Monday, April 18, 2011

A chupeta amarela e verde

Depois de ter sido afastado do cargo de Seleccionador Nacional, e depois de ter sido confirmada a sua falta de jeito para treinar uma equipa de Futebol, Carlos Queirós tem vindo a demonstrar ter um futuro bem auspicioso na área do Humor.

Depois do estrondoso sucesso gastronómico conseguido com a sua receita de porco à lagareiro, Queirós continua a demonstrar uma enorme criatividade e sentido de humor de fazer inveja a muitos cómicos da nossa praça.

Desta vez o alvo do seu sarcasmo é o também nosso amigo Pepe, aquele jogador extremamente correcto em campo, incapaz de abrir um crânio a um adversário. Oh sim!

Durante o estágio que a Selecção Nacional está a efectuar tendo em vista os jogos particulares com o Chile e com a Finlândia, Pepe queixou-se do facto do antigo Seleccionador Nacional ainda estar a tecer declarações com o objectivo de perturbar o actual grupo de trabalho.

A resposta de Queirós ao luso-brasileiro não se fez esperar e arrancou rasgados sorrisos a quem teve a sorte que eu tive de o ouvir.

Falando com sotaque brasileiro, porque só assim Pepe entendia, Queirós disse que Pepe era um actor com um papel muito secundário de uma novela brasileira de muito baixa qualidade. As referências depreciativas de Queirós ao país de origem de Pepe continuaram. Muitos brasileiros até poderão ter ficado ofendidos com tantas referências depreciativas ao seu país. Queirós terá arrastado os símbolos e valores do Brasil na lama. Como não sou brasileira e sempre me mostrei contra a naturalização destes jogadores, até achei piada e até lhe dou razão em alguns aspectos. Paulo Bento também parece ser da mesma opinião e já não convocou Liedson para esta dupla operação da Selecção Nacional.

E continua Queirós no seu registo que escolheu para melhor ser compreendido pelo destinatário das suas palavras: Segundo ele, Pepe arrisca-se a vencer o Prémio Nobel do Puxa-Saco devido a não haver razão nas queixas do central do Real Madrid, aquele que recentemente quase enviou o seu antigo colega Lisandro Lopez para a clínica de tratamento maxilo-facial.

Agora vem a parte saborosa deste discurso de Carlos Queirós, aquela parte que meteu imensa piada e que pode ser aproveitada para qualquer apontamento humorístico que não seja este que eu estou a tentar fazer neste blog.

Recorda Queirós a Pepe que, em 1991, andava ainda o Jogador Número Três do Real Madrid com a chupeta amarela e verde na boca a pensar que selecção nacional devia representar e já Carlos Queirós dava títulos ao Futebol Português.

Como não podia deixar de ser, e já que o objectivo era colocar a moral de Pepe para baixo, nada melhor do que reforçar aquilo que mais caracteriza este defesa- a excessiva agressividade que o jogador emprega em certos lances que, para além de magoarem seriamente os adversários, também prejudicam a própria equipa com os cartões que ele vê na sequência desses lances. Os exemplos são inúmeros mas Queirós recordou uma ocasião em que Pepe pontapeou barbaramente um adversário na cabeça no Campeonato Espanhol.

Queirós até pode ter razão em tudo o que diz. Escusava de ofender todo um povo para apenas atingir uma pessoa. Apesar de ter metido piada, era escusado Queirós ter rebaixado tanto o povo brasileiro.

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