Monday, April 11, 2011

Mesmo à espera que eu acordasse

Que frustração! Logo na melhor parte do sonho temos de acordar. Que raiva! O sonho andou a engonhar, a adiar, a demorar mais um pouco para que algo se concretizasse. Quando chega a altura certa e está tudo pronto, eis que acordo. E o pior é que o despertador só tocou aí uns dois minutos depois. Dois minutos oníricos é muita coisa para se concretizar a satisfação suprema do espírito. Querem saber do que se trata? Leiam isto até ao fim se conseguirem. Vão sentir a mesma impaciência que eu e talvez uma ponta de decepção quando verificarem que não é nada do que esperavam encontrar. Ai essas cabeças mal intencionadas!

O sonho começa em casa da minha chefe onde eu deixei o meu computador velho ligado. O texto escrevia sozinho. Isso é que era bom! Era da maneira que este humilde espaço andava sempre actualizado, coisa que quase nunca acontece.

O cenário agora é uma paragem de autocarro alegadamente em Anadia. Estava eu, a minha irmã e umas pessoas à espera do autocarro numa paragem. Do outro lado de uma estrada sem passadeira surgiu um autocarro. Elas atravessaram a correr enquanto que eu fiquei ali especada a olhar, demorando muito tempo a atravessar. Fui avançando a medo sujeita a ser atropelada. De referir que deixei ir o autocarro.

As minhas companheiras esperaram por mim e também perderam o transporte. Quando cheguei junto delas, logo começaram a discutir comigo por não me ter despachado.

Em casa havia uma grande novidade. Os gatos Konguito, Léo e Mong tinham regressado a casa para grande alegria de toda a família. Havia ainda um outro gato preto a quem deram o nome de…Ricardo.

No terraço de minha casa, num agradável final de tarde de Sábado, um senhor chamado Zé ensinava-me a distinguir as batatas ou as cebolas boas para venda das que não estavam em condições. Tive de catar novamente as cebolas que já tinha escolhido para fazer nova triagem.

Estávamos na nossa actividade de triagem de batatas e cebolas quando um carro cinzento parou à porta de minha casa. Do seu interior saíram duas pessoas desconhecidas. Era um casal que logo começou a chamar o Zé que se tinha escondido.

Uma das pessoas que vinha naquele veículo era uma simpática senhora de meia-idade que se chamava Judite. Imediatamente começou a meter conversa comigo. Tal como eu, ela era uma grande apaixonada por Ciclismo.

Contei-lhe que tinha uma bicicleta mas não sabia onde ela estava. Ela propôs-se a ensinar-me a andar se eu a encontrasse. O Sol estava quase a pôr-se. Aquele final de tarde era bastante agradável.

Estivemos à espera do meu pai para ir buscar a bicicleta porque ele é que sabe dela. Depois a bicicleta estava dobrada e vazia. Essa de a bicicleta estar dobrada só mesmo em sonhos. Nova espera, desta vez esperávamos pelo meu vizinho e estava-se a fazer noite muito rapidamente. Ou então era da minha impaciência.

Estava radiante! Aquela desconhecida ia finalmente ensinar-me a andar de bicicleta mas, ao mesmo tempo, sentia-me impaciente com a demora e com o facto de se estar a fazer noite.

Começava a desconfiar que os meus pais não queriam que eu aprendesse a andar de bicicleta. A impaciência invadia-me e alguma revolta também. Se havia gente que via pior do que eu e que sabia andar de bicicleta, por que não eu querer aprender? Este é um dos maiores desgostos que tenho na realidade. Adorava saber andar de bicicleta. Eu que sou fanática por Ciclismo.

Era já quase noite quando finalmente a bicicleta foi colocada na estrada em posição de arrancar virada ao lugar. Era agora! Só que…acordei e tudo ficou estragado.

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