Tuesday, January 31, 2017

Tentando repetir o irrepetível

Quando acordo e estou largo tempo sem voltar a adormecer, é meio caminho andado para sofrer um episódio de paralisia do sono.

Já lá vai o tempo em que temia tais episódios. Desde que fiquei a saber o que era e que, afinal, até se podia tirar partido desse estado em que o cérebro nem está acordado nem a dormir, tento repetir o que se passou em 2012, numa fria noite de outubro, numa altura em que eu buscava algo diferente e obtive-o.

Dessa noite em diante, muitas experiências mais ou menos significativas vivi mas nenhuma como aquela.

Esta noite escreveu-se mais um episódio também interessante. Tenho andado a dormir mal por causa da gripe que me assolou na passada semana. Não conseguia voltar a adormecer e eram quase três da manhã. Tinha a impressão de ouvir pássaros a cantar lá fora. Não eram corujas ou mochos, eram mesmo pássaros iguais aos que costumam andar de dia na rua.

A certa altura, pareceu-me ouvir uma rajada de vento solitária a abanar a janela. Sobressaltei-me. A esta, não se seguiu outra. Pensando bem, já estaria a dormir?

O episódio de paralisia de sono surgiu. Logo me tentei lembrar do que tinha feito da outra vez. Não resultou. Apenas fui dar a um local onde sei que entrei por uma janela. Provavelmente a um quarto escuro onde alguém estaria certamente a dormir. Talvez tenha mesmo ido ao meu quarto lá em casa. Não deu bem para ver. Apenas tive de passar duas janelas. Nada de extraordinário. Não vi ninguém.

Regressei ao meu quarto. Já devia ser tarde.

E a surpresa continuou


E não é que o Moreirense conquistou mesmo a Taça da Liga! Daqui a cinquenta anos, como diz Inácio, muitas histórias se vão contar. A equipa de Moreira de Cónegos venceu o Braga por 1-0. O único tento do encontro foi apontado por Caué através de uma grande penalidade.

O Moreirense foi mesmo a primeira equipa a criar perigo com Roberto a rematar ao lado.

Fernando Alexandre aparece lesionado no chão. Afinal parece que vai continuar.

Agora há um livre bastante perigoso para o Moreirense. Afinal até foi fácil para Matheus.

Artur Soares Dias exibe o primeiro cartão amarelo do encontro a Artur Jorge por falta sobre Dramé.

Pedro Rebocho remata cruzado mas sem perigo.

Francisco Geraldes viu o cartão amarelo por entrada sobre Ricardo Horta, me parece.

Há um choque mais aparatoso entre Matheus e Roberto. Ambos se encontram lesionados e o jogo é parado.

A bola entra na baliza do Moreirense mas já havia fora de jogo.

Saiu o cartão amarelo para o sempre impetuoso Dramé.

Há grande penalidade a favor do Moreirense por falta de Matheus sobre Francisco Geraldes. O guarda-redes do Braga vê o cartão amarelo. Caué converte e coloca o Moreirense na frente do marcador.

São arremessados petardos para o interior do relvado que acertam nos jogadores do Moreirense que festejavam o golo. Isto é que não era mesmo necessário. Espero que não os tenham magoado!

Parece que Roberto e Dramé se encontram bem e em condições de prosseguir em jogo, apesar do aparato. Eram Francisco Geraldes e Roberto, não Dramé. Seja quem for, é de lamentar que os adeptos venham para recintos desportivos com essas coisas que sabem que podem magoar bastante e, quem sabe, até matar. Parece que ninguém faz nada para impedir que petardos entrem. Cada vez levam arsenais maiores de petardos. Pelo menos é o que me tenho vindo a aperceber ultimamente. Ainda sou do tempo em que se interditavam estádios. Já há muitos anos que não vejo cá no nosso burgo um estádio interditado. É enquanto não magoam ninguém a sério. Pelo menos este fim de semana tentaram por duas vezes.

É com estes ânimos conturbados que chegamos ao intervalo. Acho que as pessoas que trouxeram petardos já foram tiradas dali pela Polícia.

Saiu um remate muito venenoso de Dramé.

Makaridze vê o cartão amarelo por atirar uma segunda bola para o campo quando estava para ser marcado um canto a favor do Braga.

De cabeça, Stojljkovic cria perigo.

Mais um cabeceamento perigoso, desta vez de Rodrigo Pinho.

Francisco Geraldes remata por cima. Cheirou ao segundo golo do Moreirense.

Provavelmente, Makaridze terá feito a defesa da noite.

Vukcevic viu o cartão amarelo por falta sobre Daniel Podence.

O Braga carrega. Tem que ser!

O Moreirense ainda cria perigo.

Saiu o cartão amarelo para Sagna.

Agora é que o Braga vai com tudo.

Rui Fonte ainda viu o cartão amarelo antes de o jogo terminar e o Moreirense fazer a festa de vencedor da Taça da Liga.

Monday, January 30, 2017

“Os Olhos Do Dragão” (impressões pessoais)

Já há muito que não leio um livro de ficção pura e dura. Daqueles de histórias surreais, passadas em locais imaginários, com mágicos, reis, príncipes…

Apesar de não serem propriamente as obras que mais me agradam, o mesmo não posso dizer de Stephen King- autor do livro que mais gostei de ler até hoje. Trata-se de um autor com uma imaginação muito acima da média, capaz de escrever destas coisas, quase a rasar o conto fantástico e também de escrever as incríveis histórias de terror que tanto aprecio, fazendo com que o foco do medo surja das coisas mais incríveis.

De Stephen King li até à data quatro livros, dois de terror e dois destes contos fantásticos. Em ambos os géneros, o autor é brilhante e é isso que me prende. A capacidade que tem para contar uma história é tremenda. Mesmo que o leitor não aprecie muito estes livros que são quase contos para crianças, fica preso apenas e só com a forma como o autor narra os acontecimentos. Aqui acontece muito.

Para descomprimir um pouco da loucura quotidiana, sabe bem pegar num livro destes de vez em quando e vaguear por outras realidades. Deixar-se embrenhar com peripécias de venenos feitos de areia verde do deserto não sei de onde que provoca uma espécie de combustão espontânea humana em quem os ingere.

Boca escancarada de surpresa- até não poder mai

“UAAAA!” E não é que o Moreirense ganhou mesmo ao Benfica e vai defrontar o Braga na final da Taça da Liga? Inácio prometeu e cumpriu. Iria deixar toda a gente de boca aberta de surpresa. Infelizmente os benfiquistas como eu até ficaram mesmo com dores em ambos os maxilares de tão escancarada de espanto que a boca ficou. Ninguém estava à espera de uma segunda parte tão surreal.

O jogo até começou bastante bem para nós. Marcámos logo aos seis minutos por Salvio. As coisas estavam bem encaminhadas…

O Benfica continuou a criar perigo. Estando lá Jonas, o pânico redobrava.

O primeiro cartão amarelo do encontro, que agora já não é apontado em blocos, nesta competição da Taça Da Liga, foi mostrado a Tiago Almeida por ter agarrado Carrillo.

Boateng também viu o cartão amarelo por ter entrado a matar sobre André Almeida.

Makaridze (um guarda-redes de qualidade que alinha aqui no nosso campeonato) nega o golo a Jonas.

O guarda-redes georgiano do Moreirense, que já se tinha destacado contra o Porto, como em devida altura aqui referenciei também, volta a negar o golo ao Benfica. Desta vez foi a Salvio.

E por causa de Makaridze que se chega ao intervalo apenas com 0-1 no marcador. Na segunda parte, serão outros os protagonistas.

Inácio tinha prometido surpresas. Já se esqueceram? Elas surgiram em forma de substituições daquelas que qualquer treinador sonha em fazer. Daquelas que conseguem mudar completamente a nomenclatura de um jogo e conseguem mesmo semear a confusão na equipa adversária, mesmo que essa equipa seja a melhor de Portugal e uma das melhores da Europa, modéstia aparte.

Entraram Dramé e Fernando Alexandre. Tudo se alterou.

Dramé. Tinha acabado de entrar e já estava a fazer o golo. Tudo corria bem a Inácio. Poucos minutos tinham passado do reatamento do encontro.

Dá a sensação que o Benfica ficou nos balneários do Estádio do Algarve. Mas o que é isto????!!!

Ederson ali também mete água. O que se passa?

E até Jonas vê o cartão amarelo. Enlouqueceu tudo!

Samaris viu o cartão amarelo. Da maneira que os jogadores do Moreirense estão a irromper para o ataque, não tarda está na rua com um segundo cartão amarelo. Estou mesmo a ver…

Agora foi Boateng a marcar o segundo golo do Moreirense. É inacreditável! Mas o que é isto????!!!!

Makaridze começa a queimar tempo e vê o cartão amarelo.

Eliseu aplica uma das suas bombas e Makaridze defendeu.

O Moreirense cria perigo.

Ederson nega o golo a Boateng.

Boateng é um dos que parece vir com o diabo no corpo e faz mais um golo que e o terceiro do Moreirense e o seu segundo no encontro.

Pizzi também viu o cartão amarelo.

É a vez de Dramé ver a cartolina amarela.

O Benfica carrega. Há sempre algo que impede que a bola entre na baliza do Moreirense.

Com tanto azar, com uma segunda parte tão estranha e com o guarda-redes do Moreirense mais uma vez a exibir-se com grande categoria perante um “grande”, não vamos à final da Taça da Liga. Ainda custa a acreditar!

Duas descobertas musicais muito diferentes

Partilho aqui, como não podia deixar de ser, as minhas últimas descobertas musicais de Língua Portuguesa. Até Jennifer Lopez se rendeu às nossas letras e acompanhou Roberto Carlos numa canção que é simplesmente maravilhosa.

Já a segunda canção é mais um achado em termos de poema propriamente dito, desses tão pródigos e tão curiosos que existem no nosso fado. Fados que contam uma história e nos fazem imaginar a situação começam novamente a despontar. Quem sabe nunca tivessem saído de moda. Houve uma altura em que praticamente deixei de ter acesso ao fado. Hoje ouço os mais recentes como este e também os mais antigos. Em ambos há letras bem curiosas.

Seguem então ambas as músicas.






Thursday, January 26, 2017

Braga na final da Taça da Liga

O Braga é o primeiro finalista da Taça da Liga depois de derrotar no Estádio do Algarve o Vitória de Setúbal por 0-3. O jogo teve muitas novidades. Deixou-se de apontar cartões em blocos.

O árbitro do encontro foi Carlos Xistra que também apareceu em campo envergando um equipamento preto e branco muito engraçado. Aposto que é novo!

Há grande penalidade a favor dos minhotos. Pedro Santos remata forte e Frederico Venâncio coloca a mão na bola na área de rigor. Pedro Santos bate Pedro Trigueira e inaugura o marcador.

Nuno Santos seguia com perigo mas Paulinho cortou o lance de ataque sadino na hora certa.

Aproveitando que Paulinho estava a receber assistência fora do campo, o Vitória de Setúbal cria perigo.

Baiano vê o primeiro cartão amarelo do encontro que não é apontado no tradicional bloco. Vai diretamente para o site da liga através de uma aplicação tecnológica qualquer que o árbitro Carlos Xistra transporta.

Por protestos veementes- o jogador sadino atirou a bola com força ao chão- Zé Manel viu o cartão amarelo.

Os inúmeros livres em zona frontal de que o Vitória de Setúbal dispôs não causaram qualquer perigo para as redes de Matheus.

Chegamos ao intervalo com o Braga em vantagem. Ainda nada está perdido para a turma de José Couceiro.

Costinha é mais um que vê o cartão amarelo.

Pedro Santos aplica um dos seus famosos remates bem perigosos e venenosos. Vai por cima desta vez.

Rui Fonte também viu o cartão amarelo porque travou Nuno Santos em falta quando este seguia em contra-ataque numa jogada de perigo.

Agora foi Nuno Pinto a ver o cartão amarelo.

Aproveitando um erro de Nuno Pinto, o Braga chega ao segundo golo por Stojljkovic.

Sai mais um daqueles remates de Pedro Santos.

Mal entrou em campo, Thiago Santana obrigou Matheus a enorme defesa.

Agora é de livre que Pedro Santos cria perigo. Pedro Trigueira defende.

Pedro Santos viu o cartão amarelo por travar Nuno Santos em falta.

Rodrigo Pinho faz o terceiro golo do Braga numa bela jogada coletiva de ataque.

Saiu também o cartão amarelo para Nuno Santos depois de uma confusão que ali houve.

O jogo termina. O Braga está na final. Terá de esperar pelo jogo entre o Benfica e o Moreirense. Será o Benfica a ir à final também. Terá de ser.

Wednesday, January 25, 2017

Desportivo de Chaves- os verdadeiros Campeões

O Desporto está de tal forma estrangulado pelos valores do dinheiro, da ganância, do ganhar a qualquer preço, passando por vezes por cima das mais elementares regras de respeito pelo Ser Humano que por vezes nos levam a refletir onde isto vai parar daqui a uns anos. São os milhões que o Futebol gera e os valores astronómicos que os clubes chineses recentemente pagam por jogadores, são os subterfúgios cada vez mais elaborados para se ganhar a qualquer preço, mesmo que para isso os atletas se tenham de sujeitar a substâncias e tratamentos que lhes prejudicarão a saúde para o que vai restar das suas vidas depois que acabarem as suas carreiras desportivas e são as acusações de corrupção, a desconfiança e os ataques pessoais que por cá especialmente temos visto nas últimas semanas.

O que é o Desporto afinal? Com que finalidade foi criado? Para mim é paixão, para outros é um negócio puro e duro. Foi criado para divertir, para fazer bem ao corpo e à mente, para nos realizarmos. Acima de tudo, para nos fazer sentir bem. Não para servir de rastilho a guerras e conflitos. Não para servir de pretexto a que o lado brutal do Ser Humano venha ao de cima.

Já ouvi dizer que é durante um jogo de Futebol que se vê o lado animalesco do Ser Humano. As emoções mais elementares vêm ao de cima e os sentimentos que fazem de nós entidades diferentes dos restantes animais perdem terreno para o que nos faz ser semelhantes a eles.

Num Desporto cada vez mais desvirtuado, ainda surgem alguns exemplos dignos de registo que nos fazem lembrar que afinal estão ali seres humanos, não máquinas ou animais.

Na passada segunda-feira, a fria e distante cidade de Chaves foi palco de um arrepiante episódio que posteriormente deu lugar a um dos mais bonitos gestos de desportivismo e de respeito que vi no Futebol Português no últimos tempos. Decorria o jogo entre o Desportivo de Chaves e o Nacional da Madeira, tinha-se iniciado a segunda parte há poucos minutos, quando houve um lance fortuito entre Carlos Ponck do Chaves e Hamzaoui do Nacional da Madeira. O jogador da equipa madeirense imediatamente ficou inanimado no chão e logo toda a gente se apercebeu que a situação era grave. Começa aqui a incansável colaboração de todos quantos faziam parte do corpo clínico da equipa da casa que imediatamente correram para assistir o jogador da equipa adversária que era, afinal de contas, um Ser Humano, que ali estava em dificuldades. As cores que envergava pouco importavam perante uma situação tão delicada.

Os adeptos do Chaves, sempre ruidosos e incensáveis no apoio às suas cores, ficaram em silêncio durante aqueles escassos minutos que pareceram uma eternidade. Contaram alguns que lá estavam que aplaudiram o jogador do Nacional quando este foi retirado do campo. Jogadores de ambas as formações depressa se uniram, embora pouco pudessem fazer ali, que não rezar para que nada de mau acontecesse. Segundo ouvi no relato, o jogador mais apreensivo com a situação do colega de profissão até era mesmo um jogador do Chaves – Leandro Freire que, entrevistado no final do encontro, não deixou de desejar rápidas melhoras ao jogador do Nacional.

A segunda parte daquele jogo arrastou-se. Mesmo os relatadores e comentadores da rádio onde estava a ouvir o jogo mencionaram ter ficado abalados com o que se tinha passado e que mais abalados tinham ficado os jogadores das duas equipas. Só no final do jogo é que toda a gente ficou a saber que o avançado argelino do Nacional se encontrava bem e tudo não tinha passado de um terrível susto.

Bem, hoje há redes sociais. É fácil nos dias que correm termos mais conhecimento de algumas coisas do que tínhamos no passado. Quando os adeptos do Chaves que estavam no Estádio a ver o jogo regressaram a suas casas, não deixaram de manifestar todo o apoio e carinho ao Hamzaoui. Tal apoio estendeu-se também ao próprio clube que inclusive dedicou um post no Facebook oficial ao atleta da equipa que naquela noite defrontaram. Na publicação, referiam o facto de o jogador do Nacional se encontrar são e salvo como tendo sido “o melhor golo da noite”. O Nacional retribuiu e, também no seu Facebook oficial, agradeceu à equipa médica do Desportivo de Chaves pela ajuda naquela situação difícil.

No dia seguinte, Nelson Lenho- Capitão do Desportivo de Chaves- fez questão de ir ao hospital inteirar-se do estado de saúde do jogador do Nacional. Tal atitude fez com que adeptos do Chaves e de outros clubes, de clubes que até estão de costas voltadas normalmente, se unissem no apoio àquele atleta, enaltecendo ao mesmo tempo o bonito gesto da equipa transmontana.

Infelizmente, cá em Portugal, estas bonitas atitudes passam à margem. As primeiras páginas dos jornais estão sempre cobertas de intriga, de números, de ataques pessoais, de dirigentes que substituem os atletas no protagonismo.

Em vez de se ir às instâncias internacionais dar a entender que os árbitros estão comprados, que há esquemas para ganharem sempre os mesmos, para muitas vezes caírem no ridículo e desvirtuarem o Futebol de um país que por acaso até é Campeão europeu dentro de campo, deviam dar a conhecer atitudes como esta. Apresentar o que de bom ainda temos por cá. Ao contrário do que muitos apregoam, ainda há honestidade por aqui. Ainda há respeito e alguém ainda se lembra que estão ali atletas, não máquinas ou animais.

Sinceramente, penso que esta atitude do Chaves acompanhando desde o primeiro momento o jogador do Nacional da Madeira devia ser levada em conta para atribuição de prémio de Fairplay.

Obrigada Desportivo de Chaves por mostrar que ainda há Desporto de verdade e que os verdadeiros Campeões não se extinguiram.


“What Kind Of Fool”- Barbra Streisand & Barry Gibb (Música Com Memórias)


Sempre que passava esta música, sempre parava um pouco para pensar no que ela me fazia lembrar. O que quer que fosse, remontava ainda a anos bem tenros da minha infância, a inícios dos anos oitenta. Teria eu aí uns seis anos.

Há dias recordei vagamente que talvez esta música que trago hoje pertencesse a uma novela de inícios dos anos oitenta, lá está. Talvez tenha realmente feito parte de uma novela ou algo assim. Sei que a conhecia nessa altura.

Como há dias em que alguns flashes do meu passado me passam à frente dos olhos e por vezes me arrancam do sítio onde realmente estou, tive a sorte de esta música ser acompanhada por um desses flashes que por vezes também são acompanhados de cheiros intensos. O cheiro deste flash era...a medicamentos e a álcool ou algo do género. Não. Não estava no Hospital de Aveiro, local para onde frequentemente sou transportada nessas memórias. Encontro-me naquele que agora é o meu quarto e vejo a cómoda que agora eu povoo de livros e CD’s cheia de uma enorme quantidade de medicamentos.

A minha avó está sentada na cama. Os medicamentos destinam-se a ela. Puxo ainda mais pela memória, consigo ver que ela tem um dos olhos tapado com um penso. Consegui finalmente situar-me em relação a esta música e ao que eu lhe associei na altura.

A minha avó padecia do mesmo problema que nós. Escusado será dizer que o problema nos olhos com que nasci foi herdado de familiares diretos. Certo dia, um dos olhos rebentou devido ao glaucoma e teve de ser extraído de urgência. Eu já andava na escola primária, embora não andasse a fazer lá nada naquela altura. Isso não vem aqui para o caso.

Quando a minha avó regressou a casa, tinha toda uma parafernália de medicamentos de mil e uma qualidades para tomar ou desinfetar o local onde outrora esteve o olho. Penso que eram os meus pais que lhe mudavam o penso.

Isto que estou a contar pode ser estranho mas foi para onde esta música finalmente me transportou depois de algum tempo a tentar levar-me até lá. Este tema não passa assim tão poucas vezes na rádio como isso.

Fica assim contada mais uma história em forma de memória musical. Muitas se seguirão quando houver oportunidade para isso.

Passwords

Há noites em que tudo incomoda, começando pelos sonhos.

Depois de sonhar com corridas aparentemente para todos em que eu não podia participar, eis que algo mais intrigante povoou o meu subconsciente.

Sonhei que tinha chegado ao trabalho depois do fim de semana e me tinha esquecido das passwords para entrar nos mais diversos programas que normalmente utilizo.

Nem de uma me lembrava. Não queria acreditar no que me estava a acontecer. Era segunda-feira e bastava. De certeza que já havia esgotado todas as tentativas e os programas já foram bloqueados. O que ia fazer à minha vida com tanto trabalho que sempre tenho?

O que ia eu dizer aos senhores da assistência remota? Por mais que me esforçasse, não me conseguia lembrar de nenhuma. Nem queria mesmo acreditar que isto estava a acontecer comigo. Aconteceu uma vez ter mudado a password do meu mail e não me conseguir lembrar. Era muito difícil terem-se varrido da minha memória as passwords dos programas que uso todos os dias. Mas que bicho me mordeu?

Acordei algo aflita e intrigada. O sonho era mesmo real mas não passou mesmo de um sonho.


Thursday, January 19, 2017

“Fado Do Ganga” -Carlos Ramos (Eu Não Conhecia Isto)


Este fado é muito engraçado. É uma grande descoberta musical. Mais uma pérola do real cançonetismo lusitano que parece ter poemas bem curiosos que nunca mais acabam.

Nos dias de hoje, esta canção podia ser considerada um incentivo à violência. Um tipo bem saloio a aconselhar quem quer que o ouça a bater em toda a gente para conseguir os seus intentos porque já se não vai lá com diálogo.

Eu vejo esta canção como sendo um fado bem humorado, uma paródia àqueles valentões que existem por essas aldeias do Portugal profundo que não têm medo de ninguém e chegam para toda a gente. Depois vai-se a ver e são uns gatinhos que não fazem mal a uma mosca e, sempre que ouvem os outros levantar a voz meio tom acima, fogem a sete pés dali para fora como quem não quer a coisa.

Atente-se na forma como se dizem as palavras. Isto sugere que o protagonista é mesmo um agricultor do campo que está algures, provavelmente na taberna, a gabar-se dos seus feitos aos seus companheiros de copos. Nada mais português.

Quando o protagonista já não tiver dinheiro para pagar mais rodadas de vinho, então usará a sua tática infalível de mão no ar e pé atrás para intimidar o taberneiro? Acho que não. Nessa altura qualquer levantar de mão e arrastar de pé será uma catástrofe e só resulta num valente e humilhante espalho no chão.

Controla-te Zé Povinho!

Wednesday, January 11, 2017

Mudam os jogadores mas o resultado é o mesmo

O Benfica voltou a defrontar o Vitória de Guimarães no Estádio D. Afonso Henriques, depois de ali ter vencido para o campeonato no passado Sábado por 0-2. Desta vez, para a Taça da Liga, voltou a repetir-se o resultado, apesar de terem sido feitas sete alterações por Rui Vitória. Destaque para Gonçalo Guedes que apontou os dois golos.

O Vitória de Guimarães entra com tudo e cria perigo.

Zungu derruba Rafa na área de rigor e é assinalada grande penalidade. O jogador sul-africano viu o cartão amarelo. Pizzi permite a defesa a Miguel Silva- guarda-redes que já foi falado para representar o Glorioso SLB.

O Vitória de Guimarães responde e Rúben Ferreira remata por cima.

Samaris viu o cartão amarelo por travar Bernard em falta. O jogador grego fica lesionado e Danilo já aquece.

Miguel Silva nega o golo a Rafa.

O Vitória de Guimarães cria perigo.

Gonçalo Guedes marca o golo do Glorioso SLB. Já estamos a ganhar.

Miguel Silva volta a negar o golo a Rafa.

É o segundo golo do Benfica e também o segundo golo de Gonçalo Guedes. A assistência foi de Carrillo que por acaso hoje está a jogar bem. Pode ser que agora embale e nos mostre tudo o que de bom ele sabe fazer.

Saiu cartão amarelo para Nelson Semedo. Das bancadas voam cadeiras na tentativa de acertar no Jogador Número Cinquenta do Glorioso SLB. Carlos Xistra tem mesmo de interromper o jogo enquanto os adeptos vimaranenses não se acalmarem.

Miguel Silva sai aos pés de Zivkovic e lesiona-se.

Sempre que Nelson Semedo toca na bola, sai um coro de assobios das bancadas.

Chegamos ao intervalo com o Benfica apurado para a próxima fase da Taça da Liga. Os ânimos estão exaltados ainda por causa daquele lance de Nelson Semedo.

É a vez de André Almeida ver o cartão amarelo por travar o contra-ataque vimaranense com uma falta.

Rúben Ferreira também viu cartão amarelo por falta sobre Zivkovic.

Saiu cartão amarelo para Lisandro por falta perigosa sobre Bernard.

Carlos Xistra mais parece o árbitro Luís Godinho há uns dias. Agora o cartão amarelo é exibido a Bruno Gaspar por falta sobre Pizzi.

Prince travou Gonçalo Guedes em falta e também viu o cartão amarelo.

Por ter pisado Lisandro, Hurtado também viu o cartão amarelo. Em quantos já vai?

Lisandro tenta o remate de longe. A bola vai por cima.

O jogo termina. O Benfica junta-se ao Moreirense e ao Vitória de Setúbal no Algarve para a decisão da Taça da Liga. Marítimo, Braga ou Rio Ave discutem a vaga que falta.


Tuesday, January 10, 2017

Músicas bem antigas de artistas bem conhecidos que descobri

Ontem foi um dia bem fértil em descobertas musicais. Não sei se vou encontrar todas as músicas para aqui colocar mas pelo menos vou procurá-las.

Para vos aguçar o apetite, surge um tema de Roberto Carlos que nunca tinha ouvido, uma versão do Duo Ouro Negro de uma canção bem conhecida dos Beatles e uma versão de uma música de Joe Dassin cantada por Demis Roussos.

Vamos ver o que consigo encontrar. Estas canºoes são estranhíssimas. Ainda me belixquei, tal foi a quantidade de músicas que não tinha ouvido antes.








Saturday, January 07, 2017

“I Just Can’t Help Believing”- Elvis Presley (Eu Não Conhecia Isto)



Se fosse vivo, Elvis Presley faria amanhã oitenta e um anos. Há quem diga que ele afinal não morreu mas isso são histórias que se contam. Dizem que se retirou para um local secreto, farto das luzes da ribalta e de toda uma vida a que se sujeitam os famosos.

Seja como for, vivo ou morto, Elvis deixou-nos uma vasta obra musical. Tão vasta, que é impossível alguém conhecer as suas músicas todas. Se calhar nem um fã mais dedicado as conhece. São tantas…

Eu por acaso não conhecia esta mas também não sou assim tão fã de Elvis. Gosto da obra dele mas não sou uma admiradora compulsiva. Por acaso foi depois de ter crescido que comecei a admirar o Rei do Rock. Cheguei mesmo a imitá-lo uma vez numa festa de Natal da ACAPO.

Ouvi dizer que se fazem concursos para ver quem imita melhor o Elvis. Acho que eu devia candidatar-me. Ao ver o vídeo desta música que aqui apresento, vejo que estava mesmo parecida. A caraterização foi mesmo muito boa. Como não conhecia esta música, cantei o “Always On My Mind”- a minha canção favorita do cantor. Parece que o original até nem era dele. É uma daquelas músicas que têm imensas versões.

E se um dia um velhinho octogenário aparecesse assim à luz do dia afirmando ser Elvis? Que diria o Mundo? Nem sei como seria...


“Nobody’s Diary”- Yazoo (Eu Não Conhecia Isto)


Alison Moyet deve ser uma cantora ainda com muito que explorar pela minha parte. Já aqui apresentei por mais do que uma ocasião algumas canções dela a solo.

Desta vez aparece aqui integrada nos Yazoo- banda onde se deu a conhecer juntamente com Vince Clark dos Erasure. Talvez esta não seja a canção mais famosa deste grupo já extinto.

É com esta canção que inauguro as descobertas musicais para 2017.


Wednesday, January 04, 2017

Polo Aquático em Vila Franca de Xira

Nunca joguei Polo Aquático na vida. O máximo que consegui foi arremessar bolas de praia no Mar.

Em sonhos, tudo é diferente. Foi uma noite repleta de atividades físicas em terra e na piscina. Primeiro o desafio era na televisão. Havia equipas que se defrontavam, tipo “Praias Olímpicas” mas estávamos no Inverno e as atividades eram na piscina ou no pavilhão. Esta era uma ronda que se disputava em Vila Franca de Xira e o Alentejo era a equipa que a concorrência mais temia.

Havia natação e estranhos desportos aquáticos. Eu participava mas acho que não fazia parte de nenhuma das equipas. Não sei o que ali estava a fazer. A atrapalhar, provavelmente.

Já antes de acordar, jogava-se Polo Aquático. As bolas eram todas vermelhas e apresentavam diferentes graus de enchimento. Umas estavam redondinhas como se quer e outras não passavam de um monte vermelho, enrugado e disforme de tão vazias que estavam. Jogava-se com todas. Incrivelmente. Umas também eram mais pesadas que outras.

Tentei encher as bolas que estavam vazias mas logo abandonei a ideia, pois logo voltavam ao seu deplorável estado. De fora da água, arremessei a bola que estava novamente sem ar mas não consegui chegar à baliza. Estava incrivelmente sem força nos braços.

Experimentei com outra bola mais cheia. O resultado foi o mesmo. Por mais força que tenha empregue, a bola ficava a meio da piscina.

O melhor mesmo era o despertador tocar.

Moreirense apura-se em jogo de nervos

Ao vencer em casa o Porto por 1-0 e beneficiar do empate a duas bolas no Restelo entre o Belenenses e o Feirense, o Moreirense é a primeira equipa apurada para as meias-finais da Taça da Liga. O jogo ficou marcado pela arbitragem de Luís Godinho que deve estar com o braço dorido de tanto puxar pelos cartões...e com uma nódoa negra algures no seu corpo em virtude do violento encontrão que Danilo lhe deu.

Acompanhamos os dois jogos. Ambos são decisivos.

Se ambos os jogos terminassem com o nulo com que começam, o Moreirense passaria à fase seguinte da Taça da Liga.

O Porto tem de fazer pela vida e Herrera começa por rematar. Sem perigo para a baliza do Moreirense.

José Sá aplica-se perante um ataque do Moreirense.

No Restelo, Fabinho coloca o Feirense em vantagem. Com este resultado, o apuramento continua a ser do Moreirense.

André remata de longe mas Giorgi Makaridze estava atento.

O Porto carrega mas Makaridze, o georgiano, está sempre lá para defender.

O primeiro cartão amarelo do encontro é para Caué.

Makaridze volta a brilhar perante Brahimi.

Francisco Geraldes entra a matar sobre Danilo Pereira. Incrivelmente não viu cartão.

Está pesado, o Depoitre. Foi sempre assim ou engordou agora no Natal. O chocolate belga realmente é uma tentação!

O jogador de quem falava rematou ao lado da baliza do Moreirense.

Reclama-se uma grande penalidade por falta de Rebocho sobre André. Luís Godinho nada assinalou.

Makaridze não deve ter frio. Está farto de defender. Deitou-se no chão. Já deve estar cansado.

Chegamos ao intervalo nos dois jogos. Em Moreira de Cónegos regista-se ainda o nulo inicial. No Restelo, o Belenenses perde por 0-1. Se os jogos terminassem com estes resultados, seria o Moreirense a seguir em frente.

A festa sobe de tom em Moreira de Cónegos. Francisco Geraldes marca golo. O Moreirense está cada vez mais apurado. O Porto tem de fazer pela vida. As coisas complicam-se.

Quase que Roberto marcava o segundo golo do Moreirense.

O Jogador Número Dois do Porto (taças da Liga para ele só em sonhos, ninguém o mandou sair de onde estava) viu o cartão amarelo por falta sobre Dramé.

Roberto viu o cartão amarelo por protestos.

Ângelo Neto também viu o cartão amarelo.

Tiago Almeida derrubou Brahimi e também viu o cartão amarelo.

No Restelo, o Belenenses empata o jogo por Tiago Caeiro. Tudo na mesma.

E finalmente Dramé viu o cartão amarelo. Ele, que tantas faltas tem feito.

Também Daniel Podence viu o cartão amarelo. Para condizer com a cor atual do seu cabelo.

É a vez de Danilo Pereira ver o cartão amarelo por travar Daniel Podence em falta quando este seguia rápido para a frente.

Danilo Pereira é expulso por protestos, pela forma como se terá dirigido a Luís Godinho. Também por protestos, Brahimi viu o cartão amarelo. Também acho que houve cartão amarelo para Felipe. Pelo menos era o que a televisão indicava.

José Sá nega o golo a Jander.

O Brahimi também é expulso por acumulação de amarelos. Para ele é igual se for castigado. Vai jogar a CAN pela Argélia. Na melhor das hipóteses, só regressa em Fevereiro. O pior é que o Porto já só tem nove jogadores em campo para o que ainda resta deste jogo que está a perder. Está a perder o jogo e está a perder a cabeça também.

Miguel Rosa marca o segundo golo para o Belenenses mas o Moreirense ainda ganha e continua apurado.

O Moreirense podia ter chegado ao segundo golo agora.

Alex Telles também viu o cartão amarelo.

Jander remata por cima.

O Feirense empata o jogo pelo grego Karamanos. Tudo na mesma. Nas bancadas há festejos em tom de verde e branco.

Terminam os dois jogos. Empate no Restelo entre Belenenses e Feirense a duas bolas e vitória do Moreirense em casa ante o Porto por 1-0. Os responsáveis do Porto rodeiam o árbitro Luís Godinho. Nas bancadas a festa explode finalmente. O Moreirense vai ao Algarve disputar um lugar na final da Taça da Liga.

Monday, January 02, 2017

Quando o teu clube está mal classificado...e dispensas o melhor jogador que lá tens



Abro as hostilidades de 2017 com mais um sonho daqueles que parecem reais. Daqueles sonhos que chegam a incomodar o espírito de tão vividos que são.

Estava eu a ouvir um relato deitada na minha cama lá em casa. O jogo era entre a Académica e o Nacional e as duas equipas tentavam fugir aos lugares de descida.

Era janeiro e o mercado estava aberto. No meu sonho o Nacional também mudava de treinador, como aconteceu recentemente. Não só ia mudar de treinador...ia mudar também de jogadores. O mal seria cortado pela raiz mesmo.

A certa altura, o comentador foi dizendo que o Nacional começou, desde logo, por dispensar o Hamzaoui e outro jogador cujo nome me escapou. Fiquei admirada. Então o jogador do Nacional que marcou parte dos golos que a equipa tem antes de se ter lesionado é que ia ser dispensado? Eu comecei a debulhar o meu rosário. Se fosse eu, havia barulho porque o Nacional optou por pedir jogadores emprestados aos “grandes” e dispensar quem ainda corria e se esfalfava em campo. Começava a imaginar os adeptos rodeando a sede do clube alvi-negro pedindo a cabeça do presidente Rui Alves. Li alguns comentários e alguns adeptos nacionalistas até nem eram contra Manuel Machado, eram contra o presidente. Também se insurgiam contra alguns jogadores mas por acaso gostavam do avançado argelino por ser alguém que ainda lutava e corria.

Depois, ainda dentro do sonho, fiquei a pensar que esse jogador ficaria na Primeira Liga. Também me recordei incrivelmente da visão que tive há uns tempos em que ele apareceu vestido com a camisola...do Vitória de Guimarães. Nesse dia as duas equipas defrontavam-se e o jogador do Guimarães que apontou os dois golos que derrotaram a equipa madeirense foi justamente o Soares...que alinhava no lugar que agora era do Hamzaoui.

Quem ficaria a perder era o Nacional, pois claro.

Ah, agora recordo-me de outro pormenor: havia a hipótese de o Hamzaoui reforçar...o Paços de Ferreira.

2016

Os últimos instantes do velho ano extinguiam-se muito rapidamente. Na sala, a minha mãe aquecia-se à lareira enquanto eu ia vendo o que postavam nas redes sociais.

A correr, fui buscar uma cerveja e o saco das passas para tirar doze , como manda a tradição. Feijoa e Adie dormiam cada uma em seu canto. Assim que soou a meia-noite, abri a cerveja e fui comendo as passas à medida que pedia desejos para o novo ano que agora começava.

Assim entrei eu em 2017 mas há que fazer a rtetrospectiva do ano que passou.

Foi um ano normal no capítulo da minha vida pessoal. Não houve grandes sobressaltos.

A nível do que me foi rodeando, elejo como momento alto, naturalmente, a conquista do Euro 2016 por parte de Portugal. Nesse dia estava com os meus amigos a passar férias em São Martinho do Porto. Ainda hoje revejo esses momentos como se de um sonho bom se tratasse. Saímos na carrinha da ACAPO e percorremos a marginal já apinhada de gente que gritava e saltava. Guardo ainda os vídeos no meu Instagram desses momentos de sonho.

O menos positivo? A perda de artistas que me habituei a ouvir ao longo da minha vida. De uns gostava menos do que outros mas era normal. Lembro-me de ter ficado chocada com as mortes de Prince e George Michael. Com a de David Bowie também mas já lá vamos porque é justamente o desaparecimento de David Bowie que figura como o post do ano deste meu humilde espaço.

Sempre aqui relatei experiências estranhas que se passam comigo e essa foi mais uma. Para quem não leu esse post (logo dos primeiros de 2016), conto rapidamente a história. David Bowie fazia anos a 8 de janeiro e comemorou a data lançando aquele que seria o seu último álbum em vida “Black Star”. No dia seguinte, 9 de janeiro, no programa “Hotel Califórnia” da Rádio Renascença, homenageavam David Bowie pelo seu aniversário e pelo lançamento do seu novo disco. A certa altura, quando passava a música “Space Oddity” eu devia estar tão concentrada a ouvi-la que dispersei completamente. Ainda hoje não percebo o que aconteceu. Estava deleitada a ouvir aquela música, como se a estivesse a ouvir pela primeira vez. Era algo estranho. A certa altura pensei de forma inconsciente: Ele era de facto um génio. Depois lembrei-me que se tratava de um artista que ainda estava vivo e que as músicas estavam a passar porque acabava de lançar mais um álbum. Passado um pouco, voltei a esquecer-me que David Bowie ainda estava vivo. Por pouco tempo mas estava.

Foram muitas as canções que ouvi, milhares delas seguramente, mas a que elejo como a melhor é esta:


Em relação a livros, o melhor que li foi “A Casa Misteriosa” de MarziaBisognin. Em suma, tanto na música, como na literatura, dei destaque à Itália.

Não houve tempo para ver filmes. Para ler também não houve muito. Espero em 2017 ter um pouco mais de disponibilidade para essas coisas.

Como não podia deixar de ser, aproveito para desejar um Feliz 2017 a todos quantos têm paciência para ler o que eu escrevo por aqui.