda tinha ficado uma pessoa a comer no restaurante e nunca mais aparecia.

Sonhei igualmente que ainda estudava. Estava de férias e as aulas iam começar no dia seguinte Tinha imenso trabalho de casa para fazer mas, claro está, deixei tudo para o último dia.

A lâmpada da casa de forno tinha uma avaria e assim já não tinha uma luz suficientemente forte para ler. Tinha imenso que fazer e temia não conseguir ler tudo quando a luz fosse reparada.

Tinha igualmente que escrever...uma canção. Sem jeito para escrever esse tipo de coisas, ia experimentando na viagem de ida para o liceu.

Provavelmente este sonho surgiu porque tenho um capítulo longo deste livro para ler.

Pequeno sonho com doença

Sonhei que estava doente, sempre com febre e sem motivo aparente.

Tinha medo de voltar a ir parar ao hospital.

Que dia!

A noite começou por não correr bem. Se dormi uma hora, terá sido muito.

Tudo incomodava. Tinha ligeiras perturbações digestivas, tinha frio, tive de me levantar para colocar a Feijoa na rua e mais alguma coisa que eu não sabia o que era teimava em fazer barulho.

Cada vez que tentava adormecer, um som sibilante me despertava e me colocava alerta. Era o misto entre o chiar de um rato e o som emitido por uma coruja ou algo do género. Passei toda a noite a tentar identificar de onde vinha aquele som e apenas cheguei à conclusão de que vinha do interior do meu quarto.

Tal como acontece todas as segundas-feiras, levantei-me às cinco e meia da madrugada e fui tomar banho. No passado Sábado tinha comprado uma daquelas lâmpadas económicas que emite uma luz muito potente.

Quando regressei ao quarto, depois do banho, verifiquei que algo negro esvoaçava de forma atabalhoada pelo quarto. A criatura aterrou mesmo em cima do meu cabelo molhado. Sacudi-a e abri a porta. Ela desapareceu na escuridão da rua. Tratava-se de um morcego que tinha ficado no meu quarto a perturbar o meu descanso. Por onde ele entrou não sei.

Como não havia dormido, passei o dia cheia de dores de cabeça. Para complicar as coisas, também não foi dos dias mais felizes de trabalho que tive.

Quando cheguei a casa, sintonizei o rádio na Antena 1 e deitei-me na cama a descansar. O Sporting ia jogar nessa noite e acabou por vencer o Rio Ave por 2-3.

Havia que descansar e estar em forma para o dia seguinte.

Cinco expulsões num só jogo

Não sei se isto é só impressão minha ou, de facto, está a acontecer. Os árbitros portugueses estão a mostrar cartões com mais facilidade do que nas épocas anteriores. Talvez tenham recebido indicações mais rigorosas para não deixarem passar lances que até aqui não puniam. Só sei que este Campeonato está mais colorido de amarelo e encarnado por força dos inúmeros cartões que se têm vindo a mostrar nestas primeiras jornadas.

O cúmulo desse comportamento mais rigoroso por parte dos árbitros ocorreu no Estádio 25 de Abril em Penafiel. O árbitro era Rui Patrício da Associação de Futebol de Aveiro que ia arbitrar o seu primeiro encontro em jogos de Futebol Profissional.

O Penafiel jogava em casa com o Santa Clara. À partida não seria um jogo de alto risco ou de extremo nervosismo que implicasse um pecúlio como o que se veio a verificar em termos de amostragem de cartões.

O jogo terminou empatado a uma bola e apenas com dezassete jogadores em campo. A equipa da casa terminou reduzida a dez unidades e o Santa Clara quase perdia o jogo por inferioridade numérica. Sete jogadores dos açorianos terminaram o jogo.

Bela estreia, a deste árbitro, que demostra que as mãos não lhe pesam na altura de ir ao bolso e de mostrar o cartão encarnado.

Ainda na senda da célere amostragem de cartões que se faz sentir este ano nos relvados portugueses, há a dizer que o colombiano do Porto James Rodriguez não irá defrontar o Benfica na próxima jornada por ter sido expulso no jogo que o Porto empatou a zero ante o Feirense.

Ida às compras e afins

Mais um Sábado aproveitado para sair com a minha irmã e com uma amiga.

Sairíamos por aí para fazer compras nas grandes superfícies. Pelo meio, a nossa colega ainda iria ao dentista e todas iríamos a mais uma sessão de esteticista.

A primeira paragem foi numa loja de chineses onde eu comprei uns sapatos. Depois corremos três grandes superfícies depois da esteticista.

Como já passava da hora do almoço, fomos a uma pizaria em Anadia e almoçámos as três antes de nova passagem para fazer compras.

Estava algo cansada da árdua semana de trabalho que tinha tido. Quando cheguei a casa deitei-me e estive quase toda a tarde a dormir.

Estranhas ocorrências

Foi uma noite agitada por estranhos e intrigantes sonhos como há muito não se via.

Tinha havido um acidente do qual haviam resultado imensas vítimas. O local do acidente era desconhecido e as vítimas também.

Fui ajudar a socorrer os sinistrados que tiveram de ser transportados para diversos hospitais. Alguns tinham apenas ferimentos ligeiros e eu desinfectei-os com betadine e mercúrio. Afinal de contas, parece que a maioria das pessoas nem se tinha magoado muito.

Mais adiante, eu e as mesmas pessoas estávamos junto a uma espécie de vala comum para enterrar...comida, louça descartável e outro tipo de sobras. Para que se estava a enterrar tudo aquilo? Quase se fez um funeral a esses objectos.

Estava agora em casa. O clima era estranho. Havia uma epidemia de uma estranha doença e o clima estava muito alterado.

Deitada na cama da minha irmã, ouvia o vento lá fora a soprar de forma medonha. De totalmente limpo, o Céu passou rapidamente a carregado. Parecia um tufão que se aproximava. Vendo o tempo a mudar, chamei a minha mãe que se encontrava no quarto dela para tomar precauções contra a tempestade que se aproximava com ar ameaçador.

Era noite. Íamos acender a lareira. Ouvia uma algazarra na sala. Inúmeros pássaros desciam da chaminé do fogão e povoavam a sala. Pareciam pombos. Teka corria atrás deles sem saber qual havia de seguir. Eram tantos! Nós assistíamos à cena com espanto. Nunca antes havia acontecido algo semelhante. Talvez tivessem procurado refúgio por causa da tempestade que entretanto já havia passado.

Resolvi filmar aquela incrível cena com o telemóvel. A algazarra dos pombos a esvoaçarem por toda a sala, Teka sentada num dos sofás a olhar para o ar a ver se apanhava alguma coisa, o espanto dos meus pais...

Acordei aí uns dez minutos antes de o despertador tocar mais cansado do que quando me deitei.

P.S: Mais adiante contarei um episódio que se passou na realidade e que também foi inédito. Também incluía algo a voar, algo estranho, mas era só um ser.

Sempre há uma primeira vez

Arrancou a fase de grupos da Liga Europa. Sporting e Braga entravam em campo. O Sporting iniciou o seu jogo com o Zurique às seis da tarde e venceu por 0-2, dando assim continuidade à senda de bons resultados.

Contra o Braga pesava a tradição de nunca ter vencido em solo inglês e o adversário era o Birmingham que já havia afastado o Nacional da Madeira da fase de grupos da Liga Europa. Apesar de os britânicos alinharem na segunda divisão, não eram uma equipa fácil.

Logo aos quatro minutos, Rooney (!!!!) ia marcando para o Birmingham. Na resposta, três minutos depois, surge o golo dos arsenalistas apontado pelo goleador da equipa neste início de época. É mais um golo de Hélder Barbosa que está, finalmente, a afirmar-se como uma certeza do Futebol Português.

De livre, Hugo Viana obriga o guarda-redes do Birmingham a uma grande defesa para canto. O Braga sufoca os ingleses.

É a vez de Quim também brilhar defendendo um remate dos ingleses.

Que estranho é ver Nuno Gomes com outra camisola vestida, que não a do Benfica! Apesar de a camisola também ser vermelha e branca, sei lá, acho que não é um vermelho tão vivo, talvez tenha mais branco, é estranho...

Os ingleses são muito perigosos nos lances de bola parada. Há que ter cuidado!

Rooney vê o cartão amarelo depois de abalroar Quim que agora se encontra caído a queixar-se fortemente.

O intervalo surge com a vantagem mínima do Braga por 0-1.

Ena, que não se passa nada nesta segunda parte!

Lima aponta o segundo golo dos arsenalistas ao finalizar uma jogada de insistência de Nuno Gomes.

Agora isto vai animar. O tal do neozelandês, o Chris Wood, lá entrou.

Remate ao lado do Jogador Número Sete do Birmingham. A bola ainda desvia em alguém.

Bela jogada de Hugo Viana mas o guarda-redes defende. Hélder Barbosa também tenta a sua sorte mas o remate sai fraco para o guarda-redes.

Estávamos com setenta minutos quando King apontou o golo do Birmingham. O mesmo jogador ficou empolgado com o golo que marcou e tentou a sua sorte novamente mas dali nada de perigoso resultou.

Empolgados com o golo, os britânicos estão agora mais perigosos. Quim é obrigado a defender espectacularmente um remate do Jogador Número Vinte E Dois do Birmingham.

Murphy ainda marca um livre do qual nenhuma espécie de perigo resultou para a baliza do Braga. Isto passou-se antes de Hélder Barbosa apontar o seu segundo golo no jogo e estabelecer o resultado final em 1-3.

Com uma excelente exibição, o Braga conseguiu fazer história vencendo pela primeira vez em Inglaterra.

Assim encerrou mais uma semana de competições europeias extremamente positiva para as equipas portuguesas.

Droga de sonho

Ressonavam imenso num dos quartos ao lado do meu, o que muito me impressionava e perturbava o sono. Mesmo assim, a adormecer e a acordar sempre com aquele som impressionante a atormentar-me, ainda deu para sonhar.

Sonhei que tinha ido até à Holanda numa excursão da ACAPO, imagine-se. A certa altura fomos dar a uma casa extremamente parecida com uma com que eu havia sonhado há tempos.

Entusiasmada e impressionada com a coincidência, queria tirar fotos à casa mas havia sempre pessoas na frente e eu não as queria apanhar nas fotografias.

De repente, a máquina fotográfica escapou-me das mãos e caiu com aparato no chão. Logo praguejei pelo facto de a máquina cair ao chão sempre na Holanda. Já da outra vez (isto aconteceu na realidade) uma colega espanhola ma partiu porque lha dei para ela me tirar uma foto e ela não a segurou. Neste momento tenho a máquina a arranjar porque lhe partiu o botão de ligar e desligar. Durante muito tempo andou seguro com fita-cola mas foi para dentro e agora mandei-a para o conserto.

No sonho foi o LCD que se escacou em mil pedacinhos brilhantes de mil cores. Alguém lhe deu um jeito e conseguiu-o colar de modo a ficar normal.

Comecei a fotografar a Lua junto a essa mesma casa. Estava a anoitecer. Vinha aí uma bela noite de luar que só causava sensações agradáveis.

Havia umas ervas que eram uma droga nova. Por incrível que pareça, agora o sonho não se desenrola na Holanda. Estava em minha casa quando tive oportunidade de experimentar. Aquelas ervas mastigavam-se e sabiam a funcho. A minha mãe virou-se a discutir mas ela dava-as aos animais sem alguma vez se ter apercebido dos seus efeitos. Até gatos e cães do passado as comiam lá no quintal de casa.

Dentro de uns cacifos, que eu não sei onde estavam situados, havia muita erva dessa escondida sob forma de fardos. O seu intenso aroma espalhava-se por toda a parte.

Um empate, nada mau

Quando os mais pessimistas julgavam que o Benfica iria ser esmagado pelo todo-poderoso “Naite”, como diz Jorge Jesus, eis que o resultado e a exibição nos deram todas as garantias de discutirmos palmo a palmo com os ingleses a passagem à fase seguinte da Liga dos Campeões.

Apesar de Alex Ferguson ter poupado as suas principais unidades para o jogo do próximo fim-de-semana com o Chelsea de André Villas-Boas, o Benfica conseguia boas jogadas de ataque e boas oportunidades de golo. Foi mesmo o Glorioso que se adiantou no marcador por Cardozo.

A poucos minutos do intervalo o Manchester United chegou ao empate e a segunda parte não foi mais do que a tentativa conseguida com sucesso de gerir o resultado que era extremamente positivo para o Glorioso.

Sem material, nada se fez

Saí tardíssimo do trabalho, como tem sido habitual nestes últimos dias. Está a haver muito que fazer e não tenho tido mãos a medir.

Queria estar em casa a horas para ver o jogo do Porto mas ainda me encontrava no meu gabinete quando deram sete e meia. Esperava uma chamada telefónica. Enquanto ela não chegava, comecei a preparar as coisas para arrumar. Nisto o telemóvel tocou. Atendi o meu interlocutor e enfiei rapidamente as coisas dentro da mochila para ir até casa. Pelo meio ainda fui comprar qualquer coisa para comer.

Cheguei a casa já o jogo tinha começado. Estava-se com dois ou três minutos de jogo. Nada que me impedisse de fazer a habitual crónica. Só que...fui para abrir a caixa dos óculos e eles simplesmente não estavam lá. Tinham ficado no gabinete, assim como a caneta. Sem material nada podia fazer. Sem óculos também veria o jogo com mais dificuldade porque o ecrã da televisão é pequeno. Que azar o meu! Ainda pensei em ir lá no intervalo do jogo resgatar as coisas mas estava cansada e já estava escuro. É que não podia mesmo fazer nada. Nem podia ler antes de me deitar.

Sobre o jogo ainda se deram uns episódios curiosos. Começo por dizer que o Porto se estreou com uma vitória por 2-1 em casa frente aos “ucranianos” do Shakhtar Donetsk que todos os anos se cruza com uma equipa portuguesa que se qualifique para as competições europeias. Os três golos apontados neste jogo foram marcados por três jogadores brasileiros. Hulk e Kleber marcaram os golos do Porto e Luiz Adriano marcou o golo do Shakhtar.

Pelo meio Hulk ainda falhou uma grande penalidade antes de ele próprio ter apontado o primeiro golo do Porto que foi um monumental golo e a equipa do Shakhtar viu os seus dois centrais serem expulsos pelo árbitro da partida.

Bandeira a meia haste

Não, não estamos no dia 1 de Abril e muito menos estamos no Carnaval mas a notícia roça o ridículo. Ainda mais hilariante aparenta ser quando surge de uma instância tão séria como o Parlamento Europeu.

Para não variar, esta “medida” surgiu das criativas mentes de franceses e alemães (tinha que ser) e promete funcionar como um modo de incentivar esses países devedores a saldarem as suas dívidas. Tendo as suas bandeiras nacionais a meia haste no Parlamento Europeu, será uma maneira de os apontar à luz da comunidade internacional. A vergonha por ver a bandeira dos seus países a meia haste levará os países devedores a se esforçarem mais para resolverem a sua situação financeira.

Portugal será um dos países que verá a sua bandeira a meia haste se a medida for por diante. Se se aplicasse também como medida a bandeira estar mais baixa quanto mais altas fossem as dívidas, a bandeira grega já estaria a servir de tapete no meio do chão para rodos os membros do Parlamento Europeu lhe passarem com os pés por cima quando fossem para entrar para as cimeiras. A portuguesa roçaria na cara de quem fosse para entrar e a espanhola estaria pouco acima da cabeça dos presentes.

A próxima medida a ser aprovada, sabe a nossa reportagem, será fazer uma versão melancólica, tipo requiem, dos hinos da Grécia, de Portugal, de Espanha e da Irlanda. O hino espanhol e o hino grego deveriam ficar um espectáculo. Já o português seria melhor adaptado. Melancólico já ele é, na minha opinião.

Emoções futebolísticas ao rubro

Depois de uns dias de intenso trabalho, havia que recarregar baterias e nada melhor para isso do que viver emoções fortes assistindo à jornada futebolística do fim-de-semana.

O Benfica venceu o Guimarães por 3-1. O jogo fica marcado por três grandes penalidades assinaladas ainda na primeira parte a favor do Glorioso. Cardozo falhou uma e converteu as outras duas. Curiosamente o paraguaio só converteu os castigos máximos resultantes de acções faltosas do jogador N’Diaye.

Tarefa difícil tinha o Sporting em Paços de Ferreira mas o jogo viria a marcar a viragem na sorte do Sporting no Campeonato. Quando o Sporting começou logo a perder bem cedo, logo houve a sensação de que iríamos assistir a mais do mesmo mas tudo viria a ser diferente, especialmente quando a equipa de Paços de Ferreira se viu reduzida a dez unidades por expulsão de Nuno Santos.

A turma de Alvalade começou a pressionar fortemente e marcou os seus golos num curto espaço de tempo. O resultado saldou-se numa vitória leonina por 2-3. A dupla de jogadores holandeses do Sporting e o reforço Elias passaram a cair no goto dos adeptos.

Foram dois jogos emocionantes, os deste Sábado.

Thursday, October 06, 2011

Divagações

Por onde começar? Tratou-se de uma noite com passeios, música, praia…tudo.

Lembro-me de ter sonhado que estava ao ar livre com desconhecidos. De fundo ouvia-se música brasileira dançável. Tipo Netinho ou Ivete Sangalo.

Era noite. Eu estava no quarto quando um carro parou à minha porta. Era o pai do meu padrinho. No outro dia à tarde ele esteve lá em casa realmente mas parece que ninguém o ouviu chamar. Já ando farta de avisar que faz muita falta uma campainha àquele portão. Quantas não são as vezes em que as pessoas dizem que estiveram lá em casa, nós até lá estávamos dentro mas não ouvimos nada?

Desta vez ele trazia uma espécie de passatempo em que tínhamos de escolher a frase que nos soasse melhor. Estando indecisa entre duas frases, acabei por optar pela que estava certa.

Estava alojada numa casa desconhecida. A minha cama era muito minúscula. No dia seguinte tínhamos de estar nas instalações da ACAPO bem cedo porque íamos sair. Quando cheguei à ACAPO, fiquei embasbacada com as alterações que foram sendo feitas no edifício. Estava irreconhecível.

O bar tinha sido todo remodelado. Lá dento havia inúmeros empregados. Uns envergavam fardas cinzentas e outros envergavam fardas brancas com barretes de cozinheiro. Todos se desdobravam para atender muita gente que ali se encontrava. Enquanto esperava a minha vez, ia observando o local e reflectindo nas mudanças que haviam sido feitas. Estava um assombro!

Um dos funcionários do bar era o formador de Informática da ACAPO e dava-me ideia de também conhecer os outros mas não me conseguia lembrar quem eram. Um deles olhava para mim e era-me extremamente familiar mesmo. Nem uma mulher trabalhava ali agora. Que estranho!

Iríamos partir rumo ao Sul. Por aquele andar, chegaríamos só pela madrugada dentro. Já passava do meio-dia e nem intenções havia de sair.

Agora o mesmo grupo encontra-se a banhos na praia. Teme-se que o mar esteja bravo mas até estava convidativo a se passar uma boa meia hora debaixo de água. A água estava excepcionalmente quente. Eu não vinha apetrechada para ir a banhos e por isso entrei na água com uns calões e uma t-shirt. Estava um espectáculo!

Houve alguém que nos resolveu estragar a diversão. Isso aconteceu numa altura em que eu já não queria saber de nada e começava a despir a t-shirt vermelha que trazia e já me pesava toneladas, dificultando-me os movimentos dentro de água.

A criatura começou a ficar impaciente, alegando que tinha de ir visitar um primo ou lá o que era que vivia nas imediações e que havia contraído uma intoxicação alimentar de marisco. Afinal parece que estávamos no Algarve.

Estava-se tão bem na água, éramos tantos e íamos invadir assim a casa dos outros? Odeio quando há pessoal que aproveita actividades da ACAPO para ir visitar amigos ou parentes. Em parte até se compreende essa atitude. As pessoas não têm autonomia em termos de transporte ou mesmo a andar na rua e aproveitam que passam lá para fazerem as suas visitas. O problema é que mobilizam apoios ou então tem de ir o grupo todo. Nem que esse grupo tenha para cima de vinte elementos. Eu não gosto de me enfiar assim para casa de pessoas que eu não conheço mas garanto-vos que aconteceu por mais do que uma vez. Isto não foi invenção onírica.

Voltando ao sonho, agora encontro-me em minha casa a ouvir música. O velho rádio está sintonizado numa estação que só passa música portuguesa. O volume não está baixo. Estou sentada na cama da minha irmã, junto ao espelho e está-me a sabe bem aquele momento de descontracção.

E assim acordei. Deixei para trás a música, a praia, os meus companheiros e embrenhei na realidade. Foi o começo de uma série de árduos e incansáveis dias de trabalho.

“De Volta Pro Aconchego”- Elba Ramalho (Música Com Memórias)

Não ouvi propriamente a música mas estava a ouvir as notícias e, a certa altura, falaram algo sobre o actor brasileiro José Wilker. Imediatamente me lembrei da sua prestação como Roque Santeiro e da música que lhe estava associada e que era esta.



A novela “Roque Santeiro” foi para o ar quando eu ainda andava na escola primária. Segundo indicações que aqui tenho, foi para o ar em 1985. Na escola discutíamos as incidências da novela e lembro-me de um colega nosso dizer que Roque Santeiro iria voltar à cidade. Não acreditámos mas de facto assim foi.



Também cantávamos as músicas da banda sonora (a minha irmã cantava a canção “Dona” dos Roupa Nova) e brincávamos no recreio…aos lobisomens. Era na altura em que só dava uma novela e era o assunto mais discutido.

Quanto a esta música propriamente dita, é uma das grandes canções da Música Brasileira. Muito romântica e que nos transmite sensações agradáveis.

Tuesday, October 04, 2011

Regresso onírico às aulas

Estava extremamente cansada. Foi por isso que adormeci assim que caí na cama.

Talvez por ter ouvido o ronco de uma ambulância vindo lá de fora, sonhei que estava na casa de forno de minha casa com a minha mãe e a minha irmã. Ouvimos o típico roncar de uma ambulância e corremos para a rua.
A ambulância passou para baixo mas trazia o semáforo desligado. Atrás passaram carros e motos com polícias. Todos os semáforos dessas viaturas estavam ligados.

A seguir a todas estas viaturas vinha um ciclista que se estatelou com aparato à minha porta. A minha mãe perguntava o que era aquilo. Eu fui dizendo que se tratava de uma prova nocturna de Ciclismo.

Depois do Desporto, o meu subconsciente passa então para a ginástica da mente. Um primo nosso ia estudar para a universidade em Barcelona mas vinha para casa todos os fins-de-semana.

Agora parece que quem estuda sou eu. É que dou por mim numa aula à qual não estava a achar o mínimo de piada. O professor era extremamente chato e exigia material escolar muito estranho. E ai de quem não tivesse esse material escolar!

Um amigo nosso ia estudar para o Estrangeiro mas tinha pena de deixar a turma. Na mesma sala (que era a nossa) havia também novos colegas. Para demonstrar todo o carinho e apreço pela turma que ia deixar, o nosso colega comprou algo. Não sabendo a quem dar o presente, resolver sorteá-lo. Colocou papelinhos num saco e cada um de nós tinha de tirar um.

Quando eu fui a tirar um papelinho de dentro do saco, logo vieram uns quantos agarrados que distribuí logo por quem estava a meu lado e atrás de mim.

Para desespero do nosso colega, o seu presente calhou a um dos novos colegas de turma que ele mal conhecia.

Dia de aulas que se preze tem de ter pausa. Era agora hora do recreio. Ninguém ainda tinha livros ou qualquer espécie de material escolar para se começarem a ter aulas a sério.

Agora vem uma parte mesmo nojenta do sonho. Eu havia comido uma sopa com carne gorda e cuspia bocadinhos dessa carne muito disfarçadamente para o chão. Alguém se apercebeu desse comportamento algo deplorável e perguntou-me o que é que eu estava a fazer.

Neste sonho há a realçar as sensações de extremo realismo que experimentei. Cheirava mesmo a início de ano lectivo. De repete senti-me transportar de novo para o passado e para anos lectivos longínquos.

Duarte Gomes já expulsa Mangala

Num jogo particular disputado em Rio Maior (que saudades desse complexo desportivo!) Portugal venceu a França por 1-0 num jogo particular de selecções sub-21. O novo reforço do Porto foi expulso por Duarte Gomes que aproveitou ele não ter outra camisola vestida para fazer o gosto à mão e lhe mostrar o cartão encarnado.

Este jogo teve a particularidade de ser disputado com uma bola que mal se distinguia da relava.

As camisolas dos jogadores franceses são altamente! São às riscas. São mesmo bonitas.

Estamos com cerca de cinco minutos de jogo quando Portugal chega ao golo. Numa jogada de insistência, ao segundo remate, Wilson Eduardo faz o primeiro golo.

Os comentadores já falam das originais camisolas francesas. Sempre culto nestas coisas do Futebol, Luís Freitas Lobo informa que este equipamento é inspirado num dos primeiros equipamentos da selecção gaulesa. Eu pessoalmente gosto deste equipamento.

Mais um caceteiro que vem reforçar as hostes tripeiras! Havia lá poucos…Este Jogador Número Cinco da França promete distribuir a frutinha tão do agrado de Pinto da Costa…ah, a fruta até nem é essa mas esta que o francês promete também deve ser do agrado do presidente do Porto, na medida em que promete causar baixas prolongadas nas equipas adversárias.

Estes jovens franceses são mesmo muito fortes fisicamente. São impressionantes. Para além de serem fortes, ainda são rápidos e a sua técnica também não e nada de se deitar fora.

Diogo Rosado sai devido a lesão. David Simão, jogador do Glorioso, prepara-se para entrar.

Mário Rui vê o cartão amarelo das mãos de Duarte Gomes, apesar de o jogo ser particular. O lateral-esquerdo português cometeu uma falta sobre o Jogador Número Nove da França.

Agora está por terra o Jogador Numero Três da França a queixar-se imenso.

Luís Freitas Lobo:
- “Dos dois, o pai da dupla é o João Pereira.”

O intervalo chega com a vantagem tangencial de Portugal por 1-0.

Mal começa a segunda parte e já Portugal cria perigo.

Agora sai um remate sem perigo por parte do Jogador Número Dezanove da França. Entretanto Rui Fonte irá sair por lesão. Parece que vai entrar Rui Caetano.

O Jogador Número Cinco de França vê o cartão encarnado das mãos de Duarte Gomes. Este jogador ainda mal chegou ao Porto e já se nota que assimilou depressa a mística do clube tripeiro. Sabem quem era o jogador sobre o qual ele entrou a matar? David simão. Por acaso até é jogador do Benfica. Duarte Gomes aproveita o facto de o jogador estar a representar a selecção para lhe mostrar o cartão sem ter que temer. Aqui na Superliga, não vai haver árbitro nenhum que seja capaz de expulsar mais um dos jogadores do Porto que até podem assassinar um adversário em campo sem que o árbitro leve a mão ao bolso para ao menos mostrar um cartão amarelo.

É incrível como neste lance ninguém consegue empurrar a bola para a baliza! Por isso mesmo o jogo terminou quase como iniciou a primeira parte. Portugal venceu por 1-0 com um golo madrugador de Wilson Eduardo. Foi um bom teste.

Actualizou-se o blog e brincou-se com a cadela

Foi um Domingo sem Futebol. Como a Selecção jogou na passada sexta-feira contra o Chipre, o Domingo foi passado a actualizar o blog.

A cadela Laika é a nova atracção da casa. Ela ainda tem algum receio de se dar a nós mas é uma gracinha a ladrar-nos e a tentar morder. Um espectáculo!

E assim se passou mais um fim de semana que foi bastante produtivo e bem passado.

Fotos que viraram curtas-metragens e horas esquecidas

O programa para este Sábado consistia em irmos até Estarreja para passarmos uma tarde bem passada. Um grupo de cinco amigas planeou juntar-se e ali reviver memórias dos tempos em que vivíamos todas na Residência.

Fui com uma amiga até Águeda. Depois ela deixou o carro em casa de outra amiga nossa e fomos as três rumo a Estarreja.

Lá encontraríamos a minha irmã e uma amiga nossa de Cabo Verde que é médica e escolheu Portugal para viver e trabalhar.

Como não podia deixar de ser, lá vinha a minha irmã ao nosso encontro com uma enorme caixa de profiteroles que iríamos comer todas em casa da nossa colega.

Primeiro ainda demos uma volta por uma espécie de Parque Verde do Mondego em miniatura. Lá havia uns aparelhómetros para se fazer ginástica e nós começámos por nos divertir por ali enquanto a nossa amiga não chegava.

Quando o grupo ficou completo, seguimos para casa da minha irmã onde estivemos um bom bocado. A minha irmã resolveu sacar da sua maravilhosa máquina fotográfica para tirar algumas fotos ao nosso grupo. Dizia ela que a máquina não estava a funcionar muito bem, pois não ligava o flash e demorava uma eternidade a tirar fotos. Pois…

Estivemos ali algum tempo a recordar velhos tempos. Como saímos em ocasiões diferentes da Residência, havia episódios divertidos que quem saiu primeiro desconhecia. À cabeça dessas belas histórias estava o inesquecível episódio (acho que já aqui o contei) de eu ter apanhado uma empregada de limpeza em flagrante com as minhas molas de estender roupa. E nós a pensar que tudo quanto desaparecia era obra das nossas colegas! Apanhei ali uma truta enorme.

Lá seguimos para a impressionante vivenda da nossa amiga médica e ali lanchámos enquanto nos ríamos…e tirávamos “fotos”. A minha irmã queria apanhar-nos a fazer figuras tristes.

Já a noite tinha caído quando a nossa amiga de Águeda (que por acaso até tinha dado aulas no Entroncamento mas desconhecia que essa localidade era famosa pelos seus fenómenos) constatou que a máquina fotográfica da minha irmã estava a filmar em vez de tirar fotos. Foi gargalhada geral. Imediatamente se baptizaram essas fotos como “fotos do Entroncamento”.

Resolvemos verificar as figuras que fizemos nesses escassos segundos de curtíssima metragem. Aquilo era digno de apanhados. Já não nos aguentávamos de tanto rir.

Depois resolvemos filmar mesmo de propósito. Para esse efeito contámos anedotas. Como estávamos em casa de uma médica, escusado será dizer que o tema das nossas anedotas era a ida ao médico, especialmente quando se tratava de pessoas da aldeia que não sabiam o nome científico de certas partes o corpo mais íntimas.

Já estava bastante tarde e nem demos pelo anoitecer. Tínhamos de ir para nossas casas. Foi uma tarde bem passada, sem dúvida. Há muito que não me divertia tanto.

De regresso a Águeda, ainda subimos para casa da nossa colega. Senti algo nas minhas pernas. Arrepiei-me porque já tinha visto esse filme há uns quatro anos atrás quando uma pequena gata preta e branca se pendurou nas minha pernas. A gata da minha amiga impressionava de tão parecida com a minha Juju. A reacção dela quando me viu foi exactamente a mesma. Seria a reencarnação dela? Até impressiona de tão parecida que é.

Chegámos a casa tardíssimo mas felizes da vida por termos passado uma tarde memorável.

Monday, October 03, 2011

“Touch By Touch” – Joy (Música Com Memórias)




Bem, esta música faz-me lembrar a minha infância. Tinha eu aí uns oito ou nove anos.

Lembro-me que a minha mãe comprou-nos umas sapatilhas amarelas muito práticas. Elas tinham um cheiro característico a novo. Passado uns tempos já eram de uma tonalidade acastanhada porque, como não podia deixar de ser, fomos com elas para as terras.

Antes de isso acontecer, íamos com as nossas sapatilhas novas para o café da terra aos domingos. Costumávamos comprar pastilhas elásticas Gorila e ficávamos por ali a ver televisão. Como naquela altura a televisão do café era a cores e a nossa era a preto e branco, até nos consolávamos só de olhar para o ecrã e ver as cores das roupas das pessoas.

Nessa altura passava muito esta música por todo o lado. É por isso que eu a associo a estes momentos.

Alguns anos mais tarde, lia eu a biografia do Sven Nys que na altura alinhava na Rabobank. Ele mencionava uma música com um nome parecido com o desta e eu admirei-me como e que alguém poderia gostar de uma canção que há anos não se ouvia. A associação desta música ao Sven Nys também ficou, independentemente de ser esta ou ser outra a música que mais o marcou.