Adoro livros que me levam a viajar para locais mais exóticos. Nesta altura em que não podemos muito sair de casa, um livro com estas características é uma bênção.
Este livro tem a particularidade de vir da minha original biblioteca de livros em papel. Muita gente se admirou por ter sido eu a escolher esta obra, uma vez que não gosto de romances. Errado. Depende do tipo de romance. Deste tipo até gosto.
Não perco uma boa história que prenda o leitor e lhe ensine ao mesmo tempo alguma coisa. Quando eu digo que não gosto de romances, estou-me a referir a um tipo de romances que já aqui trouxe. Aquele tipo de romances sem conteúdo que só focam na relação amorosa com uma fraca história por trás. Embora me tenham aparecido alguns desses livros, realmente não os aprecio de todo.
Estes são diferentes. Para além de levarem o leitor a viajar e a sentir-se parte da paisagem e da ação, também contam uma história interessante e ensinam. O Açafrão é o tema dominante desta obra. É ele que une os personagens ao longo de três décadas.
Sensivelmente a meio do livro, pressenti que a história iria ter o desfecho que teve. O meu sexto sentido e a minha intuição diziam isso. Muitas vezes, durante a leitura de um livro, começo a imaginar como prosseguiria com a história se tivesse sido eu inicialmente a escrever. Quando andava a estudar, fizemos isso algumas vezes nas aulas. Partindo do mesmo excerto, surgiam textos muito diferentes. Agora continuo sempre a fazer esse exercício mental. Muitas vezes acerto, mas noutras engano-me. Desta vez acertei.
Esta história prendeu-me do princípio ao fim. Muito boa mesmo!
No comments:
Post a Comment