Saturday, April 23, 2011

Discussão

Sonhei que cheguei um dia ao meu local de trabalho e as coisas estavam desagradavelmente diferentes, o que me deixou completamente desorientada.

No lugar do pão, vendiam-se umas comidas estranhas que eu tinha as minhas dúvidas se aquilo era comestível a cem por cento. O pão ficava definitivamente para trás e isso desagradava-me.

Sem pão, nada tinha que fazer. Completamente furiosa com a situação, não me fardei e encontrava-me sentada a uma mesa num local de trabalho irreconhecível por ter sido modificado pelo meu subconsciente e também pelo próprio enquadramento do sonho.

Estava nervosa porque odeio estar sem fazer nada e nada havia ali que eu pudesse fazer. O patrão chegou. Em vez de discutir por eu não estar fardada e por estar ali sem fazer nada, pegou-me na mão esquerda e reparou que eu trazia uma daquelas pulseiras em que se costumam dar nós e pedir desejos. A pulseira já estava um pouco molhada de lavar loiça.

Ele perguntou o que era aquilo e tentou puxar com força. Até estava a contrair as minhas veias. Por mais que ele se esforçasse, a pulseira não cedeu e eu ainda comecei a gozar com a situação e a dizer que não a tirava.

Foi aí que estalou a discussão com o patrão a acusar-me de incompetência, de mau profissionalismo, de falta de educação, de tudo e mais alguma coisa.

Eu ripostei começando a enumerar as faltas que tinha dado até à data e os motivos porque foram essas ausências ao trabalho. Também lhe sugeri que fosse perguntar nos sítios onde estive anteriormente se acaso faltava muito ou chegava constantemente atrasada.

Também numerei situações em que fui trabalhar doente ou depois de ter feito tratamento aos olhos.

No final, ainda com a voz afectava pela discussão, proferi o seguinte:
- Eu não sei representar, nem ser dissimulada. O meu comportamento é autêntico e não sei ser doutra maneira.

Acordei, os meus gritos a discutir com o patrão ainda ecoavam na minha cabeça. Constatei que me sentia bem. Nada de dores nos joelhos ou de indisposição.

O despertador tocou pouco depois mas ainda estava ensonada. A hora tinha mudado para o horário de Verão. Havia que levantar uma hora mais cedo.

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