Thursday, September 02, 2010

Os amigos da Kate e os bolos recheados na farmácia de Vila Nova

Há que tempos que não sonhava com algo relacionado com o meu passado desportivo e com os amigos que nunca mais vi. Por um lado até gosto de ter destes sonhos. Enquanto eles acontecem, estou feliz e penso ter recuperado tudo o que perdi. Quando acordo é que a desilusão se apodera de mim e me lembra que dificilmente verei essas pessoas.

Com o passar do tempo, até o meu subconsciente se lembra que será complicado passados tantos anos reencontrar os meus amigos. Desta vez há um evento desportivo em que irlandeses vestidos de…vermelho me dizem que conhecem a Kate e que ela está bem. Se calhar este episódio teve a ver com o facto de eu ter estado a recordar a história já passada há onze anos em que o Santos do Porto só dizia disparates em Português para que a nossa amiga Kate não entendesse as baboseiras que ele, já bem animado por uns copitos a mais, ia debitando. Ela perguntava-me. Eu só me ria. Belos tempos!

Lembrei-me das fotos que tirámos das várias vezes em que nos encontrámos nas diversas provas. Ainda foram algumas.

Eram aí umas cinco da manhã e conversava-se no corredor em voz alta. Às vezes mandavam-se calar uns aos outros quando se lembravam que horas eram mas o barulho era imenso. Mesmo assim adormeci.

Sonhei que a formadora de Braille da ACAPO havia alugado o quarto ao lado e vinha ter comigo para conversar e ouvir um pouco de música. Queria que eu a acompanhasse até à farmácia de Vila Nova porque tinha de estar lá bem cedo. Perguntei-lhe pela filha e ela respondeu que tinha ficado no quarto a dormir.

Lá fomos nós numa manhã amena e com algum Sol viradas a Vila Nova. A farmácia era uma velha casa rústica com um velho portão. A senhora atendeu-nos com um ar simpático. Tinha a voz da minha senhoria, oh que coincidência! Até parece que se calhar não estava a ouvir a voz dela no corredor nem nada. Quando acordei (que foi quando o telemóvel despertou) ainda se conversava.

Ia então na parte em que a senhora da farmácia nos abriu a porta e perguntou o que queríamos. Eu não queria nada mas incrivelmente a minha colega afirmou que estava ali de propósito para comprar daqueles bolos recheados que costumava haver ali. Bolos na farmácia? Só mesmo em sonhos.

Sonhos doces, que o dia vai ser bem azedo. Aguardem!

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