Para variar, algo diferente. Uma peça de teatro com coro e tudo a que se tem direito.
Raras vezes passam por mim peças de teatro mas, sempre que isso acontece, gosto sempre de as ler. Até porque possuem estruturas diferentes. Também tenho em mente escrever algumas. Há o propósito de criar um grupo de teatro na ACAPO. Já tivemos um mas eu não pude participar porque, infelizmente, tal atividade se realizava em horário não compatível para mim.
Eu sempre disse que não queria representar mas estaria sempre disponível para escrever, pois é essa a minha praia, digamos assim.
Em relação a esta peça de teatro, trata-se de uma tragédia grega. Sempre com o coro a anunciar desgraça e a dar para trás. Por mais que os personagens estejam em baixo, quando se pensava que a psique estava na lama, logo surge o coro a fazer em frangalhos o último rasgo de positivismo que pudesse existir. Era assim que funcionava na tragédia grega. Uma personagem vem lamentar-se que os persas foram arrasados pelos gregos, e vem o coro, em vez de dar alento, ainda vem dizer que levam mais para a próxima.
Se a rainha dos Persas vem narrar os seus sonhos premonitórios que tanto a preocupam, logo vem o coro e, em vez de lhe dizer que não se preocupasse, que os sonhos são apenas isso mesmo, logo vem dizer que altas desgraças estão para vir.
Do coro não podemos esperar nada de bom. Parecem carpideiras nos funerais.
Estou para aqui a divagar e, daqui a nada tenho um texto a falar desta peça de teatro ainda maior do que ela própria.
Certamente já perguntaram de que trata este pequeno texto. Pois bem, Xerxes, filho de Dario, levou o exército Persa para combater os Gregos. Ele sobreviveu mas todo o seu exército sofreu uma humilhante derrota. Ele regressa completamente destroçado e, escusado será dizer, que o coro se encarrega de o colocar ainda mais para baixo.
Até o fantasma do seu pai Dario é chamado do túmulo e escusado será dizer que vem do Inferno. Também o coro interage com ele e exagera na humilhação que os persas sofreram nas mãos dos Gregos.
A peça termina com o coro a desejar tudo de mau ao reino persa.
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