Saturday, April 23, 2011

Estreia memorável de Ruben Micael

Em mais um jogo particular realizado desta vez em Aveiro, Portugal derrotou a Finlândia por 2-0. Os dois golos foram ambos apontados pelo estreante Ruben Micael que tão cedo não esquecerá este jogo.

O jogo começa com uma falha clamorosa de Hugo Almeida. O passe de Danny é soberbo.

Quem é o Jogador Número Seis da Finlândia? Que pedaço de mau caminho! Ele não me é estranho. Conheço-o de algures.

Estávamos com dez minutos de jogo quando apareceu o golo de Portugal. Fruto de uma jogada colectiva, o jogador madeirense estreia-se da melhor maneira com a camisola da Selecção de Todos Nós.

O Jogador Número Oito da Finlândia remata rasteiro e com força mas Eduardo estava atento e agarrou a bola com segurança.

Pepe cede o primeiro canto para os finlandeses. Eles têm sido uma nulidade em termos ofensivos. Até dá dó. O Chile no passado Sábado deu mais luta. Também o que se deve esperar de uma equipa que praticamente tem perdido os jogos todos e só ganha a San Marino porque esses são aquilo que toda a gente sabe em termos futebolísticos. São ainda abaixo de maus, os jogadores dessas paragens. Pena que Portugal nunca jogou com eles nem um particular para amostra. Muito eu me queria rir!

A bola chega a entrar na baliza da Finlândia mas Hugo Almeida está fora de jogo. Depois há um lance um pouco confuso que poderia ter tido outro resultado. Na marcação de um livre, primeiro o guarda-redes defende e depois o remate de ressaca sai por cima.

Eduardo agora ia comprometendo. Fossem de outra qualidade os adversários e já Portugal sofria dissabores.

Agora Carlos Martins excede-se nos protestos, no uso de vernáculo e no volume de voz. Um cartãozinho amarelo, apesar de o jogo ser particular, não lhe ficava nada mal. Em vez do cartão amarelo sugeria-se pimenta naquela língua mas tal não vem contemplado nas leis de jogo implementadas pela International Board e é pena. Provavelmente o árbitro não lhe mostrou cartão porque é suíço, coitado, e não entende o que ele diz mesmo ele quase gritando para ele.

Sugere-se aos finlandeses que naturalizem uns brasileiritos, já que Paulo Bento não quer mais que naturalizem nenhuns. É que os nativos são mesmo muito fraquinhos. Há que encontrar brasileiros que estejam interessados em enfrentar o frio. Se bem me recordo, o HJK de Helsínquia, que jogou com o Benfica há uns anos, tinha uns poucos de brasileiros. O Manduca que viria a jogar no Benfica era um deles. Houve um que até disse que o Benfica, na altura treinado pelo mítico Greame Souness, não se entendia e que os jogadores passavam mais tempo a discutir uns com os outros do que a jogar. Era o tempo em que o Benfica alinhava aí com uns cinco ou seis britânicos e nada jogava. Hoje alinha com uns cinco ou seis argentinos e é uma máquina.

Já que estamos em maré de recordações, só me lembro de um jogador finlandês que alinhou no nosso campeonato, mais propriamente no Chaves. Isso aconteceu na longínqua época 92/93. Era um avançado louro chamado Tarkkio que eu me lembro de ter marcado três golos ao Estoril numa bela tarde. Esse parece que tinha alguma qualidade. Golos marcava ele. Parece que ele vinha para cá no Inverno quando o campeonato parava. Não sei como é que ele conseguia isso porque em Maio ou Junho, ainda antes de o nosso campeonato terminar, ele regressava ao clube dele ainda a tempo do início do campeonato de lá. Resumindo: parece que ele não tinha férias. Ouvi dizer mais tarde que o mesmíssimo jogador veio jogar no ano seguinte para uma equipa que, curiosamente até envergava um equipamento igual ao do Chaves. Era aquela saudosa agremiação desportiva que infelizmente já não está entre nós e cujo nome curiosamente é o mesmo da localidade onde estava sedeada e onde governava uma Presidente de Câmara também com o mesmo apelido da terra e da equipa de Futebol que fugiu um dia para o Brasil acusada de possuir um saco azul. Era o tempo em que o Futebol na Escandinávia não era profissional e era um desporto de mulheres. Se os jogadores queriam singrar na profissão tinham de emigrar. Ainda hoje estou para saber por que raio esse Tarkkio chegava aí a meados de Outubro e trocava a terrinha aqui por Portugal para depois regressar em Maio. É que mais ninguém fazia isso.

Cansados das minhas divagações? Também eu. E destes jogadores finlandeses a não jogarem nada, já agora. Eles limitam-se a mandar aquilo que em bom português se chamam biqueiros nas bolas para as afastarem para mais longe possível da sua área. Construção de jogo dá trabalhito.

O tal do Jogador Número Seis, como quem não quer a coisa, lá conseguiu um remate perigoso que por pouco não dava golo. Seria um golo de belo efeito caso a bola entrasse. Já estou a ver quem é ele! Se joga no Heerenveen é um que me lembro vagamente de se ter andado a armar um jogo contra o Benfica. Já foi há umas épocas valentes.

Alexei remata mas Eduardo defende. O mesmo jogador é responsável pelo cartão amarelo mostrado a Nelson no seu regresso após longa ausência à Selecção Nacional. A falta do antigo lateral-direito do Benfica foi bastante perigosa.

E insistem em jogar pelo ar, os nossos jogadores que sabem que os finlandeses são mais altos e estão de frente para a bola. Se jogassem pelo chão, eles teriam de olhar para baixo e jogar com os pés, coisa que para eles é difícil, senão vejamos: este lance agora merecia golo só para castigar o Jogador Número Dois da Finlândia que ainda por cima é o capitão de equipa. É de bradar aos céus a forma completamente desastrada como abordou o lance. Se eu fosse treinador dele já não regressava para a segunda parte. Ficava de castigo a tomar banho em água fria....ooops...isso para finlandês não é castigo porque consta que eles tomam banho em pleno Inverno em lagos gelados. Tomar banho em água a ferver até não se poder mais também era canja para finlandês. Eles que são os malucos que colocam a sauna a cento e dez graus a ver se aguentam. Enfim...E como é que se castiga lá na Finlândia um falhanço clamoroso destes então? Não estou bem a ver.

O intervalo chega com um magro 1-0 para as cores nacionais. Não se podem falhar tantos golos nos jogos a doer e Portugal tem de construir mais. Eles são piores que fracos a jogar. A Noruega está muito melhor com o conjunto de jogadores que agora possui.

O jogo está na mesma toada e dali não promete sair. É que Hugo Almeida perde mais uma oportunidade para marcar. O guarda-redes ainda defende.

Olhem uma jogada com cabeça, tronco e membros da Finlândia! Saliente-se que já estamos na segunda parte.

Entretanto há o registo de mais uma oportunidade falhada por Portugal. Começa a ser demais. Já devíamos estar a ganhar aí por uns cinco ou seis de diferença sem exagero.

Desculpem lá mas sempre que vejo o Pepe tenho de me rir. Aquela da chupeta amarela e verde foi demais. Imagino uma chupeta com aquelas duas cores na boca do Jogador Número Três de Portugal.

Agora Raul Meireles tenta a sorte num dos seus habituais remates de longe a que vulgarmente se chamam ameixas em linguagem futebolística. A bola vai por cima.

Aqueles dois jogadores da Finlândia que entraram ao intervalo parecem ter um pouquito mais de qualidade do que as duas autênnticas nulidades que saíram. Já para os nossos lados, de pouco vale haver substituições. É que os que entram demonstram exactamente a mesma falta de pontaria dos que já lá estavam. Mal entrou, Paulo Machado falhou uma grande oportunidade de golo. Ainda o mesmo protagonista pegou pessimamente na bola depois de uma defesa incompleta do guarda-redes da Finlândia. E incrivelmente ganhamos apenas por 1-0.

Nelson também remata forte mas o guarda-redes finlandês defende.

Ruben Micael poderia ter feito o segundo golo no jogo mas o remate sai para fora. Noutra tentativa do madeirense, ele consegue finalmente marcar a cruzamento de Nani que tinha entrado momentos antes e parece ter entrado com uma disposição diferente dos demais. Agora é que vai ser!

Quem entrou também foi o Jogador Número Nove da Finlândia que é ponta de lança mas está a dar sucessivos cantos para Portugal que resultam em jogadas perigosas.

João Moutinho vê amarelo e Ruben Micael sai para também proporcionar a estreia de André Santos. O madeirense é fortemente aplaudido pelos adeptos. Não é sempre que se marcam dois golos no jogo de estreia com a camisola das Quinas.

O jogo caiu numa profunda monotonia nos últimos minutos e o final chega assim que o Jogador Número Nove da Finlândia acaba de rematar á baliza. Desta vez estava junto à baliza certa, o artista.

O resultado de 2-0 para Portugal é quase uma derrota porque as oportunidades falhadas foram imensas e se falharmos assim nos jogos que se seguem iremos ter muitas dificuldades. Para já nem metade das oportunidades vamos ter e depois temos de concretizar a maior parte possível dessas escassas oportunidades. Treino de finalização precisa-se!

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