Estrada

 

Já é a segunda vez num curto espaço de tempo que sonho com uma estrada. Tenho de ir ver o que significa isto.

 

Mais uma vez, sonhei com uma prova de Ciclismo em que participava. Um ciclista espanhol tinha encetado uma longa fuga. Eu perseguia-o e acabei por o alcançar. Ao longo dos quilómetros seguintes, fomos conversando. Estava de facto a apreciar a sua companhia. A nossa fuga passava na televisão.

 

Noutro sonho, subia a ladeira em direção ao local que fora o escritório da serração. Ele ainda existia. O sonho era no passado. Eu envergava uma camisola que era da minha irmã, mas ela não sabia que eu a tinha vestido. O cinzento dominava a paisagem. A estrada e o cinzento do Céu confundiam-se.

 

Nisto senti uma onda de pó a levantar-se. Atrás de mim vinha a minha irmã que me perguntou quem tinha mandado vestir aquela camisola. Ela vinha a varrer a estrada com uma vassoura, daí o pó que se levantava e me estava a irritar os olhos e o nariz.

 

Mas que ideia aquela de varrer a estrada! Era uma perda de tempo, isto sem mencionar o mal que já me estava a fazer.

 

Imediatamente protestei que ela estava a levantar muito pó. Ela sempre foi dizendo que eu devia ter em casa óculos de proteção para os olhos. Pois, mas eu jamais imaginaria alguém a varrer uma estrada. Sinceramente, a mania dela das limpezas tinha ido longe de mais.

 

Estava ali especada a discutir num cenário da minha infância quando acordei.