Mas afinal, o que é um refugiado?
Em 1943 Hannah Arendt escreveu este artigo num jornal
norte-americano. Ela que fugiu ás atrocidades por que passava o povo judeu no
decorrer da Segunda Guerra Mundial.
Cinquenta anos depois, o filósofo italiano Giorgio Agamben
disserta sobre este ensaio e publica “para Lá dos direitos do Homem”.
Ambos os textos estão presentes neste pequeno livro para que o leitor possa tirar
elações sobre o que era ser refugiado com meio século de diferença.
Faz-se aqui a distinção entre refugiado e migrante, se bem que hoje, trinta
anos passados do texto do filósofo italiano, os conceitos tendem a ser
sinónimos, mesmo que inicialmente se considere um refugiado alguém que é
obrigado a fugir devido a conflitos ou perseguições religiosas, étnicas ou
políticas e um migrante busque apenas melhores condições de vida, nomeadamente
trabalho mais justo e melhores condições climáticas.
Hoje há o fenómeno dos chamados refugiados climáticos que
fogem de regiões mais secas e quentes que sofrem com as alterações climáticas e
procuram climas mais temperados e solos mais férteis.
Sinais dos tempos.