Saturday, April 30, 2011

Óculos partidos




Tal como as últimas noites, também esta foi mal dormida. Da intensa actividade onírica registada durante as escassas horas de sono, recordo este sonho com mais nitidez.

Cheguei a casa numa noite tenebrosa. As janelas da sala junto ao meu quarto estavam abertas e o candeeiro estava aceso. Tinha de estar porque eu estava lá. Pareceu-me ouvir na rua um pássaro nocturno, daqueles que os antigos dizem que agoiram desgraça. Ignorei o que ouvi e fui para a outra sala trabalhar um pouco no computador.

Em poucos minutos tinha a extensão em que o computador está ligado a arder. Em pânico tive de a desligar à pressa mas os meus óculos caíram ao chão. Pelo barulho que fizeram quando tocaram no solo, imediatamente depreendi que se tinham partido.

Quando lhes peguei, verifiquei que era a lente do olho que não vê que estava partida. Só mais tarde reparei que a lente do outro olho estava estalada e se preparava para partir também em mil fragmentos. E agora?

Por incrível que pareça, dentro do próprio sonho, desejava acordar, ver os óculos intactos e constatar que tudo não passou de um pesadelo.

A solução foi usar uns velhos óculos de quando era criança que a minha mãe ainda usa para ler e escrever enquanto não tinha uns óculos novos.

Mais um sonho que não oscila muito no tempo e no espaço. Já no outro dia tive um sonho que se passou mediante um espaço de tempo de cerca de vinte ou trinta minutos. Aqui penso não distar mais de uma hora.

Tal como desejei no sonho, acordei e verifiquei que os óculos estavam intactos.

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