Wednesday, March 31, 2021

Já não há seleções fáceis

 

Pode-se dizer que Portugal venceu o Luxemburgo de forma categórica. O resultado saldou-se em 1-3.

 

No entanto, quem assistiu ao jogo com atenção, verá que a Seleção De todos nós passou por alguns sobressaltos.

 

Já aqui referi que temos alguma dificuldade face a equipas teoricamente mais fáceis. Sempre fomos assim. Talvez por excesso de confiança, nunca conseguimos jogar o nosso melhor Futebol e por vezes isso custa-nos alguns pontos.

 

Este jogo teve um pouco desse mau Futebol, inclusive, o Luxemburgo marcou primeiro e nessa altura até merecemos estar a perder. Não estávamos a jogar mesmo nada.

 

Diogo Jota surge agora como goleador das quinas. Mais um golo para a conta pessoal do avançado do Liverpool.

 

Quem regressou aos golos foi Cristiano Ronaldo que apontou o nosso segundo golo.

 

O terceiro marcou a estreia de João Palhinha naquela que é apenas a terceira internacionalização do médio do Sporting.

 

No final do jogo, Fernando Santos insurgiu-se contra o calendário e estes compromissos das seleções. Eu iria mais longe: acho que numa altura destas, de pandemia, nem devia haver estes compromissos. Os jogadores têm de se deslocar, por vezes entre continentes. Na última paragem em novembro, forma muitos os jogadores que contraíram covid19 ao serviço das suas seleções.

 

Se existem federações altamente profissionais como é o caso da nossa ou da esmagadora maioria das federações europeias, noutras paragens, por muita boa-vontade que tenham, as condições não são as mesmas. Se formos a África, à América do Sul ou até à Ásia, o risco é maior. Mesmo na seleção portuguesa houve casos de covid19 noutros compromissos. Talvez a solução fosse adiar todas as competições enquanto isto não passar mas também não se sabe quanto tempo vai durar este flagelo.

 

Os clubes têm o direito também a protestar. Investem milhões em ativos que podem deixar de dar o contributo ás suas equipas e, num cenário mais negro, podem ter complicações mais tardias da covid19.

 

Acho que as instâncias internacionais, antes de mais, deviam ter o dever de zelar pela saúde e bem-estar dos jogadores. Sem jogadores saudáveis, não há o espetáculo do Futebol.

 

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