Friday, February 28, 2014

Em memória de Mário Coluna

O Benfica venceu o PAOK de Salónica por 3-0 e confirma assim a presença na fase seguinte da Liga Europa onde vai defrontar o Tottenham.

Antes de a partida se iniciar, houve uma sentida homenagem a Mário Coluna que esta semana faleceu. Já é a segunda figura emblemática que o Benfica perde em 2014. Para honrar o nosso antigo capitão, nada melhor do que uma bela vitória com golos de fino recorte técnico. Foi isso que aconteceu.

O primeiro lance de perigo deste encontro pertence a Cardozo que remata cruzado para fora.

Ia sendo agora o golo do PAOK. Uma frangada incrível de Artur.

Cardozo cabeceia por cima.

Gaitan tem um remate algo perigoso. Ainda há canto.

De livre, Cardozo obriga o guarda-redes do PAOK a uma excelente defesa.

Kace remata fraco e para fora.

Sai o primeiro cartão amarelo da partida mostrado pelo árbitro polaco. É para o Jogador Número Setenta do PAOK por falta sobre Sívio.

Sai uma potente ameixa de Cardozo mas sem perigo.

O nulo registado ao intervalo espelha bem o equilíbrio táctico entre as equipas. Este resultado permite ao Benfica seguir em frente mas a vitória será muito melhor.

Ruben Amorim remata de longe e o guarda-redes grego volta a defender.

Na sequência de um canto, Maduro ia marcando o golo do PAOK. Ui!

Katsouranis trava Lima em falta e é expulso com vermelho directo neste regresso ao Estádio da Luz. O livre é mesmo a queimar a grade penalidade. O público agora aplaude de pé o Jogador Número Vinte E Oito do PAOK que já vestiu a nossa camisola. Apesar de ter deixado a sua equipa reduzida a dez jogadores, o jogador grego agradece. Até cartazes com o seu nome há no sector dos adeptos do Benfica. Um momento bonito. Entretanto aquele livre é marcado e a execução é primorosa de Gaitan. É um golaço!

Djuricic cabeceia para fora.

Foi cartão amarelo para Sílvio?

Há grande penalidade a favor do Glorioso SLB. Lima já se prepara. E converte.

E ainda há tempo para Markovic fazer das suas, marcando um golo da família daqueles que tem marcado ultimamente. É o 3-0.

Maxi remata e o guarda-redes do PAOK vê-se mesmo grego para defender.

O jogo chega ao fim com a vitória categórica do Benfica por 3-0.

Igualmente três golos marcou o Porto na Alemanha. Precisava no mínimo de um empate a três golos e…conseguiu-o. Também segue em frente e irá defrontar o Nápoles.




Thursday, February 27, 2014

Crónica da goleada do Real Madrid frente a uma equipa alemã (não sei qual)

Ronaldo, Bale e Benzema. Cada um marcou três golos na vitória na Alemanha do Real Madrid por 6-1 frente ao Hertha de Berlim.

E Casillas já se aplica. Mal começou o jogo.

Reparo agora que o guarda-redes do Wolfsburgo tem um equipamento igual ao dos guarda-redes do Glorioso.

Boateng cabeceia fácil para as mãos de Casillas.

Benzema conclui com êxito uma majestosa jogada colectiva.

Na resposta a este golo, Casillas tem de se aplicar. E como tem!

Estamos aí com uns vinte minutos de jogo e Bale faz o segundo golo do Real Madrid. O internacional galés está a abrir o livro.

E Bale continua. Agora remata por cima.

Di Maria vê o cartão amarelo por reincidir no jogo faltoso.

E Ronaldo aparece no jogo. Remata espectacularmente ao poste.

O Jogador Número Dez do Mainz 05 está fora do terreno de jogo a receber assistência. Parece um problema no nariz. Foi ele que rematou há pouco para aquela defesa de Casillas depois do primeiro golo do Real Madrid.

Ronaldo remata para o guarda-redes alemão defender.

Benzema não marca golo por muito pouco.

Ronaldo volta a falhar já em tempo de descontos. Ao intervalo o Real Madrid vence na Alemanha o Hannover 96 por 0-2.

O Estugarda inicia a segunda parte a todo o gás.

E finalmente Ronaldo marca o seu golo!

Benzema remata para fora.

E desta vez Benzema volta a marcar. É o seu segundo golo no encontro.

O capitão de equipa do Hoffenheim vê cartão amarelo por travar Marcelo em falta.

E Bale também marca o seu segundo golo neste jogo. Agora só falta Ronaldo também imitar os colegas e também marcar o seu segundo golo.

Huntelaar (jogador holandês que chegou a ser falado para reforçar o Glorioso em tempos e que eu gostava imenso de o ver com a camisola do Benfica vestida) vê o cartão amarelo por falta dura sobre Modric.

Sergio Ramos remata para fora.

Ronaldo volta a tentar o golo mas o guarda-redes alemão defende.

E ainda fica por assinalar uma grande penalidade a favor do Real Madrid. Bem, também de nada ia adiantar. Vencem já por muitos. Até nem houve assim muitos protestos. Estivesse o jogo empatado ou com a vitória pela margem mínima e a conversa seria outra.

O guarda-redes do Werder Bremen defende com os pés um remate de Benzema mas a jogada já estava interrompida por fora de jogo.

E eis que Ronaldo marca também o seu segundo golo no jogo. São seis golos sem resposta, três de cada um dos jogadores que compõem o trio da frente.

Ainda há tempo para assistirmos ao espectacular golo do Nuremberga. Foi Huntelaar.

O jogo chega ao fim. O Real Madrid está praticamente apurado para a próxima fase da Liga dos Campeões.


Tuesday, February 25, 2014

A lançadora húngara e a estação de comboios pouco segura

Ele há com cada sonho! Bem, se já é normal eu sonhar com comboios e com a aproximação perigosa a eles, já me surpreendo ao sonhar com outras coisas menos ortodoxas, digamos assim.

Sonhei que decorriam provas de Atletismo no Estádio Cidade de Coimbra nas quais eu também estava presente.

O evento era internacional e vários atletas de vários países competiam nas mais variadas vertentes do Atletismo.

Sem que nada o fizesse prever, uma espécie de ciclone varre o Estádio e faz levantar tudo quanto ali havia. Papéis e até pedras erguem-se no ar. Eu e outras pessoas tentamo-nos abrigar mas…coitado daquele ou daquela que estivesse a fazer prova naquele momento!

Era o caso de uma alta e robusta lançadora húngara, como as lançadoras devem ser. Foi tal o susto, que até sujou as calças. Depois toda a gente lhe tirou fotos naquele estado e partilhou nas redes sociais. Envergonhada, la tentava disfarçar o indisfarçável mas sem êxito.

Depois deste sonho completamente disparatado, eis que surge algo mais frequente nos meus sonhos. A estação é a mesma com que sempre sonho. Já ali apanhei camionetas e até aviões. Desta vez ia apanhar mesmo um comboio não sei para onde.

Lá dentro era um problema. Para além da pouca iluminação, os comboios não se limitavam a andar em cima das linhas. Andavam mesmo por todo o lado e eu queria atravessar para o outro lado.

Só ali estavam comboios de passageiros. Menos mau. Se estivessem ali certos comboios que até me dão arrepios, ainda tinha mais medo. Mas deixem estar que não tardou a aparecer um desses que tanto me assustam. Tinha de ser. Nem o sonho se fazia. O engraçado é que esse comboio parecia de brinquedo comparado com os de passageiros.

Tive de esperar que viesse alguém para atravessar a linha com essa pessoa. Na realidade, faço isso sempre que tenho de atravessar linhas. Desta vez apanhei uma mulher com uma data de filhos pequenos e segui-os. Se viesse um comboio assim de repente, matava-nos a todos.

P.S.: dizem que sonhar com merda dá sorte…e não é que me calharam dez euros e tal no Euromilhões! Já dá para pagar o almoço e ainda sobra.

Monday, February 24, 2014

Mais de três horas em busca de uma música

Depois de há tempos eu ter andado largo tempo à procura do tema “Tomame O Dejame” eis que bato um novo record à procura de uma música. Pior do que não saber o título da música e quem canta, como era o caso do tema que referi, é ser induzida em erro e a andar a dar tiros no escuro.

Um dia destes ouvi uma música na rádio que me disseram ser de Leandro e Leonardo mas eu não a conhecia. Era estranho, pois eu conheço quase todas as músicas deles. Não conseguia localizar aquela música em nenhum dos álbuns mas resolvi procurar na mesma quando tivesse um tempito livre. Até podia ser um tema que não estivesse em nenhum álbum. Às vezes isso acontece.

Depois de ter percorrido toda a discografia de Leandro e Leonardo, não consegui encontrar o tema em causa. Nem nas faixas aparentemente separadas dos álbuns se encontrava.

Ao fim de mais de três horas de busca infrutífera, decido então tentar o meu último recurso que é escrever parte da letra da música no Google. E foi aí que vi o que estava a acontecer. A música não é de Leandro e Leonardo mas sim do Leonardo a solo.

Desfeito o imbróglio, foi fácil achar a música em questão.


Friday, February 21, 2014

Vai ser complicado dar a volta a isto

O Porto terá complicado a eliminatória da Liga Europa ao empatar no Dragão a duas bolas com os alemães od Eintracht Frankfurt.

Antes de passar à cronica do jogo propriamente dita baseada nos apontamentos que fui tirando, recordo-me de andar aí no décimo ou décimo primeiro ano de liceu e perguntar à professora de Alemão o que queria dizer Eintracht e Borussia. Também já não me lembro o que quer dizer mas lembro-me perfeitamente que o meu primo um dia me deu uma caderneta da Liga dos Campeões e eu andava a contar quantos jugoslavos havia nas equipas. No Eintracht Frankfurt alinhava apenas um- Slobodan Komljenovic- que depois viria a representar a Jugoslávia e a Sérvia mais tarde, apensar de nunca ter jogado num clube do seu País. Penso mesmo que ele nasceu na Alemanha mas ainda vou confirmar.





Passamos ao jogo onde o Porto voltou a fazer uma exibição sofrida no meio-campo, com Herrera a comprometer, Josué a esgotar todas as suas energias e a dar tudo e Carlos Eduardo a entrar completamente fora da partida. Ah, e Fernando a sair estranhamente.

O primeiro remate do encontro pertence a Josué mas vai por cima.

Há por ali algum perigo junto á baliza alemã mas nada por aí além.

Quaresma remata de longe e também por cima.

Jackson ainda remata com algum perigo, apesar da marcação cerrada movida pelos adversários. Ele, que podia agora ter visto o cartão amarelo.

Apesar de muito marcado, Quaresma ainda remata.

O Jogador Número Vinte do Eintracht Frankfurt ainda remata com perigo mas Helton segura.

De bastante longe, Quaresma volta a tentar a sorte mas de nada valeu.

O primeiro cartão amarelo do encontro é exibido ao capitão de equipa do Eintracht Frankfurt.

Bela jogada e bela finalização de Jackson. Pena não ter entrado!

Há falta sobre Quaresma e cartão amarelo para o Jogador Número Quatro dos alemães que já não vai jogar na segunda-mão.

Helton sai a soco a um cruzamento.

Que golaço! Foi Quaresma, pois claro!

O intervalo chega com o Porto a vencer por 1-0.

De livre, os alemães obrigam Helton a aplicar-se.

Outra vez o Jogador Número Quatro do Eintracht Frankfurt a criar perigo.

Jackson remata para fora depois de um livre.

Varela faz o segundo golo do Porto. Tudo mais tranquilo.

E Joselu faz o golo do Eintracht Frankfurt. Assim os alemães entram na corrida pela eliminatória, com este golo fora de portas.

Jackson cabeceia para o guarda-redes alemão defender.

E já se adivinhava, cheirava tanto ao golo dos alemães, que ele aconteceu mesmo. E foi Alex Sandro na própria baliza. Tudo mais complicado. Complicadíssimo, digo eu. É um bom resultado para eles.

Com este empate a duas bolas, o Porto está obrigado a vencer em Frankfurt ou então a empatar a três bolas.

Entretanto o Benfica foi à Grécia vencer o PAOK de Salónica por 0-1 com um golo de Lima. Este resultado abre boas perspectivas para o jogo na Luz.

Sobre a minha dúvida de há pouco, Slobodan Komljenovic nasceu mesmo em Frankfurt. Afinal ainda tenho boa memória.

Thursday, February 20, 2014

“Obrigaste-Me A Matar-Te” (impressões pessoais)


Infelizmente o fenómeno da violências doméstica parece continuar enraizado na sociedade portuguesa e cada vez com histórias mais tristes e mais dramáticas. Nos últimos tempos, talvez devido à crise que estamos a atravessar, que leva ao desemprego e a alguns comportamentos de adicção e de desespero, cada vez mais ouvimos falar de casos fatais de mulheres que perderam a vida às mãos dos seus companheiros por quem um dia se apaixonaram.

Bem, também não sabemos se foi o fenómeno que aumentou, se foi o facto de estarmos na era da comunicação de massas que leva a que estes casos hoje em dia sejam trazidos para o domínio público.

Esta divulgação de casos de violência doméstica que por vezes levam à morte de um dos elementos do casal (normalmente a vítima é a mulher, ao contrario do que acontece nesta história em que, farta de uma vida infeliz e violenta, a mulher coloca um termo na vida do marido agressor) levam-nos a pensar no quão cruel se tornou a sociedade, que nem para os que amamos temos amor e carinho para dar.

Este fenómeno já vem dos tempos dos nossos antepassados, com valores religiosos, machistas e um pouco retrógrados a servirem de suporte a uma desvalorização do papel da mulher na vida quotidiana. A Igreja manda a mulher obedecer ao marido, afinal jurou-o perante Deus. O facto de a mulher ter um emprego não ser comum nessa época também acentuava a sua vulnerabilidade e a sua dependência de um marido agressor. Nesta história escrita pelas jornalistas nortenhas Ana isabel Fonseca e Tânia Laranjo, o marido impediu a mulher de prosseguir a sua vida, a sua carreira, ela abdicou de um curso superior para ser doméstica e apenas servir aquele marido autoritário e violento. No tempo dos nossos avós, simplesmente não se usava ou não era permitido a mulher trabalhar. Aqui em Portugal, o Regime desencorajava por completo.

Quando se pensava que cada vez mais as novas gerações eram mais abertas e mais respeitadoras dos direitos do Outro, eis que ouvimos falar de formas mais refinadas e mais cruéis de violência doméstica. Antigamente o agressor batia com a mão, por vezes pegava em objectos para infligir castigo. Hoje há formas mais avançadas e mais duras de violência. Algumas delas encontram-se retractadas nestas páginas deste livro que acabo de ler. As autoras terão ido beber a uma e outra história que lhes passou pelas mãos e terão feito uma nova história ficcionada onde caberiam todos estes acontecimentos. O resultado é um livro marcante, com bastante emoção até.

Ao lermos estas páginas, a pergunta impõe-se, independentemente de se ser homem ou mulher (também existem alguns casos em que a agressora é a mulher, embora sejam ainda poucos): Será que eu aguentaria por tantos anos os maus -tratos de um homem como este Rui desta história? Assim a frio dizemos logo que não mas a realidade é bem diferente. A vulnerabilidade experimentada pelas vítimas impede-as de tomar uma decisão mais apoiada na racionalidade. O medo ainda impera, a incerteza no futuro tolda-lhes as ideias, a auto-estima é muito baixa ou nula.

Quando as vítimas de violência doméstica ouvem na televisão que outra mulher foi morta por procurar sair do inferno em que se encontrava, logo a réstia de coragem que ainda sentem desaparece. Infelizmente ainda há muito a fazer em Portugal para evitar que casais que partilham a mesma casa travem uma luta mortal em que apenas um viverá.

Continuamos pelo Norte, aliás, já lá vão três livros com a cidade do Porto como espaço de eleição. Tal como prometi, vou debruçar-me sobre mais uma obra de Carolina Salgado.

Um pressentimento que se confirmou



Esta é a história de mais uma versão onírica do enésimo atropelamento da Adie.

Neste sonho, Adie dá à luz quatro gatinhos, ou melhor, dois gatinhos e duas gatinhas. Dois são da cor dela, um é preto e outro é…azul-bebé.

A minha mãe procurava-os para afogar, pois estava um em cada lado e a Adie tinha-se ido embora. Antes disso, tinha de pedir opinião à minha irmã para escolher um…que mais tarde comeria. Eu pessoalmente estava mais inclinada para o preto que parecia mais belo e fofinho mas a minha mãe dizia que esse era uma gata e que a iria afogar.

Eu perguntava à minha mãe para que é que ela ia deixar algum gatinho desses, se a Adie iria ser atropelada. A minha mãe nessa altura já andava na rua à procura dela. Havia algum movimento na rua, pois havia um baile, karaoke ou lá o que era. De referir que era um Domingo e já estava completamente escuro na rua. Eram cerca de sete e meia da tarde.

Encostada à porta da sala, ouvi a minha mãe dizer que a Adie estava morta do outro lado da estrada. Eu sempre fui dizendo que não me enganara no pressentimento que estava a ter.

Acordei. Eram seis e dez da manhã. As minhas palavras e a s da minha mãe anda me ecoavam na cabeça.

Sem chuva, mas com nevoeiro e frio



Mais uma vez tivemos sorte. Não choveu enquanto decorreu a caminhada que, devido a condições de segurança, decorreu em estrada na zona da Barragem da Aguieira, contrariamente ao inicialmente previsto.

A manhã apresentava-se com bastante nevoeiro, não se vendo mesmo um palmo à frente do nariz em algumas zonas.

Tirando o nevoeiro e o frio que teimava em congelar as mãos a quem não tinha trazido luvas como eu, não houve nada que suscitasse grande dificuldade. Havia uma enorme subida em estrada mas apenas serviu para nos tirar o frio, especialmente das mãos, por alguns minutos.

Seguem as fotos. Desta vez escolhi aquelas que documentam o nevoeiro cerrado que cobria por completo a zona da Barragem da Aguieira.

Wednesday, February 19, 2014

“Desde Que Me Ames Um Pouco” – José Cid (Música Com Memórias)



Estava eu a ouvir música no Youtube, como faço amiúde. Ia-me lembrando de algumas músicas que fui procurando mas, quando se trata sobretudo de música portuguesa, nem sempre consigo encontrar aquilo que procuro e é pena. Este espaço ficaria bem mais preenchido.

A certa altura, lembrei-me desta música e tive a sorte de a encontrar e desenrolar mais um pouco das minhas memórias.

Estamos aí em 1991- uma altura já amplamente narrada aqui no blog e particularmente neste espaço. Foi de facto uma época rica, com a música e a rádio a povoarem grande parte da minha vida, dos meus pensamentos e das minhas ambições. Era época do “Estúdio 2”

Eu já tenho a mania de associar músicas a locais, acontecimentos ou pessoas. Só assim é possível este meu espaço. Muitas vezes as músicas até nem têm nada a ver com as pessoas. Simplesmente o meu subconsciente faz essa estranha associação e assim fica. Não é o caso desta música. A pessoa a quem ela está associada, à primeira oportunidade que tinha de sair do departamento das noticias da Emissora Voz da Bairrada e substituir alguém no estúdio, passava sempre esta música. Devia mesmo gostar bastante dela. E era logo a primeira que passava.

Paula, assim se chamava a colega, podia-se baralhar um pouco com tanto botão e tanto disco (lembro-me duma das primeiras vezes dela a fazer programas em que passou esta música…e outra por cima, pois as duas vias dos dois pratos deviam estar para cima), mas a passagem deste tema estava garantido. Mais tarde outra Paula faria uma versão deste tema. E curioso. Este até nem é um tema muito conhecido na discografia do José Cid.

Da Paula nada sei hoje, tal como nada sei da Cristina que tinha uma foto em que estavam juntas no estúdio. Andará algures por Aveiro, julgo eu.

Alegria e sabores

aos Sábados nas instalações da associação e o convívio e a alegria reinam.

Para este Sábado estavam marcadas algumas actividades, tendo o paladar como denominador comum.

O almoço foi constituído por uma majestosa Sopa à Lavrador que nos aqueceu a alma e nos nutriu o espírito para uma tarde bem animada de descobertas e de boa-disposição.

Para a tarde estava marcado um workshop de bolachas artesanais a cargo da empresa “Aveianas”. Pela primeira vez na minha vida, aprendi a partir um ovo. Tenho experimentado mas tenho medo de deitar a casca dentro da taça ou o ovo estar mesmo estragado, tal como já aconteceu com a minha mãe, e estragar todo o conteúdo dos ingredientes de algo que se esteja a preparar para comer.

Ingrediente a ingrediente, as bolachas foram ganhando forma e rapidamente foram também ganhando sabor, acompanhadas por um chá de gengibre e limão feito na hora. Estava assim feito um lanchinho quente e apetitoso, ideal para uma tarde de sol, mas com algum frio.

A tarde chegou ao fim. Meti pés ao caminho bem mais aconchegada no estômago e na alma.

Tuesday, February 18, 2014

“Largos Dias Têm Cem Anos” (impressões pessoais)




Estalava de curiosidade por ler esta obra escrita pelo Presidente do Porto, Jorge Nuno Pinto Da Costa, que documenta e narra as suas memórias, umas memórias muito selectivas, diga-se de passagem.

Nem uma palavra sobre o episódio do Guarda Abel, os incidentes antes de um jogo entre a sua equipa e o Vitória de Guimarães foram provocados pelas cores vimaranenses, do episódio das agressões a jornalistas da RTP depois de um jogo que opôs o seu clube ao Famalicão já nem se lembra…



É sempre bom ouvir o presidente tripeiro a narrar qualquer coisa. Jeito para isso tem ele. Eu gosto de o ouvir para me rir um pouco e vou ter algumas saudades de coisas como esta.



Ah, e do Apito Dourado? Nem uma palavra, claro está. Tudo o que aconteceu contra o seu clube, é obra da Comunicação Social lisboeta e do …Sporting. Foi a Comunicação Social Lisboeta que fez estas belas montagens que dão pelo nome de escutas telefónicas do Apito Dourado?



De salientar que, na altura em que escreve esta obra, Pinto Da Costa mostrava-se muito apaixonado…por Carolina Salgado. Dedica-lhe mesmo o seu livro. Agora nem se podem ver. A Carolina Salgado vou voltar eu daqui a uns tempos quando ler um livro de sua autoria que aqui tenho. É emocionante ler o que Pinto Da Costa escreveu sobre o seu encontro com o Papa João Paulo II, em que estava na companhia da sua mulher que era…Carolina Salgado.

Gostei bastante de ler esta obra e, mais uma vez, vou sentir imenso a falta do dirigente do clube tripeiro quando ele morrer. Sim, tal como o Papa, Pinto Da Costa só deixara a presidência do Porto quando partir deste Mundo. Ficarão certamente as memórias que nos fizeram arrancar algumas gargalhadas.



Continuamos cá por Portugal e continuamos também no Porto. O assunto abordado nesta obra é bem mais sério. Trata-se da violência doméstica.

Friday, February 14, 2014

Mãos de Marcelo que Olegário não viu e golo de Braga aplaudido por todos

Pela primeira vez na sua história, o Rio Ave está na final da Taça da Liga, ficando a aguardar qual dos três grandes o vai acompanhar. O jogo fica marcado por uma noite para esquecer de Olegário Benquerença e pelo golo do jogador Braga que fez levantar o estádio.

O relvado de verde não tinha nada, era castanho mesmo da cor da terra. Sabia-se que ia ser difícil jogar ali mas nada que justifique a péssima arbitragem de Olegário Benquerença.

A bola começa por entrar na baliza de Eduardo mas é assinalado um fora de jogo a Hassan. Este lance deixa muitas dúvidas mas a equipa de arbitragem parece ter estado bem.

Agora há um remate de Braga mas por cima. O Rio Ave está a jogar melhor.

Eduardo defende com alguma tranquilidade um remate algo traiçoeiro de Diego Lopes.

Lionn vê o cartão amarelo por cortar a bola com o braço.

Protesta-se uma grande penalidade contra o Rio Ave por mão de Marcelo na área de rigor mas Olegário Benquerença nada assinala.

Olegário Benquerença aponta no cartão amarelo o número nove de Hassan que travou Núrio em falta.

Há grande penalidade agora a favor da equipa da casa e Santos é expulso por Olegário Benquerença com vermelho directo. A falta, a existir, terá sido fora da área. Foi sobre Braga. Hassan converte esta polémica grande penalidade e o Rio Ave coloca-se na frente do marcador.

Por jogar a bola com o braço, Roderick vê o cartão amarelo, numa altura em que Sasso entra no Braga e Mauro sai. Do livre desta falta resulta o golo do empate dos arsenalistas apontado por Custódio.

O intervalo chega com um empate a uma bola registado no marcador.

Edimar vê o cartão amarelo por falta sobre Rafa.

O braga volta a reclamar outra mão de Marcelo na área mas nada é assinalado, mais uma vez.

Duelo curioso agora entre o homem das trancinhas e o homem das barbas negras, ou seja, entre Alan e Tarantini.

Que golaço! Foi Braga, o jogador do Rio Ave. Um golo de fazer levantar qualquer estádio. De primeira, sem preparação, remata para o sítio certo.

Custódio ainda remata mas sem perigo. O Braga já não pode defender a Taça da Liga conquistada na época passada.

No final do encontro, António Salvador insurgiu-se naturalmente contra a equipa de arbitragem liderada por Olegário Benquerença. Começou o presidente dos arsenalistas por se referir à equipa de arbitragem como “aqueles senhores de amarelo com um apito na boca e de pau na mão”. Realmente fora uma arbitragem para esquecer do árbitro que um dia foi à televisão cantar um tema de Quim Barreiros.




Sunday, February 09, 2014

O elevador e as escadas

Bem, estou no ir até casa e o meu subconsciente sabe disso. Por causa das coisas, brindou-me com um sonho que tem como pano de fundo a ida até casa por um local desconhecido e bastante perigoso em termos de segurança.

Sonhei que tinha de carregar as mochilas habituais e levava um saco de roupa suja na mão (realmente ele quase não cabia na mochila, estive agora mesmo a aconchegá-lo mas não o levarei na mão). Tinha de passar por um local que tinha umas escadas com um corrimão que abanava todo ao mais pequeno toque.


Tinha de ali passar com toda a tralha às costas e a saca da roupa na mão. A sorte era que havia o elevador. Não me estava a ver a descer aquelas escadas. Para chegar ao elevador, segurei-me temporariamente ao corrimão pouco firme da escada. Quase fui parar lá abaixo. E se o elevador estivesse avariado? Que iria ser de mim?

Antes de chegar junto do elevador, ainda tive de apanhar peças de roupa que me escaparam da saca. Apanhada toda a roupa, verificando que mais nada estava no chão, aproximei-me do botão verde do elevador. Carreguei. Silêncio. Ai a minha vida!

Por fim o elevador lá veio até mim muito devagar. Desci mas ainda com medo de vir parar lá abaixo.

No autocarro também não se estava melhor, pois la dentro iam uns jovens sempre a refilar. Já não os podia ouvir mas também não os ouvi por muito tempo. O despertador tocou.

Friday, February 07, 2014

Sanguessugas e cobras de água na piscina






Foi uma noite agitada em que eu consegui dominar a paralisia do sono e aproveitá-la a meu bel-prazer.

Antes de acordar, ainda sonhei que estávamos num hotel ou numa casa de férias a participar num evento com iniciativas variadas. Recordavam-se músicas antigas, vestiam-se roupas de teatro e colocavam-se adereços. Cantávamos, representávamos e, nos intervalos apanhávamos um pouco de sol.

Havia uma piscina, pois havia. Essa piscina mais parecia um tanque de lavar roupa de grandes dimensões mas o problema até nem era esse. Na água habitavam cobras de água negras e sanguessugas das quais tinha bastante medo que me ferrassem.

Ainda tentei mergulhar uma vez mas logo aquelas criaturas lustrosas e bem nutridas vinham de ventosas coladas às minhas mãos. Desisti e nem à beira da água a apanhar sol podia estar descansada.

Havia um colega nosso que se arma em valentão sempre e gosta tanto de ir para a água, no mar ou em piscina, que eu até apostava que, se um dia houvesse um lago de água estagnada ou um pântano cheio desses e de outros seres repugnantes, ele mergulharia sem problemas e ainda suspirava de satisfação.

Mas é que a ele aqueles seres que estavam na água não lhe faziam mal nenhum. Ele até os agarrava com as mãos e eles não se prendiam. Já eu nem à beira da piscina podia estar, que logo eles saltavam e se agarravam.

O despertador tocou. Constatei que está frio demais para ir a banhos e o Sol parece uma miragem nos dias que correm.

Monday, February 03, 2014

Acidentada




Sempre que ruamos a caminhos da Serra de Sicó, tem de haver sempre alguma história para contar. Depois de termos ficado a pé o ano passado, eis que este ano foram as povoações a nos enganarem.

O caminho já era de si acidentado e muito exigente. Eu gostei bastante. Havia imensas subidas longas para recarregar baterias para uma stressante semana de trabalho. Assim vale a pena.

Mais uma vez não choveu e isso favoreceu-nos, pois pudemos desfrutar da grandiosa paisagem que nos acompanhava.

Iniciámos com uma visita às grutas de Casmilo. Eu subi lá acima com ajuda de companheiros e pude apreciar mais de perto estas maravilhosas obras da Natureza. Ao longe serpenteava um trilho que havíamos descido.

E lá prosseguimos num terreno que muito pouco tinha de plano. Ou se subia, ou se descia quase a pique. Nada que não se fizesse. Os trilhos estavam em muito bom estado, apesar do muito que tem chovido.

Foi nas povoações que se deram as peripécias. Parte do grupo andou ainda uns bons quilómetros em estrada porque não cortou onde devia. Tivemos de reunir o grupo todo numa eira, duas pessoas colocaram-se segurando um guarda-chuva pelas extremidades, fazendo uma espécie de túnel onde tínhamos de passar para sermos contados.

Depois do grupo todo reunido, lá fomos novamente pelas ruas de uma aldeia. À primeira cortada, logo o grupo se separou outra vez. Bem, desta vez nem tínhamos andado muito.

De referir ainda que dois cães nos acompanharam vindos dessas aldeias. O primeiro era um vistoso labrador negro. O segundo era um cão ruivo que parecia ser abandonado. Esteve connosco até nos irmos embora e andou bastante tempo à nossa frente.

Como sempre, tirei algumas fotos que partilho aqui neste meu humilde espaço.

Despistes

Sonhei que reunia na sala de minha casa com os meus superiores. Tudo estava preparado e nada poderia falhar. Já há dias que se vinha preparando tudo com pompa e circunstância.

Estava na eira enquanto esse grande momento não chegava. As minhas vizinhas passavam todas na rua, como faziam no passado quando todas nós éramos pequenas.

Elas ficaram todas paradas junto à eira a conversar. A minha mãe chegou e logo avisou que não as queria ali por causa da reunião.

Do lado de Vila Nova vinham dois carros cinzentos de alta cilindrada. Vinham um atrás do outro. Eram imponentes, de um cinzento azulado, bem vistosos.

De repente o inesperado acontece. Um dos veículos sai da estrada, ultrapassa o muro da eira, passa por cima de nós em voo e vai espetar-se no muro do quintal, arrancando um bom pedaço de parede.

Logo atras vinha o outro veículo que era muito semelhante ao primeiro. Também ele resvala da estrada, passa o muro da eira e vem aterrar meio de lado ao pé do primeiro.

Acordei ainda a pensar naquela coincidência de os veículos aterrarem um ao pé do outro.