Saturday, November 30, 2019

Uma casa para a Isabel



Nos meus sonhos, a velha carrinha azul da ACAPO ainda faz viagens intermináveis…nem que seja ao quinto dos infernos.

E precisava de ir tanta gente ver uma casa para uma amiga nossa???!!! Em vez de a aconselharmos, provavelmente ainda a baralhávamos mais.

A carrinha tinha nove lugares mas ainda iam pessoas de pé, quando não iam ao colo umas das outras. Que aventura!

A viagem era por ruas desconhecidas de Coimbra. Eu ia questionando se já não iríamos em Lisboa ou no Porto. Eu já não estava a conhecer as ruas e aquela viagem já me estava a enfadar.

Para a própria Isabel que andava à procura de casa nova, a viagem já a deixava enjoada. Parámos para ela sair um pouco e apareceu alguém a dizer que era proibido uma viatura tão velha estar ali parada. Aquele era um local de turismo.

Já estava preocupada com as horas. Fazia-se tarde e eu tinha horários a cumprir.

Blocos de partida



De vez em quando ainda sonho com provas de Atletismo.

Desta vez havia uma prova numa espécie de pista coberta. Apesar de eu não estar a treinar, ofereci-me para participar. Iria marcar presença nos cem, duzentos, quatrocentos metros, no lançamento do peso e do disco.

A primeira prova que tinha era a dos cem metros. Os blocos de partida já se encontravam na pista para os ajustarmos. Eu partia da pista um.

Ainda andava às voltas com os blocos quando soou o tiro de partida. Que vergonha! Já não mexia em blocos há muitos anos e não me lembrava como se regulavam. Quando julgava que estavam ajustados, eis que não estava confortável em partir assim.

O resultado foi desastroso. Devo ter batido o record de lentidão dos cem metros. Por incrível que pareça, demorei mais de sete minutos! Nem aos mil e quinhentos metros fazia tempo tão mau.

Sempre tinha outras provas para me redimir mas foi mesmo muito mau.

A culpa foi dos blocos de partida.

“Ao Pôr Do Sol” (impressões pessoais)



Como podem depreender, agora, que eu não leio com os olhos, leio mais livros. O ritmo de leitura é completamente diferente. Um livro digital lê-se muito mais depressa. Outra vantagem que os livros digitais me trouxeram faz-se sentir neste tempo frio. Quando lia livros em papel, ao fim de um certo tempo, ficava com as mãos frias e dormentes. Agora posso estar debaixo das cobertas e desfrutar da leitura.

Já tenho lido outras obras de Nora Roberts, especialmente as que envolvem algum tipo de mistério. Apesar de, à partida ter pensado que este livro não fazia o meu género, acabei por adorar esta obra.

A escritora norte-americana leva-nos ás deslumbrantes paisagens de Montana, á vida rural, ao mundo dos cavalos e a determinação das mulheres de uma família que construiu um verdadeiro império.

Esta obra conta também, a história de Alice que, apesar de ter sido raptada e mantida em cativeiro durante muitos anos, não perdeu a coragem e determinação que caracteriza as mulheres da sua família. Por mais que o seu raptor tenha incutido nela ideias contrárias ás suas, nomeadamente quanto ao papel da mulher na sociedade, ela vai mostrando o quão forte uma mulher pode ser, sobrevivendo às mais terríveis formas de tortura.

Trata-se de um verdadeiro hino à coragem, à força, á abnegação feminina. À inteligência em detrimento da força.

Resumindo, esta obra acabou por me surpreender pela positiva.