Thursday, November 30, 2023

“Complicações” (impressões pessoais)

Danielle Steel traz-nos as peripécias da reabertura de um requintado hotel em paris.

 

Gabrielle e Alistair são dois dos personagens principais desta trama que tem muitos mais que se cruzaram certa noite no hotel quando as coisas ficaram atribuladas com cadáveres, emergências, avarias e encontros que podem mudar vidas.

 

Apesar de não ser muito o meu género de leitura, é um livro que se lê bem e tem algum suspense.

        

 

Wednesday, November 29, 2023

“Marcador” (impressões pessoais)

 

Mais um livro de Robin Cook para ter á cabeceira da cama na véspera de um internamento ou de uma cirurgia. Ou então não…

 

O antigo oftalmologista continua a expor em forma de thriller médico o  autêntico negócio em que se transformou o sistema de Saúde nos Estados unidos. Robin Cook defende por isso um sistema de Saúde controlado pelo Estado para que não haja jogos de interesses e para que a atividade criminosa não prolifere.

 

Neste livro o médico escritor aborda a temática da Medicina genética na prevenção de doenças que podem vir a ser fatais. A evolução da Ciência caminha a passos largos para que os cuidados de Saúde sejam personalizados de acordo com o código genético específico e único de cada um de nós.

 

O outro lado do avanço da Medicina Genética tem a ver com o risco que as seguradoras e as empresas prestadoras de cuidados de Saúde podem ver a longo prazo em pessoas portadoras de alguns genes a que chamam marcadores. Existem marcadores para o desenvolvimento de cancro, de doenças cardiovasculares…

 

E se as seguradoras e restantes lóbis que controlam a Saúde resolvessem eliminar potenciais doentes de risco numa altura em que essas pessoas ainda não desenvolveram as doenças a que são predispostas? Nas mentes criminosas de quem faz do lucro bandeira em detrimento da Saúde, tudo é possível.

 

Mais um livro emocionante em que nós, portugueses, apesar de sempre nos queixarmos do nosso Serviço nacional de Saúde, somos uns privilegiados por termos os nossos cuidados de Saúde, bem ou mal, assegurados. Nos Estados Unidos teríamos de pagar a esta gente.

 

Tuesday, November 28, 2023

Atirando pedras ao rio

 

Na verdade, foi um regresso ao passado.

 

Antes de descrever este sonho devo situá-lo no tempo e no espaço.

 

Em tempos eu adorava brincar com pedras nos montes de areia do rio. Depois atirava-as para a estrada ou para o pequeno riacho que há perto de casa dos meus pais.

 

O meu vizinho habitualmente tinha ali um enorme monte de areia com pedras de todas as cores e  tamanhos. Eu passava horas esquecidas por ali. Por vezes anoitecia e eu nem dava conta. Imaginava padrões de roupa nas pedras e era só dar-lhes um rosto.

 

Depois atirava-as ao riacho, á estrada e acima do telhado, dependendo do monte de areia onde estava. Muitas vezes levava para lá carrinhos de ferro daqueles que abriam as portas para levar as pedras mais pequenas a viajar. Haja criatividade e imaginação!

 

Explicação dada para contextualizar este  sonho, encontrava-me   junto ao riacho. Tinham-me dito que estavam lá duas pessoas e iam discutir umas com as outras. Já demasiado adulta para brincar com pedrinhas, resolvi voltá-las a atirar á água para assustar quem lá estivesse.

 

Meti pés ao caminho. Na verdade não é muito longe. Trazia este casaco que hoje também trago vestido. Um casaco preto com um capuz que enterrei até quase á boca e que me deu um aspeto sinistro.

 

Fui apanhando as pedras do monte da areia e afinei os ouvidos para confirmar se ali estava alguém.

 

Ouvi vozes, primeiro a sussurrar, depois mais exaltadas. De onde eu estava, quem quer que ali estivesse, não me conseguiria ver. A menos que eu levantasse a cabeça. O objetivo era pregar um susto de morte  àquela gente.

 

Quando os ouvia a falar mais alto, lá ia uma pedra. Por  vezes eles não ouviram mas  outras vezes paravam por terem sentido qualquer coisa.

 

Quando as vozes ficavam mais exaltadas, eu pegava em pedras  maiores que faziam mais barulho ao cair. O objetivo não era acertar-lhes.

 

Houve uma ocasião em que eles  quase chegavam a vias de facto. Da minha parte veio uma  intervenção mais enérgica. Para além  de os bombardear com uma enxurrada de pedras, também levantei a cabeça, expondo o capuz preto.

 

As pessoas que ali estavam pararam de discutir e fugiram com medo.